uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
SANTA
cATAR|NA
CENTRD
DE
c|ÊNc|As
DA
SAÚDE
cuRso
DE
GRADUAÇÃD
EM
ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA
Ao
PACIENTE
No
PRE,
TRANS
E
PÓS
-OPERATÓRIO,
Fundamentada
na
Teoriade
Wanda
Horta,enfocando
Educaçao
em
Saúde,no
Hospital Universitario.
Autora:
Tatiana
Neves
FigueiraFlorianópolis
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA
AO
PACIENTE
NO
Í '`
I
PRE,
TRANS
E
PÓS,
¬OPERATÓRIO,
Fundamentada
na
Teoriade
Wanda
Horta,enfocando
Educação
em
Saúde,no
Hospital Universitário. ~
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Wíní
UFSC ENF eua Tatana sencaaopacenõ A.24 ccsM SM CC 'F(I(I /ks 97249 Fsc B F`gu N.Cham. ÍOI' 'Títu o .. .í__- __í.__ /\u Ex. U (Í(ÍEšDd 'T(Í(Í UFSC IEPJI7 0305 Ex. _ Florianópolis 1 996I1Orientadora:
Margareth Linhares Martins
Supervisoras:
Paula Leite
Eliana Souza
AGRADECIMENTOS
-
À
Professora Margareth pelo apoio, carinho e crença nomeu
potencial;
A
-
A
Paula, Eliana e Christiane,que
com
muita paciênciame
ajudaram a pôr
em
prática omeu
trabalho;-
A
toda a equipe da Unidadede
Internação Cirúrgica II: MariaPatrícia, Joacir, Olir, Augusta, Marilene, Daniel, Salete, Dulcelina, Maria
Ivone, Martinha, Dilce, Ernestina, Nazarete, Rode,
Marcos
Soares,Marcos
Silveira, e Márcia, pela receptividade, carinho e apoio; ,-
À
equipedo
Centro Cirúrgico, pela atenção;-
Aos
funcionários da Pós -Graduação
em
Enfermagem,
Dona
Helena, Chico, Patrícia e Christian;
-
À
amiga
Catarina,que
me
ajudou na “arte de se integrar”;-
Aos
meus
pais, pelo apoio;-
Aos
residentes Alexandre, André,Evandro
e Hélio pelapossibilidade
da
trocacom
reflexão;J
SUMÁRIO
Pag.|NTRoouçÃo
... ..oôOBJETIVO
GERAL
... ..09 Objetivos Específicos ... ..1OCONTEXTUALIZAÇÃO
DO
LOCAL
DO
ESTÁGIO
... ..11REv|sÃo
B|B|.|oGRÁF|cA ... ..13REFERENCIAL TEÓRICO
... ..17METODOLOGIA
... ..24CRONOGRAMA
... ..28APRESENTANDO
OS RESULTADOS
... ..29Objetivos Desenvolvidos e não Planejados ... ..41
REFLEXÕES
FINAIS ... ..45BIBLIOGRAFIA
... ..46|NTRoouçÃo
Este relatório teve
como
baseum
projeto assistencialque
éuma
exigênciada
Vlll Unidade Curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina.Apresentei no projeto a proposta
de
prestar assistênciade
Enfermagem
aos pacientesque
vão passar poruma
experiênciacirúrgica, relato aqui os resultados. Para tanto, escolhi
como
locais paraa realização
do
estágio obrigatório a Unidade de Internação Cirúrgica IIe o Centro Cirúrgico
do
Hospital Universitário da referida Universidade.Para a realização
do
estágio conteicom
a Enfermeira Paula Leitepara supervisão na Clinica, Eliana
Souza
e Christiane Ribeiro parasupervisão no Centro Cirúrgico e a Professora e Mestra
em
Enfermagem
Margareth Linhares Martins para orientadora.
Acredito
que
estas pessoas - as três primeiras Enfermeirasdo
Hospital Universitário e a terceira Enfermeira, Professora e Mestra
em
Enfermagem, reúnem
em
seus anos de experiências todo o conteúdoque
percebi ser essencial para a realização dessa prática assistencial, além
-.._-«W _ .
7
de
uma
identificaçãocom
a área cirúrgica e a existênciade
afinidades pessoais.Minha escolha pelo trabalho
com
pacientes cirúrgicos fundamenta-se no fato de
que
ao longodo
curso identifiquei-mecom
essa área etambém
por ter vivenciado esta situação anteriormentequando
fuisubmetida a
uma
cirurgia.O
processo cirúrgico gera fatoresestressantes,
como medo
do
desconhecido, da morte, a possibilidadede
sentir dor, separação da família, alteração da
imagem
corporal, entreoutros. Percebi nessa experiência a existência
do
estresse pelo qualpassa o paciente cirúrgico e
como
pode
seramenizado
quando
ocorreuma
explanação referente a todo o processoque
envolve a cirurgia( pré,tans e pós-operatório ); e observei,
que
não existeuma
interação entre oenfermeiro e o paciente. Essa interação deve ser conquistada,
mas
de
que
forma?Como
educar?Para responder essa pergunta, procurei saber qual a forma
de
fazer
uma
educação onde
o paciente realmente participassedo
processo educativo. Foi partindo desse ponto
que comecei
a procurarautores
que
discorressem sobreEducação
em
Saúde, paraque
eupudesse
desenvolveruma
assistênciade
Enfermagem
mais consciente evoltada para as necessidades
do
paciente. Destaco aqui entre outros,Freire, 1979 e Rezende, 1980. Percebi
que
esses autores,apontam
parauma
prática educativacomo
processo,onde
oeducando
se torna sujeitodo
processo, consciente e reflexivo.Rezende, 1980 p. 13,-”Lc_olocaÍque por “via
de
regra, o profissionalinformações, entretanto, frusta-se ao saber
que
as suas orientaçõesnão
foram seguidas”.
A
Educação
em
Saúde
deve buscar a troca e reflexão, atravésdo
dialogo, valorizando suas vivências, partindo dos anseios e dúvidas
do
paciente. Freire, 1979 p. 15, diz
que
“ohomem
deve ser o sujeitode
suaprópria educação”.
É através
da Educação
em
Saúde,que
apercepção
sobre oque
éuma
cirurgiapode
ser alterada,amenizando
assim os estressoresgerados pela experiência cirúrgica, evitando
uma
possível reinternação.Para desenvolver a
Educação
em
Saúde
assisti o pacienteem
trêsmomentos:
Pré, trans e pós - operatório. Enquanto conteúdo norteadorpara o desenvolvimento desta assistência optei pela Teoria desenvolvida
por
Wanda
de
Aguiar Horta, por ser utilizada no Hospital Universitário,onde
procurei buscarmais fundamentação
sobreEducação
em
Saúde,haja visto
que
a Teoria de Horta não contempla o suficienteem
relação aesse assunto.
Comojá
afirmei anteriormente minha intenção foi dialogar e refletirjunto
com
o paciente sobre o processoque
o envolvedesde
a internaçãoaté a alta e
consequentemente
a sua recuperação. Espero assim tercontribuído para
que
tenha havidoum
processo mais reflexivo entrepaciente e enfermeiro,
que
ambos
tenham
adquirido novosconhecimentos e
que
eu tenha ajudado paraum
relacionamento maisOBJETIVO
GERAL
Assistir o paciente cirúrgico no pré, trans e pós-operatório,
utilizando
uma
metodologiade
trabalhobaseado
na Teoriade
Wanda
Objetivos
Específicos
- Dialogar e refletir
com
paciente e familiares sobre acirurgia a ser realizada;
-
Acompanhar
o paciente na sala cirúrgica;-
Começar
os1”
cuidados deEnfermagem
do
pós -operatório já na sala
de Recuperação
pós anestésica;- Prestar cuidados de
Enfermagem
até o 29Pós
- operatório;- Auxiliar a
promover
o auto - cuidado, orientações para alta;- Aperfeiçoar os conhecimentos teórico - práticos;
coNTE×TuA|.|zAçÃo
Do
|_ocA|.
oo
ESTÁGIO
Este estágio se desenvolveu na Unidade de Internação Cirúrgica Il
e no Centro Cirúrgico
do
Hospital Universitário, situado noCampus
Universitário
da
Universidade Federal de Santa Catarina, Trindade -Florianópolis.
O
Hospitaltem
236 leitos distribuídosem
Clínica Médica,Pediátrica, Cirúrgica, Ginecológica e Maternidade,
atendendo
ainda anível ambulatorial.
O
Hospital Universitário possuitambém
uma
Unidade
de
Tratamento Intensivo (adulto e neonatal), Laboratório, Raio X,Banco
de
Sangue
e serviçosde
apoio.A
Unidadede
Internação Cirúrgica Il, possui 30 leitos,sendo
16para internação masculina e 14 para internação feminina.
Os
leitos sãodistribuídos
da
seguinte forma: a) Ortopedia: 2 leitos para internaçãofeminina, 2 leitos para internação masculina, b )VascuIar:
4
leitos parainternação feminina,
4
leitos para internação masculina, c) Plástica: 2leitos, d) Urologia: 2 leitos para internação feminina, 5 leitos para
4
leitos para internação masculina.A
divisão de leitos entre feminino emasculino
pode
variardependendo
da necessidadede cada
especialidade.
As
cirurgias mais realizadas são: colocação de prótese, correçãode
fraturasem
geral, varizes,amputação
e revascularização, correçãode
incontinência urináriade
esforço, prostatectomias, cirurgias orificiaise retirada de tumores de Cólon.
Trabalham
nesta Unidade de Internação Cirúrgica ll 8 Enfermeiros,15 Técnicos de
Enfermagem,
6 Auxiliaresde Enfermagem,
4 Auxiliaresde Saúde
euma
Escriturária.A
equipemédica
écomposta de
3 Ortopedistas, 4 Angiologistas, 2 Cirurgiões Plásticos, 4 Urologistas e 3 Proctologistas.
Na
Unidadede
Internação Cirúrgica II são atendidos pacientescom
idade superior a 13 anos e 11 meses.Também
serviucomo campo
de
estágio o Centro Cirúrgicodo
Hospital Universitário,
que
possui 5 salas cirúrgicascom
média
de 9cirurgiasldia. Neste setortrabalham 2 Enfermeiros e 33 funcionários
que
atendem
ainda a sala de recuperação pós-anestésicaque
funcionadentro da área cirúrgica.
A
maioria das cirurgias realizadas sãode
grande porte, ocorrendo ainda as de
médio
epequeno
porte.O
pacientepode
ser internado: via ambulatório ou via emergência.A
enfermagem,
assimcomo
os médicos,têm
livre acesso a todos osREv|sÃo
B|B|.|ocRÁ|=|cA
Desde
o iníciodo
século XIX a cirurgiatem
se desenvolvido tantoque
se tornou segura e benéfica.A
cirurgiamoderna
passou porduas
fases: o objetivo
da
primeira era tornar a cirurgia segura ehumana;
nasegunda, o objetivo era preparar o cliente para a cirurgia,
que
é aonde
aenfermeira
pode
atuar mais efetivamente.“Por mais
bem
planejada e executadaque
seja,uma
cirurgiaimplica
em um
grande estresse euma
tensão fisiológica ( síndromes ),para o paciente” (
BELAND,
1979). VSegundo
Caldas Aulete (apud
Horta, 1979 ), “síndrome é oconjunto dos sistemas característico de
uma
doença”, esta é acaracterística dos pacientes
que
são submetidos aum
tratamentocirúrgico.
Em
média,em um
período de 48 a 72 horas, ele passaráde
um
estado de independência ao
de
dependência, logo retornando à primeirase o pós - operatório for normal.
Esta síndrome inclui todas as necessidades
que
estão alteradasdurante o pré, trans e o pós-operatório.
As
necessidadesdo
serhumano
Hidratação, Nutrição, Eliminação,
Sono
e Repouso, Exercício eatividades Físicas, Sexualidade, Abrigo, Mecânica Corporal, Motilidade,
Cuidado
Corporal, Integridade Cutâneo-mucosa, Integridade Física,Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolitica,
imunológica, crescimento celular, vascular, -
Locomoção,
Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa, -Ambiente,Terapêutica. Necessidades Psicossociais - Segurança,
Amor,
Liberdade, Comunicação, Criatividade, Aprendizagem, Gregária,
Recreação, Lazer, Espaço, Orientação no
tempo
e espaço, Aceitação,Auto-realização, Auto-Estima, Participação, Auto-Imagem, Atenção.
Necessidades Psicoespirituais - religiosidade ou teológica, ética ou de
filosofia de vida.
As
necessidades mais afetadas durante o processo cirúrgico são:religiosidade; integridade cutâneo-mucosa;
percepção
sensorialdolorosa; oxigenação; eliminação; nutrição; regulação hidro-eletrolítica;
regulação vascular, regulação térmica; regulação imunológica;
comunicação;
mecânica
corporal; postura; segurança (emocional, físicae social); paciente fora
do
seu ambiente natural;educação
asaúde
(preparo pré, trans e pós-operatório).
Dependendo
de cada
paciente edo
tipode
cirurgia, poderão surgir outras necessidades (Horta, 1979).Beyerse
Dudas, 1989 classificam a cirurgiada
seguinte forma:a) para se obter material
de
um
tecido para exame, b) para observarestruturas internas para fins diagnósticos, c) para curar
doenças
pelaremoção
de
tecidos ou órgãos doentes, d) para reparar ouremover
tecidos e estruturas
que
sofreram traumatismos, e) para aliviar sintomas15
através
de
uma
cirurgia plástica, g) para realizarum
tratamentoprofilático.
Os
procedimentos cirúrgicospodem
ser classificadosde
modo
geralcomo
biópsias, procedimentos exploratórios, curativos,paliativos e emergências cirúrgicas.
A
experiência cirúrgica expõe o paciente a ambiente estranho edesconhecido, equipamentos complexos, muitos pessoas diferentes e
diversos procedimentos estressantes e por vezes embaraçantes.
O
paciente é solicitado a se ajustar ao estresseda
hospitalização,todos os eventos
fazem
com
que
o paciente se sinta vulnerável, inseguroe assustado.
O
que
mais se observaem
pacientes cirúrgicos é ansiedade pré-operatória,
dependendo
do
tipo de cirurgia vários são osestressores: a) Emocionais: o
medo
do
desconhecido,da
anestesia,da
morte, de
um
possível câncer; b) Físicos: possibilidadede
ficarincapacitado,
medo
da
destruição daimagem
corporal,medo
da
dor;c) Sociais: afastamento
do
trabalho, da possível perdado emprego,
responsabilidade pelo sustento da família, separação
da
pessoaamada
(Brunner, 1992).
Cada
indivíduotem
um
capacidade únicade
enfrentar os fatoresestressantes
que
possam
surgircom
a operação iminente.Cabe
aoenfermeiro observar e detectar quais são os estressores
do
paciente,buscandojunto
com
o ele e familiares a melhor forma para enfrentá-los.Talvez
uma
das melhores estratégiasque
o enfermeiro possautilizar para identificar os estressores junto ao paciente seja
OUVIR.
enfermeiro tranqüilo, compreensível e atencioso desperta a
confiança do
paciente” (Brunner, 1992).
A
educação
em
saúde
é outra estratégiado
enfermeiro,sabendo
utilizá-la,
de
forma horizontal, ou seja, partindo dos pressupostos,crenças e valores e das necessidades
do
paciente, aeducação
se tornaprodutiva e o paciente realmente reflete e se conscientiza sobre o
assunto
que
foi dialogado ( Freire, 1980).Não
encontrei trabalhosque
utilizemEducação
em
Saúde
com
pacientes cirúrgicos,
porém
existem diversos enfermeirosque atuam
com
saúde
coletiva utilizando aEducação
em
Saúde, entre eles Silva,1992
que
utilizou aEducação
em
Saúde
numa
unidade Básicade
Saúde
com
populaçãode
baixa renda e visoumudar
ocomportamento
daspessoas através
da
mudanças
de suas consciências, fazendo o serhumano
o sujeito maiordo
processo educativo. Outra autora, Martins,1995 que
realizouuma
prática assistencial deenfermagem
a partir daformação de
um
grupode
Ostomizados,onde
percebeuque
a relaçãoenfermeiro/cliente carecia de maior estímulo para o desenvolvimento da
consciência crítica de ambos,
onde
houvesseespaço
paraque
pudessem
participar ativamente das questões contextuaisque
osenvolviam.
Ambas
repensaram
em
seus trabalhos a formaque
aEducação
em
Saúde
era realizada, pois esta não conseguiapromover
mudanças
nasatitudes
da
população,sendo
assim procuraram meios para fazeruma
Educação
que: não subjulgasse o saber popular, conscientizasse apopulação para
que
elatome
suas próprias decisões,que
a populaçãoRE|=ERENc|A|_
TEÓR|oo
Falando
sobrea
Teoria deWanda
Horta...Para nortear a assistência ao paciente cirúrgico utilizei a Teoria
de
Wanda
de
Aguiar Hortaque
foi desenvolvida a partir da Teoriada
Motivação
Humana
de Waslow,que
sefundamenta
nas NecessidadesHumanas
Básicas,buscando fundamentação
sobreEducação
em
Saúde,haja visto
que
a Teoria de Horta não contempla o suficienteem
relação aesse assunto.
~›Horta coloca no conceito de assistir
em
Enfermagem:
fazer peloser
humano
aquiloque
ele nãopode
fazer por simesmo,
ajudar auxiliar,orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais,
colocado
em
prática no Plano Assistencial damesma
forma: supervisão,orientação, fazer, encaminhar, por esse motivo a teoria
fica
muitolimitada no fazer “para” o paciente e não “junto”
com
o paciente por essemotivo utilizei a
Educação
em
Saúde, para desenvolverum
novo olharEsta teoria apoia e engloba leis gerais
que
regem
osfenômenos
universais, tais sejam, por exemplo,
a
/eido
equilíbrio (homeostase ouhemodinâmica): todo universo (ambiente) se
mantém
por processos deequilíbrio dinâmico entre os seus seres;
a
/eida
adaptação: todos osseres
do
universo interagemcom
seu meio externobuscando
sempre
formas
de
ajustamento para semanterem
em
equilíbrio;a
/eido
ho/ísmo:o universo (ambiente) é
um
todo, o serhumano
éum
todo, a célula éum
todo, esse todo
não
émera
soma
das partes constituídaem
cada
ser..
Do momento
do
nascimento até a morte,cada
indivíduomantém
edefende seu
“TODO”,
sua“UNIDADE”.
Os
cientistas, teólogos efilósofos, no
passado
e no presente os médicos, dividem o serhumano;
odualismo corpo - espirito, desintegrando o ser
humano
em
partes.(HORTA,
1979).A
Enfermagem
se propõe a ver o paciente holisticamente, o serhumano como
um
“TODO”
dinâmico,em
constante interaçãocom
oambiente
em
que
ele está inserido, atuandode
maneira a alterá-Io epodendo
assim se adaptar auma
nova situação, às vezes inesperada.A
teoria aborda ainda que: a) o serhumano
é parte integrantedo
universo (ambiente) dinâmico, e
como
tal, sujeito a todas as leisque
oregem, no
tempo
e no espaço; b) o serhumano
estáem
constanteinteração
com
o universo (ambiente),dando
erecebendo
energia; c) adinâmica
do
universo (ambiente), provocamudanças
que
levam aestados de equilíbrio e desequilíbrio no
tempo
eespaço
(HORTA,
1979 ).O
processo cirúrgico gera fatores estressantescomo
omedo
do
desconhecido, a possibilidade de ter dor, a separação
da
família, da19
há
uma
exposição sobre oque
éuma
cirurgia ecomo
ela se procede.A
1
melhor forma
de
expor o assunto é atravésda Educaçao
em
Saúde.Trentini e Silva, (apud Martins, 1995),
destacam
no seu trabalho oprocesso educativo, no qual o enfermeiro e o paciente compartilham
saberes
com
intuitode
desenvolver formas para enfrentar efetivamenteos estressores gerados.
Busquei então outros autores
que
escreveram sobreEducação
em
Saúde
para aprofundar-me nesta nova direção para a educação.Dudas, (apud Martins, 1995), destaca a importância
em
aprenderformas para enfrentar a
doença
e seus efeitos.A
autora reforça para anecessidade de participação ativa
do
cliente no processode
aprendizagem, para a
educação
ser significativa.Falando
sobreEducação
em
Saúde...A
aprendizagem
se dá no contextodo
indivíduo atravésde
reflexões para reforçar seu conhecimento ou alterar a
compreensão
darealidade.
A
partir disto, as pessoas reforçam ou reavaliam suasmaneiras de pensar para manter ou transformar a realidade e sua
relação
com
o ambiente.Para ser positiva para o educando, a
educação deve
seremancipatória (Wa|dow, 1993).
O
enfermeirotem que
fornecer subsídiosao paciente para que,
cada
vez mais ele se torne independente e necessitecada
vezmenos
de
cuidados.A
educação tem
por objetivo permitir, atravésdo
diálogo,i
desenvolver junto
com
o paciente formas para diminuir ou eliminar oidéias
de
um
sujeito para outro,nem
tampouco
se tornaruma
simples trocade
idéias a serconsumida
pelas pessoasque
participamdo
processo educativo, elas
têm que
refletir sobre oque
é dialogado(Freire, 1981).
O
diálogo se processa através da palavra, mas, ao encontrarmos apalavra, na análise
do
diálogo,buscamos
também
seus elementosconstrutivos:
ação
e reflexão.A
“palavra”que
não sepode
transformarem
realidade setransforma
em
palavreria, verbalismo, blá-blá-blá. Se, pelo contrário seenfatizar a
ação
com
sacrifício da reflexão, a palavra se converteem
ativismo, e ao minimizar a reflexão, nega
também,
a praxis verdadeira eimpossibilita o diálogo (Freire, 1981).
*O
diálogo é a base para aEducação
em
Saúde, sefundamenta
noamor
aomundo
e aos homens, na humildade, pois o diálogonão
pode
serum
ato arrogante e na intensa fé nos homens, no seu poderde
fazer ede
refazer, criar e recriar.
O
diálogo se fazcom uma
relação horizontal,em
que
aconfiança de
um
pólo no outro, é consequência óbvia ( Freire,1981).*
A
educação tem que
ser na “forma horizontal”, partindodo
conhecimento, das crenças e valores
do
paciente,em
formade
diálogo,e não na “forma vertical”,
que
seria omodo
no qual o enfermeiroapenas
recitaria
um
monólogo
de orientações e não teria a certezada
conscientizacão
do
paciente e se elemodificou
seu hábitosde
saúde.Nesta linha
de
pensamento, várioseducadores
vêm
refletindo21
Entre eles, Freire no qual
me
instrumentalizei para desenvolver aEducação
em
Saúde. Freire, 1981, contrapõe a pedagogia tradicional(Educação
Bancária),com uma
pedagogia popular, ou seja, pedagogiaproblematizadora.
Ao
caracterizar as duasconcepções
opostasda
educação, Freire identifica o
educando
naeducação
bancáriacomo
um
depositário
(como
nos bancos), escuta docilmente,segue
a prescrição, émero
objeto, adapta-se às determinaçõesdo
educador. Enquantoque
oeducador
é o detentordo
saber, ele pensa, fala, opta, prescreve,identifica a autoridade
que
lhe compete, ado
saber,sendo
o educador,então, sujeito
do
processo educativo.Já na
educação
problematizadora, Freire propõe a emancipação,ou seja, o
educando tem
liberdade de pensamento,de
ação, de decisão,e participa ativamente de todo o processo educativo;
ambos
aprendem
juntos,
educando
e educador.O
sabertem
o papel emancipador, namedida que
permite ao serhumano
conscientizar-sede
seu problema,colocando-se
como
sujeito,capaz
de criar, recriar etomar
decisões.z
Educar
é o ir além, a lucidez para aquiloque
se passa no cotidianosem
perceber; a energia de enxergar além das idéias preconcebidas econdicionamentos culturais, permitindo-se o desligamento
de
preconceitos tradicionais; entusiasmos por insights e significados
que
requerem
a detecção dos pressupostos; inclinação para estabelecerestratégias;
compromisso
para abusca
da verdade; flexibilidadeem
descobrir e usar
opções
e infundir o todocom
ideal moral dehumanidade
ede
cuidar l cuidando. Desta forma, aemancipação
compreende
se questionar, confrontar-secom
a fácil aceitação eAcredito
que
através daEducação
em
Saúde
desenvolvidacom
pacientes cirúrgicos hajauma
melhora na assistênciade Enfermagem,
tornando-a mais crítica, interativa e
humana.
Descrevo a seguir os conceitos
que
me
nortearam no transcorrerdo
estágio.CONCEITOS
0
SER
HUMANO
como
parte integrantedo
ambiente está sujeito aum
estadode
equilíbrio e desequilíbrio notempo
e no espaço, distingue-se
dos demais
seres vivos por sua capacidadede
reflexão, por serdotado
do
poder de imaginação e simbolização e poder unir presente,passado
e futuro. Estas característicasdo
serhumano
permitem suaunicidade, autenticidade e individualidade.( Horta ,1979)
A
ENFERMAGEMé
a ciência e a arte de assistir ao serhumano
noatendimento
de
suas necessidades básicas, de torná-Io independentedesta assistência,
quando
possível, pelo ensinodo
auto - cuidadoatravés da
Educação
em
Saúde; de recuperar, manter epromover
asaúde
em
colaboraçãocom
outros profissionais (Horta, 1979 adaptado).AMBIENTE
é entendidocomo
o conjuntode
condiçõesgeográficas, históricas, sociais,
econômicas
e políticas,em
que
o serhumano
esta inserindo eem
recíproca evolução e transformação.Nas
múltiplas relações sociais, o ser
humano
que
passa poruma
cirurgia se23
própria realidade. Esta relação é
um
desafio
para ele e para osprofissionais de saúde,
que
enfrentam juntos as suas condiçõesespecíficas.( adaptado, Martins, 1995).
A
EDUCAÇÃO
EM
SAÚDE
tem
por objetivo permitir atravésdo
diálogo , desenvolver junto
com
os pacientes formas de diminuir oueliminar os fatores estressantes provenientes
da
situação cirúrgica,assegurando
uma
participação consciente, dinâmica e reflešivados
METODOLOGIA
Para pôr
em
prática a realização de alguns objetivos e poderregistrá-los usei o Processo
de
Enfermagem
utilizado no HospitalUniversitário
que
estáfundamentado
na Teoria das NecessidadesHumanos
Básicas deWanda
de Aguiar Horta, atravésdo
processo deEnfermagem
ebaseado
no Prontuário Orientado paro oProblema
(P.O.P), preconizado por
LAWRENCE
WEED,
contendo O4 etapas.®
H|sTÓR|co
DE
ENFERMAGEM
- É o roteiro sistematizado para o levantamento
de
dados do
ser
humano.
.
Características: `
a) Concisão - o histórico deve ser conciso,
sem
repetições,claro, preciso.
b) Informações
que
permitam darum
cuidado imediato.c) lndividualização - o histórico é individual e deve permitir
25
d)
Não
duplicar informações. ( Horta,1979)
>
A
coletade dados
é feita na admissão ou na primeiras horasde
internação, acrescida de outros
dados que
possam
surgir durante toda ahospitalização;
>
A
Enfermagem
não lista o problemacomo
prevê o sistema P.O.P,mas
apenas
sublinha, após anotá-los no histórico. (Método de
Assistência
de
Enfermagem
do
Hospital Universitário, texto fornecido nosemestre 95/1 na disciplina
Fundamentação
Teórica paraEnfermagem)
®
PLANO
INICIAL- É a determinação global da assistência de
enfermagem
que
o ser
humano
deve receber diante dos problemas levantados. ( Horta,1979)
>
Representada a previsão geral das ações destinadas aresolver os problemas
do
paciente durante o períodoem
que
estiversob
orientação profissional;
> Os
problemas deEnfermagem
sublinhados no Históricosão
denominados
PROBLEMA
ng 1.>
Para operacionalizar o plano inicial utilizam-se,de
acordocom
HORTA,
os verbos indicados dos vários níveisde dependência do
paciente, ou seja,
FAZER
elouAJUDAR,
ORIENTAR
elouSUPERVISIONAR,
ENCAMINHAR.
- Entende-se
também
por orientar: dialogar, conversar sobre;baseando
do
Hospital Universitário, texto fornecido no semestre 95/1 na disciplinaFundamentação
Teórica paraEnfermagem)
®
PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM
- É o roteiro diário
que
coordena aação
da equipe deEnfermagem
nos cuidadosadequados
ao atendimento das necessidadesbásicas e específicas
do
serhumano.
( Horta, 1979 )> Na
prescrição, aenfermagem
operacionaliza os cuidadosprevistos na categoria fazer e I ou ajudar
do
plano inicial;>
As
ações ou cuidadosde
enfermagem
previstos nasoutras categorias não
constam
da prescriçãode enfermagem. São
executados pelo profissional enfermeiro e os resultados registrados na
EVOLUÇÃO.
(Método de
Assistênciade
Enfermagem
do
HospitalUniversitário, texto fornecido no semestre 95/1 na disciplina
Fundamentação
Teórica paraEnfermagem)
@
EvoLuçÃo
DE
ENFERMAGEM
É o relato diário ou periódico das
mudanças
sucessivasque
ocorrem
no serhumano
enquanto estiver sob assistência profissional.A
~
evoluçao é,
em
síntese,uma
avaliação global da prescriçãode
enfermagem
( Horta, 1979 ).>
A
evolução é organizada na forma de :S. -
Dados
subjetivos;O. -
Dados
Objetivos;A. - Análise dos dados;
P. - Plano de tratamento; A
>
As
informaçoes e observaçoes referidas pelo paciente,familiares ou
amigos
são registradas nosdados
SUBJETIVOS.
Éonde
o27
paciente vai expor os seus problemas ( estressores ) e
como
ele osenfrenta.
>
As
observações, osdados
mensuráveis obtidos pelaequipe são registrados
como
dados
OBJETIVOS. São
anotadostambém
os relatos dos cuidados e tratamentos prestados,
bem como
o resultadodas orientações
dadas
ao paciente e l ou familiares;>
Na ANÁLISE
o enfermeiroEXPLICA
eINTERPRETA
osdados
objetivos e subjetivos,define
um
problema ( estressor )num
graumaior
de
precisão, avalia a evolução da conduta adotada se o pacienteestá conseguindo enfrentar o estressor de maneira positiva, identifica
novos estressores e registra as razões para manter,
mudar
ouabandonar
uma
determinada estratégia;>
As
decisões para tomar nova condutabaseada
em
novos____ cone WN _: Dong _: OOUNF 8 _: OOHÊ Mg
Ê
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OS
RESULTADOS
Objetivo :
><?Dialogar
erefletir
com
paciente
efamiliares sobre
a
cirurgia
a
ser
realizada;
No
decorrerdo
estágiopude
acompanhar
sete pacientes no pré,trans e pós-operatório.
Neste primeiro
momento
pré-operatório, eu priorizava orientar edialogar
com
o paciente equando
possívelcom
os familiares sobre acirurgia
que
ele iria se submeter,buscando
identificar fatoresque
gerariam ansiedade.
A
maioria dos pacientes colocava os seguintes fatorescomo
geradores
de
ansiedade: separaçãoda
família;como
será o atoNa
revisão bibliográfica, Brunner, 1992, Beyers e Dudas, 1989citam o
medo
da
mortecomo
um
dos fatores geradoresde
ansiedade,porém
nenhum
dos pacientesque
tive contato relatoumedo
de
morrer,os outros fatores referidos por eles estão dentro
do que
foi descrito.Dentro
do que
é preconizado por Horta, 1979, identifiquei asNecessidades
Humanas
Básicasque
estavam afetadas,que
poderiamser trabalhadas através
da Educação
em
Saúde
foram estas: gregária,segurança, auto-imagem,
percepção
dolorosa.As
NecessidadesHumanas
Básicas afetadas foram registradas noprontuário
de
acordocom
a metodologia proposta.A
Educação
em
Saúde
foi realizada atravésdo
diálogo,preconizado por Freire, 1981, de forma contínua e progressiva,
buscando
assimuma
interaçãocomo
o paciente.Durante o estágio consegui interagir
com
seis dos setes pacientes,já no pré-operatório.
Para avaliar se houve ou não interação, é
um
pouco
difícil, pois osdados
são subjetivos,do
mesmo
modo
que
o pacientepode
expor quaissão os motivos da sua ansiedade, ele
pode
dizerque não
se senteansioso,
cabendo
a mim, ter a sensibilidadede
avaliar se houveinteração por outros dados,
como
acomunicação
não verbal; acomunicação não
verbal é tudoque
o paciente expressa eque pode
suplementar
uma
informação verbal: atitudesque
o paciente adotafrente ao Enfermeiro e
com
outros pacientes, sua postura ou posição noleito, expressão facial, gestos, entre outros.
O
toque, outro aspecto dacomunicação
não verbal, é , talvezuma
das suas mais importantes31
sentimentos
de
empatia econfiança
(Du Gás, 1986, Stefanelli, 1993).A
maioria dos pacientes secomunicava
com
muita facilidade;com
apenas
um, dos setes paciente, foi difícil esta interação. Pela dificuidadede
conseguirum
diálogocom
esse paciente eu tentava “fugir”, alegandoque
não teria retorno àEducação
em
Saúde
com
esse paciente. Euqueria
um
retorno imediato e ser reconhecida por isso. Gonzaga, 1992 p.128, cita
em
seu trabalho “quenem
tudo ocorrecomo
você quer, poisé importante respeitar posições e ritmos
que
não são seus,pode
serdifícil,
mas
é oque
torna rico o processo educativo, principalmentequando
se concluique
as diferenças continuarãosempre
presentes...”.Esse paciente
ficou
internado antes da cirurgia porduas semanas,
tinha características sociais
que
eu não estava preparada paraentender. Ele aos seis anos desenvolveu problemas intestinais,
que não
ficaram
totalmente esclarecidos, oque
o levou a terum
abdome
volumoso. Eu,
em
conjuntocom
a minha supervisora,chegamos
aconclusão,
após
termos conhecido sua família,que
ele foisempre
bastante introvertido e não mantinha
um
convívio social normal paraum
garoto
de
dezessete anos.Ao
chegar no hospital ele adotou amesma
postura
de
isolamento.A
família, acredito ter contribuído para essecomportamento, pois
quando
os pais estiveram no hospitalnão
sepercebia o interesse deles no cuidado
com
o filho e não existia,aparentemente, troca de carinho,
podendo
seruma
formade
rejeição ouo
modo
de
vida normal da família.Com
o passar dos dias,houve
uma
interação
não
verbalcom
esse paciente, poiscomecei
a observar melhorsua forma de expressar os sentimentos: o olhar e uns sorrisos tímidos,
como
seria a cirurgia e a resposta era a elevaçãodo
ombro
parecendo
“tanto faz”.
Após
eu ter falado sobre a cirurgia, perguntei se ele tinhaalguma
dúvida, ele: Não.
Se
ele havia entendido: Hã, Hã.No
começo
é frustrante, pois eu queriaque
ele falasse, colocassetudo o
que
sentia paraque
eupudesse
ajudá-Io, depois, se tornouum
desafio
a ser vencido por mim.O
diálogocom
os outros paciente foi fácil, eume
apresentava ede
forma informal ia conversando
com
o paciente a respeitode
como
ele sesentia, se já havia
passado
por situação semelhante oualgum
entequerido, e assim ia esclarecendo dúvidas e
me
mostrando
sempre
receptiva. Orientações
também
era feitasquando
o paciente queriasaber
como
voltaria da cirurgia: provavelmentecom
sonda, soro, entreoutros.
O
preparoadequado
ajuda a aliviar a ansiedadedo
paciente e aobter
uma
cooperação
e participação, é oque
vai acelerar o processo de33
Objetivos:
*Acompanhar
o
paciente
na
sala
cirúrgica;
2?
Começar
os
1% cuidados
de
Enfermagem
do
pós
-operatório
já
na
sala
de
Recuperação
pós-
anestésica;
O
paciente, namedida do
possível é recebido pela Enfermeirado
Centro Cirúrgico e conduzido à saia cirúrgica.
Pude
recepcionar todosos paciente
que
me
propus.Quase
todos os pacientes,menos
o garotode
dezessete anos, verbalizaram sobre a minha presença tranquilizadora, e importante:"ã‹¢a¢éa¿amz'øza¿9‹‹e'm¢a«éeada' "
.,,¡ ..
øíéƒøíeäfia/mameømøudaa
gøawtaaocêéateêmaaø' ededcmda' "
Citações feitas por pacientes no Centro Cirúrgico.
Ouvir essas frases, entre outras, é muito gratificante, é o
reconhecimento
da
minha assistência.O
garoto,segundo
relato da supervisorado
Centro Cirúrgico,demonstrou
a travésdo
olhar se sentir mais segurocom
a minhapresença, pois tudo
que
lhe era falado ouque
era feitocom
ele olhavapara mim.
O
paciente ao chegar no Centro Cirúrgico, é levado para a salaNa
sala cirúrgica, eu ajudava a colocar o paciente namesa
e a prepará-lo para a anestesia.Esse ato parece simples,
mas
sóquem
passa poruma
cirurgiasabe
o quanto é constrangedor ficar despida na sala e cheiade
pessoasestranhas, então tinha
sempre
o cuidadode
descobrir omínimo
possívelos pacientes. Esse cuidado é
sempre tomado
pela enfermeira e equipede
Enfermagem
do
Centro Cirúrgico.Por motivo
de
horário ( porque as cirurgiassempre acabavam
após
as 12:00 h. ), eu nãoficava
até o paciente retornar ao quarto,mas
sempre
esperava ele acordar.Por conhecer os pacientes previamente
da
unidade, a assistênciase torna mais
ampla
e completa, poisquando
o pacientechega
ao Centrocirúrgico às vezes não se
tem
tempo de
ler o prontuário e obterinformações mais detalhadas, é no trans-operatório
que
o enfermeiropode
ler o prontuário para poder fazer as anotaçõesde
enfermagem
sobre a cirurgia e posteriormente a prescrição
de enfermagem.
Acompanhar
o trans-operatóriome
ajudou a explicar melhor aopaciente
como
é realizada a cirurgia e segurança para os cuidadosdo
pós-operatório.35
Objetivos:
*Prestar
cuidados
de
Enfermagem
até o_22
Pós
- operatório;><?Promover
o
auto
-cuidado, orientações
para
alta;Quando
elaborei o projeto não tinha anoção que apenas
48 horasapós
a cirurgia nãoeram
suficientes para a realização dos objetivos porisso eu
acompanhei
os pacientes até a sua alta.Durante o estágio fiquei várias vezes administrando a unidade,
tendo
que
resolver inúmerospequenos
problemas, por isso eunão
realizava higiene e conforto, a não ser
quando
o pacientenão
queriatomar
banho, aparentementesem
nenhum
motivo, eu então ia ao quartoe conversava
com
o paciente paraque
ele refletisse e seconscientizasse, concluísse
que
erabom
e saudáveltomar
banho.Os
outros procedimentoseram
feitos pormim
como:
troca decurativo e bolsa
de
ostomia ( caso houvesse), retiradade
pontos,sondas, soros e qualquer outro procedimento.
Após
os cuidados,eram
feitos os registrosde
enfermagem
em
impresso próprio
do
Hospital Universitário.A
descrição dos cuidadostambém
eram
passados oralmente para o técnicode
enfermagem
que
estava responsável pelo paciente.
Durante os procedimentos eu já conversava
com
o paciente,informalmente para estabelecer ou reforçar o vínculo,
pude
observar etambém
por comentáriode
técnicos,que
o paciente só expõeverdadeiramente o
que
está sentindo epensando
quando
elepercebe
ointeresse
da
pessoaque
cuida dele equando
confia.Num
meio extra - hospitalar,como
conseguimos
confiarem
alguém
para expôr nossos problemas ? Eu
penso que
começa
com
conversasinformais e
com
a convivência. Porque
não agirda
mesma
forma noHospital ? Afinal são pessoas iguais a nós,
em
situação diferente!Por isso
penso que
é muito importante a atenção individualizada, oolho no olho, o respeito
com
o paciente, paraque
ele se sinta a vontadepara falar ou não.
É
através desse vínculoque
eu conseguiuma
interação maiorcom
os pacientes no pós-operatório.Essa interação serviu
como
base para eu fazer orientações para aalta.
A
Educação
em
Saúde
para alta foram trabalhadascom
todos ospacientes, cito aqui
apenas
duas por terem mais riquezade
conteúdo.Paciente F., masculino, 63 anos é portador
de
Diabete Mellitusdo
tipo II, diagnóstico
de
Arteriopatia. Cirurgia realizada: By-pass aorto-femural.
Esse paciente tinha
uma
característica muito raraem
relação aoutros pacientes
de
modo
geral: “ o questionamento”Sempre
perguntava sobre tudo oque
era feito para ele, por essacaracterística os funcionários
reclamavam
dele dizendo:eae ,ø¢c‹'e‹¢z'e é cáata, metida.
Essas palavras eu ouvi várias vezes,
quando
ouvia perguntavapara essa pessoa:
37
Então eu fazia a seguinte pergunta:
sua
gua ek ¿ céaía ,áo/zgaegaedchaaada e fiaçøaøtaada a gae aocêa
e¢z'ãa{a;eado.7
"7zzmaz«éfi0zzzm.zzz¿zzzzzzzzzzz¢..."
Eu expunha que
meu
ponto de vista o paciente estava exercendo asua cidadania
quando
perguntava, questionavacada
procedimento, elesabia quais
eram
os seus direitos.Outro ponto é
que
ele já tinha conhecimentos específico sobre aDiabete.
A
minha função então seria só reforçar oque
ele sabia e colocaralguns pontos novos, caso houvesse necessidade.
O
processo foirealizado
da
seguinte maneira:Primeiro perguntei o
que
ele sabia, assimde
uma
forma geral, oque
é Diabetes, aqui nãovem
ao caso saber se eleconhece
informaçõesdetalhadas e cientifica.
ae eafiøza ela ataca, ,, "
a@‹'a¿øz'e¢¢e‹:a¿daø¿‹'aad‹'ae
aaaaa ,áoøk ae deaaøcdaa'
"
Eu reforcei e valorizei o
que
ele relatou, desta forma ele se sentiu àvontade até
mesmo
para seguir assunto.O
paciente mostrou-seinteressado:
M
mamé.
aaa
aazpa tem wwdadzé."
Então
ficávamos
todos os dias até próximo da sua alta trocandoAtravés
do
diálogo houve a interação, trocade
informaçõescom
reflexão.
Para Horta (1979), as orientações sobre Diabetes seriam
apenas
fornecidas, ao paciente, provavelmente todas
de
uma
vez, pois aprescrição
de
Enfermagem
seria:ORIENTAR
paciente sobre cuidadoscom
Diabetes Mellitus, e na sua alta,ENCAMINHAR
para serviçode
Diabetes Mellitus.Dentro desse contexto o paciente
não
se tornaria independente(WaIdow, 1993).
O
próximo passo é fazer o feedbackcom
o paciente paraque
tantoeu
como
o pacientetenhamos
a certezaque
ele saberá se cuidarsozinho:
"Ô ceøzéafz lemäm a gae aamzewamaa
aaäzeafiiezäetee?
ma¿Áø¢.e¿4¿g‹‹e‹:a¿d4dem¿m/"
A
partir desse ponto ele relatou explicando todos os cuidadosque
se
deve
ter.D
Note
que
ele falouque
a esposa équem
cuida dele, senão
trazproblemas ao tratamento
do
paciente nãodevemos
querermudar
o seucotidiano.
Voltando aquele paciente de dezessete anos. Eu consegui
uma
interação verbal significativa
com
ele, pois perto de sua alta ele jácomentava
sobre os cuidadosque
eu realizavacom
ele, acredito ter39
Nas
Instituições Hospitalares, geralmente, aEducação
é realizadano
modelo de
Horta sob forma de orientação, “depositando” no pacienteador sujeito
do
processo e oeducando
entífico,
sendo
oeduc
o saber ci
eire (1981).
um
objeto, FrObjetivo:
2? Desenvolver habilidades técnicas.
de
procedimentos aserem
No
projeto não coloqueimetas
alcançadas, por acreditar
que
isso gerariauma
certa ansiedade.Os
procedimentos foram feitos a partir de oportunidades
que
surgiam.Os
procedimentos nocomeço
do
estágio foram feitoscom
assupervisoras,
cada
uma
na sua área, depois eu os realizavasem
'
ue
elaseeu
sentíamos segurança.supervisão na
medida
q ¿¿z;›. _ , .=›;¿'.«z,¢¬f~›¬¿‹.;‹.z:,;â.'+z.:;;×,¡;« \"×ë;«§.1‹‹~¿,z:›»-:°~fw»¿›;ê'~".»:¿‹:,-^=wa
` cc _:5:¡:55$E:5:5:¡:§É_ '-ê››z,,,z;;« ,,. ,,,,»§, M2. ' Az , «ms ' øâ ., « ,....-;z.› ,af š~“;1;âz^«,«é› , ~»›‹'Í¢€< “Retirada de Ponto 32 13 Curativo Retirada de Dreno ~ de Cateter de Oz 03 08 Instalaçao Glicemia Capilarm
de Sonda Vesical 08 da de Sonda Vesical 10 06 Retira Sonda Nasogástrica Passage RetiradadeI
:E*»-«”°“°°°“`;~*Wâ,"`›^~^i›*~ê;`>W<*tëf->`*Í“- ...çi ››1›: » , vs *~ ¬,, t , zw; ~,‹~ :Í ‹ \;';‹-za; ' , ,z zé?? "Í :' ,› z « *tr fz:`f ; .f %:â,z@z;;'° .Í X' S 'W › ' ; Aí ‹ ,f ' ¬ . - xt* & gw; 'f' ~ '-' _ ¿¿ ,V › H Y z Mi/ f, (,,,¿-- , <`›«~»-z,,,, ,~ - W MW, ,»:<×~-z«««~^~» zm/íífí' '-'¢4>- ' ' ' Ç f W W,/,WM š21í¿ÇÊ¿;» M. “Má Punção Venosa 22 02 Punção Arterial
Troca de Bolsa de Ostomía 12
A
realização desses procedimentosme
forneceu maisoportunidades de interagir
como
os paciente, pois durante osestava fazendo e se ele
procedimentos conversava sobre o
que
41
Objetivos
Desenvolvidos
e
não
Planejados
nv
Receber
o
plantao.
A
passagem
de plantão era realizada às 07:00 h.,onde estavam
presentes a equipe de
enfermagem
damanhã
edo
turnoda
noite.Na passagem
de
plantão o enfermeirodo
turnoda
noite relatacomo
passoucada
paciente internado, paraque
o Enfermeirodo
turno matutino possa planejar e priorizar a assistência deenfermagem
e teruma
visãoampla
da unidade.Eu
estive presenteem
todas aspassagens
de
plantãode
segunda
a sexta feira no período da manhã,
podendo
assim discutircom
a enfermeirada
unidade a melhor forma de prestar assistência aos pacientes.Durante o estágio tive a oportunidade
de
participar e relatarinformações através da
passagem
de
plantão, pois a partirda
3 Ésemana
O I
Fazer
visita
diaria
aos pacientes
A
visita diária era feita após apassagem
de plantão,onde
era feitapor
mim
e pelo enfermeirodo
turno.A
visita é muito importante e necessária , pois é nestemomento
que
o Enfermeiropode
prestaruma
assistência mais individualizada e obter informações mais detalhada sobre o paciente através daobservação e avaliação
do
seu estado geral e específico.Os
pacientes relatam nessa visitacomo
passaram
a noite, sesentiram dor,
expressam
sua ansiedade sobre:quando
será realizado oseu exame; sua cirurgia;
quando
será retirada a sonda;quando
voltarãoa comer; se está tudo
bem com
ele, entre outras coisas. Nestemomento
tentava sanar as dúvidas e problemas dos pacientes explicando e fazendo-o refletir sobre a sua situação.
É
através da visitatambém, que
o Enfermeirotem
a visãode
como
está a organização geral da unidade: se está
em
ordem, limpa, se todosreceberam
café, se os pacienteque
precisam ficarem
jejumnão
estãocomendo,
entre outros., Outra visita importante é a
do médico
e residentes, é nesta visitaque
tive a oportunidade de aprofundar conhecimentos teóricos sobrevárias patologias e
de
contribuircom
informações sobre os pacientes,43
Administração
Geral
Por várias vezes fiquei administrando a unidade
da
seguinte forma:-
Dando
informações sobre pacientes internados;-
Encaminhando
pacientes paraexames
externos e internos;-
Sanando
dúvidasde
técnicos e auxiliares sobre condutacom
opaciente
quando
possível.- Autorizando e
recebendo
pacientes para internação, mediante aconsentimento
do
Enfermeiroda
unidade e organizando o prontuário;-
Fazendo
registro e orientaçõesde
alta;-
Fazendo
evoluções de outros pacientesda
unidade.Esse objetivo realmente só foi alcançado através
da confiança que
o enfermeiro, entre eles a minha supervisora Paula S. Leite, depositaram
em
mim, eles acreditaram na minha capacidadede
liderança ebom
senso para resolver questões
que
surgiam no dia a dia. Essaconfiança
éconquistada dia a dia entre erros e acertos.
Não
é fácil você se integrara
um
grupoque
já está formado, vocêtem que
ser humilde, aceitarcríticas, mostrar competência, disponibilidade, conhecimento teórico e
na
Elaboraçao
do
roteiro
para
preparo
PRÉ-OPERA TÓRIO
Este roteiro inclui as ações gerais
de
Pré-operatório, preparoespecífico para
cada
cirurgia, áreas' para tricotomia e informaçõesessenciais
que
devem
ser passadas ao paciente. Foi elaborado pormim
em
conjuntocom
a Enfermeira Supervisora Paula S. Leite durante o estágio.Esse roteiro teve
como
base trabalhos já elaborados por outrasEnfermeiras,
porem
não contemplava todo o assunto e erade
difícilconsulta.
O
objetivo desse roteiro é servir de fontede
consulta para alunos eREFLEXÕES
|=|NA|s
-
Ao
concluir o estágio, éque
avaliei oquando
cresci,como
pessoae
como
acadêmica, tudo oque
passei, vou lembrar para sempre, serviráde
base para omeu
futuro profissional.- Espero timidamente,
que
esse trabalho sirvade
inspiração paraoutros
acadêmicos
e atémesmo
a outros profissionais,que tenham
odesejo
de
criar e ousar.; - Trabalhar utilizando a
Educação
em
Saúde
foiextremamente
gratificante, pois através dela tive a oportunidade
de
fazer “junto”com
opaciente e descobri
que
ao terminar o estágio eu já estavapensando que
ambos,
enfermeiro e paciente,aprendemos
sempre
juntos sóque de
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