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Sequestro de carbono em um sistema agroflorestal com bracatinga (Mimosa scabrella bentham) na região Metropolitana de Curitiba-PR

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Academic year: 2021

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(1)

'

CURSQBE

AGRQNOMIA

~ A

GRADUANDGS: 91050

FEISTAUER

% À A

MAYKQL

QURIQUES

_ ‹.

RELATÓR10

na EsTÁG1oDE

coNc:_usÃo

DE

cuâso

V

V'

SEQUESTRQ

QE

ÇARBQNQ

VEM

UM

SISTEMA

AGRQFLORESTAL

COM

V

âêâeâêfââââ

éêâââzâsê sââêââêfâ ââââêzâmz; êêâ

ââââšâz

-

'

METRQPPGLITANA

DE

CURITIBA.

-

PR. A

FLORIANÓPQLIS,

JUNHO

<:1eA2oo3.;

(2)

Dloso

FELSTAUER

MAYKQTL

QURIQUES

\

SEQUESTRO

DE

CARBONO

'EM

UM

SISTEMA

AGRUFLORESTAL

CDM

Bäz*-'*é€Íz'-%¬TENGL5% íâfámøãã' Sèãâáfreilá B*5FëÉê1'am} š‹*~šAz

NEGIÃQ

E*#f'ÉET§lG?$ši_ITANA~

EE

CURITIBA

- PR..

ATRââALHo

DE

CQNCLUSÃQ DE cuâso

APARÀ

A

OBTENÇÃQ

no

TÍTULO

se

E`NG'E`Nf-IEIARO

AGRÔNOMO

NA UNIVERSIDADE FEDERAL

DE SANTA

CATARINA.

O*R;IEI\!éT!-EDGE.: Dra.

ANA

RITA. RLODRIÍGUES VIEI_RAz'-¬ *¿.!ESC"

Dr.

LUCIANO

JAVIER

MONTOYA

EMBRAPA

~¬ CNPF.

(3)

SEQUESTRO

DE

CARBONOEM

UM

SISTEMA

AGROFLORESTAL

CGM

sââcâfiwéââ

Wémosõ

séâàrêêrâl âoeââêââomy êaâêâz âfâ'>+:;.â,'ê-Târo'* â‹›rêrRo›@âê1=A-réfâ

os

CURTHBÍÂ

~ PR.

Horãranópoiis, 24 de junho de 2003.

AVALIADO

RES

Dra. ANA. RITA

RQBRIGUES«

VIEIRA.

7 Professor adjunto

do

curso de Agronomia -

UFSC

Dr. .LUCIANO 3»A\./IER

MONTOYA

Pesqui.sadio1r Emb~rapa - CÍNé;PF`

or. r«âfi‹URÉcrro› 5. Dos; Rafs

(4)

V :>'ED1cATÓR1A

D'eáišcøà eslâez trâësâëšãëa- ass*

msgs más

(E\‹el§iâ

e

Amëëte,-fé) ei

aa

mfieur ízfmäef

(5)

Diogo Feistauer

AGRADECIMENTOS

Aos'

meus

pais (Eselfi Eešstaueri ef Amiiltene

Andre

Siiveiiraz Eeistatreià, por

serem

aeeefis pfaifs, peiaíf airrdia emocionraifi e financeirai

Ao

meu

irmão (André ~Feistau“er), amigo e companheiro.

\.

_

A minha

irmã (Daniela Feistauer), distante,

mas

sempre

presente.

À

professora

Ana

äitai Eãodrig-ues ifieiiras, seia» a'miízzad'e=

e

eompa-finei-risrno.

Ae›c1_oiíeea e: aesieo Mfasiiéoi Gariaues.,

Ao

p;es'qà;i=.iisad'or' ef orientador

de

eStá.gio

na

Elv§5RA.PAr -

CNP?

tuciano

Javier Montoya, pela oportunidade de oferecer

um

estágio nesta instituição,

pela amizade e direcio'nam~ento

em

todas as atividades realizadas no estagio.

Ao

pzesauisader Vanderieyf Perfirio› da Síiiv'a-,. pior ter sido eo-orieetadxor

projíetof

de

peseaisa sobre-' sistemas agroflíorrestaizis' duraântel ao eratzlâuaçâe.

Aos técnicos e funcio*nári'os da

EMBRAPA

- Cl\lPF,

em

especial ao Arnaldo

e a Paula; e da UFSC,

em

especial ao Borsoi e Gerônimoi

Ao

Qandertey e o lair, por terem ofereeido

um

lugar para me-rar

em

Curitiba durante o período de estágio. -

Ao

pesquisadior do Rubens Guevara, pelos conselhos e por ter acreditado

no

meu

potencia!! `

Aos

estagiários da

EMBRAPA

- CNPFA, ern especial o Ltâcas e a Maria, nela

amizade.

A. todos os professores do curso

de

agroniomia da

UFSC

(6)

DEDICATÓRIA

Dedico este 'trabalho à

minha

família,

meus

(pais, .Si/via Ouriques, A/ézio

.Doningos Ouriques e

meu

irmão Fausto Quriques, por terem

me

apoiado

em

todos' es*

momentos

de

esieba: vida; em acreditado

em

minhai capacidade durante

esse período

de

graduação. _

Seu

-'amor 'e 'suas lições foram

extremamente

importantes, porque,

sem

elas

de

eadfa;

me

a=diaeta.ria* todo

o

eeeeeeimento addeir.ide~

em

qualquer universidade, pois as ações ei decisões de mieeia vida

nada mais

säo»

do

que'

reflexos dos conhecimentos transmitidos por vocês.

o verdadeiro

amor

de

.quem se

ama

Tece a

mesma

antiga*

efama

Que

não se desfaz

E

a coisa mais divina

Que

no

mundo

É

viver cada

segundo

Como

nunca mais.”

(7)

'M.-aykoi Quriques

AGRADECIMENTOS

Agíêâšegav 31 Pérâfessafâfí er Aâmšgê gââêfi Eaâzšâégâées' viesâê ,aszfa dëãšfâgãa

5

cašfâbafagäe' éiséfêfête mšâfhâ vifela* aicadêmiaar e= flfestfe' tfâbâilío

de

caâ2;cšusãe¬ def

CUFSO. ` ¬

As Br

áflfšanaJäviefMQ.â'1taya`,zzeläešeâêáêgãa e' apaâtâââêšäâae* ale» esâágis

sa

Embrapa

- C!\JP_F,, V

Av

méeê1~'amiga~ Bingez» Feistaçuefr pela* ea-elabaraçãof aeste trabzaz‹l!,zo5.,

~

Ao

prøfessar Antônia' Aértøn Azuzêné Uberti pela cQlabara'çae¬~

sem

af gresente'

trabalho. '

Atas šâmäšêâes,

amigos

e.

demais

funcienáriôs

da

UFSC

e

Emsrapâ,

peía

(8)

SuMÁ_R10

_ i_isTA'o“ErF:GURAs___ ... ... ... __

U'|-I>_C›\JiI\)--\

_ LISTA

DE ABREVIATURA

E SiGLAS____. ... ._

_

_ iviA¬rERiAL.EMETooos______________.__.____________

5. T. Descrição da Área ... _.

5.2- Estimaâágas. de Estoque de _

5..-4; Carbono» abaixo» do saio (nos diferentes perfis; do saio) ... __

5.5. Qua'ntificaç.äo do carbono acima e abaixo do solo ... __

5.571. Carbafio acšma do soi`o»__._._.__._._.__._ ... __

5.5.2. Carbono abaixo dosoio ... __

5`_5'.3-_ Qaantifiaaçáo do Carb'on.o Iotaiê -_

5.5.4. Análise dos dados ... __

cf.

aasuàrâoos' E

oârscosrsá ______ _____________________________________________________________ __

6-4.. Análise fisico-ouimica' oâof soEo=_______._______

6.5. Carbono total ... __

€iOzN:CÍêÍ..ü~SAQ- __" ... _ _. ... _ ,_ ... _ _. ... _ _

CONSHBERAÇQES

FiNAiS ... .... __; ... _.

<S>_°°?~i

_ corzâsêoâaâcoês

soaaâ

Essrâaêo ... __

io. RÉÊERÊNzciAs BiBi_i.oGRÁFicÀs

1) 1.

AP§NoicE

A

... ... __

12. Aaâiêaêos a ... ... __

5.3. Carbono acima do soio (biomassa v'ege't'ai) .... ... _

6.1. Biomassa vegetal ______________________________________________________________________________________________ __

6-_2_. Carbono na biomassa yagatai ________________________________________________________________________________ __

6.3. Carbono no solo ________________________________________________________________________________________________ ._ ________ ._ 9 1 1: 12 13. 22 22 23 23 2.4 25 25 27 2.8 29 29 29 34 37 39 43 45 46 57 49 55 58

(9)

1.

LISTA

BE

FIGURAS

Figura lzäiomassa vezgzetaiâ acima do soio (em. t/isa), aos difereosaa

anos

e

extratos, dentro do

SAF

com

bracatinga.

BAV =

biomassa das árvores

vivas;

BAMP

=

biomassa das 'árvores mortas

em

pé;

BACM

=

i)°i;omass'a das árvores: cašdas morëazs;

EAH

¬-,~ biomassa arooistisa»

a

hzerbfáeeag- BS.

=

biomassa- da s_eraio-iiiheira ... ... W30-

Figdra 2: Quantidade de carbono

(em

t/ha), nos diferentes anos e extratos

do

SA-F

com

bracatinga, CA\! = carbono nas árvores vivas;

CAMP

=

earborio oas arvores mortas.

em

oe;

CAÇM

==- carbioiooâz sas árvores

caídas' mort.as*; €Ai1-i:

=

carboao aa biomassa arbostisa e iozerbaeea;

CS =

carbono na serapiiheira ... ... ... ..35

Figura 3:; Qoiaoitidades

de

carbono (t/oa) oa biomassa segetai toizaší aeima» do

soio aos diferentes anos

do

SAF

com* bracatingfa ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

.mão

Figura 4: Quantidade de carbono (t/ha) no solo

em

diferentes profundidades: O

- 10; 10 - 20; 20 -

40

e

40

- 100 cm,

em

oito -anos de

SAF

com

bracatioga ... ...

Figura 5: Gráfico de comparação entre 'a quantidade de Fosforo

(P) no soio

-

entre O a LO

cm

e 1.0 a 20 cm,

em

oito anos de

SAF

da Figura o; Gzraficoda- ofuazntidrade

de

matéria orgânica do solo aos perfis:

0

-10 e

10- 20 cm,

em

diferentes idades do bracatingai (1, 3, 5 e 8

anos) ... ..42

Figura 2: Gráfico da quantidade de Carboao Totai (STF), na biomassa vegetai-

(CFBV) e no solo (CS) nas diferentes idades de criitivo

do SAF da

bracatinga ... ... ... ... ..44

Fi'g;o;ra Si. Foto do

SAF

com

bracatiíoga

com

3 ariosz

de

Figfdrai 9-: Foto do

SAF

com

bracatinga no primeiro ano,

com

o pi~an~ti~o

de

miibo ... ..57

(10)

:in u::§_` flíziz "23 LD F šlgz. :bs šfzi. I I \¡1!: R. P. 21'! wa. Sl? Su. Ffgufrê Fšéi隧r` rt ..-ãzê.. Fšgziirâí'

Ê

51)) In'-L pu ÉÍS' ru - “É 513.' gb» (3. 5Í`_'.'|." *Í

"

ff "¿ '-'tô' * :.T :`:*"~~'-

zszezâ .sê veg-âtâvçâ-9~~-âfr§âzâs%:v~a-

ame

I-1-É¡z.~'Ez='¡:.. L¿u=..ÇE¿z....zz ` -» ." v _ 1.; f . ' _. ›= ',z *UI . “Í-. . '*~›- 1» . \ zf r, _ .‹ .‹.¡ Ç < '_ , _, :/z y ,LL ` .` '¡ › zz._ ' .-'¡ ' C5, `_^-“

._ z,s..st,â sia- â.-rn-._-..<>_»st:raf

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sa* 'šnââ-ref, :.-¬;ê- âu.b-passeia., s.;,â:;.=‚íêrâ.<íš<:~

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G,2:›

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... ... ... ... ... ... ...

1°4:7A~L_:'ert~i1 ra da 5 «covas para as *col-eras e- a-mosts*-a gens

de

's~o"!~e.` . , .. ;. . ,-69

> ~' 9-eâê;_.g~ -- ~ hi* P9 I' I

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fz_ 'š¿z>.¬ saíu. ÊÊÊ EP.-z flbš f2~!.í' 9? äš? flD.f_ um

Ú

Lp. SQL Gp? S2? gi' :3 SIDW ‹.‹..'.› QD C9 F1 .‹ CT Ci " W .'I~1í cz- Qu. _ \ HDI. "1 Ãn. HQ 91;-_-b. W- ') šzz 'ís=z ,% L *~›.¬ ai

15': `Ce:!.e!;a- dêfsf amøstrês de êieêëísmacše êifâlz seis; com* sé e;!.â;'zíQrø

de

(11)

Tabela Tazneia Tabela 'el SID É-'D' 152. Ta-neia Ta bela 'ianela gi íjš`§'!'â

šš

Éâššiiäâ

2: .M 4; 5;.. ?: 8: ... ... ...

Biomassa vegetal acima do 'solo

(em

t/na), nas diferentes idlade'5. e

estratos, dentro dio sistema' aee,-'ofiorestai

com

Análise- freoíüência

šem

%z~); e os

nomes enmnns

nas esnéeies

arnátreasl nas nrareeias avaliadas: dio

Sn?

54

x

25- rrietros),

em

Cada idade de 'cultivo ... ..31

Qnantizdades

de

earnone na niomassai sesfetai acima

do

solo

t/na) e o Intervalo de confiança (IC), nas diferentes idades e

extratos, dentro do sistema agroflorestai

com

bracatinga...! ... ..34

Qíniantzidaeze

de

carne,-no

no

seio- nos dišerezntes neršis tl

e

o

intervalo de confiança

GC)

das diferentes

camadas

do solo: G - 10;

ÍG

- 26; 28' - 45'? 15-40 -a

ÍÚÚ

cm,

em

diferentes i'da~d*es (anos

Í, 3; 5

e 8.) eo sistema aeroilotesltal

com

nracating;a.,.,

.nnaiisle enšnnica

do

solo: nos nerfisz 9% - 3.91 e ln» -

em,

nos

diferentes anos

de

a\éaiiíacä1oi.l.,....,... . . .

Comparação

da quantidade de fósforo e matéria orgânica (l\×l.O.)

entre as

camadas

de

O-10cm

-e

10-20cm

do solo ... .i....41 Quantidade totaiz,

em

t / na,

e

o Ijntenâalo

de

confiança (EC) nara o

Carbono na biomassa vegetal (CBV), Carbono no solo (CS) e

Caraena

tetai (CT)

da

sistenwa, nos difere-näes ano-s

ae

avaiiação-

do

(12)

3.

LISTA

QE

.AzBRE\.!IAT!JRA

E

51šLAS

ACM;

Áwares

saídas mofia»si;

AMP:

À-referes; mertas

em

sé;

BAQM:

ëfiemassa

de

ânforas* cašd-as meêtas;

BAH:

ëiom-af-ssa aroastiva e hemáiceaig

BAMP:

Biomassa de árvores mortas

em

pé;

BAV: Biomassa de árvores vivas; 555.. 5ƒ1iíeaaass;a=da~ $erraoiiiseira«;

ÉST: Qarbaaa dio» solo- toítaii, lim; die: o>rofand:idade;,'

CBVT: Carbono na biomassa vegetai totai;

CP3*:: 1§eseei^ra ão-ašerêaeia das Paêäes

da

šioiweaçãor do Ciiaêa-; CT:

Carbono

Totai;

CTC: Capacidade de troca decátions; DA: Densidade aparente;

i3;aiP*; Êiâmetro na aitara do seita;

EMBRAPA

- CNP!-`;

Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Centro

N-aeionaš

de

Pesquisa §i:orestai;:

GEE: Gases do efeito estufa;

GP3-.:' Terceira eoaierênaa das oartes

da

convenção; do eiima;

IÇEAE: §.aternati:oaa! Center for the- Research Agroforestrygi

L: comprimento;

Pi-T: Peso ii-esto totai;

Ps: profundidade ou espessura da

camada

(m) PSsA: Peso seco da sob-amostra (kg);

PFSA; Peso fresco da sub-am;os.tsa (kg};;

PSN; Peso seco dàeetro ciziindro Uiztiand;

P\./sz Peso do

voiume

de solo na-

camada

(t/ha);

SAFS: Sistemas agroflorestais;

U'i\iC12flàD:Cea§erêaeia das aiaçšes Unidas para o Çeraéreie e deseavoiisiaaeazte;

vSi>¿:

voiame

do eziiizndro Untiand (con.stan!:e) (cm3);

(13)

é. E%ä?ã$%ä.ãÇâ%

No

momento

atual, cada sea mais a agricultura torna-se eo'o.diciooada

aos limites e restrições ambientais., fazendo

com

que

o meio ambiente seja incorporado

como

parte fundamental das estratégias competitivas dos

sistemas»

de

orodoçâd

de

ašimeetos. É crescente a dem-anda- por arodutos

amaientaimeate "lim,oos", aoriodo ooortuoidade para orodutos

sem

residoos

de

ao;rotoêdcos,.

sem

determinados aditivos,

e

produzidos por processos

due

contaminem

ou

degradem

to meio ambiente

(KITAMURA

&

RODRIGUES

2000).

F _

E nesse contexto que se inserem os sistemas 'alternativos de produção,

como

os sistemas agíroflorestais (Sašs),

due

preconizam oraticas

aoroecoiogicas, de ualoracao do meio aâmoiiente e do produtor

Várias são as definições de Sistemas Agroflorestais.

Segundo

Nair

(199?) os SAFs são sistemas

e

“tecnologias de uso da terra

onde

as perenes

leoisosas. (amores, arioustosi, palmeiras,

bamoos,

etc) são usadas

deiioeradamentet

oas

miesmazs unidades de

maneio

e orodocao ionto

com

cultivos agrícolas fe,/ou animais,

em

alguma

forma de arranjo espacial ou

seqüência temporal.

Gs

sistemas ag-rofiorestais

sem

sendo considerados,

em

esoeeiai oas

šiitimras décadas, opçoes de uso agricola preferenciais, pelo elevado potencial

que

oferecem

em

aumentar

o nível de sustentabilidade no uso da terra, quanto

a aspectos agronômicos, sociais,. econômicos e ecológicos (SÁ, 1994).

Q

ooietiuo dos

S

JP "11 cn e otimizar a produção por unidade de sueerfieie,

principalmente atraves' da conservação /

manutençao

do potencial produtivo

de

uma

determinada area e dos recursos naturais renováveis nela contidos,

~

como

a conservaçao do solo, dos recursos hídricos, da fauna e das florestas

nratiuas

(MACEBQ

&. CAi~1iARS€), t99'4).

Segundo Macedo

et. al (2000) os sistemas agroflorestais se baseiam

em

~\

principios de sustentabilidade, que

envolvem

'aspectos ambientais, sociais e

economicos, além do doe, são considerados

como

uma

das alternativas

de

uso

da

terra e dos recursos naturais due

oormaimente

causam

pouca ou

neohuma

~

(14)

Gs

beneficios ambientais dos sistemas são os mais diversos.

De

acordo

com

Qantas

(199%,

a estabiiidade ou sustentabiiidaide eceiegzica

e

a

caracteristica mais imaortante deste tipo

de

sistema

de

use

da

terra..

A

diversidade biíologica permite

que

diferentes espécies vegetais e/ou animais

explorem nichos ecológicos diversificados dentro do agroecossistema. As raizes

expleram

um

maior

volume

de selo,

aumentando

a eficiência na retirada

de

nstrientes

e

astra; na menrer incidência de doencas e de tiradas, seia

maior diversidade de espécies,

com

comportamentos

fenológicos e estratégias

de sobrevivência diferenciadas; a cobertura do solo

aumenta

o teor de matéria oreãnica e me-lnera as caracteristicas eaimicas, fisicas

e

aieieeicas

de

mesma,

aiem

de

eaitar a erosãe

e

aimineir a iisisiacãe.

Segundo

i(risbna.murtby e Ávila (1999), os SAFS. ad.i.ci.oznam

uma

série

de nutrientes ao solo, pela fixação biológica de nitrogênio e adubação verde,

ajudam

a conservar a agua e o solo, pelo melhor controle da erosão,

além

do

que-,. na

ema

menor

incidência

de

dšeencas e pragas, seia maier diversidade

de

espécies

de

anima-is

e

vegetais convivendo na

mesmo

ambiente- Reciprocamente, as árvores

também

se beneficiam dos cultivos agrícolas,

bem

como

os animais, obtendo alimento e melhorando o seu bem-estar, pela

mitigacãe dos extremas microciimatices no ambiente da agreileresta,

Krisnn.amnrthv ez Ávilia (1999)

também

compararam

a eficiência na

ciclaoem de nutrientes entre

uma

floresta natural,

um

monocultivo agricola e

um

sistema agroflorestal.

Segundo

os autores, o primeiro representa

um

sistema iecnado,

em

que e sistema solofiiiiantar esta

em

eeuiiibrie dinâmico.

Q

segunda

caso imenocuitive aericoia) representa

um

sistema aberto,

necessitando

uma

alta quantidade de fertilizantes e insumos externos, e o

último caso (sistema agroflerestai) rearesentaria

uma

situaçãa intermediária

entre estes dois exctremos,

Young

( 1,9912) afirma

que

na

uma

sincronização

entre a liberação de nutrientes

com

os requerimentos das culturas pela maior quantidade, qualidade e forma de adição dos resíduos das plantas ao solo.

Segundo

Nair (1989)

uma

das vantagens atribuídas às práticas

aarešiei-'estais é e satenciai de

aumento

da fertilidade de seio.

A

aarefieresta

(15)

melnoria da fertilidade dos -solos agrícolas, pois as arvores

têm

sistema

radicular mais profundo e extenso do

que

as plantas herbáceas e, por

co-nsediiência,

uma

capacidade maior

de

reciciaeem e captera-

de

netrieates,

inciu.i.n.do residuos das raizes,

que

permanecem

no proprio seio, .

Algumas

espécies apresentam

um

alto potencial na recuperação do solo e,/ou na 'fixação de biológica de nitrogênio,

como

por

exemplo

a oracatinga

(Mimosa

scraeela Bàenttiatni, a

ouaie

muito utiiizzadfa

como

espécie taciiitadera para a reuegetacão de areas degradadas.

Segundo

Çarpanezzi et ai. (19Qe}

um

povoamento

com

bracatinga na região metropolitana de Curitiba - PR,

chega a depositar até 8,490 kg de matéria orgânica seca, 253 kg de nitrogênio

e 15' iâgínaƒane

de

potássio.

A

importancia social. do sistema agrofiorestai ocorre

com

a maior

fixação do

homem

ao campo,

em

função da maior

demanda

por mão-de-obra,

a sua distribuição

em

diferentes épocas do ano e da melhoria das condições de

vida promovida peia dualidade e diversidade da prrodeção (produtos agricoia«s,. florestais

e

anirnâaisji, tanto para o consurno iocai ouanto para a

veada

,externa

(Macedo, 2090).

Os componentes

ou produtos do sistema

podem

ser usados

para o

consumo

na própria propriedade, além da grande variedade de produtos di's.poeieeis na entressafra das culturas tradicionais, reeinorando

assizrn a renda do ,orodatorl {A.i*.`it5E!.,I.;., 1.995).

Quantoaos

aspectos econômicos, ha poucas informações e estudos

em

relação aos sistemas agrofiorestais, de acordo

com

Beer et. al (1989). Todavia,

a estaeiiidade eceifienfiica proporcionada por este sistema de uso

da

terra

é

muito connecidaz atuaireente.

De

acordo

com

Macedo

(2999), a diversidade

de

produtos gera

mecanismos

de

compensação

(produtos diversificados

em

várias

épocas do ano), diminuindo a sazonalidade e fazendo

com

que o produtor fique

protegido contra as ouedas

de

precos

de

mercado, as ouais nunca atingem

~

todos os produtos no

mesmo

momento.

Nesse caso, a comercialização

escaionada dos produtos pode

aumentar

a renda do produtor rural.

Além

disso,

a pereeidade dos 5Ai~`s diminui investimentos anuaiàs pesados,

como

ez preparo

~

(16)

Segundo

Porfírio da Silva (2001),

um

hectare de sistema silvipastoril

(pastagem arlaorizada) no estado do Paraná,

com

200

arvores,

manejadas

para aê prodnção

de

toras para desdobra serraria,

pode

gerar area

adicionei az produção pecuária

de

até

Rs

3.QQ,QQ ,/na/ano, ou seja, e

uma

renda

adiciona! substancial, principalmente para a pequena propriedade rural.

No

sul do Brasil

um

dos sistemas agroflorestais tradicionais é o sistema

com

oracatingia.,

Segundo

Carpaneaai á1994):,.

o

sistema tradicionai

da

oracatinea é

um

sistema

de

cizcio- corto, baseado- na regeneração natural

da

bracatinga

com

o plantio de culturas agrícolas ou criação animal no primeiro ano, entretanto o produto final é a lenha.

A

nracatinoa

é

uma

espécie. da farniiia a/iion.osace~ae, cujo

nome

botânico

é

Mimosa

sca!;1re!!a* Bentham.. Possui

como nomes

vo'i'g;ares' oraacatinga,

bracaatinga ou maracatinga

em

Santa Catarina e bracaitinga-branca ou

braeatinoa-rconaum no earaná. É árvore pzerenifoii«a~, normalmente- tona

1%

rn a 18? rn de aitnra e 28'

cm

a 39'

cm

de

BA?

(diâmetro na aitora

do

peito). É

uma

espécie pioneira, destacando-'se por colonizar terrenos nus, via sementes.

Muito

comum

-em vegetação secundária, principalmente

em

capoeira,

capoeirães e na floresta secundária, as vezes iorrrrando associações. puras, co-nnecidas por "nracatingais",. formações secundárias

que

d'ern1onstran^i. a capacidade invasora da espécie após ação antrópica. É característica e exclusiva da vegetação secundária da Floresta Ombrófila Mista (Floresta

com

Araucária)

(CARVALHO,

1994).

Separado isiein (1981), a bracatinga é

uma

espécie essenciaanente heiiófitaz, muito exigente quanto a intensidade de iiuzi

em

todas as fases de seu

desenvolvimento. Ela comporta-se

como

espécie pioneira na vegetação

secundária do planalto sul do Brasil, podendo manter-se até a formação de

capoeiroes. Dia vegetação secundária das clareiras naturais;

ou

an-tropicas das

matas

primárias, eia apresenta destacada “ag;ressi1vid:ad.e", substituindo

gradativamente as espécies herbáceas e arbustivas dos estágios iniciais de sucessão.

Conforme

i-ioetine {193Q*), desde 1999, af. bracatinga, consorciada

com

(17)

intuito principal de produção de lenha,

onde

teve ampla

recomendação

e fomento.

Ataafimeate a hfaeattnga

ocupa

uma

atea

de

aptaximadameete. 5Í0~_0a0=

ha,

sendo

eoasidseradia a espécie fltorestai nativa mais im.po›rtaetez

da

tegião Metropolitana de Curitiba

(MACHADO

et al., 1997). .

As regiões produtoras de bracating-a, nas proximidades de Curitiba, apteseataas. teteâre- actdíeetada, pti;ncipiaim.ente ao inerte,

na

bacia;

de

Rto

R.ioeitaê,.

onde

toi dâ'es^en_votviid¿a o presente trabalho.. Assim, nas propriedades,

a

bracatinga ocupa preferencialmente os terrenos mais acidentados

(LAURENT,

1989)...

O

sistema tradicional de produção de bracatinga é realizado

princtpaëmeete

em

ptepriedades apršcoias

eom

até 50: ha, eazde

predomina a

peaueaa

e

médisaâ agricultura, pouco teeaificadâa.

Gs

tathšes

de

šaracattaga são de 2 a 4 ha, formando na paisagem

um

-mosaico de diferentes idades.

(LAURENT, 1989)

Coefatmie Baggio (1886),

em

um

estudo reatšzzado

em

105

propriedades, cerca de

241%

delas

possuem

áreas

menores

que 20 ha,

41%

possuem

áreas de 20-50 ha e 18

%

possuem

área de 50 a 200 ha. Destes

agricaitates, -16 °/zzz. dedicam-s.e szoteente ae maaejlo da bzfacatš;e;gza., 799!;

dependíeet

também

da

agticuituta

e

5%

dia atividade pecuáriâa.,

No

'sistema tradicional, o

homem

favorece, de maneira voluntária e

controlada, a regeneração natural da bracatinga, que surge de forma intensa

apos a

Queima

dos tesšduos de exploração. Aos.

30

e

60

dias após o piantio

do

mëitzo e fetgião são reahzadas capinzas

de

šimpeza, nas quais são ei¡.minâadas as

plântulas de bracatínga consideradas excessivas. Neste raleio inicia! são deixadas

em

torno 10.000 plantas por hectare. Após as capinas, outras

s.emen:tes getmšn-am

em

conseqüência» do efeito da insošação sobre as

sementes

contidas ao banco

de

sementes'

do

solo.

O

nemero

de

plantas por hectare varia de 10.000 a 40.000 plantas por ha, sendo estabilizada entre 6 a

8 anos,

com

cerca de 2.200 a

800

plantas por ha,

com

um

diâmetro da altura

(18)

Carpanezzi et ai. (1988) afirma que as árvores são cortadasz

normalmente, entre 6 e 8 anos de idade, sendo comercializada na propriedade

em

eraode parte dos easos.. Enftretaato, atoairnzenâte

a

maior parte dia

madeira

é

eomereiaiizada pizzarias, restaurantes

e

bares da região metroaeiiztaaa

de

Curitiba.

Apos

a expioração

do

bracatirigai, é. utiiizado oeraimerite

o

processo:

de

reggea-.ereção oaterai

da

eracatinga pelo uso do fogo, devido as areas apresentarem

um

relevo acidentado, Assim, a

queimada

do talhão irá gerar

calor suficiente para efetuar a quebra da dormência das sementes,

embora

as

sezmeri-tes das eamâadas' mais superficia›is

do

soio

sejam

destrošdas' peio eaior

exeessieo

do

fogo §M*AZ1UCi-iíQWiSKI 1939;; BAGS-19, 1994)..

Apesar de que .a justificativa para o uso do fogo é a quebra da

dormência das sementes, isso não se mostra muito necessário, pois conforme

Baggio {19~96~), apos a reaiizagão das eapioas, outras serrêeates

germiaam

eai»

coaseoiíièeeia do efeito dia iasoiaçíão soore as

sementes

contidas no eanâcoi de

sementes

do solo. Desta forma, a utilização do fogo serve mais

como

uma

prática facilitadora do

manejo

no plantio das culturas iniciais, realizando a

“limpeza”

do

terreno, até porque esta prática irá destruir' as senseates das

camadas

saperficiais eo solo.

Como- demonstrado anteriormente, a maioria das p-ropriedades

é

diversifieada,

com

atividades

de

produção animal e principalmente agricoiâa.

Desta forma a floresta encaixa-se no sistema de produção da propriedade.

Sua

~ 1 ~ ~

interaçao

com

outras atividades vai alem da consorciaçao

com

o milho e feijao,

pois eia interfere tamoém. na produção apieoia, oleršcoia, pecearia e ea

~ ~

otimizaçao

da

mao:

de

obra devido à necessidade

de

traloaitiadores dorante a

época de inverno

onde

a atividade agrícola é pouca. (Laurent, 1989; Mazuchowski, 1989), Outros autores citam

também

a utilização da madeira

para eseoras utiiizadas' na construção ci;vii: e para a indústria

de

ceiuiose.

(cAR,PAi\iEzzi, 1988;.

BAGGIO,

1994,

LAURENT,

1939).

Baggio (1986) destaca o potencial dos bracatingais para a criação de

gado a partir do 2° ano de floresta. Esta prática é intensa durante o inverno,

(19)

utilizado o bracatingal

permanece

com

sua população

máxima,

isso dificulta o

movimento

dos' animais e o

sombreamento

não permite a produção de

um

votuime sufieieate

de

fetrraeete.. Todavia, se €oss:ens submetidas aê .esa tegime

adequada

se

ratešas, as florestas'

de

bracatinga permitiriam a pâreseaga

permanente

do gado a partir do 2° an_o,aumentando a renda, melhorando o

uso do solo e

podendo

aproveitar o potencial forrageiro da bracatinga _o qual,

segundo

Matos {1.989i}, citado- aor B§~agg:i.o: £199f4i-), apsresezata dades.

da

ordem

de

22%

de

protetora bruta, em: base na matéria seea. _

Conforme

Rochadelli (2001),. a escolha da bracatinga deve-se ao fato da

mesma

ser nativa, aeaedaete, ter seu cultivo aitameete difaadide

ao meio

sócio-cultural .rural através do sistema de agrofloresta e por apresentar rápido

crescimento.

Além

dos usos carretas dados à brazcatinga, esta eseéeše

sem

sendo estudada tanaeéra. para estimar o seu potencial

de

eaptura, absorção e transformação do gás carbônico

em

carboidratos na forma de tecidos:

madeira, folhas, sementes e frutos, o

chamado

seqüestro de carbono.

Este po-terreiaii das vegetais

em

seqüestrar' a careeao atm.osfériea através

da

fotessíntese está sendo muito estudado,

em

função da preocupação

com

0

aumento

da emissão de gases do efeito estufa (GEE) oriundos da

queima

de florestas, combustíveis fósseis,

bem

como

outros gases oriundos

das indústri.a.s'.. ›

Seeeade

Amador (2001) o efeito estufa é

um

processo natarai

e

esseaeial: para

manter

a -tida ea terra..

Os

gases

que

compõe

a atmosfera permitem

que

a radiação solar atinja a superficie,

porém

bloqueiam

~

parcialmente a radiaçao infravermelha

que

é refletida pelo planeta. Graças a

isso, a. temperatura

média

da superfieie. da terra. é mantida p-réxima az 15°C.,

~

criando condiçoes

que

permitam; a ex.ist,ênciía da vida no planeta.

O

autor

complementa

dizendo que, se o efeito estufa nao existisse a

temperatura média da terra seria de 18°C abaixo de zero. Porém, salienta

que

o

aumento

na concentraçao é preocupante devido à eievaçao excessiva

da

(20)

Segundo

Amado

(2001), -entre os gases do efeito estu*fa,lo .princiea.l. e o

dióxido de carbono ((102) que., desde a revolução industrial, teve sua

conceetrac:ë1o~ atrmeetadia

em

35%, como

dernenstrado

na

taeeiia

Tao-elza lzflozncentraícae

de

gases

na

atmosfera, influenciada peia ação

do

homem.

.

Gás' Carbôn=ico~ Wiet'ar\o~ Óxido' Nitros^o~ __r .. . . (CO2). _. (.ÇH‹i)1., 1 (Nz_0f) V Pré-industrial (ppm) 2,78» 0 0,70 02,25 Concentraçao

em

1992 (ppm) 356) i É 1,71

gsm

Fanta: Adaptada ao Amado 2001.

O

«asteri reforma ainda

ane

of

CQ;

não

é

o;

dee

possui maior pzotenciazl-

de

~

absfort_;ao»

da

radiação soiar;

nem

o- maior

tempo

de

permanência na atmosfera,

porém

e considerado o .principal -gás responsávei pelo efeito estufa, devido a

sua grande concentração na atmosfera,

como

demonstrado na tabela 1..

Q

cardoso é

um

eiemeeto

que

faz parte de:

quase

toda aaa strperficie

terrestre: nos organismos, no solo, na liitesfera, nos) fluidos ceiolares, na

agua

doe permeia os organismos, nos corsos d'águ.a, 'nos *poros do solo e na

atmosfera.. Entre estes diferentes reservatórios de carbono ocorrem processos

de

trocas.. nos anais compostos

de CO; da

iátosfera» são dissešvid.os, o (102

da

ágzaa entra

em

eeoiiierio-~ comi

o

do ar, ef através do metaboiismo‹

do

careono

nos seres vivos, ocorre

um

ciclo continuo de carbono na ecosfera, que é mantido, sobretudo, através dos processos vitais

(LARCHER,

1986).

9%' gi

.es ma-teres z reserva«s de carioone ea terra encoe. ~ rn Il Il =s° x. na

forma de

compostosinorgânicos (na atmosfera, nas águas do mar, dos rios e iagos,

rochas, combustiveis fósseis, turfa, carvão petróleo, etc) e som-ente 0,05

%

na

forma de compostos orgânicos (biosfera, no seio e s,edimentos

do

mar).

Todavia, as flo-restas

tem

um

papel preponderante-, pois arma-ze-nam,

na forma

de biomassa e madeira, mais de 3/4 do carbono existente nas plantas. As zonas

florestais são, portanto, as regiões

com

as maiores reservas de carbono

(21)

Essa preocupação

com

o clima

tem aumentado

substancialmente.

Após

anos de acordos entre vários paises,

em

dezembro

de 1997,

170

paises assinaram. o Pretoealo

de

Kyoto, durante; a Tereeira Conferência das Partes

da

Convenção

dio Clima (CP3). i\leste protocolo, o ponto mais lnapo-rtante éâ o

comprometimento

formal dos países desenvolvidos e economias

em

transição

de reduzir, até o ano de 2008-2012,

suasemissões

de

GEE

em

um

nível de 5,2

%

abaixo dos aiveis

de

1990.. Qtrtro fator importante, é

one

o protoeolo

reeonnece as a.ti.vi.d;ad,es florestais»

como

uma

opção para reduzir concentrações

de

GEE

atmosférico. (COSTA, 1998;

COSTA

2001).

Conforme

Costa (2001), estima-se

que

o custo total para reduzir

emissões

de

GEE

até os aiveis estipulados pelo protocolo

de

líirote seja em;

toreo

de

centenas

de

bi;li_1~ões

de

dolares por ano..

Conforme

a Conferêrlcla das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Ul\lC`l'AD), se parte destes

objetivos forem atingidos,

com

o comércio de créditos de emissões, isto gerará

uma

demanda

em

torno

de

l.lS$

20

bilhões por ano. Qesta fo-rma,

adlešonalrriente aos sistemas conservaclonistas de manejo,

como

o plantio

direto, a silvicultura é

uma

atividade

com

potencial para obter Certificados de

Redução das Emissões, segundo a perspectiva do

mecanismo

de

deseavolvirnento Limpo do Protoeolo de Kyoto. Através deste rneeanisrno, paises

como

o Brasil

podem

c.u.m.prir parte das

metas de

redução

de

emissões de outros paises,

em

troca de transferência de tecnologia e/ou de recursos

financeiros.

Leff (2901),. afirma

que

a plopalização econôm.ica,, junte

com

as

mudanças

ambieatals globais, está deslocando

algumas

práticas tradi¿:¿onai.s

de produção,

como

o

manejo

de derrubada e queima, as quais estão deixando

de ser práticas sustentáveis e controladas convertendo-se

em

verdadeiros

riscos

ao

meio ambi.ente, a.ce.l.erando o agu.ecim.ento global, as rnudanças

E3 áticas, a perda econômica de colheitas e a destruição de biodiversidade. Por outro lado, o

manejo

produtivo dos ecossistemas e da sua biodiversidade,

através

de

processos.

de

regeneração seletiva ou

de

sistemas de ctrltivres

(22)

de produtividade sustentada, satisfazendo assim as necessidades fundamentais de populações crescentes.

ateste interim, o objetivo deste traoaibo, fruto do estagio reaiizada

na

Ennorapa. - CMPE,

Colombo

-~ PR,

é

avaiiar oi sistema. agrošiorestai

com

bracatinga utilizado na região metropolitana de Curitiba,

bem

como

quantificar

o carbono na biomassa vegetal e no solo, levantando o potencial desse tipo de

»

sistema. para af cieiaoem;

de

nata-fentes, e' para a captura

de

oaroano;-t Atena.

disso, pretende-se avaiiar os pote=nci-ais e i'mportâ;nci;a. súciio-econêmicaz deste

sistema agroflorestal baseado

em

bracatinga. s. aa'reaaa.t ef .iaeaaaosé

ãça. ossos-ãçãa eia .área

A

area die estudo iocaiíiíza.-s.e. nos monicipios

de

Coiiomso e äocaišâva do

Sui, regziâäo míetropoiitanza

de

Curitibaz. - PR...

Os

munzicirpios são iimitrofes,

situando-se entre as coordenadas geográficas 25°10'S a 25°20'S e '49°00'\J\! a

49°10'

W

eua

uma

altitude de

aproximadamente 900

O

clima predominante

ez do tipo Cão (segundo a ciassificação ciiimatica

de

Ko-ppeni,

com

a

temperartmfa média: anzuzaiz

de

16,5 °'C, umizdade relativa do ar

média

superior

a

80

%

e precipitação média 1,400

mm

/ anoi

Os

solos predominantes nas

parcelas avaliadas foram os Cambissolos e L-atossolos.

Foram

utilizadas, áreas distintas

de

1, 3:, 5 eâ 8 anos

de

cuitivo,

totaiii-zaado

4

areas

de

culitivo- comerciai, Bestas areas, aquelas

com

idades

de

1, 5 e 8 anos

estavam

na propriedade do Sri Altamiro Taverna e a area de 3

anos na do Sr, Andreatta.

Avaiiou-se

um

tipo

de

sistema agrofloirestlazi

com

bracatinga

(Mimosa

n o :s LD sz t"'|'

E

za.o

scrabela Betham), tradicional na região sul do Brasil, que é ~

basicamente da exploraçao de lenha,

em

que, nos primeiros anos, o produtor

cultiva algumas culturas anuais,

como

o milho, feijão, mandioca e abo-bora.

Q

ma-asilo destas areas, nos anos posteriores, é. c.en.traziiz.ado na obtenção

de

madeira,

com

a bracatinga sendo cortada por volta do sétimo ou oitavo ano

(23)

(Apêndice (B, Figuras 8 e 9). Após o corte da madeira a área é

queimada

e o

ciclo recomeça

novamente

(Carpanezi 1988).

ãúzzlg estšfiosatšsras

de

šstoeaei

de

Çarbooe:

A. metodol;ooia para az anaiise, avaliação e cp.-ian.tificaçäo

da

ooanztiâdade

de

carooozo foi desenirolsdda pelo

IÇRAF

(International center for the research in agroforestry) (no prelo), Escolberam-se bracatingais de 1; 3, 5 -e 8 anos,

como

forma de representar o ciclo (completo do sistema agroflorestal

com

bracatinoai Estas iídiadíes totam. escolhidas

em

toncao

de

doe, pelas oesooisas

anteriores e por comentarios dos proprios ag.ri›coltores, não na diše-renças

marcantes no sistema do ano 1 para o 2, ou do ano 3 para o 4, sendo

que

os

anos 1, 3, 5 e 8 representam

bem

o ciclo de culti\,/o e' corte da madeira do

oracatiooail

Em

cada idade

de

coltivo foram

demarcados

três; parceias

eo

ooaaraotes de

4

:ir 25 me-tros (too mz)

em

cada idade de coitisfo, totaiizando

12 parcelas

com

estas dimensões

em

todas as idades analisadas, As amostras

~

para a quantificaçao do carbono no sistema foram coletadas -acima (biomassa veoetaige aoaoto do solo iínos perfis do seio;

i

5z3›z

Çarbono acima do

solo

(biomassa

vegetal)

l\la parte acima do solo 'foram coletadas amostras de biomassa arbórea

viva (BAV), constituída por todas as plantas que apresentaram mais de 2,5

cm

de diâmetro

na

altura do peito (QAP1):; árvores mortas

em

pé (AMP)>; arvores

caidas mortas. (ACM); biomassa aroostiva laeroacea (eai-i), constitošda por todos os a-rbostos

menores

do

due

2,5

cm

de DAP, gramíneas e outras ervas;

além da biomassa de serapilheira (BS), que são galhos,

ramos

e folhas mortos

acumulados sobre o solo.

3

pê'oc;edi.m.eo.to

de

asfaiiaçao da oiomassa acima do solo foi o- seaointe.:

em

cada parcela de

100

mzz (4

x

25

m)

foram medidas todas as arvores

com

DAP2 maior que 2,5 cm, sendo anotados

em

uma

planilha de

campo

(Apêndice

1

O

DAP foi medido na altura de 1,30 metros a partir do solo.

2

(24)

A) os

nomes

com-uns destas árvores. (Apêndice 5, Figura 1.0), Para o caso das

.árvores mortas

em

pé (AMP) o procedimento foi o

mesmo

das árvores vivas.

Entretanto, para as árvores caídas mortas (ACM),

alem de

anotar

a

diâmetro médio,

tamoém

se registrou o

comprimento

da árvore dentro do quadrante ou

parcela. Posteriormente, fez-se a coleta das amostras de biomassa arbustiva e

herbácea (BAH)

em

dois quadrados de 1 mz,

demarcados

aleatoriamente, no irrterior

da

parceia de

18%

mz

(apêndice B, Figura t1}.

A

biomassa fresca totai foi pesada

e

anotada (Apêndice B, Figura 12), Qesta amostra separoa-se

ama

sola-amo~stra (de

aproximadamente

300

e), a quai foi iexrada ao laboratorio

para secar

em

estufa de ar quente a 70 °C até atingir o peso constante. Esta

sub-amostra foi utilizada para se estimar o peso seco da biomassa fresca total

de

BA;-i eoietada no

campo.

_

. Após a coleta da BAH, foi coletada a serapilneira (representada por

galtios, raizes, foinas,

ramos

e outros materiais mortos acaraaiados).

em

sub-eeadrante ou sao-parceia de 0,5 x. 0,5

m,

iocalizada dentro do eaadrado

onde

foi coletada a biomassa arbustiva herbácea. (Apêndice B, Figura 13). Nesta sub-parcela registrou-se o peso fresco de toda a serapilheira

acumulada

nes-tes 61,25 mz.

Em

seguida, separoa~se

uma

sao-am-ostra (de

aproximadamente 300

gramas),

que

foi levada ao laboratório para

secagem

es!-:oia

de

ar seco a

29°C

até atingir o peso constante..

Com

esta suo- amostra pode-se estimar o peso seco da amostra fresca total da serrapilheira

coletada a campo.

5,4..

Carbono

abaixo

do

sete

(nos

diferentes perfis

de

solo)

No

mesmo

local dos quadrados

demarcados

para a coleta das amostras de biomassa arbustiva herbácea e serapilheira foram cavadas trincheiras de 1

metro

de

profundidade para a coleta das amostras

de

solo (Apêndice Bi, Figura 1,4).

uma

vez feita a trincheira, o horizonte dio solo foi di~ridi.d;o ez díemarcado-

em

várias camadas: O - 10 cm; 10 - 20 cm; 20 -

40

cm

e 40 -

100

cm, nas

biomassa nesse caso é estimado depois de calcular o diâmetro geral da árvore, utilizando a fórmula

(25)

quais foram col-etadas amostras para a 'estimativa de densidade aparente do

solo, utilizando .cilindros Unland de

volume

conhecido (A-pêndice 8,* Figura 15 e

1.6).

Também

šotam

cozietadas amostras,

de

api-foxifmadamente Gi-,.5í ae, aara- az

anáizise auimi-icaf

e

gran.ui:o=métrica do solfez.

As análises de solol tanto a quimica quanto a fisica, foram feitas no

laboratório da Embrapa-CNPF. Para a análise química foi determinado o

pH

(em

Catlizš, os nutrientes: ¿P*',. ic, Ca, ouaíatidade

de

Ai

e

i-i.,. oi tear

de

matetia totaânica eo

de

caftbone orgânicol do solo; analise* fšzsica foram; determinadas a densidade aparente (DA) e a 'textura do so-lo, ou seia~‹ a

perceataeem

e

testes

de

areia g-rasisia, areia tina, siite e- argiíiia. É iteeartanite-

lemaifaê

eae a

quantificação do catboao no solo foi feita iaeio

método

do

cataoao oxidiavei

ou

carboao orgâni:co»..

O

método

se baseia na o~x.iida‹;äào›

do

carbono pelo dicromato de potássio e ataque

com

ácido sulfúrico concentrado.

A

titulação do excesso do oxidante é feita por iodometria ou tiosulfometria

{ÇzA;`iIAi$iI 81. }§A.CI_!.\iLTGi,. 15,'Í.?4l.}._

5115; Qefaetišicaçãe

de

casaoee

acima

e

aeaixe-

de

sete.

5;~z.5;.L §a.iz'boio;o

acima

do

solto

O

carbono acima do solo foi estimado

em

função da quantidade de biomassa vegetal existente por hectare. Esta biomassa foi determinada pelo seta»a.teti.o da biomassa

de

aeaeires. vivas (BiA\.!), árvoifes; ca-idas mortas (BzAC.t4â},.

árvores mortas

em

pe z{5AM.P), biomassa da veeetazção arbusti.vía.~ azerbacea

(BAH) e da serapilheira (BS). As equações 1, 2, 3 e 4 descrevem a forma de

obtenção destes fatores: BAV, BAMP,

BACM,

BAH

e BS.

aaa

=

tz

(o,11ea

* aâeëffiêzg *

ea

(eaaaesa si

Oade:

BAV

=

biomassa atvores vivas (t/ha)

2

=

somatório de todas as árvores na parcela;

DAP

=

diâmetro na altura do peito (cm) de cada ár\.fore; 0,1184 = constante;

(26)

2,53 = constante; V

91,1.

=

zfatofr

de

correção. para lda- '

areas

=

garoa

*c

eae*

* s. *~

o,2s

*l za; =r

ea

íeaaaçaa 2;

Oade;

ACM

=

arvores cašdas mortas. (t/aa)

Z

=

soraatorto

de

todas as' arvores caldas mortas'

na

parcela;

DAP

=

diâmetro na altura do pelto de cada an/ore (cm);

L

=

comprimento

'da arvore dentro da parcela (m); 01,4

=

constante;

0,25 = constante;

ft =' pfä ( 3,l.4.,,)~;.

Gil

=

fator de correção para t/ha.

§'A§'-gv e.:

EPE!

*

{?§sA

1 955!.-2)! * Qfi (eeuéagäel __'-š‹;)f

Gede; Bal-l

=

biomassa arbustlva hero-ácea (t/na-)l;

=

peso fresco total da amostra eoletadêa a

campo

álágg;

PSsA

=

peso seco da sub-amostra (l<g);

PFsA

=

peso fresco da sub-amostra (Kg);

~

0,1

-

fator

de

correçao para t/na

aa

=

gëššl *' ãššsza.

,! ?š`sa..)v}l *s

QA

(equação 4)

Onde:

BS =

biomassa da serapllhelra (t,/aa);

PFT

=

peso fresco total da -amostra de coletada a

campo

(Kg);

PSsA = peso seco da sub-amostra (Kg);

PFSA.

=

peso fresco da sub-amostra (Kgâ);z

(27)

A 'quantidade de biomassa viva total acima do solo' foi multiplicada pelo .fator de conversão 0,45,

como

forma de determinar a quantidade total de caraoaa extsteate aesta biiomâass:a,.

como

me-stramz as eaaaçàëes* 5 ez

av?

=

(5A\!

+

5AÇlV!

+

5AM?

+

BA!-l

+

55)

(equação 5)

Onde: BX/T

=

biomassa vegetal total acima do solo (t/ha);

BAV =

biomassa arbórea viva (t/ha);

l

BAM:P~

=

biomassa

de

árvores mortas

em

(t/ha);

¬

BAQM. =“ biomassa

de

áafvares caídas mortas (t/ha);

BAH

z biomassa arbustiva e herbácea (t/ha);

BS =

biomassa da .serapilheira (t/ha).

Çaaš

:z *l 3,545 (eaaagae éjê

Onde:

CBVT

= carbono da biomassa viva total acima do solo (t/ha);

EVT =

biomassa arma total (t,â'b.a);f

9,45

=

eoastazate

5,5z2z

Carbono

abaixo

do

solo

O» carbono ao solo- foi determiznzade pela

soma

da

quantidade

de

carbeaa nas

camadas

de: O - 10 cm, '10 - 20 cm, 20 -

40

cm

e 40 -

100

cm, ou seja

em

uma

profundidade de 1 metro de solo.

Com

a multiplicação da densidade aaareata (QA) ,eelas arefarêzdzi:da,d.es das

camadas

citadas aateriarmeate aêae- se estimar o aeso do

volume

de solo nas

camadas

e, desta forma, a

quantidade de carbono no solo,

em

cada camada, e no total de 1

m

de solo, ~

cama mostram

as eeaagoes 7, 8 e 9,,

DA

-= 5>Sl.\i; ,I QÇL-l: .

~

(28)

Onde;

DA

'-= densidade aparentezdo solo (g/cm3);

PSN

-= peso seco do solo dentro do cilindro (g);

VCE;-t =.vol1u'me do cttiindtoi tštêland (eonstaznte}z (õ:ttt3)1.

Ptše

=

QA, *

es

* 1..@;._Q{'QâQ{' (eooâaeäo- sz).

Onde: P\./s = peso do

volume

de solo no perfil (t/ha);

A Ps

=

profundidade ou espessura do perfil (m); 1.@.§00Q

=

consztanteiz

J

Çšš'

s

21'. šfáâäs' *' °!iz Qi) 1 3.95%; (eotiagäo Qf)

Qnoe-;

ES?

=

carbotioz no soto totial; át,/l.z1.a~};f

2.

=

somatertot

dos

p-ertizs Q-19., tt!-Zíšé,

23-49 e

40;-19€)

cm;

Pvs

=

peso do

volume

de solo por .perfil (Q/cm3);

%

C =

Percentagem de carbono por perfil analisados

em

lalaoratórão.

O

catoono' total {€1T.) no sistema agtotlorestalz

com

oracattnga to-š;

cazl,col.ado' atirazvés da

soma

da ooantidade

de

carbono total

acima

es azoaiêto

do

solo,

como

mostra a equação 10.

5z5z3. Quantificação

do Carbono

Total

C!

;

ÇEQI' -l;- K;-Sl? (eqzozagão Ltd)

Onde:

Cl

=

carbono total no sistema agroflorestal

com

bracatinga (t/ha);

C.5\!í

=

carbono- total; da oi.oto;assa vegetal acima

do

solo (t,1lo.az).;;

(29)

5.5.4. Análise

dos

dades

Todas

eis; dados cioletadíes a;

camas

ëlozrazmr afastadas elarfrl,llaa;s

de

P'

1:: FP*

5

camas- dice» A.)

e

eiosterlormerrte passados' para os

cemeetader

eo programa Office Excel,

como

'forma de melhorar a visualização e

sistematização dos dados. Utilizando-se do

mesmo

programa, foi possível

plarrejar elaerštras

de

calcrrlo sara err-anltlfícar o careeeofâ acima

e

aeaëxe

de

sale,

a ,eaä;r~ das m:édl:as das três repetições

em

cada arto íamos 1., 3, 5 ea

As análises estatísticas dos dados basearam-se na estimada da

vanârrcla,

sem

cerne o. ifrrte-rvaše

de

cars-fizarrçal das trataererrtes, cemaaraedfe- es

dados ess dršereetes extratos ef š-dades

do

bracatreêgal.

e.

eesurrâeos

E

erscessâe

5.4..

ëiomassa

vegetal

'

As

taeelias 2

e

a; figura 1.. rfeestram as qaaetrdades

de

memarssa vegzetat totat acrrrraf

de

solo; rras diferentes idades.

e

extratos avalëades de ststema

agroflorestal

com

bracatinga.

Talsela Àyrëlemassa veeetat acšma do solo t,1

e

0 intervalo

de

carnflanga

` '

(IC) das diferentes idades e extratos avaliados dentro do sistema

0

agroftorestaê

com

bracatinga.

Idade BÂV IC . BÂ MP' I

C

313€ WT I

C

BÂ H» .FC BS I

C

BV? ÍC

1 aaa

mr

3,1.

dos

,s,0=0› 0 7,22* 2,3 33,73 19,5 45,33 15,5

sâzzzzs 55,15 4,9 2,75 1,2 0,00 0 2,78 1,1 14,75 5,3 70,45 7,4 Sarêes 74,42 111 5,38 1,6 0,75 l,.5 3,77 1,6 19.1.? 3,8' 103,49 29,8

8an0S 55,26 9,9 32,04 7,3 24,83 19,9 6,03 1,4 17,18 5,8 135,33 26,2

Onde: self = aíamassa das árvares =rš›rz'a›s; BAWP = biomassa das árvares martas

em

ae;

BÀQM

'= bãomassa das árvores caídas mortas; BAH = biomassa arbustiva

e. herbácea; BS =

biomassa da sera:›íF§¬feã'ra; EVT Í biomassa veaetai total. ÍC = íntervaía de eonfiarnça

em

nível de 5

%

de prohabilldade.

Cem

0 decorrer das arres e

asucessão

râatrrral,

uma

mrrdarrca

na

(30)

3,9*

sucessieonai -dos diferentes 'extratos pode ser observada na tabela 1 e figura 1.

i\i0S Primeiros anos, há

uma

prediomin-ânc-ia do eXtra'to arbustzivo-her`b›áÇ`eo e de

sera~aiizeeira,,

sem

estica etiazaziíidêade

de

árêferes vivas;

e

mortas (eee:

ee

e~

caídas)- ido- eritarito-,

com

os dieeo~rrer* dos anos,

ha

um

semente

suastaneifaiz

na

quantidade de biomassa de árvores vivas e mortas,

acompanhado

de_

um

decréscimo dos extratos de 'serapiiheira e vegetação arbustiva-herbácea.

Gs, êetervaios

de

condessa {I;`£3_.)z- demasstrararo

a

boa areeisae

exeerimeotai, A-eesar de

no

ano

1

o

IC da s'erarg;›ilifihfeiraz ter sido aiêtoz,

não

i-"souiv'e

diferenças significativas deste para os outros anos. Por outro lado, a biomassa

veeetat aáàzoâstreuà de-ereneas

do

sao;- 1 sara os aoes 3, 5 e; as os; eaaês

sao

mosttrarareë diteresiças sier§šiiea:ti\â'a¬s“ gtazbfeia 1 ejz fig;-ara 1)-.

Quaetidade de Biomassa nas diferentes idades e extratos evaiiades (em t/ha) »

100» «Ni

Í

E1 ano B3 anos U5 anos ã\8 anos-

80 ~ se~i ii-*r /ha) fia(É ñ (D _| B ClI'I1'iíI5 ` 1 É ___ r r Í É

Sá?? EâäP âãílñi» Sâid-» BS

-dos

Diferentes extratos avaiíaáos' da biomassa vegetai acima do-soio

Figura lrfiiomassa vegetais acima do solo;

(em

t,!h:a)'

e

os iatemaiios

de

corifianças (IC), dos diferentes anos e. extratos dentro do

SAF

com

b-racatiniga".

OBS

:i

BÂV

= biíomassai das árvores' vivas;

BÀMP

=

biomassa das árvores mortas

em

pé;

BACM

=

biomassa das

amores

caídas mortais;

BAH

= biomassar arbustiva e her'oárcear;.

BS

_

=

(31)

O

fato

de

que o primeiro ano de cultivo apresenta a maior quantidade de biomassai da serapilheira -é resultado do acúmulo dos restos culturais do

l V

cuitioo

de

miiifioâ

e

ieiiãzo, dentife outros,

e

da

grande qzoiantidaâdezl

de

ogi;-aotaâs

rasteiifas {_ex§sai:;o atoustivlo-neroaeeo)

due

poissoern.

um

cieiof

de

eidaz oazstaânize

curto, depositando

uma

grande quantidade de biomassa no solo. A diminuição

deste extrato nos outros anos de cultivo deve-se, provavelmente, ao maior

soanoife-anaente oromoeidoz oeio extfatzo arooreo, o

qoe node

ter eentirioešde.

para a menor' dâeoosiígãzo

de

serapiihfeira nestas iídades..~

Pode-se notar

também

um

'aumento na quantidade de biomassa

arbustiva-h-erbácea total no ano 8 o

que

pode ser explicado pelo fato de que,

neste; esizáoie, as enêofes

de

oâaeatinea estaserm atingindo a, sâeneseênizia,

formando» grandes espaços' (vazios)-_ Isto permite a entrada

de

uma

m_ai.or

1' V

quantidade de iuz e estimula o crescimentoda vegetação arbustiva nerbacea,

de

suoessão primária inicial. Este fato,

somado

à grande quantidade

de

arvores mâoiftas (saidas. e,

em

oe),

suoãe que

af idade otima;

de

corte; do iaraeatingai; nara

a expioirasãzo da madeiia"seja1'anterioir

ao

oitavo ano-.

A

taoeia 3 apresenta os

nomes comuns

das espécies arooreas

(com

DAP

maior do

que

2,5

cm

de diâmetro) encontradas no

SAF

com

bracatinga.

Taoeia 3: Anaiise

de

freqüêneia íern

%)

e

os

nomes comuns

das espéeies

arb.órea.s encontradas nas parcelas avaiiadas do

SAF

(4

X

25

metros),

em

cada idade de cuitivo. «

Nome

cornurn3 Ano .1 Ano 3 Ano 5 Ano8

Bracatinga 37,0 64,5 49,1 11,6 Garapoca 0,0 2,2 25,5 27,5 Caroba 9,9 9,7' 18,1 Caneia-guaicá 4,6 4,2 T`upixa.va_.~prei:a 23,1 Tupixava Capororoca Uvarana Cesetãf iâaoaooatái Maria moie (cimpiacus)

Guaçatunga-preta Guamirim-chorão Quina Mandioca Brava Pau-de-andrade P¿“^$"-£>P£3i.~flS°Pi° ©wmoQomDOw .i'^i°'95°$>5>.€2&°;'>I'^i°>'š7“ oo»-O-i><:›‹:›CDwi;;i--r×;N\O .i©f°PPi×*Pr*r'“é=¿“*5>" wocooomwcmo .¢>E°99°r*9¬5-?°r'i°-995” ©ooo¬4=›0o~×|-i>NoÍ<:›o¬

3 Os nomes, comuns foram

(32)

Cafezeno Bravo ~ Centro išunno-bravo Miguel;-nizntaooz. Quina branca Carne-de-vaca ~ Guaçatunga (iaziofiia) Gnagatnnga-mirins. Llacarandá (daibergia) Mamica-oe:-cadeia Peloteiro Pesseoneno-onan ,, Tnoixava branca - Aritšcom« _ Aroeira Canela.-raposa; Guamirim 1 Pau-de-sangue Sapcva voaneira. {t>ite.\,iictâs'ais)1 Braoufl1ho(sebasfiana) Canela-imbúia _ ~ Erva-mate Gnamirim árnircengênioš Guaraoerê Ines Jacarandá Leiteiro Marmeleiro-bravo Mexerico Pau-oe-ganna Qnaêresnaeira. 0,? Vassourão- P reto - --

___.

__*

0,0

F

0,7 os s Tüäãš A

É

18€) 1643 °£`-°P,S°£>P5°¿f-°Pc@.°PPiPP.i'*E°$°5°r*5=' ¢=.'F>.€>5°.~@P§°í~°$>PS@f3 ¢Emømomooomowoøøwowowooøoomomwmoøø

ä

53999599999535953PPPP$1°P;f°¿“95°P.i°§°P9š°Pi“PP Q wooowomoooawmoowammeflouomowoaomo PfDPPE°PP$°5°.i==§°P5°$Pt*.PPPPPPFPPPVPPPPPPP oøomogmmommoofiwmoçoøowooomooomomo 9.?=E°$°P§>S>§°5>.E°S°.t*P$>Pii°i“PPi'*i*'Pl*'51°l”$>Pi“*5°;l*4I×* ouuçøuwwoguaoøomàaoaNnwmwfloaomm

Nas parceiras az\ra.l.iía.das foi encontraria nina; gta-ndie tliversiaaae

de

espécies arbóreas

com

DAP

maior que 2,5 cm,

num

total de

48

espécies (Tabela 3),

A

bracatinga, espécie de interesse econômico no sistema, foi oreeominante

em

nãêmero

de

exemoiares,.

com

uma

freeiiência ele 32,3; 54,5;

49,1. e 11,5

%

nos anos 1, 3, 5 e 8, respectivamente. Considerando as

demais

espécies, as de maior ocorrência foram a garapoca, caroba (Jacarandá procera

Spreng), canela-guaicá (Qcotea puberula),

com

maior ocorrência nos anos 5 e

8, e a tnpixava preta., ocorrendo mais nos anos 1

e

Segundo

\./ivan (1998), os sistemas naturais,

como

uma

floresta, estão

em

equilibrio dinâmico e

em

constante renovação, o que incrementa a proo'nti\.fioade e aioanfersidade do si.s.te.ma. Lima fioresta é

um

mosaico oe o.iferen.tes1 estágios

oe

sucessão de espécies, senao

one

a sucessão faz; parte

(33)

zz de

um

grande

acumulo

de diversidade genética e biomassa.

Houve

uma

diferenciação na qualidade e quantidade de espécies

durante- oz. proeesso

de

sucessão' naturaií,

com

o decorrer das a_aas,., Muitas

especies,

somo

a earoaai, a guaça-tungâa-preäa, cedro, erva-rnatze, sapuva, cafezeiro-tz-ravo, entre outras, tiveram 'a sua ocorrência nos anos 5 e

8,

mostrando

serem

de estagio sucessional mais tardio; enquanto outras,

como

a

canela-raposa, aau~de-saaaue, l;ei;teizro~

e

oz ariticunoz fâaramz mais f£reei;ien;t;es_ nos

anos 1

e

Is,

ou

seia,

de

um

estagio sufcessionlaií iniciai.

De

acordo

com

Osterroht (2002) a vegetação vive

num

processo de sucessão evolutiva, iniciando por plantas pioneiras ou colonizadores, passando

em

seguida; estadias.

de

vegetação seeandaria até atingir- o cišmax... ëiesâe

sentida, eadla espécie ocupa a exata posição

due

lhe cabe, de acordo

com

suas

necessidades eco-fisiológicas e suas l¬.abiiidades

em

enriquecer -o local

com

vida, abrindo

caminho

e espaço para

um

bom

desenvolvimento das espécies

sucessora-s.

O

número

médio. estimada

de

espéeies

de

bracatinga earaz reais

de

2,5

cm;

de

DAP

foi

de

1.300, 5.900, 2.700 e

800

arvores no primeiro, terceiro, quinto e oitavo anos, respectivamente. Observou-se

uma

diminuição

substancial do

número

de árvores do quinto para o oitavo ano, ou seja, de

2100: para

S00

árvores.

S`e-gundo» Çarpanezzi (1994) o

número

de

plantas por hectare varia

de

10.000 a -40.000 plantas por hectare no primeiro ano, sendo que no sexto e

oitavo anos,

com

a`estabilizaçã;o do sistema, a população de bracatingas

com

DAP

a partir

de

5

em

é

de 800

a 2.200 plantas.

A

diferenea- de arvores

do

quinto para a oitavo ano aparece na biomassa

de

árvores caídas mortas (ACM), que

aumentou

de 0,75 l;/na no ano 5, para 24,83 t/ha. no ano 8,

bem

como

nas árvores mortas

em

pé (AMP),

que

aumentou

de 5,38 t/ha no quinto

ano

para 3›12,0§4 t,/tra no oitavo

ano

(talaeia. 2, iiâgzara- 1).. Tal; situação rešorça a

idéia

de aue

a idade

de

corte- do bracatingal para a

venda

comerciai da madeira seja anterior ao oitavo ano.

Referências

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