• Nenhum resultado encontrado

Relatório estágio profissional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório estágio profissional"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

RELATÓRIO FINAL

Mestrado Integrado em Medicina

NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Universidade Nova de Lisboa

Lisboa, junho 2017

Bárbara Silva Abreu

(2)

A finalidade da educação médica pré-graduada é ajudar o estudante médico a adquirir uma base de conhecimentos sólida e coerente, associada a um adequado conjunto de valores, atitudes e aptidões que lhe permita tornar-se um médico fortemente empenhado nas bases científicas da arte da Medicina, nos princípios éticos, na abordagem humanista que constituiu o fundamento da prática médica e no aperfeiçoamento ao longo da vida das suas próprias capacidades de modo a promover a saúde e o bem-estar das comunidades que servem.”

(3)

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 2

2.1. Estágios Parcelares do Estágio Profissionalizante ... 2

2.1.1. Estágio Parcelar de Medicina ... 2

2.1.2. Estágio Parcelar de Cirurgia... 3

2.1.3. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ... 3

2.1.4. Estágio Parcelar de Pediatria ... 4

2.1.5. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... 4

2.1.6. Estágio Parcelar de Saúde Mental ... 5

2.2. Unidade Curricular Opcional: Medicina de Emergência e Catástrofe ... 5

3. ATIVIDADES EXTRACURRICULARES ... 6

4. POSICIONAMENTO CRÍTICO ... 6

(4)

ÍNDICE DE APÊNDICES

APÊNDICE A – Cronograma do Ano Letivo 2016/2017 ... 1 APÊNDICE B – Trabalhos apresentados no âmbito do 6º ano ... 2 APÊNDICE C – Formações Extracurriculares ... 3

(5)

ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO A – 5º Curso de Abordagem do Doente Urgente – Introdução à abordagem do trauma ... 1 ANEXO B – XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva ... 2

(6)

1. INTRODUÇÃO

A Unidade Curricular Estágio Profissionalizante que integra o 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da NMS|Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa encontra-se organizada em seis estágios parcelares que visam o desenvolvimento e a prática da autonomia, de forma tutelada, em várias áreas clínicas, com vista à aquisição de competências na abordagem clínica bem como habilitar os jovens médicos no que diz respeito à dimensão humana.

Fazendo recurso dos documentos “O Licenciado Médico em Portugal” (Victorino, Jolie, & McKimm, 2005), “The Tuning Project (Medicine) – Learning Outcomes/Competences for Undergraduate Medical Education in Europe” (Cumming & Ross, 2007) e do Regulamento do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (NMS|FCM-UNL, 2016) estabeleci os seguintes objetivos para o 6º ano do MIM:

 Aprimorar competências indispensáveis ao exercício profissional da Medicina: identificando corretamente os problemas médicos dos doentes, formulando hipóteses diagnósticas bem fundamentadas e tomando decisões clínicas apropriadas para os problemas identificados;

 Aperfeiçoar a capacidade comunicativa mais adequada a cada doente, à sua família, e aos

diferentes profissionais de saúde;

 Desenvolver a capacidade de abordar o doente nas suas vertentes biológica, psicológica e

social respeitando as suas crenças culturais, atitudes e comportamentos;

 Procurar incrementar a minha autonomia, integrada no funcionamento dinâmico de uma equipa

médica multidisciplinar, sempre consciente dos limites da minha competência;

 Investir na formação em áreas de interesse pessoal, admitindo a importância da atualização

científica constante em Medicina.

Assim sendo, o Relatório Final de Estágio do 6º ano e respetiva discussão visam aferir a assimilação das diferentes aprendizagens adquiridas ao longo do 6º ano, nomeadamente no que toca ao raciocínio clínico e capacidade crítica. Perante isto, o presente relatório encontra-se dividido em quatro partes: Introdução, Descrição das atividades desenvolvidas ao longo do 6º ano (decorrentes do Estágio Profissionalizante e da Unidade Curricular Opcional), Atividades extracurriculares e Posicionamento crítico.

(7)

2. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1. Estágios Parcelares do Estágio Profissionalizante

2.1.1. Estágio Parcelar de Medicina

O estágio de Medicina, decorreu entre 12 de setembro e 4 de novembro de 2016, no Hospital das Forças Armadas – Pólo Lisboa (HFAR-PL), nos seguintes moldes: cinco semanas no Departamento Médico, sob a tutela da Dra. Rosa Cardiga, e três semanas onde houve a possibilidade de conhecer outros serviços do HFAR-PL, sendo que, no meu caso, estive uma semana no Serviço de Cardiologia, uma semana na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e uma semana no Serviço de Gastrenterologia. Para este estágio estabeleci como principal objetivo desempenhar um papel ativo e autónomo no acompanhamento dos doentes durante o seu percurso de internamento sempre enquadrada na estrutura e organização interna de um Serviço de Medicina.

Durante o período em que estive no Departamento Médico, tive a responsabilidade de acompanhar diariamente os doentes da minha tutora, tendo este exercício sido constantemente tutelado. Além disso acompanhei-a nas suas consultas externas de especialidade. Relativamente à semana em que estive no Serviço de Cardiologia assisti à realização de eletrocardiogramas no contexto de Provas Médicas de Seleção e ainda à realização de ecocardiogramas e provas de esforço. Quanto à semana em que estive na UCI, acompanhei diariamente as atividades inerentes à unidade o que me permitiu consolidar a finalidade de uma UCI. Por último, na semana em que estive no Serviço de Gastrenterologia pude interagir com diversas valências do mesmo: consultas externas (de proctologia e de gastrenterologia geral), técnicas endoscópicas e ainda assistir à realização de uma CPRE. A componente de urgência decorreu, semanalmente, no Serviço de Urgência (SU) do Hospital de S. José, onde integrei a equipa fixa, ficando sob orientação da Dra. Ruth Correia.

Além da componente clínica do estágio, o mesmo foi muito rico no que diz respeito a momentos de aprendizagem de caráter teórico-prático, nomeadamente através dos seminários previstos na unidade curricular, sessões clínicas e aulas ministradas no HFAR-PL, apresentações teóricas do Curso Básico de Medicina Aeronáutica e ainda visitas à Secção de Treino Fisiológico (do Centro de Medicina Aeronáutica) e ao Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica.

(8)

No decorrer do estágio, elaborei e discuti uma história clínica com a minha tutora, apresentei um Journal Club e realizei uma apresentação relativa a um caso clínico (Consultar Anexo B).

2.1.2. Estágio Parcelar de Cirurgia

O estágio de Cirurgia, decorreu entre 7 de novembro de 2016 e 13 de janeiro de 2017 no HFAR-PL, sob orientação do Dr. Bruno Ferreira e do Dr. Pedro Campos. Para este estágio defini como principais objetivos: ter o máximo de contacto e participação possíveis com o bloco operatório e a pequena cirurgia, bem como a possibilidade de realizar alguns procedimentos técnicos médicos e de enfermagem úteis para a prática clínica futura.

O estágio assentou sobre duas principais componentes: uma primeira, com duração de uma semana, na qual ocorreram diversas sessões teórico-práticas no Hospital Beatriz Ângelo (HBA), assim como a realização do Curso Trauma Evaluation and Management (TEAM); e uma segunda, mais prática, com duração de 7 semanas, na qual integrei a equipa cirúrgica dos meus tutores desempenhando um papel ativo nas diversas atividades da equipa: enfermaria do Departamento Cirúrgico, consultas externas, pequena cirurgia, bloco operatório e ainda apoio ao SU do HFAR-PL.

Em termos formativos assisti ainda às sessões clínicas semanais que decorreram no HFAR-PL, e realizei um trabalho de grupo com base num caso clínico acompanhado durante o estágio e cuja apresentação decorreu no mini congresso que teve lugar no HBA (Consultar Anexo B).

2.1.3. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

O estágio de Medicina Geral e Familiar (MGF) decorreu entre 23 de janeiro e 17 de fevereiro de 2017 na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Rio de Mouro, sob tutela do Dr. Mário Machado Cruz. Para o estágio em questão, estabeleci como principal objetivo concretizar a importância da abordagem centrada no doente no que toca às suas vertentes biológica, psicológica e social para a prestação de cuidados de saúde de qualidade.

Durante este estágio assisti e participei de forma ativa nos diferentes tipos de consultas do meu tutor, nomeadamente consultas de saúde de adultos, de doença aguda, de diabetes, de saúde infantil, de planeamento familiar, de saúde materna e consultas de iniciativa médica nas quais realizava infiltrações. Tive ainda oportunidade de acompanhar visitas domiciliárias.

(9)

2.1.4. Estágio Parcelar de Pediatria

O estágio de Pediatria, decorreu entre 20 de fevereiro e 17 de março de 2017 no Hospital de São Francisco Xavier (HSFX), sob orientação do Dr. Edmundo Santos. Estabeleci como principais objetivos para este estágio sistematizar as principais patologias da criança/adolescente de forma a reconhecer critérios de gravidade e sinais de alarme bem como melhorar as minhas aptidões de comunicação com a criança/adolescente e a sua família.

Nas duas primeiras semanas do estágio estive no Berçário e nas outras duas semanas na enfermaria do Serviço de Pediatria. Paralelamente, uma vez por semana estive no Serviço de Urgência Pediátrica do HSFX. Tive ainda a oportunidade de assistir a consultas externas de pediatria geral e visitar a Unidade de Neonatologia.

Em termos formativos, assisti a uma sessão clínica sobre “Medidas de Isolamento” e redigi uma história clínica que posteriormente apresentei no formato de caso clínico (Consultar Anexo B).

2.1.5. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia, decorreu entre 20 de março e 21 de abril de 2017 no Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca (HFF). Estabeleci como principais objetivos para este estágio sistematizar as principais patologias nas diferentes fases da vida reprodutiva da mulher, familiarizar-me com os principais protocolos materno-fetais e realizar alguns procedifamiliarizar-mentos mais práticos na observação ginecológica e obstétrica.

As duas primeiras semanas, destinadas à Ginecologia, decorreram sob tutela do Dr. André Correia, nas quais tive a oportunidade de contactar com a enfermaria de ginecologia, assistir a diversos tipos de consultas externas (consultas de pré-histeroscopias, de uroginecologia e de mama) e ainda a exames como histeroscopias, colposcopias e ecografias pélvicas. Existiram também dias destinados ao bloco operatório que evidenciaram a vertente cirúrgica da especialidade.

As duas outras semanas, tiveram lugar no Serviço de Obstetrícia, sob a orientação da Dra. Ana Paula Ferreira e nas quais tive oportunidade de contactar com a enfermaria de obstetrícia, assistir às consultas externas (consultas de DPN e gravidez gemelar, de patologia autoimune, de

(10)

diabetes e de doenças infeciosas) e a exames como ecografias pré-natal, biopsia das vilosidades coriónicas e amniocenteses.

A componente de urgência deste estágio decorreu semanalmente no SU do HFF com a equipa de urgência dos meus tutores. No último dia de estágio, coincidente com um dia de urgência, apresentei um trabalho para toda a equipa de urgência (Consultar Anexo B).

2.1.6. Estágio Parcelar de Saúde Mental

O estágio de Saúde Mental, decorreu entre 24 de abril e 19 de maio de 2017 no Serviço de Psiquiatria do HFF, concretamente no Centro de Saúde – Extensão da Brandoa (na Equipa Comunitária da Brandoa), sob a orientação da Dra. Pilar Santos Pinto e Dra. Mariana Morins. Neste estágio procurei, como objetivos principais, perder o estigma relativo à doença mental procurando constantemente situar o doente no seu contexto socioeconómico, cultural e familiar, e ainda inteirar-me da organização dos serviços de Saúde Mental em Portugal, nointeirar-meadainteirar-mente no que se refere aos modelos de tipo comunitário.

No primeiro dia de estágio decorreram sessões teórico-práticas, lecionadas pelo Prof. Dr. Miguel Xavier, focadas na importância do pensamento clínico sistematizado em contexto de urgência. O restante estágio decorreu maioritariamente no Centro de Saúde – Extensão da Brandoa, onde acompanhei as atividades diárias de consulta comunitária, bem como as visitas domiciliárias com a equipa de enfermagem. No HFF, quando frequentei o SU, tive a oportunidade de contactar com patologia de índole mais aguda. Participei também nas reuniões clínicas comunitárias e nas sessões clínicas que decorreram semanalmente no HFF. Pude ainda redigir e discutir uma história clínica, que foi alvo de avaliação, com a Dra. Pilar Santos Pinto.

2.2. Unidade Curricular Opcional: Medicina de Emergência e Catástrofe

No final deste ano letivo e dada a minha condição militar optei por realizar a Unidade Curricular Opcional de Medicina de Emergência e Catástrofe tendo como principal expectativa o potencial educativo para a minha formação enquanto médica militar.

Nesta unidade curricular adquiri conhecimentos relativos a diferentes síndromas de apresentação face à utilização de diversos agentes (químicos, radioativos, biológicos e explosivos),

(11)

tendo inclusive realizado uma apresentação acerca do potencial uso de um agente biológico para fins bioterroristas (Consultar Anexo B). Foram ainda abordados: o Plano de Catástrofe Externa do Centro Hospitalar de Lisboa Central, estratégias de abordagem ao doente emergente e em situações multivítimas e o funcionamento da emergência pré-hospitalar em Portugal. No âmbito da unidade curricular realizaram-se diversas visitas, nomeadamente ao SU, à UCI Neurocríticos e à Viatura de Emergência Médica do Hospital de S. José, e ainda uma visita ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes do Instituto Nacional de Emergência Médica sediado em Lisboa. No último dia teve lugar um exercício prático “Table-Top”, no qual foi simulado um acidente ferroviário no Cais do Sodré.

3. ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

Ao longo deste ano letivo, procurei incluir na minha formação momentos de aprendizagem em áreas clínicas de interesse pessoal tendo assistido ao 5º Curso de Abordagem do Doente Urgente – Introdução à abordagem do trauma e ao XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva (Apêndice C e Anexos A e B).

4. POSICIONAMENTO CRÍTICO

Neste momento em que termino o último de seis anos do MIM, estou na condição de poder avaliá-lo como fundamental para a minha formação. Não desvalorizando a importância dos primeiros anos de curso, mais teóricos, este ano simbolizou a transição de uma formação de índole mais observacional para uma assente na prática de uma autonomia tutelada, e assim tornar-me mais confiante e preparada para o início da carreira clínica.

Em modo de reflexão crítica, irei abordar todo o ano letivo salientando os principais aspetos de cada um dos estágios parcelares bem como da Unidade Curricular Opcional (Apêndice A).

No estágio de Medicina Interna, o facto de ter tido à minha responsabilidade alguns doentes, permitiu-me desenvolver uma verdadeira autonomia tutelada. Desta forma, foi possível melhorar o meu desempenho nas funções que me foram incumbidas, de modo gradual. Relativamente a este estágio gostaria ainda de realçar mais dois aspetos. O primeiro referente ao contacto com outras especialidades médicas no seu contexto ambulatório e assim compreender a articulação e

(12)

outro está relacionado com o processo de morte e com o gerir de expetativas e emoções do doente, da família e as minhas próprias emoções, o que revelou ser um processo desafiante, mas de extrema importância na minha prática clínica futura.

No estágio de Cirurgia, integrei uma equipa cirúrgica e o facto de ter acompanhado as suas atividades clínicas diárias permitiu-me alcançar os objetivos que tinha estabelecido relativamente à participação em cirurgias no bloco operatório, bem como a prática de pequenos gestos cirúrgicos na pequena cirurgia que permitiu de alguma forma colmatar a componente de urgência. Reforço ainda o forte contacto com o internamento o qual evidenciou a importância da componente “não-cirúrgica” na cirurgia.

Saliento o facto de ambos os estágios, de Medicina e Cirurgia, terem decorrido no HFAR-PL, o que determinou o primeiro contacto com o Hospital que será um dos meus futuros palcos de ação enquanto Oficial Médica do Exército Português.

Relativamente ao estágio de MGF, este evidenciou a importância da abordagem biopsicossocial dos doentes no estabelecimento de uma relação médico-doente mais próxima e sólida que, juntamente com os restantes elementos e profissionais de saúde, permite aos Cuidados de Saúde Primários a prestação de cuidados de saúde de qualidade. Gostaria ainda de destacar o facto de a UCSP de Rio de Mouro se encontrar, à data do meu estágio, numa reestruturação com a finalidade de formar uma nova Unidade de Saúde Familiar (USF) permitindo-me constatar os desafios constantes da nossa profissão em prol dos nossos doentes e da comunidade.

Em relação à Pediatria, gostaria de salientar que o facto de ter estado num serviço de Pediatria Geral ao invés de um serviço mais específico foi mais benéfico nesta fase formativa. O contacto com patologias pediátricas mais frequentes, traduz-se a curto prazo num maior retorno do que o contacto com patologias menos comuns. A componente de urgência permitiu ainda o contacto com outro tipo de patologias também elas muito frequentes, e que motivam a ida ao SU, mas que, pela sua resolução muitas vezes auto limitada, dificilmente justificam internamento. Relativamente às duas semanas no Berçário, permitiram-me desenvolver o sentido crítico na observação autónoma dos recém-nascidos, na eventual deteção de sinas de alarme e conhecimento de protocolos de atuação, e ainda desenvolver a responsabilidade na comunicação com os pais.

(13)

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia foi um estágio fidedigno no que toca à abrangência da especialidade tendo em conta a multiplicidade de atividades com as quais contactei. O facto de ter estado sob a tutela de dois tutores, cada um mais direcionado para uma das vertentes, Ginecologia ou Obstetrícia, fez com que tivesse uma vivência muito rica em ambas. A componente de urgência foi a componente do estágio que mais me satisfez pois permitiu-me ver em atuação diversos protocolos materno-fetais, contactar com as principais patologias que levam “a mulher” à urgência e com situações clínicas urgentes. Destaco o caso de um hemoperitoneu por rotura de um quisto hemorrágico do ovário, assim como, o de uma cesariana de emergência por bradicardia fetal.

No estágio de Saúde Mental, um dos meus objetivos prendia-se com o conhecimento dos serviços de Saúde Mental em Portugal no que toca à sua organização. No ano transato, o meu contacto com a Saúde Mental foi em contexto de internamento, pelo que contactar, este ano, com o funcionamento de um Equipa Comunitária foi de encontro ao meu objetivo, evidenciando-se a multiplicidade dos cuidados que se pode oferecer a estes doentes. Para além disto, as visitas domiciliárias com a equipa de enfermagem concretizaram a importância da multidisciplinaridade envolvida nos modelos comunitários e da abordagem holística do doente nas suas componentes familiares, culturais e socioeconómicas e que condicionam não só a doença como também o tratamento da mesma.

Quanto à Unidade Curricular Opcional de Medicina de Emergência e Catástrofe e às formações extracurriculares, considero terem sido uma mais-valia para a minha formação uma vez que abordaram temas pouco discutidos ao longo do curso e que se enquadram em áreas do meu interesse pessoal e muito provavelmente profissional.

Por último, gostaria de expressar o meu profundo agradecimento à NOVA Medical School por me ter fornecido as competências necessárias para o início da prática clínica autónoma e incutido em mim a motivação para uma constante atualização de conhecimentos. Um reconhecimento merecido a todos os Professores, Assistentes, Tutores, e outros profissionais de saúde, bem como a Colegas, Camaradas, aos meus Pais e ao meu Namorado, pois todos, com o seu contributo na minha formação, ajudaram-me a concluir esta etapa de uma longa caminhada que ainda agora

(14)

5. BIBLIOGRAFIA

Cumming, A., & Ross, M. (2007). Learning Outcomes/Competences for Undergraduate Medical Education in Europe: The Tuning Project (Medicine), 1–28.

Victorino, R. M., Jolie, C., & McKimm, J. (2005). O Licenciado Médico em Portugal - Core Graduates Learning Outcomes Project.

NMS|Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (2016). Regulamento do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

(15)

´

(16)

APÊNDICE A – Cronograma do Ano Letivo 2016/2017

Data / Duração Unidade Curricular / Estágio Parcelar

Unidade Curricular Preparação para a Prática Clínica: Integração de Conhecimentos

12 de setembro a 16 de dezembro de 2016 e 2 a 13 de janeiro de 2017

(Duração: Semestral)

Regente Prof. Dr. Roberto Palma dos Reis

Estágio Parcelar de Medicina

12 de setembro a 4 de novembro de 2016 (Duração: 8 semanas)

Coordenador Prof. Dr. Fernando Nolasco

Local Hospital das Forças Armadas – Pólo Lisboa Tutor Dra. Rosa Cardiga

Estágio Parcelar de Cirurgia

7 de novembro a 16 de dezembro de 2016 e 2 a 13 de janeiro de 2017

(Duração: 8 semanas)

Coordenador Prof. Dr. Rui Maio

Local Hospital das Forças Armadas – Pólo Lisboa Tutores Dr. Bruno Ferreira e Dr. Pedro Campos

Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

23 de janeiro a 17 de fevereiro de 2017 (Duração: 4 semanas)

Coordenador Prof. Dra. Isabel Santos Local UCSP de Rio de Mouro Tutor Dr. Mário Machado Cruz

Estágio Parcelar de Pediatria

20 de fevereiro a 17 de março de 2017 (Duração: 4 semanas)

Coordenador Prof. Dr. Luís Varandas Local Hospital S. Francisco Xavier Tutor Dr. Edmundo Santos

Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

20 de março a 07 de abril e 17 a 21 de abril de 2017

(Duração: 4 semanas)

Coordenador Prof. Dra. Teresa Ventura

Local Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca Tutores Dra. Ana Paula Ferreira e Dr. André Correia

Estágio Parcelar de Saúde Mental

24 de abril a 19 de maio de 2017 (Duração: 4 semanas)

Coordenador Prof. Dr. Miguel Xavier

Local Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca Equipa Comunitária da Brandoa

Tutores Dra. Pilar Santos Pinto e Dra. Mariana Morins

Unidade Curricular Opcional Medicina de Emergência e Catástrofe

22 de maio a 2 de junho de 2017 (Duração: 2 semanas)

(17)

APÊNDICE B – Trabalhos apresentados no âmbito do 6º ano Unidade Curricular/

Estágio Parcelar Título

Data da Apresentação

Medicina

“Ibuprofen vs fosfomycin for uncomplicated urinary tract infection in

women: randomized controlled trial” – Journal Club. 11 de outubro de 2016

“Colangite Esclerosante Primária” – a propósito de um caso clínico. 4 de novembro de 2016

Cirurgia

“Hérnia Inguinal: Técnica de Lichtenstein vs TEP.

Será o Gold Standard sempre a melhor opção?” – a propósito de um caso clínico.

13 de janeiro de 2017

Pediatria “Bronquiolite Viral Aguda” – a propósito de um caso clínico. 10 de março de 2017

Ginecologia e

Obstetrícia “Infecções Sexualmente Transmissíveis”. 21 de abril de 2017

Medicina de Emergência e

Catástrofe

(18)

APÊNDICE C – Formações Extracurriculares

Anexo Data Local Descrição

A 15 de dezembro

de 2016

Hospital Beatriz Ângelo

5º Curso de Abordagem do Doente Urgente – Introdução à abordagem do trauma

B 4 a 6 de maio de

2017

Fundação Champalimaud

XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva

(19)
(20)

ANEXO A – 5º Curso de Abordagem do Doente Urgente – Introdução à abordagem do trauma

(21)

ANEXO B – XX Congresso Nacional de Medicina Intensiva/VI Congresso Lusobrasileiro de Medicina Intensiva

Referências

Documentos relacionados

Neste trabalho apresentamos o resultado de pesquisa realizada com acadêmicos de licenciatura da área de ciências da natureza da Universidade Estadual de Ponta

O incentivo á pratica de exercício físico em simultâneo com a ingestão adequada de alimentos, deverá ser um ponto a investir na política de saúde pública, a

Desperdício quantificado na linha de produção 8 (semana 20).. Tabelas utilizadas para conversão dos níveis de fase gorda e emulsão medidos com auxílio das réguas de aço

Como oportunidade de reestruturação do departamento e inclusão de um processo mais robusto e que atingisse os níveis desejáveis de tempo de preenchimento de vaga de um novo

Para esta intervenção, o governo português estava consciente de que a Santa Sé, para além da sua autoridade religiosa, possuía diversos meios de pressão e de influência como

Visualiza-se que o aumento de 1% no índice ANEEL de satisfação do consumidor (IASC) reduz a ΔDER em 0,0346%, o que mostra que a percepção geral da satisfação do cliente –

Keywords: optimal design; bifurcated tubes; heat flux; laminar and turbulent flows; minimum expenditure of power; constructal law.. Miguel is an Associate Professor of

Dessa forma, este trabalho de conclusão de curso possibilitou o estudo de alguns desafios regularmente presentes na literatura e cotidiano de empresas do segmento