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REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DOS PORTOS

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Academic year: 2021

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REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DOS PORTOS

CAPÍTULO I

DO OBJETO E ABRANGÊNCIA

Art. 1º - O objetivo do presente Regulamento é estabelecer as regras básicas de funcionamento dos portos organizados de Paranaguá e Antonina, que deverão ser obedecidas por todos que exercem suas atividades no âmbito das instalações sob gestão direta da Autoridade Portuária .

Art. 2º - As instalações de uso privativo e Público sob gestão privada obedecerão, no que lhes couber, as disposições do presente Regulamento.

Art. 3º - Os serviços, as atividades e as fainas nas áreas dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, ligadas à guarda e à movimentação de cargas do comércio marítimo e o uso de benefícios ou de facilidades próprias e inerentes à atividade portuária, serão regidos pelas condições estipuladas neste Regulamento.

Art. 4º - O presente Regulamento tem por precípua finalidade estabelecer condições, meios e modos que permitam o mais amplo desenvolvimento das atividades portuárias dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, inclusive com a constante busca por excelência.

Art. 5º - O presente Regulamento poderá ser alterado pelo Conselho de Autoridade Portuária -CAP, sempre que se fizer necessário.

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DAS DEFINIÇÕES E COMPETÊNCIAS

Art. 6º - Nos termos da Lei n. 8.630/93 consideram-se :

I) - PORTO ORGANIZADO: aquele construído e aparelhado para atender as necessidades da navegação, movimentação e armazenagem de mercadorias , concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma Autoridade Portuária;

II) OPERAÇÃO PORTUÁRIA: a movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte AQUAVIÁRIO, realizadas no porto organizado por operadores portuários;

III) OPERADOR PORTUÁRIO: a pessoa jurídica pré-qualificada para execução de operação portuária na área do Porto Organizado;

IV) ÁREA DO PORTO ORGANIZADO: a compreendida pelas instalações portuárias, quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e pier de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias de circulação interna, bem como pela infra estrutura de proteção e acesso AQUAVIÁRIO ao porto tais como: guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devem ser mantidas em perfeitas condições de uso pela Administração do Porto;

V) INSTALAÇÃO PORTUÁRIA DE USO PRIVATIVO: a exploração por pessoa jurídica de direito público ou privado, dentro ou fora da área do porto, utilizada na movimentação e ou armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte AQUAVIÁRIO.

Art. 7º - Compete à APPA, dentro dos limites da área dos portos de Paranaguá e Antonina, nos termos como disposto na Lei 8.630/93 :

I) assegurar, ao comércio e à navegação, o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto (art.33,1,II);

II) fiscalizar a execução ou executar as obras de construção, reforma, ampliação, melhoramentos e conservação das instalações portuárias, nelas

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compreendidas a infra-estrutura de proteção e de acesso AQUAVIÁRIO ao porto ( art.33,1,VI);

III) fiscalizar as operações portuárias, zelando para que os serviços se realizem com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente ( art.33,1,VII);

IV) adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades do porto, no âmbito das respectivas competências ( art.33,1,VIII);

V) organizar e regulamentar as atividades da guarda portuária, a fim de prover a vigilância e segurança do porto (art.33 ,1, IX);

VI) promover a remoção de cascos de embarcações visíveis ou invisíveis que possam prejudicar a navegação de acesso ao porto (art.33 ,1,X);

VII) autorizar, previamente ouvidas as demais autoridades do porto, a entrada e a saída, inclusive a atracação e desatracação, o fundeio e o tráfego de embarcações na área do porto, bem como a movimentação de carga das mesmas, ressalvada a intervenção da Autoridade Marítima na movimentação considerada prioritária em situações de assistência e salvamento de embarcação ( art. 33,1,XI);

VIII) suspender operações portuárias que prejudiquem o bom funcionamento do porto, ressalvados os aspectos de interesse da Autoridade Marítima responsável pela segurança do tráfego aquaviário (art. 33 ,1,XII );

IX) lavrar autos de infração e instaurar processos administrativos, aplicando as penalidades previstas em lei, ressalvados os aspectos legais de competência da União, de forma supletiva, para os fatos que serão investigados e julgados conjuntamente (art. 33,1,XIII);

X) estabelecer o horário de funcionamento no porto, bem como as jornadas de trabalho no cais de uso público (art. 33,1,XV).

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I) estabelecer, manter e operar balizamento do canal de acesso e da baia de evolução do porto (art. 33,5,I,“a”).

II) delimitar as áreas de fundeadouro para carga e descarga, de inspeção sanitária e de polícia marítima, bem como as destinadas às plataformas e demais embarcações especiais, navios de guerra e submarinos, navios em reparo ou aguardando atracação e navios com cargas inflamáveis, explosivas ou perigosas, conforme definidas em capítulo próprio deste regulamento (art. 33, 5,I, “b” );

III) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em função dos levantamentos batimétricos, efetuados sob a sua responsabilidade (art. 33, 5,I,“c”);

IV) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas dos navios que irão trafegar, em função das limitações e características físicas do cais do porto ( art.33,5,I,“d”).

Art.9º - A Autoridade Marítima responsável pela segurança do tráfego pode intervir para assegurar ou garantir aos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracação no porto (art.33, 3º).

Art. 10º - A Autoridade Aduaneira, nos portos organizados, será exercida nos termos da legislação específica.

Parágrafo único: - No exercício de suas atribuições a Autoridade Aduaneira terá livre acesso a quaisquer dependências do porto e às embarcações atracadas ou não, bem como aos locais onde se encontram mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas podendo, quando julgar conveniente, requisitar papéis, livros e outros documentos, inclusive, quando necessário, o apoio de força pública federal, estadual ou municipal (art.36, 2º).

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DAS ÁREAS DOS PORTOS ORGANIZADOS

Art. 11 - As áreas dos portos organizados , delimitados pelo Ministério dos Transportes, através das portarias nº 206 e 207/94 , são as seguintes:

I - Porto de Paranaguá

a)- Pelas instalações portuárias terrestres existentes na Baía de Paranaguá, desde Pontal do Sul estendendo-se até a foz do Rio Nhundiaquara, abrangendo todos os cais, docas, pontes e piers de atracação e de acostagem, armazéns , silos, rampas ro-ro, pátios, edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos e ilhas ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências, pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto de Paranaguá ou sob sua guarda e responsabilidade.

b) - Pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, tais como áreas de fundeio, bacias de evolução, canais de acesso da Galheta, Sudeste , do Norte e áreas adjacentes a estes, até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item “a” , existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por qualquer outro Órgão do Poder Público.

II - Porto de Antonina:

a)- Pelas instalações portuárias terrestres existentes na Baía de Paranaguá, desde a Foz do Rio Nhundiaquara estendendo-se até a Ponta Graciosa, abrangendo todos os cais, docas, pontes, piers de atracação e de acostagem, armazéns , silos , rampas ro-ro, pátios , edificações em geral, vias internas de circulação rodoviárias e ferroviárias e ainda os terrenos e ilhas ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacências , pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do Porto de Antonina ou sob sua guarda e responsabilidade.

b)- Pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários compreendendo além dos molhes Oeste e Leste , as áreas de fundeio , bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a este, até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definida no item “a”, existentes ou que venham a ser

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Público.

CAPÍTULO IV

DA EXPLORAÇÃO COMERCIAL DO PORTO

Art. 12 - A exploração comercial do porto será feita conforme os preceitos aqui elencados e em estrito cumprimento dos termos da legislação em vigor.

Art. 13 - A exploração comercial do porto será feita tendo em conta a permanente busca do desenvolvimento econômico, da eficiência na execução dos serviços, da constante busca da eficácia e do atendimento às necessidades ou preferências da sociedade.

Parágrafo único:- Por exploração comercial do porto entende-se o emprego e uso de meios inerentes à atividade portuária em geral na geração de valores pecuniários ou de receita financeira.

Art. 14 - Além de todos os demais condicionantes e indicativos, a exploração comercial do porto será feita em atendimento aos princípios éticos, a preceitos não discriminatórios e ao tratamento isonômico com todos os entes e seres que participem ou tenham ligação com as atividades que embasam a referida exploração. Art. 15 - No desenvolvimento das atividades correspondentes a Administração do Porto, os titulares dos Arrendamentos das Instalações Portuárias e os Operadores Portuários, deverão adotar procedimentos que preservem os princípios da livre concorrência, os da igualdade de oportunidade e os da constante melhoria do conceito do porto como um todo.

Art.16 - A Administração do Porto, visando implementar atividades portuárias, poderá estabelecer regime especial de atendimento para cliente ou usuário que reunam condições de potencializar o uso das instalações portuárias.

Parágrafo 1º - O contrato que trata desta condição especial conterá, obrigatoriamente, cláusula de validade condicionada à aprovação pelo Conselho de Administração da APPA.

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Parágrafo 2º - A Administração do Porto, até 15 ( quinze ) dias seguintes aos da homologação do contrato , providenciará a remessa de extrato do mesmo ao Conselho de Autoridade Portuária -CAP, acompanhado de justificativa , análise dos dados de movimentação e dos impactos no movimento do porto, das repercussões financeiras e mesmo das eventuais dificuldades que isto possa produzir sobre outros usuários.

Art. 17 - A Administração do Porto deve estabelecer e manter serviço de estatística portuária que sirva de elemento indicativo tanto nos aspectos de navegação e rotas como no de performances operacionais, bem como de suporte para fixação de política e de indicadores aos prestadores de serviços e usuários .

Art. 18 - A exploração comercial do porto deve ter sempre em conta a figura do usuário, reconhecendo formalmente a importância de tê-lo como parceiro e como sustentáculo do sistema, razão de ser da própria atividade.

Art. 19 - A fim de tornar sua atenção tanto mais eficaz quanto mais atrativa para os usuários, a Administração do Porto e de todos os demais componentes que integram a exploração comercial do porto adotarão procedimentos de criação de meios para facilitar o relacionamento com os usuários, inclusive orientando-os, de forma a que possam ser atingidas as melhores performances na utilização do porto.

CAPÍTULO V

DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO , DE ZONEAMENTO E DE UTILIZAÇÃO DE ÁREAS DO PORTO ORGANIZADO-PDZPO

Art. 20 - A APPA preparará em conjunto com o conselho de Administração e, posteriormente , submeterá para aprovação do CAP, o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado-PDZPO.

Art. 21 - O PDZPO deverá ter em conta a vocação natural já reconhecida de cada uma das áreas e, também a conciliação mais recomendável que se possa fazer desta com as novas necessidades do Comércio Marítimo resultantes do Plano Macro - Econômico do Estado e da área geográfica de influência econômica do Porto.

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Art. 22 - A estrutura do PDZPO deverá ser feita levando em conta também os aspectos da urbanização, do entorno populacional que envolve o porto e dos demais interesses urbanísticos da sociedade que habita a área próxima do Porto Organizado.

Art. 23 - Poderá ser considerada a participação do maior número possível de concorrentes nas mesmas atividades, evitando-se ao máximo qualquer perspectiva do estabelecimento de exploração única ou exclusiva, mesmo que da parte da APPA.

Art. 24 - O PDZPO deverá ter em conta e considerar, prioritariamente, aquelas áreas em que seja identificado um interesse maior de investimento por parte da iniciativa privada, indicando os elementos de fomento e incentivo.

Art. 25 - O PDZPO, após aprovado pelo CAP, poderá ser revisto em qualquer tempo, atendendo as necessidades decorrentes de sua implantação.

CAPÍTULO VI

UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

Seção I - Horário de Funcionamento

Art. 26 - Os horários de funcionamento nos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, bem como as jornadas de trabalho serão fixados pela APPA e homologados pelo Conselho de Autoridade Portuária, CAP -(art.33, inciso XV, da Lei 8.630/93) .

Seção II - Utilização das Instalações de Acesso Aquaviário

Art. 27- A utilização da área de fundeio, canal de acesso e bacia de evolução pelas embarcações em demanda aos Portos de Paranaguá e Antonina e de seu tráfego nas referidas instalações serão autorizados pela APPA, de acordo com os termos e condições deste Regulamento e prévia comunicação às Autoridades Marítima, Aduaneira e Sanitária.

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Art. 28 - A utilização da área de fundeio, canal de acesso e bacia de evolução pelas embarcações em saída, será autorizada por “Passes” emitidos pelas autoridades Marítima, Aduaneira e Polícia Federal.

Art. 29 - Exceto em caso de “arribada”, a autorização será dada mediante requisição do armador ou seu agente, para o que fornecerá, com antecedência de 48 ( quarenta e oito) horas, as seguintes informações :

I) nome da embarcação; II) bandeira sob a qual navega; III) natureza da navegação ;

IV) último porto de procedência e próximo porto de destino;

V) nome e endereço da agência responsável pela embarcação e pelo pagamento das taxas portuárias ;

VI) características das embarcações:

a) comprimento entre perpendiculares e boca;

b) tonelada de porte bruto , tonelada de registro bruto e tonelada de registro líquido;

c) calado de entrada e calado de saída . VII) natureza da operação;

VIII) cópia do manifesto de carga , ou provisoriamente , uma relação detalhada da carga assinada pelo responsável da embarcação ou preposto; IX) número de passageiros a desembarcar ou a embarcar ;

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XI) qualquer irregularidade conhecida que possa afetar a segurança da navegação ou que possa vir a prejudicar a eficiente utilização das instalações portuárias;

XII) indicação da necessidade de utilização de guindaste de terra ou não; XIII) no caso de embarcações transportando mercadorias perigosas , o armador ou seu preposto , deverá , juntamente com as informações indicadas nos itens anteriores, fornecer os seguintes dados específicos adicionais:

a) o nome técnico das mercadorias , preferencialmente de acordo com a classificação do código da International Maritime Organization -IMO, o ponto de fulgor , quando for o caso , e o UN n . (número de identificação estabelecido pelo comitê das Nações Unidas) das mesmas;

b) a quantidade de carga perigosa a bordo indicando aquela que deverá ser descarregada no porto e aquela que deverá permanecer na embarcação, bem como sua localização;

c) o tipo de embalagem;

d) o estado da mercadoria perigosa e possibilidade de ocorrência de sinistros;

e) se a embarcação possui algum certificado seguro para o transporte da mercadoria perigosa;

f) quando da omissão ou da imperfeição no registro de qualquer mercadoria da relação referida no inciso XIII acima resultar em evento danoso, a responsabilidade pelos prejuízos ou acidentes decorrentes caberá ao armador ou ao responsável pela embarcação;

g) Para embarcações transportando mercadorias perigosas que se destinem à instalação portuária de uso privativo, fora da área do porto, mas utilizando a infra-estrutura de proteção e acesso do porto, aplicam-se também os mesmos procedimentos do inciso XIII acima e artigo 30, deste Regulamento;

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h) o comandante de toda embarcação acostada no porto, que transporte mercadoria perigosa a bordo, ou que tendo descarregado mercadoria perigosa, não esteja inteiramente livre de condições inflamáveis, deverá assegurar que a embarcação exiba todas as vezes em que esteja atracada, fundeada ou em movimento, a bandeira “B” do Código Internacional de Sinais, durante o dia, e luz vermelha, visível em todo o horizonte até a distância mínima de 3 milhas náuticas.

Art. 30 - A movimentação de mercadorias em embarcação fundeada, em operação de transbordo, só será autorizada com a prévia anuência da Autoridade Aduaneira, e será realizada em área própria e definida para tal fim pela Administração do Porto em coordenação com a Autoridade Marítima.

Art. 31 - A navegação das embarcações no canal de acesso e bacia de evolução está sujeita às Normas de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina, editada pela Autoridade Portuária, sob a coordenação da Autoridade Marítima.

Seção III - Utilização das Instalações de Acostagem

Art. 32 - A ordem de atracação das embarcações nas instalações de acostagem sob gestão da APPA, obedecerá, em princípio, a ordem de chegada na barra, exceto quando as instruções para programações, atracações e operações de navios dispuserem em contrário.

Art. 33 - A atracação e a desatracação serão realizadas sob responsabilidade do comandante da embarcação, com emprego do respectivo pessoal e material, porém compete à APPA, auxiliar as referidas operações com pessoal sob seu encargo, para a tomada e fixação dos cabos obedecendo as instruções do comandante.

Art. 34 - As operações de carga e descarga à contra bordo, serão autorizadas, desde que devidamente acertadas entre as partes e as autoridades portuárias, aduaneiras e marítimas.

Art. 35 - É obrigatória a atracação em local designado pela APPA, sendo que a mesma deverá ser requisitada e autorizada pelos órgãos competentes.

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Art. 36 - Compete a APPA baixar instruções para programações, atracações e operações de navios nos Portos de Paranaguá e Antonina, dando conhecimento ao CAP.

Seção IV - Controle do Tráfego Marítimo

Art. 37 - As embarcações procedentes do exterior poderão ser visitadas pelas Autoridades de Saúde, Polícia Marítima e Aduaneira, nos fundeadouros, nos canais, ou ainda, quando demandados ao cais de atracação, de modo a agilizar a liberação das embarcações, para início das operações de carga ou descarga das mercadorias e de embarque ou desembarque de passageiros.

Art. 38 - As embarcações, durante o tempo em que permanecerem na Área de Fundeio, no Canal de Acesso, Bacia de Evolução ou atracadas ao Cais, bem como os seus tripulantes, ficarão sujeitas ao presente Regulamento.

Art. 39 - No caso de sinistro a bordo, as embarcações deverão desatracar do cais, imediatamente, rumando para a margem oposta do Canal de Acesso, onde fundearão, para o respectivo socorro.

Art. 40 - A responsabilidade pela guarda e conservação das mercadorias, dentro das instalações portuárias, é da APPA, até que haja Termo de Responsabilidade devidamente assinado, eximindo a Administração desta tarefa, ou de terceiros que tenham assegurado o direito de arrendamento ou exploração.

Art. 41 - As embarcações atracadas deverão cumprir, prontamente, as ordens que lhes forem estipuladas pela APPA, sempre que ocorram situações que comprometam a segurança de pessoas, instalações ou da própria embarcação e que possam prejudicar o bom funcionamento do porto.

Art. 42 - A APPA não concederá atracação às embarcações que adentrarem ao Porto quando a atracação estiver impossibilitada de ocorrer por:

I) falta de profundidade compatível com o calado da embarcação, no Canal de Acesso às instalações de acostagem ou junto a essas instalações;

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III) ordem da autoridade competente, devida a epidemias, guerra ou outra causa de força maior.

Art. 43 - As atracações/desatracações e movimentações deverão ser executadas de forma cuidadosa, a fim de não produzir avarias nas instalações e aparelhos portuários, ficando os comandantes responsáveis por qualquer dano, uma vez que as manobras serão realizadas sob sua inteira responsabilidade.

Art. 44 - A toda embarcação que adentrar ao porto, corresponderá um número de ordem que será determinado pela APPA.

Seção V - Utilização das Instalações Terrestres de Apoio à Operação Portuária

Art. 45 - Instalações terrestres de apoio à operação portuária de mercadorias são entendidas como instalações de armazenamento, vias de circulação para veículos e vagões, faixa de cais e instalações de suprimento existentes na Faixa Portuária. Art. 46 - A utilização das referidas instalações para operação de qualquer mercadoria será, nos termos deste Regulamento, feita de acordo com os princípios de racionalização e otimização de seu uso e com base na requisição dos serviços. Art. 47- As mercadorias somente poderão ser depositadas em instalações de armazenagem compatíveis com sua natureza e espécie, sob a estrita observância das Normas de Segurança pertinentes.

Art. 48 - O embarque direto de mercadoria perigosa obrigará seu dono ou preposto a fornecer com antecedência de no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas do embarque, as seguintes informações:

I) nome técnico das mercadorias de acordo com a classificação da International Maritime Organization- IMO, das organizações das Nações Unidas, o ponto de fulgor, quando for o caso, e o UN N (número de identificação estabelecido pelo comitê das Nações Unidas) das mesmas; II) a quantidade e tonelagem das mercadorias;

III) o tipo de embalagem;

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imediatamente a área afetada, comunicar o fato à APPA e eliminar os possíveis riscos.

Art. 50 - O acesso, a circulação e o estacionamento na área do porto deverão obedecer às regras de trânsito e às normas estabelecidas pela APPA.

Seção VI - Utilização do Equipamento ou Aparelhamento da APPA

Art. 51 - A APPA fornecerá o equipamento ou aparelhamento de sua propriedade, desde que disponível, a qualquer operador portuário que o requisite, exclusivamente para operações portuárias.

Parágrafo 1º - A utilização de equipamentos ou aparelhamento da APPA poderá ser requisitada por terceiros, desde que não prejudique a continuidade e a qualidade dos serviços de operação do porto, tendo como prioridade a Operação Portuária da APPA.

Parágrafo 2º - O equipamento ou aparelhamento da APPA, quando requisitado, deverá ser operado, preferencialmente pelo seu pessoal ou na impossibilidade deste, por terceiros.

Seção VII - Considerações Gerais

Art. 52 - A utilização das instalações portuárias, integrantes das áreas dos Portos Organizados de Paranaguá e Antonina, far-se-á na forma e nas condições estabelecidas neste Regulamento, observada a competência da Autoridade Marítima e da Autoridade Aduaneira.

Art. 53 - Todos que se utilizarem das instalações portuárias receberão da APPA tratamento sem preferência, orientado pelo objetivo de obter a racionalização e a otimização de seu uso.

Art. 54 - Em situações emergenciais, específicas ou de congestionamento, poderão ser adotados pela APPA, critérios de prioridade na utilização das instalações portuárias nos termos de norma regulamentar própria, respeitando o presente Regulamento.

Art. 55 - A utilização das instalações portuárias será autorizada pela APPA, à vista de requisição do armador ou preposto, operador portuário, dono ou consignatário de

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portuárias pertinentes, constantes das tarifas do Porto, homologadas pelo Conselho de Autoridade Portuária.

Art. 56 - Para os serviços requisitados à APPA, dentro das áreas dos Portos Organizados, o interessado deverá prestar caução prévia como forma de garantia, pelo pagamento desses mesmos serviços e em valores com eles compatíveis.

Parágrafo 1º - A caução será em forma de moeda corrente , em fiança bancária ou seguro garantia contratados em instituições financeiras de primeira linha desde que acordado com a APPA.

Parágrafo 2º - A caução será calculada pelos valores tarifários vigentes no dia do recolhimento das mesmas.

Art. 57 - Exceto no caso de “arribada”, nenhum serviço será executado pela APPA sem a prévia requisição formulada pelos interessados ou documentos equivalentes e pagamento antecipado ou garantia de liquidação dos valores devidos, mediante a caução estipulada no artigo 58 deste Regulamento.

Art. 58 - O usuário devedor remisso ficará privado de utilizar serviços do porto, diretamente ou por intermédio de terceiros.

Art. 59 - Para os efeitos regulamentares, cabem aos requisitantes a responsabilidade integral, civil e penal, por suas ações ou omissões, inclusive a de seus respectivos representantes, nos limites do mandato.

Art. 60 - Ao final da operação do valor depositado em moeda corrente, a título de garantia pelos serviços requisitados, será deduzido do valor da fatura emitida pela APPA.

Parágrafo único: - Caso o valor do depósito seja superior ao valor do débito apurado no final do serviço realizado, a diferença será devolvida e na hipótese de ser insuficiente, o requisitante deverá completar a diferença na data de vencimento estipulada na fatura da APPA.

Art. 61 - Quando uma prestação de serviços ultrapassar o valor depositado a título de garantia, o requisitante se obriga a fazer, imediatamente, nova caução determinada pela APPA.

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Art. 62 - Todo aquele que intenciona receber ou embarcar mercadoria de natureza especial e/ou perigosa, deverá verificar junto à APPA se a mesma dispõe de instalações e recursos adequados, compatíveis com a movimentação e armazenamento da referida mercadoria antes de efetivar o respectivo contrato de transporte AQUAVIÁRIO e a própria transação comercial.

Parágrafo 1º - A APPA não poderá ser responsabilizada por qualquer prejuízo que o dono ou consignatário da mercadoria ou transportador AQUAVIÁRIO ou terrestre venha a incorrer pela não observância desta norma.

Parágrafo 2º - Para os efeitos deste Regulamento, consideram-se mercadorias perigosas as relacionadas pelo IMCO - International Maritime Organization Consultive e especial as que não são, usualmente, movimentadas pelos Portos de Paranaguá e Antonina.

CAPÍTULO VII

DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA

Seção I - Da Movimentação e Armazenagem de Mercadorias

Art. 63 - Os serviços de armazenagem são a fiel guarda e conservação das mercadorias sob a responsabilidade da APPA, quando depositadas em instalações de armazenagem, na área do Porto Organizado, compatíveis com suas natureza e espécie.

Art. 64 - Nas operações portuárias a coordenação e responsabilidade pelo armazenamento das mercadorias será sempre do depositário.

Art. 65 - A conferência das mercadorias realizada nas instalações portuárias e posteriormente destinadas a armazenagem, abrangerá também a sua verificação e as anotações referentes a:

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II) indícios de violação e sinais de avaria e características do meio de transporte utilizado.

Parágrafo 1º - Em ato de conferência efetuado pelo fiel depositário, havendo divergência entre as informações declaradas e as constatadas, incidirão sobre estes as penas previstas neste Regulamento.

Parágrafo 2º - No caso de granéis sólidos, o assunto disposto no parágrafo anterior será tratado em regulamento próprio da APPA.

Art. 66 - Aos volumes das mercadorias que mostrem sinais de avarias ou condições que não atendam aos requisitos das Autoridades de Saúde e de Inspeção Fito-Sanitária, com embalagens danificadas ou inadequadas, caberão as seguintes medidas:

I) se destinado a embarque não deverão ser recebidas;

II) se provenientes de desembarque deverão ser recebidos com ressalvas a serem registradas, em documento próprio de Faltas e Avarias em conformidade com a legislação em vigor, bem como serão depositados em local isolado , recinto alfandegário , reservado para tal fim , após serem lacrados e cintados para efeito de vistoria:

a) Os comandantes de navios ou seus prepostos devem assistir à lavratura de termos de Faltas e Avarias e em conjunto com o fiel da armazenagem assiná-la devidamente ;

b) dos termos de Faltas e Avarias lavrados, serão remetidos resumos à Autoridade Aduaneira no primeiro dia após a descarga.

Art. 67 - As mercadorias deverão ser arrumadas por espécie, conhecimento, lotes, marca e contra-marca devendo evitar-se qualquer contaminação de uma por outra. Art. 68 - Na armazenagem de mercadorias deverá ser observada a separação das mesmas de acordo com o sentido de sua movimentação: embarque, desembarque ou trânsito.

Art. 69 - As mercadorias sob fiscalização da Autoridade Aduaneira deverão ser armazenadas em áreas próprias, alfandegadas.

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Art. 70 - O depositário passa a ser responsável pela mercadoria que lhe for entregue pelo depositante.

Art. 71 - A responsabilidade do depositário não cobre:

I)as faltas nos conteúdos dos volumes ou permuta de conteúdos, se os volumes entrarem nos armazéns sem indícios externos de violação, com a embalagem original e sem nenhum sinal de avaria e se nessas condições permanecerem até o momento da abertura para conferência aduaneira ou saída dos armazéns;

II)avaria de mercadoria ou falta que não seja reclamada, por escrito , no ato de entrega ou embarque;

III)as faltas, deterioração de conteúdo, contaminação ou destruição de volumes decorrentes de causas fortuitas ou de força maior nos termos do Código Civil.

Art. 72 - É considerada mercadoria em trânsito :

I)a procedente de um Porto manifestado para outro e descarregada para posterior embarque;

II)a descarregada em um Porto, que não o manifestado com posterior transporte por via terrestre ou AQUAVIÁRIO para o mesmo, com utilização de DTA (Documento do Trânsito Aduaneiro);

III)a destinada a país que mantenha convênio com o Brasil, descarregada para posterior transporte por via terrestre ou aquática ou vice-versa.

Art. 73 - Quando as mercadorias armazenadas oferecem perigo de deterioração ou estrago, o depositário deverá dar conhecimento do fato aos consignatários e à Autoridade Aduaneira, se for o caso, para os devidos fins.

Art. 74 - O depositário obedecerá, no que lhe couber, aos procedimentos determinados pelo Decreto-Lei n. 1455/76, no trato das mercadorias que estiverem sob sua guarda e sob pena de perdimento.

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Art. 75 - O serviço de armazenagem de mercadorias em áreas não arrendadas ou alugadas será executado, exclusivamente , pela Administração do Porto .

Art. 76 - O depositário estabelecerá, através de ato normativo, os procedimentos para o trato da documentação própria aplicável na entrega e no embarque de mercadorias que estejam sob sua guarda.

Art. 77 - A conferência aduaneira feita nos armazéns do Porto Organizado será sempre assistida pelo fiel do armazém, responsável pela guarda das mercadorias. Art. 78 - As mercadorias perigosas somente deverão ser depositadas em instalações de armazenagens com a estrita observância das Normas de Segurança e de Movimentação.

Parágrafo 1º - O armazenamento de mercadorias perigosas em instalações de armazenagem comum, ainda que compatíveis, somente deverá ser efetuado se tomadas medidas cautelares de isolamento da área e de separação das demais mercadorias, para evitar contaminação, risco de incêndio ou explosão.

Parágrafo 2º - As mercadorias explosivas somente poderão ser armazenadas à vista de autorização do Ministério do Exército e demais autoridades estaduais, municipais, de segurança e de proteção ao meio-ambiente.

Parágrafo 3º - O período de armazenagem das mercadorias perigosas, quando autorizada pela Administração do Porto, deverá ser o mínimo possível.

Seção II - Do Operador Portuário

Art. 79 - As instalações portuárias fixas, que integram a Infra-Estrutura terrestre, serão utilizadas para a realização de operações portuárias, por Operador Portuário pré-qualificado junto à APPA, mediante prévia requisição à Administração do Porto, ajuste ou contrato.

Parágrafo 1º - Os Operadores Portuários ficam obrigados a cumprir as Normas Reguladoras da Atividade do Operador Portuário, que contém Normas do Operador Portuário e Normas da Operação Portuária, aprovadas pelo CAP.

Parágrafo 2º - O CAP aprovará normas específicas para a atividade do Operador Portuário e para a Operação Portuária, as quais farão parte deste Regulamento.

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CAPÍTULO VIII

DA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS

Art. 80 - A vigilância e segurança nas instalações portuárias consiste na fiscalização da entrada e saída de pessoas , de veículos, de equipamentos e de mercadorias na área do porto e abrangerá as mercadorias armazenadas, o combate a incêndio e a proteção do meio ambiente.

Art. 81 - A vigilância e a segurança das instalações portuárias serão exercidas por guardas portuários da Administração do Porto.

Art. 82 - A fiscalização compreende a verificação da validade da autorização e o controle de entrada e saída de pessoas, veículos, equipamentos e mercadorias. Art. 83 - A administração do Porto estabelecerá os postos de entrada e saída nos diversos setores da área portuária.

Art. 84 - A organização do serviço, as atribuições, a equipagem, o recrutamento e o treinamento do pessoal da guarda portuária competirá à Administração do porto. Art. 85 - Será elaborado Regimento Interno pela APPA, especificando a organização e atribuições da guarda portuária, complementando este Regulamento.

CAPÍTULO IX

DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS DE USO PÚBLICO

Art. 86 - É assegurado, aos interessados, o direito de arrendar e explorar instalações portuárias localizadas dentro dos limites da área do Porto Organizado, mediante contratos , nos termos e conforme as condições estabelecidas pela legislação em vigor, observadas as seguintes condições e exigências :

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I - Todo arrendamento das instalações portuárias será feito, a princípio, para a exploração voltada a fins portuários;

II - O arrendamento de instalações portuárias para utilização, desde que não afeita as atividades portuárias, só será efetivado se o mesmo for declarado pela APPA não necessário às atividades portuárias, ouvidas as Autoridades Aduaneiras e homologado pelo CAP;

III - A Administração do Porto estabelecerá as condições de arrendamento das instalações considerando a destinação que se ajuste a suas características e ao interesse global do porto e à perspectiva de investimentos financeiros para implementação de melhorias.

Art. 87 - Serão respeitados os prazos e as condições estabelecidas nos contratos de arrendamento em vigor, firmados antes da vigência da Lei 8.630/ 93, inclusive suas renovações, se neles estiverem previstas.

Art. 88 - A requisição de equipamentos, aparelhamentos, instalações de armazenagem e outras instalações portuárias por Operador Portuário ou por outrem, para fim de realização da operação portuária, e de suas utilizações, sob sua responsabilidade, durante o período da respectiva operação portuária, não constitui aluguel ou arrendamento. As respectivas disposições reguladoras são as definidas neste Regulamento e na tarifa do Porto , homologada pelo CAP.

Art. 89 - O arrendatário, durante o prazo de vigência do contrato, sob a fiscalização da APPA, será responsável pela manutenção das instalações arrendadas e por sua adequada utilização.

Art. 90 - Constituem causa para a rescisão extrajudicial, a qualquer tempo, do prazo de vigência do contrato:

I) Por descumprimento reiterado de cláusulas de contrato de arrendamento; II) A decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;

III) A dissolução da sociedade.

Art. 91 - Em Caso de rescisão de contrato de acordo com a Cláusula anterior, a APPA deverá notificar, imediatamente, o CAP.

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Art. 92 - Qualquer licitação para fins de Arrendamento fica sujeita à legislação em vigor e deve atender ao PDZPO aprovado pelo CAP.

CAPÍTULO X

DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS SOB GESTÃO PRIVADA, NOS LIMITES DA ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

Art. 93 - Todo projeto de construção ou alteração a ser desenvolvido nas instalações de uso privativo, dentro dos limites da área do Porto Organizado, deve ser submetido à aprovação da APPA e do CAP, atendendo ao plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado -PDZPO.

Parágrafo único: - As instalações, sob Gestões Privadas, pagarão as tarifas portuárias correspondentes à utilização efetiva das facilidades do Porto Organizado, previstas nas tabelas de tarifas homologadas pelo CAP.

CAPÍTULO XI

DAS INFRAÇÕES, PROIBIÇÕES E PENALIDADES

Seção I - Das infrações

Art. 94 - Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe:

I) Na realização das operações portuárias infringindo as disposições da Lei n. 8.630/93, ou com inobservância das disposições deste Regulamento;

II) Na utilização indevida ou com desvios de finalidades, de áreas , instalações portuárias ou equipamentos, localizados ou instalados, dentro

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Autoridade Portuária;

III) Na realização das operações portuárias com infringência aos dispositivos regulamentares internos da APPA, que dispõe sobre as atribuições da Guarda Portuária, especificando as metodologias aplicadas na organização, controle e fiscalização da Disciplina da Comunidade Portuária e do Trânsito, dentro das áreas do Porto Organizado, conforme dispõe o Capítulo VIII deste Regulamento;

IV) Outras ações ou omissões, além das mencionadas, previstas em lei.

Seção II - Das Proibições

Art. 95 - São consideradas proibições:

I - Fumar no conveses ou porões de embarcações atracadas, bem como no trecho de cais , até um afastamento de 20 metros, quando da decorrência de operações com mercadorias de natureza perigosa;

II - Fumar na área de armazenagem de mercadorias;

III - Fumar nos conveses e nos porões das embarcações atracadas no berço de acostagem e das atracadas a contrabordo, durante as operações de abastecimento de combustível ou transbordo de mercadorias de natureza perigosa;

IV - Obstruir qualquer aparelho ou instalações de combate a incêndios, equipamentos ou instalações destinados a promover primeiros socorros; V - Obstruir portões, vias de acesso, vias de circulação, vias férreas, áreas de manobra de veículos ou equipamentos portuário de qualquer natureza; VI - Manter os veículos de qualquer natureza ou prioridade, estacionados sem a presença dos respectivos motoristas ou operadores, nas áreas operacionais do porto;

VII - Estacionar, transitar ou manobrar veículos, máquinas ou equipamentos, sobre pneus, em desacordo com as normas previstas no regulamento de Trânsito - RIT- APPA;

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VIII - Execução de qualquer tipo de manutenção, reparos ou abastecimentos, em veículos, máquinas ou equipamentos, dentro das áreas da faixa portuária;

IX - Movimentar ou estacionar mercadorias com peso superior `a capacidade de suporte do cais ou dos pisos das vias de circulação, pátio ou armazéns;

X - Utilizar veículos e equipamentos portuários, ou não, na movimentação de mercadorias com peso superior a sua capacidade nominal;

XI - Movimentar ou armazenar mercadorias, incluindo as perigosas (conforme capítulo VII, Seção I deste Regulamento) , para as quais o Porto não disponha de instalações e recursos compatíveis com sua operação; XII - Lançar ou deixar cair combustíveis, óleo, detritos ou material de qualquer natureza nas águas compreendidas na área do porto;

XIII - Lançar sobre o cais cinzas, óleo e outros detritos, bem como, jogar água de qualquer espécie;

XIV - Lançar âncora e amarrar para o lado do mar, de modo a prejudicar a facilidade e a segurança da Navegação;

XV - Realizar serviços de manutenção de costado (bater ferrugem ou pintar) de embarcações, sem dispositivos de proteção ao cais e ao meio ambiente; XVI - Aos funcionários da Administração do Porto, Trabalhadores Avulsos, Operadores Portuários ou prestadores de Serviços, de transitar sem os respectivos crachás identificadores nas áreas das instalações portuárias, de acordo com a regulamentação definida pela APPA, nos termos do Capítulo VIII deste Regulamento;

XVII - Às embarcações, atracar sem interpor as necessárias defensas; XVIII - A realização de serviços com máquinas e equipamentos alheios , à área portuária, ou ainda, serviços de qualquer natureza, não previstos na estrutura Tarifária em vigor;

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XIX - A realização de serviços, dentro das áreas do Porto Organizado, em desacordo com os dispositivos previstos em Lei, ou por trabalhadores não qualificados, habilitados, credenciados, ou ainda, trabalhadores avulsos em situação irregular, quanto às respectivas matrículas legais.

Seção III - Das Penalidades

Art. 96 - As infrações estão sujeitas as seguintes penas, aplicáveis separado ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:

I) advertências;

II) multas de 100 (cem) até 20.000 (vinte mil) Unidades Fiscais de Referência - UFIR;

III) proibição de Ingresso na área do Porto no período compreendido entre trinta e cento e oitenta dias;

IV) suspensão da atividade , se Operador Portuário, pelo período de trinta a cento e oitenta dias;

V) cancelamento do credenciamento, se Operador Portuário.

Art. 97 - Respondem pela infração, conjunta ou isoladamente, pessoas físicas ou jurídicas que, intervindo na operação portuária, concorram para sua prática ou dela se beneficiem.

Parágrafo 1º - Apurando-se, no mesmo processo, a prática da duas ou mais infrações, pela mesma pessoa física ou jurídica, aplicando-se cumulativamente, as penas a elas cominadas, se as infrações não forem idênticas.

Parágrafo 2º - Quando se tratar de infração continuada em relação a qual tenham sido lavrados diversos autos ou representações, serão estes reunidos em um só processo, para imposição da pena.

Parágrafo 3º - Considerar-se-ão continuadas as infrações quando ocorrer repetição da falta ainda não apurada ou que objeto de processo, de cuja instauração, o infrator não tenha conhecimento, por meio de intimação.

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Art. 98 - As infrações estão sujeitas as penas , aplicáveis pela Administração do Porto, separada ou cumulativamente, nos termos do Capítulo VII, artigos 40, 41 , 42, 43 e 44 da Lei n. 8.630/93 .

Parágrafo único: - Atendendo os dispositivos contidos no Capítulo VII, artigo 39 da referida lei, encontram-se em fase de definição as normas que regulamentarão as penas , os infratores e os limites das penalizações, nos termos da lei.

CAPÍTULO XII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 99 - As empresas Prestadoras de Serviços, Operadores Portuários, Entidades Sindicais de Trabalhadores Portuários, Avulsos ou Usuários de qualquer natureza, serão responsáveis, civil e criminalmente, de forma integral , por ações ou omissões , de eventuais danos causados, por funcionários, representantes prepostos, procuradores, proprietários destas empresas, trabalhadores avulsos sindicalizados, ao patrimônio da APPA, ou de terceiros, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 100 - As faturas referentes aos serviços prestados, nos termos da estrutura tarifária vigente, deverão ser liquidadas no prazo estabelecido.

Art. 101 - Considerar-se-ão como extraordinários, todos os serviços executados fora das horas dos períodos definidos pela Autoridade Portuária, como trabalho ordinário, e dos dias de expediente normal, quando requisitado pelas partes, e obedecerão os respectivos cálculos definidos na estrutura tarifária vigente.

Art. 102 - O não recolhimento dos valores e obrigações previstas, acordadas, firmadas e assinadas relativas aos Contratos de Arrendamentos ou Concessões, Cauções, Taxas, Tarifas, Faturas e outros, aos Cofres da Autoridade Portuária de Paranaguá e Antonina pelos Arrendatários ou Concessionários, Terminais, Operadores Portuários, Contratados, Acordantes ou Outros, determinará a interrupção imediata da prestação de serviços e movimentação de cargas e

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pela referida autoridade.

Art. 103 - Todos os atos administrativos de caráter normativo expedidos pela Autoridade Portuária, permanecem em vigor e serão aplicados, supletivamente, desde que não conflitem com as disposições deste Regulamento e a Lei n 8.630/93. Art. 104 - Os terminais especializados, armazéns frigorificados e armazéns reservados à cargas perigosas, gerenciadas pela Administração do Porto, face suas características e funções peculiares, deverão no prazo de 90 (noventa) dias elaborar seus Regimentos Internos, estabelecendo e detalhando suas Normas Operacionais de Funcionamento e de Segurança, submetendo, após, a homologação da APPA. Art. 105 - As dúvidas que se suscitarem, serão resolvidas pelo Conselho de Autoridade Portuária, na qualidade de único árbitro da interpretação deste Regulamento.

Art. 106 - Complementam ainda este capítulo os dispositivos previsto no Capítulo VII da Lei n8.630/93.

Art. 107 - Os casos omissos serão resolvidos, provisoriamente, pela Administração do Porto e, após, submetidos ao Conselho de Autoridade Portuária, para serem incluídos no texto do Regulamento.

Este é o Relatório da Comissão de Acompanhamento do Regulamento de Exploração dos Portos de Paranaguá e Antonina.

Osiris S. Guimarães - B. Poder Público José M. Chaves - Relator

Ma. Socorro Oliveira - B. Trabalhadores José S. Gori - B. Operadores

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