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Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática

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(1)Encontro. Revista de Psicologia Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011. BENEFÍCIOS DA DANÇA EM PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN Revisão sistemática. Angélica da Silva Fonseca Universidade Gama Filho - UGF. RESUMO. angelicafonsecasilva@gmail.com. Demonstrar os benefícios da Dança para os Portadores de Síndrome de Down. Foi realizada uma revisão de artigos nacionais e internacionais. Os descritores usados para a busca foram: dança, e Síndrome de Down, encontrados nas bases de dados PubMed, SciELO e Bireme. A Dança se torna, neste contexto, uma excelente alternativa para o desenvolvimento das capacidades nos indivíduos com Síndrome de Down, visto que todos os estudos analisados apresentaram aspectos positivos, em relação à manutenção e aprimoramento dos indivíduos portadores da referida patologia. Conclui-se que a Dança para os portadores de Síndrome de Down é benéfica para minimizar os efeitos deletérios da referida patologia, potencializando a motricidade dos indivíduos acometidos.. Rafaela Liberali Universidade Gama Filho - UGF rafascampeche@ig.com.br. Maria Ines Artaxo Universidade Gama Filho - UGF inesartaxo@gmail.com. Palavras-Chave: dança; Síndrome de Down; benefícios. Maria Cristina Mutarelli Universidade Gama Filho - UGF crismutarelli@hotmail.com. ABSTRACT To demonstrate the benefits of dance for Carriers Down Syndrome. We conducted a review of articles national and international. The keywords used for searching were dancing, and Down syndrome, found in the PubMed, SciELO and BIREME. The dance becomes, in this context, an excellent alternative for developing capacity in individuals with Down Syndrome Down, as all the studies analyzed showed aspects positive in relation to maintenance, and enhancement of individuals carriers of this condition. We conclude that for the Dance individuals with Down syndrome is beneficial to minimize the effects deleterious effects of this condition, increasing the motility of affected individuals. Keywords: dance; Down Syndrome; benefits.. Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 4266 Valinhos, São Paulo CEP 13.278-181 rc.ipade@aesapar.com Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Artigo Original Recebido em: 17/07/2011 Avaliado em: 11/04/2011 Publicação: 04 de maio de 2012. 37.

(2) 38. Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática. 1.. INTRODUÇÃO O Ministério da Educação e do Desporto discorre que a idéia de uma sociedade inclusiva, encontra-se fundamentada numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse pressuposto e focando eticamente os direitos humanos, sinaliza-se a necessidade de garantir o acesso e a participação de “todos”, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. Neste contexto, destacam-se as pessoas com Síndrome de Down (SD), visto que apresentam, na sua maioria, habilidades tanto sociais, quanto emocionais, que facilitam a interação em ambientes diversos (GRAMINHA; MARTINS, 1997; BRASIL, 2004; SILVA; KLEINHANS, 2006). Como mediador e instrutor na área da educação especial, o professor deve estabelecer os objetivos coerentes a serem alcançados ao planejar um trabalho com um portador da SD. A Educação Física Especial ou adaptada tem sua prática direcionada aos portadores de deficiência e desde sua origem com uma preocupação voltada para o aluno em sua totalidade, tendo como objetivo, proporcionar ao aluno, o conhecimento de seu corpo, levando-o a usá-lo como instrumento de expressão consciente, na busca de sua independência e satisfação de necessidades. Logo, a evolução do aprendizado acontece como consequência natural da prática das atividades propostas. Quanto mais espontânea e prazerosa for esta vivência, maiores benefícios trarão para o desenvolvimento integral do aluno especial (GOMES, 2000; NICCOLS; ATKINSON; PEPLER, 2003; HALPERN; FIGUEIRAS, 2004). A Dança como expressão corporal surgiu na Argentina, resguardando a vitalidade e a naturalidade do movimento humano, desenvolvendo a integração entre corpo, movimento e mente. Para o desenvolvimento da dança expressiva em pessoas com SD, primeiro é necessário focar em afetividade, consciência corporal e estímulo do aparelho locomotor, haja vista a presença de hipotonia muscular, hiperflexibilidade articular, dificuldade na lateralidade e equilíbrio corporal, sinalizando limitações durante o processo de desenvolvimento e aprendizagem. Na Educação Física adaptada, o indivíduo portador de deficiência tem encontrado novas oportunidades, no que se refere à evolução histórica e aspectos político-sociais, em respeito às suas igualdades e diferenças contextuais e apoio em instruções adequadas (BRIKMAN, 1989; LEBEER; RIJKE, 2003; GARVÍA, 2005; RUIZ; OLIVEIRA, 2005). O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão sistemática os benefícios da Dança em Portadores de Síndrome de Down.. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(3) Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli. 2.. 39. MÉTODOLOGIA Tipo de pesquisa Utilizou-se como metodologia a revisão sistemática, que identifica, seleciona e avalia criticamente pesquisas consideradas relevantes, para dar suporte teórico-prático para a classificação e análise da pesquisa bibliográfica (LIBERALI, 2011).. Sistema de Busca dos artigos Foi realizada uma revisão de artigos nacionais, internacionais e literatura referentes á temática abordada nos últimos 22 anos. Os descritores usados para a busca foram: dança, e Síndrome de Down, encontrados nas bases de dados PubMed, Scielo e Bireme. O critério de inclusão dos estudos foi os artigos que discorressem sobre os aspectos característicos da etiologia, fisiopatologia e benefícios da Dança em portadores da Síndrome de Down.. 3.. RESULTADOS Os resultados dos estudos que investigaram os benefícios da Dança em Portadores de Síndrome de Down estão descritos abaixo e sintetizados na Tabela 1.. Etiologia e Fisiopatologia da Síndrome de Down, características e benefícios da dança para Síndrome de Down e relação com os estudos da Tabela 1 A Síndrome de Down está entre as encefalopatias crônicas, não progressiva, congênita, com incapacidade mental que apresenta como anormalidade básica, a presença de uma quantidade extra de material no cromossomo 21. Tal acometimento é chamado de nãodisjunção, comum na meiose materna. Sinais clínicos dismórficos ou fenótipos são típicos e determinantes para o diagnóstico desde o momento do nascimento e as alterações relacionadas ao sistema nervoso central são as responsáveis por todo comprometimento intelectual desta síndrome (FORTES; LOPES, 2005; TUNES et al., 2007; FLORES; BANKOFF, 2010; PÉREZ, SANTOS, 2011). Caracteristicamente, os indivíduos com SD apresentam cariótipo 47; trissomia do cromossomo 21 (aneuploidia- trissomia livre, translocação e mosaicismo); acontece com frequência de 2/1000 aumentando com a idade materna (35), e paterna (55) para 1/700; incide igualmente em ambos os sexos; têm uma expectativa de vida reduzida, por complicações respiratórias, cardíacas e leucemia com risco de morte; possuem retardo mental em graus variáveis; hipotonia; occípucio e face achatados; fenda palpebral obliqua,. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(4) 40. Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática. manchas na íris, problemas oculares; ponte nasal baixa; língua protusa e fissurada; hipoplasia maxilar, palato ogival; anomalias dentárias; orelhas pequenas dismórficas e de baixa implantação; pescoço curto e grosso; ausência uni ou bilateral do último par de costelas; hérnia umbilical; genitais externos pouco desenvolvidos; disfunções da tireóide; pelve estreita, nível ilíaco menor do que as pessoas “normais”; membros curtos: mãos e dedos curtos e largos; clinodactilia; linha simiesca e baixa estatura (FORTES; LOPES, 2005; LIMA et al., 1996; DAMACENO; CUNHA; STREIT, 2005), menor força muscular e piores condições cardiovasculares, menos equilíbrio e maiores níveis de obesidade. O ideal é prevenir o sobrepeso e a obesidade com intervenções que possam favorecer uma dieta nutricional equilibrada desde a infância, para que não tenha complicações na fase adulta e possam levar uma vida com qualidade (MAHY et al., 2011; ROIESKI, 2011) incluindo a prática regular de atividade física, pois a mesma proporciona efeitos benéficos, com melhor condição cardiovascular, força muscular e controle do peso corporal, menor percentagem de gordura total e gordura abdominal e mais baixos valores de IMC (SILVA; SANTOS; MARTINS, 2006). As diferenças que acometem os indivíduos com SD, podem influenciar no desenvolvimento e na aprendizagem, pautando como significativo e determinante a educação e o ambiente, aos quais se encontram submetidos desde o nascimento. Conjetura-se que as comparações podem ser errôneas, contudo observa-se em geral, pouca iniciativa, dificuldade em manter a atenção e tendência à distração (FIEDLER, 2005; MOELLER, 2006), principalmente porque a SD acarreta características biológicas, psicológicas e sociais que incidem na qualidade de vida da pessoa acometida, na família e na sociedade (BASTISDAS; ALCARAZ, 2011), sendo muito importante ao seu desenvolvimento a inclusão e aceitação da diversidade, tratando-os na sociedade inclusiva como diversidade e não como doença, anormalidade ou inferioridade, propondo que as crianças com necessidades especiais sejam educadas conjuntamente com as crianças comuns da forma mais semelhante, para favorecer seu desenvolvimento psíquico e físico (SAAD, 2003). De acordo com a ‘Individuals with Disabilities Education Act’ (IDEA) a SD requer procedimentos básicos na sua identificação, iniciados por uma triagem de todas as crianças com dificuldades; seguida por preconização das necessidades especiais de cada uma e construção de um programa individualizado com reavaliação periódica (ANASTASI; URBINA, 2000). As pessoas portadoras da SD são comumente definidas com as mesmas incapacidades orgânicas, motoras e cognitivas, porém há reconhecimento de pelo menos,. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(5) Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli. 41. três variações desta afecção, determinantes de diferenças no potencial motor e intelectual da criança. Encontra dificuldades tanto no processamento da informação que chega auditivamente como no canal visual, devido a uma alteração intrínseca no processo neural em emitir com uma sequência determinada e lógica os sons verbais (PÉREZ; SANTOS, 2011). Essas dificuldades psicomotoras e cognitivas levam a uma maior dificuldade em nomear o corpo e as articulações, porém há plena capacidade de percepção corporal, mesmo com as limitações. O essencial é que cada portador de SD, tenha a possibilidade de convívio social, pois é através das relações interpessoais, que se promove a concepção de consciência corporal, estímulo motor e consequentemente, melhor qualidade de vida e movimento (ARRUDA, 2010). A dança e a pratica de esportes entram como auxilio no processo de aprendizagem das habilidades corporais em portadores da SD, a partir das emoções despertadas pelo movimento corporal, conhecimento próprio e interação com o ambiente (MOREIRA et al., 2000; BISSOTO, 2005), sendo que o ideal é cada pessoa se adaptar a uma atividade de acordo com sua condição, para que essa atividade seja com prazer e ajude na adaptação em um novo ambiente social e no desenvolvimento intelectual (TUNES et al., 2007). Portanto estimular e criar comportamentos saudáveis no cotidiano das pessoas com SD é necessário por meio de atividades que promovam o controle do estresse, alimentação adequada, boa higiene, oportunizando condições para o desenvolvimento de suas potencialidades, adequação nas tarefas da vida diária e alcançar um nível de independência satisfatório (MARQUES; NAHAS, 2003). Uma ação educacional ou terapêutica direcionada aos indivíduos com SD deve considerar cada caso e respeitar as suas especiais necessidades. É importante destacar que o portador de SD precisa de acompanhamento em qualquer tempo da sua vida, e não somente na infância (LENZI, 1996). A dança enquanto educação surge como uma alternativa para o desenvolvimento do portador de SD, pois na prática, a dança reforça a ideia de que a pessoa precisa se reconhecer, se relacionar com os outros, desenvolver suas capacidades motoras, sociais, afetivas e cognitiva, além do seu conteúdo representativo, que permite a expressão dos conflitos contextualizados através de um processo simbólico, que permite a exteriorização, com conseguinte liberação dos efeitos psicológicos (RODRÍGUEZ, 2001). Trabalhar o corpo na Dança deve visar à participação de todos, na vivência e expressão própria, exacerbando a subjetividade na ação e criação autônoma, e não simplesmente buscar a mecânica do movimento. A linguagem da expressão corporal e da dança é percebida, em vários níveis simultâneos, por exemplo: ela pode ser uma potência. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(6) 42. Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática. altamente significativa de símbolos que utiliza (em termos de movimento, espaço e tempo) todas as faculdades do ser humano, tanto cognitivas, como físicas e afetivas, caracterizada pelo uso rítmico harmonioso, e isso se dá pelo fato de ao dançar os músculos, os sentidos e a mente entram em atividade, combinando-se reciprocamente, comunicando pensamentos e emoções (OLIVEIRA et al., 2002). A dança também proporciona que o praticante se concentre na atividade e nas emoções associadas a ela, levando a uma perda da consciência e da percepção do tempo momentâneo, criando uma completa absorção do momento, levando a benefícios intrínsecos e extrínsecos para quem a pratica (ALONSO et al., 2011). A dança como uma modalidade de trabalho terapêutico, vem sendo aplicada em diversas patologias, podendo ser realizado em grupo ou em sessões individuais, sendo que a fisioterapia através do lúdico da dança tem como finalidade abordar a criança em vários aspectos deficitários ou não, aspecto motor, sensorial e emocional (SANTOS; BRAGA, 2010). A dança se torna, neste contexto, uma excelente alternativa para o desenvolvimento das capacidades nos indivíduos com SD. Os objetivos dos estudos apresentados na Tabela 1 tinham em comum as contribuições da dança para a SD e classificavam-se como pesquisas experimentais. Dos cinco estudos, quatro apresentaram população e amostra com faixas etárias variadas de portadores da Síndrome de Down (CANHOTO et al., 2008; MAIA; BOFF, 2008; SAAD, 2003; FLORES; BANKOFF, 2010), e um com 6 profissionais de Educação Física que atuam com crianças portadoras de Síndrome de Down na região de Maringá (ORNELAS; SOUZA, 2001). Um estudo aplicou um questionário com perguntas abertas e fechadas, o qual foi testado quanto à validade, objetividade e clareza de linguagem, com a participação de seis profissionais da área de Educação Física (ORNELAS; SOUZA, 2001), e quatro analisaram o desenvolvimento locomotor de portadores de Síndrome de Down através da Dança (SAAD, 2003; CANHOTO et al., 2008; MAIA; BOFF, 2008; FLORES; BANKOFF, 2010). Todos os estudos analisados na Tabela 1 apresentaram aspectos positivos, em relação à manutenção, desenvolvimento e aprimoramento dos indivíduos com SD, através da Dança, apresentando explanações e características clínicas pertinentes a Síndrome de Down, sinalizando intervenções, em prol de melhor qualidade de vida para os portadores dessa patologia e intervenção profissional adequada nas instruções, demonstrando análises da influência da Dança expressiva, comprovando que a dança tem uma grande influência física e intelectual nos portadores da Síndrome de Down (FLORES; BANKOFF, 2010); o auxílio oferecido pela dança nos índices de coordenação motora de crianças com Síndrome de Down, resultando em influência benéfica que a dança pode proporcionar. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(7) Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli. 43. desde que, realizada de maneira a respeitar os limites que as crianças com SD podem vir a apresentar (MAIA; BOFF, 2008); em análise e comparação da marcha de adolescentes com Síndrome de Down sendo um dançarino e outro sedentário, comparando-os em todas as fases da marcha, concluiu-se que o indivíduo dançarino tem a maioria dos seus resultados mais próximos do controle, mostrando que o exercício pode trazer benefícios em relação à marcha (CANHOTO et al., 2008); o desenvolvimento das potencialidades da pessoa com Síndrome de Down para afastar idéias preconcebidas, a fim de na medida do possível, abrir-lhe espaço no convívio social em geral – Tecer considerações sobre as restrições que sofre a pessoa com Síndrome de Down como fruto do segregacionismo, demonstra que a deficiência não incapacita o sujeito na sua totalidade e que a família tem grande influência no seu desenvolvimento. Parece ainda, que a informação concorre para a mudança do modo como a sociedade os vê, porém não de modo suficiente para erradicar o preconceito de imediato (SAAD, 2003) e investigando a contribuição do profissional de Educação Física na estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down, a maioria dos sujeitos afirma ser de suma importância o trabalho de estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down, destacando que o profissional de Educação Física contribuindo muito em todos os aspectos, se especializado (ORNELAS; SOUZA, 2001). Tabela 1. Estudos de campo. Autor(es) FLORES e BANKOFF (2010). Objetivo/ Amostra (n, sexo e idade). Duração e intervenção / o que mediu. Objetivo – estudar a influência da Dança Expressiva sobre o equilíbrio corporal estático e dinâmico em portadores com Síndrome de Down. Intervenção – protocolo de Dança Expressiva desenvolvido especialmente para o estudo. Amostra – indivíduos de ambos os sexos, faixa etária entre 14 a 19 anos de idade, pertencentes à Fundação Síndrome de Down. MAIA; BOFF (2008). Objetivo – verificar o auxilio oferecido pela dança nos índices de coordenação motora de crianças com Síndrome de Down. Mediu – análise do equilíbrio corporal. Resultado 1 – a dança tem uma grande influência física e intelectual nos portadores da SD, capaz de melhorar a coordenação, lateralidade, a conscientização corporal, espacial e desenvolver a expressividade, criando uma linguagem individual de movimentar-se e comunicar-se 2 – diversos fatores externos e internos têm influência sobre o equilíbrio corporal, a dança melhorou a distribuição das cargas plantares, mostrando os pontos de pressões mais definidos e melhores posicionados. Intervenção – o nível de coordenação motora foi avaliado pelo teste de dança: Atividades de Movimentos Criativos do Projeto Spectrum de Barrow & McGreen. 1 – a prática da dança em crianças portadoras de SD realmente oferece índices melhores de desenvolvimento Motor 2 – influência benéfica que a dança pode proporcionar desde que, realizada de maneira a respeitar os limites que as crianças com SD podem vir a apresentar. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(8) 44. Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática. Amostra – 20 crianças portadoras de S. D. de ambos os sexos, com idade entre 2 a 6 anos, formando 2 grupos com 10 crianças cada um, sendo um grupo com crianças que praticam a dança e outro com crianças que não praticam. CANHOTO et al (2008). SAAD (2003). Mediu – avaliação em seis componentes: sensibilidade rítmica, controle corporal, dinâmica de movimentos, uso do espaço, idéias geradas de movimentos e responsividade à música. O avaliador confere pontos a cada criança, em cada componente avaliado, um resultado 1 (baixo desempenho na habilidade), 2 (médio desempenho na habilidade) ou 3 (alto desempenho na habilidade) é assinalado em cada componente. Objetivo – analisar e comparar a marcha de adolescentes com SD, sendo um dançarino e outro sedentário, comparando-os em todas as fases da marcha. Intervenção – Para a marcha foi utilizada uma esteira rolante, permite a coleta de variáveis relacionadas à Força Vertical Resultante de Reação do Solo (FVRRS). Amostra – um indivíduo do sexo masculino, 16 anos, 46kg, 1.44m, sedentário; outro indivíduo do sexo feminino 14 anos, 34kg, 1.35m, dançarina ambos com SD e um terceiro voluntário do sexo masculino, 17 anos, 67kg, 1.76m o qual não apresentava SD para o controle do estudo.. Mediu – o experimento foi realizado em duas etapas, sendo a primeira uma avaliação fisioterapêutica dos indivíduos, a segunda uma analise da marcha que teve os dados processados e interpretados, com investigação das características espaçotemporais e cinéticas da marcha dos mesmos. Objetivos – avaliar a trajetória social e escolar dos sujeitos e não em uma escola, destacando o contexto e o processo que permitiu o afloramento de suas potencialidades, reveladas por seus desempenhos relevantes. Mediu – desenvolvimento das potencialidades da pessoa com Síndrome de Down. Amostra – 10 jovens com SD que chegaram a um nível de desenvolvimento singular e expressivo em diversas áreas da atividade humana, incluindo o aprendizado da leitura e escrita, se igualando ou superando desempenhos de pessoas sem a deficiência mental em um determinado momento da escolarização. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47. 1 – as maiores diferenças ocorrem em relação às variáveis espaço-temporais 2 – o indivíduo dançarino tem a maioria dos seus resultados mais próximos do controle, mostrando que o exercício pode trazer benefícios em relação à marcha. 1 – a deficiência não incapacita o sujeito na sua totalidade e que a família tem grande influência no seu desenvolvimento. Parece ainda, que a informação concorre para a mudança do modo como a sociedade os vê, porém não de modo suficiente para erradicar o preconceito de imediato. Este, ao esbarrar na cultura e no inconsciente das pessoas, não permite que se considere a diferença como diversidade ao invés de desigualdade, requisito importante para a constituição da sociedade inclusiva.

(9) Rafaela Liberali, Angélica da Silva Fonseca, Maria Ines Artaxo, Maria Cristina Mutarelli. ORNELAS; SOUZA (2001). Objetivo – verificar qual a contribuição do profissional de Educação Física na estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down Amostra – 6 profissionais de Educação Física que atuam na área crianças com Síndrome de Down na região de Maringá. 4.. Intervenção – foi aplicado um questionário com perguntas abertas e fechadas, o qual foi testado quanto à validade, objetividade e clareza de linguagem. 45. 1 – A maioria dos sujeitos afirmam ser de suma importância o trabalho de estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down, destacando que o profissional de Educação Física contribui muito em todos os aspectos, se especializado. Mediu – a contribuição do profissional de Educação Física na estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Dança para os portadores de Síndrome de Down é benéfica para minimizar os efeitos deletérios da referida patologia, potencializando a motricidade dos indivíduos acometidos, ocasionando melhor percepção espaço temporal, ampliação das relações sociais, além de contribuir na estimulação essencial global, valendo ressaltar o respeito às limitações preexistentes. Por se tratar de desenvolvimento e inclusão, são necessários estudos contínuos sobre os portadores de Síndrome de Down, a fim de contribuir com qualidade de vida desses indivíduos.. REFERÊNCIAS ALONSO, D.A. et al. Interacción de la teoría de la autodeterminación en la fluidez disposicional en practicantes de Danza. Cuadernos de Psicología del Deporte, v.11, n.1, p.7-17, mar. 2011. ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. ARRUDA, D.C. Os benefícios da dança para os pessoas com Síndrome de Down. 2010. Disponível em: <http://www.webartigos.com>. Acesso em: 03 jan. 2011. BASTIDAS, M.; ALCARAZ, G.M. Comunicación de la noticia del nacimiento de um niño o niña con Síndrome de Down: el efecto de una predicción desalentadora. Rev. Fac. Nac. Salud Pública, v.29, n.1, enero-abril, 2011. BISSOTO, M.L. Desenvolvimento Cognitivo e o Processo de aprendizagem do portador de Síndrome de Down: revendo concepções e perspectivas emocionais. Ciência e Cognição, v.8, p.8088, 2005. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Brasília:Programa educação inclusiva: Direito à diversidade. v.1, 2004. BRIKMAN, L. A linguagem do movimento corporal. São Paulo: Summus, 1989. CANHOTO, D. et al. Análise da marcha de um adolescente Síndrome de Down dançarino comparado a um sedentário. In: XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba, 2008, Anais XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de PósGraduação – Universidade do Vale do Paraíba, Vale do Paraíba, 2008. DAMACENO, K.L.C.; CUNHA, M.C.; STREIT, C. Síndrome de Down. 2005. Disponível em: <http:// www.aprendizagemsignificativa.com.br>. Acesso em: 03 jan. 2011. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

(10) 46. Benefícios da Dança em portadores de Síndrome de Down: revisão sistemática. FIEDLER, D.J. The emerging Down Syndrome behavioral phenotype in early childhood: implications for Practice. Rev Infants e Young Children. v.18, n.2, p.86-103, 2005. FLORES, M.I.; BANKOFF, A.D.P. Influência da dança expressiva sobre o equilíbrio corporal em portadores com Síndrome de Down. Conexões, v.8, n.3, p.35-46, 2010. FORTES, A.N.; LOPES, M.V.O. Problemas de adaptación psicosocial de madres De niños portadores de Síndrome de Down. Cultura de los Cuidados, año IX, n.17, 2005. GARVÍA , B. Síndrome de Down e identidad. Revista Médica Internacional sobre el Síndrome de Down., v. 9, n.1, p.12-15, 2005. GRAMINHA, S.S.V.; MARTINS, M.A.O. Condições adversas na vida de crianças com atraso no desenvolvimento. Medicina, RB. v. 30, p. 259-267, 1997. GOMES, N.M. Educação Física e alfabetização. Educação especial para ser e aprender. In: ENCONTRO DAS APAEs DO PARANÁ, 2000, Londrina. Anais...Londrina: APAES, 2000. HALPERN, R.; FIGUEIRAS, A.C.M. Influências ambientais na saúde mental da criança. Jornal de Pediatria. v. 80, n.2 (Supl.), p.104-110, 2004. LEBEER, J.; RIJKE, R. Ecology of development in children with brain impairment. Child: Care, Health & Development., v. 29, n. 2, p.131-140, 2003. LENZI, A.F.C. Estimulação essencial. Integração., v. 9, n. 16, p. 22, 1996. LIBERALI, R. Metodologia Científica Prática: um saber-fazer competente da saúde à educação. 2.ed. rev. ampl., Florianópolis: Postmix, 2011, 206p. LIMA, G.B. et al. Síndrome de Down, características clínicas, perfil epidemológico e citogenético de recém-nascidos no hospital de clínicas de Porto Alegre. Armigs, v. 40, n. 1, p. 8-13, 1996. MAHY, J. et al. Factores que facilitan y dificultan la actividad física de los adultos com Síndrome de Down. Revista Síndrome De Down, v.I, n.28, mar. 2011. MAIA, A.V.; BOFF, S.R. A influência da dança no desenvolvimento da coordenação motora em crianças com Síndrome de Down. Conexões, v. 6, ed. especial, p. 144-154, jul. 2008. MARQUES, A.C.; NAHAS, M.V. Qualidade de vida de pessoas portadoras de Síndrome de Down, com mais de 40 anos, no Estado de Santa Catarina. R. Bras. Ci. e Mov, Brasília, v. 11, n. 2, p. 55-61, jun. 2003. MOELLER, I. Diferentes e Especiais. Revista Viver Mente e Cérebro, v. 156, p. 26-31, Jan, 2006. MOREIRA, L.M.A. et al. A Síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev Bras de psiquiatria. v.22, n.2, p.96-99, 2000. NICCOLS, A.; ATKINSON, L.; PEPLER, D. Mastery motivation in young children with Donw’s syndrome: relations with cognitive and adaptive competence. Journal of Intellectual Disability Research, v. 47, (part. 2), p.121, 2003. OLIVEIRA, F. et al. Dança e o desenvolvimento motor de portadores de necessidades educativas especiais – PNEEs. Cadernos educação, v.20, p.5, 2002. ORNELAS, M.A.; SOUZA, C.A. A contribuição do profissional de educação física na estimulação essencial em crianças com Síndrome de Down. Revista da Educação Física/UEM, Maringá, v. 12, n. 1, p. 77-88, 2001. PÉREZ, M.E.S.; SANTOS, C.B. Alteraciones del lenguaje en pacientes afectos de Síndrome de Down Language disorders in patients with down syndrome. Revista de la Sociedad Otorrinolaringológica de Castilla y León, Cantabria y La Rioja, v.2, n.9, p.1-19, 2011. RODRÍGUEZ, M.R.C. La danza em la musicoterapia. Revista Interuniversitaria de formación del profesorado, n.42, p. 77-90, dez. 2001. ROIESKI, I.M. Uma avaliação do perfil nutricional de adolescentes com Síndrome de Down para um eficiente aconselhamento dietético. Ulbra e Movimento (REFUM), Ji-Paraná, v.2, n.1, p.75-85, 2011. RUIZ, M.V.; OLIVEIRA, M.J.V. A dimensão afetiva da ação Pedagógica. Revista Pedagógica, v. 1, n.3, p.5-11, 2005.. Encontro: Revista de Psicologia š Vol. 14, Nº. 20, Ano 2011 š p. 37-47.

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