CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRJAS
DEPARTAMENTO
DE
FIT
OT
ECNL4
CURSO
DE
AGRONOML4
ENTOMOLOGIA
NA
FRUTICULTURA
TROPICAL
`..
Relatono de Conclusão _`d__e Curso
apresentado como requisito obrigatório para a obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo na Universidade Federal de
Santa Catarina.
Í
ACADÊMICO: ELA
VIO
CHELLI
Florianópolis,
04 de Outubro
de 2000.CENTRO
DE
CIÊNCL4S
AGRÁRL4S
DEPARTAMENTO
DE
FI
T
OT
E
CNLA
CURSO
DE
AGRONOMIA
ENTOMOLOGIA
NA
FRUTICULTURA
TROPICAL
"""""°"' --‹~‹.¢â.~.»-‹ ‹...,.. ,__ -v ‹~.¢ _\ ._ ¿ - Cl Íxã \ \, . :- ..»...›..ú‹.-z .__ I ih/'; 'zf “ * Orientador: Prof. Dr.
Afonso
I. Orth, ,_ l O , -. , U. ¬ : z . '°^‹z»...-'‹âuv.‹ -mi .-_»-. ,,,.. .,,, . ›-. .~ . .-..., __.” '
Relatório de Conclusão de Curso
apresentado como requisito obrigatório
para a obtenção do título de Engenheiro
Agrônomo na Universidade Federal de
Santa Catalina.
ACADÊMICO: FLA
Vlo
CHELLI
TÍTULO:
Entomologia
na
Fruticultura TropicalÁrea:
Entomologia/FruticulturaAcAoÉMIcoz
Flavio cfzeuiCURSO:
Agronomia
-UFSC
ORIENTADOR:
Prof
Dr.Afonso
InácioOrth
BANCA
EXAMINADORA:
Profi
Dr.Miguel
Pedro Guerra
Dr.
Horst
KalvelagesUPE1‹VIsoR
Do
EsTÁGIo.~
Pesquisador Adalberto José'
de Alencar
LOCAL:
EMBRAPA
-
Semi-Árido
-
Laboratóriode
Entomologia, Petrolina/PEPERI'oI›o.~
07
de
Jzmeire zz07
de
Fevereirode
2000.sem
antes
dar-/he
uma
chance,
pois
a
grande
virtude
que possuímos
é
o
fato
de
sermos
sociais,
e muitas vezes
racionais
".Aos meus
pais,que
me
amam
tanto
quanto
são
amados,
ea
que
por
estemotivo,
nunca deixaram de
acreditar
em
mim.
0
Ao
meu
Orientador,Mestre
eAmigo
Prof
Afonso
Inácio Orth,por
todo
o
aprendizado, incentivo,
paciência
epelas jarras
de
café.0
Ao
Prof
Dr. AliguelPedro Guerra
eao
Dr.Horst Kalvelage
por
fazerem
parte
da minha Banca
Examinadora.,0
Aos
meus'grandes amigos
Antonínho,
Leocir,Mauro
e' Walter,pelos
2,5anos
dividindoo
aluguel,pelos
empréstimos,pelo
auxílionos
estudos,pelo
companheirismo, pelas
incontáveis cervejas, e atépor
terem suportado
o
meu
mal
humor
nos
meus
piores
dias.0
Aos
companheiros
de
Laboratório, Carlos,Josy
e Andréia,pelos
momentos
vividos
no
trabalho,nos
botecos, e atémesmo
no
mato
com
os “miqüins
”.0
Aos
amigos que
nestesanos
estiveramao
meu
lado, dividindo alegrias etristezas,
somando
aprendizados
ediminuindo
a
solidãode muitos
momentos.
0
A
todasas
pessoas
estranhasque
me
deram
carona
na
BR
282,para
que eu
pudesse
chegar
em
Fraiburgo,eao meu
anjo
da
guarda que sempre
permitiu
que eu
chegasse são
e salvo.1.
INTRODUÇÃO
... ..2.
APRESENTAÇÃO
DA EMBRAPA
-SEMI-ÁRIDO-CPATSA
... ..3.
CARACTERÍSTICAS
REGIONAIS
... ..4.
ASPECTOS
ECONÔMICOS
... ..5.
CRONOGRAMA
DE
ATIVIDADES
DO
ESTÁGIO
... ..6.
ATIVIDADES
COM
A CULTURA
DO
MELÃO
... ..6. I
A
MOSCA BRANCA
NA
CULTURA
DO
MELAO
... ..6.2.
TRABALHOS
REALIZADOS
COM
BEMISIA ARGENTIFOLIINO
ESTÁGIO. ... ..6.3 .
PROPOSTA DE
MANEJO
DA
MOSCA
BRANCA.
... ..7.0.
OUTROS
INSETOS E
ÁCAROS NA CULTURA
DO
MELÃO
... ..8.
ATIVIDADES
COM
O
ÁCARO DA
NECROSE
DO
COQUEIRO
(ACERIA
GUERRERONIS
KEIFER)
EM
COCO
ANÃO
(COCOS
N
UCIFERA
L.) ... ..8.1.
ASPECTOS ECONÔMICOS
... ..8.2
LOCALIZAÇÃO
E IDENTIFICAÇÃODAS
ATIVIDADES. ... ..8.3 .
ASPECTOS GERAIS
DA
PRAGA
E
DA
CULTURA
.....
9.
CARACTERIZAÇÃO
DO ÁCARO DA
NECROSE
DO
COQUEIRO
(ACERIA
G
UERRERONIS
KEIFER)
... ..9.1.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA.
... .. 9.2.SINTOMAS
E
DANOS
... .. 9.3.NÍVEL DE
DANO
ECONÔMICO
... .. 9.4. I\/ÍEDIDASDE CONTROLE
... .. 9.4.1. Controle cultural ... ._~
9.4.2. Controle Biológico ... ..
10.
TRABALHOS
REALIZADOS
NO
PROJETO
BEBEDOURO
COM
A
CULTURA
DO COCO ANÃO
IRRIGADO
... ..29
11.
ESTRATÉGIAS
DE
CONTROLE DO ÁCARO DA
NECROSE
DO
COQUEIRO
NO
PROJETO
SENADOR
NILO
... ..29
12.cONcLUsOES.
... ..s213.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..34
TABELAS
. 1
Figura
01-
Vista aérea da sede e laboratórios daEmbrapa
Semi-Arido,CPATSA, em
Petrolina-PE. (Foto:
Embrapa
-
Cpatsa, 2000). . ... ..02Figura 02
- Pluviosidade e Temperatura na região de Petrolina-
PE, períodode Janeiro a
Dezembro
de 1999.(INMET,
2000). ... ..04Figura 03
-
Sistema decondução
de água para cultivos sob condições de irrigaçãoem
Petrolina-PE. (Foto: Petrolina, 2000). ... ..05
Tabela
01-
Área
cultivadacom
fi'uticultura tropicalno submédio do
Valedo Rio
SãoFrancisco, região de Petrolina-PE e Juazeiro-BA.
(Joma
da Fruta, 1998). ... ..06Tabela 02
- Dados
da fruticultura irrigadano
Valedo
Rio São Francisco, Região dePetrolina
-PE
e Juazeiro-BA, Brasil, comparativamente a Califómia,EUA.
(Jornal da Fruta, 1999). . ... ..07Figura 04 -
Relação entre o período Fenológico e a incidência das principais pragas einsetos polinizadores ocorrentes na cultura do melão. (Embrapa, 1999). ... ..O9
Figura 05
-
Adulto de Bemísia argentzƒolii. (Foto:Embrapa
- Cenargen, 2000). ... ..11Figura
06
-
Ninfa de Bemísía argentzfolííem
folha de meloeiro. (Foto:Embrapa -
Cenargen, 2000). ... ..12
Figura
07
- Ovos
de Bemisía argentzfolííem
folha de meloeiro. (Foto:Embrapa -
Cenargen, 2000). ... ._ 13
(Foto:
Embrapa
Cpatsa, 1999). ... 14Figura
09
- F
lutuação populacional demosca
branca, Bemísía argenlifolii Bellows&
Perring
em
folhas apicais na culturado
melão, C.melo
L., por data de coleta, na EstaçãoExperimental da
Embrapa,
Projeto Bebedouro,em
Petrolina-PE,no
mês
de Janeiro de2000. . ... .. 15
Figura 10
-
Flutuação populacional demosca
branca, Bemísía argentzfolí Bellows&
Pening
em
folhas medianas na culturado
melão, C.melo
L., por data de coleta, naEstação Experimental da
Embrapa,
Projeto Bebedouro,em
Petrolina-PEno
mês
de Janeirode 2000. ... .. 16
Figura
ll-
Planta adulta de coco anão irrigado, C. nuczƒera L,com
cachoem
ponto decolheita,
no
Projeto de Inigação Senador NiloCoelho
(Embrapa),em
Petrolina-PE. (Foto:Embrapa,
2000) . .....¿ ... ..2l
Figura
12-
Adultodo
ácaro da necrosedo
coqueiro, A. guerreronis(Embrapa
-
Pragas,1998)
... N23Figura
13 - Diferentes níveis de ataque e danos causados pelo ácaro na necrosedo
coqueiro A. guerreronís,
em
área de coqueiro anão irrigadono
Projeto de IrrigaçãoSenador Nilo Coelho, Petrolina-PE, Janeiro de 2000. ... ..24
Figura
14-
Prática de controle quimicocom
atomizador de tração animalcom
capacidadepara 2501,
em
área decoco
irrigadono
Projeto Senador Nilo Coelhoem
Petrolina-PE Janeiro de 2000. (Foto:Embrapa,
2000). ... ..28Figura
15-
Identificação de tratamentos e respectivas dosagens dos produtos utilizados nainstalação
do
experimentono
Projeto de Irigação Senador Nilo Coelho,em
Petrolina-
PE,janeiro de 2000. ... ..30
1.
1NTRoDUÇÃo
O
presente trabalho constitui o relatório de estágio livre de conclusão de curso degraduação
em
Agronomia,
realizado dentro da temáticaEntomologia
voltada à FruticulturaTropical.
O
tema
foi escolhido devido a anseios pessoais nos quaisvenho
me
especializando durante toda a graduação e a toda a
minha
vida a qualsempre
esteve voltada para a fruticultura.O
estágio ocorreuno
período de07
de Janeiro a07
de Fevereiro de 2000, sob a orientaçãodo
Pesquisador José Adalberto de Alencar,em
Petrolina, PE,no
Laboratório deEntomologia na
Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisado
Trópico Semi-Árido,
(Embrapa
-
CPATSA).
No
trabalho de conclusão enfatizou-se as culturasdo
coco edo
melão, sendoacompanhadas
mais detalhadamente duas principais pragasonde
na culturado
meloeirotrabalhou-se
com
a mosca-branca Bemisia argentzfolíi Bellows&
Perring e na culturado
coqueiro trabalhou-se
com
o
ácaro da necrosedo
coqueiro Aceria guerreronis Keifer.A
escolhado
localdo
estágio levouem
consideraçãoo
fato de ser esta região a maisimportante produtora de fi'utas tropicais
do
país, e por serum
dos pólos mais importantesde cultivo sob sistema de irrigação, sendo ainda que, a
Embrapa -
Trópico Semi-Árido porpossuir
uma
estrutura moderna, associada a qualidade, seriedade e a credibilidade dos seus2.
APRESENTAÇÃO DA
EMBRAPA
-sEM1-ÁRrDo-cPATsA
Objetivando a pesquisa e a proposição de novas formas de trabalhar a terra, o Centro
de Pesquisas
do
Trópico Semi-Árido - foi criadoem
23 de janeiro de 1975 tendocomo
principais linhas de trabalho a agricultura irrigada, agricultura de sequeiro, produção animal
o
meio
ambiente que visam apromoção
e o desenvolvimento de novas técnicas para odesenvolvimento da agropecuária
no
Valedo
RioSão
Francisco.A
Embrapa
Semi-Árido está localizadana
cidade de Petrolina-PE, àsmargens
daBR-
428,
Km
152em
pleno sertão Nordestino. Neste município eno
município vizinho deJuazeiro-BA localizam-se 100 mil ha irrigados e mais de 30 espécies de hortaliças e frutas
cultivadas.(Embrapa-Cpatsa, 2000).
Em
sua estrutura (Figura 01), contacom
laboratórios de Geoprocessamento,Entomologia, Fitopatologia, Fisiologia Vegetal, Solos, Analise de Sistemas, Biotecnologia,
Sanidade Animal, Nutrição Animal, Microbiologia
do
Solo, Pós-Colheita eMecanização
Agricola.
Figura 01. Vista aérea da sede e laboratórios da
Embrapa
Semi-Árido,CPATSA, em
Entre as estações de pesquisa da
Embrapa
o ProjetoBebedouro
éo
pioneiro na regiãocom
1.367 ha e é considerado o principal laboratório de desenvolvimento de novas culturas e tecnologias.O
projetoBebedouro
possui590 ha
cultivadoscom
frutas,com
destaque para uva,que ocupa 347
ha.No
ano passado, a produção envolvendotambém
amanga,
goiaba ebanana
somou
5,7 mil ton.,com
um
valor de comercialização deRS
2,3 milhões.No
ProjetoBebedouro
estão sendo conduzidos trabalhoscom
manga,
uva, coco,pinha, banana, melancia, melão, goiaba e acerola sendo a
manga
e auva
as principais culturas.A
Embrapa
Semi-Árido conta aindacom
o Projeto de Irrigação Senador NiloCoelho
localizado
em
Petrolina-PE, e o ProjetoMandacarú
situadoem
Juazeiro-BA.3.
CARACTERÍSTICAS
REGIONAIS
A
região de Petrolina está a370m
de altitude,com
Latitude 09°,23` S e Longitude40°,29”
W,
(INMET,
2000), o relevo da região caracteriza-se por topografia plana ecomposta
exclusivamente pela caatinga, sua vegetação característica.O
clima segundo classificação deKoppen
é Cfa e as temperaturas são elevadas durante todo o ano sendo que amáxima
registrada foi45°C
e amínima
foi de 11°C.A
temperatura
média
anual é de 26,2° C.O
solo é extremamente arenoso e pobre. (Embrapa-Cpatasa, 2000).
A
grandevantagem
climáticado
Semi-Árido para o desenvolvimento da fruticulturatropical é a ocorrência de 3 mil horas de sol por ano,
com
umidade
relativado
armédia
de50%
e a pluviosidade anualem
tomo
de600
a800mm
(Figura 02).A
Embrapa
Semi-Árido atua principalmenteem
Petrolina,mas
se faz presentetambém
em
Juazeiro-BA,onde
possui areas experimentais interligadascom
seuprograma
de pesquisa.
Hoje
a area irrigada dos dois municípiossomam
82 mil hectares sendo queí
Pluviosidade-o-Temperatura
160,0-
«
29,0 _ , 140,0 -- __ 28,0v
osidade (mm erat ra (C) 120,0 -- ,_27 O
1oo,o -- 80,0 ~~ -- 25,0 --26,0
LI 60,0p
u
40,0 temp -« "`24'°
2019_
--23,0
0,022,0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai Jun
JulAgo
Set
Out
NovDez
ITIGSGS
Figura
02. Pluviosidade e Temperatura naRegião
de Petrolina-PE, período deJaneiro a
Dezembro
de 1999. (INÍVIET, 2000).4.
ASPECTOS
ECONÔMICOS
A
atividadedo
cultivo de fmtasno
Nordeste caracteriza-se pela marcante presença depequenas unidades produtivas,
onde
a propriedade eo
trabalho estão intimamente ligados àestrutura familiar. Nestas propriedades,
há
uma
tendência de diversificação da produção ,sendo parte dela destinada ao
consumo
familiar.Embora
no
Nordesteo
estabelecimentoagrícola familiar esteja associado ao uso de técnicas precárias, à baixa produtividade e à
fragilidade econômica, a unidade produtiva familiar
pode
significar eficiência agrícola e alta produtividade, portanto possuienorme
potencial desdeque
sejamelhor
trabalhada(O
Em
contra posição estão as grandes empresasque
instalaram-se ao longo dos anos eque desenvolveram fortemente a fruticultura através da aplicação de tecnologias
principalmente a irrigação
como
porexemplo
a distribuição de água através da construçãode extensos canais (Figura 03), o que impulsionou a produtividade e o desenvolvimento da atividade às
margens do
RioSão
Francisco.Hoje o Nordeste é
um
enorme
produtor de frutas tropicais,onde
o clima proporcionagrandes produções e
um
inigualável sabor às fiutas produzidasem
seu clima semi-árido.Entre inúmeras espécies fiutíferas ali plantadas pode-se citar: manga, uva, coco, acerola,
açaí, caju, pinha, goiaba, banana,
mamão,
melão, atemoia, tâmara, melancia.Por possuir
um
enorme
potencial produtivo e grandes áreas ainda inexploradas estaregião toma-se passível de elevados investimentos e a perspectiva de crescimento
econômico
e eminente. São utilizados por ano cerca de 1,230 bilhões de metros cúbicos deágua para a irrigação.
' Â r _z r . Ê _-_; QI. - V V Í
Figura 03. Sistema de
condução
de água para cultivos sob condição de irrigaçãoem
Petrolina, PE. (Foto: Petrolina, 2000).
A
produção de fiutas tropicaisno
ano de 1998 ocupavauma
área de 28.165 haesteja
em
tomo
de 55 mil ha implantados,com
produção de780
mil toneladasO
volume
de frutas exportado anualmente é de
45
mil ton., o que garanteum
faturamento deUS$
40
milhões/ano. (Jomal da fruta, 1999).
Tabela
01.Área
cultivadacom
fruticultura tropicalno submédio do
Valedo Rio São
Francisco, região de Petrolina-PE e Juazeiro-BA. (Jornal
da
Fruta, 1998).FRUTA
HECTARES
Manga
Banana
Uva
Coco
Goiaba
Melão
Citros Melancia Acerola PinhaMamão
8.000 7.800 4.900 2.000 1.390 1.300 l_l90 1.100360
80 45Em
dados comparativosda
fruticultura irrigada quanto aos custos de produção,potencial produtivo e condições climáticas entre o Brasil, região semi-árida, e a Califórnia,
EUA,
pode-se observar (Tabela 02), as grandes vantagens queo
Nordeste brasileiro possuipara a produção de frutas tropicais, sendo estes fatores as principais justificativas da
Tabela
02.Dados
da
fruticultura irrigadano
Valedo
Rio São Francisco, Região dePetrolina-PE e Juazeiro-BA, Brasil, comparativamente a Califórnia,
EUA.
(Jornalda
Fruta, 1999).
FATOR
COMPETITIVIDADE
NORDESTE
CALIFÓRNIA-
EUA
InsolaçãoCusto
mão
de obraCusto terra irrigável
Custo de implantação Produtividade/ano Mercado/exportação 3.000 h/ano
US$
0,75/horaUS$
200/haUS$
7 a 10/ha até 2,5 safrasEUA,
Europa, Japão2.200 ha/ano
US$
5,00 a 10,00/horaUS$
37.500US$
50 1 a 1,5 safras sómercado
interno emercado
intemo `5.
CRONOGRAMA
DE
ATIVIDADES
DO
ESTÁGIO
As
atividades desenvolvidasno
períododo
estágio foram realizadasno
Laboratóriode Entomologia,
no
ProjetoBebedouro
eno
Projeto de Irrigação Senador NiloCoelho
(Núcleo-7), todos pertencentes a
Embrapa
Semi-Árido.O
programa do
estágio foi previamente proposto pelo Pesquisador José Adalberto deAlencar, responsável pelas atividades relacionadas às culturas
do
cococom
(Aceriaguerreronis) e
do melão
com
(Bemisia argentzƒolü); enfoques principaisdo
estágio.Os
principais objetivos do estágio foram: 1) Estudar amosca
branca, Bemisiaargentzƒolíi, especialmente a sua flutuação populacional na cultura
do melão
em
lavourada Estação Experimental da
Embrapa
Semi-Árido na localidade de Bebedouro.2) Atividades realizadas
com
a culturado
coco,com
a proposta de estudar o nívelpopulacional
do
ácaro da necrosedo
coqueiro na área experimental decoco da
Embrapa
Semi-Árido na localidade de Bebedouro. 3)
Acompanhar
a implantaçãodo
experimentoem
área de coco,
no
Projeto de Irrigaçao Senador Nilo Coelho, visando avaliar a eficiência deNas
atividades realizadas buscou-se conhecer os fatores que favorecem a ocorrência das pragas, a ecologia dos insetos, os períodos críticos de infestação, a amostragem, e asformas de controle, visando aplicar técnicas de
manejo que
interajamcom
omeio
ambienterespeitando-o
como
um
todo.6.
ATIVIDADES
COM
A CULTURA
DO
MELÃO
O
melão (Cucumis melo
L.) da família Cucurbitaceae,tem
sua origem na Áfricaou
na Índia.
É
conhecidono
Brasil desdeo
séculoXVI, quando
foi provavelmente trazidopelos escravos. Posteriormente, foi introduzido pelos imigrantes europeus nas regiões Sul e
Sudeste.
No
entanto, esta cultura fixou-se nas áreas quentes e secasdo
Nordeste Brasileiro,notadamente na região
do Submédio do
Valedo
Rio São Francisco, polarizado porPetrolina (PE) e Juazeiro
(BA)
e nas regiões deAçu
eMossoró
no estadodo Rio Grande do
Norte e Baixo e
Médio
Vale Jaguariçáno
estadodo
Ceará, sendo que estas últimas regiões,Rio Grande do
Norte e Ceará são responsáveis pelo maiorvolume
de produção (Pedrosa,1995)
A
produção demelão
é favorecidaem
regiões quentes e secas sob regime de irrigaçãoem
solos de textura média, soltos, arejados e deboa
drenagem,com
pH
variando de 6,4 a 7,2 e ricosem
matéria orgânica.O
plantiodo melão pode
ser feito diretamenteno campo,
sendo esteo
sistema maisutilizado,
ou
produzindo-se asmudas
em
sementeiras.A
produção demudas
em
instalaçõesprotegidas de insetos e
com
rigoroso controle fitossanitário, permitirá levar aocampo
mudas
vigorosas e sadias. Processo semelhante já é feitocom
o tomate ecom
melão
naregião de Petrolina/ Juazeiro.
No
casodo
plantio direto, as plantas apresentam as primeiras flores ao redor de30
a35 dias.
A
maturaçãodo fmto
se completaem
aproximadamente 30
dias, sendoque
oinício da colheita ocorre
no
Nordeste, por volta dos60
a70
dias (Figura 04).O
períodoem
que
o meloeiropermanece
produzindo irá depender de vários fatores inerentes à plantae à sua nutrição, porém,
o
ataque de pragas e doençaspode
serum
fator decisivono
finaldo
V‹'ti¡v»C"3l¡>'5D""ã i 9 _ | i Moscaiãiimdom › Morra gr; I-¬m'z(;1~‹¡;) ~ t ____s ;sBf°¢§§,51Ã!!#§¢° l Vflssflfflflflfi- I
iázwws
Pulgas g ' t l ¡‹‹f°fi==al
~ 0P°¡-WHÇÂG
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l 1 9T
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9 0 DIAS 0 7 14 2! 28 35 fil 49 56 63 70 T7Figura 1. ,Fznóiógišigëiëfiiêâ
dó
m¢l<›af‹›,ãrpzfí¢àa dzmaia
pfõbzbiiiâàóz az s‹›zz‹›ffêzz6šEà”Pragas»?,,,:¶§›=¿tí9sâEâšmefâëflfliaPiF1°f11?“ssC°s=Pfim¢iffiÇsllësãfia- _,
Figura 04. Relação entre
o
período Fenológico e a incidência das principaispragas e insetos polinizadores ocorrentes na cultura
do
melão.(Embrapa,
1999).Com
a entrada damosca
branca, B. argentifolii Bellows&
Perring (Homoptera:Aleyrodidae),
o
processo de implantação da cultura deveria ser reestruturado dentro deuma
nova
ótica,ou
seja, a reduçãodo
ciclo da cultura, para reduzir o períodoem
que o cultivoestá exposto à praga. Pois cada
semana
a maisno
campo
representauma
ou
até duasaplicações a mais de agrotóxicos.
Para
uma
melhor
convivênciacom
amosca
branca a adoçãodo
Manejo
Integrado dePragas (MIP), que é
uma
técnica de controle de pragas baseadoem
requisitos ecológicos,toxicológicos e econômicos, toma-se indispensável para
uma
agricultura racionalmentecorreta,
sem
os abusos químicos que notadamente encontramos nos dias atuais.(Embrapa -
6.1
A
mosca
branca na
culturado melão
A
mosca
brancatem
como
sua provável origem as regiões Tropicais e Subtropicaisdas
Américas
e Ilhasdo
Caribe (Fiocruz, 2000).É
um
inseto pertencente aOrdem
Homoptera,
afêmea
possui cerca deO,9mm
decomprimento
e omacho
cerca de0,8mm,
possuem
dois pares de asasmembranosas
de coloração esbranquiçada, antenas cetáceas,pernas ambulatoriais e aparelho bucal picador sugador.
Cada fêmea
colocaem
média
de 150 a 160 ovos durante seutempo
de vida epode
terde ll a 15 gerações por ano.
Os
ovos são postos na página inferior das folhas jovens epossuem
cerca de0,2mm
de comprimento. Estes ovospossuem
formato piriformeou
ovóide
com
pedúnculo de coloração branco amareladono
início, passando amarrom
escurono
final, levando de cinco a sete dias para eclodirem.As
ninfas ao eclodirempermanecem
na página inferior da folha,onde
sugam
a seivada qual se alimentam,
permanecendo
nesta fase por duas semanasonde passam
por quatro instares atéchegarem
aforma
adulta.(Embrapa
- Cenargen, 2000).A
mosca
branca (B. argentifolíí) é consideradauma
das principais pragasdo
século)O(.
A
sua disseminação,em
nível mundialvem
ocorrendo de forma assustadora. Estima-seque
hoje já são conhecidas mais de700
plantas hospedeiras desta praga e os prejuízossomam
alguns bilhões de dólares.Somente
nos Estados Unidos, os danos causados por este insetochegam
aUS$
500
milhões por ano, eem
algumas regiões agrícolas daquele país, osataques constantes da
mosca
brancatêm
gerado índices dedesemprego
superiores a30%
no
campo.
Na
Nicarágua ena
Costa Rica, essa pragatem
causado colapso na produção agrícolade várias culturas e ela já foi detectada na maior parte dos países da África, Ásia,
América
Central e
em
paísescomo
a Áustria eNova
Zelândia.(Embrapa
- Cenargen, 2000).A
mosca
branca (Figura 05), atuacomo
praga nas culturas agrícolas, por se alimentarda seiva das plantas,
podendo
levá-las a morteou
a diminuiçãoda
produção, especialmenteI
Figura
05. Adulto de Bemisia argenfiƒolii (Foto:Embrapa
-Cenargen,
2000).Os
danos diretosou
indiretos causados pela pragacomprometem
a aparência,prejudicando a comercialização dos produtos, principalmente fiutas para exportação e de
plantas ornamentais.
No
Brasil,embora
os primeiros relatos damosca
brancadatem do
ano de 1928,o
primeiro registro oficial ocorreuem
1968em
algodão, soja e feijão,no
estadodo
Paraná, e
em
1972 e 1973,no
estado de São Paulocom
a culturado
algodão.No
inicio da década de 90, amosca
branca ressurgiuem
diversas regiõesdo
país,causando prejuízos
em uma
série de culturas de importância sócio-econômicacomo
melão,melancia, abóbora, uva, jiló, entre outras.
Em
1991, foi registradoo
primeiro impactorealmente expressivo dessa praga
em
culturas de tomate, brócolis, berinjela, abóbora etambém
em
plantas omamentais,como
poinsétia,também
conhecidacomo
bico-de-papagaio, e o crisântemo,
(Embrapa-Cenargen,
2000).Hoje
amosca
branca jápode
ser encontradaem
todos os estados brasileiros, causandoperdas que variam de
30
a100%.
Estima-se que os prejuízos causados por esta praga àagricultura brasileira,
somados
aos gastoscom
produtos químicos utilizadosno
seu controle, já estão próximos demeio
bilhão de dólares,sem
levarem
conta os impactosambientais e sociais
como
odesemprego no
campo
e o conseqüenteêxodo
ruralque
elaprovoca, (Embrapa-Cenargen, 2000).
5,9 Tiga. .
_ -~ -
W
Tanto insetos adultos
como
ninfas (Figura 06), ocasionam danoseconômicos
em
uma
grandegama
de espécies vegetais, dentre estas,um
maior destaque édado
para aquelaspertencentes a família das cucurbitáceas, principalmente 0 melão.
Figura 06. Ninfa de Bemisía argentifolii
em
folha de meloeiro (Foto:Embrapa,
Cenargen,
2000).Ao
se estabelecerem as colônias pela deposição deovos
(Figura 07), na páginainferior das folhas as
moscas
brancas, ninfasou
adultos, inserem o seu aparelho bucal picador sugando a seivado
tecido vascular(floema)
extraindo carbohidratos eamino
ácidos, excretandouma
substância açucarada conhecida vulgarmente por “mela”.Esta substância açucarada, por sua vez passa a ser substrato para
o
crescimento defungos saprófitas, geralmente
do
gêneroCapnodium, que
ocasiona o aparecimentoda
fumagina
sobre as folhas e fi'utos, depreciando-os.Em
condições deum
ataque severopode
ser observadoo
amarelecimento das folhasmais velhas,
com
as bordas viradas para baixo, além de reduçãono
tamanho
dos frutos edo
Figura 07.
Ovos
de Bemisia argentzfoliiem
folha de meloeiro. (Foto:Embrapa -
Cenargen,
2000)A
mosca
branca é aindaum
potencial transmissor de vírus, geralmente aquelespertencentes ao grupo dos gemiinivirus. Todavia, vale salientar,
que no
Brasil ainda não foidetectada a presença de germinivims
em
cucurbitáceas, transmitido pelamosca
branca. (Haji et al., 1996; Vilas-Boas
et al., 1997).Os
sintomas causados pelos germinivirus as plantas são a paralisaçãodo
crescimento da planta, presençado
mosaico amarelo, folhas pequenas e encarquilhadas,enrugamento
severo das folhas terminais, redução da floração e diminuição
do
grau brix dos fi'utos, (Sede-
Embrapa,
2000).Os
prejuízos ocasionados pelamosca
branca aos produtores demelão
é variável.Em
alguns casos há perda total,
em
outros, a redução é menor, variando de30%
a100%.
No
entanto sempre
há
um
aumento
significativono
custo de produção devido aum
maiorconsumo
de inseticidas para controlaro
inseto.6.2.
Trabalhos
realizadoscom
Bemisia
argentzfoliino
estágioO
acompanhamento
dos trabalhos relacionados a esta praga deu-seno
ProjetoBebedouro
(Embrapa),em
área de flutuação populacional de B. argentzfolíicom
500m2
deAs
amostragens foram realizados nos dias ll, 14, 17, 20, 24, e27
de janeiro,constando assim de 6 amostragens.
O
experimento foi conduzido pormeio
de coletas aoacaso de 5 folhas apicais e 5 folhas medianas, sendo
que
as plantas demelão
também
foram
selecionadas ao acaso.
As
coletasforam
realizadassempre no
periodo matutino devido a temperaturas maisamenas, sendo que a cada
amostragem
as folhaseram
retiradasmanualmente da
planta,sendo
uma
amostragem
de 5 folhasna
parte apical e outraamostragem
de 5 folhas na partemediana
da planta, estas folhaseram
armazenadasem
pacotes de papel de acordocom
suaprocedência (apicais
ou
medianas) e posteriormenteno
periodo da tarde efetuava-se acontagem
de ovos e ninfas de cada folha.O
método
utilizado para acontagem
de ovos e ninfas observados foi a utilização deum
anel cilíndrico de metal possuindo diâmetro de 1 polegada desenvolvido pelos própriospesquisadores
do
Laboratório de Entomologia da Embrapa. Através da pressãodo
anelsobre a página inferior
da
folha, e entre as nervuras centrais,próximo
ao peciolo da folha(Figura 08), determinava-se a área a efetuar-se as contagens.
A
contagem
de ovos e ninfasde
mosca
brancaeram
efetuadascom
o
auxílio deuma
lupa.Figura 08. Local de
demarcação
em
folha demelão
paracontagem
de ovos eOs
valores encontrados procedentes das amostragensforam
registradosem
cademeta
de
campo
para posterior avaliação dos picos populacionais, tanto deovos
como
de ninfas, emensurados
em
forma de gráfico (Figura09
eFigura
10), sendoque
a partir destes dadosforam levantados outros fatores da ocorrência da
mosca
branca que serão posteriormentediscutidos. 1eo.oo ¬f'' -¬__. n nfas Número de ovos e 27/Jan 24/.Jan 20/Jan 17/Jan
Data
14/.Jan 1 1/Jan Ovos NinfasFigura 09. Flutuação populacional
da
mosca
branca Bemisia argentvfolii Bellows&
Perring
em
folhas apicais na culturado
melão,Cucumis melo
L., por data de coleta, naEstação Experimental da
Embrapa,
Projeto Bebedouro,em
Petrolina-PE,no
mês
de JaneiroFigura 10. Flutuação populacional da
mosca
branca Bemisia argentifolii Bellows&
Perring
em
folhas medianas na culturado
melão,Cucumis melo
L., por data de coleta, naEstação Experimental da
Embrapa,
Projeto Bebedouro,em
Petrolina-PE,no
mês
de Janerrode 2000. Número de ovos
e
n
nfas 1oo.oe/
80,0%
60,00
Ovos
Ni nfas __¿ 27/.Jan 241/.Jan 20/Jan 1 7/JanData
14/Jan 1 1/JanÉ
importante salientar que este trabalho foi realizadono
período de ll de Janeiro a27
de Janeiro, sendo que os trabalhos
prosseguem
até o finaldo
ciclo culturaldo
melão,portanto os dados são parciais.
Os
resultados dos trabalhoscom
B. argentiƒolii, foram os seguintes:O1)
Em
folhas medianas,o número
de ovos e onúmero
de ninfas foi superior aosnúmeros
de ovos e ninfas encontradoem
folhas apicais. Isto deve-se ao fato deque folhas medianas
possuem
maior área foliar permitindo maior proteção eabrigo aos insetos contra
fenômenos
climáticoscomo
chuvas e insolações.O2)
As
folhasmedianas
são mais velhas e maiores, portanto estão na “roça” a maistempo. Isto significa que há
um
período maior para a instalação das colônias de B.argentvfolii se comparativamente às novas folhas emitidas pelas plantas (folhas apicais).
O3)
Na
figura09
(folhas apicais), percebe-se nitidamenteuma
variação nos picospopulacionais de
ovos
(colunas vermelhas).Em
folhas apicais estecomportamento pode
ser explicado pela ocorrência de chuvas exatamenteonde
ascolunas representam
uma
menor
número
de ovos encontrados.O4)
A
incidência deovos
em
folhas medianas (figura 10) , não possui variações tãomarcantes
como
as encontradas na figuraO9 no
que se refere aonúmero
de ovos,isto reforça as conclusões dos itens 1 e 2.
O5)
O
número
de ninfas (barras azuis),em
folhas apicais (figuraO9), eem
folhasmedianas (figura 10), foram respectivamente inferior ao
número
de ovosencontrados.
06)
A
diferença decomportamento
verificada nos dois gráficos (figuraO9
efigura
10)quanto a
menor
incidência de ninfasem
relação a ovos, deve-se ao fatorsobrevivência,
onde
poucos ovos eclodem.O7)
Os
fatores que supostamente afetam a existência deum
maiornúmero
de ninfas são:a)
A
predação de ninfas por inimigos naturais b) Seleção natural de indivíduos c)Comportamento
climático atípico para a região, poisno
periodo das amostragensocorreram grandes precipitações
podendo
assim ter afetadoo
desenvolvimentonúmero
de ninfas,pode
haveruma
relação entre onúmero
deovos
deuma
posturae o
número
de insetosque
irão chegar ao estágio de ninfa.08)
O
sucesso reprodutivo de B. argentlƒolii está diretamente relacionado aotempo
em
que a planta está sendo cultivada, pois
em
folhas mais velhas existem maiorescolônias de insetos.
O9)
A
medida
que as amostragens seencaminham
para o finaldo
mês
de janeiro e iníciode fevereiro, as populações tanto de ninfas
como
de ovos aumentaram,provavelmente por causa da diminuição das chuvas.
10)
As
amostragensdo
dia 14 de janeiro para ninfas, tantoem
folhas apicaiscomo em
folhas medianas, apresentaram
comportamento
diferenciado das outrasamostragens, pois apresentaram alto indice de incidência de ninfas.
Porém,
aparentemente nao encontrou se justificativa para tal fenômeno.
6.3. Proposta
de
manejo da mosca
branca.O
manejo
damosca
brancaem
melão
é dificultado pelomodelo
de exploração aoqual a cultura é submetida. Por exigência
do mercado
consumidor, o plantio demelão
é feita de forma escalonada,ou
seja,um
novo
plantio é feito a cada 7 a 14 dias, iniciando-se,no
Nordeste,no
final de maio, continuando praticamente por todo o segundo semestre e, naausência de chuvas, adentra-se
o
primeiro semestredo
ano seguinte, muitoembora
estes últimosem
menor
escala devido aos riscoscom
a chuva.Assim
sendo, se medidasapropriadas não forem tomadas, os plantios mais velhos passarão a ser fonte hospedeira responsável pela infestação precoce de
novos
plantios,tomando
muito dificilo
controle da praga.O
manejo
correto damosca
branca écomposto
de ações preventivas taiscomo
tratosculturais, e o
emprego do manejo
integrado de pragas (MIP), equando
estas não foremsuficientes para impedir o
aumento
da população serãotomadas
ações curativas.(Embrapa,7.0.
OUTROS
INSETOS E
ÁCAROS NA CULTURA
DO
MELÃO
Ao
cultivodo melão
podem
estar associadosuma
série de pragas,que
devem
serlevadas
em
consideraçãoquando
forem planejadas medidas demanejo
contra amosca
branca.Estas pragas citadas a partir deste
momento
fazem
partedo
conjunto das principaispragas desta cultura,
porém
não foram
otema
central dos trabalhos realizadosno
decorrerdo
estágio de conclusão.- Lagarta rosca
-
Agrotis ipisilon (Lepidoptera, Noctuidae).- Vaquinhas
-
Díabrotica speciosa, D. bivitula e Epilachna cacica.-
Minador
das folhas-
Liriomyza sp. (Diptera:Agromyzidae)
O
uso de inseticida de largo espectrono
iníciodo
ciclo da cultura, principalmente ospiretróides, eliminam os inimigos naturais desta praga, e
com
issopodem
causaraumento
na sua população, principalmente
em
cultivos sucessivos escalonados. (Bleicher, 1993,citado por Embrapa-Cpatsa, 1999.)
- Pulgões
-
Aphis gossypii eMysus
percicaComo
o inseto é transmissor de víruso
controle deve ser iniciado assimque
a pragafor constatada.
-
Broca
das hastes e frutos-
Díaphania
nitidalis e D. hyalinata.- Mosca-das-fi'utas
-
Anastrepha grandisEsta praga ocorre na região centro sul
do
país, não tendo sido ainda constatada a suapresença
na
região semi áridado
Nordeste, sendo portanto a região livreda
praga(GALLO
et al., 1980;
PEDROSA,
1995).- Percevejo
do
fruto-
Leptoglossusgonagra
(Hemiptera., Coreidae).- Ácaros
-
Tetranychus spp. (Acari, Tetranychidae).O
uso de inseticida de largo espectro, principalmente os piretróides,podem
causar8.
ATIVIDADES
COM
O ÁCARO
DA
NECROSE
DO
COQUEIRO
(Aceria
guerreronis
Keifer)
EM
COCO ANÃO
(Cocos
nuciƒera
L.)8.1. Aspectos
econômicos
O
Nordeste respondeaproximadamente
por95%
da área cultivadacom
coqueirono
Brasil, sendo que quase toda a produção é destinada ao
consumo humano,
seja na forma “innatura”
ou
industrializada(ROSA JUNIOR
et al., 1994).A
regiãodo Submédio do
ValeSão
Francisco,em
Petrolina,onde
foi realizadoo
estágio, apresenta condições edafoclimáticas muito favoráveis ao desenvolvimento dafiuticultura irrigada, sendo a cultura
do
coqueirouma
das que mais se encontraem
expansão,
com
uma
área plantada de cerca de 3.000 hectares irrigados, sendo a suaprodução destinada ao
mercado
internodo
pais paraconsumo
“in natura”Entretanto, alguns problemas fitossanitários estão ocorrendo e são fatores limitantes
no
cultivodo
coqueiro na região. Dentre estes, destaca-se a ocorrênciado
ácaro da necrosedo
coqueiro (Aceria guerreronis), que,em
funçãodo
seu ataque severo,vem
ocasionandoperdas altamente significativas, através da redução
do
tamanho, peso e deformação dos frutos,tomando-os
com
baixo valor comercial.O
ácaro da necrosedo
coqueiro está presenteem
praticamente todas as regiões produtoras de cocono
país.No
entanto, poucas informações existem a seu respeito, inclusive sobre medidas de controle quetenham
sido eficientemente comprovadas.O
Brasil é hojeum
dos maiores produtores de frutasdo
mundo
sendoque
as principais culturasno
seu quadro produtivo são banana, laranja, uva,maçã
e coco.(Codevasf, 1996).
Segundo o Grupo
deCoco
do
Valedo
São Francisco(GVC),
háuma
tendência decrescimento
no
consumo
intemo atualdo
coco “in natura” de cerca de20%
a30%
ao ano.Só no
ValeSão do
Francisco háuma
produção de 7 milhões e800
mil fi"utos por mês,sendo que a área plantada nesta região é de 10 mil hectares,
onde
apenas 2.500 estãoproduzindo.
No
Brasil, são 50 mil hectares plantadosem
14 estados e só l2.500 encontram-seem
8.2 Localização e identificação das atividades.
As
atividadescom
o ácaro da necrosedo
coqueiro foram realizadasem
duaslocalidades distintas,
uma
no
Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho,Núcleo
07, lote982,
onde
o objetivo dos trabalhos são o desenvolvimento de estratégias de controledo
ácaro da necrose
do
coqueiro, eem
outra áreadenominada
ProjetoBebedouro
ambos
localizados
em
Petrolina-PE, o objetivo dos trabalhos foram a avaliaçãodo
nívelpopulacional
do
ácaro da necrosedo
coqueiro.A
principal atividade realizadacom
a culturado
coco está relacionada diretamentecom
uma
praga quetem
causado muitos danos a esta cultura, cuja disseminação está setornando cada vez maior.
Esta praga
denominada
ácaro da necrose do coqueiro (Aceria guerreronis Keifer), éuma
praga especiñca da culturado
coqueiro (Cocos nucifera L.) (figura ll), sendo aespécie trabalhada o coco anão.
Figura ll. Planta adulta de coco anão irrigado, C. nuciƒera L,
com
cachoem
pontode colheita,
no
Projeto de Irrigação Senador NiloCoelho
(Embrapa),em
Petrolina-PE.8.3. Aspectos gerais
da praga
eda
cultura.A
culturado
coqueiro (C. mzcifera L.)tem
sua origemno
Sudeste Asiático.No
Brasil e significativamente afetada pela incidência de diversas pragas, as quais constituem-seem
fator limitante de produção nas regiões
onde
a cultura é cultivadaem
larga escala.A
ação das pragaspode
ser observada desde a formação demudas
até a fase deprodução de frutos. Esta última fase é
comprometida
pelo atraso no desenvolvimentovegetativo e retardamento do início da produção, agravando-se à
medida
que a planta atinge a fase reprodutiva.Dentre as pragas que atacam a cultura
no
Brasil, o ácaro da necrose é consideradoentre as de maior importância, provocando perdas significativas na produção. Entretanto, os
danos ocasionados por essa praga
podem
ocorrercom
maiorou menor
intensidade deuma
região para a outra,
dependendo
de alguns fatores condicionantes,como,
por exemplo, ascondições climáticas, que são favoráveis a praga
em
regiõescom
baixas precipitações ealtas temperaturas.
9.
CARACTERIZAÇÃO
DO ÁCARO
DA NECROSE
DO
COQUEIRO
(Aceriaguerreronis Keifer).
Os
ácaros são organismos diminutos incluidos na subclasse Acarida, classeArachnida.
O
ácaro da necrose do coqueiro (Figura 12) pertence à familia Eriophyidae,tendo sido classificado inicialmente
como
Eriophyes guerreronis Keifer. Posteriormente foitransferido para o gênero Aceria, passando a denominar-se Aceria guerreronis Keifer.
De
acordocom
Fletchmann, (1983), esse ácarotem tamanho
reduzido, e alongado evermiforme, apresenta coloração branco-leitosa
ou
levemente amarelada e brilhante, afêmea
mede
cerca de 205 a 255 micrômetros decomprimento
por 36 a 52 micrômetros del \ 1 1 i i Í 1 É ll i Í l l l l l l
Este ácaro (Figura 12) possui apenas dois pares de patas na parte anterior
do
corpo euma
abertura anal na extremidade posterior. Especula-se que seu desenvolvimento é porpartenogênese, (Cabrera, 1991).
A. guerreronis possui
um
alto potencial biótico, que se elevaem
altas temperaturas, principalmente se estasforem
associadas a baixas precipitações.O
ciclo de vida varia entre10 e 14 dias (Fletchmann, 1983).
Figura 12. Adulto
do
ácaroda
necrosedo
coqueiro A. guerreronis(Embrapa,
Pragas, 1998).
Esta espécie
tem
preferência por fiutos nos primeiros estádios de desenvolvimento,localizando-se sob as brácteas dos
mesmos, onde
realiza o processo de alimentação.Em
populações altas,
um
grandenúmero
de ácarosfica
locomovendo-se sobre a superficiedo
fi'uto pequeno.
A
migraçãodo
ácaro para os outros fi'utosumenta
àmedida
que as lesões necróticas nos fiutos pequenostambém
aumentam.
Outros fatores condicionantes para a colonização
do fiuto
pelo ácaro, são o arranjo ea
firmeza
das brácteas sobre o fi'uto, pois quanto mais firme e superpostas as brácteasA
disseminação desse ácaro ocorre a longas distâncias pela ação dos ventos e dentro das áreas de cultivos, atraves da chuva, passaros e insetos.Figura 13. Diferentes niveis de ataque e danos causados pelo ácaro da necrose do
coqueiro (A. guerreronis),
em
área de coqueiro irrigadono
Projeto de Irrigação SenadorNilo Coelho, Petrolina-PE, Janeiro de 2000.
9.1. Distribuição geográfica
A
primeira ocorrência deste ácaro foi registradano
Estado de Guerreiro, México, ehoje encontra-se disseminado
em
vários países da América, África e Ásia (Cabrera, 1991).No
Brasil foi relatado pela primeira vezem
1965,no
Estadodo
Rio de Janeiro(Robbs
&
Peracchi, 1965). Apesar de não havernenhum
registro quanto a distribuição deA. guerreronis a nível de Brasil, acredita-se que esta espécie encontra-se disseminada
em
todas as regiões produtoras de coco
do
país,com
maiores evidências para a regiãodo
nordeste,
onde
as condições climáticas são muito favoráveis ao desenvolvimento da praga. (Ferreira et al. 1994).9.2.
Sintomas
edanos
O
acaro da necrosedo
coqueiro danifica os frutos atravésdo
processo de alimentaçãodo
conteúdo celular, ocorrendo sob as brácteas dos frutos, causando a morte das célulasdo
tecido vegetal, preferencialmente,
quando
estes frutos se encontram nos primeiros estádiosde desenvolvimento.
Durante o crescimento
do
fruto, as células mortas nãoacompanham
o crescimentodo
tecido vegetal.
Os
sintomas iniciais nos frutos pequenos são observados através demanchas
brancas
com
formato triangular, presentes na inserção da brácteacom
a superficiedo
firuto.Posteriormente,
surgem
as necroses e rachaduras longitudinais de coloração marrom-escurae aspecto áspero, partindo as brácteas (Figura 13).
Com
isso,podem
ocorrer aqueda
prematura dos fiutos, deformações, perda de peso, redução
no
tamanho ou
perdado
valorcomercial se os
mesmos
atingiremo
ponto de colheita.Segundo
Ferreira (1987), esse ácarotambém
é encontradoem
plantas jovenscom
atédois anos de idade,
no
viveiro eno
campo, provocandouma
necrose marrom-escura nasfolhas centrais, que, ao atingirem a
gema
apical, causa a morte da planta.De
acordocom
Rosa
et al. (1994), citados por Ferreira et al. (1994), esse ácaro causauma
diminuição de até25%
de peso nacompra
dos frutos. Entretanto, não ocorremalterações na qualidade da
mesma.
9.3.
N
ívelde
dano
econômico
Não
foi encontrado na literaturanenhum
relato sobre o nivel de danoeconômico
paraA. guerreironis. Todavia, vale salientar que
em
funçãodo
hábito da pragaem
se localizarsob as brácteas dos fi'utos dos primeiros estádios de desenvolvimento, toma-se necessária
muita atenção, devendo-se efetuar
um
monitoramento constante na cultura, de maneira que,enquanto não seja detemiinado
um
nivel dedano
pela pesquisa, as medidas de controlesejam
tomadas
logo apos surgirem os primeiros frutoscom
sintomas de ataque da praga,9.4.
Medidas
de
controleApesar de ainda existirem poucas informações sobre o ácaro da necrose
do
coqueiro,alguns cuidados e medidas de controle são de fundamental importância para a convivência
ou
mesmo
eliminação dessa praga. Dentre as medidas de controle encontram-se as medidasculturais, biológicas e químicas.
9.4.1. Controle cultural
Esta
medida
diz respeito à utilização de práticas agrícolas que ao serem aplicadas aoscultivos,
tomam
as plantas mais vigorosas e, consequentemente, mais tolerantes ao ataquede pragas e doenças.
Como
exemplos de medidas culturais parao
controle de A.guerreronis, serão descritos os seguintes métodos; a) limpeza da planta; b) Irrigação, c) nutrição da planta.
a)
Limpeza
da
planta: Consiste na retirada equeimada
dos fi'utos queapresentarem sintomas de ataque
do
ácaro além de qualquer' outra parte das plantas que nãoapresentem função vegetativa
ou
reprodutiva.b) Irrigação:
O
solo deve ser mantido sempre na capacidade decampo, ou
seja,sem
déficitou
excesso de água, poisambos
os extremos debilitam a planta,tomando-a
susceptível ao ataque de pragas e doenças, além decomprometer
seu desenvolvimentovegetativo e reprodutivo.
c) Nutrição
da
planta:Com
base na Teoria da Trofobiose de que a saúde daplanta esta intimamente ligada à saude de seu habitat, e que este lhe permite
uma
alimentação equilibrada, fonte de resistência aos fatores adversos, não permitindo ainstalação das pragas, desenvolvimento de doenças e manifestação de viroses (Chaboussou,
1987), os insetos e ácaros necessitam encontrar na planta hospedeira, alimento solúvel,
em
A
planta poderá oferecer essa condiçãoquando o
seu metabolismo for alterado, issoem
funçãodo
enriquecimento dos líquidos celularesem
açúcares solúveis e aminoácidoslivres, decorrentes da inibição da proteossintese
ou do
excesso de aminoácidos,favorecendo a alimentação desses organismos fitófagos. Isto demonstra que
pode
ocorreruma
ação positiva,no
que diz respeito a fecundidade, longevidade e velocidade dereprodução de algumas espécies de insetos e ácaros
em
relação aos niveis nutricionaisfomecidos à planta.
Existe
uma
correlação positiva entre oaumento do
teor de nitrogênio e os danosem
fiutos de coco, causados por A. guerreronis, (Fletchmarm, 1983).
Diante desta informação as adubações efetuadas na cultura
devem
seguirrigorosamente as recomendações técnicas para a cultura
do
coqueiro, além de verificaçãonutricional por análise foliar e
do
solo.9.4.2. Controle Biológico.
No
Brasil, atéo
presente,não
existem organismos de controle natural para o ácaro A.guerreronís, ainda
que
a pesquisavenha
trabalhando para a obtenção de resultados.No
entanto, enquanto não surgiro
controle biológico aplicado para o ácaro da necrosedo
coqueirono
Brasil, vale salientar que é de fundamental importância 'as práticas de
manejo
cultural citadas anteriormente.9.4.3. Controle
Químico.
Embora
não existanenhum
principio ativo registrado parao
controle de A.guerreronis, alguns produtos já foram avaliados a nível mundial por vários pesquisadores,
sem
apresentarem,no
entanto, resultados satisfatórios, apesar de alguns terem se mostradoPorém
em
testes e estudos realizados pelaEmbrapa
Semi-Árido já existem princípios ativos promissorescomo
e' o caso do tetradiilon de açãoovicida e
do
fenpyroxymate deação adulticida. Estes produtos são aplicados
em
mistura e atingiramum
grau de eficiênciade
77,82%
quando
a primeira aplicação foi realizadaem
plantascom
frutoscom
ateScm
dediâmetro, e de
91,41%
quando
essa pulverização foi efetuadaem
inflorescênciasrecem
abertas.
As
aplicações são espaçadas a cada 7 diasem
número
de 3 aplicaçõescom
dosagem
de300ml
para 0 princípio ativo tetradifon e200ml
para o princípio ativofenpyroximate.
Figura 14. Prática de controle quimico
com
atomizador de tração animalcom
capacidade de
250
1,em
area de coco irrigadono
Projeto Senador Nilo Coelho, Petrolina-10.
TRABALHOS
REALIZADOS
NO
PROJETO
BEBEDOURO
COM
A
CULTURA
oo
coco
ANÃO
uuuGADo
Este trabalho objetivou a avaliação
do
nível populacionaldo
acaro da necrosedo
coqueiro na área experimental de coco da
Embrapa
Semi-Áridono
projeto Bebedouro,onde
aamostragem
foi totalmente ao acasonuma
áreacom
80 plantas (coco).Foram
avaliadas
30
plantas, das quais foram observados onúmero
de cachos de cada planta e aporcentagem de ataque
do
micro ácaro aos fiutos destes cachos, sendo que nesta avaliaçãopraticamente todo os frutos observados apresentaram sintomas de ataque.
O
levantamento foi feito observando-se a presençado
ácaro nos cachos eem
todos osfrutos independentemente de seu estado de desenvolvimento. Este trabalho teve objetivou
coletar dados para
o
futuromanejo da
área,onde
serão realizados experimentos para o controle de Aceria guerreronis (Keifer).11.
ESTRATÉGIAS
DE
coNTRoLE
no ÁcARo
DA Nncnosn
Do
coouamo
No
PROJETO
SENADOR
mLo
.O
experimento foi implantadoem
uma
áreacom
a variedadeCoco Anão
irrigado,localizada
no
Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho,Nucleo
07, Lote 982,no
municipio de Petrolina-PE.O
delineamento experimental foiem
blocos ao acasocom
8 tratamentos (Figura 15)e
4
repetições, sendo cada repetiçãocomposta
por 2 plantas.Para a avaliação dos tratamentos foram marcadas três inflorescências por planta,
sendo: cacho 1
-
inflorescência fechada, penúltima apróxima
infiorescência a ser aberta; 2-
Inflorescência fechada, penúltima aquelado
cacho l e cacho 3-
Inflorescência fechada,penúltima aquela
do
cacho 2.Os
tratamentos foram feitoscom
atomizador de 2501 de tração animal (Figura 14)sendo que os tratamentos 1 (Testemunha) e o 6 (Ribumin 4l‹;g/planta
+ Aminon
25) nãoreceberam pulverizações de acaricidas, enquanto os demais tratamentos foram tratados
com
acaricidas e inseticidas
em
intervalos entre pulverizações de 15 para inseticidas e 30 dias“TRATAMENTO
DQSAGEM/PLANTA
E
1-
TESTEMUNHA
1i 2-
IUBUMTN2
zkg
43-
R1BUM1N2
+
AM1NoN
zkg
+
too mi/toolDE
ÁGUA
H4- R[BU1\/IIN2+
AMINO
SOLO
Zkg
+
312
ml/PLANTA
\
5-
RIBUMIN4
ztkgÊó-
RrBUMrN4
+
AMINON
4kg
+
100 mi/1001DE
ÁGUA
7-
RrBUM1N4
+
AMINO
soLo
4g1<+
312
ml/PLANTA
8-TESTEMUNHA
2Figura 15. Identificação
de
tratamentos e respectivas dosagens dos produtos utilizados nainstalação
do
experimentono
Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho,em
Petrolina-PE, janeiro de 2000.Especificação dos produtos:
Amino-Solo
éum
bio-fertilizante liquido obtido por processo controlado deFermentação e Hidrólise.
Contendo
proteínas e aminoácidos de origem vegetal e animal.Em
sua formulação estão presentesmacro
e micronutrientes.É
um
adubo
aplicáveldiretamente ao solo.
Rubumin
éum
fertilizante orgânico simples à base de matéria orgânica altamenteconcentrado
em
ligno-celulosehumato
de Calcio (ácidos húmicos, humina, ácidosfúlvicos). Este produto basicamente e responsavel pela melhoria das propriedades fisico-
quimicas
do
solo.Aminon
éum
bio-ativador orgânico, cujo principio ativo são aminoácidos solúveisPara avaliação da presença
do
ácaro da necrosedo
coqueiro, foram quantificadosem
cada cacho
marcado o
número
de fiutos sadios e fiutoscom
sintomas de ataquedo
acaro danecrose, sendo esse
número
cumulativo a cada avaliação.O
efeito doscompostos
orgânicosserá quantificado através dos seguintes parâmetros: a)
Número
de frutoscom
valorcomercial por cacho, b)
tamanho
e diâmetromédio
dos frutos; c) quantidademédia
deágua
por fruto.
A
adubação, irrigação das plantas de coco, assimcomo
outros tratos culturaistomam-
se necessários durante a
condução do
experimento. Serão realizadosconforme
recomendação
do Sistema de produção daEmbrapa
Semi-Árido para a culturano
cocoanão irrigado.