y
Substâncias que pelas suas características físico‐químicas
são capazes de modificar a absorção dos Raios‐x pelos
órgãos e tecidos, devido à sua composição química e
densidade.
y
Substâncias utilizadas para melhorar a visibilidade de
estruturas orgânicas internas numa imagem radiológica.
IODADOS
Hidrossolúveis
Lipossolúveis
Uro-Angiográficos
Colecistocolangiográficos
Iónicos
Não Iónicos
y
A estrutura básica é formada por um anel benzénico, ao
qual foram agregados átomos de iodo e agrupamentos
complementares,
onde
estão
ácidos
e
substitutos
orgânicos, que influenciam directamente na sua toxicidade
e excreção.
I I
O grupo ácido (H
+):
y
Substituído por um catião (Na
+ou Meglumina Meg
+) º
MC Iónico.
y
Substituído por aminas portadoras de grupos hidroxila (R =
radical orgânico) º MC Não‐Iónico.
I I
I COOH
Constituídos pelo núcleo benzénico com radicais ácidos em que para tornar o produto hidrossolúvel é necessária uma salinificação com Na+/Meg+.
Constituídos pelo núcleo benzénico em cujos radicais a função ácida foi substituída por uma amida.
Tanto nos Iónicos como nos Não iónicos, a molécula básica
é a mesma (ácido tri-iodobenzóico), e ambos contêm iodo
de forma orgânica, mas em termos de estrutura química e
comportamento no organismo há diferenças.
I I
COOH
R2 R3
y
Estrutura química de uma
molécula
de
Iohexol
(Omnipaque), mantendo‐
se desassociada, quando
em solução aquosa.
3 átomos de IODO 6 átomos de IODO I I I I I I I I I I COOH COOH R1 R2 R1 R2 R3
Monómeros Iónicos
y Em solução, dissociam‐se em 2 partículas º 1 anião radiopaco e 1 catião (Na+ ou Meg+) não
radiopaco. y Em solução, 3 átomos de iodo para 2 partículas º maior osmolaridade entre os MC. y São isotónicos º mesma osmolalidade dos fluidos Dímeros Iónicos y Em solução, dissociam‐se em 2 partículas º 1 anião radiopaco e 1 catião não radiopaco. y Em solução, 6 átomos de iodo para 2 partículas. y Osmolaridade reduzida para 600 mOsm/Kg. y São isotónicos a 70 mgI/ml.
Monómeros Não Iónicos y Não se dissociam em solução. y Fornecem 3 átomos de iodo para 1 partículas. y Baixa osmolaridade. y Grupos Hidroxilo (OH) asseguram boa hidrofibilidade. y São isotónicos a 150 mgI/ml. Dímeros Não Iónicos y Não se dissociam em solução. y Fornecem 6 átomos de iodo para 1 partículas º menor osmolaridade de entre os MC. y São isotónicos a 300 mgI/ml. y Maior peso molecular º maior viscosidade.
y
Uma solução pode ter natureza Iónica ou Não Iónica
conforme a sua estrutura química.
y
Todas apresentam algumas propriedades que estão
relacionadas à concentração do soluto.
Parâmetros Importantes dos MC
y
Densidade/Concentração Iodo
y
Viscosidade
y
Osmolaridade
y
Hidrofilia ‐ Lipofilia
Densidade/Concentração de Iodo (g/ml)
y Número de átomos de Iodo por mililitro de solução. Viscosidade
y Mede a fluidez das soluções em mPa.s.
y “força” necessária para injectar a substância através de um cateter.
y Aumenta com a concentração da solução e com o peso molecular
y NI diméricos têm maior viscosidade que NI monoméricos.
y Viscosidade é menor quanto maior a temperatura.
Viscosidade
y
Influencia a injectabilidade dos MC, produz efeitos na
microcirculação.
y
MC mais viscosos necessitam maior pressão de
injecção, agulhas e cateteres de maior calibre.
From: Speck, 1991
Viscosidade
Viscosidade
Depende de vários factores:
y
Concentração em Iodo.
y
Peso Molecular, forma e dimensão da molécula.
yNúmero de radicais OH.
y
Viscosidade do solvente.
yTemperatura.
Osmolaridade
O que acontece a uma célula num meio com elevada concentração de solutos?
y A água fluí da célula para o liquido extracelular.
y Aumenta a concentração no espaço intracelular.
y Ocorre diluição do liquido extracelular.
y Ocorre contracção da célula até que exista equilíbrio osmótico.
Osmolaridade
y Número de partículas de uma solução por unidade de volume º mOsm/kg de água.
y Representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas de água.
y Influências: peso molecular, concentração, efeitos de associação/dissociação e hidratação da substância química.
y Maior osmolaridade º maior vasodilatação.
Osmolaridade
y Para se reduzir a osmolaridade de um MC:
y Síntese de um dimérico y Não iónico monomérico
y Como se subdividem:
Plasma 300 mOsm/kg LOCM 550 a 700 mOsm/kg
Osmolaridade
y
Muitos dos MC apresentam osmolaridade 5 a 8 vezes
superior à do plasma
ºResponsável por muitos dos efeitos
secundários pós administração.
yBaixa Osmolaridade (LOCM)
y Menos dor e calor
y Diminuição da perturbação da função cardíaca
y Menor dano a nível epitelial
y Menor toxicidade
Hidrofilia ‐ Lipofilia
y Mede a afinidade de um MC com a água.
y Está ligada à toxicidade.
y Quanto maior a hidrofilia, menor a toxicidade.
y Anel de benzeno é hidrofóbico º grande afinidade com as proteínas plasmáticas.
y Os grupos OH aumentam a hidrofilia, bloqueando o anel de benzeno ü lipofílico.
Hidrofilia ‐ Lipofilia
y
Quantitativa
(nº de radicais OH)
y
Qualitativa
(distribuição radicais OH)
y
Estabilizada
(rigidez molécula, força das ligações)
Hidrofilia ‐ Lipofilia
y
Uma boa solubilidade em água é um pré‐requisito dos MC
º Minimiza a formação de cristais.
Alta solubilidade consegue‐se:
y Elevada concentração de Iodo.
y Presença de grupos Iónicos, sais.
y Alta radio opacidade
y Boa Tolerabilidade
y Ausência de actividade farmacodinâmica
y Eliminação rápida e total
y Ausência de dissociação do iodo
y Boa Hidrossolubilidade (ú formação cristais)
y Viscosidade Mínima (a 37º C ‐‐ ú 50%)
y Baixa Osmolaridade (relativamente ao liquido extracelular)
y Ausência de Carga Molecular
y Hidrofilia global da molécula (ú interacção com biomoléculas)
y Ausência de radicais hidrofóbicos (afinidade mínima as proteínas plasmáticas)
y Tropismo (estabilidade ao calor, luz, raios‐x)
y Também designados de paramagnéticos.
y Apresentam electrões desemparelhados.
y Substância simples (oxigénio)
y Radical estável (radical azoto)
y Ião metálico (muitos dos metais de transição)
y Iões metálicos paramagnéticos são os mais utilizados. (Fe3+, Mn2+ e Gd3+)
y Para se obter eficácia o tempo de spin‐relaxamento do electrão º frequência de Larmor dos protões.
y
Maior problema deve‐se á toxicidade dos iões metálicos e
dos ligandos no estado livre.
y
Investigação procura complexos iónicos estáveis.
y
Quando juntos º complexos termodinâmicos e cinéticos
estáveis º menos tóxicos.
y
Contudo nestes complexos as propriedades paramagnéticas
podem sofrer alterações.
Dotarem
Magnevist
y
Os efeitos secundários são o somatório de 3 tipos de
toxicidade:
y
Osmotoxicidade
yQuimiotoxicidade
yToxicidade Iónica
Osmotoxicidade
y Resultado hiperosmolaridade em relação ao plasma, responsável por:
y Vasodilatação (alterações hemodinâmicas, sensação de calor).
y Hipervolémia Osmótica.
y Lesão endotelial (libertação de mediadores).
y Lesão da barreira hematoencefálica.
Quimiotoxicidade
y Resultado da estrutura da molécula.
y Insaturação do anel benzénico associa‐se à mais alta incidência e gravidade dos efeitos tóxicos.
Toxicidade Iónica
y Resultado da presença de carga molecular.
Factores de Risco inerentes ao uso:
y Idade (<1 ano e >60 anos).
y Reacções prévias ao contraste / hipersensibilidade ao Iodo.
y Alergias, asma ou mesmo alimentos.
y Doença cardiovascular.
y Azotémia (excesso de ureia, p.e.).
y Diabetes Mellitus.
Factores de Risco inerentes ao uso:
y Atopia (predisposição genética). y Anemia Falciforme. y Bócio Nodular. y Cardiopatia descompensada. y Enfisema Pulmonar. y Feocromocitoma. y Insuficiência Hepática e/ou Renal. y Mieloma Múltiplo.Também é contra‐indicação, a administração de MC
em situações:
y
Gravidez.
y
Amamentação.
Ainda que conhecidas, não podem ser previstas
assim deve‐se ter em atenção:
y
Efeitos Laterais
yReacções Adversas
Efeitos Laterais –
reacções que se sabe ocorrerem pós
injecção
:
y
Aumento da tensão arterial.
y
Sensação de calor ou dor temporária.
ySabor a metal.
Reacções Adversas
– reacções que se sabe poderem
ocorrer pós injecção:
y Maioria ocorre nos primeiros 10‐20 min.
y Podem no entanto ser tardias 6‐24 horas.
y Classificam‐se em:
y Leves.
y Moderadas. y Graves.
Reacções Adversas:
y Ter muita atenção a todas as alterações do estado do doente º pelo menos primeiros 20 min.
y Reconhecer rapidamente os sintomas.
y Estar atento a uma reacção suave º pode ser indicio de uma reacção mais acentuada.
Reacções Adversas ‐ LEVES: y Náuseas e vómitos. y Prurido. y Espirros. y Extravasamento do MC º local da injecção. y Verificar permeabilidade. y Usar cânula plástica. y Vigilância durante a injecção. y Dor, sensação de queimadura ou dormência. y Reacção vasovagal y Edema Palpebral y Lipotímia y Rubor y Sudorese y Congestão Nasal y Urticária
Reacções Adversas ‐ MODERADAS:
y Vómitos intensos persistentes
y Urticária excessiva y Hipotensão/Hipertensão y Taquicardia y Angio‐edema y Edema Facial y Edema Laríngeo y Broncoespasmo Rigidez
Reacções Adversas ‐ GRAVES: y Choque hipotensivo y Dispneia intensa y Paragem Cardio‐respiratória y Perda de consciência y Coma y Cianose y Convulsões
y Edema Agudo do Pulmão
y Edema Cerebral
y Edema Laríngeo
y Angor/Angina de peito
y Hipoglicémia
Como em qualquer exame imagiológico, deve
existir preparação prévia:
y
Sala
y
Material
y
Técnico, Médico, Enfermeiro
Preparação Pré e Per‐exame: y Física e psicológica do paciente y Em que consiste o exame y Efeitos Laterais que podem advir y Adequada Anamnese ao paciente y Presença do Médico e/ou outro elemento y Existência de um “carro” de emergência y Escolha do tipo, quantidade de contraste e forma administração y Garantir uma boa punção, mantendo o acesso venoso
y Equipamento Reabilitação Cardiopulmonar y Desfibrilhador y Kits de entubação endotraqueal y Estetoscópio y Ambu y Seringas y Acesso Laríngeo y Garrafa ou “rampa” de Oxigénio y Torneiras de 3 vias y Adesivo y Sondas nasogástricas y Sondas de Oxigénio y Sistemas Ventimáscara
y Medicação necessária: y Adrenalina y Anti‐heméticos y Anti‐histamínicos y Atropina y Broncodilatadores y Corticóides y Diazepan y Nitratos y Glucagon y Metoclopramida y Clonazepam y Captopril y Soro fisiológico y Soro glicosado 5º y Soro Ionosteril