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Idosos em contexto comunitário: gestão ineficaz do regime terapêutico e risco de queda

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Idosos em Contexto Comunitário: gestão ineficaz do

regime terapêutico e risco de queda

Porto, 2014

Tânia Costa; Catarina Pinto; Diogo Afonso; Armando Almeida; Rosa Silva; Patrícia

Coelho; Paulo Alves

(2)

Envelhecimento Populacional em Portugal

Gráfico nº1 - Estimativa da população residente por grandes grupos etários (em milhares ),

Portugal, 2008 - 2060

Fonte: INE, 2013

Prescrição farmacológica tendencialmente mais frequente, complexa e extensa (Infarmed, 2013)

(3)

A 3º e 4º idades constituem etapas do ciclo vital com alterações psicossomáticas próprias, que têm de ser tidas em consideração

Caraterísticas Fisiológicas do Envelhecimento

Redução do peso corporal Diminuição da perfusão Hipotensão/ Alteração da Hemeostase Alterações Hepáticas e Renais Declínio visual/ auditivo

Alterações no Contexto Consequências

Incidência de efeitos colaterais (quedas) e interacções medicamentosas Alterações no Idoso (Farmacocinética e Farmacodinâmica) Fisiológicas Mentais Perfil de saúde e doença Familiar e Comunitário Social e Económico

Consequentemente, maior recorrência a cuidados de saúde diferenciados e primários (Ruggiero; et al., 2009; Santos, et al., 2010; Johnell, et al., 2012).

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Considerando as projeções acerca do envelhecimento populacional e os custos associados (para a pessoa idosa, família e sociedade) ….

Objetivou-se avaliar a gestão do regime terapêutico medicamentoso, relacionando-o com a ocorrência de quedas.

(5)

Amostra

• Probabilística acidental de 37 indivíduos com 65 ou mais anos

• 70% Mulheres com 70-74 ou mais de 75 anos; vivem sozinhas (N=14) ou com o cônjuge (N=15); • 73% de classe social media baixa; baixa escolaridade (15 não completaram o ensino primário); • 54% com depressão geriátrica e 27% com défice cognitivo;

• 11% Ligeiramente dependentes nas AVDS; 45% moderada e 15% severamente nas AIVDS.

• Múltiplas patologias concomitantes (média 5). Prevalência de doenças: osteoarticulares (N=26);

HTA (N=24); oftalmológicas (N=23); dislipidemia (N=22); obstipação (N=18) e diabetes (N=14) / incontinência urinária (N=14).

Colheita de Dados

• Entrevista semi-estruturada com preenchimento de formulário

• Foi assegurado o consentimento informado;

Análise de Dados

• Analise descritiva e inferencial

• Valores das frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e dispersão;

• Testes não paramétricos e análise da variância (ANOVA) - devido ao tamanho da amostra em

(6)

Regime Terapêutico Medicamentoso

3 1 9 5 27 2 2 36 3 15 5 18 7 3 4 4 11 6 17 9 2 18 14 3 14 0 5 10 15 20 25 30 35 40 A ntihip eru re cem ic os Ho rm on al V as odil atado re s Bron codilatado res A ntihip ertensore s A nti-an émic os A nticonvu lsiv an tes Benzodiapepin as Est imul antes cogni tivo s A nti_ulc er oso s A ntiarri tm icos A ntidi sl ip ide micos Hiperplasia_prostá tic a A ntiv ertiginosos A ntian gi no so s A nti-inflamáto rio s A nalg esicos Lax ante s A ntidi ab éti co s orai s Diu ré tic os A ntipsicót ic os A ntidepres siv os V itam in as Minerai s Anti coal ugan tes N º de F ár m acos ing er ido s/dia Categoria Farmacológica

Gráfico 2. Distribuição numérica dos fármacos prescritos por categoria farmacológica do fármaco

(7)

Regime Terapêutico Medicamentoso

Número de Fármacos/dia Número de Participantes % 2 3 8,1 3 6 16,2 4 5 13,5 5 1 2,7 6 2 5,4 7 6 16,2 8 4 10,8 9 2 5,4 10 3 8,1 12 2 5,4 15 1 2,7 Total 37 100,0 0 1 2 3 4 5 6 7 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 15 de Fár macos Nº de Participantes

Gráfico 3. Distribuição numérica da amostra segundo número de fármacos/dia

35 idosos tomam fármacos, em média 6 fármacos/dia (min: 2/máx: 15);

Tomam, em média, 7,30 comprimidos/dia (min: 2/máx: 17);

(8)

68% 23% 9% Esquecimento Trocar os medicamentos Auto-medicação de acordo com os sintomas

Gráfico 5. Distribuição percentual da amostra segunda causas da toma incorreta

Regime Terapêutico Medicamentoso

7 13 9 4 2 0 2 4 6 8 10 12 14 1 Prescritor 2 Prescritores 3 Prescritores 4 Prescritores 5 Prescritores N º de P ar ti cipan tes Nº de Prescritores

Gráfico 4. Distribuição numérica da amostra segundo nº de prescritores

Total de 9 prescritores: médico de família (N = 32), médico do CH (N = 26); médico privado (N=8); farmacêutico (N = 6); próprio (N = 6) e amigos/familiares (N=3).

Apenas 9 conhecem a indicação da totalidade dos fármacos. 25 não tomam a medicação segundo a prescrição médica;

(9)

11%

11%

78%

Gráfico 7. Distribuição percentual segundo risco de queda, (POMA)

Alto risco de queda

Moderado risco de queda

Baixo Risco de queda 12 19 5 1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

0 quedas 1 a 3 quedas 4 a 8 quedas Mais de 8 quedas

N º de P ar ti cipan tes Nº de Quedas

Gráfico 6. Distribuição numérica da amostra por número de quedas

As quedas ocorreram, sobretudo, devido a escorregar (N=17), alterações da visão (N=17), desequilíbrio (N=17) e alterações do piso (N=9), sendo as principais consequências o medo de cair (N=44), o hematoma (N=41), a ferida (N=24) e a fratura (N=3).

(10)

Variáveis Teste Aplicado þ

Atividades Instrumentais de Vida diária (Índice de Lawton and

Brody) Oneway Anova 0,005

Défice cognitivo (Mini Mental State Examination) Oneway Anova 0,032

Toma incorretamente a terapêutica Oneway Anova 0,028

Número de Comprimidos/dia Oneway Anova 0,043

Número de Fármacos/dia Oneway Anova 0,036

Quadro 1- Diferenças estatisticamente significativas para o risco de queda

Parece evidenciar-se uma relação proporcional entre gestão ineficaz do regime terapêutico medicamentoso e ocorrência de quedas.

Quadro 2- Diferenças estatisticamente significativas na gestão do regime medicamentoso

Variáveis Variáveis Teste Aplicado þ

Quem gere o regime terapêutico

Índice de Barthel Oneway Anova 0,008

Risco de Queda (poma) Oneway Anova 0,030

Nº de prescritores

Depressão geriátrica (GDS15) Oneway Anova 0,022

Risco de Queda (poma) Oneway Anova 0,006

Número de comprimidos/ dia Oneway Anova 0,006

(11)

Modelo Exposto Modelo em Uso Dependência crescente (cuidados médicos; institucionalização;) Menor participação do individuo/família na decisão Evolução Tecnológica (ATB; Vacinas; Esterilização) O individuo/família gerirem a doença ao longo do ciclo vital. Alteração no perfil de

saúde de doença

… que executem uma avaliação diagnóstica abrangente e conceptualizem a capacitação/envolvimento no auto e heterocuidado ferramentas essenciais (Escoval, et al. 2010; Whitaker, 2011; Best, et al., 2011; Johnell, 2012).

Considerando-se a prevalência de quedas e as suas repercussões, destaca a necessidade de cuidados de enfermagem de proximidade e parceria, mas também, integrais e integrados …

Cuidados de Saúde Primários

(12)

Bibliografia

 Henriques, M. 2011. Adesão ao regime medicamentoso em idosos na comunidade.

Eficácia das intervenções de enfermagem. Disssertação de doutoramento. Lisboa : Universidade de Lisboa, 2011.

 ICN – Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. [Em linha] 2011

[Consult. 10 de Maio 2013]. Disponível na Internet:<URL: http://icnp.clinicaltemplates.org/icnp/>;

 INE – Censos 2011 [Em linha] 2011 [Consult. 2 de Maio de 2013] Disponível na internet

em:

<URL:http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos2011_apres entacao>;

 IMPERATORI, Emílio; GIRALDES, Mª do Rosário. Metodologia do Planeamento da

Saúde: Manual para o Uso em Serviços Centrais, Regionais e Locais. 3ª ed. Lisboa: Edições da saúde – Escola Nacional de Saúde Pública, 1993;

 Loureiro, M. 2008. Validação do Mini‐Nutricional Assessment em idosos. Dissertação

de Mestrado Nutrição Clínica. Coimbra : Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 2008.

 Nilsson, Brita, Lindström, Unni Å e Nåden, Dagfinn. 2006. Is loneliness a

psychological dysfunction? A literary study of the phenomenon of loneliness. Scandinavian Journal of Caring Sciences. 2006, Vol. 20, 93-101.

(13)

Bibliografia

 ORDEM DOS ENFERMEIROS – Regulamento das Competências Especificas do

Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Publica [Em linha] 2010 [Consult. 5 de Maio de 2013] Disponível na internet em: <URL:

http://www.ordemenfermeiros.pt/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regulament oCompetenciasComunitariaSaude%20Publica_aprovadoAG_20Nov2010.pd.

 Orem, D. 2001. Nursing Concepts of Practice. St Louis : Mosby, 2001.

 Rosa, A. 2010. Idosos mais idosos – Narrativas, ciclo de vida e estilos de vida.

Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Gerontologia. Aveiro : Universidade de Aveiro - Secção Autónoma de Ciências da Saúde, 2010.

 Saldanha, Helena.2009. Bem viver para bem envelhecer um desafio à gerontoloia e à

geriatria. Lidel edições técnicas: Loures, 2009.

 Santos, M e Almeida, A. 2010. Polimedicação no idoso. Revista Referência. 2010, Vol.

III.

 Steffens, David. 2007. Spiritual considerations in suicide and depression among the

elderly. Southern Medical Jounal. 100, 2007, Vol. 7, 748-749.

 Wadensten, Barbro. 2006. An analysis of psychosocial theories of ageing and their

relevance to practical gerontological nursing in Sweden. Scandinavian Journal of Caring. 2006, Vol. 20, 347-354.

 WHO. 2005. Healthy ageing. Practical pointers on keeping well. World Health

Organization Western Pacific Region. [Online] 2005.

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Bibliografia

 http://www.wpro.who.int/publications/docs/HealthyAgeingFinal.pdf..

 WHO 2002. Active ageing. A policy framework. World Health Organization. [Online]

2002. http://whqlibdoc.who.int/hq/2002/WHO_NMH_NPH_02.8.pdf.

 WHO. 2002. Missing Voices: views of older persons on elder abuse. 2002.

 WHO. 2007. WHO Global Report on Falls Prevention in Older Age. World Health

Organization. [Online] 2007.

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Gráfico nº1 - Estimativa da população residente por grandes grupos etários (em milhares ),  Portugal, 2008 - 2060
Gráfico 2. Distribuição numérica dos fármacos prescritos por categoria farmacológica do  fármaco
Gráfico 3. Distribuição numérica da amostra segundo número de  fármacos/dia
Gráfico 4. Distribuição numérica da amostra  segundo nº  de prescritores
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