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Atransição da Antiguidade para Idade Média, num primeiro

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transição da Antiguidade para Idade Média, num primeiro momento, durante a crise do Império Romano, assistiu a uma fusão da cultura dos Bárbaros Germânicos, com o Cristianismo e a herança cultural clássica greco-romana. As invasões dos povos germânicos que viviam nas fronteiras do Império Romano foi um dos fatores responsáveis pela crise que pôs fim nesse imenso império. Os germânicos tinham origem indo-européia e habitavam as terras situadas entre o Rio Reno, os Mares do Norte e Báltico, os rios Danúbio e Véstulo e os Montes Cárpatos, organizavam-se em aldeias levando uma vida simples. Vários povos eram classificados como germânicos. Entre eles estavam: godos, vândalos, francos, suevos, anglo-saxões, alamanos, burgúdios e escandinavos.

O conhecimento da antiga sociedade germânica provém da obra de Tácito (Germânia), escrita em 98. Nessa época, segundo Tácito, “os bárbaros germânicos eram analfabetos e não possuía conhecimento artístico”.

Os romanos chamavam de bárbaros todos aqueles que viviam além das fronteiras do Império. Por não falarem o latim e por terem costumes muito diferentes, não eram considerados civilizados. Um dos principais povos bárbaros foram os germanos, os quais exerceram grande influência na formação da Europa. A composição social dos germânicos era bastante semelhante às comunidades primitivas. A família constituía a base da organização social e política. O pai e patriarca era o chefe absoluto, e ao mesmo tempo juiz e rei. Prevalecia o casamento monogâmico. Os laços familiares eram sólidos. A ofensa a um dos membros atingia a toda a família. Todos deveriam vingar a ofensa: esta é a origem da Vendetta. Porém, considerava o homicídio um simples fato de guerra, e podia ser redimido mediante “o preço do sangue” (wehrgeld ou componenda). As famílias se organizavam em tribos, e os guerreiros se reuniam em assembléia geral para eleger os reis. “Este era também um chefe guerreiro que liderava seus comandados nas campanhas militares e tinha seu prestígio diminuído em tempos de paz”. Para manter-se no poder, o rei recorria à prática de conceder vários privilégios, entre esses, o de fazer doações de terras aos guerreiros, em troca da sua lealdade e do seu apoio”.

(NADAI, Elza & NEVES, Joana. História Geral: Antiga e Medieval. Editora Saraiva, 1994). Na sua prática econômica, as terras eram de propriedade comum. Viviam basicamente da caça e em menor grau desenvolveram a agricultura (cereais) e a criação de gado. A importância da riqueza dependia da quantidade de bois e vacas que a família possuía. Nem todas as tribos plantavam. A guerra era a sua principal ocupação.

O direito germânico era baseado na tradição, isto é, as leis não eram escritas. Os acusados de crimes eram submetidos a provas jurídicas chamadas de ordálios (provas de água e de fogo), isto é, forçados a andar nas brasas de uma fogueira ou mergulhar o braço na água fervendo. Os germânicos acreditavam que se fossem inocentes não seriam queimados. Se saísse ileso, o acusado poderia ir embora sem sofrer nenhum castigo.

A religião era Politeísta. Divinizavam as forças da natureza. O deus principal era Odin ou Votã, o protetor dos guerreiros e das expedições de guerra. Eram adorados também Tor, o trovão, Suna,

o sol, e Mon, a lua. Se um guerreiro fosse morto em combate, seria levado pelas valquírias para o Valhala, a residência dos deuses, uma espécie de paraíso. Quem morresse de doença ou outro motivo que não a violência na guerra iria para o Hell, uma espécie de inferno, onde havia trevas e fogo.

Durante muito tempo viveram pacificamente com os romanos. Era comum grupos de germanos atravessarem a fronteira em busca de terras férteis, trabalho nas lavouras, ocupar os mais elevados postos no exército de Roma ou simplesmente para estudarem. Como camponeses receberam dos romanos terras em áreas despovoadas, ou passaram a trabalhar nas grandes vilas dos patrícios. Chegou inclusive a haver um casamento entre um Imperador romano, Galieno, e a filha de um rei bárbaro.

Essa situação se alterou entre os séculos IV e V, quando os hunos, grupos bárbaros de origem asiática, começaram a atacar os bárbaros germânicos, que apavorados e em busca de proteção, ultrapassaram as fronteiras do Império Romano”. Essa invasão se deu de forma descontrolada e violenta, provocando muita morte e destruição. Alguns aristocratas, em pânico, fugiram para as suas propriedades rurais, acompanhados de escravos e pessoas mais humildes dispostas a trabalharem em troca de segurança.

Embora a ameaça dos hunos seja a causa principal das invasões bárbaras, não foi a única. Muitos povos, aproveitando-se da vulnerabilidade das fronteiras do Império o invadiram em busca de terras férteis e das riquezas lá existentes.

Aos poucos os povos bárbaros foram se estabelecendo no interior do Império Romano, formando seus reinos. No entanto o único que conseguiu dar continuidade foi o dos Francos, todos os outros encontraram dificuldades de se manterem.

Os Germanos e seus Reinos

Nas terras conquistadas dos romanos, os invasores bárbaros fundaram diversos reinos independentes, entre os quais cabe destacar:

Ä Reino dos anglo-saxões, atual Inglaterra;

Ä Reino dos Francos, atual França e parte da atual Alemanha; Ä Reino dos Visigodos, na Península Ibérica;

Ä Reino dos Suevos, na Galícia, atual Portugal; Ä Reino dos Vândalos, no norte da África; Ä Reino dos Ostrogodos, na Península Itálica.

Os Reinos Bárbaros

Exemplos de metalurgia desenvolvida pelos Bárbaros Germânicos.

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Os germanos assimilaram alguns traços da cultura romana, como pode ser observado na organização de seus reinos e na adoção do latim como língua oficial. Apesar disso, existiam entre os romanos e germânicos muitas diferenças que levaram os reinos a não ter durabilidade, com exceção do Reino dos Francos, que não foi efêmero. Entre os obstáculos encontrados pelos reinos bárbaros no seu processo de formação, podemos citar: o desconhecimento pelos germanos da noção de Estado, inexperiência administrativa, diferentes tendências religiosas entre romanos e germânicos, a crise econômica (com as invasões, o comércio diminuiu significativamente por causa dos riscos enfrentados), a decadência das cidades e as diferenças culturais, principalmente a língua. No entanto, apesar desses obstáculos, alguns elementos contribuíram para a formação dos reinos bárbaros. Os chefes germanos, copiando os romanos, criaram códigos de leis e mantiveram algumas instituições romanas. Alguns reinos converteram-se progressivamente ao cristianismo e aceitaram a autoridade da Igreja Católica.

Os povos germanos não se organizavam em Estado nem cidades. A tribo e a família eram as células básicas de sua organização política. A convivência social não se regia pelo conceito de cidadania, mas de parentesco. Desta forma, ao sedentarizarem, cada tribo ocupando uma determinada região do Império Romano, eles vieram a substituir um Estado organizado e relativamente urbanizado. Como não tinham instituições próprias para desempenhar a tarefa, adotaram as que estavam à mão.

O Reino dos Francos

Nos séculos IV e V, muitos povos bárbaros singraram a Europa em ondas migratórias. Os francos eram um dos menos numerosos. No entanto, logo após a onda migratória, fixaram definitivamente em uma região. E é dos francos que deriva as realizações políticas mais duradouras: a criação de duas nações modernas – a França e a Alemanha.

Batismo de Clóvis, rei dos francos. Os francos ocuparam a Gália (atual França) e formaram o mais poderoso reino da Europa Ocidental, na Alta Idade Média. Este Estado se formou e expandiu sob o governo de duas dinastias: a merovíngia, cujo nome vem de Meroveu, líder dos francos na primeira metade do século V, na luta contra os hunos; e a dinastia carolíngia, que teve como principal governante Carlos Magno.

Os Reis Merovíngios (481 a 751) Meroveu dá nome à primeira dinastia dos soberanos francos: Merovíngia. Clóvis, neto de Meroveu, conseguiu unificar os francos, conquistou a Gália e outras regiões ocupadas por povos bárbaros e venceu os romanos. Casado com uma princesa católica, Clotilde, em 496 converteu-se ao cristianismo. Na mesma ocasião foram batizados três mil dos seus guerreiros. A conversão de Clóvis trouxe-lhe o apoio do clero e dos cristãos que habitavam a Gália. Formou-se uma espécie de aliança entre Clóvis e a Igreja, muito importante para fortalecer a autoridade do rei e também para garantir à Igreja novos adeptos e apoio militar.

Após a morte de Clóvis, a autoridade real se enfraqueceu, tanto pelo crescimento do poder dos proprietários de terra (feudalização), quanto pela incompetência dos seus sucessores (reis indolentes),

envolvidas em disputas políticas e intrigas palacianas.

Enquanto esses reis se descuidavam de suas funções, os majordomus, prefeitos do palácio, foram se assenhoreando do poder real e desempenhando o papel que seria do rei. As funções governamentais ficam nas mãos do prefeito (ou mordomos) do paço,

que foi aumentando as suas atribuições até chegar a ser um verdadeiro rei.

No século VII, um dos principais majordomus, Pepino de Heristal, torna o cargo hereditário e exclusivo da família Heristal passando-o para seu filho, Carlos Martel. Este, por sua vez, notabilizou-se ao barrar a

expansão dos muçulmanos sobre a Europa, vencendo-os na Batalha de Poitiers, em 732 (também chamada de Tours). A partir desse episódio Carlos Martel passa a ser chamado de salvador da

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Em 751 o filho de Carlos Martel, Pepino, o breve, estimulado pelo Papa destronou o último rei merovíngio e assumiu o poder, sendo aclamado como rei. Estava começando a dinastia carolíngia. Pouco tempo depois, o rei franco pôde demonstrar sua gratidão ao Papado. Atravessa os Alpes, derrota os Lombardos, apodera-se de Ravena e doa ao Papa. Esta foi a origem do poder temporal (territorial) dos Papas: Os Estados Pontifícios (ou Patrimônio de São Pedro).

Os Reis Carolíngios (751 a 987)

O sucessor de Pepino foi Carlos Magno, que assumiu em 768. Em seu governo, expandiu os domínios francos, conquistando vários territórios, o que lhe trouxe grande prestígio e poder e o fortalecimento da aliança com a Igreja. No natal do ano 800, o Papa Leão II coroou-o ccoroou-om coroou-o títulcoroou-o de imperadcoroou-or dcoroou-o Sacrcoroou-o Impéricoroou-o Rcoroou-omancoroou-o Germâniccoroou-o, reeditando o sonho de um império e de uma cristandade unificada sob um único governo cristão. A restauração do Império Romano do Ocidente não dava, a Carlos Magno, vantagens materiais, mas significava um notável prestígio. O Novo imperador de Roma era de raça germânica. Isso simbolizava as profundas modificações que se processavam na Idade Média da Europa Ocidental: um rei franco, de ascendência germânica, lutava contra bárbaros germanos, tentava civilizá-los impunha-lhes o cristianismo e acabava sendo coroado imperador em Roma, a velha capital do Império.

Após as suas conquistas, o império de Carlos Magno abrangia os atuais países da França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria, Iugoslávia, Itália e parte da Espanha. Consagrou-se como a figura mais importante desConsagrou-se período da Idade Média. “A organização administrativa do Império Carolíngio era (..) personalizada. O território estava dividido em centenas de condados, de extensão variável, cada um deles dirigido por um conde, nomeado pelo imperador. O conde representava o poder central em tudo, publicando as leis e zelando pela sua execução, estabelecendo impostos, dirigindo trabalhos públicos, distribuindo justiça, alistando e comandando os contingentes militares, recebendo juramentos de fidelidade

dirigidos ao imperador. Em troca recebiam uma porcentagem das taxas de justiça e sobretudo terras entregues pelo soberano. Na tentativa de fiscalizar estes amplos poderes dos condes, o imperador contava com os Missi

Dominici (“enviados do

senhor”), que aos pares (um leigo e um clérico) visitavam os condados e elaboravam relatórios a respeito. Nas regiões fronteiriças, o representante do imperador recebia poderes especiais sob o título de marquês. Nesses locais, a tendência autonomista tornava-se ainda maior, havendo apenas um frágil vínculo com o império. (...) Como resultado disso tudo, o imperador carolíngio detinha somente um dos monopólios anteriormente gozados pelo imperador romano, o de cunhagem de moedas. Procurando contrabalançar o vasto poder dos nobres, era obrigatório o julgamento de fidelidade ao imperador por parte de todo habitante masculino desde os doze anos de idade”. (FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo, Brasiliense, 2001.). Duas vezes ao ano eram realizadas assembléias na residência imperial: uma de guerreiros e outra dos principais senhores do reino. A realização destas assembléias facilitou o conhecimento dos problemas e dificuldades do império e permitiu a elaboração de numerosas leis e ordenanças – as

Capitulares – que regulavam todas as atividades dos súditos,

unificando leis e costumes, e melhorando a administração. Carlos Magno também promoveu grande desenvolvimento cultural (Renascimento Carolíngio), fazendo-se cercar de sábios e intelectuais, abrindo escolas e mosteiros, estimulando a ação dos copistas e protegendo os artistas. Com isso, contribuiu para a preservação do rico acervo cultural da Antiguidade Clássica. “Por

O império de Carlos Magno

A coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III.

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isso, Jacques Le Goff escreveu: ‘O Renascimento Carolíngio, em vez de semear, entesourou.’ A preocupação dominante não consistia em compor textos originais, mas em reproduzir, copiar. Mesmo assim esse esforço tem grande mérito: ao copiarem pacientemente manuscritos antigos, os monges conservavam obras preciosas da literatura latina, que de outro modo teriam sido perdidas. Igrejas e mosteiros reuniram razoável número de livros e documentos, tornando-se repositórios de cultura e verdadeira fonte de saber dos séculos seguintes”. (RIBEIRO, Daniel Valle. A cristandade do ocidente medieval. São Paulo. Atual, 1998)

Com a morte de Carlos Magno, assumiu seu filho Luís, o piedoso, que conseguiu ainda manter a unidade do Império. Mas, os sucessores de Luís, Carlos, o calvo, Lotário e Luís, o germânico, promoveu uma desgastante guerra, na disputa pelo poder, só resolvida após várias batalhas, com a assinatura do Tratado de Verdum (843), que dividiu o Império em três, destruindo a última tentativa real de unidade imperial na Europa Ocidental. Carlos, o calvo ficou com a parte ocidental do Império (atual França); Luís, germânico herdou a parte oriental (atual Alemanha); e Lotário herdou a parte central, do mar do Norte até a Itália.

Lentamente os reis carolíngios foram perdendo os seus poderes sobre estas regiões, dando lugar a um crescente fortalecimento do poder da nobreza (feudalização).

dormem. Nenhum cultiva a terra nem toca mesmo um arado. Sem morada fixa, sem casas, erram por todos os lados e parecem sempre fugir com as suas carriolas. Como animais desprovidos de razão, ignoram inteiramente o que é o bem e o que é o mal; não têm religião, nem superstição, nada iguala a sua paixão pelo ouro.”

(MELLO, Leonel I. A. e COSTA, Luís C. A. História antiga e medieval da comunidade primitiva ao estado moderno. São Paulo, Editora Scipione, 1993. p. 195)

Texto Complementar Os Hunos

Os hunos eram povos originários do Extremo Oriente (Ásia), que no início do século V, sob o comando de Átila, investiram sobre os germanos causando muito pânico e destruição. Eram povos nômades, que viviam da caça, criação de cavalos e pilhagens. O texto abaixo pode esclarecer melhor sobre como eram e como viviam esses grupos:

“Segundo o historiador Aminiano Marcelino, oficial do exército romano, assim era a vida dos hunos quando de seus entrada na Europa, ao final do século IV: ‘Quando ainda muito jovens, fazem-lhes com um ferro profundos ferimentos no rosto, a fim de que as cicatrizes que nele se formarem impeçam a saída do primeiro pêlo: envelhecem desfigurados e sem barba. Todos eles têm, aliás, os membros vigorosos e o pescoço grosso: têm aspecto extraordinário e tão curvados que poderão ser tomados por animais de dois pés ou por esses pilares grosseiramente esculpidos em figuras humanas que se vêem nas bordas das pontes. Não têm eles necessidade do fogo nem de comidas temperadas, mas vivem de raízes selvagens e de toda a espécie de carne que comem meio crua, depois de tê-la aquecido levemente sentando-se em cima durante algum tempo quando estão a cavalo. Não têm casas, não se encontra entre eles nem mesmo uma cabana coberta de caniço. Vestem-se de pano ou peles de ratos dos campos; têm apenas uma única roupa e não tiram a túnica senão quando cai em farrapos. Cobrem a cabeça com pequenos bonés caídos, e as pernas com peles de bode. São colados a seus cavalos, que são, na verdade, robustos mas feios; não existe nenhum dentre eles que não possa passar a noite e o dia sobre a montaria; é a cavalo que bebem, comem e, abaixando-se sobre o pescoço estreito do animal,

01.

(UFRN) As sociedades se organizam politicamente de diferentes formas. O texto a seguir se refere a diferenciações entre romanos e germanos.

Por mais que tentem imitar o Império Romano, no plano tanto das instituições políticas como das estruturas sociais, os novos governos que se instalam na Gália no século V - sejam visigodos, burgúndios ou francos - não o conseguem. (...)

. . . .

[Nessas tribos se] constitui o que se deve chamar de “Estado” de um tipo novo, espécie de comunidade de pessoas militares sem domicílio fixo nem duração garantida. O cimento dessa organização não é, como em Roma, a idéia de salvação pública e de bem comum, porém, antes, a reunião de interesses privados numa associação provisória automaticamente reconstruída pela vitória.

VEYNE, Paul (Org.). “História da vida privada: do império romano ao ano mil”. São Paulo: Companhia das Letras, 1994, v.1. p. 405- 6.

– Considerando as idéias contidas no texto, explicite duas diferenças entre romanos e germanos no que se refere à organização sócio-política.

02.

(UEL) A chamada “desintegração” do Império Romano

remodelou a Europa. As modificações que ocorreram levaram à formação de uma sociedade com características próprias, conhecida como sociedade medieval. Sobre o período da Alta Idade Média (do século V ao X), é correto afirmar:

a) Os povos que ocuparam o Império Romano mantiveram a estrutura política anterior, com uma divisão equilibrada e estável das funções públicas.

b) Chamados de “bárbaros”, povos como os germanos e os hunos foram responsáveis pela retomada da atividade mercantil e pela urbanização da Europa.

c) Com o caráter de migração ou invasão, a chegada dos chamados “bárbaros” esteve relacionada à falência do mundo escravista e à debilidade militar de Roma.

d) A população residente no antigo Império Romano integrou-se com as várias tribos germânicas invasoras, formando federações como a Gália e a Hispânia.

e) Os conflitos entre romanos e germanos, decorrentes das invasões, acabaram caracterizando a denominada Guerra dos Cem Anos.

03.

(FUVEST) Sobre as invasões dos “bárbaros” na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que: a) foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e

(5)

b) se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.

c) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes. d) se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura sócio-econômica dinâmica e de uma constituição política centralizada.

e) os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua presença.

04.

(FUVEST) A tentativa de reunificação política da Europa

ocidental realizada pelo Império Carolíngio na primeira metade do século IX, fracassou devido

a) às contradições entre os ideais do universalismo cristão e os do particularismo tribal germânico.

b) às invasões dos vikings, muçulmanos e húngaros, que partilharam o Império entre si.

c) à falta de uma estrutura econômica mais sólida, pois sua produção agrícola insuficiente tornava-o dependente do exterior. d) ao Renascimento Carolíngio, que negava o espírito unitário

defendido pelo imperador.

e) ao excessivo respeito de Carlos Magno às tradições das diversas províncias que compunham o Império.

05.

(FUVEST) “O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada. Em certa medida, ele nasceu dessas mesmas perturbações. Ora, entre as causas que contribuíram para criar ou manter um ambiente tão tumultuado, algumas existiram completamente estranhas à evolução interior das sociedades européias.”

(Marc Bloch, A SOCIEDADE FEUDAL) O texto refere-se:

a) às invasões dos turcos, lombardos e mongóis que a Europa sofreu nos séculos IX e X, depois do esfacelamento do Império Carolíngio.

b) às invasões prolongadas e devastadoras dos sarracenos, húngaros e vikings na Europa, nos séculos IX e X (ao Sul, Leste e Norte respectivamente), depois do esfacelamento do Império Carolíngio.

c) às lutas entre camponeses e senhores no campo e entre trabalhadores e burgueses nas cidades, impedindo qualquer estabilidade social e política.

d) aos tumultos e perturbações provocadas pelas constantes fomes, pestes e rebeliões que assolavam as áreas mais densamente povoadas da Europa.

e) à combinação de fatores externos (invasões e introdução de novas doutrinas e heresias) e internos (escassez de alimentos e revoltas urbanas e rurais).

06.

(UFPR) A respeito do reinado de Carlos Magno (768-814), é correto afirmar que:

01) Foi um período de expansão territorial através das guerras de conquista.

02) Caracterizou-se pela centralização política e organização da legislação.

04) As terras conquistadas pela guerra foram doadas em forma de benefício, criando os laços de dependência entre o rei e seus cavaleiros.

08) Como forma de manter o predomínio imperial de Carlos Magno, desenvolveram-se as relações de vassalagem.

16) Sob Carlos Magno estabeleceu-se o moderno Estado nacional francês.

Assinale a alternativa que contém a afirmativa correta: a) Soma 7 b) Soma 15 c) Soma 12 d) Soma 5 e) Soma 29

07.

São causas das invasões germânicas no Império Romano,

exceto:

a) a falta de terras diante do crescimento populacional. b) o interesse pela riqueza dos romanos.

c) a Guerra Santa e o butim. d) as pressões dos hunos.

e) a fragilidade das fronteiras do Império Romano.

08.

Após a morte de Carlos Magno, o Império Carolíngio conheceu

a decadência, motivada pelas disputas territoriais entre seus herdeiros e amenizadas com o Tratado de Verdum, que dividia o Império entre Carlos, O Calvo; Luís, o Germânico e Lotário. O Tratado de Verdum teve como conseqüências:

a) o fortalecimento do poder eclesiástico sobre os nobres. b) o fortalecimento do poder local da nobreza feudal, diminuindo

o poder central do rei.

c) o fortalecimento da autoridade dos monarcas. d) a reorganização do Império Romano.

e) o poder dos imperadores bizantinos sobre o Ocidente.

09.

(UNB) A respeito de alguns aspectos políticos da civilização

do ocidente medieval julgue os itens a seguir.

0) Apesar de fascinados pela idéia imperial romana, estranha a seus costumes, os bárbaros somente reuniram condições para concretizá-la no século VIII, por meio do reino franco e da figura de Carlos Magno.

1) O fato de os francos terem sido os primeiros Germânicos a se converterem ao cristianismo, ponto de partida para os laços estreitos que estabeleceram com a Igreja nos anos setecentos, favoreceu o projeto unificador carolingeo.

2) A máxima do cristianismo. que insistia em “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, manteve-se na Idade Média, pois nem monarcas nem papas confundiam as esferas do temporal e do espiritual.

3) Uma das causas da emergência política de poderes particularistas (feudos) e nacionalistas (monarquias) deveu-se aos choques constantes, que passaram a ocorrer a partir do século VIII, entre os poderes universalistas da Igreja e os do Império.

Assinale a alternativa que contém a afirmativa correta: a) V, V, F, F b) F, F, V, V c) F, F, V, F d) V, V, F, V e) F, V, V, F

10.

(PUCCAMP) Os povos germânicos contribuíram para a

(6)

Ocidental,

a) a idéia de poder político local, a estrutura das vilas, do clientelismo e do colonato.

b) as bases da organização política, social e judiciária, e os elementos que contribuíram para o fortalecimento do poder da Igreja.

c) a prática de economia natural, a imobilidade social, a ausência do Estado e o comitatus, com sua noção de reciprocidade. d) o regime de trabalho servil baseado nas obrigações devidas pelos

servos fundamentadas na talha, nas banalidades e nos tributos de casamento.

e) os princípios da corvéia, o da hospitalidade forçada aos nobres e o clima de insegurança que obrigava as populações a se refugiarem no campo.

11.

(UFRN) No ano de 786, Carlos Magno afirmou:

A nossa função é, segundo o auxílio da divina piedade, (...) defender com as armas e em todas as partes a Santa Igreja de Cristo dos ataques dos pagãos e da devastação dos infiéis.

PINSKY, Jaime (Org.). “O modo de produção feudal”. 2. ed. São Paulo: Global, 1982. p. 101.

O fragmento acima expressa a orientação política do Império Carolíngio no governo de Carlos Magno. O objetivo dessa política pode ser definido como um(a):

a) esforço para estabelecer uma aliança entre os carolíngios e a Igreja bizantina para fazer frente ao crescente poderio papal. b) intenção de anexar a Península Ibérica aos domínios do papado,

com a finalidade de impedir o avanço árabe.

c) desejo de subordinar os domínios bizantinos à dinastia carolíngia, no intuito de implantar uma teocracia centralizada no Imperador.

d) tentativa de restaurar o Império Romano, com vistas a promover a união da cristandade da Europa Ocidental.

12.

(FGV) A batalha de Poitiers (732) é um dos momentos cruciais

da evolução política da Europa, pois:

a) terminou com a influência que o Império de Bizâncio exercia sobre a cultura da França.

b) deteve a expansão das forças muçulmanas, graças à enérgica ação de Carlos Martel.

c) representou a derrota naval dos turcos que ameaçavam a primazia militar de Roma.

d) significou o fim da influência dos governantes merovíngios, com a implantação do feudalismo.

e) unificou a Gália Cisalpina, que passou a ser governada pelos Carolíngios impostos pela Igreja.

13.

(UEPB 2003) As características a seguir são inerentes às comunidades bárbaras, EXCETO:

a) Prática da agricultura seminômade, o que lhes valeu no contexto de suas incursões no território romano, o conceito de sedentários em fuga.

b) Criação de gado valorizada como riqueza viável do ponto de vista do deslocamento e de sua utilização como riqueza visível e utilizável como moeda de troca.

c) Destruição reiterada de edificações, monumentos e tudo que pudesse ser reutilizado na construção de suas condições de

vida.

d) Constituição de um agrupamento homogêneo do ponto de vista étnico e cultural, não sendo percebidas diferenças quanto ao nível evolutivo.

e) A disparidade quanto à capacidade de se defender e atacar levava as hordas bárbaras a constantes mudanças territoriais.

14.

O “Comitatus” era uma importante instituição dos povos

bárbaros germânicos, que representava:

a) a ordem dos chefes dos chefes religiosos com direito de punir com a morte, de aprisionar e de torturar todo aquele que rompesse com as normas consuetudinárias da tribo.

b) a união das famílias consangüíneas que obedeciam às regras ditadas pelo elemento mais velho, possuidor que era do maior número de experiências.

c) o centro comunitário de aprendizagem onde os mais velhos passavam as práticas artesanais e as técnicas de aproveitamento dos recursos naturais da região.

d) a união de guerreiros a um chefe, combatendo com ele e para ele, numa estreita união e sendo pagos com produtos dos saques.

15.

O direito entre os povos bárbaros era consuetudinário, isto é: a) fundamentado em leis escritas.

b) fundamentado em antigos códigos jurídicos do oriente como o Código de Hamurábi.

c) não-escrito, baseado em costumes e tradições. d) originário do Direito Romano.

16.

A Batalha de Poitiers (732 d.C.) está relacionada à história dos

francos, notadamente à figura de Carlos Martel. Em relação a este evento podemos afirmar:

a) que deteve a expansão árabe na Europa. b) colocou fim no Império Romano do Ocidente. c) consolidou politicamente o Império Bizantino. d) colocou fim ao feudalismo.

Gabarito:

01. 02. c 03. b 04. a 05. b 06. b 07. c 08. b 09. d 10. c 11. b 12. b 13. c 14. d 15. c 16. a

Referências

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