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Necessidades informacionais representadas nos modelos de comportamento informacional: análise da literatura da Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA

SOLANGE GOMES TOSCANO DE OLIVEIRA

NECESSIDADES INFORMACIONAIS REPRESENTADAS NOS MODELOS DE COMPORTAMENTO INFORMACIONAL: análise da literatura da Base de Dados

Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação

Natal/RN 2019

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SOLANGE GOMES TOSCANO DE OLIVEIRA

Necessidades informacionais representadas nos modelos de comportamento informacional: análise da literatura da Base de Dados Referenciais de Artigos de

Periódicos em Ciência da Informação

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Graduação em Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luciana de Albuquerque Moreira

Natal/RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Oliveira, Solange Gomes Toscano de.

Necessidades informacionais representadas nos modelos de comportamento informacional: análise da literatura da base de dados referenciais de periódicos em Ciência da Informação / Solange Gomes Toscano de Oliveira. - 2019.

48f.: il.

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências da

Informação. Natal, RN, 2019.

Orientador: Prof.ª Dr.ª Luciana de Albuquerque Moreira.

1. Comportamento Informacional - Monografia. 2. Estudo do Usuário - Monografia. 3. Modelo de Wilson - Monografia. 4. Base de dados - Monografia. I. Moreira, Luciana de Albuquerque. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/Biblioteca do CCSA CDU 024

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SOLANGE GOMES TOSCANO DE OLIVEIRA

Necessidades informacionais representadas nos modelos de comportamento informacional: análise da literatura da Base de Dados Referenciais de Artigos de

Periódicos em Ciência da Informação

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Graduação em Biblioteconomia do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Luciana de Albuquerque Moreira

Aprovada em: 19/06/2019.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Prof.ª Dr.ª Luciana de Albuquerque Moreira Departamento de Ciência da Informação (DECIN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

_______________________________________

Profª Drª Monica Marques Carvalho Gallotti

Departamento de Ciência da Informação (DECIN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

______________________________________

Profª Esp. Malkene Wytiza Freire de Medeiros

Departamento de Ciência da Informação (DECIN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

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Dedico este trabalho a minha família e amigos. Quero destacar a Jacir Sotero Leite Rodrigues, fundamental e incondicional incentivadora desta conquista, a minha filha Alice Sotero Toscano Rodrigues e aos amigos que conheci no decorrer destes longos anos de estudo, não só o aprendizado acadêmico, mas de vida, aos que compartilharam comigo, as alegrias e angustias que este caminho, agora percorrido, me trouxe e me foi tão proveitoso. A todos estes os meus sinceros agradecimentos.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por me conceder saúde, sabedoria e determinação nessa caminhada da vida.

A César Augusto Sotero L. Rodrigues, meu companheiro, que está sempre ao meu lado.

A Jandira S. Leite que me ajudou e me apoiou sempre. A Deisy Sotero L. Rodrigues que sempre me incentivou e a minha irmã e amiga Klecia V. Gomes de Lima, todas especiais, dedicadas e amorosas.

À minha orientadora, Luciana Albuquerque Moreira pela maneira atenciosa como me atendeu e contribuiu para a realização deste trabalho com seus pontos de vista, sempre esclarecedores.

Aos meus amigos do curso pelos bons momentos compartilhados durante a graduação: Vagner Ivan de A. Gomes que sempre me ajudo com suas opiniões assertivas e que foi um verdadeiro anjo na minha vida. Silvana Souza da Silva, Ana Lúcia Monteiro Bet e Claudiana da Costa Barbalho que estiveram sempre ao meu lado. A todas as pessoas que contribuíram direta e indiretamente, tornando essa conquista possível. Quero-os por perto de agora em diante.

Agradeço, por fim, aos meus queridos professores, Mônica Marques

Carvalho Gallotti, Antônia de Freitas Neta, Rildeci Medeiros, Karla Beatriz Marques Felipe, entre outros tão especiais.

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É importante que as pessoas tenham não apenas, o acesso à informação, mas também, a qualidade no acesso de acordo com suas realidades, para poderem aplicá-la no sentido de buscar transformar estas realidades. Somente em uma sociedade que consegue democratizar conhecimento e informação de uma forma global, conseguiremos prosseguir para o desenvolvimento social (BUENO, 2006, p. 54).

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RESUMO

A cada novo contexto ou ainda, em situações cotidianas, a necessidade de informação surge com maior ou menor frequência. Diante disso, esta pesquisa teve como objetivo geral verificar, a partir da literatura inserida na BRAPCI, os trabalhos que enfatizam os modelos de comportamento informacional que tratam das necessidades de informação dos usuários. Já os objetivos específicos consistem em identificar na literatura os principais modelos de comportamento informacional; indica os mais recorrentes; e, por fim, verificar em quais ambientes são aplicados tais modelos de comportamento informacional. Este estudo utiliza como procedimento metodológico a pesquisa exploratório-descritiva, do tipo bibliográfica, sendo tal procedimento analisado em duas etapas: qualitativa e quantitativa, a partir das produções na base de dados BRAPCI. Efetuou-se a busca nessa base de dados com o termo “modelos de comportamento informacional” delimitando a busca no período de 2009 a 2019. Com esse termo, foram encontrados 28 artigos, ocorrendo a investigação no dia 27 de maio de 2019. Resultando assim que, das produções identificadas, o modelo mais usado é o do comportamento informacional de Wilson, tendo como área de conhecimento a Ciência da Informação; a qual teve maior representatividade nos artigos. Por fim, conclui-se que esses modelos podem ser aplicados em todos os ambientes e situações passíveis de se identificar necessidades informacionais dos usuários, e em todas as áreas do conhecimento.

Palavras-chave: Comportamento Informacional. Estudo do Usuário. Modelo de Wilson. Base de dados.

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ABSTRACT

With each new context or in everyday situations, the need for information appears more or less frequently. Given this, this research had the general objective of verifying, from the literature inserted in the BRAPCI, the works that emphasize the models of information behavior that deal with the users' need for information. The specific objectives are to identify in the literature, the main models of information behavior; indicate the most recurrent ones; and, finally, to verify in which environments the models are applied. This study uses as methodological procedure the bibliographic exploratory-descriptive research, which is analyzed in two stages: qualitative and quantitative, considering the productions found in the BRAPCI's database. A search was carried out in the database using the term "models of information behavior," delimiting the search to the period from 2009 to 2019. With this term, the investigation occurred on May 27, 2019, and 28 articles were found. As a result, considering the productions identified, the most used model was Wilson's information behavior, which has, as its knowledge area, the Information Science; it was more representative in the articles. Finally, it can be concluded that these models can be applied to all environments and situations that can identify the users' informational needs, and in all areas of knowledge.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E SIGLAS

Figura 1 – Modelo de comportamento informacional de Wilson ... 23

Figura 2 – Modelo do sense-making de Dervin ... 24

Figura 3 – Metáfora do modelo do sense-making de Dervin ... 25

Figura 4 – Fases do comportamento na busca informacional de Ellis ... 26

Figura 5 – Modelo de comportamento informacional de Wilson ... 27

Quadro 1 – Modelo de Comportamento Informacional e de necessidade de informação na BRAPCI ... 31

Quadro 2 – Locais em que foram aplicados os modelos de comportamento informacional. ... 36

Gráfico 1 – Incidência de publicação nas revistas sobre modelos de comportamento informacional ... 37

Gráfico 2 – Ano de publicação ... 38

Gráfico 3 – Identificação dos modelos de comportamento informacional ... 39

Gráfico 4 – Tipo de abordagem da pesquisa teórica ou aplicada... 40

Gráfico 5 – Aplicação da área do conhecimento ... 41 BRAPCI – Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da

Informação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

2 ESTUDO DO USUÁRIO ... 14

2.1 Necessidade de Informação ... 15

2.2 Comportamento Informacional ... 17

3 MODELOS DE COMPORTAMENTO INFORMACIONAL ... 21

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 28

4.1 Base de dados referenciais de artigos de periódicos em Ciência da Informação - BRAPCI ... 29

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 32

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 43

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1 INTRODUÇÃO

É evidente que o conhecimento informal é produzido diariamente, enquanto que o conhecimento formal é gerado pela ciência, uma vez que foi testado na tentativa de refutá-lo. Já com relação à informação isso não acontece; haja vista que informações são geradas constantemente, principalmente a partir da interação entre pessoas. No contato entre indivíduos ocorre a troca de informação que, ao ser internalizado por algum participante, torna-se conhecimento.

Cabe frisar que tudo contém informação; contudo, vai depender do ponto de vista e da necessidade de cada um. Em consonância com Cunha, Amaral e Dantas (2015), as necessidades de informação ocorrem de vários tipos, podendo ser da informação mais singular até a mais importante, como por exemplo, um professor buscando informações para sua aula, o aluno estudando para determinada disciplina, dona de casa tentando descobrir o próximo capítulo de sua novela favorita.

É fato que buscar novas informações é algo inerente ao ser humano. Ele está sempre, de alguma forma, à procura de informação e conhecimento. Todavia, nesse processo de busca ocorrem vários sentimentos que partem do sofrimento/ansiedade até chegar ao prazer/satisfação.

Partindo desse pressuposto, e visando ajudar às pessoas que estão em determinado meio ambiente, ou seja, em todos os lugares da sociedade, é que alguns pesquisadores criaram modelos de comportamento informacional a fim de entender as necessidades de informação, com o intuito de auxiliar tais usuários.

A pesquisa tem como hipótese que os modelos de comportamento informacional são de suma importância para compreender as necessidades informacionais do usuário.

Dessa forma, é preciso averiguar na literatura a abordagem dos modelos de comportamento informacional e a necessidade de informação, bem como em que contexto esses modelos estão sendo aplicados para compreender os usuários. Os estudos dos usuários, de acordo com Figueiredo (1994, p.7) “[...] são investigações que se fazem para saber o que os indivíduos precisam em matéria de informação, ou então, para saber se as necessidades de informação por parte dos usuários [...] estão sendo satisfeitas de modo adequado”. Por esse motivo, o estudo é justificado

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por analisar, na Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação-BRAPCI, os trabalhos que abordam sobre a temática das necessidades de informação, a partir dos modelos de comportamento informacional.

Diante do exposto e da relevância que os modelos de comportamento informacional possuem no entendimento das necessidades de informação do usuário, a pesquisa indaga o seguinte problema: Quais são os modelos de comportamento informacional que abrangem as necessidades informacionais presentes na literatura, inseridos na base de dados BRAPCI, no intervalo de tempo de 2009 a 2019? A resposta dessa indagação será explicada no decorrer da discussão deste trabalho.

O objetivo geral foi verificar, a partir da literatura inserida na BRAPCI, os trabalhos que enfatizam os modelos de comportamento informacional que tratam das necessidades de informação dos usuários. Já os objetivos específicos consistem em identificar na literatura os principais modelos de comportamento informacional; indica os mais recorrentes; e, por fim, verificar em quais ambientes são aplicados tais modelos de comportamento informacional.

Diante disso, o motivo de trabalhar a partir da temática advém do interesse de estudar a incorporação do comportamento informacional e necessidade de informação na literatura e o cruzamento deste com os modelos utilizados nos trabalhos, e por considerar este um assunto importante no âmbito pessoal, social e científico. Diante da grande demanda informacional, é preciso saber selecionar, encontrar e direcionar a informação adequada para o público certo. Através dos estudos direcionados por tais modelos será possível detectar esse público, proporcionando novas reflexões e questionamentos a respeito do crescente comportamento e necessidade de informação dos usuários.

Para tal fim, o estudo apresenta uma trajetória metodológica: no primeiro momento fez-se um levantamento bibliográfico, destacando e conceituando alguns tópicos e pesquisadores de referência para a área. No segundo momento realizou-se um diagnóstico na barealizou-se de dados da BRAPCI, extraindo os artigos que fazem uso dos modelos de comportamento informacional e necessidade de informação. Para encontrar tais artigos optou-se pelo metadados “modelos de comportamento informacional”, trazendo como resultados artigos que tratavam de modelos de comportamento informacional, bem como da temática sobre as necessidades dos

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usuários. Assim, para se ter uma melhor representatividade, limitou-se o período de dez anos para a pesquisa, o qual correspondeu aos anos de 2009 a 2019.

No terceiro momento foram extraídos dados dos artigos obtidos por meio da base de dados, sendo criado um quadro geral apontando-se as categorias de análise a serem observadas na pesquisa, como título, a revista, o ano de publicação, o local de aplicação do modelo, a área de aplicação e o tipo do modelo.

Este trabalho apresenta sessões que estão divididas em 8 capítulos. Com isso, o primeiro capítulo consiste na introdução, o qual já foi contemplado.

O segundo capítulo aborda o “Estudo do Usuário”, por meio de uma revisão de literatura, elencando o entendimento sobre o assunto pelos principais teóricos da área.

Da mesma forma, o terceiro capítulo, trata da “Necessidade de Informação” presente no cotidiano da sociedade, e a importância de identificar e sanar tal necessidade, apontando alguns aspectos inerentes ao conteúdo, de acordo com os autores referenciados no assunto.

Dando continuidade, o quarto capítulo denominado “Comportamento Informacional” do inglês Information Behavior, traz alguns conceitos e entendimentos a respeito do termo, destacando o seu surgimento, interpretação e divergência de opinião por causa da tradução. Contudo, o comportamento informacional irá depender de um conjunto de ações próprias do usuário.

No quinto capítulo, destacam-se alguns modelos usados no comportamento informacional, ressaltando alguns estudiosos da área, com modelos que foram sendo revisados ao longo do tempo para se adequarem à realidade e demandas sociais.

O sexto capítulo discorre sobre os procedimentos metodológicos, apontando toda trajetória percorrida para alcançar os objetivos, apresentando a Base de dados referenciais de artigos de periódicos em ciência da informação – BRAPCI, como principal fonte informacional utilizada na elaboração da monografia.

Considerado uma das partes principais, a análise e discussão dos resultados, encontra-se no capítulo 7, expondo toda a análise dos dados extraídos da Base de dados escolhida.

Por fim, o capítulo oito apresenta as considerações finais, constatando que os pesquisadores se utilizam de modelos para estudar os usuários de diversos lugares e ambientes, independente da área do conhecimento.

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2 ESTUDO DO USUÁRIO

A informação é essencial na vida de qualquer pessoa. É por meio dela que um indivíduo, uma empresa (seja ela de qualquer ramo empresarial), escolas, hospitais, enfim, a sociedade, pode se comunicar e se relacionar entre si; porém, cada um com suas particularidades e necessidades.

Todavia, para que seja possível conhecer as particularidades das necessidades, como: Quem é o usuário? Que tipo de informação ele precisa? Onde ele está? Objetivando melhorar a relação entre os usuários, se faz necessário realizar um estudo de comunidade e/ou um estudo de usuários para descobrir quais conteúdos informacionais as pessoas estão precisando e, assim, encontrar as informações adequadas para suprir suas lacunas informacionais.

Segundo Figueiredo (1994, p. 7), estudos de usuários são: “[...] investigações que se fazem para saber o que os indivíduos precisam em matéria de informação, ou então, para saber se as necessidades [...] de informação estão sendo satisfeitas de maneira adequada”. Assim, com o estudo já pronto, será mais fácil e mais rápido passar as informações que os usuários precisam.

Entretanto, é bem complexo estudar o usuário, pois cada um tem um tipo de necessidade diferente (por exemplo, um quer saber informações sobre viagens, enquanto que o outro quer saber mais sobre construções), e por envolver pessoas com personalidades, competências e comportamentos diferentes, os quais podem ser influenciados pelo ambiente em que estão inseridos (PINHEIRO, 1982).

De acordo com os autores Cunha, Amaral e Dantas (2015, p.15): “As pessoas podem buscar a satisfação de suas demandas e necessidades de informação de variadas maneiras. Algumas preferem fazer suas próprias buscas para obter a informação que necessitam”. Contudo, é válido salientar que o modo como isso será feito irá influenciar diretamente no resultado esperado; pois, nem sempre é tão fácil encontrar a informação que se precisa.

Nesse contexto, Cunha, Amaral e Dantas (2015) relatam que, ao se buscar a informação, esta pode ser encontrada em diversas fontes, com os mais variados formatos. Pois, a informação pode estar em qualquer lugar, principalmente nos tempos atuais em que se vivencia a era da tecnologia. Dessa forma, as pessoas têm diversas possibilidades de acessar e recuperar a informação que necessita; seja na

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internet ou na biblioteca. Esses indivíduos que buscam, recuperam e produzem a informação podem ser considerados como usuários de informação.

Pérez-Giffoni e Sabeli (2010, p. 20-21) definem o usuário de informação como:

[...] pessoa relacionada, real ou potencialmente, com o recurso de informação; ator social de uma realidade em mudanças e conflitos constantes; indivíduo que, com toda sua subjetividade, capital cultural e visão da realidade, se constrói socialmente no encontro com o outro em relação à dialética com o mundo em que está. Daí surgem suas práticas de consumidor e produtor de informação, os métodos que utiliza para descobrir e acessar as fontes informacionais, bem como suas interações com os sistemas de informação computadorizados (PÉREZ-GIFFONI; SABELI, 2010, p. 20-21).

Nesse sentido, o usuário usa seus conhecimentos acumulados ao longo da vida para interagir com o seu meio e fazer uso dos recursos tecnológicos, para buscar novas informações e gerar conhecimento. De acordo com Cunha, Amaral e Dantas (2015) este usuário pode ser tido como ativo, visto que sai em busca de mais informações para sanar suas limitações informacionais, não esperando que a informação chegue até ele. Dessa forma, para conhecer as características e peculiaridade desse usuário, na utilização desses recursos, é preciso utilizar e realizar estudos de usuários para que a informação vá ao encontro de seu público, de forma rápida e eficiente.

Vê-se, pois, que o estudo do usuário é um instrumento de suma importância para entender e compreender cada tipo de usuário, conhecendo as suas necessidades, como também possibilitando a melhoria de serviços informacionais.

Portanto, é através do estudo do usuário que as unidades informacionais e estudiosos conhecem o perfil de cada usuário, demandas e necessidades.

2.1 Necessidade de Informação

Antes de abordar o tema necessidade de informação, é necessário mencionar a definição de necessidade. Silva (2006) aponta o conceito de necessidade tanto para a Psicologia como para a Ciência da Informação. Para a

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Psicologia, o conceito está relacionado com a motivação e engloba as forças as quais conduzem o indivíduo para alguma coisa, podendo ser tanto biológica/fisiológica, quanto para a auto realização. Já na área da Ciência da Informação, esse conceito está mais voltado para o comportamento informacional; porém, não foge da base psicológica, que prepara ou norteia o indivíduo a sair em busca e refletir/criar informação em alguma circunstância inserida em determinado contexto, contendo como cenário situacional um meio ambiente.

Continuando, Silva (2006) relata que existem dois tipos de necessidades: as espontâneas (não tão fáceis de ser identificadas) e as induzidas (mais fáceis de serem encontradas). O autor usa como exemplo, para explicar este último caso, o impacto produzido pela propaganda, pela publicidade e pelo marketing. Ele ainda destaca que as necessidades, inicialmente induzidas, terminam tornando-se espontâneo-automáticas.

Nesse sentido, para Le Coadic (2004), o conhecimento da necessidade de informação possibilita que os sujeitos compreendam e se envolvam no processo de busca de informação. Essa ação é decorrente da vida social, do saber e da comunicação; além disso, a necessidade de informação se diferencia das necessidades fisiológicas, por exemplo, dormir, se alimentar, etc.

Conforme Wilson (2000) é pertinente dizer que as necessidades de informação variam de acordo com o propósito, com cada pessoa e com cada momento, ou seja, mediante algo que desperte interesse no indivíduo. Com isso, cada um faz a busca conforme o assunto desejado, tendo em vista que é uma necessidade particular.

De acordo com Martinez-Silveira e Oddone (2007), a necessidade de informação surge de uma ausência, de uma lacuna do estado de conhecimento, de uma determinada temática. Esse mesmo processo pode ocorrer em grupos, como por exemplo, funcionários de uma empresa X que estejam envolvidos em um mesmo projeto.

A partir da necessidade inicia-se a busca pela informação, a qual é diretamente influenciada pelo contexto em que o indivíduo está inserido. Ou seja, uma vez que cada um já tem uma bagagem de conhecimento, cultural, social, etc. estes irão influenciar na maneira de buscar informações.

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Na visão de Silva (2012, p. 105) ”com efeito, observa-se que as necessidades de informação são frutos de fenômenos sociais de interação com outros seres que estimulam a consciência para construção de informação”.

Para Dantas (2006), a necessidade de informação é uma característica peculiar do ser humano que, desde a infância, busca constantemente por novos conhecimentos, no intuito de sempre ir mais além. Tal busca contribui para a formação de uma sociedade tecnológica.

Assim, verifica-se que boa parte das pessoas se comporta e tende a certa demanda informacional, de acordo com o ambiente em que se inserem. De modo que, quanto maior for o contato com outros ambientes sociais, maior será a necessidade de informação.

Com isso, infere-se que a necessidade informacional é intrínseca a cada ser humano; além do mais, a necessidade informacional é algo que também deve ser compartilhado e perpetuado, gerando novas necessidades e novos conhecimentos.

2.2 Comportamento Informacional

O comportamento é algo que está intrinsecamente relacionado ao contexto em que cada indivíduo esta inserido, ou seja, esse meio irá ditar como cada pessoa irá reagir e se comportar.

Existem vários conceitos sobre comportamento no geral. Com isso, Silva (2006) analisa esse conceito primeiramente em outras áreas do conhecimento. Em Psicologia, comportamento é a forma de se comportar ou reagir de um indivíduo, em seu cotidiano ou em determinadas situações. Em Psicologia Social e no campo da Sociologia, no comportamento social ou em grupo, as pessoas se comportam e reagem de acordo com o “conjunto social (classe, grupo, meio, idade, sexo, etc.)” (SILVA, 2006, p. 142).

Em razão disso, Silva (2006) informa que o comportamento informacional, do inglês information behaviour, termo que surgiu nos Estados Unidos da América, é definido como

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O modo de ser ou de reagir de uma pessoa ou de um grupo numa determinada situação e contexto, impelido por necessidades induzidas ou espontâneas, no que toca exclusivamente à produção/emissão, recepção, memorização/guarda, reprodução e difusão de informação (SILVA, 2006, p. 143).

Como se pode ver, o comportamento informacional é inerente ao ser humano e, querendo ou não, cada pessoa tem uma maneira só sua de se comportar em grupo ou individualmente; porém, essa maneira de ser irá sofrer alterações vindas do meio ambiente. Por isso a importância de se fazer estudos sobre o comportamento.

É válido salientar que, na literatura, há alguns pesquisadores que interpretam de forma diferente o termo information behaviour. Para Wilson (1999), o termo cunhado é referente às pessoas que, ao identificarem determinadas atividades relacionadas às suas necessidades, têm grandes chances de se envolver, e de buscar suas próprias informações, aproveitando-as ou passando-as a diante.

Já Cunha et al. (2015) interpretam as afirmações de Wilson (1999) mais além, fazendo uso do information behaviour para suas pesquisas, englobando subcampos, como: information-seeking behaviour, relacionando às técnicas utilizadas pelos usuários para extrair informações e como opção de estudo das necessidades de informação; e information search behaviour destinados ao intercâmbio de usuários e os sistemas de informação computadorizados.

De modo similar aos estrangeiros, entre os pesquisadores brasileiros também ocorre essa divergência no entendimento da terminologia que vem do inglês information behaviour que, em português, significa comportamento informacional.

Em função disso, pesquisas sobre comportamento informacional existem desde muito tempo, visto que os pesquisadores abordam esse tema desde o surgimento da Ciência da Informação. Em 1948, no Royal Society Scientific Information Conference, foram apresentados diversos trabalhos sobre comportamento informacional por cientistas e tecnólogos. Porém, o termo não foi empregado no evento. Desse modo, é relevante informar que não existe uma data exata para o surgimento da definição ou conceito de comportamento informacional.

Garcia (2007) ressalta que, a partir desta conferência, foram publicadas inúmeras pesquisas a respeito desse tema, abordando as necessidades informacionais do usuário, além do comportamento de busca de informação. Por sua

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vez, surgiram vários críticos apontando que as pesquisas realizadas não estão voltadas para o escopo teórico e de estudos empíricos.

Em 1999, Wilson cunhou o conceito de comportamento informacional, mostrando que o indivíduo, ao perceber sua necessidade informacional, sairá em busca para poder usar e compartilhar a informação gerada.

Para Wilson (2000, p. 49, tradução nossa1), o comportamento informacional consiste em uma

[...] totalidade do comportamento humano em relação a fontes e canais de informação, incluindo busca de informação ativa e passiva e uso da informação. Assim, inclui a comunicação face a face com os outros, bem como a recepção passiva de informações, como, por exemplo, assistir a anúncios de TV, sem qualquer intenção de agir com base nas informações fornecidas.

Ramos et. al (1999), que estudaram o comportamento do usuário no momento de buscar a informação, afirmam que

[...] para inferir o domínio do comportamento informacional do usuário, é preciso saber que “ter uma necessidade de informação” é um comportamento afetivo, “conhecer onde e como encontrar a informação”, é um comportamento cognitivo, e “executar os caminhos físicos”, de domínio psicomotor (RAMOS et al., 1999, p.160).

Dessa forma, o comportamento informacional irá depender de um conjunto de ações próprias do usuário, que estão relacionadas às condições físicas e mentais, as quais é preciso ter plena consciência da necessidade, saber os locais onde encontrar e os caminhos que se devem percorrer para sanar a necessidade e ter capacidade para utilizar instrumentos para obter as respostas.

Convém ressaltar que, para Gasque e Costa (2010), o comportamento informacional é

1 Information Behavior is the totality of human behavior in relation to sources and channels of

information, including both active and passive information seeking, and information use. Thus, it includes faceto-face communication with others, as well as the passive reception of information as in, for example, watching TV advertisements, without any intention to act on the information given.

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[...] compreendido como processo natural do ser humano no papel de aprendiz da própria vida, requer visão ampla do pesquisador. Exige, ainda, o entendimento das relações estabelecidas em determinado espaço-tempo em que ocorrem ações de busca, uso e transferência de informação. Os indivíduos se engajam nessas ações quando têm necessidade de informação (GASQUE; COSTA, 2010, p. 31-32).

Desse modo, constata-se que o comportamento informacional abrange a rotina diária de qualquer pessoa, de forma consciente ou não, independentemente da idade ou do estilo de vida. E, ao longo da existência, os indivíduos, de forma particular ou em conjunto, acabam inserindo-se em um modelo de comportamento informacional.

Em suma, o comportamento informacional, independente de algumas divergências entre determinados pesquisadores, irá ocorrer com pessoas mediante contextos sociais, familiares e profissionais, variando de cultura ou grupo social. Isso ocorre na iminência da necessidade informacional. Por esse motivo, é de grande importância a realização de aplicação de modelos de comportamento informacional, para compreender e auxiliar os usuários mediante determinadas situações.

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3 MODELOS DE COMPORTAMENTO INFORMACIONAL

O uso de modelos em estudos é fundamental, pois é por meio deles que se pode simplificar e melhorar o entendimento de algum fragmento da realidade. Sayão (2001, p. 83) define modelos como sendo “representações simplificadas e inteligíveis do mundo, que permitem vislumbrar características essenciais de um domínio ou campo de estudo”. Sendo assim, os modelos são reproduções da realidade em forma de diagramas.

De acordo com o dicionário de Alain Birou (1982 apud Silva, 2006, p. 155), o modelo no campo científico é definido como “sistema físico, matemático ou lógico que representa as estruturas essenciais de uma realidade e é capaz de, no seu nível, explicar e ou reproduzir dinamicamente o funcionamento daquelas”.

Silva (2006) relaciona a definição do modelo na área de Ciência da informação com o modelo sociológico e ou o modelo do comportamento informacional consistindo em

[...] substituir a complexidade de um sistema social para um sistema simplificado (modelo) que representa o essencial do procedente e seria susceptível de tratamento qualitativo, que destacando de um sistema em exercício variáveis fundamentais que permitam a comparação de sistemas diferentes. Para uma descrição ou interpretação de uma situação presente, o procedimento que consiste em elencar modelos explicativos pode ser frutuoso e útil (BIROU, 1982 apud SILVA, 2006, p. 155).

Sendo assim, os modelos auxiliam a teoria a explicar determinados fenômenos, de forma a possibilitar uma perspectiva mais clara e abrangente da realidade.

Ainda no campo do comportamento informacional, Wilson (1999, p. 250), afirma que

[...] um modelo pode ser descrito como uma estrutura de reflexão sobre um problema, que pode evoluir para uma declaração sobre as relações entre proposições teóricas. A maioria dos modelos no campo geral do comportamento informacional são afirmações, muitas vezes sob a forma de diagramas, que tentam descrever uma atividade de busca informacional, suas causas e consequências, ou

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as relações entre as fases do comportamento de busca informacional.

Vários pesquisadores criaram modelos de comportamento informacional na perspectiva de compreender melhor os usuários e como eles se comportam diante dessa necessidade. Além disso, de acordo com Fialho e Andrade (2007) estudos revelam que o comportamento informacional tem seu início na necessidade de informação, no contexto ou na condição inicial. Como também, passando a valorizar mais o usuário e o seu papel na mediação da informação.

Dessa forma, conforme Martínez-Silveira e Oddone (2007) por volta de 1980, os estudos a respeito do comportamento e as necessidades informacionais, voltaram-se para as técnicas qualitativas com relação a este tipo de pesquisa.

Sendo assim, existem diversos modelos de comportamento informacional, cada um com um objetivo, um ponto de vista. Com isso, alguns deles serão abordados, começando com o modelo de Wilson (1981), em seguida de Dervin (1983), logo após o de Ellis (1989) e finalizando com o modelo atualizado de Wilson (1996).

O cientista da informação Wilson (1981) desenvolveu um modelo (figura 1), em que o indivíduo é o ator principal, inserido em seu contexto, sua atuação na sociedade, no convívio familiar e atividade profissional que se desenvolvem. A partir desse contexto, apareceriam as dificuldades de busca de informação, pois esse modelo engloba de forma implícita, várias hipóteses a respeito do comportamento informacional testado empiricamente, ou seja, através de observação (WILSON, 1981).

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Figura 1 – Modelo de comportamento informacional de Wilson

Fonte: Martínez-Silveira e Oddone (2007, p. 123).

Percebe-se que esse modelo envolve o percurso de necessidade e busca informacional no qual, para alcançar o objetivo final, o usuário faz uso de fontes e recursos informacionais diversos, interagindo com outras pessoas, como também, repassando os conhecimentos adquiridos. Esse processo pode ser bem-sucedido ou não, pois depende de fatores externos e de suas habilidades para poder encontrar e filtrar a informação.

Nesse contexto, Dervin (1983) trabalhou com a construção do fazer sentido (em inglês: Sense-Making), definindo esse termo como sendo

[...] um rótulo para um conjunto coerente de conceitos e métodos usados em [...] como as pessoas constroem sentido de seus mundos e, em particular, como constroem necessidades de informação e usos para informação, no processo de criação de sentido. Como a produção de sentido é central para todas as situações de comunicação (sejam elas intrapessoais, interpessoais, de massa, interculturais, sociais ou internacionais), a abordagem de Criação de Sentidos é vista como tendo ampla aplicabilidade (DERVIN, p. 3, 1983).

(25)

Essa teoria se tornou um modelo chamado Modelo Sense-Making (Figura 2), no qual tudo se inicia com a situação. Neste caso, o contexto que gerou a dúvida/necessidade, dependendo do resultado, irá desencadear mais necessidade e, consequentemente, novas buscas por informação; ou seja, é um ciclo contínuo, em que o indivíduo estará continuamente tentando preencher lacunas informacionais, as quais surgem durante o seu convívio social, pois quando se fecha um ciclo inicia-se outro.

Figura 2 - Modelo do sense-making de Dervin

Fonte: Martínez-Silveira e Oddone (2007, p. 123).

Esse modelo aborda o comportamento como sendo resultado da criação dos sentidos, podendo ser de forma externa e/ou interna, através da criação individual que cada pessoa tem a oportunidade de construir e projetar seus atos através do tempo e espaço (DERVIN, 1983). Nesse caso, Dervin trabalha o conceito de acordo com cada contexto, aferindo como surgem as necessidades, o desenvolvimento e a satisfação do usuário ao ter sua necessidade suprida. Nesse ínterim, o indivíduo é visto como receptor ativo e com total capacidade de provocar mudanças (MENDES, 1996).

Ficou evidenciado que o Sense-Making destaca como as pessoas aproveitam as observações dos outros, para si, bem como suas próprias observações, na hora de estabelecer suas opiniões da realidade e usar essas ideias para conduzir o comportamento. Nesta abordagem de construção de sentido, as

(26)

condições situacionais determinam e estão diretamente relacionadas ao comportamento de tomada de sentido Dervin (1983).

Este modelo busca apontar as relações nos contextos atuais, envolvendo a subjetividade dos indivíduos, ou seja, cada conceito formado por uma pessoa vai ser transferido para outra e, assim, agregando conhecimento. Dervin em seu modelo (figura 3) Metáfora, do modelo do sense-making, destaca o elo entre a situação e o resultado, nesta ponte encontram-se as dificuldades, o processo de busca e o tempo decorrido entre o contexto até chegar ao momento de satisfação (resultado).

Figura 3 - Metáfora do modelo do sense-making de Dervin

Fonte: Martínez-Silveira e Oddone (2007, p. 123).

Vale salientar que todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, outras em vários momentos ao longo de suas histórias passaram, estão ou passarão por este vazio informacional, em que buscam ultrapassar/preencher essa necessidade informacional. Nessa lacuna, o indivíduo sente vários tipos de sentimentos, como: ansiedade, frustração, angústia, alegria, até chegar à satisfação plena, que ocorre quando encontra o resultado desejado.

Nesta seara, Ellis (1989) também elaborou um modelo sobre o comportamento na busca de informação (figura 4), baseado em estudos empíricos com padrões de abordagem para grupos pequenos ou individuais. Suas pesquisas são realizadas em cima das ‘características’ de comportamento informacional.

A pesquisadora não apresenta seu modelo como um diagrama, mas sim, por meio de divisões das ações humanas na busca informacional. São elas:

(27)

[...] começar (atividades de início da busca); encadear (prosseguir a busca); browsing (busca semidirigida em locais potenciais de busca); diferenciar (filtrar e selecionar); monitorar (continuar revendo as fontes identificadas como essenciais); extrair (trabalhar sistematicamente com as fontes de interesse); verificar (conferir a veracidade das informações) e finalizar (MARTÍNEZ-SILVEIRA; ODDONE 2007, p. 124).

Diante disso, percebe-se que essas são atividades essenciais para obter um resultado positivo, levando o indivíduo a encontrar a informação para sanar sua necessidade informacional de forma segura; além disso, sem essas ações dificilmente alguém conseguia alcançar qualquer objeto.

Figura 4 - Fases do comportamento na busca informacional de Ellis

Fonte: Martínez-Silveira e Oddone (2007, p. 124).

O modelo revisado de Wilson (1996) (Figura 5) foi baseado no modelo de 1981; porém, este modelo atualizado mostra um panorama geral das atividades de informação, que vai desde o surgimento da necessidade informacional, passando por vários momentos de interação e influências na busca, até chegar ao uso propriamente dito da informação. Há a ocorrência de muitas variáveis inseridas neste modelo, as quais influenciam diretamente o comportamento humano da informação.

(28)

Figura 5 - Modelo de comportamento informacional de Wilson

Fonte: WILSON, 1996.

Como é possível observar, esse modelo abrange o comportamento tanto individual, como em grupo. Pois, é preciso entender que cada pessoa se comporta de acordo com o ambiente em que se encontra. Um exemplo disso é o comportamento de um estudante na escola, em sua casa, entre seus amigos e no seu estágio. Em cada um desses lugares, ele irá ter um comportamento, como também, uma demanda informacional e interferências diferentes.

A partir disso, percebe-se que modelos informacionais são essenciais na compactação e interpretação da demanda informacional, uma vez que ajudam a compreender melhor os fatos que acontecem na vida de uma pessoa ou em grupos, e os pesquisadores fazem uso desse recurso como ferramenta de estudo.

(29)

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia é o percurso a ser seguido para alcançar determinadas finalidades em uma pesquisa. De acordo Marconi e Lakatos (2003, p.154), a pesquisa “é um procedimento formal [...], que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade [...]”, no qual será realizado o estudo.

A pesquisa realizada pode ser classificada como exploratória, pois, de acordo com Gil (2008), tem como escopo o esclarecimento, o desenvolvimento e a modificação de opiniões e conceitos, a partir da criação de problemas que sejam mais precisos ou teorias que sejam investigadas e que poderão ser usados em futuros estudos. Nesta seara, se buscou deixar o assunto estudado mais compreensível. Também é descritiva, pois “tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis” (GIL, 2008, p. 28). E, neste trabalho, objetivou-se descrever os principais aspectos dos modelos analisados.

A metodologia utilizada para desenvolver esse trabalho foi a pesquisa bibliográfica, uma vez que “abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses [...]” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.182), através do levantamento Bibliográfico dos artigos de periódicos científicos, os quais constam na BRAPCI. Segundo Gil (2010), os periódicos científicos são de suma importância para o meio da comunicação científica, pois é através deles que ocorre o elo entre a comunicação derivada das pesquisas e a conservação do alto padrão nas investigações científicas.

A análise foi desenvolvida em duas etapas: qualitativa e quantitativa. A qualitativa, que não trabalhou com dados estatísticos, e teve seu foco por meio do termo de busca. Nessa etapa, se “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números” (SILVA; MENEZES, 2005, p. 20). E a quantitativa, onde foram mapeadas as revistas, ano de publicação, além de saber se foi uma pesquisa teórica ou aplicada, ou seja, onde foram aplicados os modelos. Nesse caso, se “considera que tudo pode ser

(30)

quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las” Silva e Menezes (2005, p. 20). Deixando o produto da pesquisa sem espaço para ambiguidades.

Essa pesquisa foi realizada através do levantamento de literatura na BRAPCI. Sendo assim, é uma pesquisa bibliográfica, por ter sido realizada em cima de um material já organizado em uma Base de dados, nesse caso os artigos científicos (Gil, 2008).

Iniciou-se a averiguação na Base de dados BRAPCI, no menu da Busca, utilizando o termo “modelos de comportamento informacional”, delimitando a busca no período de 2009 a 2019. Com esse termo foram encontrados 28 artigos, ocorrendo a investigação no dia 27 de maio de 2019. A seguir, será apresentado brevemente o ambiente da pesquisa.

4.1 Base de dados referenciais de artigos de periódicos em Ciência da Informação - BRAPCI

Desde 1665, os periódicos científicos tornaram-se o canal formal da comunicação científica. Conforme Meadows (1999), seu surgimento se deve a vários motivos; porém, o principal motivo foi a necessidade de comunicação mais eficiente e a formalização da comunicação científica.

Ainda para Meadows (1999) o termo periódico passou a ser empregado em meados do século 18, apenas para os casos de publicações em determinados períodos de tempo, os quais apresentassem artigos com autores distintos.

Nesse contexto, o periódico eletrônico é um dos meios de disseminação formal das pesquisas científicas, mais utilizados na atualidade. Suas publicações permitem a recuperação da informação das pesquisas que estão sendo realizadas. Isso é possível por intermédio dos serviços de indexação e dos mecanismos de busca, os quais proporcionam maior agilidade e facilidade aos usuários que buscam e desejam compartilhar suas pesquisas. Como afirmam os autores Souza e Albuquerque (2005, p.2) sobre os periódicos eletrônicos, quando dizem que

(31)

[...] permitem uma ampla divulgação através da publicação quase imediata, recuperação dos artigos indexados, espaço ilimitado para publicação, redução dos custos na produção e disseminação das pesquisas, assim como, favorece a interação entre os leitores e autores através do correio eletrônico (SOUZA; ALBUQUERQUE, 2005, p. 2).

Os periódicos aproximam os cientistas e estudiosos que tenham interesses afins. Isso por causa do seu amplo alcance na divulgação da informação produzida, quase que imediatamente. Atualmente, os periódicos eletrônicos continuam com a mesma tarefa de comunicar os resultados das pesquisas, porém com mais intensidade devido a sua disponibilidade em grande escala, contribuindo sobremaneira no acesso.

De acordo com Rowley (2002, p. 125), de forma geral, a base de dados é “[...] uma coleção geral e integrada de dados juntos com a descrição deles, gerenciada de forma a atender a diferentes necessidades de seus usuários”. Ainda para a referida autora, as bases de dados referenciais objetivam indicar documentos originais, direcionando o usuário a uma busca adicional. Vale salientar que tais ações ocorrem em meio eletrônico, fazendo uso de suportes digitais (computadores,

tablets, Smartphones, entre outros) para atingir tal finalidade.

Segundo Grogan (2001, p. 131) as bases de dados

[...] constituem-se em sistemas de buscas baseados em comandos ou menus, ou em uma mistura de ambos, e baseiam-se em vocabulário controlado ou palavras-chave, empregando, se necessário, a lógica booleana. O que aparece na tela pode ser impresso ou gravado, conforme preferência (GROGAN, 2001, p. 131).

A estrutura de uma base de dados está organizada pensando no usuário/pesquisador. Por esse motivo, a partir dos sistemas de busca, se pode delimitar a pesquisa mediante a necessidade do usuário.

A Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação, mais conhecida como BRAPCI, surgiu como resultado do projeto de pesquisa “opções metodológicas em pesquisa: a contribuição da área da informação para a produção de saberes no ensino superior”. Tal Base tem como objetivo auxiliar os estudos e propostas voltados para a área de Ciência da Informação, viabilizando

(32)

títulos de periódicos nacionais indexados, criteriosamente sem barreiras de indexação, em sua base de dados.

Ela é uma base de dados da área da Ciência da Informação que abrange as áreas da Biblioteconomia e da Arquivologia. Além de ser uma base de dados

[...] cujas condições de efetivação de pesquisas a situam como paradigmática, graças ao desenvolvimento do seu modelo, marcado pelo contínuo aperfeiçoamento na sistematização e organização da literatura periódica da área, em prol da localização e obtenção de artigos de periódicos científicos da área de Ciência da Informação (CI), oferecendo suporte à pesquisa, à organização e à análise de dados. Além disso, tem subsidiado estudos na busca da melhoria na qualidade das publicações periódicas da área de Ciência da Informação e correlatas, contribuindo para socializar saberes editoriais. No sentido de dar continuidade a este trabalho, atualmente estão sendo discutidas possibilidades de parceria com outras bases, com o intuito de incorporar outras modalidades bibliográficas, como teses e dissertações, livros e eventos da área (BUFREM et al., 2010).

Desse modo, esta Base de dados está em constante crescimento informacional. Atualmente, possui 57 periódicos nacionais, tanto impressos quanto eletrônicos, da área de CI. Entre os periódicos existentes, 40 estão ativos e 17 suspensos. E, graças ao seu modelo, o qual proporciona uma interface fluida e de fácil acesso, faz com que o pesquisador faça suas buscas de maneira descomplicada, além de ter mais de uma maneira na hora da realização da busca, podendo ser pelo autor, título, palavras-chaves, resumo, referências ou todos os campos. Além do mais, o usuário poderá também fazer busca avançada; como também, pode escolher a busca pelo período cronológico de interesse, possibilitando a recuperação dos artigos de periódico, do período desejado.

(33)

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para a execução do objetivo de analisar os modelos de comportamento informacional indexados na base BRAPCI, foi realizada a leitura e a síntese dos 28 artigos indexados. A partir dos dados encontrados foi elaborado um quadro intitulado ‘Modelo de Comportamento Informacional na BRAPCI’ (QUADRO 1), contendo os seguintes dados: título do artigo, revista, ano de publicação, pesquisa teórica ou aplicada, local de aplicação do modelo, área de aplicação e tipo do modelo.

Cabe frisar que, do total de artigos recuperados, quatro foram eliminados, pois não eram pertinentes à pesquisa pelos seguintes motivos: dois artigos não pertenciam ao escopo desta análise, por se tratarem de modelos para guardar documentos nas nuvens, e o outro por ser um Editorial. Como também possuía um documento em que a pesquisa tinha por objetivo criar um novo modelo, e que ainda não havia sido nominado. E os outros dois artigos por serem pesquisas teóricas, que não abordavam de forma clara, os termos e os assuntos que desencadearam a pesquisa, além de não ser possível identificar os modelos abordados no trabalho.

(34)

Quadro 1 - Modelo de Comportamento Informacional e de necessidade de informação na BRAPCI

ARTIGO REVISTA ANO

PESQUISA TEÓRICA

OU APLICADA

LOCAL DE APLICAÇÃO

DO MODELO ÁREA APLICADA TIPO DE MODELO

Caracterização do comportamento de busca e uso de informação na área da Saúde: o Modelo de Ellis aplicado

ao estudo do comportamento informacional de pacientes

Informação &

Sociedade: Estudos 2016 Teórica e aplicada

Salas de espera dos ambulatórios do Hospital Geral Dr. César Carls de Oliveira a, em Fortaleza-CE

Área da Saúde Ellis

O comportamento informacional e a necessidade de informação jurídica

dos professores/advogados do escritório de aplicação de assuntos jurídicos da universidade estadual de

londrina Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação 2018 Teórica e aplicada (pôster) Professores/advogados do

EAAJ Área jurídica Ellis e Wilson

Perspectiva dialética do comportamento informacional nas

organizações

Encontro Nacional de Pesquisa em

Ciência da Informação

2018 (pôster) Teórica Não aplicado

Multidisciplinar (Filosofia, Administração e Ciência da Informação) Wilson Comportamento informacional de profissionais da área de meteorologia

do Brasil e de Portugal: um estudo exploratório Páginas A&B, Arquivos e Bibliotecas 2016 Teórica e aplicada Profissionais da área de Meteorologia do IPMT/Brasil e do IPMA/Portugal Interdisciplinaridade (Meteorologia) Criação de um novo modelo (ainda em for

mação)

O Comportamento Informacional dos Jogadores de League of Legends

Múltiplos Olhares em Ciência da

Informação 2017

Teórica e

aplicada Grupo (Ilha da Macacada) do Facebook Informação Ciência da Sem uso de modelo

Comportamento infocomunicacional: perspectivas sobre definição, práticas

e modelos de estudos

Revista Brasileira de Biblioteconomia e

Documentação

2019 Teórica Não aplicado Biblioteconomia e Ciência da Informação

Wilso; Krikelas; Ellis; Kuhlthau; Leckie, Pettigrew e Sylvain;

Byström e Järvelin; Savolainen Johnson; e

(35)

ARTIGO REVISTA ANO PESQUISA TEÓRICA OU APLICADA LOCAL DE APLICAÇÃO

DO MODELO ÁREA APLICADA TIPO DE MODELO Necessidades e usos da informação:

a influência dos fatores cognitivos, emocionais e situacionais no comportamento informacional de gerentes Perspectivas em Ciência da Informação 2010 Teórica e aplicada Gerentes de três organizações de grande

porte de Belo Horizonte Administrativa

Dervin; Kuhlthau e Taylor

Avaliação do comportamento informacional de usuários da página

com açucar, com afeto do Facebook Biblios (Peru) 2016

Teórica e

aplicada Rede Social- Facebook

Ciência da

Informação Wilson

Avaliação do impacto de um treinamento em pesquisa bibliográfica para mestrandos e

residentes na área da Saúde

Perspectivas em Ciência da Informação

2018 Teórica e aplicada

Base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

(MedLine) e bases de dados do Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Saúde Kirkpatrick Estudo do Comportamento Informacional dos usuários da Médiathèque Simone de Beauvoir da

Aliança Francesa João Pessoa

Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia

e Ciência da Informação

2015 Teórica e aplicada Aliança Francesa/ João Pessoa Língua francesa David Ellis

Ações, pensamentos, sentimentos e estratégias no processo de pesquisa

acadêmica

Em Questão 2010 Teórica e aplicada

Estudantes vencedores do Prêmio Jovem Cientista

estados da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará,

Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio

Grande do Norte, Santa Catarina São Paulo e

Sergipe

Multidisciplinar Busca de Informação) ISP (Processo de - Kuhlthau

(36)

ARTIGO REVISTA ANO PESQUISA TEÓRICA OU APLICADA LOCAL DE APLICAÇÃO

DO MODELO ÁREA APLICADA TIPO DE MODELO

O comportamento informacional e a competência em informação: uma

abordagem para geração de inovação em micro e pequenas

empresas Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação 2018 Teórica Bases de dados Index Psi Periódicos (INDEX), Library and Information Science (LISA),

Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD -IBICT) e em periódicos brasileiros e Internacionais. Revistas

brasileiras: RICI (Unb), RDBCI (UNICAMP), Encontros Bibli (UFSC), Transinformação (PUC-Campinas) e Perspectivas em CI (UFMG) Área da Ciência da Informação e da Administração de Empresas (Gestão) Modelo de processo de inovação baseado no comportamento informacional e na competência em informação Comportamento de pesquisa da informação de usuários de portais

corporativos

Informação &

Informação 2016 Teórica e aplicada Portal do Conhecimento da Eletrobras Eletronorte Área empresarial Wilson

Comportamento informacional versus comunicação: aplicação de modelos

em contextos multidisciplinares

Biblios (Peru) 2015 Teórica Na literatura

Multidisciplinar (Ciência da Informação, Biblioteconomia, Música e educação) Tubbs e Moss;, Garvey e Griffith; Wilson

Comportamento informacional nas organizações: a busca e o uso de

informações no processo de avaliação documental

Ágora 2017 Teórica Ambiente organizacional informação e Ciência da

Arquivologia Wilson; Choo

A Cultura Organizacional como Fator Crítico de Sucesso à implantação da

Gestão do Conhecimento em organizações

Informação &

(37)

ARTIGO REVISTA ANO PESQUISA TEÓRICA OU APLICADA LOCAL DE APLICAÇÃO

DO MODELO ÁREA APLICADA TIPO DE MODELO Estudo de viabilidade de rede de

bibliotecas em nuvem da administração pública federal

Revista Ibero-Americana de

Ciência da Informação

2016 Teórica e aplicada Ministérios e a Casa Civil, sediados em Brasília Multidisciplinar guardar documentos Os modelos para nas nuvens

Comportamento informacional dos discentes deficientes visuais da Universidade Federal da Paraíba -

UFPB

Informação &

Informação 2016 Teórica e aplicada Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Multidisciplinar Ellis

Comportamento informativo de idosos Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação

2019 Teórica e aplicada México Biblioteconomia e Ciência da informação

Wilson

Comportamento informacional dos alunos de pedagogia: necessidade e busca de informações sobre estágio

não obrigatório Revista Analisando em Ciência da Informação 2017 Teórica e aplicada Universidade Federal do

Rio Grande do Norte Pedagogia

Sense-Making de Dervin

Modelos de práticas informacionais Em Questão 2017 Teórica

o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) Ciência da Informação Savolainen; Pamela McKenzie Alison Yeoman e Mary Ann Harlan

Usuários da informação sob a perspectiva fenomenológica: revisão

de literatura e proposta de postura metodológica de pesquisa

Informação &

Sociedade: Estudos 2012 Teórica Local de aplicação não informado Informação Ciência da Alfred Schutz

Alfabetização informacional em Portugal: alguns resultados de um

projeto de pesquisa Brazilian Journal of Information Science 2009 Teórica e aplicada (Papers)

da Área do Ensino Superior Europeu (EHEA) - Portugal

Intra e transdisciplinares entre Educação, Ciências Cognitivas e Ciência da Informação Wilson

(38)

ARTIGO REVISTA ANO PESQUISA TEÓRICA OU APLICADA LOCAL DE APLICAÇÃO

DO MODELO ÁREA APLICADA TIPO DE MODELO Estudo de usuários para o

desenvolvimento das atividades nas bibliotecas do Instituto Federal da

Bahia

Informação em

Pauta 2018

Teórica e

aplicada Instituto Federal da Bahia

Ciência da

Informação Kuhlthau

Estudo de Usuário: necessidades informacionais de empresas contratantes de pesquisas de mercado Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação

2018 Teórica e aplicada sediado em Belo Horizonte Instituto de pesquisa

(MG) Área empresarial

Dervin; kuhlthau; Taylor e Mafra Pereira

Inteligência de negócios e sua condição epistemológica na ciência

da informação

Informação &

Informação 2017 teórica Literatura Informação Ciência da Modelos não claro

Noções de sujeito em modelos teóricos na Ciência da Informação:

do enfoque no sistema à consideração da agência em

contexto

Informação &

Sociedade: Estudos 2013 teórica

Annual Review of Information Science and

Technology – ARIST

Ciência da

Informação Sem modelo

Editorial Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação

2018 informação Sem Sem informação Sem informação Sem informação

(39)

O quadro 2, refere-se aos diversos locais em que foram aplicados os modelos de comportamento informacional.

Quadro 2 – Locais de aplicação dos modelos

Salas de espera dos ambulatórios do Hospital Geral Dr. César Carls de Oliveira a, em Fortaleza-CE

Professores/advogados do EAAJ

Profissionais da área de Meteorologia do IPMT/Brasil e do IPMA/Portugal Jogadores de League of Legends, do grupo (Ilha da Macacada) do Facebook Gerentes de três organizações de grande porte de Belo Horizonte

Rede Social- Facebook

Base de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MedLine) e bases de dados do Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)

Aliança Francesa/ João Pessoa

Estudantes vencedores do Prêmio Jovem Cientista - estados da Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina São Paulo e Sergipe

Bases de dados Index Psi Periódicos (INDEX), Library and Information Science (LISA), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD -IBICT) e em periódicos brasileiros e Internacionais. Revistas brasileiras: RICI (Unb), RDBCI (UNICAMP), Encontros Bibli (UFSC), Transinformação (PUC-Campinas) e Perspectivas em CI (UFMG)

Portal do Conhecimento da Eletrobras Eletronorte Na literatura

Ambiente organizacional

Conhecimento Ambiente organizacional Ministérios e a Casa Civil, sediados em Brasília Universidade Federal da Paraíba (UFPB) México

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Portal de Periódicos da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)

Local de aplicação não informado

Ensino Superior Europeu (EHEA) – Portugal Instituto Federal da Bahia

Instituto de pesquisa sediado em Belo Horizonte (MG) Na literatura

Annual Review of Information Science and Technology – ARIST Fonte: Elaborada pela autora (2019).

(40)

Como pode ser observado no Quadro 2, os modelos de comportamento informacional e de necessidade de informação podem ser aplicados em qualquer local. Basta ter pessoas envolvidas, pois cada meio ambiente é uma fonte de pesquisa, demanda estudos para que possa melhorar o relacionamento entre as pessoas daquele lugar, minimizando ou sanando as necessidades e as angústias no início da busca pela obtenção da informação desejada.

No gráfico 1 serão analisadas as revistas que versam sobre os modelos de comportamento informacional e/ou necessidade de informação.

Gráfico 1 – Incidência de publicação nas revistas sobre modelos de comportamento informacional

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

Dando continuidade à discussão, observa-se no gráfico 1 que as duas revistas com mais publicações a respeito do tema abordado são as Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação e a Informação & Sociedade: Estudos, cada uma apresenta um total de 14% de artigos com publicações com temas correlatos. Com relação às demais exibem porcentagens de certa forma similares entre si, um grupo com 05 (cinco) revistas estão com 7%, em seguida outro grupo com 07 (sete) revistas estão na faixa dos 4% e apenas uma revista apresenta 11% no total de suas publicações, conforme apresenta o gráfico 1.

(41)

Já o gráfico 2 apresenta, dentro do período estipulado para a realização da pesquisa, os anos em que as publicações sobre o tema foram mais representativas.

Gráfico 2 – Ano de publicação

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

No ano de 2018 ocorreu um elevado índice de publicações com 25%, seguido do ano de 2016 com 21% das publicações. No que se refere a 2017 foram 18%, já com relação aos anos de 2015 e 2010 ambos tiveram o mesmo indicador de publicações, ou seja, obtiveram 7% cada. Vale ressaltar que nos anos de 2015, 2013 e 2012 o número de publicação foi muito baixo com 3% e 4%. No entanto, o gráfico2 mostra que nos anos de 2014 e 2011 não houve nenhuma publicação relacionada aos modelos de comportamento informacional, ficando evidenciado que a partir de 2016 vem aumentando o interesse dos pesquisadores pelo tema abordado.

Evidenciaram-se no gráfico 3, a distribuição dos modelos de comportamento informacional identificados na literatura e mais recorrentes.

(42)

Gráfico 3 – Identificação dos modelos de comportamento informacional

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

Foi constatado como se pode ver no gráfico 3 que o (s) modelo (s) de Wilson (já abordado neste estudo) são os mais utilizados quando se trata de modelo de comportamento informacional, isso ocorre devido a sua relevância quando se trata da abordagem do tema. Visto que ele foi um dos primeiros pesquisadores a trabalhar em cima de comportamento informacional e a formular os modelos e aperfeiçoá-los através de revisões. Não obstante estão os modelos Ellis (já mencionado neste trabalho) e o da Carol Kuhlthau com 13% cada, significando que estão entre os modelos mais abordados na literatura.

Carol Collie Kuhlthau criou o modelo de processo de busca de informação – ISP (Construtive Process Approach), com o objetivo de entender o comportamento do usuário, durante o seu processo de busca da informação, momento em que o usuário é envolvido pela incerteza (CUNHA et. al., 2015).

Como se pode ver, os modelos propostos por Savolainen Johnson e Taylor, obtiveram o mesmo índice de 5%. De modo similar, o restante dos modelos apresentados ficou com 3% cada um. Com isso, fica evidente que a literatura aborda

(43)

uma vasta quantidade de modelos; porém, a maioria desses modelos é pouco utilizada nos artigos que constam nos periódicos da BRAPCI.

Dando prosseguimento na apresentação dos resultados, temos o gráfico 4, que buscou identificar o tipo de pesquisa representada nos artigos que tratavam de modelos de comportamento informacional.

Gráfico 4 – Tipo de abordagem da pesquisa teórica ou aplicada

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

Destacam-se no gráfico 4 os tipos de pesquisa, apontando se foi teórica ou aplicada. Para Perdigão, Herlinger e White (2011), as pesquisas teóricas são as que ficam apenas no campo conceitual, enquanto que as aplicadas estão voltadas para o nível mais técnico da pesquisa, ou seja, observa, seleciona e operacionaliza a pesquisa.

Neste caso, observa-se que 63% os investigadores preferem realizar pesquisas teóricas e aplicadas, ou seja, através do levantamento bibliográfico e da utilização de instrumentos como os questionários, entrevistas, entre outros. Assim, deixando o estudo mais completo e abrangente. Isso demonstra que a maior parte das pesquisas científicas não fica apenas no campo conceitual, pois os estudiosos realizam suas análises também de forma empírica.

O gráfico 5 discorre sobre a aplicação da área do conhecimento encontrado nos artigos analisados.

Referências

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