FABIANA
REBELO
PEREIRA
RUPTURA
PREMATURA
DE
MEMBRANAS
OVULARES:
RESULTADOS
MATERNOS
E
PERINATAIS
NA
MATERNIDADE DO
1
HU
-UESC
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
do Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
-
SANTA CATARINA
FABIANA
REBELO
PEREIRA
RUPTURA
PREMATURA
DE
MEMBRANAS
OVULARES:
RESULTADOS
MATERNOS
E
PERINATAIS
NA
MATERNIDADE
Do
HU
-UFSC
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
do Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador do Curso: Prof.° Edson José Cardoso
Orientador: Prof.” Beatriz
Maykot
Kuerten GilFLORIANÓPOLIS
- SANTA
CATARINA
na Matemidade do
HU
UFSC. Florianópolis, 200042 p.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, paraa
conclusão do Curso de Graduação em Medicina - UFSC.
AGRADECIMENTOS
Aos
meus
pais,Mauro
Pacheco
Pereira e NilbaRebelo
Pereira,que
estiveram ao
meu
lado durante toda essajomada,
oferecendo-me apoio nosmomentos
mais dificeis e incentivando-me a seguirem
frente e lutar.A
minha
orientadora, Profa BeatrizMaykot
Kuerten Gil que, apesar de todasas suas atribuições, foi a grande
mentora
deste trabalho e,com
muita paciência e sabedoria,ajudou-me
a chegar até aqui.Ao
meu
namorado,
FelipeHessmarm
Dutra, que soube serextremamente
compreensivo neste período dificil de conclusão
do
Curso,dando-me
total apoio1.
INTRODUÇÃO
... _. 2.OBJETIVO
... _. 3.MÉTODOS
... _. 4.RESULTADOS
... .. 5.DISCUSSÃO
... .. 6.CONCLUSÃO
... ._ 32 7 _REFERÊNCIAS
... _. 33NORMAS
ADOTADAS
RESUMO
SUMMARY
APÊNDICE
1.
INTRODUÇÃO
A
Ruptura Prematura dasMembranas
Ovulares(RPMO)
é definjdacomo
a ruptura dasmembranas
amnióticas antes de iniciado o trabalho de parto,independente
da
idade gestacional* 2É
denominada
rotura prematura de
membranas
ovulares pre'-tennoquando
ocorre antes de 37semanas
de gestação?4
Sua
incidência é variável, oscilando
em
tomo
de 8 a10%
das gestações? 6É
referida
uma
recorrência de21%Í
Responde
por30
a40%
dos partosprematuros3~*~9 e,
em
60%
dos casos ocorreem
gestações a tennof* '°Esta é
uma
entidade clínico-obstétrica complexa,uma
vezque
existem muitas controvérsiascom
relação a sua etiologia e sobre seu manejo.Em
ambos
os
gmpos,
gestações a termoou
pré-tenno, existemnumerosas
indagações, tentando apontar qual a conduta apropriada para se obter resultadosmatemos
e perinatais favoráveis.A
etiologianão
está ainda esclarecida e,embora
seja ela multifatorial, ainfecção, sobretudo as cervicites e vaginites,
ganha
maior respaldo prmcipahnentecomo
causa, enão
como
conseqüência desta i11tercorrência.“f*~ “~12,13.l4.l5,l6¬l7,l3
Existem estudos
mostrando
uma
associação entre infecção edesencadeamento do
trabalho de par“to.'“°›2“Os
agentes etiológicos maiscomumente
envolvidos são: Neísseria gonorrhoeae,Chlamydia
trachomatís,T
richomonas
vaginalis, Gardnerella vagínalis,Cândida
sp e estreptococo beta-hemolíticodo
grupo B.”A
polêmica quanto à etiopatogenia se explica,uma
vez queo
correto entendimento desta patologia noiteará a conduta adequada, evitando-se intemipções precoces e iatrogênicas de gestações,além
de todas as seqüelas delaCom
relação às complicaçõesmatemas,
a corioamnionite é amais
comum,
ocorrendo
em
cerca de20%
das pacientescom
RPMO
pré-termo” eem
tomo
de8%
quando
a rotura ocorreno
termo.”Há
também
uma
maior
incidência de infecção pós-parto, cujo risco é inversamente proporcional à idade gestacional eaumenta
com
a realização de toques vaginais repetidos ecom
periodos delatência longosf- 21
Outras complicações
matemas,
bem
menos
freqüentes, são:descolamento prematuro de placenta
(DPP)
e prolapso fum`cular.6= 23Para
o
feto, a maiscomum
complicaçãoda
amniorrexe abaixo de37
semanas
é a prematuridade.24O
recém-nato(RN)
pré-termo apresenta maiores chances de complicações, taiscomo
síndromedo
desconforto respiratório(SDR),
apnéiada
prematuridade, hemorragia intraventiicular e enterocolite necrotizante.”A
morbidade
infecciosa é osegundo mais
importante risco parao
feto, e inclui sepse,
pneumonia
e outra infecções inespecíficas.24A
literaturatem
mostrado
que, nos neonatos pré-tenno, a incidência de sepsenão
parece estarapenas relacionada ao
tempo
de bolsa rota,mas também
à prematuridade.”Outras complicações incluem: deformidades de posição, hipoplasia
pulmonar
(nos casos de prematuridade extrema) e sofrimento fetal intra-útero,esta última decorrente
da compressão
fimicular,como
conseqüênciado
oligoâmnio.
A
morte fetal intra-útero ocorreem
cerca de1%
dos casos.”A
conduta nos casos deRPMO
é,sem
dúvida, o ponto mais controverso. Vários trabalhostêm
sido realizados, e os resultados continuam conflitantes.Na
RPMO
pré-termo, particularmentequando
ocorre antes de 34 semanas, a probabilidade de maturidadepulmonar
fetal é pequena.Nesse
caso,um
melhor
resultado perinatal
depende da manutenção da
gestação,o que
justifica aadoção
de urna conduta expectante, desde
que
a gestantenão
estejaem
trabalho departo,
não
manifeste sinais clínicos de infecção eque não
haja evidênciade
comprometimento da
vitalidade fetal.”3
Uma
vez que a infecção está relacionada aRPMO,
o uso de antibióticodurante
o manejo
expectante de tais pacientes passou a ser discutido. Estudos prévios avaliandoo
valor da profilaxiacom
antibióticostêm
encontradoresultados variáveis.
O
usoou não
de agentes antimicrobianos continuasendo
bastante questionado
na
prática obstétrica.3›*~ “~ '2= “› '5› ”› '*=2“°›27Outro ponto importante
com
relação aomanejo
dessas pacientes é acorticoterapia.
O
uso de corticosteróidestem
sidorecomendado
na amniorrexe pré-tenno devido ao seu efeito protetorna
mortalidade neonatal, síndromedo
desconforto respiratório
(SDR)
e hemorragia intraventricularf*Apesar
dos seusefeitos benéficos,
o
uso de corticóide foi questionado, entre outros,em
virtudede seu efeito irnunossupressor, que poderia aumentar a suscetibilidade à infecção e mascarar seus sinais precoces.” 2*
Quando
a ruptura dasmembranas
amnjocoriônicas ocorreem
gestaçõesacima
de34
semanas,ha
uma
grande probabilidade de maturidadepulmonar
fetal.Dessa
maneira, os riscos de infecção justificam aadoção
deuma
conduta mais agressiva, visando a interrupçãoda
gestação.”Porém,
nesses casos, existem controvérsias acercado melhor
momento
para iniciar a indução, urnavez que
a maioria das pacientes entraem
trabalho de parto nas primeiras24 horas.”
A
RPMO,
portanto, é asstmto bastantecomplexo
para o obstetra, enão
existeuma
uniformidadecom
relação à conduta.A
alta incidênciade
complicações
toma
o seumanejo
um
desafio
para o profissional, e os estudos nessa área aindanão chegaram
aum
consensodo que
é o melhor para a gestantee seu concepto.
Toma-se
válido assim,o
estudo dos casos deRPMO
na
Maternidade
do
HU
-UFSC,
analisando a conduta adotada e as complicações2.
OBJETIVOS
Os
objetivos deste trabalho visam:- Observar se as rotinas
do
serviço estão sendo seguidas.- Analisar se,
uma
vez aplicadas as rotinas, os resultadosmatemos
e5
3.
MÉToDos
Foi realizado
um
estudo descritivo, clínico, retrospectivo e longitudinalde
pacientes admitidas
na
Matemidade
do
Hospital Universitário (HU),na
cidade de Florianópolis, Santa Catarina,no
periodo denovembro
de 1998 adezembro
de 1999,
com
diagnóstico de ruptura prematura dasmembranas
ovulares.Foram
analisados95
prontuários, dos quaisforam
colhidas as informações, anotadasem uma
ficha
especiahnente confeccionada para a pesquisa(Apêndice
1).
O
critério de inclusão foi a presença de ruptura prematura dasmembranas
ovulares.Os
critérios de exclusão foram: presença de patologias infecciosasem
tratamento prévio, falta de
dados
no
prontuário emalformações
fetais.De
acordocom
estes critérios, 5 pacientesforam
excluídas pelos seguintes motivos:sífilis
em
tratamento, toxoplasmosetambém
em
tratamento,HIV
positivoem
uso de antirretroviral, outra por faltarem os
dados
do
RN
e a última pela presença de anomalia fetal (hidrocefalia severa).As
90
pacientes restantesforam
classificadasem
dois grupos,conforme
arotina
do
serviço:-
Grupo
A: pacientescom
idade gestacional inferior a34
semanas,nas quais a conduta foi iniciahnente conservadora.
-
Grupo
B: pacientescom
idade gestacional igualou
superior a34
semanas, nas quais preconizou-se a interrupção
da
gestação.As
pacientesforam
caracterizadas de acordocom
a idade, raça e paridade.A
idade gestacional,em
semanas, foi calculadacom
basena
datada
últirnamenstruação e/ou
na
ultrassonografia obstétrica mais precoce,ambos
O
diagnóstico derupreme obedeceu
à rotinado
Serviço de Obstetríciado
HU
- UFSC,
baseadoem
critérios clínicos(anamnese
eexame
físico),com
visualização
da
saída de líquido amniótico por simples inspeção vulvarou
atravésdo
exame
especular.Em
casos de dúvida diagnóstica, foi realizada ecografia obstétrica, tendocomo
resultado favorável ao diagnóstico a presença de oligoâmnio.No
momento
da internação, foi realizadoexame
clínico-obstétrico,que
avaliou a presença de febre, atividade uterina, apresentação fetal, características
do
líquido amniótico e a realizaçãoou não
de toque vaginal.A
conduta foi classificadaem
conservadoraou
intervencionista.As
pacientesdo
grupo A,com
idade gestacional inferior a34
semanas,que
não
apresentavam sinais e sintomas de corioamnionite e/oucomprometimento
da
vitalidade fetalno
momento
da
intemação,foram
submetidas à condutaconservadora.
Foram
hospitalizadas e mantidasem
repouso relativo,acompanhadas
através de controle de temperatura axilar e freqüência cardíaca materna quatro vezes ao dia,hemograma
diário, observação das característicasdo
líquido amniótico e da presença de contrações uterinas.A
avaliaçãoda
vitalidade fetal foi realizada através de ausculta dos batimentos cardiofetaiscom
o
sonar-doppler quatro vezes ao dia,cardiotocografia e avaliação de
movimentos
respiratórios fetais.A
cardiotocografia foi considerada reativaquando
se observouum
traçadocom
padrão ondulatório, freqüência cardíaca fetal entre 120 e 160bpm,
presença de aceleração espontâneaou
após estímulo sonoro de mais de 15bpm,
com
duraçãomaior que
15 segundos e ausência de desacelerações desfavoráveis.Os
movimentos
respiratórios fetaisforam
considerados normaisquando
observou-se, à ultrassonografia, pelo
menos
um
episódio demovimentos
7
A
ecografiatambém
avaliou o índice de líquido amniótico (ILA),sendo
considerado oligoâmnioquando
oILA
estava abaixodo
percentil 5 para a idadegestacional.
Os
critérios de corioamnionite foram: temperatura axilar superior a 38.0°C,acompanhada
de freqüência cardíacamatema
acima
de 120bpm,
dor à palpaçãouterina, leucocitose
acima
de15000
com
presença de desvio a esquerdaou
líquido amniótico fétidoou
pumlento.Nas
pacientes submetidas a tratamento conservador, avaliou-se ainda autilização de antibióticos e a corticoterapia.
O
antibiótico foiempregado
naspacientes submetidas à cesárea, após o
clampeamento do
cordão, para a profilaxia de infecção pós-parto,segundo
a rotinado
serviço. Foitambém
utilizado para tratamento de infecções diagnosticadas durante a intemação.
Não
é rotina
no
serviço a utilização de antimicrobiano profilático antesdo
partonos
casos de
RPMO.
O
corticóide utilizado nestamatemidade
foi a betametasona,12
mg
intramuscular, repetindo a dose24
horas após e, posterionnente, acada
7 dias até a 34*-'semana
de gestação. Uterolíticosnão
são utilizados pelo serviço.Ao
completarem 34
semanas,ou
em
situações nas quais havia suspeitade
corioamnionite
ou comprometimento
fetal, a conduta passou a ser intervencionista.Nas
pacientesdo
grupo B,com
idade gestacional igualou
superior a34
semanas, optou-se pela conduta intervencionista.
Quanto
ao tipo de parto,foram
considerados os partos vaginaisou
cesáreas,induzidos
ou
não.Das
pacientes que entraramem
trabalho de parto espontâneo, foi analisadoo
período de latência.Das
pacientes induzidas, anotou-se otempo
aguardado entre a amniorrexe e o inícioda
indução.As
indicações de cesáreaou
A
induçãodo
parto,quando
indicada,obedeceu
às rotinasdo
serviço, asaber: uso de ocitocma
em
bomba
de infusão,com
dose inicial de 5UI
em
500
ml
de soro glicosado a5%,
30
ml/h; aumentando-se 15 rnl/h a cada30
minutos,até o
desencadeamento do
trabalho de parto.Para avaliação
do recém
nascido, levou-seem
consideração oApgar
do
59 minuto e a presença de complicações,como
síndromedo
desconfortorespiratório e outras patologias respiratórias, infecção, morte perinatal e outras.
Os
dados foram
analisados estatisticamenteno
Epi Info, versão 6.04.O
teste estatístico utilizado para a aferição dos resultados foi o teste exato de Fisher,que
9
4.
RESULTADOS
Nesse
estudoforam
analisados os prontuários de90
pacientescom
rotura prematura dasmembranas
ovulares.4.1.
Grupo
A
Dezessete pacientes (l8.9%) tinham idade gestacional inferior a
34
semanas.A
idadematema
variou de 15 a40
anos.Quanto
à raça, 16 (94.1%)eram
brancas e 1 (5.9%) era negra.
A
idade gestacional variou entre 27.8 e 33semanas.
As
principais característicasmatemas
estãona
Tabela I.Tabela
I. Característicasmaternas
Característica
Média
Idade
(em
anos) 26.7Paridade 1 .6
Idade gestacional
(em
semanas) 31.0Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
A
Figura 1 mostra a distribuição das pacientes quanto à apresentação fetal.A
maioria dos fetos (70.6%) estava
em
apresentação cefálica.O
toque vaginal foi realizadoem
10 pacientes (58.8%).Três pacientes apresentavam contrações uterinas
na
intemação. Dessas,uma
apresentoutambém
febre e leucocitose, sendo diagnosticada corioamnionite,que
foi tratadacom
antibioticoterapia apropriada, após o parto.A
latência, nestecaso, foi de 72 horas. Nesta paciente optou-se pela interrupção
da
gestação.As
outras duasnão
apresentaramnenhum
tipo de complicação.Cefálica (70.6%)
I
Pélvica (29.4%)Fonte: Sewiço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 1. Apresentação fetal
A
conduta foi conservadoraem
16 pacientes (94.1%).O
iníciodo
trabalho de parto ocorreu deforma
espontâneaem
14 gestantes(823%),
sendoque
3 apresentaram contrações antes de completadas24
horas após aRPMO.
Dessas
3,nenhuma
apresentou infecção.O
período de latência é analisadona
Tabela II.Na
grande maioria daspacientes (7l.4%)
o
parto ocorreu até 3 dias após a amniorrexe.As
duas pacientescom
latência igualou
superior a 5 dias tinham28
e 31semanas de
gestação (latência de 23 e 7 dias, respectivamente).
Tabela
II.Período
de
latênciaLatência (dias) Freqüência Percentual Percentual
cum.
0|---1 3 21
.4%
21.4%
l|---2 428_6%
50.0%
21---3 3 21.4%
71_4%
3|---4 2l4.3%
85.7%
4|---5 O00.0%
85.7%
3
5 214,3%
100.0%
Total 14100.0%
ll
Com
relação àsmedicações
utilizadas,9
pacientes (52.9%)receberam
antibióticos.
As
indicações estão apresentadasna
Tabela III.O
corticóide foiutilizado
em
14 gestantes (82.4%).A
Figura 2 apresentao número
de doses decorticóide. Quatro pacientes
receberam
mais de duas dosesde
corticóide e destas, 1(25%)
teve infecção intra-amniótica.A
taxa de infecção neonatal foi de20.0%
(2 de 10) entre as quereceberam
até 2 doses, e de50.0%
(2 de 4) entreaquelas
que receberam
mais de 2 doses de corticóide.Nenhuma
paciente recebeu uterolítico.Tabela
III. Indicaçõesdo
usode
antibióticos_
IIndicação
_
Freqüência Percentual Percentualcum.
ITU
#
222.2%
22.2%
Corioanmionite 4
44,5%
66.7%
Profilaxia * 3
333%
100.0%
Total 9
l00.0%
# Infecção do trato urinário, diagnosticada durante a intemaçao. * Profilaxra de infecçao pos-parto, na cesarea.
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
11 Número de pacientes VI Odoses I ldose i Zdoses à 4doses I 5 doses I
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Quatro pacientes (23.5%) apresentaram corioarmiionite e, entre estas, 2
RNs
apresentaram infecção (50%).Todas
apresentaram contrações uterinasespontâneas e latência
menor
que 5 dias.O
toque vaginal foi associado a Lunamaior incidência de infecção intra-amniótica (Tabela IV).
Tabela
IV.Correlação
entre realizaçãode toque
vaginal e infecçãomaterna
CoriamnionitePresente
Ausente
TotalToque
vaginalSim
4 6 1ONão
O 7 7Total 4 l 3 17
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
í
_A
Figura 3 ilustra os tipos de parto.A
via de parto mais freqüente foi atranspelvina, ocorrendo
em
12 pacientes (70.6%).As
principais indicaçõesde
cesárea estão
na
Figura 4: 4 casos de apresentação pélvica (80%), 2de
sofrimento fetal
agudo (40%)
e 2 casos de iteratividade (40%).Duas
pacientesnão
entraramem
trabalho de parto espontâneo eforam
induzidas aocompletarem 34
semanas.Vaginal (70.6%)
I
Cesárea (294%)Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
13 4 d . Número de pacientes DJ K9 A 1. 0¬ . Indicações de cesárea
I
Apresentação pélvicaI
SFAI
IteratividadeFonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 4. Indicações de cesárea.
Todas
as pacientes deste grupo apresentaram parto prematuro.O
índice deApgar
no
quinto minuto variou de zero a 9, tendocomo
média
7.8 (Tabela V).Dos
17 recém-natos, 10 (58.8%) tiveram complicações, que são apresentadasna
Figura 5: 5 casos de infecção (29.4%), 4 casos de apnéia (23.5%),
4
casos deSDR
(23.5%), 2RNs
com
hemorragia intraventricular (11.8%), 1com
asfixia(5.9%) e
um
caso de parada cardiorrespiratória (5.9%), este últimoreanimado
ainda
na
sala de parto.Com
relação à mortalidade,foram
observadosum
casode
natimortalidade (5.9%) e
nenhum
óbito neonatal.A
TabelaVI
correlaciona a presença de infecçãomatema
com
a infecçãoneonatal.
Todos
os casos deSDR
ocorreramem
recém-natos demães
quereceberam
corticóide,no
mínimo
duas doses.A
idade gestacional nesses casos foi: 29.0, 31.8, 32.4 e 33.0 semanas.A
Tabela VII mostra a relação entreo
usode
corticóide e a ocorrência de infecção neonatal,SDR
e hemorragia<
7 317.6%
2
7 14 82.4%
Total 17
100.0%
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Univeir-sitáT›,now98 a dez/99.
5- 4, Número de pacientes U.) 2. 1- 1 O -I . Complicações perinatais
I
InfecçãoI
SDRE
ApnéiaI
Hemorragia IVAsfixia
I
ParadaCR
I
NatimortoFonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 5. Principais complicações neonatais
Tabela
VI.Correlação
entre infecçãomaterna
e infecção neonatal Infecção fetalPresente
Ausente
Total CorioamnionitePresente 2 2
4
Ausente
3 1 0 13Total 5 12 17
15
Tabela
VII.Correlação
entre usode
corticóide eSDR,
infecção neonatal ehemorragia
intraventricularPatologia neonatal
Uso
de corticóide TotalSim
Não
SDR
Sim
4 0 4Não
10 3 13 InfecçãoSim
4 1 5Não
10 2 12Hemorragia
IV
Siin 2 0 2Não
12 3 15Fonte: Serviço de Arquivos Médicos, Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
4.2.
Grupo
B
Setenta e três pacientes (81 .8%) tinham idade gestacional igual
ou
superior a34
semanas.A
idade gestacional variou de 34.0 a 41.5 semanas.Com
relação àraça, 65 (89.0%)
eram
brancas, 7 (9.6%)eram
negras e 1 (1.4%) amarela.A
idade
matema
variou de 15 a36
anos.As
principais característicasmatemas
estãona
Tabela VIII.Tabela
VIII. Característicasmaternas
Característica
Média
Idade
(em
anos) 25.4Paridade 0.76
Idade gestacional
(em
semanas) 38.4Nenhuma
paciente apresentava febreno
momento
da
intemação. Quatorze pacientes (l9.2%) apresentavam contrações uterinasna
admissão.O
toque vaginal foi realizadona
maioria das pacientes (95.9%).A
Figura 6 ilustra a apresentação fetal:em
68
pacientes(932%)
o
feto estavaem
apresentaçãocefálica e
em
5 (6.8%) era pélvico.5
68
Cefálica (932%)
I
Pélvica (6.8%)Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 6. Apresentação fetal
A
conduta foi conservadoraem
apenas l paciente (l .4%),que não
recordavaa data
da
última menstruação enão
tinha ecografia.Nesta
paciente, a ultrassonografia obstétrica realizadano
diada
intemação revelouuma
idadegestacional de 34.8 semanas,
com
uma
margem
de erro de 3 semanas.Como
havia dúvidas a respeitoda
maturidade fetal, a gestante foiintemada
eacompanhada
atéo desencadeamento
do
trabalho de parto.O
periodode
latência foi de 2.5 dias eo
Capurro foi 37.8 semanas.O
RN
apresentou infecção.Em
72
pacientes foi preconizada a interrupçãoda
gestação. Neste grupo depacientes, 32 (44.4%) entraram
em
trabalho de parto espontaneamente, 35 (48.6%)foram
induzidas eem
5 (7.0%) optou-se pela cesárea, por indicação17
Das
pacientes que entraramem
trabalho de parto espontaneamente,o
período de latência variou de 2 a
96
horas,com uma
média
de 9.8 horas (TabelaIX).
O
tempo
decorridoda
amniorrexe até o inicioda
indução é analisadona
Tabela X.
Tabela
IX.Período de
latênciaLatência (horas) Frequência Percentual Percentual
cum.
<
ó20
625%
1 """"W
'''''' ""ó"2Í_5`5/E `````` 6|---12 825.0%
87.5%
l2|---18 13.1%
90.6%
2
1 8 39.4%
100,0%
Total 32100.0%
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Tabela
X.Tempo
decorrido entre aamniorrexe
e aindução
~
_í
í
~
A
Tempo
(horas) Frequencia Percentual Percentualcum.
OI---6 9
25.7%
25.7%
6|---12
20
57.1%
82.9%
12|---18 2
5.7%
88.6%
218
411,4%
100_0%
Total 35
100.0%
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Com
relação àsmedicações
utilizadas, 18 pacientesusaram
antibióticos.As
indicações para
o
seu usoforam
ITU
(1 caso) e profilaxia de infecção pós-parto, conforme rotinado
serviço (17 casos).Duas
pacientesusaram
corticóideO
usoem
uma
destas foi justificado pelofato de haver dúvidas
com
relação à idade gestacional.Na
outra pacienteque
recebeu corticóide,
não
encontramos explicação para tal conduta.Nesses
doiscasos, os
RNs
apresentaram infecção neonatal.Nenhuma
pacientecom
RPMO
e idade gestacionalmaior ou
igual a34
semanas
apresentou infecção intra-anmiótica. Outras complicaçõesmatemas
também
não foram
observadas.Das
pacientes que iniciaram o traballio de parto espontâneo 2 tiveramque
ser submetidas à cesárea.Por
sua vez, das 35 pacientes induzidas, 9foram
submetidas ao parto por via abdominal, sendo
que
a taxa de cesárea foimaior
entre as pacientes induzidas nas primeiras 12 horas após a amniorrexe,
quando
comparadas
as queforam
induzidas mais tarde(27.5%
el6.7%
respectivamente).Com
relação ao tipo de parto,56
pacientes (76.7%) tiveram partonormal
e17
(233%)
foram
submetidas à cesárea (Figura 7).As
indicaçõesde
cesárea,apresentadas
na
Figura 8, foram: apresentação pélvica,SFA,
desproporçãocéfalo-pélvica
(DCP),
distócia cervical, falha de indução, gemelaridade e descenso retidoda
apresentação.E
Vaginal (76.7%)I
Cesárea (23.3%)Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
19 6.. 5- Número de pacientes 4. 3- 2. 1.. O 4 . Indicações de cesárea
I
Apresentação pélvicaI
SFAE
DCP
I
Distócia cervicalFalha de indução
I
GemelaridadeI
Descenso retido da apresentaçãoFonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 8. Indicações de cesárea
O
índice deApgar
teveuma
média
de 9.1no
quinto minuto (Tabela XI).Dos
73 neonatos, 7 (9.6%) apresentaram complicações decorrentes da amniorrexe,
ilustradas
na
Figura 9: 5RNS
com
infecção (6.8%), 1 caso de hemorragiaintraventricular (1.4%) e 1 caso de apnéia (l.4%).
Tabela
XI. Índicede
Apgar
no
quintominuto
Ap
gar Frequência Percentual<
7 zero0,0%
2
7 73100.0%
Total 73
100.0%
Fonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
G 4 Número de RNs 3 2 1 O . . Complicaçoes neonatais
I
InfecçãoI
Hemorragia intraventricular ApnéiaFonte: Serviço de Arquivos Médicos (SAME), Hospital Universitário, nov/98 a dez/99.
Figura 9. Principais complicações neonatais
Os
casos de hemorragia intraventricular e apnéia ocorreramem
gestaçõescom
34
e 34.4 semanas, respectivamente.Nenhtun
RN
apresentouSDR. Dos
RNs
que
apresentaram infecção, observou-se que 3 faziam partedo
subgrupo de pacientes que entrouem
trabalho de parto espontaneamente. Desses, dois apresentaram latência superior a24
horas. Outro caso de infecção neonatal ocorreuem
uma
paciente induzida24
horas após aRPMO.
Por
fim,
o
último caso de infecçãono
RN
ocorreuem uma
paciente levada à cesárea eletiva por21
5.
DISCUSSÃO
Analisando-se os resultados
do
presente estudo,observamos que
a ruptura prematura demembranas
ovulares(RPMO)
associa-se a importantes complicações maternas e perinatais, oque
toma
o prognóstico, tantomaterno
quanto fetal, desfavorável.
A
maioria dos estudostem demonstrado que
a maior parte dos casosde
RPMO
ocorreem
gestações a tenno.“=2›”Seaward
e cols '°afirmam
que
cercade
60%
das armiiorrexes prematurasocorrem
com
idade gestacional igualou
superior a37
semanas.Na
nossa amostra,67_8%
das90
pacientes apresentavam idade gestacional maiorou
igual a 37 semanas, o queconfirma
osdados
existentesna
literatura.A
conduta nos casos deRPMO
é assuntoextremamente
controverso, edepende da
idade gestacionalna
qual ocorre a ruptura. Existem controvérsias acercado
momento
no
qual omanejo
expectante deve ser abandonado,dando
lugar auma
conduta intervencionista.A
literatura mostra que, nas pacientesonde
a probabilidade de maturidadepuhnonar
fetal é pequena,ou
seja, antes de34
semanas, a conduta expectante deve ser preconizada,na
tentativa de prolongar aomáximo
a gestação, diminuindo as taxas de complicações decorrentesda
prematuridade,como
sindromedo
desconforto respiratório(SDR),
hemorragia intraventricular eenterocolite necrotizantefi 4* 19* 22» 24* 29
Porém,
toma-se necessáriouma
vigilância
ostensiva
do
caso,no
sentido de diagnosticarmos possíveis complicações,que
tomem
necessária a interrupção imediatada
gestação, independenteda
A
presença de infecçãomatema, comprometimento
da vitalidade fetal,prolapso funicular
ou
maturidadepuhnonar
são indicações de interrupçãoda
gestação.” 22
Na
maternidadedo
HU
-UFSC,
foi preconizado omanejo
conservador daspacientes
com
menos
de34
semanas, desdeque
não
apresentassem complicaçõesno
momento
da
internação,o que
está de acordocom
a conduta encontradana
literatura.A
partir de34
semanas, as complicações neonatais decorrentesda
prematuridade são
menos
fieqüentes, sendo o principal risco nestemomento
a,infecção
matema
ou
perinatal.” Isto justifica aadoção
deuma
condutaintervencionista, visando a interrupção
da
mesma.
Por
este motivo,na
Maternidade
do
HU
- UFSC,
nas pacientescom
idade gestacional2
34 semanas
foi preconizada a interrupçãoda
gestação.A
única situaçãona
qual esta condutanão
foi adotada foi justificada pelo fato de haver dúvidascom
relação à idadegestacional. Neste caso, a paciente
não
sabia a datada
última menstruação e, aúnica ecografia disponível para datar a gestação foi realizada
no
terceiro trimestre, tendo, portanto,uma
margem
de erro de até 3 semanas.A
apresentação pélvica ocorreem
tomo
de 3 a4%
das gestações a termo.”Porém,
quantomenor
a idade gestacional, maior a incidência desse tipo de apresentação fetal,chegando
a8%
nas gestações entre28
e30 semanas
e7%
entre30
e34
semanas.Além
disso, aRPMO
está associada a tunamaior
incidência de apresentações
anômalasfi
21 Isso explica aalta taxa de fetos
em
apresentação pélvica encontrada
em
nosso estudo,que
foi de29.4%
nas23
A
RPMO
pré-termo está associada a períodos de latência curtos? 19» 2°= 22Mercer
e cols'5,afimiam
que 70
a80
%
das pacientescom
RPMO
pré-temio entramem
trabalho de parto nos primeiros sete dias após a amriiorrexe.Quando
a ruptura das
membranas
ocorreem
gestações a termoou
próximas deste, cerca de70
a90%
das pacientes entraem
trabalho de parto nas primeiras24
horas.”Carrol e cols2°
afiimam
que
há
uma
correlação inversa entre a idade gestacional e o período de latência,ou
seja, quantomenor
a idade gestacional,maior a latência. Esta afirmação é confirmada
em
outros trabalhos? 24Nosso
estudotambém
confinna
esses achados,uma
vez que85.7%
das pacientescom
amniorrexe antes de34
semanas,que
apresentaram trabalhode
parto espontâneo, tiveram latência
menor
que cinco dias.Com
relação às pacientesno
termoou
próximas deste,90.6%
tiveram latência inferior a 18horas.
As
pacientescom
latência igualou
superior a 5 dias tinham28
e 31 semanas, sendo que,na
primeira, a latência foi de 23 dias, o queconfirma
osdados
da literatura.O
iriício das contrações uteririas nas pacientescom
idade gestacional abaixode
34 semanas pode
ser o resultadoda
infecção intra-ann1iótica.'9› 2°› 24Por
essemotivo, o uso de agentes tocolíticos é contra-iiidicado,
não
sendousado
na
rotinado
serviço.Em
nosso estudo, todas as pacientescom
diagnóstico de infecção intra-amniótica entraram
em
traballio de parto espontaneamente. Porém, a grande maioria das pacientes que apresentaram contrações uterinas espontâneasnão
tiveram infecção. Analisando as pacientes
do
grupo B,não houve
correlaçãoentre a presença de contrações uterinas e infecção,
uma
vez quenenhuma
Carrol e cols2°
afirmaram,
em
um
estudo analisando pacientescom
amniorrexe pré-termo, que,na
presença de infecção, o intervalo entre a ruptura dasmembranas
eo
iníciodo
trabalho de parto é pequeno,com
a maioria das pacientes apresentando contrações nos primeiros 5 dias, e que, se o trabalhode
parto
não
ocorrer neste período, provavelmentenão
existe infecção.Com
estesachados, encorajam o
manejo
conservador nos casos deRPMO
pré-tenno.Segtmdo
estesmesmos
autores”,num
estudo clássicoonde pesquisam
a associação entreRPMO
e infecção, realizando-se amniocentese e cordocenteseem
todo o grupo estudado, se asmembranas
amnióticastêm
a ftmção presumível de proteção contra a infecção ascendente, a ruptura destasaumenta
os riscosde
corioarnnionite.As
pacientescom
amniorrexe pré-termoque
tinham culturado
líquido amniótico positivaou
corioamnionite clínica entraramem
traballio departo antes
do
grupocom
cultura negativa esem
infecção.Existe forte sugestão
que
a associação entre trabalho de parto e infecção sejamediada
pela liberação de citocinas, que estirnularia aprodução de
prostaglandinas que, por sua vez, levariam ao aparecimento de contrações
uterinas.” Outro estudo sugere
que
a infecção intrauterina ocultaou
a disseminação ascendente de microorganismos via coriodecidualantecedem
a amniorrexe, e a atividade uterina seria desencadeada pela presença defosfolipase
A2,
presente nas bactériasda
flora vaginal.”Por
sua vez, existe Lunaforte suspeita de que, nas gestações a termo, exista
um
amnento da
sensibilidadeuterina, levando ao início
da
atividade uterina,não
mediada
por infecção. 2°Em
nossa casuística, as pacientesque
tiveram infecção apresentaram contrações nos primeiros 3 dias após a rupreme,mas
esseachado não
tem
significado estatístico.25
~
Nosso
estudo confirinoudados
recentesda
literatura, deque
a realizaçao de toque vaginal, nas pacientes submetidas à conduta expectante, é responsável poruma
maior
incidência de corioamnionite.*°- 3'A
taxa deinfecção foi de
40%
no
grupo de pacientes submetidas ao toque e de143%
entre as pacientesnão
submetidas ao exame.
Convém
ressaltar que,segundo
a rotinado
serviço, o toque vaginalnão deve
ser realizado nas pacientes
com
amniorrexe que serão submetidas à conduta conservadora. Observa-se, portanto,uma
falhano
seguimento das rotinasdo
Hospital,que
pode
ser responsável porum
aumento
nas taxas de complicaçõesmatemas
neste grupo de pacientes.A
manutenção da
gravidez nas pacientescom
RPMO
expõe
a cavidade amniótica à ação dos microrganismos presentesna flora
vaginal,aumentando
osriscos de infecção. Vários estudos
têm
avaliado as morbidadesmatema
eneonatal
com
a utilização de antibioticoprofilaxiaem
pacientescom
RPMO
pré-terrno,
quando comparadas
às pacientesque
não receberam
antibióticos, e ainda existem muitas controvérsias.Como
a infecção é apontadacomo
fator etiopatogê1iico2›3›*› “~ ”~”~“'› ”›'6›“›“*, etambém como
a prematuridade, porsi só, é
um
fator de risco para infecção”, o uso de antibióticotem
sido testado exaustivamenteem
ensaios clínicos.Alguns
estudos avaliaram o período de latência edemonstraram
um
aumento
destecom
a utilização de antibiótico profi1ático.2~3= “› 1* “› 27Estudos avaliando as
taxas de corioamnionite encontraram redução dessa complicação
com
antibioticoprofilaxia.2› 3› “~ 26” 2”
Mercer
e cols”,
em um
estudo randoniizado eduplo-cego encontraram
menores
taxas deSDR,
enterocolite necrotizante,hemorragia intraventricular e infecção neonatal.
Em
um
estudo desenvolvido por Egarter e cols”,não
houve
diferençascom
relação às taxasde
SDR
e enterocolite necrotizante,porém
confirmam
uma
menor
incidência de hemorragia intraventricular e infecção neonatal.A
mortalidade neonatal diminuiusegundo
algims estudos” 32,mas
não
alterou
em
outros.”~”Rocha
e cols”,em
um
estudo prospectivo,randomizado
e duplo cego, analisando o valorda
antibioticoprofilaxiaem
pacientescom
RPMO,
não
encontraram diferenças
com
relação ao período de latência, corioamnioniteou
infecção neonatal. Nestemesmo
estudo foi constatado que,RNs
de
mães
que
não receberam
antibiótico profilático, apresentavam flora bacterianado
condutoauditivo
extemo
mais diversificada, porérn a incidência de cultura positiva foisemelhante estatisticamente entre os dois grupos.
Na
nossa instituiçãonão
é rotina o uso de antibioticoprofilaxia nas pacientescom
RPMO.
O
antibiótico foi indicado antesdo
partoem
apenas 2 pacientesdo
grupo
A
e 1do
grupo B, para tratamento de infecçãodo
trato urinário,diagnosticada durante a intemação.
Em
nenhum
dos casoshouve
infecção maternaou
neonatal,mas
esses achadosnão
apresentam valordo
ponto de vista estatístico. Outras 21 (3do
grupoA
e 18do
grupoB)
receberam antibiótico paraprofilaxia de infecção pós-parto, após o
clampeamento do
cordão, durante acesariana.
A
utilização de corticóideem
casos de parto prematuro foi introduzidana
prática obstétricaem
1972,com
o objetivo de acelerar a maturidade puhrronarfetal, reduzindo assim as taxas de
SDR,
a mais freqüente complicação observada nos recém-natos pré-termo.”Porém,
a utilização desses agentes foi questionada por alguns, aoafirmarem
que aRPMO,
por si só, poderia acelerar a maturidadepuhnonar do concepto”
24, enquanto outros relatamque
os níveis decorticosteróides liberados durante o estresse
desencadeado
pela ruptura dasmembranas
não
são suficientes paraamadurecer
opuhnão
fetal.”Além
disso, surgiu a preocupação acerca dos efeitos imunossupressoresda
corticoterapia,que
poderiam
aumentar a suscetibilidade à infecção e mascarar seus sinais27
Apesar
disso, os beneficios da adnrinistração antenatal de corticóideparecem
superar os riscos. Esses beneficios incluem,
não somente
a reduçãoda
SDR, mas
também
tuna diminuiçãona
mortalidade neonatal ena
ocorrência de hemorragiaintraventricular.”
O
National Institute of HealthConsensus
Panel avaliou o uso do corticóide eseus efeitos perinatais
em
1995, erecomendou
a sua utilização para a reduçãoda
mortalidade neonatal, síndrome
do
desconforto respiratório(SDR),
hemorragiaintraventricular e enterocolite necrotizante. 32
Na
nossa instituição, a utilização de corticóide foirecomendada
nos casos deRPMO
antes de34
semanas.Das
14 pacientesque receberam
corticóide, apenas 4 (28.6%) apresentaramSDR.
Houve,
portantoum
efeito protetordo
corticóideno que
diz respeito aSDR.
A
taxa de infecção neonatal foimaior
nas pacientesque receberam
corticóide.Com
relação à hemorragia mtraventricular, nos dois casosem
que esta patologia ocorreu foi realizada corticoterapia. Esses dados,entretanto,
refletem
um
niunero muitopequeno
de pacientes.No
grupo B, duas pacientes receberam corticoterapia e,em
ambos
os casos,houve
infecção neonatal.Segrmdo
um
boletimdo
ACOG
(American
Committee
of Obstetricsand
Gynecologists)2 , o uso repetido
do
corticosteróide,semanalmente
após a dosede ataque,
pode
levar a efeitos adversos para o feto e prejudicar aimunidade
matema, amnentando
as taxas de infecção.Banks
e cols”não
encontraram diferençana
incidência deSDR
com
a utilização repetidado
corticosteróide.Além
disso, nestemesmo
estudo, encontraramuma
maior taxa de supressão adrenalem
neonatos que receberam trêsou
mais cursos de betametasona, eNo
nosso grupo de pacientes,4 receberam
3ou
mais dosesde
corticóide.Entre estas, 2 tiveram infecção, enquanto que, das 12 pacientes que
receberam
até 2 doses de betametasona, apenas 3 tiveram infecção.
Com
relação aSDR,
onúmero
de dosesnão
alterou a sua incidência.O
curso naturalda
RPMO
é a evolução para o trabalho de parto epano
e,no
termo, as complicações
matemas
e fetaisnão
são freqüentes.Porém, quando
a ruptura dasmembranas
ocorre antesdo
termo, maiores são os riscos para amãe
e o feto.
Nosso
estudoconfirma
odado
de que a corioamnionite é amais
comum
complicação
matema
da
RPMO”
,com
taxasque
variam de 10 a40%,
sendo
maior o risco
em
idades gestacionais mais precoces.”Nossos
resultadosconfinnam
estes dados,uma
vezque
a taxa de infecção intra-amniótica foi de23.5%
antes de34
semanas, enquanto que, entre as pacientescom
idadegestacional mais avançada,
não
houve
nenhum
caso de infecçãomatema.
O
agravanteda
corioamnionite é que,na
maioria das vezes, possui etiologia polinricrobiana,com
presença de anaeróbios, exigindo a cobertura múltipla deantibióticos.” Outras complicações
matemas
são descritasna
literatura, taiscomo
descolamento prematuro de placenta e prolapso fimicular.Em
nosso estudonão
forram observadas estas complicações.Vários estudos
mostram
que a indução, nos casosem
queo
colo édesfavorável, é fator associado a elevadas taxas de cesariana nas pacientes
com
amr1iorrexe.2Y21~”»“~” Natale e colsfi,
em
um
estudo randomizado,comparando
a conduta expectante durante48
horascom
a indução imediatado
parto,em
pacientes
com
RPMO
a termo,não
encontraram diferenças nas taxas de cesáreaentre os dois grupos, que foi de cerca de
13%. Dufiqfi
afirma
que a induçãoirnediata
do
partoquando
o colonão
é favorável, é seguida poruma
fase latentedo
parto mais prolongada,porém
não mostrou
urnamaior
taxa de cesárea nesses29
Em
nosso estudo,no
total, 37 pacientesforam
submetidas à indução. Dessas, apenas 2 (5.4%)foram
para a cesárea por falha de indução, o que mostraum
resultado bastante favorável.
A
RPMO,
por si só,não
é indicação de cesariana.Ao
contrário, visando a diminuiçãoda
morbidade matema,
o parto vaginal deve ser preconizado. 2*Nos
casos de amniorrexe, portanto, a realização
do
parto por via abdominalobedece
às indicações obstétricas presentesna
literatura, taiscomo:
iteratividade, distóciaou
falhada
progressãodo
trabalho de parto, apresentação pélvica, sofrimentofetal
agudo
(SFA), desproporção céfalo-pélvica(DCP)
e situação transversafizA
principal indicação de cesarianaem
nosso estudo foi a apresentaçãopélvica, presente
em
29.4%
das pacientesdo
grupoA
e 6.8%
das pacientesno
grupo B. Isso é justificado pela alta incidência das apresentações não-cefálicas
em
pacientescom
RPMO,
maior aindaquando
se associa a prematuridade.As
outras indicações para o parto por via abdominal estão de acordo
com
dados
existentesna
literatura.Diversos fatores estão relacionados a
um
maior
risco nos casos deRPMO
pré-termo e incluem parto prematuro, infecçãomatema
e fetal, descolamento prematuro de placenta, prolapso funicular e posição fetal anômala.”A
complicação maiscommn
da
RPMO
pré-tenno é o parto prematuro.”A
prematuridade, por sua vez, é aque
mais contribui parao
aumento da
morbimortalidade neonatal.”
O
RN
pré-termotem
maiores chancesde
vir a teroutras complicações,
como
SDR
e outras patologias respiratórias, hemorragiaintraventricular e enterocolite necrotizante.” 21
M2
No
RN
pré-termo,há
urna relação direta entre a idade gestacional ao nascimento e a sobrevida.As
incidências de hemorragia intraventricular,enterocolite necrotizante e sepse
diminuem
após 32semanas
de gestação e sao virtualmente zero após34
semanas.”Outra grande complicação
da
anmiorrexe é a infecção neonatal2= 24,que na
maioria dos casos, ocorre por via ascendente.”
A
presença de corioamnioniteaumenta
os riscos de infecção neonatalem
até seis vezes.23›”Além
disso,o
riscode infecção é inversamente proporcional à idade gestacional.”
A
morte fetal intra-útero complicaaproximadamente
l%
dos casos, epode
ser devido à
compressão
fimicular severa, infecção intra-uterinaou
como
conseqüência
do
descolamento prematuro de placenta.Pode
haver, ainda,sofiimento
fetal intra-útero,com
presença de desacelerações importantes dos batimentos cardiofetais,como
conseqüênciada
escassez de líquido amniótico.”Em
nosso estudo, as principais complicações neonatais observadas estão de acordocom
aquelas apontadasna
literatura.As
principais complicações encontradasforam
relacionadas, sobretudo, à premattuidade e seus agravantes.No
grupoA,
tivemos 5 casos de infecção neonatal (29.4%),4
casosde
SDR
(23.5%), 4 casos de apnéia (23.5%), e 2 casos de hemorragia intraventricular
(11.8%).
Com
relação à mortalidade perinatal, foi observadoum
casode
natimortalidade (5.9%), cuja causa
não
foi encontradano
prontuário.Um
fetoapresentou sofrimento intra-útero (5.9%), provavelmente
como
conseqüênciada
compressão
fimicular.No
grupo B, observaram-se 5RNs
com
infecção (6.8%),1 caso de hemorragia intraventricular (1 .4%) e 1 caso de apnéia (1 .4%).
Ao
compararmos
as complicaçõesmatemas
e perinatais entre os dois grupos, observa-se Luna maior taxa de complicações nos casos deRPMO
abaixo de34
semanas.Entre as 4 pacientes
com
corioanmionite, 2RNs
apresentaram infecção,enquanto que, das 13 pacientes
sem
infecção intra-amniótica, 3RNs
tiveraminfecção,
o que
está de acordocom
osdados
existentesna
literatura,que
mostram
um
maior risco de infecçao neonatal nos casosem
que
ocorre corioamnionite,que
pode
ser até20
vezes maior.”31
No
que
diz respeito à hipóxia perinatal(Apgar
<
7), esta poderia ser atribuída à infecção intrauterina pré-existente,que
comprometeria a vitalidadedo
concepto.”No
grupoA,
l7.6%
das pacientes tiveramApgar
abaixo de 7no
quinto minuto, enquanto que,no
grupo B,nenhum
caso foi constatado, refletindoboas
condições ao nascimento
em
ambos
os grupos,mas
principalmenteem
idadesgestacionais mais avançadas (2 a
34
semanas),onde
as taxas de complicaçõesperinatais
foram
menores.Sabendo-se da importância
do
corretomanejo da
amniorrexe prematurana
prevenção das complicações
matemas
e perinatais, sobretudo nas gestações pré-termo, deve-se dar atenção especial à infecção, tanto
matema
quanto neonatal,pois
tem
sidouma
das principais complicações citadasna
literatura.O
prognóstico daRPMO
tem
mudado
consideravelmentecom
o corretomanejo, através
da
monitoração de infecçãomatema,
avaliaçãoda
vitalidade fetal e prevenção da prematuridade extremacom
aadoção da
condutaexpectante.
A
mortalidadematema
e fetaltem
reduzido consideravelmente,quando comparada
aos anosque
se passaram,melhorando
os resultados diante6.
CONCLUSÃO
Baseados
no
presente trabalho,podemos
concluir que:As
rotinasdo
serviço estão sendo seguidas, exceção feita ao toquevaginal que,
mesmo
não recomendado,
foi realizado na maioria daspacientes.
Uma
vez aplicadas as rotinas, os resultadosmatemos
e perinataissão favoráveis.
As
complicações observadas são asmesmas
encontradasna
literatura.33
7.
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