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Ações Possessórias - Afins. Análise Jurisprudencial

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Academic year: 2021

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Ações Possessórias - Afins

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Ação Reivindicatória

• BASE – PROPRIEDADE (DIREITO REAL MAIS AMPLO)

• Traz em seu bojo – direito de sequela – reaver a coisa de que o injustamente o possua

• “Ação do proprietário que não tem posse, contra possuidor que não é proprietário”

• Diferente da Ação de Imissão de Posse – novo proprietário que reclama os bens do antigo titular

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Ação Reivindicatória

• Ação Real – competência no foro da situação da coisa.

• Legitimidade – proprietário, ou aquele que afirma ser proprietário.

• E nas hipóteses de direito real limitado – usufruto, enfiteuse etc.

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Usufruto

• ocorre um destaque de um ou mais poderes inerentes à propriedade, que são transferidos para outra pessoa – denominado de direito real na coisa alheia. Art. 1.394 CC

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Requisitos Objetivos

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. IMÓVEL

ABANDONADO. INEXISTÊNCIA DE POSSE INJUSTA. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. 1. A admissibilidade da ação reivindicatória exige a presença de três requisitos: a prova da titularidade do domínio pelo autor, a individualização da coisa e a posse injusta do réu. Precedentes. 2. A caracterização da posse nem sempre se dá pelo contato físico com a coisa, muitas vezes prescindindo de exteriorização material, bastando a existência de um poder de fato sobre o bem. Nesse contexto, há de se distinguir o abandono da ausência, seja ela

eventual ou habitual. No abandono, o possuidor abdica de sua situação

jurídica, desligando-se da coisa com a intenção de se privar definitivamente de sua disponibilidade física e de não mais exercer sobre ela atos possessórios. Na mera ausência, o possuidor perde apenas transitoriamente o contato físico

com a coisa, mas mantém a relação de fato com o bem e a vontade de exercer a posse. 3. Se o imóvel está abandonado, o proprietário não precisa de decisão judicial para reavê-lo, devendo ser reconhecida a sua falta de interesse de agir, ante à desnecessidade ou inutilidade do provimento jurisdicional perseguido. 4. Recurso especial a que se nega provimento. REsp 1003305 / DF, j.

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.202.843 – PR - j.21/10/2014

RECURSO ESPECIAL. AÇÃO PETITÓRIA. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. USUFRUTO. DIREITO REAL LIMITADO. USUFRUTUÁRIO.

LEGITIMIDADE E INTERESSE.

1. Cuida-se que ação denominada "petitória-reivindicatória"

proposta por usufrutuário, na qual busca garantir o seu direito de usufruto vitalício sobre o imóvel.

2. Cinge-se a controvérsia a definir se o usufrutuário tem

legitimidade/interesse para propor ação petitória/reivindicatória para fazer prevalecer o seu direito de usufruto sobre o bem.

3. O usufrutuário - na condição de possuidor direto do bem - pode valer-se das ações possessórias contra o possuidor indireto (nu-proprietário) e - na condição de titular de um direito real limitado (usufruto) - também tem legitimidade/interesse para a

propositura de ações de caráter petitório, tal como a

reivindicatória, contra o nu-proprietário ou contra terceiros. 4. Recurso especial provido.

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LEGITIMIDADE PARA PROPOR

• TITULARES DE DOMÍNIO

• Pessoa casada – Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de

bens.

• Consentimento não se confunde com litisconsórcio ativo.

• AÇÃO REIVINDICATÓRIA SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA Autor não apresentou a autorização da esposa para o ajuizamento da ação real Inépcia da petição inicial e falta de interesse processual

SENTENÇA AFASTADA E EXTINTO O PROCESSO, COM FULCRO NO ARTIGO 267, INCISOS IV E VI, DO CÓDIGO DE PROCESSO

CIVIL RECURSO DO AUTOR NÃO CONHECIDO. TJSP- Apelação

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Co-herdeiro sem partilha...

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. PROVA DO DOMÍNIO. TITULAR FALECIDO. AÇÃO PROPOSTA POR HERDEIRO. LEGITIMIDADE ATIVA. DIREITO HEREDITÁRIO. FORMA DE AQUISIÇÃO DA

PROPRIEDADE. UNIVERSALIDADE. DIREITO À REIVINDICAÇÃO EM FACE DE TERCEIRO. DESNECESSIDADE DE PARTILHA PRÉVIA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. A ação reivindicatória, de natureza real e fundada no direito de sequela, é a ação própria à disposição do titular do domínio para

requerer a restituição da coisa de quem injustamente a possua ou detenha (CC/1916, art. 524; CC/2002, art. 1.228). Portanto, só o proprietário pode reivindicar. 2. O direito hereditário é forma de aquisição da propriedade imóvel (direito de Saisine). Aberta a sucessão, o domínio e a posse da

herança transmitem-se incontinenti aos herdeiros, podendo qualquer um dos coerdeiros reclamar bem, integrante do acervo hereditário, de

terceiro que indevidamente o possua (CC/1916, arts. 530, IV, 1.572 e

1.580, parágrafo único; CC/2002, arts. 1.784 e 1.791, parágrafo único). Legitimidade ativa de herdeiro na ação reivindicatória reconhecida. 3. Recurso especial provido. (REsp 1117018 / GO , j. 14/6/2017, Min. Raul Araújo)

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LEGITIMIDADE PASSIVA – pessoa casada

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. CITAÇÃO VÁLIDA DE AMBOS OS CÔNJUGES. AUSÊNCIA. NULIDADE. 1. Esta Corte firmou entendimento segundo o qual,

sendo ação reivindicatória de natureza real, é

imprescindível a citação de ambos os cônjuges ante a formação do litisconsórcio passivo necessário, sob

pena de nulidade 2. Agravo interno não provido

(AgInt no REsp 1447860 / DF- AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL – Rel. BENEDITO GONÇALVES, J 17/8/2017)

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Prazo para ação reivindicatória

• Propriedade – ostenta o caráter perpetuidade • “A Ação Reivindicatória é imprescritível”.

• Fica como exceção a formação de direito real novo nas mãos de terceiro – USUCAPIÃO –

posto que perde o título que dá fundamento à Ação.

(11)

Sobre Defesa de Usucapião

• Súmula 237-STF – “O usucapião pode ser arguido em defesa”.

• Não se admitia reconvenção com alegação de USUCAPIÃO ante a incompatibilidade de ritos

• Com o CPC em vigor aparentemente, não há essa incompatibilidade – não é mais rito especial.

• No entanto, ainda que seja rito comum, há exigência de alguns atos específicos – citação de confrontantes e por edital - que acabam por incompatibilizar o

reconhecimento judicial de usucapião por via de reconvenção.

• Assim, entendemos que ainda não é possível obter título como defesa de ação reivindicatória.

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EMBARGOS DE TERCEIRO

• Remédio processual que a lei põe à disposição de quem, não sendo parte no processo, sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de

apreensão judicial, em casos como o de penhora, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha etc.

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Natureza Jurídica

• “trata-se de ação de conhecimento, constitutiva negativa, de procedimento especial (...). O

embargante pretende ou obter a liberação

(manutenção ou reintegração na posse), ou evitar a alienação de bem ou direito indevidamente

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Legitimidade ativa

Art. 674.

§ 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive

fiduciário, ou possuidor.

§ 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:

I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843;

II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de

desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;

IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.

(15)

Súmula 621 STF X Súmula 84 STJ

• Não enseja Embargos de Terceiro à penhora a

promessa de compra e venda não inscrita no registro de imóveis. (STF)

• É admissível a oposição de embargos de terceiro

fundados em alegação de posse advinda do

compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro (STJ)

• Tem prevalecido o entendimento do STJ por prestigiar a boa-fé do terceiro adquirente

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Súmula 303 STJ

• Em embargos de terceiro, quem deu causa à

constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios.

• Perigo- Súmula vinculante

• Muito criticada por se mostrar indevida perante o credor que desconhecia a circunstância

• As instâncias inferiores estão a mitigar os efeitos da súmula

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EMBARGOS DE TERCEIRO PROCEDENTES - PENHORA

SOBRE IMÓVEL NÃO LEVADO A REGISTRO - ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. Embargada que não tinha como

saber da alienação do imóvel ante a falta de registro no cartório competente. Entendimento da Súmula 303 do STJ. Concordância com o levantamento a penhora, que permite à Fazenda não arcar com os ônus da sucumbência. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação APL 994081911040 SP (TJ-SP)

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Embargos de terceiro X Fraude à execução

Súmula 375 – STJ “O reconhecimento da fraude de

execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro

adquirente”

REsp 739.388-MG, 865.974-RS, 734.280-RJ, 140.670-GO, 135.228-SP, 186.633-MS e 193.048-PR

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Prazo para interposição

Art. 675 (CPC). Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento

enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de

execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

(20)

Relativização do Prazo dos Embargos

de Terceiro

• TJSP e STJ vem entendendo que, ainda que

intempestivos, os embargos poderiam ser aceitos conforme o direito material demonstrado.

• Pois caso fossem rejeitados, os demandantes

ajuizariam uma ação autônoma com os mesmos pedidos.

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Aproveitamento dos embargos de 3º Intempestivos RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. CPC/1973. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EMBARGOS DE TERCEIRO. CIÊNCIA PRÉVIA DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRAZO DE CINCO DIAS DO ART. 1.048 DO CPC/1973.

INTEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOS. POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. SUPRESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO AUTOMÁTICO. ENCARGOS SUCUMBENCIAIS. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO DE LEI FEDERAL VIOLADO. ÓBICE DA SÚMULA 284/STF.

1. Controvérsia acerca da tempestividade dos embargos de terceiro opostos após o prazo de 5 (cinco) dias previsto no art. 1.048 do CPC/1973, por terceiro que tinha ciência do cumprimento de sentença.

2. "Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta" (art. 1.048 do CPC/1973).

3. Fluência do prazo de 5 (cinco) dias somente após a turbação ou esbulho para as hipóteses em que o terceiro não tinha ciência do processo do qual emana o ato constritivo, conforme jurisprudência pacífica desta Corte Superior. 4. Caso concreto em que o terceiro tinha ciência do cumprimento de sentença, tendo ajuizado os embargos

intempestivamente.

5. Incolumidade, porém, do direito material vindicado a despeito da intempestividade dos embargos de terceiro. 6. Possibilidade de defesa do direito material mediante o ajuizamento de outras ações após o transcurso do prazo dos embargos de terceiro.

7. Conhecimento dos embargos de terceiro intempestivos, processando-os como ação autônoma sem a agregação

automática do efeito suspensivo previsto no art. 1.052 do CPC/1973.

8. Aplicação dos princípios da economia processual e da duração razoável do processo.

9. Caso concreto em que os embargos de terceiro, interpostos por possuidores de boa-fé, encontravam-se devidamente instruídos, inclusive com prova pericial, a justificar, com mais razão, a concreção do princípio da economia processual.

10. Incidência do óbice da Súmula 284/STF quanto à alegação do princípio da causalidade acerca da distribuição dos encargos sucumbenciais.

11. Doutrina e jurisprudência acerca dos temas controvertidos.

12. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. RECURSO ESPECIAL Nº 1.627.608 - SP (2015/0159835-3) RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO j. 6/12/2016

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