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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Direito

Trabalho de Conclusão de Curso

Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio

Autor: Priscilla Santos de Sousa

Orientador: Esp. Tágory Figueiredo Martins Costa

Brasília - DF

2011

(2)

PRISCILLA SANTOS DE SOUSA

HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO

Artigo apresentado ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito.

Orientador: Esp. Tágory Figueiredo Martins Costa.

Brasília 2011

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Este trabalho é dedicado a Deus, aos meus pais, irmão, namorado, familiares e amigos, que me incentivaram em todos os momentos do curso de Direito na Universidade Católica de Brasília, e que acima de tudo tiveram muita paciência e compreensão no momento de elaboração deste trabalho.

(4)

TÍTULO: HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO

Resumo: A homologação de sentença estrangeira é um mecanismo utilizado internacionalmente, em que uma pessoa através de uma sentença proferida por um juiz competente busca os efeitos jurídicos da sentença em país diverso daquele que se realizou o processo. As leis brasileiras determinam se uma sentença será homologada ou não. Para que sejam homologadas necessitam cumprir os requisitos formais determinadas pelas leis brasileiras. O divórcio é uma das hipóteses de dissolução da sociedade conjugal. Com a sentença de divórcio há a possibilidade de homologação no Brasil, entretanto deve cumprir com os requisitos formais, determinados pela lei. As sentenças estrangeiras de divórcio podem ser simplesmente homologadas por cumprirem os requisitos formais, podem ser homologadas com ressalvas quando versam sobre assunto cuja competência exclusiva era de juiz brasileiro e podem não ser homologadas quando não cumprirem com os requisitos formais.

Palavras-chave: Homologação de sentença estrangeira. Competência. Divórcio.

1 INTRODUÇÃO

A homologação de sentença estrangeira é um instituto utilizado por vários países por meio do qual após a homologação dentro de um país diferente cuja sentença foi proferida se obtém efeito jurídico.

O Brasil quando recebe um pedido de homologação de sentença estrangeira não está obrigado a homologar, porém faz uma análise dos requisitos constantes na Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro e na Resolução nº 9/2005 do Superior Tribunal de Justiça.

Deste modo, este trabalho trata sobre a homologação de sentença estrangeira de divórcio que necessita de uma sentença estrangeira proferida por um juiz competente, para se obter efeito jurídico.

Entretanto será analisada a possibilidade de homologação de uma certidão, que é apenas um ato administrativo, desta maneira diferente de uma sentença, emitida por um prefeito do Japão, declarando a separação das partes.

Ao homologar uma certidão aumenta-se a possibilidade de outras pessoas requererem que suas certidões sejam aceitas para fim de homologação, entretanto, do mesmo modo que sentenças são homologadas se cumprirem com requisitos formais a certidão também será analisada da mesma maneira.

O objetivo deste trabalho é estudar a homologação de sentença estrangeira de divórcio verificando quais são os sistemas de homologação, a legislação utilizada e a diferenciação entre homologação de sentença estrangeira e carta rogatória.

Através de jurisprudências do Superior Tribunal de Justiça será feita uma análise das homologações de sentenças estrangeiras de divórcio, verificando os motivos pelo quais são homologadas ou não.

Os tipos de pesquisa utilizadas neste trabalho foram: bibliográfico (utilização de livros publicados e textos obtidos pela internet) e estudo de caso (analise de jurisprudência do STJ).

O método de procedimento utilizado neste trabalho foi o monográfico, tendo em vista, a possibilidade de fazer uma análise aprofundada sobre a “Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio”, abordando as hipóteses em que serão homologadas as sentenças de divórcio proferidas por juiz estrangeiro, com jurisprudências e doutrinas já existentes sobre o tema.

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2 INTERJURISDICIONALIDADE

Atualmente, as relações entre brasileiros e estrangeiros são muito comuns, tendo em vista, o aumento da globalização que possibilitou, no passar dos anos, que vários países se relacionassem, seja por meio de comércio, seja pelo turismo, ou seja, pela internet que é um dos meios mais modernos, rápidos e práticos de comunicação e relacionamentos entre pessoas que se localizam em lugares diferentes.

Deste modo podemos citar como exemplo a seguinte situação: um brasileiro decide assinar um contrato de compra e venda com um americano, e este decide não enviar a mercadoria. O brasileiro poderá ingressar com um processo contra o americano. Desta maneira, o caso será resolvido pelo Direito Internacional Privado que é “o ramo da ciência jurídica que trata da licitude das condições do estrangeiro, da aplicação de suas leis e dos

conflitos destas com as leis locais”1.

A situação jurídica do estrangeiro no Brasil é regida pela lei 6.815/80, que determina a entrada e a saída do estrangeiro, a documentação necessária para entrar no país, a deportação, expulsão e extradição, os direitos e deveres do estrangeiro, a sua naturalização e seus efeitos,

as infrações e penalidades2.

Outro instituto que regulamenta a condição do estrangeiro são os tratados internacionais assinados entre países, que facilitam a entrada de estrangeiros em países signatários.

Na resolução de um conflito internacional as normas que serão aplicadas são regidas por regras internas utilizadas em cada Estado. Essas normas indicarão o direito a ser aplicado, ou seja, a norma nacional ou de um estado estrangeiro, caso seja a norma estrangeira a ser aplicada, o juiz deverá seguir regras processuais. Ao aplicar uma norma o juiz deve observar a qualificação e os elementos de conexão.

Os elementos de conexão podem ser específicos de cada país estando regulamentado na legislação. Eles podem ser a nacionalidade, o domicílio, a religião, dentre outras. Portando, quando há um conflito internacional serão analisados os elementos de conexão e determinada a qualificação para saber qual será o instituto utilizado para a resolução da lide.

As normas a serem aplicadas no direito estrangeiro buscam indicar a que melhor resolva o conflito, elas podem ser classificadas em indiretas e diretas. A norma direta dá solução ao conflito, segundo Jacob Dolinger, “são regras eminentemente diretas, substanciais,

sem qualquer conteúdo conflitual”3.

Já a norma indireta não dá solução ao conflito, apenas indica uma norma a ser aplicada no caso concreto. Ou seja:

Determinará que ordenamento jurídico será aplicado para questões de capacidade, para os institutos do direito de família e do direito das sucessões, para os contratos e demais obrigações e para as questões de direito real, fazendo esta escolha por meio de pontos de contato, nacionalidade ou domicílio das pessoas, local da assinatura do contrato ou local do cumprimento da obrigação, local da situação do bem, pontos estes denominados de conexão4.

1

AMORIM, Edgar Carlos de. Direito Internacional Privado. 10. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro, 2009. p. 7. 2 BRASIL. Lei nº 6.825, de 19 de agosto de 1980. Define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 21 ago. 1980. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6815.htm>. Acessado em: 18 de out. de 2011. 3

DOLINGER, Jacob. Direito Internacional Privado: parte geral. 6. ed. Rio de Janeiro, 2001. p. 49. 4 Ibidem, p. 47 - 48.

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Por fim, o Direito Internacional Privado trata principalmente dos conflitos de leis no espaço, ou seja, quando duas ou mais normas têm conflitos por causa de seu tema. Assim, buscará resolver o conflito entre duas ou mais pessoas de ordenamentos jurídicos diferentes, cujas normas têm disciplinas distintas para tal conflito. De acordo com os ensinamentos de Beat Walter Rechsteiner:

Quando uma relação jurídica de direito privado tem conexão internacional, o juiz determina, em primeiro lugar, o direito aplicável, para poder, em seguida, decidir a lide sub judice materialmente. O direito aplicável será sempre o direito interno ou um determinado direito estrangeiro, designado pelas normas do direito internacional privado da lex fori5.

Desta forma, a lei utilizada para determinar o direito aplicável será a lex fori, ou seja, lei do foro, que indicará se o direito será interno ou estrangeiro. No direito brasileiro a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, determina algumas diretrizes com relação aos conflitos com conexão internacional e estabelecendo onde será processada a causa.

2.1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL INTERNACIONAL

A disciplina do Direito Processual Civil Internacional versa sobre a competência internacional, cooperação judiciária internacional e homologação de sentença estrangeira.

A competência “é o poder que tem um órgão jurisdicional de fazer atuar a jurisdição

diante de um caso concreto”6, desta forma apenas os juízes têm competência para julgar e

processar os conflitos. A competência internacional é dividida em concorrente e exclusiva. A competência concorrente estabelece que tanto um juiz brasileiro quanto um juiz estrangeiro são competentes para processar e julgar os casos estabelecidos no art. 88 do Código de Processo Civil, assim temos que:

Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III – a ação se origina de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil7.

Deste modo ocorrendo à possibilidade de um conflito internacional ser resolvido por um juiz brasileiro ou estrangeiro será utilizado às normas constante no artigo supracitado, em que a parte autora poderá decidir em qual ordenamento jurídico ingressará com processo.

Em contraponto, temos a competência exclusiva em que apenas o juiz brasileiro é competente com exclusão de qualquer outra, vejamos no CPC:

Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II – proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional8.

5

RECHSTEINER, Beat Walter. Direito Internacional Privado: teoria e prática. 14. ed. rev. e atual. São Paulo, 2011. p. 65.

6 GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. Vol. 1. 18 ed. rev. e atual. São Paulo, 2006. p. 172.

7

BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 17 jan. 1973. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869compilada.htm> Acessado em: 10 out. 2011.

8 BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 17 jan. 1973. Disponível em:

(7)

Desta maneira, percebe-se que se um juiz estrangeiro julgar um caso, cujo assunto era de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira, as sentenças não terão validade em nosso país e não serão homologadas.

A cooperação judiciária internacional como sugere o próprio nome é uma ajuda que os Estados têm para realizarem seus atos administrativos dentro de outros Estados. Por exemplo, um argentino decide ingressar com uma ação para cobrar um brasileiro que está inadimplente. Para isso ele necessita saber se o brasileiro possui contas bancárias, principalmente em sua cidade de origem. Desta maneira, o judiciário da Argentina decide expedir um pedido de cooperação judiciária para o Brasil para que este diga em quais bancos o brasileiro tem contas e se esta tem saldo para serem bloqueados. Porém, o Brasil não está obrigado a transmitir informações.

São mecanismos da cooperação judiciária a carta rogatória, a homologação de sentença estrangeira e o auxílio direto.

O auxílio direto ocorre quando:

[...] o Estado abre mão do poder de dizer o direito sobre determinado objeto de cognição para transferir às autoridades do outro Estado essa tarefa. Não se pede, portanto, que se execute uma decisão sua, mas que se profira ato jurisdicional referente a uma determinada questão de mérito que advém de litígio em curso no seu território, ou mesmo que se obtenha ato administrativo a colaborar com o exercício de sua cognição. Não há, por conseqüência, o exercício de jurisdição pelos dois Estados, mas apenas pelas autoridades do Estado requerido9.

As cartas rogatórias e a homologação de sentença estrangeira serão tratadas em tópicos a parte.

3 CARTA ROGATÓRIA

As cartas rogatórias são utilizadas quando um Tribunal estrangeiro necessita de informações de outros Estados. Pode ser uma citação, depoimentos, notificação e outras diligências que forem imprescindíveis ao andamento do processo. Geralmente tramitam por meio de um documento oficial.

As informações solicitadas para realização se dará em um país estrangeiro, entretanto deve ser observada se há uma convenção internacional entre o país solicitante e o país solicitado.

Porém, se não há uma convenção internacional “[...] será remetida à autoridade judiciária estrangeira competente por via diplomática, depois de traduzida para a língua do

país em que há de praticar-se ato”10.

A carta rogatória pode ser solicitada dentro de dois contextos antagônicos, sendo eles a cooperação passiva e ativa. A cooperação passiva consiste na recepção da carta por parte do país em questão, e a ativa é exatamente o oposto, ocorre quando o país tomado como referência envia a carta a outro estado.

9

Brasil. Ministério da Justiça. Cooperação judiciária internacional – Mecanismos de cooperação: Auxílio direto. Disponível em:

<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJE1AEA228ITEMIDB07566BFEED64A018FE908345CB79EC0PTBRIE. htm>. Acessado em: 03 de out. de 2011.

10

GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. Vol. 2. 18 ed. rev. e atual. São Paulo, 2007. p. 42.

(8)

Ocorre que, para a concessão de carta rogatória existe a necessidade de exequatur pelo STJ, que é o órgão do judiciário competente para julgar e processar “a homologação de

sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias (art. 105, I, i, CF)”11.

A competência do STJ para concessão de exequatur também pode ser encontrada na Resolução nº 9 deste Egrégio Tribunal, que “dispõe, em caráter transitório, sobre a competência acrescida ao STJ pela emenda Constitucional nº 45/2004, para homologação de

sentenças estrangeiras e de cartas rogatórias”12.

Após a concessão de exequatur a carta rogatória é remetida ao juiz federal que será o competente para processar e julgar a execução de carta rogatória, conforme art. 109, X, da CF.

A cooperação passiva pode ser baseada em um tratado internacional, assinado entre países para facilitar a tramitação das cartas rogatórias entre Autoridades Centrais. Segundo

entendimento de Vicente Greco Filho13, a carta rogatória vem do exterior para cumprir

diligências necessárias ao processo, para isso necessita de exequatur concedido pelo STJ. Após a concessão de exequatur a carta rogatória é remetida ao juiz federal que executará a solicitação. Caso o cumprimento da carta rogatória ofenda a ordem pública ou a soberania nacional não será concedido o exequatur e a rogatória será remetida de volta ao país de origem. Este procedimento pode ser visualizado pelo fluxograma na figura 01, que representa a cooperação passiva tramitada por via diplomática.

11

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 5 out. 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acessado em: 03 nov. 2011.

12

BRASIL. Biblioteca Digital Jurídica - STJ. Disponível em: < http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/handle/2011/368>.

Acessado em: 03 nov. 2011.

13

GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. Vol. 2. 18 ed. rev. e atual. São Paulo, 2007. p. 42 - 43.

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Na cooperação passiva a carta rogatória pode ser tramitada por via diplomática, para os casos em que não houver um tratado que determine a comunicação entre as autoridades, assim:

[...] a carta rogatória é encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça para eventual concessão de exequatur. Nesse caso, o STJ analisa se há ofensa à ordem pública nacional. Não sendo concedido o exequatur, a Autoridade Central brasileira informará o Estado requerente sobre os termos da decisão do STJ. Sendo concedido o exequatur, o STJ encaminha a carta rogatória ao Juiz Federal de 1ª instância competente para sua execução, de acordo com o critério de competência territorial. Após a realização das diligências, o Juízo Federal devolve o pedido ao STJ, que finaliza os procedimentos internos e encaminha a carta rogatória à Autoridade Central brasileira. Recebida a informação referente ao cumprimento da carta rogatória, a Autoridade Central brasileira encaminha a respectiva documentação à Autoridade Central do Estado requerente. As cartas rogatórias tramitadas pela Autoridade Central brasileira são isentas de custos administrativos e judiciais ordinários, caso esteja previsto o mesmo tratamento aos pedidos de cooperação brasileiros em sede de tratado ou com base em reciprocidade14.

Este procedimento está representado pela figura 02 o fluxograma de uma tramitação de carta rogatória de cooperação passiva baseada em um tratado, demonstrando o que ocorre se cumprir com os requisitos formais e se não cumprir.

14 Brasil. Ministério da Justiça. Cooperação judiciária internacional em matéria civil – Roteiro de

tramitação: Pedidos de cooperação passiva. Disponível em:

<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ4824E353ITEMID86F307172A664E42B03A838C180F0ACDPTBRIE.ht m>. Acessado em: 03 out. 2011.

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Percebe-se que em ambos os casos há a necessidade de concessão exequatur pelo Superior Tribunal de Justiça para validade das cartas rogatórias. Caso o STJ não dê exequatur a carta rogatória esta não terá validade em nosso país e deverá ser remetida ao país solicitante. A cooperação ativa da mesma maneira que na cooperação passiva, também pode ser baseado em um tratado internacional ou tramitado por via diplomática.

Na cooperação ativa baseada em tratados internacionais, a autoridade brasileira remeterá o pedido de cooperação ao estado estrangeiro solicitando cumprimento:

Se o pedido de cooperação for baseado em acordo internacional que preveja a comunicação entre Autoridades Centrais, a Autoridade Central brasileira verifica o preenchimento dos requisitos determinados pelo tratado e providencia a transmissão do pedido à Autoridade Central estrangeira. Quando devolvida, a documentação diligenciada, cumprida ou não, é recebida pela Autoridade Central brasileira, que a encaminhará à Autoridade Requerente15.

Na figura 03 está representado o fluxograma de uma tramitação de carta rogatória de cooperação ativa baseada em um tratado.

Na cooperação ativa baseada em pedidos tramitados por via diplomática se não houver um tratado internacional previamente assinado, deverá tramitar por via diplomática:

15 Brasil. Ministério da Justiça. Cooperação judiciária internacional em matéria civil – Roteiro de

tramitação: Pedidos de cooperação ativa. Disponível em:

<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ4824E353ITEMID37D61D40D8B146EB80191BEAFB864360PTBRIE.h tm>. Acessado em: 03 out. 2011.

(11)

Se o pedido de cooperação não possuir embasamento em tratado internacional, fato que enseja a tramitação pelos meios diplomáticos, a Autoridade Central o transmitirá ao Ministério das Relações Exteriores para os procedimentos pertinentes junto às representações diplomáticas do país no exterior. Após o diligenciamento do pedido, o Ministério das Relações Exteriores devolve a documentação à Autoridade Central, que providenciará a transmissão à Autoridade Requerente16.

Na figura 04 está representado o fluxograma de uma tramitação de carta rogatória de cooperação ativa por via diplomática.

Percebe-se que em ambos os casos de cooperação ativa, apenas serão executados se os pedidos estiverem cumprindo com os requisitos formais, caso não estejam, deverão adequar o pedido.

4 HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA

A homologação de sentença estrangeira é um mecanismo utilizado internacionalmente, em que uma pessoa através de uma sentença proferida por um juiz competente busca os efeitos jurídicos da sentença em país diverso daquele que se realizou o processo.

16 Brasil. Ministério da Justiça. Cooperação judiciária internacional em matéria civil – Roteiro de

tramitação: Pedidos de cooperação ativa. Disponível em:

<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ4824E353ITEMID37D61D40D8B146EB80191BEAFB864360PTBRIE.h tm>. Acessado em: 03 out. 2011.

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É certo que todo Estado é soberano em suas decisões, por isso não tem a obrigação de homologar uma sentença estrangeira. Entretanto, os Estados reconhecem a sentença se estiver cumprindo com alguns requisitos constantes em lei.

Geralmente em uma homologação de sentença estrangeira não há reexame do mérito, o juiz apenas analisará se os requisitos formais foram observados, para que assim possam produzir seus efeitos jurídicos.

A competência de um juiz, cuja lide tem conexão internacional, é a de aplicar ao caso concreto as normas nacionais, ou caso seja necessária a aplicação do direito estrangeiro. Na aplicação das normas o juiz deverá analisar se o conflito que gerou a lide se enquadra na jurisdição nacional, caso verifique que a competência é internacional, o juiz deverá decidir com base no ordenamento interno.

A Homologação de sentença estrangeira faz parte da cooperação judiciária internacional que “pode ser definida como a necessária prestação de auxílio mútuo entre Estados ou entre Estados e tribunais internacionais para a adoção de medidas que contribuam

para o exercício da jurisdição.”17

Deste modo os Estados prestam auxílio recebendo os pedidos de homologação de sentença e analisando se cumpriram os requisitos formais, para que desta forma possam produzir os efeitos jurídicos no país em que foi solicitada a homologação.

A carta rogatória e a homologação de sentença estrangeira apesar de tentarem que uma citação, sentença ou pedido seja executado em um país estrangeiro, ambas possuem diferenças.

A carta rogatória tramita por via diplomática ou de um tratado internacional, solicitando que uma citação, intimação, notificação ou outras diligências sejam executadas no país estrangeiro para que o processo possa ter continuidade.

Já a homologação de sentença estrangeira ocorre com uma sentença proferida por juiz competente, cuja parte solicita que seja homologada para que surta efeitos jurídicos no país. Porém, antes da homologação há uma verificação se esta sentença cumpriu com os requisitos determinados em lei.

4.1 SISTEMAS DE HOMOLOGAÇÃO

A homologação de sentença estrangeira é a fase em que uma das partes do processo por meio de uma sentença proferida por juiz competente procura por meio da sentença que surta efeitos jurídicos em país alheio ao que foi proferido.

Para que uma sentença estrangeira seja homologada, conforme ensinamentos de Edgar

Carlos de Amorim18 e Vicente Greco Filho19, existem cinco sistemas que podem ser utilizados

pelos países:

Revisão do mérito da sentença: o pedido de homologação da sentença terá um novo julgamento pelo tribunal do país receptor, dessa maneira será analisado o mérito da questão. Após esta análise ocorre a apreciação do mérito e a sentença estrangeira é substituída pela nova decisão.

Revisão parcial do mérito: ocorrerá a revisão do mérito, apenas sobre a lei aplicada no Estado em que a sentença produzirá seus efeitos jurídicos.

17 Brasil. Ministério da Justiça. Cooperação judiciária internacional. Disponível em:

<http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJE1AEA228ITEMID9B7DC7E985D148B09001C24B05B2333FPTBRIE. htm>. Acessado em: 03 out. 2011.

18 AMORIM, Edgar Carlos de. Direito Internacional Privado. 10. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 51-52.

19

GRECO FILHO, Vicente. Direito processual civil brasileiro. Vol. 2.18. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 409-410.

(13)

Reciprocidade diplomática: neste sistema existe um tratado assinado entre dois ou mais países, assim a homologação da sentença estrangeira será de acordo com o tratado internacional.

Reciprocidade de fato: para que haja homologação da sentença estrangeira será necessário que o Estado solicitante já tenha aceitado homologar sentenças do Estado em que está sendo solicitada a homologação, desta maneira ocorre a reciprocidade nas relações internacionais dos Estados.

Delibação: este é o sistema adotado no Brasil. Aqui não há exame do mérito da sentença, ocorre apenas à análise dos requisitos formais estabelecidos, geralmente, nas leis dos Estados.

Desta maneira as sentenças a serem homologadas no Brasil serão analisadas quanto aos requisitos formais presentes na legislação, principalmente na lei de introdução às normas de direito brasileiro, em que nunca poderão ofender a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

4.2 LEGISLAÇÃO APLICADA PARA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA

ESTRANGEIRA NO BRASIL

Para que uma sentença estrangeira seja homologada no Brasil é necessário que a legislação interna seja observada. Começando pelo art. 105, inciso I, letra i, da CF de 198, que determina que o STJ será competente para processar e julgar as homologações de sentença estrangeira: “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...) I - processar e julgar, originariamente: (...) i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur

às cartas rogatórias”20.

Assim, quando algum estrangeiro for requer a homologação de uma sentença, deverá ajuizar o pedido de homologação no Superior Tribunal de Justiça, pois conforme o artigo supracitado, este é o órgão competente para processar e julgar estes pedidos.

No Código de Processo Civil, podemos encontrar também regras sobre a homologação de sentença, constantes nos arts. 483 e 484, em que determinam que só terá eficácia se for homologada pela STJ e determina que deverá observar algumas regras para a execução:

Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil

senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno

do Supremo Tribunal Federal.

Art. 484. A execução far-se-á por carta de sentença extraída dos autos da

homologação e obedecerá às regras estabelecidas para a execução da sentença nacional da mesma natureza21.

No art. 483 do Código de Processo Civil consta como competente para analisar a homologação de sentença estrangeira o Supremo Tribunal Federal, porém depois da Emenda Constitucional nº 45 de 2004 ficou determinado que a competência será do Superior Tribunal de Justiça.

20

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 5 out. 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acessado em: 10 out. 2011. 21 BRASIL. Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 17 jan. 1973. Disponível em:

(14)

A Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro, também traz em seu texto regras para tentar resolver os conflitos. Em seu art. 15, evidenciam-se e enumeram-se requisitos para a execução da sentença no Brasil:

Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: a) haver sido proferida por juiz competente; b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; d) estar traduzida por intérprete autorizado; e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal22.

E, ainda no art. 17 da LINDB, que traz explícito em seu texto os casos em que não serão homologadas as sentenças: “Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania

nacional, a ordem pública e os bons costumes”23.

Por fim, temos a regulamentação da Resolução nº 9/2005, do Superior Tribunal de Justiça, que dispõe sobre a competência deste tribunal acrescida pela Emenda Constitucional nº 45/2004.

Em seu art. 2º, temos a atribuição do presidente: “Art. 2º É atribuição do Presidente homologar sentenças estrangeiras e conceder exequatur a cartas rogatórias, ressalvado o

disposto no artigo 9º desta Resolução”24.

Já no art. 3º, encontramos algumas condições que deverá constar no pedido de homologação:

Art. 3º A homologação de sentença estrangeira será requerida pela parte interessada, devendo a petição inicial conter as indicações constantes da lei processual, e ser instruída com a certidão ou cópia autêntica do texto integral da sentença estrangeira e com outros documentos indispensáveis, devidamente traduzidos e autenticados25. Temos, ainda, o art. 5º, que determina requisitos indispensáveis para homologar a sentença:

Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: I - haver sido proferida por autoridade competente; II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia; III - ter transitado em julgado; e, IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e acompanhada de tradução por tradutor oficial ou juramentado no Brasil26.

22

BRASIL. Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de introdução às normas do direito brasileiro (redação dada pela lei nº 12.376, de 2010). Diário oficial da república federativa do Brasil. Brasília, 9 set. 1942. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657.htm> Acessado em: 10 out. 2011. 23 BRASIL. Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de introdução às normas do direito brasileiro (redação dada pela lei nº 12.376, de 2010). Diário oficial da república federativa do Brasil. Brasília, 9 set. 1942. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del4657.htm> Acessado em: 10 out. 2011. 24 BRASIL. Resolução nº 9 do Superior Tribunal de Justiça, de 4 maio 2005. Dispõe, em caráter transitório, sobre competência acrescida ao Superior Tribunal de Justiça pela Emenda Constitucional nº 45/2004. Diário da justiça. Brasília, 6 maio 2005. Disponível em:

<http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/368/Res_9_2005_original.pdf?sequence=4>. Acessado em: 12 out. 2011.

25 BRASIL. Resolução nº 9 do Superior Tribunal de Justiça, de 4 maio 2005. Dispõe, em caráter transitório, sobre competência acrescida ao Superior Tribunal de Justiça pela Emenda Constitucional nº 45/2004. Diário da justiça. Brasília, 6 maio 2005. Disponível em:

<http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/368/Res_9_2005_original.pdf?sequence=4>. Acessado em: 12 out. 2011.

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BRASIL. Resolução nº 9 do Superior Tribunal de Justiça, de 4 maio 2005. Dispõe, em caráter transitório, sobre competência acrescida ao Superior Tribunal de Justiça pela Emenda Constitucional nº 45/2004. Diário da

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Analisando o conteúdo legislativo apresentando neste tópico, pode ser destacado e reafirmado a característica do sistema de delibação adotada no estado brasileiro, que busca restringir suas decisões a partir de sua própria legislação composta por normas que buscam enumerar requisitos bem definidos para homologação de sentenças estrangeiras. Assim deixou claro o Ministro Castro Meira no seu voto da SEC 5590 (2010/0212631-0 - 28/06/2011):

Na homologação de sentença estrangeira, o Superior Tribunal de Justiça exerce juízo meramente delibatório, vale dizer, cabe-nos, apenas, verificar se a pretensão atende aos requisitos previstos no art. 5º da Resolução n.º 09/2005/STJ e se não fere o disposto no art. 6º do mesmo ato normativo. Eventuais questionamentos acerca do mérito da decisão alienígena são estranhos aos quadrantes próprios da ação de homologação (SEC 5590; Relator: Ministro Castro Meira)27.

5 HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO

No Brasil o divórcio é regido pela Lei 6.515, de 25 de dezembro de 1977, e pelo Código Civil Brasileiro. As hipóteses de dissolução da sociedade conjugal estão no art. 2º da Lei 6.515: “Art. 2º: A Sociedade conjugal termina: I – pela morte de um dos cônjuges; II –

pela nulidade ou anulação do casamento; III – pela separação judicial; VI – pelo divórcio28”.

Sendo o divórcio uma das formas de dissolução da sociedade conjugal, a ocorrência desta entre pessoas de países diferentes depende da legislação do estado em que for dada a entrada do processo. Ou seja, se o processo de divórcio ocorrer na Itália, a lei aplicada será a deste país. Porém, não será analisada a legislação de outros países, mas sim o procedimento para homologar uma sentença de divórcio no Brasil.

Para uma sentença é necessário um processo. Desta forma, uma pessoa entra com um processo para se divorciar de outra e depois de alguns atos processuais ocorrerá uma sentença proferida por um juiz competente. Com esta sentença, o requerente traz uma cópia traduzida para o Brasil e entra com pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio, para que produza seus efeitos jurídicos.

Uma sentença de divórcio proferido por juiz estrangeiro competente só terá eficácia no Brasil se estiver de acordo com os requisitos da Lei Introdução às Normas de Direito Brasileiro e da Resolução nº 9/2005 do STJ.

Conforme explicado no tópico anterior ao analisar uma sentença estrangeira o juiz brasileiro irá verificar os requisitos constantes em lei. Após a verificação os Ministros do Superior Tribunal de Justiça decidem se homologam ou não a sentença.

Ao analisar a da Sentença Estrangeira Contestada nº 4.746 – US (2010/0030753-1), percebe-se que antes de qualquer homologação os Ministros analisam se a sentença cumpriu com os requisitos formais:

SENTENÇA ESTRANGEIRA. AÇÃO DE DIVÓRCIO. HOMOLOGAÇÃO. 1. Sentença estrangeira que não viola a soberania nacional, os bons costumes e a ordem

justiça. Brasília, 6 maio 2005. Disponível em:

<http://bdjur.stj.gov.br/xmlui/bitstream/handle/2011/368/Res_9_2005_original.pdf?sequence=4>. Acessado em: 12 out. 2011.

27 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Deferimento de Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio. Sentença Estrangeira Contestada n. 5590. 9 de junho de 2011. Relator: Ministro Castro Meira. Diário de Justiça

Eletrônico, Brasília, 28 jun. 2011.

28 BRASIL. Lei nº 6.515, de 25 de dezembro de 1977. Regula os casos de dissolução da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos processos, e dá outras providências. Diário oficial da república federativa do Brasil. Brasília, 27 dez. 1977. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6515.htm>. Acessado em: 15 out. 2011.

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pública e que preenche as condições legais deve ser homologada. 2. Alegação de ausência de citação não procede quando o citado comparece ao Tribunal estrangeiro, dá ciência que tem conhecimento da ação contra si movida e informa que não apresentará defesa. 3. Sentença estrangeira homologada29.

Nesta jurisprudência a requerente solicitou a homologação da sentença de divórcio obtida no Tribunal Distrital – 413º Comarca Johnson Couty, Texas, Estados Unidos da América. Porém, o requerido contestou a homologação dizendo que não tinha sido citado para responder à ação de divórcio. Mas, a requerente juntou documentos comprobatórios da citação do requerido e que este havia respondido o processo.

Com os documentos juntados aos autos não resta dúvidas que o requerente tinha sido devidamente citado, cumprindo assim com o inciso II, do art. 5º da Resolução nº 9 do Superior Tribunal Justiça: “Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à homologação de sentença estrangeira: [...] II - terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia”.

Outro ponto importante neste caso é que a sentença está de acordo com a soberania nacional, os bons costumes e a ordem pública, ou seja, conforme o art. 17 da LINDB.

O parecer do Ministério Público foi contra a homologação alegando que a citação foi inválida, pois no caso a citação deveria ser por meio de carta rogatória.

Assim, após a análise de todos os requisitos necessários para homologação da sentença, o Ministro João Otávio de Noronha deferiu o pedido de homologação.

Observa-se nas homologações de sentenças estrangeiras de divórcio quando as sentenças tratam de assunto cuja competência exclusiva é de juiz brasileiro, neste caso não serão homologadas ou serão homologadas com ressalva, ou seja, homologa-se apenas a parte cuja competência pode ser concorrente e a outra parte não será homologada.

Este é o caso da SEC Nº 2.547 - US (2009/0243595-1), que foi homologada com ressalva no tema que tratava de bens situados no Brasil:

SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO. HOMOLOGAÇÃO. REQUISITOS DO ARTIGO 9º DA RESOLUÇÃO Nº 9/2005 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. BENS LOCALIZADOS NO BRASIL. HOMOLOGAÇÃO COM RESSALVA. 1. Competente a autoridade que prolatou a sentença, citada regularmente a parte e transitado em julgado o decisum homologando, acolhe-se o pedido, por atendidos os requisitos indispensáveis à homologação da sentença estrangeira. 2. Viola a soberania nacional a sentença estrangeira que dispõe sobre bens imóveis localizados no Brasil, excluindo-os da meação da ré, matéria da competência absoluta da Justiça brasileira. 3. Pedido de homologação de sentença estrangeira deferido, ressalvando-se as disposições acerca dos bens localizados no Brasil30.

Na jurisprudência citada o requerente solicitou a homologação de sentença estrangeira de divórcio proferida pelo Tribunal do Condado de Massachusetts, Estados Unidos da América. A requerida foi citada por carta rogatória e não ofereceu contestação.

O parecer do Ministério Público Federal foi pela homologação da sentença estrangeira de divórcio, com ressalva as disposições de bens imóveis situados no Brasil.

No voto, o Ministro Hamilton Carvalhido, deixa claro que o entendimento de não homologar assuntos que versem sobre imóveis situados no Brasil já está pacificado pelo

29

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Deferimento de Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio. Sentença Estrangeira Contestada n. 4.746. 4 de agosto de 2010. Relator: Ministro João Otávio de Noronha.

Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 23 ago. 2010.

30 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Deferimento com ressalvas de Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio. Sentença Estrangeira Contestada n. 2.547. 12 de abril de 2010. Relator: Ministro Hamilton Carvalhido. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 12 maio 2010.

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Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. Assim, deferiu o pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio, ressalvadas as disposições referentes a imóveis situados no Brasil.

A homologação com ressalvas já é tema pacificado no Supremo Tribunal Federal, quando era competente para homologar as sentenças estrangeiras, e pelo Superior Tribunal de Justiça. Sempre que uma sentença versar sobre tema que não cabe competência estrangeira, será barrado pelo juiz brasileiro ao ser homologado.

Há ainda a possibilidade de indeferimento da homologação da sentença estrangeira, como já dito, se não cumprir com os requisitos formais.

Assim, foi o caso da SEC nº 2.493 – de (2007/0161185-3):

PROCESSUAL CIVIL. SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA CITAÇÃO DA REQUERIDA NA AÇÃO DE DIVÓRCIO NÃO-COMPROVADA. INDEFERIMENTO DA HOMOLOGAÇÃO. 1. Para homologação de sentença estrangeira proferida em processo judicial proposto contra pessoa domiciliada no Brasil, é imprescindível que tenha havido a sua regular citação por meio de carta rogatória ou se verifique legalmente a ocorrência de revelia. 2. Homologação indeferida31.

O Requerente entrou com pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio, proferida pelo Poder Judiciário Alemão.

As partes se casaram na Alemanha em 17/11/1989 e se separaram em 25/01/2001. Conforme documentos anexados o Requerente afirma que a sentença final do processo foi homologada pelo Juízo Germânico, sustentando que estão presentes todos os requisitos indispensáveis para homologação.

Na contestação a Requerida alega que não recebeu nenhuma notificação ou citação do Poder Judiciário Alemão ou Brasileiro. Sustenta a existência de incoerências na sentença homologada, como por exemplo, o local de sua permanência era desconhecido, e que teria sido citada da ação de divórcio em 25/01/2001, o que seria impossível, pois a Requerida estava em viagem ao Brasil nesta data, com os filhos, cujas passagens haviam sido compradas pelo Requerente. Requerendo, por fim, o indeferimento da homologação de sentença estrangeira de divórcio.

Em sua réplica o Requerente sustentou que a ré tinha intenção de se mudar definitivamente para o Brasil, por isso tomou providências junto ao Poder Judiciário da Alemanha para se divorciarem a Requerida estava ciente da ação.

O parecer do Ministério Público Federal foi pelo indeferimento do pedido.

O voto do Ministro Arnaldo Esteves Lima seguiu o parecer do Ministério Público, alegando que o Requerente foi controvertido em alegar a data da citação. Desta forma, o Requerente não conseguiu comprovar a ocorrência da citação.

Assim, não há uma comprovação concreta de que o art. 5º, II, da Resolução nº 9/2005, foi cumprido, no caso a citação da Requerida, deste modo, o Ministro votou pelo indeferimento da homologação da sentença estrangeira divórcio.

6 HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO DE ATO ADMINISTRATIVO

Como dito no tópico anterior o Superior Tribunal de Justiça homologa as sentenças estrangeiras de divórcio se estas cumprirem seus requisitos formais, assim: “Homologáveis

31 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio Indeferida. Sentença Estrangeira Contestada n. 2.493. 28 de maio de 2009. Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Diário

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são, segundo a lei, apenas sentenças estrangeiras, não importando se se trata de sentenças

declaratórias, constitutivas ou condenatórias”32.

Entretanto, recentemente o Superior Tribunal de Justiça decidiu homologar um ato administrativo de divórcio consensual realizado no Japão, conforme jurisprudência abaixo:

SENTENÇA ESTRANGEIRA CONTESTADA. DIVÓRCIO CONSENSUAL PROCESSADO PERANTE PREFEITURA JAPONESA. HOMOLOGAÇÃO CONCEDIDA. 1. É possível a homologação de pedido de divórcio consensual realizado no Japão, o qual é dirigido à autoridade administrativa competente. Nesse caso, não há sentença, mas certidão de deferimento de registro de divórcio, passível de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 2. Homologação concedida33. Ocorre que com esta decisão o Superior Tribunal de Justiça ampliou o sentido de sentença dando abertura para que outras certidões de deferimento de registro de divórcio sejam homologadas por este Tribunal para que surta efeitos jurídicos.

A requerente entrou com pedido de homologação de sentença estrangeira de divórcio em comum acordo. Foi expedida uma carta rogatória e o requerido contestou o pedido de homologação.

O requerido alega que não houve uma sentença preferida por um Tribunal do Japão, mas um ato administrativo, que foi preenchido unilateralmente pela requerente, perante a prefeitura. Alega ainda que há uma ação de reconhecimento de paternidade em trâmite na comarca de Maringá, no Estado do Paraná.

Em resposta a requerente alegou que a homologação da sentença estrangeira restringe-se à análirestringe-se dos requisitos formais, restringe-sendo inapropriada a discussão acerca da guarda dos filhos.

A requerente afirma ainda que foi o requerido o primeiro a assinar o requerimento, anexando documentos para comprovar sua afirmação.

No voto o Ministro Arnaldo Estaves Lima, apresentou um trecho do parecer do Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida, vejamos:

A sentença homologada (fls. 11/14) confirma que o divórcio foi realizado consensualmente, conforme expressão "comum acordo" às fls. 11. Ademais, há de presumir-se a validade da declaração do Prefeito da cidade de Okazaki, autoridade responsável pela prolação da sentença de divórcio, confirmando que o divórcio ocorreu de maneira consensual, presentes as partes. Diante disto, este Ministério público nada tem a opor ao pedido de homologação da sentença que decretou o divórcio do casal, por estarem comprovados os requisitos exigidos pelo art. 5º e preservados os princípios enumerados pelo art. 6º, ambos da Resolução nº 9, de 4 de maio de 2005, dessa Corte Superior34.

O ministro deixou claro que as questões suscitadas pelo requerido não dizem respeito à ação de homologação de sentença, devendo ser apreciadas em sede apropriada. Explica que o Superior Tribunal de Justiça em situações parecidas se posicionaram no sentido de homologarem os pedidos.

32 RECHSTEINER, Beat Walter. Direito Internacional Privado: teoria e prática. 14. ed. rev. e atual. São Paulo, 2011. p. 311.

33

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Deferimento de Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio Consensual. Sentença Estrangeira Contestada n. 4.403. 01 de agosto de 2008. Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 14 out. 2011.

34 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Deferimento de Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio Consensual. Sentença Estrangeira Contestada n. 4.403. 01 de agosto de 2008. Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 14 out. 2011.

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Cita ainda que no julgamento do AgRg na SE 456/JP na Corte Especial, cujo relator era o Ministro Barros Monteiro, a decisão foi de homologar a declaração de divórcio em que o ato era administrativo:

AGRAVO REGIMENTAL.

– Prevendo a legislação alienígena o divórcio mediante simples ato administrativo, cabível é a sua homologação para que surta efeitos no território brasileiro.

Agravo improvido35.

Desta maneira, percebe-se que a decisão do STJ neste agravo foi no sentido de haver a possibilidade de divórcio por meio administrativo proferido no Japão, ou seja, cuja autoridade é o prefeito, então será passível de homologação a certidão de deferimento de divórcio.

Assim, o Ministro Arnaldo Esteves Lima decidiu pela homologação de pedido feito pela requerente.

Entretanto, o voto do Ministro Teori Albino Zavascki foi contrário à homologação. Explicou que de acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 105, I, i, a intermediação do judiciário brasileiro está limitada a sentenças e cartas rogatórias. Com relação aos demais atos e negócios jurídicos praticados em outro Estado, a eficácia está subordinada a normas de direito interno e a tratados internacionais.

No caso os trata-se apenas de documentos produzidos pelos cônjuges, assinado por duas testemunhas e entregue à autoridade administrativa. Não tendo homologação da declaração, nem por parte dessa autoridade e nem do judiciário.

Afirma que se não há “sentença estrangeira” a ser homologada, não é cabível o presente pedido. Entretanto, não está negando a eficácia no Brasil, apenas afirma que a eficácia de “declaração de divórcio” não está sujeira à apreciação do Superior Tribunal de Justiça.

Deste modo, o voto do ministro foi no sentido de indeferir o pedido.

O Ministro Castro Meira deu seu voto indeferindo o pedido de homologação, esclarecendo que não há uma sentença estrangeira. Tratando-se de um registro de declaração de vontade. E, que os possíveis óbices poderiam ser resolvidos com orientações administrativas aos Cartórios para que procedesse ao registro.

Apesar de dois votos indeferindo o pedido de homologação, a certidão foi homologada conforme voto do Ministro relator, Sr. Arnaldo Esteves Lima, e dos demais ministros que acompanharam seu voto.

Neste julgado a questão ocorre em torno da homologação de uma certidão, que é um “documento passado por funcionário que tem fé pública (escrivão, tabelião e outros) no qual se reproduzem peças processuais, escritos constantes de suas notas ou se certificam atos e

fatos que eles conheçam em razão do ofício”36

A certidão é bem diferente da sentença que é “o ato ou decisão que o magistrado ou tribunal tome que põe termo ao processo, decidindo sobre a absolvição ou condenação do

acusado”37.

Ocorre que a certidão é apenas um ato administrativo e é bem diferente da sentença que após todos os trâmites processuais finaliza o conflito. Assim, a decisão do Superior Tribunal de Justiça dá uma conotação maior ao sentido de certidão, possibilitando que outras pessoas que estejam na mesma situação entre com um pedido de homologação com uma certidão.

35 Ibidem. 36

PAULO, Antonio de. Pequeno dicionário jurídico. 2. ed. atual. Rio de Janeiro: 2005. p. 78. 37 Ibidem, p. 316.

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7 CONCLUSÃO

A homologação de sentença estrangeira de divórcio é um tema pacificado no Superior Tribunal de Justiça, que passou a ter competência para homologar as sentenças estrangeiras e dar exequatur às cartas rogatórias após a Emenda Constitucional nº 45 de 2004 que destituiu a competência do Supremo Tribunal Federal.

Percebe-se que a Homologação de Sentença Estrangeira de Divórcio é um procedimento aparentemente simples. Entretanto, passa a ser complexa na análise dos requisitos formais, pois, os juízes necessitam fazer uma análise mais minuciosa dos documentos apresentados pelas partes e verificar se o que foi alegado realmente é o que está comprovado nos documentos.

A sentença de divórcio propicia às partes a dissolução da sociedade conjugal, desta maneira deixam de ser um casal. Porém, é muito importante as partes tenham se manifestado no processo para evitar futuros prejuízos.

É por isso que um dos requisitos para que uma sentença seja homologada é que pelo menos a parte requerida tenha sido citada no processo, e querendo se defender proponham contestação.

As sentenças podem ser simplesmente homologadas, podem ser homologadas com ressalva e podem não ser homologadas. Para serem simplesmente homologadas tem que cumprir com os requisitos elencados no art. 15 da Lei de introdução às normas de direito brasileiro e do art. 5º da resolução nº 9/2005 do Superior Tribunal de Justiça. Quando são homologadas com ressalva parte da sentença trata de matéria cuja competência é exclusiva de juiz brasileiro. E, quando não há homologação o processo não cumpriu com os requisitos formais.

O Superior Tribunal de Justiça, recentemente, tomou a decisão de homologar uma certidão de divórcio consensual, realizado no Japão por autoridade competente. Esta homologação gerou controvérsias entre os Ministros, pois, quando ocorre um pedido de homologação, há um pressuposto de que existe uma sentença preferida por um juiz competente.

Entretanto, isso não ocorre com este processo, tendo em vista, que os Ministros se depararam com uma certidão e conforme decisão do Ministro Relator, os demais ministros decidiram por homologar a certidão, principalmente por cumprir os requisitos formais que são pressupostos para uma homologação de sentença estrangeira.

Desta maneira, percebe-se que a decisão do Superior Tribunal de Justiça de homologar uma certidão emitida por autoridade competente amplia o sentido de sentença, admitindo desta forma que outras pessoas que se encontrem na mesma situação possam entrar com um pedido para homologar o divórcio.

TITLE: HOMOLOGATION OF FOREIGN JUDGMENTS DIVORCE

Abstract: The homologation of foreign judgments is a mechanism used internationally, in which a person, through a sentence granted by a competent judge, seeking the legal effects of the sentence in a country different that held the process. Brazilian law determines whether a sentence will be approved or not. Need to be approved for fulfill the formal requirements specified by Brazilian law. Divorce is one of the cases of dissolution of marriage. With the divorce sentence, there is the possibility of approval in Brazil, however, must comply with the formal requirements, determined by law. The foreign judgments of divorce can be approved simply by complying with the formal requirements, may be approved with reservations when

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they subject is of competence exclusive of a Brazilian judge and may not be approved when they don’t fulfill the formal requirements.

Keywords: acceptance of foreign judgments. Competence. Divorce. LISTA DE ABREVIATURAS

CF – Constituição Federal. CPC – Código de Processo Civil.

LINDB – Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro. MRE – Ministério das Relações Exteriores.

SEC – Sentença Estrangeira Contestada. STF – Supremo Tribunal Federal. STJ – Superior Tribunal de Justiça. Art. – Artigo.

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