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RADIOFREQUÊNCIA: REVISÃO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM FISIOTERAPIA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL

MARISTELA QUEIROZ ROSSIGNOLLI

RADIOFREQUÊNCIA: REVISÃO

GOIÂNIA 2013

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MARISTELA QUEIROZ ROSSIGNOLLI

RADIOFREQUÊNCIA: REVISÃO

Artigo apresentado ao curso de Especialização em Fisioterapia Dermatofuncional do Centro de Estudos Avançados e Formação integrada, chancelado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Orientadora: Prof. M. S. Alessandra Ferreira de Noronha.

GOIÂNIA 2013

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RESUMO

Radiofrequência (RF): Revisão

Introdução: Desde 1892 a energia eletromagnética é usada com fins medicinais e em 1899 os efeitos desse aquecimento em materiais biológicos foram reconhecidos e teorizados por fisiologistas. Com o desenvolvimento tecnológico a RF de forma não ablativa passou a ser utilizada no rejuvenescimento, flacidez e adiposidades, agindo na derme e subcutâneo e protegendo a epiderme. Trata-se de uma onda eletromagnética na ordem de Kilohertez (KHZ), ou seja, radiofrequência. Essa onda atravessa os tecidos adjacentes aos eletrodos e produz aumento de temperatura de acordo com a lei de joule. Todas as radiações eletromagnéticas provocam a movimentação de cargas elétricas e de acordo com a frequência, comprimento de onda e nível energético provocaram os diferentes efeitos físicos e biológicos. Esses efeitos são provocados de acordo com a absorção das ondas e dependem de fatores como constante dielétrica, condutividade, profundidade de penetração, conteúdo de agua no meio e outros. A RF usada na dermatologia e dermatofuncional gera calor por conversão e a elevação da temperatura ocorre pela impedância no tecido, essa hiperemia estimula a neocolagênese, ocorre também apoptose das células adiposas, aumento de glicerol, alteração de células lipídicas e estimulação dos fibroblastos dérmicos com síntese de colágeno. Conclusões: os efeitos da RF variam de acordo com equipamento utilizado, dosimetria do tratamento, idade do paciente, PH do tecido a ser tratado, concentração de fibras de colágeno, adiposidade do tecido e hidratação da pele para se atingir os melhores resultados.

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INTRODUÇÃO

Parecer mais jovem, permanecer saudável, ser feliz, esses são os objetivos da maioria dos pacientes que consultam um dermatologista ou um dermatofuncional. O envelhecimento da pele está relacionado tanto com os cuidados com a pele e qualidade da alimentação, quanto com o bem estar emocional do paciente1.

A Radiofrequência está sendo cada vez mais utilizada na medicina devido aos seus efeitos rápidos e visíveis desde as primeiras sessões, mas nem todos os profissionais conhecem essa tecnologia, trabalhando às vezes de forma ineficiente ou até mesmo não aproveitando 100% o aparelho por não saber dosar adequadamente os parâmetros.

Esse trabalho visa elucidar ao profissional que trabalha com essa tecnologia, para que possamos entender o que é e o que faz uma radiofrequência, podendo dessa maneira obter os melhores resultados nos tratamentos.

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MÉTODOS

Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando-se de estratégias de busca primária e secundária em base de dados computadorizados. Para a busca primária foi feito um levantamento bibliográfico com textos na língua portuguesa, inglesa e espanhola e busca ativa nas bases de dados Scielo e Portal Capes utilizando os descritores; Radiofrequência, radiações não ionizantes, radiações, eletroterapia, recursos terapêuticos, rejuvenescimento, flacidez.

Para a busca secundária utilizou-se de fontes como revistas cientificas especializadas, dissertações e livros relacionados ao tema após busca primária. Os textos selecionados foram analisados e sintetizados de forma critica para compor essa revisão.

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DISCUSSÃO

O que é Radiofrequência:

São radiações eletromagnéticas que oscilam simultaneamente no campo elétrico e magnético².

Precisamos entender o que é radiação.

Radiação é uma forma de transmissão espacial de energia, efetuada mediante ondas eletromagnéticas ou partículas materiais emitidas por átomos instáveis². Portanto; radiação é a propagação de energia. Sendo dividida:

• Pelo elemento condutor o Eletromagnética (fótons);

o Corpuscular (partículas de prótons e nêutrons); o Gravitacional.

• Pela fonte de radiação o Solar;

o Cherenkov (quando uma partícula carregada eletricamente atravessa um meio

isolante a uma velocidade superior a da luz, emitindo radiação eletromagnética que pode ser na faixa visível);

o Radioativa.

• Pelos seus efeitos

o Ionizantes (capaz de ionizar átomos=retirar elétrons da camada de valência de um átomo ou alterar o estado físico da matéria com a qual interage);

o Não Ionizante (incapaz de ionizar moléculas, mas pode quebrar moléculas e reações químicas). Divide-se em: Ópticas ou Sônicas (são as ondas de radiofrequência e micro-ondas) e Eletromagnéticas;

• Degradação de materiais por radiação; • Tipos de Radiações

o Alfa (corpusculares); o Beta (corpusculares); o Gama (eletromagnéticas); o X (eletromagnética).

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Neste trabalho iremos nos deter as radiações eletromagnéticas não ionizantes. Que são as que estão sempre a nossa volta como luz, calor, ondas de rádio e microondas.

Todas as radiações eletromagnéticas tem uma origem comum, a movimentação de cargas elétricas que variam em frequência, comprimento de onda e nível energético, produzindo assim diferentes efeitos físicos e biológicos. Frequência é medida em Hertz (Hz), sendo 1HZ a mudança de sentido da corrente em cada segundo².

Para frequências mais elevadas são utilizadas a seguintes unidades: • Quilohertz (kHz) =1000hz;

• Mega-hertz (MHz) =1000.000Hz; • Giga-hertz (GHz) =1000.000.000Hz;

Comprimento de onda é outra forma de caracterizar a variação do sentido da corrente.

A energia eletromagnética não precisa de um meio material para se propagar, sendo definida como uma energia que se move na forma de ondas eletromagnéticas à velocidade da luz (300.000 km/s). Dado que a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas é diretamente proporcional à sua frequência e comprimento de onda, esta pode ser expressa por:

Onde:

c: velocidade da luz (m/s); f: frequência (ciclos/ ou Hz);

: comprimento de onda (m).

Tecnologias envolvendo o uso de ondas eletromagnéticas resultaram em imensos benefícios para a humanidade, modificando a comunicação, a medicina, os negócios, a manufatura de bens, e outros. Na dermatologia e na fisioterapia dermatofuncional não se trabalha com radiações ionizantes; pois estas podem trazer problemas de câncer, esterilidade, problemas na visão, infertilidade etc.

Enquanto parte do espectro eletromagnético foi extensamente estudada sob o ponto de vista dos possíveis efeitos a saúde das pessoas expostas, outra parte deste espectro, com frequências muito menores, foi menos pesquisada, com resultados ainda em parte controversos².

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O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética, que contém desde as ondas de radio, as microondas, o infravermelho, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, até a radiação gama. De acordo com a frequência e comprimento de onda das ondas eletromagnéticas pode-se definir um espectro com várias zonas (podendo haver alguma sobreposição entre elas)².

Uma carga em repouso cria à sua volta um campo que se estende até ao infinito. Se esta carga for acelerada haverá uma variação do campo eléctrico no tempo, que irá induzir um campo magnético também variável no tempo (estes dois campos são perpendiculares entre si). Estes campos em conjunto constituem uma onda electromagnética (a direção de propagação da onda é perpendicular às direções de vibração dos campos que a constituem). Uma onda electromagnética propaga-se mesmo no vácuo. Maxwell³ concluiu que a luz visível é constituída por ondas electromagnéticas, em tudo análogas às restantes, com a única diferença na frequência e comprimento de onda².

Radiações ionizantes Radiações não ionizantes

Para que a radiação eletromagnética possa produzir algum efeito em um tecido ou em qualquer outra substância, é necessário que haja transferência de energia da radiação para o meio e que esta seja absorvida. Os efeitos desta absorção no tecido humano são de natureza térmica e não térmica, dependendo se os efeitos são devidos à deposição de calor (efeito térmico) ou devido à interação direta do campo com as substâncias, sem transferência significativa de calor (efeito não térmico)².

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Os fatores mais importantes para a absorção das ondas são²:

• Constantes dielétricas: depende da constituição do tecido, da frequência, e em caso de moléculas polares, também depende da temperatura. Essa constante dielétrica também sofre alteração com a porcentagem de água no tecido, sendo difícil predizer o comportamento dielétrico dos tecidos in vivo;

• Condutividade: varia de forma significativa com a frequência. No tecido adiposo existe uma dependência linear entre o conteúdo de água e a condutividade, aumentando a potência absorvida da onda incidente nos tecidos com maior concentração de água;

• Profundidade de penetração: chamado de “efeito Skin” é definido como sendo a profundidade numa substância na qual a amplitude da radiação e a densidade de potência são reduzidas, ou seja, a energia é dissipada na película de espessura que diminui com o aumento da frequência;

• Taxa de absorção específica (SAR): representa a média espacial sobre toda a massa exposta á radiações de frequências maiores que 10 MHz, porque para frequências menores o conceito de SAR perde o significado, visto que os efeitos biológicos resultantes da exposição humana são melhores correlacionados com as densidades de correntes resultantes no corpo (explicado nos efeitos biológicos das radiações eletromagnéticas não ionizantes);

• Geometria desse meio;

• Quantidade de água desse meio.

Efeitos Biológicos das Radiações Eletromagnéticas Não Ionizantes:

Os principais efeitos podem ser divididos em dois grupos: Efeitos Térmicos e Efeitos Não Térmicos (ainda muito controversos).

Efeitos Térmicos: genericamente todos os efeitos que produzem aumento de temperatura nos tecidos são chamados efeitos térmicos. Esses efeitos já são estudados a muitas décadas, de um modo geral são causados por um aquecimento direto dos tecidos biológicos como resultado da absorção da energia eletromagnética num meio dissipativo, como são os tecidos vivos².

As radiações de comprimento de onda menores, como por exemplo, o infravermelho, as microondas e RF, são absorvidos somente pela pele devido a sua maior penetrabilidade se

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comparado a radiações com comprimento de onda maior, mas dependendo da frequência (importância de saber dosar corretamente o equipamento para a área a ser trabalhada) podem ser absorvidas em camadas mais profundas de tecidos; pois com o aumento da frequência e consequente aumento da penetrabilidade poderemos atingir regiões ósseas ou funcionais indevidamente. Uma vez que os sensores de temperatura do corpo estão localizados somente na pele, efeitos prejudiciais aos tecidos podem ocorrer devido a aquecimento excessivo em regiões mais profundas, sem serem percebidos pelas pessoas (importância de aferir sempre com o termômetro a LASER a área trabalhada). O aquecimento nos tecidos depende do SAR, das condições fisiológicas, vascularização e da habilidade de dissipar calor².

Os efeitos não térmicos são os efeitos bioquímicos ou eletrofisicos causados pelos campos eletromagnéticos induzidos, e não indiretamente por um aumento localizado ou distribuído de temperatura. Alguns efeitos não térmicos incluem efeitos no sistema nervoso, cardiovascular, imunológicos, metabolismo e fatores hereditários. Entretanto nessas áreas os resultados são polêmicos sem conclusões definitivas, com resultados conflitantes devido a técnicas experimentais².

Os resultados comprovados cientificamente são os de radiação ionizantes, desta maneira esta região de trabalho não é autorizada para dermatologia e a dermatofuncional. Devido à falta de estudos científicos de dose em radiações não ionizantes, alguns países tomam como medida preventiva alguns valores de dose para evitar futuros efeitos no corpo humano para os casos de exposição em longo prazo destas radiações (exemplo: uso elevado de telefones celulares, etc.).

A Radiofrequência que usamos na dermatofuncional gera calor por conversão, compreendida entre 30KHZ e 3MHZ3. Conversão é a passagem da RF com comprimento de onda métrica pelo tecido, que se converte em outra radiação; o calor, cujo comprimento de onda esta na ordem dos nanômetros3.

A elevação da temperatura se dá pela resistência inerente do tecido (impedância). Age por conversão de energia eletromagnética de elevada frequência em energia térmica, quando esta é absorvida4.

A RF gera calor no tecido subcutâneo ativando os fibroblastos, produzindo novas fibras de colágeno (neocolagênese), remodela o tecido melhorando linhas de expressões e rugas, flacidez tissular e elasticidade da pele4.

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Efeitos da radiofrequência ao entrar em contato com o tecido

Ao passar a RF provoca fricção ou resistência dos tecidos, produzindo elevação térmica da temperatura tissular. Ao detectar maior temperatura que o fisiológico, ocorre vasodilatação abrindo os capilares, melhorando o trofismo tissular, reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e aumento da circulação, ocorrendo ganho de oxigênio, nutrientes e oligoelementos devido à melhora da circulação linfática5.

O efeito térmico muda a forma das fibras de colágeno, altera sua periodicidade, seu diâmetro e reorganiza o colágeno, os fibroblastos aquecidos são envolvidos na formação de novos colágenos e subsequente remodelamento5.

Com o aumento da temperatura e a manutenção desta durante a aplicação da RF ocorre diminuição da extensibilidade do colágeno, melhorando a flacidez o que se denomina lifting pela RF5.

A hiperemia gerada estimula a síntese da proteína HSB, que parece provocar a expressão do TGF-beta1, que por sua vez estimula as proteínas HSP-47 que produz colágeno6. De acordo com Borges7, o aumento da temperatura provoca uma inflamação controlada nos tecidos, com aumento imediato de interleucina 1-Beta (IL-1b), fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) e metaloproteinase de matriz 13 (MMP-13), sendo esta marcadora de desagregação da matriz extracelular, enquanto os níveis de metaloproteinase de matriz um (MMP-1), proteína de choque térmico 47 e 72 (HSP47 e HSP72) e fator beta de crescimento transformador (TGF-b), mantem-se elevados por 2 dias. Além disso, a tropoelastina e a fibrilina (responsáveis pela elasticidade e presente em grande quantidade na pele), junto com o procolageno I e II é estimulada por 28 dias após o tratamento.

De acordo com Low e Reed8 e Del Pino et. Al.9, o colágeno liquefaz a temperatura acima de 50 graus célsius, que com temperatura entre 40 e 45 graus célsius a extensibilidade do tecido colagenoso aumentam.

Conforme Agnes10, quando a onda de RF é aplicada sobre a superfície da pele, ela é resfriada (epiderme) e ao mesmo tempo uma energia de RF é passada para as camadas mais profundas (derme), posteriormente é obtida a produção de neocolágeno, assim é criada uma reação química nas estruturas mais profundas ocorrendo à retração da pele. Os benefícios iniciais da radiofrequência são aqueles do calor, como: elevação da temperatura tecidual, aumento circulatório, aumento da permeabilidade da membrana celular, aumento do metabolismo tecidual, alterações enzimáticas, alterações nas propriedades físicas dos tecidos

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fibrosos, melhora da rigidez articular, relaxamento muscular moderado, recuperação intensificada da lesão11.

A radiofrequência tem ação na quebra das cadeias de hidrogênio na tríplice hélice de colágeno, estimulando sua contração6.

Segundo Esparza e Gomes5 o efeito térmico pode ainda mudar a forma das fibras de colágeno, enquanto altera sua periodicidade, seu comprimento e diâmetro, fundamental para reorganização do colágeno. Fibroblastos aquecidos são envolvidos na formação do novo colágeno e subsequente remodelamento do tecido.

Ação Lipolítica:

A utilização da RF em tecidos com adiposidades acumulada pode induzir a ruptura dos adipócitos por aumento de sua temperatura. A causa mais provável é por desnaturação das estruturas proteicas da membrana celular e outros12.

De acordo com Agnes10, todo processo de trauma térmico gerado pela RF leva a uma desintegração da membrana celular do adipócito, liberando triglicerídeos que sofrem lise em ácidos graxos livres e glicerol pela enzima lipase lipoproteica (LPL). Os ácidos graxos livres são insolúveis em gordura e está ligada a albumina e são lentamente transportados até o fígado. O glicerol que é solúvel em água é transportado para o fígado através dos compartimentos intersticiais e sai para a circulação venosa e linfática. Consequentemente a apoptose dos adipócitos desempenha um papel importante na homeostase do tecido e pode alterar em condições fisiológicas e patológicas diversas, a homeostase tecidual mais frequente é a hipertermia local. Ocorre apoptose das células adiposas pelo efeito térmico9.

Boinisc13 utilizou um modelo de pele humana ex- vivo de 24 indivíduos para avaliar uma RF tripolar, através da analise histológica, comprovando aumento significativo da liberação de glicerol, alteração das células lipídicas e estimulação dos fibroblastos dérmicos com síntese de colágeno.

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O aparelho de Radiofrequência (RF)

Os equipamentos de RF se apresentam em três configurações: monopolar, bipolar e tripolar27, 28.

Na RF monopolar a corrente elétrica é emitida através de um eletrodo aplicado à área de tratamento e retorna ao gerador através de um eletrodo de dimensões maiores localizado à distância (geralmente no dorso ou abdome). A energia elétrica se concentra próxima à ponteira do eletrodo ativo e diminui rapidamente com a distância. A profundidade de ação descrita é de até 6 mm.

A RF bipolar apresenta os eletrodos de saída e retorno da corrente na própria ponteira, gerando dessa forma um circuito elétrico de efeito mais superficial em relação à RF monopolar (até 2 mm de profundidade).

A RF tripolar é a terceira geração de equipamentos desenvolvidos, o desenho tripolar é baseado em três ou mais eletrodos. Como nos outros tipos de RF a energia é gerada quando a corrente passa entre os eletrodos, a profundidade da penetração é aproximadamente a distância média entre os três eletrodos e a profundidade de ação descrita é de até 6 mm.

No estudo de Brian29, foi realizada uma avaliação histológica e ultraestrutural dos efeitos da radiofrequência em tendão bovino e pele humana, na microscopia eletrônica do tendão bovino, tratado com temperaturas variadas e configurações específicas de resfriamento revelou aumento no diâmetro das fibrilas de colágeno. A análise por microscopia ótica de pele humana não demonstrou alterações significativas na epiderme ou substância fundamental da derme imediatamente após o tratamento, bem como após três (3) e oito (8) semanas. Porém a análise ultraestrutural demonstra aumento de colágeno Tipo I. Segundo os autores o efeito do campo elétrico é dependente das características do eletrodo, do tipo de tecido no qual ele é aplicado e da intensidade do campo elétrico. A diferença na resistência elétrica dos tecidos biológicos está diretamente relacionada com um maior ou menor grau de aquecimento do tecido, fato que pode explicar as diferenças de resultados encontradas na análise do tendão bovino e a pele humana além do efeito seletivo de aquecimento e a proteção contra a lesão térmica da epiderme.

Em oftalmologia potências térmicas são utilizadas para criar um anel de contração central na córnea com consequente mudança na sua forma. Em ortopedia inúmeros estudos experimentais já foram realizados com o objetivo de avaliar os efeitos da RF.

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A utilização de radiofrequência para tratamento de pele tem sido utilizada desde 2002. Os estudos de Fritz30 demonstram a eficácia e segurança da radiofrequência no tratamento de redução das rítides e retração da pele da face e do pescoço.

O foco do estudo de Kaplan foi a radiofrequência tripolar, com objetivo de avaliar os efeitos comparativos desta modalidade de radiofrequência em cortes histológicos de pele abdominal (pós-abdominoplastia). Foram definidas áreas da região abdominal para serem tratadas com RF tripolar e posteriormente analisadas por histopatologia. O resultado demonstra diferenças significativas entre as áreas tratadas e as áreas controle. Os cortes de pele retirados das áreas que receberam RF tripolar apresentaram uma espessura 40% maior quando comparados com os cortes de pele retirados de áreas não tratadas30.

A RF é uma modalidade não invasiva indicada para pacientes com flacidez cutânea leve a moderada sem uma ptose estrutural significativa, para melhora do contorno facial e corporal, atenuação de sulcos e rítides, retração moderada da área submentoniana e pescoço, como coadjuvante no tratamento da lipodistrofia ginóide. O uso da RF é contraindicado em pacientes portadores de marca-passo e desfibriladores. Além disso, deve-se evitar uso sobre qualquer implante metálico. Pode ser utilizada com segurança em todos os fototipos e áreas pilosas31.

Diversos estudos demonstram a eficácia e segurança dessa modalidade de tratamento para redução das rítides e retração da pele da face e do pescoço. Recomendam-se múltiplas passadas sobre uma mesma área, com energia mais baixa (redução significativa no desconforto do paciente). Deve-se ter cautela com anestesia completa ou sedação, pois a opinião do paciente em relação à dor durante o tratamento é fundamental a fim de se evitar um dano térmico e queimaduras subsequentes 32.

Técnicas de aplicação:

Devido à variedade de equipamentos, deve-se ater ao manual, pois cada aparelho possui sua particularidade para realizar a técnica de aplicação, devendo ser respeitada regras básica pelo profissional7.

Atualmente o mercado apresenta equipamentos importados e nacionais de custos diferentes, acopladas a outras tecnologias ou operando apenas a RF, com protocolos prontos e alguns aparelhos deixando o profissional livre para dosar os parâmetros.

Durante a aplicação deve-se regular a potência do equipamento e realizar movimentos em áreas pequenas de 2 a 3 vezes o tamanho do eletrodo, até alcançar a sensação

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térmica desejada, conseguindo sempre uma hiperemia que é o indicativo de saturação e capacidade de refrigeração7.

É recomendado atingir todas as áreas a serem tratadas com temperatura de 40 graus célsius para desenvolver todos os processos fisiológicos da retração dos septos fibrosos bem como estimular ao neocolágeno10.

Dosimetria e Protocolos

Baseado em estudos realizados citam-se com relação à dosimetria da RF a descrição dos parâmetros para um protocolo de aplicação:

No protocolo realizado por Costa3 mostra a utilização da RF em humanos por 12 sessões, três vezes por semana, visando à redução da adiposidade abdominal o tempo utilizado foi de 3 minutos por ERA e a quantidade de ERAs de acordo com a superfície abdominal a ser tratada.

De acordo com o estudo de Low e Reed8, apenas dois minutos por área do eletrodo ativo é o tempo necessário para chegar a valores de aumento de 5 graus a 6 graus Celsius (no estudo tiveram como média inicial 33,7 graus e média final de 40,5 graus Celsius avaliadas com termômetro de superfície).

Fernandes14 avaliou o comportamento do tecido de colágeno ao receber a RF em tecido dérmico de ratos da linhagem Wistar- Rattos Novergicos Albinus. A pesquisa foi feita em dois grupos, sendo o primeiro com aplicação única e o segundo com três aplicações em dias alternados e ambos os grupos foram sacrificados após 24h da última aplicação. Foi definido por um pré-teste um aumento da temperatura de 6 graus a 7 graus Celsius com tempo de exposição por 2 minutos em uma área de 5 cm correspondendo a duas áreas do eletrodo ativo, tempo necessário para chegar nestes valores.

Em estudo realizado com 14 mulheres entre 40 e 65 anos, com oito aplicações de RF facial, uma vez por semana, por 30 minutos e realizados por um único terapeuta com movimentos lineares ascendentes lentos, mantendo leve pressão ao subir e retirando no trajeto de volta atingindo temperatura de 40 graus Celsius. A análise estatística comprovou que 53,57% das voluntárias tiveram um aumento da média entre o ângulo da boca ao trago, havendo uma melhora na flacidez e na pele na região malar e melhora das rugas estáticas e dinâmicas15.

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O objetivo é aumentar a temperatura interna e induzir os conceitos terapêuticos consequentes de acordo com os conceitos de diatermia e hipertermia endógena aplicados ao corpo humano usando campos eletromagnéticos de alta frequência16.

Quando se aplica o condensador elétrico da RF no tecido, cria-se uma corrente de movimento de cargas por efeito de atração e repulsão (desequilíbrio elétrico transitório das células e suas membranas, homeostase orgânica). A variação da RF segue o conceito de “Matriz and Matriz Regulation” de Alfred Pisching17.

De acordo com Assunção e Borges18 os tecidos conjuntivos ou matriz extracelular são constituídos por uma fina malha de fibras e células envolta na substancia fundamental ou liquido extracelular que permeia todas as partes do corpo humano, com a função de defesa, estoque, regeneração, sustentação e transporte.

Pischinger17constatou que o tecido conjuntivo forma uma rede de sustentação, comunicação e regulagem sobre todas as células e funções do organismo. Essa regulação é essencial na coordenação e operação do organismo devido ao fato do tecido conjuntivo estar presente e em contato direto com todas as células19.

De acordo com Oliveira20a RF altera a formação de proteínas, síntese de ATP e o transporte inter e intracelular de moléculas. Esses efeitos físicos são explicados por Robert Brown, Albert Einstein e Benoit.

De acordo com Martín21, depois de estimulado pela RF o tecido cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo maior movimentação entre os íons pela membrana lipoprotéica facilitando a transformação de ADP em ATP, também ocorre efeito térmico que se dá pela movimentação dos íons, seus atritos e choques entre si, gerando uma hipertermia local com aumento no fluxo sanguíneo, maior oxigenação e nutrição local, aumento da saída dos catabólicos e subprodutos celulares. Através desse aumento circulatório local pela bioestimulação, ocorre também um aumento reflexo da circulação arterial e uma importante ação de drenagem venosa e linfática.

Os efeitos da RF variam de acordo com a potência, frequência, tamanho do condutor, área e tecido a ser tratado, tempo de exposição à RF e estresse mecânico aplicado ao tecido22. Portanto os resultados dependem do equipamento utilizado, idade, ph, concentração de fibras colágenas, hidratação e adiposidade do tecido a ser tratado.

De acordo com Oliveira e Castro20o tecido conjuntivo se compara a um filtro onde as substancias e as informações transitam sobre formas eletromagnéticas e chegam até os receptores da membrana celular que são responsáveis em transmitir esses estímulos recebidos ao núcleo celular, modulando o comportamento da célula e consequentemente do tecido como

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um todo. Este tecido é constituído basicamente por proteoglicanos e glucosaminoglicanos, que se encontram imersos em uma solução aquosa de acido hialurônico e glicoproteínas estruturais como colágeno, elastina e glicoproteínas reticulares como fibronectina, laminina e outros, também se encontra elementos celulares como fibroblastos e mastócitos.

Conforme Del Pino Rosado e Sadick9 a aplicação de RF nos tecidos gera ondas de energia, que induz uma oscilação de alta velocidade molecular e causam um deslocamento das partículas carregadas o que implica na produção de movimentos de rotação das moléculas de água e outras também aquecidas tanto no constituinte extra como intracelular, este movimento das moléculas em caráter de agitação dentro de um padrão browniano e fractal, geram uma energia térmica local e que se propaga aos tecidos subjacentes devido ao principio da condutividade térmica, por fim quando o tecido é terapeuticamente aquecido, ocorre uma melhora na captação dos catabólicos e na circulação sanguínea favorecendo a drenagem das aéreas afetadas pelo edema, oferecendo maior aporte de oxigenação, auxiliando no metabolismo celular e regeneração do tecido, bem como permitem uma maior migração do liquido para o espaço intracelular melhorando a hidratação do tecido como um todo23.

A lesão térmica controlada leva a uma retração do tecido seguida de uma resposta inflamatória onde se tem uma migração de fibroblastos para a área afetada. O acúmulo progressivo de fibroblastos gera uma maior densidade ao tecido conjuntivo e com o término do processo de reparação inflamatória há a maturação deste novo deposito de tecido conjuntivo, provocando melhora da flacidez e da adiposidade tecidual, atingindo níveis dérmicos e epidérmicos. Por fim, esta nova matriz de depósito de conjuntivo pode ser utilizada para reforçar a camada fibrosa natural entre a derme e tecido subcutâneo, permitindo efeitos duradouros24.

Segundo Kawada25 o estimulo de calor controlado da RF é suficiente para liberar o TGF-beta 47, que esta intimamente ligada ao processo de reparação do tecido conjuntivo. Basicamente, possui a função de acelerar a produção de matriz extracelular, por consequência o colágeno, que induz a HSP-47 de formação, a qual os fibroblastos reconhecem como um estímulo para iniciar a síntese do novo colágeno.

O efeito da RF sobre o colágeno se dá pela contração imediata da fibra existente, que é uma reação à aplicação, e pela remodelação e renovação em médio prazo. É importante ressaltar que, há necessidade de aplicações repetidas para efeitos duradouros, pois o efeito da RF em promover a vasodilatação local melhora diretamente à circulação local, o que melhora a capacidade da célula de transferência, como um efeito complementar biológico, que se propaga continuamente25.

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Guirro26 descreve que a neocolagênese é um efeito ou consequência da indução da liberação das Heat Shock Proteins (HSP). As HSPs estão sempre presentes nas células, mas essa presença se torna aumentada quando o tecido é submetido a situações de estresse, tal como o aumento da temperatura local. Sabe-se que um aumento da temperatura tecidual em 5 graus Celsius desencadeia uma elevação da síntese de HSPs em 20%. O que é importante, visto que as HSPs ajudam a preservar ou degradar as proteínas desnaturadas pelo efeito do estresse recebido, como o calor. Esta desnaturação corresponde à alteração conformacional do colágeno, por exemplo, saindo da sua estrutura terciária, estrutura de repouso. Assim pela degradação devido à desnaturação do colágeno, há renovação desta proteína.

Portanto, quando a RF penetra nos tecidos promove uma intensa agitação molecular, principalmente das moléculas de água, o que gera aumento da temperatura tecidual local, ou seja, há um aquecimento seletivo do tecido. Por isso que, quanto mais rico em água e eletrólitos for o tecido, mais rápido sente-se o calor e maior será a temperatura atingida. Como resultado, as fibras de colágeno contraem, aumentando a síntese do novo colágeno, que é progressivo à aplicação repetitiva de RF. Também, se tem um incremento de aporte sanguíneo e vascularização na área. Promove-se, então, associado, uma descompressão dos tecidos tratados, justificando os efeitos na celulite, fibrose, aderências teciduais, flacidez e adiposidade localizada14.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso da RF de forma não ablativa promove o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois aumentos leves de temperatura aumentam a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando patologias como o fibroedema gelóide e fibroses pós- cirurgias plásticas. Aumentos maiores de temperatura e manutenção de 40 graus Cèlsios durante toda a aplicação diminuem a extensilbilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno, sendo denominado efeito Lifting pela RF. Os resultados mostram a eficácia do tratamento, mas a inesperiência dos profissionais, falta de materiais sobre os equipamentos, dosagens e protocolos errados demostram a importância de haverem mais estudos sobre a RF.

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REFERÊNCIAS

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2. http: ⁄⁄www.prorad.com.br⁄cursos⁄⁄Cursos⁄rni.pdf.

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4. Alster TS, Tanzi EL. Cellulite treatment using a novel combination radiofrequency, infrared light, and mechanical tissue manipulation device. J Cosmet Laser Ther. 2005 Jun 7(2): 81-5.

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ABSTRACT

RF: REVISION

Introduction: Since 1892 the electromagnetic energy is used for medicinal purposes in 1899 and the effects of heating on biological materials, were recognized and theorized by physiologists. With the technological development of a non-ablative RF started to be used in rejuvenating, flaccidity and adiposity, acting in the dermis and subcutaneous tissue and protecting the epidermis. It is an electromagnetic wave in order Kilohertez (KHZ), or radio frequency. This wave goes through the tissue adjacent to the electrodes and produces temperature rise according to Joule's Law. All electromagnetic radiation cause the movement of electrical charges and according to the frequency, wavelength and energy level caused the different physical and biological effects. These effects are caused according to the absorption wave and will depend on factors such as the dielectric constant, conductivity, depth of penetration, water content and other means. Methods: RF used in dermatology and dermatological generates heat conversion and temperature rise occurs in the tissue impedance, this hyperemia stimulates neocollagenesis, also occurs apoptosis of fat cells, increase of glycerol, alteration of lipid cells and stimulation of dermal fibroblasts with synthesis collagen. Conclusions: The effects of RF vary according to equipment used dosimetry of treatment, patient's age, pH of the tissue to be treated, the concentration of collagen fibers, and adipose tissue in skin hydration to achieve the best results.

Keywords: radio frequency, electromagnetic waves, non-ionizing radiation

Pesquisadores:

Maristela Queiroz Rossignolli

Fisioterapeuta, aluna do curso de especialização em Fisioterapia Dermatofuncional do CEAFI Pós-Graduação.

Alessandra Ferreira de Noronha

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