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Um passeio visual pela rede ferroviária do Estado de São Paulo. Claudia Tavares & Monica Mansur organizadoras. Rio de Janeiro.

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Academic year: 2021

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Rio de Janeiro 2 0 1 1

Um passeio visual pela rede ferroviária do Estado de São Paulo

Binóculo Editora

Claudia Tavares & Monica Mansur organizadoras

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C á s s i o V a s C o n C e l l o s C l a u d i a T a V a r e s C r i s B i e r r e n B a C h É d e r C h i o d e T T o

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v a i e v e m São Paulo é o segundo livro do Projeto VAIEVEM. Desta vez, a publicação passeia, por meio de imagens fotográficas, por trajetos da malha ferroviária do estado de São Paulo.

Como no volume dedicado ao Rio de Janeiro, nós – Monica Mansur e Claudia Tavares – convidamos alguns fotógrafos para per-correr conosco a rede de estradas de ferro. São eles: Cássio Vascon-cellos, Cris Bierrenbach, Guilherme Magalhães, Iatã Cannabrava, Júlio Bittencourt e Kelly Lima.

Todos, assim como os fotógrafos da primeira etapa carioca do projeto, exercitaram livremente as particularidades de seus processos criativos. Cada passeio aos percursos resultou em imagens que ultra-passam uma documentação institucional e apresentam caráter lúdico e poético. Afinal, esta é a intenção especial deste projeto. Novamente,

os fotógrafos estabeleceram suas marcas, utilizando suas técnicas pessoais em ensaios específicos nos quais a paisagem natural e urbana se fez contemplar através de suas lentes.

Além dos textos e poesias visuais dos escritores convidados Éder Chiodetto, Paulo de Toledo, Tony Monti e Veronica Stigger costuran-do as imagens, o leitor encontrará intervenções visuais nossas – ao invés de ensaios –, funcionando como intervalos para os blocos individuais.

Percurso do olhar, um vaievem, em que um olha de cá e o outro olha de lá. O olhar se encontra na plataforma, no trem, na estação; e se encontra nas gentes, nas máquinas, nas minúcias... na sombra, no sol, no horizonte de trilhos paralelos. Imagens alegres, dinâmicas e oníricas. Imagens fotográficas!

Claudia Tavares & Monica Mansur

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Júlio

BittEncoURt

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Mateus chegou cedo, muito cedo. Não era dia ainda. Como de costu-me, ele viera a pé, pelo meio dos trilhos, debaixo da escuridão da noi-te. Gostava de sentir o ar gelado da madrugada no rosto. Acordava-o, dizia. Vinha uniformizado, com capacete e luvas. Precisou sair de casa às quatro da manhã para não se atrasar para o encontro, marcado para as cinco. Lá já estava João, também vestindo uniforme e o imprescin-dível capacete. Em pé, sozinho no meio dos trilhos, cabeça baixa, mãos juntas na altura do peito, rezava. Mateus estranhou, nunca o vira re-zando. Achava até que o amigo fosse ateu. Pensou em saudá-lo fazen-do graça, em falar que ele estava parecenfazen-do o Maquinista com aquele tipo de carolice, mas desistiu. Não era o momento mais adequado para isso. Mateus se aproximou devagar, pisando de leve sobre as pedrinhas que atapetavam o chão. A dois passos do amigo, estacou. Não queria interromper João. Afinal, talvez fosse mesmo uma boa ideia rezar. Se Mateus soubesse rezar, certamente se juntaria ao outro. Mas ele não sa-bia e, por isso, esperou. João estava tão concentrado que não percebeu a proximidade de Mateus. Parado feito uma estátua, apenas seus lábios se mexiam. Porém, mesmo de perto, não era possível escutar o que dizia. E se ele não estivesse rezando? E se ele estivesse apenas fingindo

rezar?, pensou, preocupado, Mateus. Enquanto este, absorto,

conside-rava se seria ou não um problema fingir rezar em vez de rezar de fato,

pôde no comprimido vão entre uma parede e outra: recostara o quadril na divisória às suas costas, esticara as pernas para a frente, apoiara os braços no painel adiante, depusera a cabeça sobre os braços e assim dormia. Roncava alto o suficiente para ser ouvido da rua, onde estavam João e Mateus. Vai por mim, sussurrou Mateus no ouvido de João, o Maquinista dorme aí. Em pé? Não sei se sempre em pé, mas que ele dorme aí, ele dorme. Gringo desgraçado, grunhiu João. Já era dia, um dia nublado com pesadas nuvens cinza no céu. João e Mateus avistaram os outros companheiros, todos os três com seus respectivos uniformes e capacetes. Tiago foi o primeiro a vê-los também. Acenou de longe e correu para abraçá-los. É hoje, camaradas, disse ele sorrindo, enquanto abarcava ao mesmo tempo João e Mateus. Os irmãos Pedro e André, os mais jovens da turma, os abraçaram em seguida. Estes portavam, além dos uniformes e dos capacetes, rádios de comunicação. Cá estamos, companheiros, para o que der e vier, falou Pedro. O Maquinista já está aí?, indagou André, ao que João respondeu afirmativamente. Acho que ele mora aí, resmungou Mateus, sem ser ouvido. Trouxeram as ferra-mentas? João abriu o casaco e mostrou um martelo e um podão presos ao seu cinto de couro com tiras de tecido vermelho. Mateus levantou a mão direita e deixou cair de dentro de sua luva um canivete suíço. E vocês? André arregaçou a barra da calça e apontou para uma faca João encerrava sua suposta prece, deslocando um pouco para trás sua

perna direita e inclinando ligeiramente o tronco e o joelho esquerdo, como se cumprimentasse uma alta autoridade. Quando finalmente le-vantou o rosto, viu Mateus. Abriu um largo sorriso e abraçou-o aper-tado. Sejamos fortes, camarada, sussurrou-lhe no ouvido esquerdo, quase num beijo. Sejamos fortes. Mateus escondeu o rosto no ombro do amigo, como se quisesse cheirar sua nuca, e estreitou-o ainda mais contra o próprio peito. Sejamos fortes, repetiu uma vez mais João. Mateus desvencilhou-se de João e perguntou se os outros já haviam aparecido. Não, eles ainda não haviam aparecido, chegariam mais tar-de. E o Maquinista? Está lá dentro, indicou João, está vendo? Ele está sempre lá dentro, resmungou Mateus, acho que ele mora aí. João fez um sinal para que Mateus o acompanhasse. Mateus depôs sua mão esquer-da sobre o braço direito de João, e os dois seguiram juntos. Amanhecia. Eles saíram dos trilhos e contornaram o vagão em que se encontrava o Maquinista. João e Mateus iam abaixados, com os joelhos inclinados, tentando se deslocar da maneira mais discreta e silenciosa possível. Quando passaram ao lado da janela através da qual se via o Maqui-nista, não resistiram e espiaram para dentro. O MaquiMaqui-nista, mesmo sendo um tipo franzino, com o rosto chupado e os ossos saltados como os de um faquir, mal cabia no espaço exíguo. De pé, ajeitara-se como

presa a sua botina. Pedro ergueu a camisa, revelando a corda de sisal que trazia amarrada ao peito. E Tiago tirou de um bolso uma grossa fita adesiva e, do outro, uma chave de fenda. João, então, juntou as mãos na altura do peito em mais uma prece. Pedro e André alongaram-se como se estivessem prestes a praticar algum esporte, elevando as mãos ora para o alto, ora para os lados. Tiago, seguindo o exemplo dos dois, segurou o peito do pé direito e elevou a perna para trás, encostando-a ao glúteo, desta forma forçando o músculo da coxa. Ficou segurando o pé durante uns vinte segundos e repetiu o mesmo gesto com a perna esquerda. Mateus, sem saber o que fazer, roía as unhas. Impaciente, caminhava de um lado para o outro, parando apenas para conferir as horas, a intervalos muito curtos e regulares. Terminada a reza, João fez novamente sua estranha reverência. Recomposto, respirou fundo e conclamou, batendo palmas: vamos lá, camaradas, não podemos cor-rer o risco de que os outros cheguem. Todos sorriram, ainda que com certa tristeza. Puseram seus óculos escuros, ajeitaram os capacetes e se puseram em marcha. Apenas João não colocou os óculos escuros.

Veronica Stigger

O Maquinista

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Cris

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Guilherme

MaRanhão

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Caminhar reto, cortar caminho, ir direto ao ponto... Sempre achei isso tudo uma tontería, objetividade burra, pressa capitalista, anfetamina mal canalizada. A menor distância entre dois pontos é o ponto mais próximo do ponto inicial. Logo, o ponto final é desejo, não meta. Me seduz o descaminho, dobrar a esquina incerta, fazer curva à toa, entrar onde não fui convidado, descer uma estação depois e voltar, nem sei pra onde, a pé e sem atalhos. Entre o aqui e o acolá tem um mundo. Se você só vai, não vive. Porque entre o vai e o vem, tem. Tem o inter­

mezzo, o hiato, o ínterim, o enquanto isso... Se só vou querendo chegar,

o meio some, é sequestrado do seu tempo-espaço. Fico puto quando num filme o cara sai do escritório, fecha a porta e no instante seguinte abre a porta de casa. Cadê o elevador, a garagem, a prosa com o por-teiro, o caminho, o som e o cigarro no carro, os pensamentos todos que aceleram junto? Tempo morto, dizem os roteiristas. Tempo mor-to? É um baita prejuízo de vida, uma supressão totalitária dos acasos possíveis. Imagine tudo o que acontece e você não tem nem ideia, en-quanto passa off line pelos lugares daqui pra lá, de lá pra cá. Entre o lá e o cá tem gente amando, tramando, mamando, jogando, trabalhando, enganando, estudando, matando, fumando... Eu paro e desço. Desço e ando. Procuro, encontro. Encontro uma inflação de quase nada. Um gato percorre o trilho do trem atrás de um rato. E então o quase nada, num átimo, se preenche de vírgulas, reticências, exclamações genuínas. Mas nunca de pontos finais.

Por andar, andei. Criei e desejei ardentemente muitos destinos sa-bendo de antemão que iria traí-los pelo caminho. Um motivo qualquer, um copo, um corpo, um olhar oblíquo, uma tara, um cheiro estranho, um cachorro brincalhão, uma sinuca, um rojão, um comício ou comi-chão e lá estava eu, de novo, fora da rota. A deriva nas vísceras.

No começo era o samba, o rabo de galo, o risca-faca, a churrascada, a libido bêbada, o futebol, a feira. O resumo da soma dos meus dias era, com base em fatos reais, algo assim:

Acordei às sete e resolvi não me pentear, não me olhar no espelho. Peguei o trem. A galera do pagode no fundão. Eleonor me deu uma piscadela. Josimar chegou junto. Os três se olham, se medem. Des­ cemos. Cerveja na favela. Paisagem com cachorros, esgoto, criança, bola, galinha, Luan Santana. Pega o bumba, Eleonor atrevida, Jo­ simar atrevido, eu com a vida invadindo as narinas. Correria pro muquifo. Língua, sovaco, virilha, dedo, arrepio, vara, duas línguas, xana, pelo, peito, gemido, tapa, rego de macho, olho virado, furi­ co, pica, prega, três línguas, bagos, mulher, homem, homem, porra, porra, porra.

Sexo de verdade também não tem caminho, roteiro predefinido. Monta no instinto e sai no galope cego, desvia por causa do cheiro, escorrega nos líquidos, vai achando caminho. Acho que é isso. Ando pelas ruas como quem faz sexo com o asfalto.

Cânticos de pintassilgos mutantes

para absolutamente nada

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Eleonor desfalecida, Josimar no banho, eu na rua. Dez horas e a vida a mil, dois mil. Fico no gol; três moleques pra cada lado. Pego dois pênaltis, tomo um frango. Volto pra estação. Penso que volto, pois no caminho Rafael e Totonho – quem? Não sei... param o carro e me perguntam onde fica o mercado. Tento explicar e rapidamente sou convencido a entrar no carro para guiá­los. Totonho entra, passa no caixa, sai correndo. O maluco roubou o caixa. Corre que corre. Carro na contramão. Desvia do rolimã. Encontra o poste. Rafael estatelado no volante, Totonho tonto. Saio de banda, volto pra estação, olhos se­ micerrados. Persigo pela plataforma um pastor de igreja que pregava no vagão do meio. Gosto da forma como os olhos dele saltam quando pronuncia “salvação”. Na igreja me benzem, varro o chão, viro ator de exorcismo na sessão da tarde. Fujo antes de pecar em demasia. Com Maria. Acordo ao lado dela. Planos de casamento. Planos me agradam pois assim sei que a próxima esquina está ficando mais perto...

Nessa exaustão de tudo, um dia dobrei, dobrei e dobrei outra esqui-na para ver se dava no avesso do lugar. E deu. Deu algo estranho. Deu em nada. De tanto fugir do que parecia previsível, parece que esgotei as possibilidades do mundo novidadeiro. Nesse dia encontrei o nada. Mas o nada não se encontra assim, do nada... Para encontrar o nada é ne-cessário despistar, fazer de conta que você não o quer. É não buscando o nada que se chega nele.

Não buscar o nada, para encontrá-lo no seu estado bruto de nada ser, virou minha nova obsessão, como diriam os puristas, ou minha nova poética, diriam os impuros que nada-tudo sabem. Sair da plata-forma do trem pelo lado que a maioria despreza, dobrar a rua errada, ir por onde ninguém vai, andar por onde não se anda. Quando achar que chegou, caminhar mais alguns quilômetros. Ter a certeza de que nin-guém poderia estar ali. Uma só pessoa diante do nada se expande e fica do tamanho do universo. Inclusive com as formigas isso aconteceria, mas elas só andam aos bandos, então só trabalham. Para saber se você encontrou o nada, é fácil: rapidamente vem uma cócega nos lóbulos, por onde uma onda de calor se manifesta. Melhor estar sentado, pois as per-nas bambeiam. Rapidamente começa uma sensação de esvaziamento. Compromete-se o discernimento das fronteiras entre ser e mundo, vivo e morto, história e fabulação.

O nada está sempre do lado contrário, é a antítese do lugar. Há que percebê-lo. Pode estar aqui mesmo, no canto da sala, debaixo da cama, no espaço entre essas linhas, no intervalo entre as palavras impressas nestas páginas.

Aqui no Aterro 25A, nesse intervalo entre estações de trem, onde to-dos passam e ninguém fica, foi onde topei com o nada pela primeira vez. Tava ali, sossegado, pensando onde seria o próximo agito, enquanto meus olhos teimavam em descobrir formas nas reentrâncias daquela monta-nha escarpada, onde o sol desemonta-nha geometrias concretas. De repente,

os pensamentos fizeram zummmm... Sumiram. Cabeça oca, mas todos os sentidos em rebuliço. Demorei para perceber que coisa danada era aquilo que tanto me imobilizava. Na busca dessa sensação vazia passei a renegar o tudo muito, a desviar do trabalho, da escola, da mulata pei-tuda, do michê ponta firme, do boteco amigo, da jogatina, de qualquer coisa que se movimentasse. Largava tudo e de repente tava lá. De novo. Eu e o silêncio. Os olhos ébrios de verde e azul. Ninguém. Mais nada. Eu e o silêncio. Uma felicidade boba, de graça. Uma vontadinha sorrateira de chorar sem motivo. Um esvaziamento. Os pensamentosindoembora voando com os pintassilgos que passavam vez em quando. Eu que até os 23 anos nunca havia visto um pássaro sequer, quando vi o primeiro, lá no Aterro 25A, chamei logo de pintassilgo. Ah!, sim, porque as coisas todas terem um só nome também sempre achei desconfortável. Quantas Marias têm cara de Joana ou Dalva por aí? Devia ser assim: te conheço, te dou um nome. E assim fica sendo. Um batismo a cada encontro. Meu pintassilgo é todo preto, bico vermelho. Mas tem dia que troca a roupa. Se o clima esquenta ele aparece com penas amarelas e azuis e o bico ala-ranjado. Memória dos carimbos da primeira escola que frequentei. Pra distrair a criançada, a professora distribuía carimbos. A gente carimbava a folha em branco e tinha que pintar os espaços vazios. Eu sempre pegava o carimbo de um pássaro. Um dia, a professora falou que eu só pintava pintassilgos. Pintar, pintassilgo... Logo pensei que se algo tem “pintar” no próprio nome deveria ter por obrigação mudar de cor sempre. E foi

isso que o silêncio que encontrei de novo, no Viaducto 15, me provou ser verdade. Cada vez que eu ia lá, surgiam pintassilgos de cores, formas, tamanhos e voos acrobáticos diversos. O silêncio faz bem para os olhos. Essa eu aprendi numas andanças sem palavras com Hiroshi Sugimoto, fotógrafo zen japonês, quando juntos fotografamos uma praia durante 24 horas. O danado do japa tinha avistado do trem que passava no alto da colina uma prainha. Apontou como quem falasse: lá, lá está ele... nos danamos ribanceira abaixo. Eu carregando o tripé. Sentamos e nada. O nada... estava ali. Por mais que a luz alterasse o universo, o nada não se movia. Dançava languidamente o nada na câmera do fotógrafo. O nada é mesmo um bicho caprichoso, que a poucos é dado perceber e a muito, muito poucos fotografar.

Eder Chiodetto

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Kelly

LiMa

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PESSOA

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Cássio

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Não é preciso parar o trem

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A dificuldade de inventar uma imagem para a liberdade me alertou para algo estranho: há um pressuposto às vezes esquecido em tudo o que se fala. Quando eu digo um sentimento (de liberdade, por exemplo), não digo meu corpo. Chego a esquecer que ele existe, que as opressões não são absolutas, não acontecem no vazio, mas no encontro entre as massas. Para um peixe que nada em um labirinto muito grande, liberdade são os vãos entre as pedras. Quando saio da cidade grande, deixo também minha rotina. A pressa dos outros me cai como roupa confortável. A poeira sobe do chão como um sinal de que não preciso me preocupar com as lâminas da disciplina.

2

As finalidades constroem numerosos trilhos rígidos e funcionais, mas não construíram ainda teletransportes. Não há um mundo como o da lenda oriental em que um samurai hábil antecipa tantos movimentos do adversário que, quando pisa o território da luta, já sabe se vai sair vivo ou morto. Para ele, começar a lutar é a luta toda. O percurso é um algoritmo com uma entrada e uma saída. O confronto é a cartografia dos movimentos e das consequências, sem texturas nem desatenções.

3

Antes de retirar a espada da bainha, o samurai mede o corpo e as habilidades do oponente. O confronto ideal começa enquanto os adversários se olham... e termina depois do golpe único, ao verter do sangue. Como o enxadrista experiente, que abandona o jogo lances antes de o xeque-mate acontecer no tabuleiro, por vezes um dos samurais não se mexe. Em respeito ao outro, abandona o controle dos músculos, se percebe que estender a resistência consumiria segundos da vida do samurai sobrevivente. Não existe o som repetitivo dos toques entre as lâminas. O som fica concentrado em um kiai solitário e, às vezes, em um urro transtornado de dor, ladeado pelo silêncio das árvores. 122 123

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6

Para onde, para onde? Devem ter muita fé aqueles que entram e saem das mesmas portas todos os dias. Não sei... não é preciso parar os trens. Talvez haja outra opção entre a escolha dos que apenas vão e vêm e a dos que se jogam na frente da máquina. Nem confundir o território com o mapa, nem provar do corpo de uma vez, desistindo dele.

7

A linha de trem supostamente perfeita iria do ponto onde eu estou ao ponto para onde quero ir. O sonho do progresso inevitável não tem mato crescendo nem ninguém olhando. Um curto-circuito em uma vida sem becos e desatenta às assimetrias. Mas não quero esquecer, no mundo e nos mapas, daqueles trechos de estrada que começam em uma pedra e acabam em um barranco, como os vincos na pele da gente, que justificam a existência pela inutilidade.

5

À beira do fosso por onde passa o trilho, amontoam-se algumas dezenas de pares mínimos de pernas. São animais que não se conhecem. Espalham-se em objetivos diferentes (como modo particular de complicar ou simplificar suas vidas). Os pares de pés distantes alguns centímetros do fosso esperam o trem em aparente desorganização. A máquina vem e dispara em cada animal um sinal para o movimento, mas apenas quando ela parar. Mesmo com pressa, ninguém dá mais de dois passos até que tudo esteja imóvel e que as portas se abram como sinal de que podem ir. Hoje, eu vi, o trem veio, todos esperaram, entraram os que eram de entrar e saíram os que eram de sair. Ninguém, mais uma vez, ninguém se jogou nos trilhos.

4

Vocês estão indo para onde? Há um acordo silencioso entre jornalistas para não divulgar os suicídios de quem se joga nos trilhos. Os jornais também falam pouco das gentes que vão e vêm dentro dos trens, em um suicídio lento, aos poucos. Os trilhos são paredes rígidas, uma prisão por onde é possível ir e vir.

Tony Monti

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Interferências de

Monica Mansur

6, 8-11, 50-53

Claudia Tavares

4, 100-103, 126-129 Ensaios fotográficos de

Júlio Bittencourt

14-29

Cris Bierrenbach

32-49

Guilherme Maranhão

56-75

Kelly Lima

80-97

Cássio Vasconcellos

104-121

Iatã Cannabrava

130-153

Poemas visuais de

Paulo de Toledo

12-13, 54-55, 98-99 Textos de

Veronica Stigger

30

Éder Chiodetto

77

Tony Monti

122

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CáSSio VaSConCelloS nasceu em São Paulo em 29 de setembro de 1965. Iniciou sua trajetória na fotografia em 1981, na escola Imagem-Ação. Participou de mais de 140 exposições em 18 países, além de integrar o seleto grupo do Blink – 100 photographers,

10 curators, 10 writers, publicado pela Phaidon Press, Inglaterra. Este

livro traz a série Noturnos São Paulo, que também levou o prêmio de melhor exposição do ano de 2002, eleito pela APCA, e o Prêmio Porto Seguro Fotografia, em 2001. Destaca-se pela especialização de fotos aéreas, já tendo fotografado quase todas as regiões do país, e lançou recentemente o livro Aéreas, pela editora Terra Virgem.

Claudia TaVareS nasceu no Rio de Janeiro em 1967. É mestre em Linguagens Visuais, pela Escola de Belas Artes da UFRJ e mestre em Image and Communication, pelo Goldsmiths College, Londres. Atua como artista, curadora e professora de fotografia. Participa regularmente de exposições coletivas e individuais. Recebeu o 3o prêmio com o vídeo BláBláBlá, em parceria com Dani

Soter na 9a Bienal Nacional de Santos, em 2004. Foi Novíssimos do

Ibeu, em 2010. Realiza mais uma individual, no Espaço Cultural Sérgio Porto, em 2011, intitulada Nós. Faz parte da coleção de Joaquim Paiva, no Brasil e César Gavíria, na Colômbia. É uma das mentoras e organizadoras do projeto Figura (www.projetofigura. com) e sócia-diretora da Binóculo Editora. É representada pela Galeria Tempo, Rio de Janeiro.

CriS BierrenBaCh (São Paulo, 1964). Fotógrafa e artista plástica, iniciou a carreira como repórter-fotográfica no jornal

Folha de S.Paulo em 1989. Desenvolve um trabalho artístico que

inclui vídeo, performance, instalação e pesquisas sobre técnicas de impressão fotográfica do século xix. Dentre os prêmios recebidos, destacam-se: Porto Seguro de Fotografia (2004); Prêmio Candango de Direção de Arte no 41o Festival de Cinema de Brasília (2008);

Prêmio Aquisição Centro Cultural São Paulo (2009); Marc Ferrez de Fotografia e Arte Contemporânea da Funarte (2010). Já realizou 15 exposições individuais e, além do Brasil, seus trabalhos foram exibidos na Alemanha, Bélgica, Chile, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Japão, México, República Checa e Uruguai. Possui obras nas coleções do Masp, MAM-SP, MAC-SP e Maison Europeénne de la Photographie, entre outros. Em 2005 foi convidada pela editora Cosac Naify a publicar um livro com seu trabalho dentro da coleção FotoPortátil.

éder ChiodeTTo (São Paulo, SP, 1965) é mestre em Comunicação e Artes pela ECA/USP, jornalista, fotógrafo, curador independente e crítico de fotografia. Atuou no jornal

Folha de S.Paulo como repórter fotográfico, editor e crítico de

fotografia, entre 1991 e 2004. É autor do livro O lugar do escritor (Cosac Naify), um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2004. É atualmente o curador do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP. Como curador realiza diversas exposições, tais como Olhar e Fingir – Fotografias da Coleção

Auer (MAM-SP); Henri Cartier­Bresson, Fotógrafo (Sesc Pinheiros)

e A Invenção de um Mundo – Acervo da Maison Europeénne de

la Photographie (Itaú Cultural) e Geração 00 – A Nova Fotografia Brasileira (Sesc Belenzinho, 2011). É coordenador editorial de

vários livros, como da coleção FotoPortátil (Cosac Naify),

Sertão sem fim e Araquém Alcântara: Fotografias, de Araquém

Alcântara (Terra Brasil), entre outros.

Guilherme maranhão, nascido no Rio de Janeiro em 1975, reside em São Paulo desde 1985. Na fotografia, sua pesquisa está centrada na busca de alterações do processo de formação de imagens e na subversão das ferramentas produzidas pela indústria. Realizou exposições individuais no Itaú Cultural, na Gallery 44 em Toronto, e no Ateliê da Imagem, no Rio. Participou também de exposições coletivas no Ivam em Valência, Espanha, na Galeria Olido, e na Kitchener Waterloo Art Gallery, entre outras. Em 2007 recebeu o Prêmio Porto Seguro e em 2011 participou da exposição Geração 00. Tem obras no acervo do MAM-SP e em coleções particulares.

Kelly lima nasceu em Limeira (SP), mas vive no Rio de Janeiro desde 2002. Descobriu a fotografia nos laboratórios do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da Universidade Julio de Mesquita Filho (Unesp), no campus de Bauru (SP), no início da década de 1990. Jornalista, atua na sucursal da Agência Estado no Rio de Janeiro e concilia paralelamente o aperfeiçoamento na área fotográfica e desenvolvimento de projetos. Cursou o Senac, o Ateliê da Imagem e concluiu a pós-graduação em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais, na Universidade Cândido Mendes. Fez parte do grupo que criou o coletivo O Estendal e participou de mostras coletivas e individuais no interior de São Paulo e no Rio de Janeiro.

moniCa manSur é artista visual e nasceu no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. É graduada em Arquitetura pela UFRJ, pós-graduada em História da Arte e Arquitetura no Brasil (PUC-Rio) e mestre pelo PPGAV/EBA/UFRJ. Iniciou sua carreira como gravadora, com o mestre José Lima. Expõe profissionalmente desde 1989, solo ou em grupo, com destaque para mostras nos Estados Unidos, Espanha, Áustria, Colômbia, Argentina, Rio de Janeiro e São Paulo. Concebeu e coordena diversos projetos em parceria, tais como Dialeto, Atelier Rio Comprido, Coletivo Buraco de Fotografia, Espaço Figura (www.projetofigura.com). Mais recentemente, criou a Binóculo Produção e Editora Ltda, que administra em sociedade com Claudia Tavares

(www.binoculoeditora.com.br). Sua obra é citada em artigos e pesquisas internacionais e publicações de arte brasileiras, e pode ser observada no site www.monicamansur.com.

Paulo de Toledo é autor dos livros de poemas A rubrica

do inventor (Multifoco, 2011), Hi­Kretos e Outras abstrações (Sereia

Ca(n)tadora, 2011) e 51 mendicantos (Éblis, 2007). Publicou as plaquetes Desequilivro (2009, obra publicada em parceria com o poeta Rodrigo de Souza Leão) e si lence is (Arqueria Editorial, 2010). É colaborador e integrante do Conselho Editorial da revista Babel

Poética (contemplada no Edital Cultura e Pensamento 2009/2010,

do Ministério da Cultura). Publicou poemas, contos, ensaios e traduções em: Babel, artéria, sítio (Portugal), Cult, Coyote, Sibila,

Zunái, Cronópios, Revista Ciência & Cultura (SBPC), Correio das Artes, entre outras publicações. Colaborou, com artigos, para a

edição crítica de Catatau (Travessa dos Editores, 2004), obra de Paulo Leminski. Nasceu em Santos, onde vive e trabalha como redator e tradutor. Blog: http://paulodetoledo.blogspot.com.

Tony monTi é doutor em Literatura Brasileira pela USP, com pesquisas sobre Clarice Lispector e Rubem Fonseca. Seu primeiro livro de contos, O mentiroso (7Letras, 2003), ganhou o Prêmio Nascente, promovido pela USP e pela Editora Abril. É autor também de eXato acidente (Hedra, 2008) e O menino

da rosa (Hedra, 2007). Em 2011, participou da coletânea Geração zero zero (Língua Geral), que reuniu contos inéditos

dos autores mais significativos que estrearam no século XXI. Outras informações sobre o autor podem ser encontradas em www.tonymonti.wordpress.com.

VeroniCa STiGGer é escritora, crítica de arte e professora universitária. Possui doutorado em Teoria e Crítica de Arte, pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-doutorado pela Università degli Studi di Roma “La Sapienza”, e pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/ USP). É professora das pós-graduações em História da Arte e em Fotografia, da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), e colunista do programa Entrelinhas, da TV Cultura. Tem cinco livros publicados: quatro de contos – O trágico e outras comédias (Coimbra: Angelus Novus, 2003; Rio de Janeiro: 7Letras, 2004 e segunda edição em 2007), Gran Cabaret Demenzial (São Paulo: Cosac Naify, 2007), Os anões (São Paulo: Cosac Naify, 2010) e

Massamorda (São Paulo: Dobra, 2011) – e um infantil – Dora e o sol (São Paulo: 34, 2010). Alguns de seus contos foram

traduzidos para o catalão, o espanhol, o francês, o sueco, o inglês e o italiano.

iaTã CannaBraVa, fotógrafo, curador e agitador cultural, atualmente desenvolve trabalhos documentais com a paisagem urbana, típica das cidades, especificamente das periferias das grandes metrópoles, no seu ensaio Uma outra cidade. Participou de mais de 40 exposições, foi ganhador dos prêmios P/B da Quadrienal de Fotografia de São Paulo, em 1985, do concurso Marc Ferrez, da Funarte, em 1987, e de dois prêmios da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, em 1996 e 2006. Tem dois livros publicados: Casas paulistas, 2000, e Uma outra cidade, 2009, e suas fotografias integram as coleções Masp-Pirelli, Galeria Fotoptica, Joaquim Paiva e MAM/SP e oito livros sobre temas urbanos. Como agitador cultural, foi presidente da União dos Fotógrafos de São Paulo, de 1989 a 1994; criou e dirige a empresa Estúdio Madalena, por meio da qual fez a curadoria e organizou mais de 30 exposições, ministrou mais de 80 workshops, além de projetos especiais, como: Revele o Tietê que Você Vê, em 1991; Foto

São Paulo, em 2001; Povos de São Paulo – Uma Centena de Olhares sobre a Cidade Antropofágica, em 2004; Expedição Cívica, Ecológica e Fotográfica de Olho nos Mananciais, em 2008, e o Encontro de Coletivos Fotográficos Ibero­americanos de São Paulo, em 2008.

Atualmente é coordenador do Festival Internacional de Fotografia de Paraty/Paraty em Foco, e coordenador do Fórum Latino-americano de Fotografia de São Paulo, realizado pelo Itaú Cultural, além de presidente da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil (RPCFB).

Júlio BiTTenCourT nasceu em 1980. Após viver em Nova York por sete anos, retornou ao Brasil em 2000, onde iniciou sua carreira no jornal Valor Econômico em São Paulo, trabalhando como fotógrafo e editor-assistente. Em 2003, viveu em Moçambique e atuou no Grupo Soico de Comunicação. Desde 2007 atua de forma independente, desenvolvendo projetos pessoais, além de trabalhos para revistas, jornais, clientes corporativos e publicitários no Brasil, Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão. Seu trabalho já foi exposto em galerias e museus em diversos países e seus trabalhos publicados em revistas como

GEO, Photo, Stern, Le Monde, The Guardian, Esquire, Leica World Magazine, entre outras. Em 2008, lançou seu primeiro livro, Numa janela do Edifício Prestes Maia 911, coroando três anos de trabalho

em uma ocupação no Centro de São Paulo. Vive em São Paulo com sua mulher Paula, e Ozzy, seu cachorro. 

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concepção, organização e coordenação editorial Claudia Tavares e Monica Mansur

produção executiva Binóculo Produção e Editora assistente de produção Olívia Vigneron

consultoria de projeto Clarice Magalhães projeto gráfico

Verbo Arte e Design / Fernando Leite foto da capa Kelly Lima a p o i o p a t r o c í n i o tratamento de imagem Trio Studio produção gráfica Sidnei Balbino revisão de textos Sonia Cardoso assessoria de imprensa Analu Andrigueti administração Antonio Goes impressão Pancrom Agradecemos a todos os que participaram do projeto,

especialmente:

à equipe da MRS Logística S/A, desde o departamento de Comunicação – Carmem, Joana e Verônica – até os maquinistas, chefes de equipe e técnicos ferroviários que nos receberam em seus turnos, nas viagens de trem, especialmente àqueles que se deixaram retratar por Cris Bierrenbach;

à Ana Paula Cardoso, pela parceria preciosa no trabalho de Claudia Tavares;

à nossa assistente de produção, Olívia Vigneron, que intermediou a solução de problemas; aos nossos consultores para assuntos legais Clarice Magalhães e Antonio Tomé;

aos amigos(as), parentes, namorados(as) e maridos e mulheres, que acompanharam, carregaram material e equipamento e dirigiram automóveis nos deslocamentos para a produção das fotos.

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vaievem: um passeio visual pela rede ferroviária do estado de são Paulo. Claudia tavares & monica mansur, organizadoras.

Barra do Piraí, rJ: Binóculo editora, 2011. Vários autores. Vários fotográfos. isBN 978-85-64108-01-1

1. rede Ferroviária do estado de são Paulo - Fotografias i. tavares, Claudia. ii. mansur, monica. iii.

título: um passeio visual pela rede ferroviária do estado de são Paulo. © 2011 Cassio Vasconcellos, Claudia tavares, Cris Bierrenbach, Guilherme maranhão, iatã Cannabrava, Julio Bittencourt, Kelly lima, monica mansur (imagens); Éder Chiodetto, Paulo de toledo, tony monti, Veronica stigger (textos). todos os direitos reservados.

dadosinternacionaisdecatalogaçãonapublicação (cip) (câmarabrasileiradolivro, sp, brasil)

Referências

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