• Nenhum resultado encontrado

GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS SEMARH SUPERINTE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS SEMARH SUPERINTE"

Copied!
58
0
0

Texto

(1)

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERINTE

E

LABORAÇÃO DOS

P

R

IOS

J

APARATUBA

RELATÓRIO

Bacia Hidrográfica do Rio Jap

COHIDRO

cons ul tor i a es t ud os proj eto s

GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS – SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

P

LANOS DAS

B

ACIAS

H

IDROGRÁFICAS DOS

APARATUBA

,

P

IAUÍ E

S

ERGIPE

RELATÓRIO DE RESUMO EXECUTIVO

Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

Outubro/2015 – SEMARH

IDROGRÁFICAS DOS

ERGIPE

DE RESUMO EXECUTIVO

aratuba

(2)

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

E

LABORAÇÃO DOS

P

LANOS DAS

B

ACIAS

H

IDROGRÁFICAS

DOS

R

IOS

J

APARATUBA

,

P

IAUÍ E

S

ERGIPE

Relatório de Resumo Executivo

Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

(3)

Órgãos Colaboradores FEDERAIS

Agência Nacional de Águas (ANA)

Centro de Produção de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do

Parnaíba

(CODEVASF)

Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS)

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA)

Petróleo Brasileiro S.A (PETROBRAS)

Universidade Federal de Sergipe

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (UFS)

(IBGE)

ESTADUAIS

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH)

• Administração Estadual do Meio Ambiente (ADEMA) Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (SEAGRI)

• Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe

(COHIDRO)

• Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO)

• Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (PRONESE) Secretaria de Estados do Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPLAG)

• Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (EMGETIS) Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDURB)

• Companhia de Saneamento de Sergipe OUTRAS ENTIDADES

(DESO)

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba (CBH) Universidade Tiradentes (UNIT)

Grupo de Acompanhamento Técnico (GAT)

Pedro de Araújo Lessa (SEMARH/SRH) Ailton Francisco da Rocha (SEMARH/SRH) João Carlos Santos da Rocha (SEMARH/SRH) Overland Amaral Costa (SEMARH/SRH) Ângela Maria do N. Lima (SEMARH/SRH) Renilda Gomes de Souza (SEMARH/SRH) Ana Paula B. Ávila Macedo (SEMARH/SRH)

(4)

Maria de Fátima Campos Sá (SEMARH/SRH)

Wellington Santana (SEMARH/ASPLAN)

Rita Oliveira (SEMARH/ASCOM)

Valeria Lima Oliveira (SEMARH/ASCOM) Elísio Marinho dos Santos Neto (SEMARH/SBF)

Patrícia Souza (SEMARH/SRH)

Walter Santana de Souza (SEMARH/SRH) Aline Oliveira da Silva (SEMARH/SRH) Zenóbia de Fatima Bruno da Silva (SEMARH/SRH) Thiago Roberto Soares Viera (SEMARH/SQF) Nicéa Souza da Piedade (SEMARH/SRH)

Sergio Luiz Rocha (SEMARH/SRH)

Talita de Oliveira (SEMARH/SQS)

Cristiane Barreto Andrade (SEMARH/SQS) Elizabeth Azevedo de Oliveira (SEMARH/SQS)

Ronaldo Souza Resende (EMBRAPA)

Júlio Roberto Araújo de Amorim (EMBRAPA) Marcus Aurélio Soares Cruz (EMBRAPA) Márcia Helena Galina

Ana Alexandrina Gama da Silva

(EMBRAPA) (EMBRAPA)

Laura Jane Gomes (UFS)

Robério Anastácio (UFS)

Luiz Carlos Fontes (UFS)

Ricardo Aragão (UFS)

Ariovaldo Antônio Tadeu Lucas (UFS)

Inajá Francisco (UFS)

José Holanda Neto (SEAGRI)

João Ferreira Amaral (SEAGRI)

Antônio Paulo Feitosa COHIDRO

Maria Lucia Ferraz COHIDRO

Flavia Dantas Moreira (IFS)

Jorge Luiz Sotero (IFS)

Carmem Lucia Silva (PRONESE)

Osvaldo Kazumi Asanuma (PRONESE)

Claudio Júlio Mendonça (DESO)

José Edson Leite Barreto (DESO)

José Walter Aragão (DESO)

Nilton Oliveira Matos (DESO)

Arivaldo Ferreira de Andrade Filho (DESO) Elizabeth Denise Campos (EMDAGRO) Gleideneides Teles Campos (SEDURB) Claudia de Araújo Xavier (ITPS) Péricles Azevedo Santos (ADEMA) Gilvan Dorea Dantas Junior (SEDETEC) Rodrigo da Silva Menezes (SEPLAG)

(5)

Maria Nogueira Marques (UNIT)

EQUIPE TÉCNICA DA CONSULTORA

Nome Discriminação

Wellington C. Lou Coordenador Geral

Ana Catarina P. A. Lopes Gerente Técnica (Coordenação Adjunta) Rosana Garjulli Sales Costa Planejamento Estratégico e Institucional Francisco Carlos Bezerra e Silva Organização e Mobilização Social Ana Carolina Ferreira Saneamento

Hudson Pedrosa Hidrologia Wilton J. S. Rocha Hidrogeologia

Carlos Alfonso Alva Alvarado Irrigação e Drenagem e Obras Hidráulicas Aline Davino

Carlos Alberto Inácio da Silva

Enquadramento Enquadramento

Carlos Alberto Inácio da Silva Geoprocessamento e SIG Maria de Fátima Pereira de Sá Ictiofauna

Marcelo Cardoso de Sousa Fauna Terrestre e Aves Elaine Christian Barbosa dos Santos Mobilizadores

Alaine Lima Mobilizadores Larissa Machado Tavares Mobilizadores

Eduardo de Castro Gonzaga Comunicação Social e Mobilização Judinete Cabral de Santana Barbosa Desenvolvimento Econômico Regional Celso Ávila Coleta, Análise e Processamento de

Dados Hidrometeorológicos e Balanço Hídrico

Juliana Pires Azevedo Estagiária

Adagilsa Alves da Silva Apoio Administrativo Carlos Tadeu da Silva Rosa

Rodrigo Speziali

Apoio de Campo

(6)

APRESENTAÇÃO

O presente documento se constitui no Relatório Síntese dos trabalhos realizados no âmbito da elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba - RESUMO

EXECUTIVO - parte integrante dos SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA A ELABORAÇÃO

DOS PLANOS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS JAPARATUBA, PIAUÍ E SERGIPE, no

âmbito do contrato firmado entre a empresa COHIDRO Consultoria, Estudos e Projetos Ltda. e a SEMARH – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, de Sergipe.

Para este Relatório foi considerado todos os estudos desenvolvidos anteriormente e referente à elaboração do PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO

JAPARATUBA (DIAGNÓSTICO – PROGNÓSTICO – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES).

Conforme previsto no Plano de Trabalho, esta atividade Relatório de Resumo Executivo consiste na elaboração de um Relatório de teor gerencial contendo a mensagem básica do plano, os temas relevantes e inerentes a cada bacia, as intervenções apontadas, as principais diretrizes e ilustrações sobre a bacia, redigidas de forma sintética e em linguagem acessível.

Este Relatório de Resumo Executivo do Plano de Bacia, é constituído de um volume contendo textos consubstanciados, abrangentes e sintéticos, em referência aos estudos anteriores desenvolvidos, que serviram de base à elaboração do Plano. Seu índice e organização estão estabelecidos de acordo com o TR apresentado pela SEMARH.

(7)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. METODOLOGIA PARTICIPATIVA ... 3

3. PROPOSTA METODOLÓGICA DE ENQUADRAMENTO ... 4

4. DIAGNÓSTICO DA BACIA ... 6

4.1 MEIOFÍSICO... 6

4.2 CARACTERIZAÇÃOBIÓTICA ... 11

4.3 CARACTERIZAÇÃODOQUADROSOCIOECONÔMICO-CULTURAL ... 11

5. RECURSOS HÍDRICOS ... 14

5.1 DISPONIBILIDADESATUAIS ... 14

5.2 QUALIDADEDEÁGUA ... 17

5.3 DEMANDASATUAIS ... 18

5.4 BALANÇOHÍDRICO ... 19

6. CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS QUANTO ÀS DISPONIBILIDADES, ÀS DEMANDAS E A COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE ELAS ... 22

6.1 CENÁRIOSETENDÊNCIAS ... 22

7. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS NOS HORIZONTES DE PLANEJAMENTO CONSIDERADOS E CRONOGRAMA FÍSICO -FINANCEIRO ... 24

8. METAS DO PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS POR BACIA ... 27

9. METAS DA PROPOSTA METODOLOGICA DE ENQUADRAMENTO DE CORPOS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS ... 32

10. DIRETRIZES PARA IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO ... 32

10.1 CONSIDERAÇÕESGERAIS ... 32

11. IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO DA BACIA ... 36

12. ARRANJO INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA .... 39

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - População Inserida na Bacia. ... 7

Tabela 2 - Áreas das Unidades de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba . 8 Tabela 3 - Classes de Uso e Ocupação do Solo da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 9

Tabela 4 – Disponibilidade Hídrica por Unidade de Planejamento... 17

Tabela 5 - Parâmetros e Identificação do Atendimento das Classes 1, 2, 3 e 4 da Bacia do Rio Japaratuba, conforme resolução CONAMA Nº 357/2005. ... 17

Tabela 6 - Resumo de Demandas Hídricas Atendidas pela BH do Rio Japaratuba (m³/s) ... 18

Tabela 7 - Projeções das Variáveis de Futuro para o Cenário Factível... 22

Tabela 8 - Projeções das Variáveis de Futuro para o Cenário Otimista. ... 23

Tabela 9 - Projeções das Variáveis de Futuro para o Cenário Pessimista. ... 23

(9)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Unidades de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 11 Quadro 2 - Comunidades Quilombolas da Bacia do Rio Japaratuba. ... 12 Quadro 3 - Localização e Coordenadas dos Pontos de Monitoramento das Amostras de Água ... 17 Quadro 4 - Metas do Plano de Recursos Hídricos ... 28 Quadro 5 - Arranjo Institucional Atual e Proposto para Promover e Monitorar a Implementação ... 38

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 7

Figura 2 - Áreas das Unidades de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba .. 9

Figura 3 - Mapa Distribuição das Classes de Uso e Cobertura do Solo da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 10

Figura 4 - Distribuição dos Domínios Hidrogeológicos ... 14

Figura 5 - Disponibilidade Hídrica por Unidade de Planejamento ... 16

Figura 6 - Diagnóstico da Situação Atual da Qualidade das Águas Superficiais ... 18

Figura 7 - Resultados do Balanço Hídrico da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 20

Figura 8 - Resultados do Balanço Hídrico Qualitativo da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba ... 21

(11)

LISTA DE SIGLAS

ADEMA – Administração Estadual do Meio Ambiente ANA – Agência Nacional de Águas

ASCOM – Assessoria de Comunicação, Marketing e Eventos ASPLAN – Assessoria de Planejamento

ASTEC – Assessoria Técnica BH – Bacia Hidrográfica

BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento BNB – Banco do Nordeste

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CBH – Comitê de Bacia Hidrográfica

CEHOP – Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas CEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente

CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos COERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos

COGEF – Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe COHIDRO – Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

CTe – Coliformes Termotolerantes

CTHIDRO – Fundo Setorial de Recursos Hídricos DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio

DESO – Companhia de Saneamento de Sergipe

EMDAGRO – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário FPM – Fundo de Participação dos Municípios

FUNASA – Fundação Nacional de Saúde

FUNERH – Fundo Estadual de Recursos Hídricos

GAPBH – Grupo de Acompanhamento do Plano da Bacia Hidrográfica GAT – Grupo de Acompanhamento Técnico

GS – Gabinete do Secretário

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano

ISMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de

Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis

MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MCidades – Ministério das Cidades

MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário MI – Ministério da Integração Nacional

MMA – Ministério do Meio Ambiente MME – Ministério de Minas e Energia MSaúde – Ministério da Saúde OD – Oxigênio Dissolvido

OGE – Ouvidoria Geral do Estado OGM – Ouvidoria Geral do Município

(12)

OGU – Orçamento Geral da União PBH – Plano de Bacia Hidrográfica

PCPR – Programa de Redução da Pobreza Rural PERH – Plano Estadual de Recursos Hídricos PIB – Produto Interno Bruto

PPA – Programa Plurianual

PRADS – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas PROJETEC - Projetos Técnicos LTDA

TECHNE – Engenheiros Consultores Ltda

PRONESE – Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe SAEE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto

SAF – Superintendência de Administração, Finanças e Gestão de Pessoas SBF – Superintendência de Áreas Protegidas, Biodiversidade e Florestas SEGERH – Secretaria Estadual de Gestão de Recursos Hídricos

SEMA – Secretaria do Meio Ambiente

SEMARH – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos SEPLAN – Secretaria de Estado do Planejamento de Sergipe

SQS – Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento Sustentável e Educação

Ambiental

SRH – Superintendência de Recursos Hídricos UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro UP – Unidade de Planejamento

(13)

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

1. INTRODUÇÃO

O Plano da Bacia Hidrográfica (PBH) do Rio Japaratuba, constitui num instrumento de planejamento de fundamental importância no gerenciamento dos recursos hídricos da bacia, pois permite a compreensão das suas especificidades e a busca de soluções conjuntas, sociedade e poder público, de modo consistente com as políticas econômicas e institucionais do estado.

Como os recursos hídricos são de importância vital às atividades humanas precisando ser preservados e controlados, pois são escassos, não se pode mais aceitar sua apropriação segundo a conveniência de qualquer pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, no momento, da forma e na quantidade que for desejada. Diante desse cenário, planejar os recursos hídricos é garantir sua disponibilidade, proteção, conservação e seu aproveitamento de forma racional, em benefício das gerações atuais e futuras, dentro de um desenvolvimento sustentado, esse é o objetivo do PBH do Rio Japaratuba.

O PBH tem ainda como propósito fundamental auxiliar na implementação da política estadual de recursos hídricos, complementado o PERH e auxiliar à tomada de decisões, pois regulamenta a apropriação e o uso da água, e permite a elaboração de programas orçamentários mais racionais em obras hidráulicas e em programas setoriais, como abastecimento humano urbano e rural, a irrigação racional e sustentável, o desenvolvimento industrial, aquicultura, etc.

O planejamento dos recursos hídricos na bacia impõe a análise de dois aspectos principais e interdependentes: a administração da oferta e a administração do uso da água. Para administrar a oferta, é necessário conhecer as potencialidades, as disponibilidades e as possibilidades de intervenção sobre o meio físico. Para administrar o uso da água, é preciso conhecer o estágio atual do desenvolvimento econômico e social, sua prospecção e a avaliação das demandas atuais e futuras. O Plano da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, foi elaborado a partir de dados secundários, abrangeu várias áreas do conhecimento e como elemento essencial,

(14)

avaliou a disponibilidade tanto superficial como subterrânea dos seus recursos hídricos por Unidades de Planejamento (UP).

No âmbito da gestão de recursos hídricos o PBH foca também aspectos legais e institucionais e a composição do órgão gestor, a SEMARH. Além de apresentar uma proposta de arranjo institucional e procedimentos para promover o Pacto Institucional para garantir a implantação do Plano.

Enfim o Plano proporciona uma orientação clara de ações em matéria de estudos, investigações, projetos e obras e essa construção se desenvolveu dentro de uma metodologia participativa que garantiu o controle social em todas as fases do processo de elaboração, com a participação efetiva dos membros do CBH do Rio Japaratuba.

O Resumo Executivo do PBH do Rio Japaratuba descreve ainda de forma mais sucinta os produtos que foram desenvolvidos nas três fases de elaboração do plano: Diagnóstico, Prognóstico e Proposição de Ações e se encontra estruturado em 13 capítulos:

O capítulo 1 trata dessa Introdução.

O capítulo 2 trata da Metodologia Participativa

O capítulo 3 trata da Proposta Metodológica de Enquadramento O capítulo 4 aborda o Diagnóstico da Bacia

O capítulo 5 aborda os Recursos Hídricos da Bacia

O capítulo 6 apresenta os Cenários e Prognósticos quanto as Disponibilidades, as Demandas e a Compatibilização entre Elas

O capítulo 7 apresenta o Programa de Investimentos nos Horizontes de Planejamento Considerados e Cronograma Físico-Financeiro

O capítulo 8 apresenta as Metas do Plano da Bacia Hidrográfica

O capítulo 9 apresenta as Ações necessárias para atendimento da Meta da Proposta Metodológica de Enquadramento de Corpos de Águas Superficiais;

(15)

O capítulo 10 apresenta as Diretrizes para Implementação dos Instrumentos de Gestão

O capítulo 11 apresenta a Implementação e Acompanhamento do Plano de Bacia Hidrográfica

O capítulo 12 apresenta o Arranjo Institucional para a Gestão dos Recursos Hídricos na Bacia

O capítulo 13 apresenta as Considerações Finais

O Anexo apresenta os Mapas Temáticos no formato A3

2. METODOLOGIA PARTICIPATIVA

A Política de Recursos Hídricos, na sua estruturação, define que as decisões sobre os recursos hídricos devam dar-se de forma participativa, incluindo acompanhamento na elaboração e aprovação dos Planos de Bacias pelos seus respectivos Comitês.

Os Planos de Bacias Hidrográficas, instrumentos de gestão dos recursos hídricos de longo prazo, previstos na Lei no. 9.433, de 1997, são instrumentos voltados para fundamentar e orientar a implementação da Política de Recursos Hídricos e o gerenciamento destes no âmbito das suas respectivas bacias hidrográficas.

Durante a fase Diagnóstica a participação incentivada extrapolou o âmbito das instituições membros do comitê da bacia tendo em vista que a metodologia de participação social optou pela entrevista e visitas a centenas de instituições, assim como a realização de consultas públicas para apreciação final do diagnóstico elaborado. Tal opção inicial tornou o processo de elaboração do plano mais conhecido e auxiliou na coleta de dados para orientar os diagnósticos.

Na etapa Prognóstica a opção da participação da sociedade se deu com a decisão de antecipar tais consultas para o seu início bem como transformá-las em oficinas técnicas que possibilitassem uma análise mais aprofundada sobre a visão que as instituições possuem sobre as bacias. As contribuições oferecidas – tanto pelas oficinas quanto pelo envio de respostas a um formulário enviado por meio eletrônico – permitiram orientar o cruzamento da visão que a bacia faz de si própria com os

(16)

dados coletados de forma a elaborar as possíveis visões de futuro para cada uma delas.

A partir das oficinas Diagnóstica e Prognóstica foi possível elencar um conjunto de possíveis objetivos a serem perseguidos pelo Plano da Bacia que, por sua vez, foi encaminhado às instituições envolvidas no processo, para serem criticados e também indicadas as ações já em curso, ou projetadas ou mesmo sugeridas para a sua consecução.

A compilação das Proposições e o cotejo dos objetivos propostos com os diversos planos em andamento no Estado de Sergipe foram sistematizadas e enviadas às instituições para subsidiar uma reflexão sobre quais as ações e programas necessários para complementar o que já está sendo realizado, o que se deu numa Consulta Pública nos moldes de uma oficina presencial com participação de membros do Comitê da Bacia Hidrográfica e instituições convidadas, voltada para a validação dos objetivos propostos e a sugestão de metas e ações.

Na construção do PBH do rio Japaratuba, foi desenvolvido um amplo processo de mobilização da sociedade, que contou com visitas às instituições públicas e entidades da sociedade civil, reuniões, encaminhamento de questionários para coleta de informações e posicionamentos, oficinas de trabalho e consultas públicas, que tiveram como objetivos identificar a visão atual, as perspectivas e proposições da população em relação ao futuro das respectivas bacias hidrográficas.

Conclui-se então que o processo de estimulo a participação da sociedade na elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, foi exitosa, pois em reunião extraordinária no dia 28/10/2015 no município de Capela/SE, foi aprovado pelo Comitê de Bacia.

3. PROPOSTA METODOLÓGICA DE ENQUADRAMENTO

A resolução CNRH 91/2008 define, em seu art. 3º, que uma proposta de enquadramento deverá ser desenvolvida em conformidade com o Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica em estudo, preferencialmente durante a sua elaboração, devendo conter os seguintes tópicos:

(17)

II - prognóstico;

III - propostas de metas relativas às alternativas de enquadramento; e IV - programa para efetivação.

O art. 8º da referida resolução estipula que as agências de água ou de bacia ou entidades delegatárias das suas funções, em articulação com os órgãos gestores de recursos hídricos e os órgãos de meio ambiente, elaborarão e encaminharão as propostas de alternativas de enquadramento aos respectivos comitês de bacia hidrográfica para discussão, aprovação e posterior encaminhamento, para deliberação, ao Conselho de Recursos Hídricos, competente.

Desta forma, considerando que não se pode reenquadrar o que não foi ainda enquadrado, o escopo previsto pelo Termo de Referência no que se refere ao item

Consolidação da Proposta de Reenquadramento, foi alterado como acordado em

reunião com os gestores, para o desenvolvimento de uma PROPOSTA

METODOLOGICA DE ENQUADRAMENTO PARA A BACIA DO RIO

JAPARATUBA, com a utilização dos dados de qualidade de água disponibilizados

pela SEMARH-SE.

Cabe ressaltar, ainda, que não foi realizada a modelagem da Bacia devido à carência das informações hidráulicas e hidrológicas necessárias.

A compilação, das informações geradas nas etapas do diagnóstico e do prognóstico do Plano de Bacia, foi de fundamental importância no sentido de subsidiar a elaboração das alternativas da Proposta Metodológica de Enquadramento, a referida metodologia está estruturada da seguinte forma:

Área de Estudo, apresentando a abrangência espacial e uma caracterização geral da bacia hidrográfica;

Identificação dos usos preponderantes e exigências de padrões de qualidade a serem atendidos para cada trecho do rio de análise. Em seguida, consolidasse a proposta na forma de mapa, por meio da escala de cores, de acordo com os cinco grupos de classes dispostos na legislação pertinente: especial; classe 1; classe 2; classe 3; e classe 4. Com a aplicação dos dados disponibilizados pela SEMARH.

(18)

Diagnóstico – síntese da qualidade das águas, realizado a partir do agrupamento das informações de campanhas efetuadas no período (2013 a 2014), disponibilizadas SEMARH/SE (laudos de análises de água) e avaliação das classes de enquadramento que são atendidas atualmente pelos cursos de água analisados, conforme a Resolução CONAMA 357/2005;

Proposta de ações necessárias para que sirva como base para um possível futuro enquadramento.

4. DIAGNÓSTICO DA BACIA 4.1 MEIO FÍSICO

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba, situa-se na região nordeste do estado de Sergipe, possui uma área de 1.674,24 km², equivalente a 7,65% do território estadual e abrange dezoito municípios, onde quatro estão totalmente inseridos: Capela, Carmópolis, Cumbe e General Maynard e parcialmente quatorze municípios: Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Divina Pastora, Feira Nova, Graccho Cardoso, Japaratuba, Maruim, Malhada dos Bois, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Pirambu, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas e Siriri, como é possível observar na Figura 1.

O curso d’água principal é o rio Japaratuba com uma extensão de 113,21 km, que tem sua nascente na Serra da Boa Vista na divisa entre os municípios de Feira Nova e Graccho Cardoso e deságua no Oceano Atlântico, no município de Pirambu.

A Bacia é constituída pelo rio que lhe empresta o nome e tem, como principais afluentes, os rios Japaratuba Mirim, Lagartixo, Siriri, Cancelo e Riacho do Prata. Na nascente, por sofrer influência do clima semiárido, o rio é intermitente, a medida que avança em direção ao litoral, forma uma planície aluvial muito larga, onde se desenvolve o cultivo da cana-de-açúcar (SERGIPE, 2013).

(19)

Figura 1 - Municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

Fonte: Atlas SEMARH 2012 - Elaborado por COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos.

Segundo o IBGE 2010, a população inserida na Bacia é de 119.777 habitantes sendo a urbana com 78.549 habitantes e a rural com 41.228 habitantes, equivalente a 5,79% do total do estado (2.068.017 hab), como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 - População Inserida na Bacia.

Municípios Área Total Inserida na Bacia (km²) Área Urbana Inserida na Bacia (km²) Área Rural Inserida na Bacia (km²) População Total Inserida na bacia (hab) População Urbana Inserida na bacia (hab) População Rural Inserida na bacia (hab) Aquidabã 109,62 - 109,62 2.651 - 2.651 Barra dos Coqueiros 6,43 - 6,43 288 - 288 Capela 435,15 1,68 433,47 30.769 19.752 11.017 Carmópolis 45,74 1,64 44,10 13.500 10.701 2.799 Cumbe 128,73 0,35 128,38 3.813 2.271 1.542 Divina Pastora 18,54 - 18,54 453 - 453 Feira Nova 33,90 0,34 33,56 2.246 1.936 310 General Maynard 19,88 0,56 19,32 2.914 1.843 1.071 Graccho Cardoso 89,55 0,42 89,13 3.454 2.365 1.089 Japaratuba 249,36 0,73 248,63 13.640 7.516 6.124 Malhada do Bois 0,31 - 0,31 9 - 9

(20)

Municípios Área Total Inserida na Bacia (km²) Área Urbana Inserida na Bacia (km²) Área Rural Inserida na Bacia (km²) População Total Inserida na bacia (hab) População Urbana Inserida na bacia (hab) População Rural Inserida na bacia (hab) Maruim 16,48 - 16,48 743 - 743 Muribeca 54,03 0,25 53,73 5.944 3.288 2.656

Nossa Sra. das

Dores 119,36 4,14 115,22 17.756 15.649 2.107

Pirambu 28,90 0,75 28,15 4.091 3.538 553

Rosário do Catete 101,14 0,65 100,49 9.212 6.509 2.703

Santo A. das Brotas 71,79 - 71,79 976 - 976

Siriri 145,32 0,42 144,90 7.318 3.181 4.137 Total 1.674,24 11,93 1.662,31 119.777 78.549 41.224 Fonte: Atlas SEMARH 2012 e IBGE 2010.

Unidades de Planejamento

A Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, possui quatro Unidades de Planejamento (UP), a saber: Alto Japaratuba, Baixo Japaratuba, Siriri e Japaratuba Mirim, Tabela 2 e Figura 2.

Tabela 2 - Áreas das Unidades de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

ID Unidade de Planejamento Área (km²)

1 Alto Japaratuba 573,70

2 Baixo Japaratuba 344,91

3 Siriri 433,85

4 Japaratuba Mirim 321,78

Total 1.674,24

(21)

Figura 2 - Áreas das Unidades de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

Fonte: Atlas SEMARH 2012 - Elaborado por COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos.

Geologia

Para a caracterização geológica da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, optou-se por uma organização segundo os domínios tectônicos da Província Borborema que estão presentes na área da bacia - São elas: Bacia de Margem Passiva Fane tozóica, Plutonismo Granítico Brasiliano e Faixas Brasilianas.

Características Atuais do Uso e Ocupação do Solo

Na realização da classificação do uso e ocupação do solo Tabela 3 e Figura 3, foram identificadas as seguintes classes: Terra Estéril; Terras Alagáveis; Pastos de Arbustos; Terra Agrícola/cana-de-açúcar; Terra agrícola/ outras culturas; Solo Construído; Corpos D'água; Florestas; Nuvens e Pastos de gramíneas.

Tabela 3 - Classes de Uso e Ocupação do Solo da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

ID Classes Área (ha) %

1 Terra estéril 759.43 0.45%

2 Terras Alagáveis 13803.11 8.24%

(22)

ID 4 Terra 5 Terra 6 Solo Construído 7 Corpos d'água 8 Florestas 9 Nuvens 10 Pasto de gramíneas

Fonte: EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS/SE (2013)

Figura 3 - Mapa Distribuição das Classes de Uso e Cobertura do Solo da B

Fonte: Atlas SEMARH 2012

Áreas de Preservação Legal

No Quadro 1 estão listadas e georreferenciadas as Unidades de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, ao todo são reconhecidas 03 UC’s, sendo 2 Remanescente de Mata Atlântica, 1 Área de Preservação Ambiental Estadual (APA), cujas características são apresentadas de forma resumida

Classes Área (ha)

Terra agrícola/cana-de-açúcar 16880.52 10.08%

Terra agrícola/outras culturas 20906.49 12.49%

Solo Construído 1758.47 1.05% Corpos d'água 144.81 0.09% Florestas 18584.94 11.10% Nuvens 325.90 0.19% Pasto de gramíneas 85327.08 50.96% Total 167424.00 100.00%

Fonte: EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS/SE (2013) pa Distribuição das Classes de Uso e Cobertura do Solo da Bacia

Japaratuba

Fonte: Atlas SEMARH 2012 - Elaborado por COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos

Áreas de Preservação Legal

estão listadas e georreferenciadas as Unidades de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, ao todo são reconhecidas 03 UC’s, sendo 2 Remanescente de Mata Atlântica, 1 Área de Preservação Ambiental Estadual (APA),

o apresentadas de forma resumida.

% 10.08% 12.49% 1.05% 0.09% 11.10% 0.19% 50.96% 100.00% Fonte: EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS/SE (2013)

acia Hidrográfica do Rio

Consultoria, estudos e projetos.

estão listadas e georreferenciadas as Unidades de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, ao todo são reconhecidas 03 UC’s, sendo 2 Remanescente de Mata Atlântica, 1 Área de Preservação Ambiental Estadual (APA),

(23)

Quadro 1 - Unidades de Conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

Nome Tipo Decreto Área (ha) Bioma UP Município

Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco Proteção Integral Decreto nº 24.944 894,90 Mata Atlântica Baixo Japaratuba Capela

APA Litoral Norte Sustentável Uso Decreto nº 22.995 2580,77 Atlântica Mata Japaratuba Baixo

Pirambu, Japoatã, Pacatuba, Ilha das Flores

e Brejo Grande Reserva Biológica de Santa Isabel Proteção Integral Decreto nº 96.999 25,98 Mata Atlântica Baixo

Japaratuba Pirambu e Pacatuba Fonte: SEMARH/SRH (2012)

4.2 CARACTERIZAÇÃO BIÓTICA

Biomas e Ecossistemas Associados

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba está localizada na região do semiárido, atravessa o agreste, a Mata Atlântica e deságua no Oceano Atlântico, estando o seu curso inferior em ecossistemas associadas à Mata Atlântica, como as restingas, dunas, manguezais, apicuns e praias.

Fauna de Vertebrados

Os estudos na construção do Plano, identificaram os seguintes resultados sobre a

fauna da BH do rio Japaratuba:

ICTIOFAUNA: 26 espécies de peixes de água doce, distribuídas em 15 famílias e

136 espécies de peixes estuarinos, distribuídos em 50 famílias.

VERTEBRADOS TERRESTRES (Herpetofauna que identificaram 20 espécies de anfíbios, distribuídos em 7 famílias e 26 espécies de répteis, distribuídos em 14 famílias, Avifauna foram identificadas 205 espécies, distribuídas em 56 famílias, e

Mastofauna identificadas 19 espécies de mamíferos, distribuídas em 15 famílias). 4.3 CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO SOCIOECONÔMICO-CULTURAL

Aspectos Demográficos

SÍNTESE DOS INDICADORES SOCIAIS:

Municípios com Maiores Taxas de Urbanização UP Siriri: Nossa Senhora das Dores, com 93,86%. UP Alto Japaratuba: Feira Nova com 86,18%.

UP Baixo Japaratuba: General Maynard com 86,83%. UP Japaratuba Mirim: Muribeca com 55,32%.

(24)

Municípios com Maiores Densidades Demográficas

UP Baixo Japaratuba: General Maynard, com 378,34 hab/km². UP Siriri: Nossa Senhora das Dores, com 278,43 hab/km². UP Japaratuba Mirim: Muribeca, com 110 hab/km².

UP Alto Japaratuba: Capela, com 90,29 hab/km².

Municípios com Maiores Taxas de Crescimento Populacional UP Alto Japaratuba: Feira Nova com 73,13%.

UP Japaratuba Mirim: Japaratuba, com 59,23%. UP Baixo Japaratuba: Carmópolis, com 204,20%. UP Siriri: Rosário do Catete, com 137,25%.

Aspectos Econômicos

A Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba possui um grande potencial econômico por abranger municípios detentores de campos petrolíferos e complexos minério-químico, grandes propriedades de produção agrícola, área de pastagem e desenvolvidas regiões comerciais e recentemente ganhou grande importância é o segmento da Construção Civil.

O setor de comércio e serviços também merece destaque na economia da Bacia, por ser uma fonte geradora de emprego e renda. Um outro importante indicador de desenvolvimento de uma região é o PIB. No Estado de Sergipe de acordo com IBGE 2010 era da ordem de R$23.932.155 mil. O da Bacia é da ordem de R$1.765.508

mil que corresponde a 7% do estado. E o PIB da UP do Baixo Japaratuba

corresponde ao maior PIB da Bacia R$658.878mil e a 37% do PIB da Bacia.

Comunidades Presentes

No estudo encontramos remanescente das comunidades quilombolas e pescadores. Foram identificadas onze comunidades quilombolas localizadas na Bacia do Rio Japaratuba, porém apenas seis foram certificadas pela Fundação Palmares como remanescentes quilombolas. Vide Quadro 2.

Quadro 2 - Comunidades Quilombolas da Bacia do Rio Japaratuba.

Município Comunidade Certificação

(25)

Município Comunidade Certificação

Barra dos Coqueiros Pontal da Barra Maio de 2006

Massombro

Cumbe Povoado Forte Janeiro de 2006

Capela

Canta Galo Novembro de 2011

Fazenda Pirangi Dezembro de 2006

Terra Dura e Coqueiral Fevereiro de 2006

Cafumba

Japaratuba Patioba Maio de 2006

Pirambu Alagamar

Maribondo

Fonte: Fundação Palmares e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

As comunidades de pescadores da região da Bacia do Rio Japaratuba foram formadas ao longo do tempo através da fixação das famílias na beira do Rio Japaratuba, nos diversos municípios pertencentes à bacia.

Agentes Sociais e de Conservação do Meio Ambiente na Bacia

Os Agentes Sociais e de Conservação do Meio Ambiente que podem ser encontrados na bacia atuam diretamente na organização dos povoados e bairros, na defesa dos interesses das suas comunidades e na busca de melhor utilização do meio ambiente, sendo estes agentes de instituições locais, regionais e estaduais.

Algumas dessas instituições integram o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, e contribuem com as atividades da mesma na tentativa de amenizar os problemas ocorridos na região da Bacia. Além das instituições que se dedicam a conservação do meio ambiente, devemos também destacar as instituições que atuam mais no âmbito social, como as que estão relacionadas como o desenvolvimento rural, educação popular e o fortalecimento e articulação dos agricultores locais.

Aspectos de Assistência à Saúde nos Municípios da Bacia

O sistema de saúde dos municípios que compõem a Bacia do Rio Japaratuba, tem um alto índice de doenças vinculadas aos recursos hídricos nos municípios de Divina Pastora (20,7%) e Aquidabã (18,6%), o que sugere deficiência do sistema de saneamento básico e da qualidade de água consumida. No restante dos municípios

(26)

da bacia esses índices foram bem menores, variando entre 2,8% a 9%.

Sistema Educacional nos Municípios da Bacia

O Sistema Educacional presente nos municípios da Bacia do Rio Japaratuba, ainda é precário considerando-se que de uma população total de 216.537 habitantes em 2009, encontramos apenas 51.230 matriculados em 262 escolas de ensino fundamental e 29 escolas de ensino médio. Em 2012 a situação é ainda mais precária, pois o número de alunos matriculados diminuiu para 49.832, bem como os estabelecimentos de ensino, sendo 258 escolas de ensino fundamental e 29 escolas de ensino médio. Nessa região, segundo dados do IBGE, até o ano de 2012 não existia cadastrada nenhuma instituição de ensino superior.

5. RECURSOS HÍDRICOS 5.1 DISPONIBILIDADES ATUAIS

Disponibilidades Hídricas Quantitativas – Águas Subterrâneas

Os sistemas aquíferos Figura 4 foram individualizados com base em tipos de porosidade, parâmetros dimensionais e potenciais, os quais estão distribuídos por diferentes compartimentos geotectônicos da bacia.

Figura 4 - Distribuição dos Domínios Hidrogeológicos

(27)

De forma a sintetizar os resultados obtidos, o Domínio Poroso inclui o Sistema Aquífero Intergranular e o sistema Aquífero Fraturado. Por sua vez, o Intergranular compreende o Sistema Aquífero Intergranular 1, 2 e 3. E o Fraturado compreende o Sistema Aquífero Fissural 1, 2 e 3.

Avaliação das Reservas e Disponibilidades

A análise das reservas de águas subterrâneas explotáveis disponíveis na Bacia, após garantir o atendimento das demandas já estabelecidas e os 30% de reserva sustentável, mostra que as UP’s da BH Japaratuba apresentam valores de reserva abaixo de 1,00m³/s, exceto a UP Siriri com vazão de 1,22m³/s.

A UP do Alto Japaratuba apresenta o menor valor de reserva de águas subterrâneas, com vazão explotável de 0,37m³/s.

Disponibilidades Hídricas Quantitativas – Águas Superficiais

De modo geral, para fins de gestão de recursos hídricos, as disponibilidades hídricas superficiais são estimadas através de vazões mínimas de referência, representadas pelas Q90 e Q95 (vazões de permanência em uma percentagem do tempo) ou da

Q7,10 (vazão mínima durante 7 dias consecutivos em um período de 10 anos). Sendo

estes os valores utilizados para avaliar pleitos de outorga e até mesmo critérios de descargas ecológicas. No estado de Sergipe a vazão considerada é a Q90.

Com base no resultado do cálculo das vazões mínimas (Q90) dos postos

fluviométricos, de posse das áreas das sub-bacias hidrográficas e com o conhecimento de seu regime pluviométrico, foi desenvolvido um algoritmo para cálculo da vazão específica da sub-bacia em estudo.

Com o desenvolvimento e aplicação do algoritmo torna-se possível determinar a disponibilidade hídrica em toda a bacia, cujos resultados são apresentados espacializados na Figura 5.

(28)

Figura 5 - Disponibilidade Hídrica por Unidade de Planejamento

Fonte: Atlas SEMARH 2012 - COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos.

A análise da situação geral dos Recursos Hídricos, no aspecto quantitativo, com apoio dos estudos de reservas de águas subterrâneas e nos resultados de vazões remanescentes de águas superficiais, obtidos com o processamento do Balanço Hídrico, indica que as águas superficiais são responsáveis por 30% da Disponibilidade Hídrica da Bacia, com vazão remanescente de 1,38m³/s, enquanto que as reservas de águas subterrâneas explotáveis totalizam vazão de 3,17m³/s, equivalente a 70% da Disponibilidade.

A Tabela 4 apresenta um resumo das Disponibilidades Hídricas, por UP, com valores de vazões remanescentes de águas superficiais, reservas de águas subterrâneas explotáveis e totais de Disponibilidade Hídrica por UP e na Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba como um todo.

(29)

Tabela 4 – Disponibilidade Hídrica por Unidade de Planejamento

UNIDADE DE PLANEJAMENTO (UP) DISPONIBILIDADE HÍDRICA (m³/s)

ÁGUAS SUPERFICIAIS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS TOTAL

Alto Japaratuba 0,14 0,37 0,51

Baixo Japaratuba 0,97 0,80 1,77

Japaratuba Mirim 0,44 0,78 1,22

Siriri 0,41 1,22 1,63

TOTAL (*¹) 1,38 3,17 (*²) 4,55

(*¹) Vazão remanescente de águas superficiais.

(*²) Somatório de vazão remanescente com total de reserva de águas subterrâneas explotáveis.

Fonte: Elaboração COHIDRO - Consultoria, estudos e projetos

5.2 QUALIDADE DE ÁGUA

O presente estudo da qualidade das águas da Bacia do Rio Japaratuba engloba três pontos geográficos de monitoramento, sendo um localizado no rio Japaratuba e dois no rio Siriri. As amostras de água Quadro 3 foram coletadas no período de 2010 a 2013 nos respectivos pontos conforme metodologia definida em normas específicas.

Quadro 3 - Localização e Coordenadas dos Pontos de Monitoramento das Amostras de Água Pontos de

Monitorame nto

Rio Local da Coleta

Coordenadas

X Y

Ponto 1 Japaratuba Localizado a jusante da sede municipal

de Japaratuba 723225 8828771

Ponto 3 Siriri Localizado a jusante da sede municipal

de Ros. do Catete 715685 8817265

Ponto 4 Siriri Localizado na sede municipal General

Maynard 720167 8817265

Fonte: Elaboração COHIDRO - Consultoria, estudos e projetos

Tabela 5 - Parâmetros e Identificação do Atendimento das Classes 1, 2, 3 e 4 da Bacia do Rio

Japaratuba, conforme resolução CONAMA Nº 357/2005.

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4

Não atende às classes 1,2 e 3

Fonte:Elaboração COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos (2014)

A Figura 6 apresenta o mapeamento do diagnóstico da qualidade das águas da área de estudo, considerando-se as classes de enquadramento atendidas

Bacia Japaratuba - Ano 2013

Parâmetro Rio Japaratuba Rio Siriri

Ponto 1 Ponto 3 Ponto 4

OD (mg/LO2) 7,9 5,43 4,78

DBO (mg/L O2) 3,09 3,2 7,3

(30)

atualmente pelos principais contribuintes da calha do rio principal da bacia, em relação aos parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos (coliformes termotolerantes) supracitados.

Figura 6 - Diagnóstico da Situação Atual da Qualidade das Águas Superficiais

Fonte: Atlas SEMARH 2012 – Adaptado pela COHIDRO – Consultoria, estudos e projetos

5.3 DEMANDAS ATUAIS

A Tabela 6 apresenta um resumo das demandas hídricas superficiais, atendidas pelos corpos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, caracterizando o total de demanda por Unidade de Planejamento, por tipo de uso e, finalmente, o total da demanda hídrica atendida pela Bacia.

Tabela 6 - Resumo de Demandas Hídricas Atendidas pela BH do Rio Japaratuba (m³/s) Unidade de Planejamento Abastecimento Humano (m3/s) Irrigação (m3/s) Pecuária (m3/s) Indústria (m3/s) Total (m3/s)

Urbano Rural Total

Alto Rio Japaratuba - 0,008435 0,008435 0,083333 0,041537 - 0,133305

Rio Japaratuba

Mirim 0,00825 0,005847 0,014097 - 0,007748 0,008333

0,030178 Rio Siriri 0,07353 0,010914 0,084444 0,099999 0,013093 0,074458 0,271994

(31)

Unidade de Planejamento Abastecimento Humano (m3/s) Irrigação (m3/s) Pecuária (m3/s) Indústria (m3/s) Total (m3/s)

Urbano Rural Total

Baixo Rio

Japaratuba 0,06278 0,009849 0,072629 - 0,009543 - 0,082172

Total 0,14456 0,035045 0,179605 0,183332 0,071921 0,082791 0,517649

Fonte: Diversas - COHIDRO - Consultoria, estudos e projetos

5.4 BALANÇO HÍDRICO

Balanço Quantitativo

Os resultados do Balanço Hídrico da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba são apresentados na Figura 7, onde mostram que após o uso das águas para atendimento a parte das demandas hídricas para atendimento aos usos estabelecidos na bacia, a sub-bacia do rio Japaratuba-Mirim apresenta uma vazão remanescente em sua foz na ordem de 0,44 m3/s, a BH do rio Siriri vazão remanescente de 0,41 m3/s, enquanto que a bacia do Japaratuba a montante da foz do Japaratuba-Mirim tem o valor de 0,52 m3/s.

O Balanço Hídrico, além de apresentar as vazões remanescentes em diversos trechos de rio, destaca as regiões que sofrem pressão hídrica nas condições atuais, mostrando que a Unidade de Planejamento Alto Japaratuba apresenta diversos corpos hídricos já sem condições de suporte as demandas ali estabelecidas, principalmente para abastecimento humano da população rural e para dessedentação animal.

É importante destacar também que o balanço identificou, ainda na UP Alto Japaratuba, pressão sobre os recursos hídricos no rio da Aldeia, advinda para captação para uso da água em irrigação, assim como no rio da Prata, na UP Japaratuba-Mirim para abastecimento humano urbano, mostrando a necessidade do controle do uso da água e do uso de uma ferramenta que possibilite o conhecimento da disponibilidade hídrica superficial em toda a bacia, como apoio as ações de Gestão de Recursos Hídricos do Estado.

O Balanço Hídrico desenvolvido ao longo do Plano de Bacia, visa dotar a SEMARH de ferramenta que permite a tomada de decisões calcadas em um sistema que

(32)

disponibiliza o conhecimento dos Recursos Hídricos disponíveis em face aos valores demandados Quadro 4.

Quadro 4 - Recursos Hídricos disponíveis de acordo com a vazão considerada Q90 (m3/s)

CÓDIGO ESTAÇÃO RIO ENTIDADE Q90 (m3/s)

13-FDQ 50040000 JAPARATUBA RIO JAPARATUBA ANA 0,331

14-FDQ 50043000 FAZENDA

CAJUEIRO

RIO JAPARATUBA –

MIRIM ANA 0,3

16-FDQ 50047000 ROSÁRIO DA

CATETE RIO SIRIRI ANA 0,322

17-FD 50042000 FAZENDA PÃO DE

AÇÚCAR

RIO JAPARATUBA –

MIRIM ANA 0,047

F07-FDQ 50042500 PONTE SE-102 RIO JAPARATUBA SEMARH-SE 0,029

F08-FDQ 50043500 CAP-DESO – N.S.DORES (FZ.FAUSTINA) RIACHO SANGRADOURO SEMARH-SE 0,12 F09-FDQ 50042800 CAP.AGRO.IND.C

AMPO LINDO RIACHO DA ALDEIA SEMARH-SE 0,007

F10-FDQ 50043400 CAP.SAAE. –

CAPELA RIO LAGARTIXO SEMARH-SE 0,057

Fonte: COHIDRO - Consultoria, estudos e projetos

Figura 7 - Resultados do Balanço Hídrico da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

(33)

Balanço Qualitativo

Com o processamento do algoritmo do “Balanço Hídrico Quantitativo” e de posse dos cálculos das vazões necessárias para diluição de cargas de esgoto, o “Balanço Qualitativo” identifica os locais com disponibilidade hídrica insuficiente para atender a diluição destas cargas.

A Figura 8 e 9, apresenta os resultados de balanço, identificando através da legenda do IDQ os locais com maior dificuldade em processar a diluição de lançamentos, por falta de disponibilidade hídrica adequada para tal.

Figura 8 - Índice de Qualidade das Águas (IDQ)

Figura 9 - Resultados do Balanço Hídrico Qualitativo da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba

(34)

6. CENÁRIOS E PROGNÓSTICOS QUANTO ÀS DISPONIBILIDADES, ÀS DEMANDAS E A COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE ELAS

Os Cenários são ferramentas de planejamento utilizadas para aglutinar racionalidades existentes dando coerência a uma série de elementos difusos e procurando extrair deles orientações norteadoras de ações futuras. Diante disso, o intuito deste capítulo é apresentar a base metodológica que norteou a identificação dos principais processos e variáveis que condicionam os cenários das disponibilidades e demandas para a Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba.

6.1 CENÁRIOS E TENDÊNCIAS

Cenário Tendencial/Factível

O Cenário Tendencial/Factível é caracterizado pela continuidade da situação atual, ou seja, sem grandes alterações da situação atual e da tendência de médio e longo prazo. Portanto, espera-se a manutenção dos fatores que determinam as condições atuais.

Este cenário é fruto da vontade coletiva, expressa pela representatividade da Bacia Hidrográfica. É baseado nos resultados da compatibilização das disponibilidades com as demandas hídricas, após ajustes e refinamentos ditados por critérios de viabilidade técnica e de aceitação política. No caso da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba, o comportamento desse cenário, construído socialmente, está descrito como se segue.

Dados esses aspectos, apresenta-se, a seguir, a Tabela 7.

(35)

Cenário Otimista

A seguir, a Tabela 8. Trata-se de prospecções do cenário otimista dos principais processos e variáveis que condicionam os cenários dos recursos hídricos em horizonte temporal de curto, médio e longo prazo, ou seja, 2018, 2023, 2028 e 2033.

Tabela 8 - Projeções das Variáveis de Futuro para o Cenário Otimista.

Cenário Pessimista

A seguir, a Tabela 9. Trata-se de prospecções do cenário pessimista dos principais processos e variáveis que condicionam os cenários dos recursos hídricos em horizonte temporal de curto, médio e longo prazo, ou seja, 2018, 2023, 2028 e 2033.

(36)

7. PROGRAMA DE INVESTIMENTOS NOS HORIZONTES DE PLANEJAMENTO CONSIDERADOS E CRONOGRAMA FÍSICO -FINANCEIRO

A melhoria na gestão dos recursos hídricos está relacionada as componentes vislumbradas através das ações de desenvolvimento da estrutura do plano. Para tanto, todas essas ações descritas nas etapas anteriores para melhoria da gestão, foram agrupadas em quatro eixos principais:

Infraestrutura Hídrica; Saneamento Básico; Hidroambiental;

Fortalecimento Institucional.

Para cada um desses eixos foram criados os programas de ação e seus subprogramas, visando o detalhamento das principais iniciativas a serem implementadas no plano, conforme apresentado na Tabela 10.

Os programas propostos foram agrupados de acordo com a necessidade de cada região, em função de suas especificidades e com o intuito de evidenciar as ações, e os setores onde o governo estadual deve priorizar.

Assim, os referidos programas propostos devem propiciar o fortalecimento das instituições envolvidas, indistintamente, a toda região, ressaltando as diferenças atuais de seus níveis de gestão que tenderão a diminuir progressivamente.

Portanto, o Plano propõe Programas que visem ao desenvolvimento e a consolidação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, através da implementação do PERH e de outros programas estruturantes, da dinamização dos sistemas de outorga e cobrança, do fortalecimento dos comitês de bacias, e da estrutura organizacional do Estado, além da implementação do sistema de informação e ampliação e modernização das redes de monitoramento. Prioriza a articulação entre as instâncias governamentais com vistas à governança dos recursos hídricos.

(37)

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

Tabela 10 – Programa de Investimentos e Cronograma Físico Financeiro.

PROGRAMA SUBPROGRAMA PRAZO DE

EXECUÇÃO FONTES

ESTIMATIVA DE CUSTOS (R$)

ESTIMATIVA DE PRAZO

CURTO MÉDIO LONGO

2015-2020 2021-2025 2026-2035 IN F R A E S T R U T U R A AMPLIAÇÃO E MELHORIA DA REDE DE MONITORAMENTO QUALIQUANTITATIVA MODERNIZAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE QUALIDADE

3 anos FUNERH, OGE e Instituições Parceiras 500.892,30 R$ 500.892,30 - - MODERNIZAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO DA REDE HIDROMÉTRICA 3 anos

FUNERH, OGE -PPA/Programa Águas de Sergipe, MI, ANA e Recursos de instituições

parceiras 962.000,00 R$ 962.000,00 - - S A N E A M E N T O B Á S IC O APOIO A ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNCIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO

- 1 ano MCidades, FUNASA, MI, OGE e OGM,

FUNERH e convênios e parcerias. 2.030.000,00

R$

2.030.000,00 - -

ADEQUAÇÃO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS

- 5 anos OGE E OGM, tributos estadual e municipal -

IPTU, ISSQN, ITBI, repasse do ISMS, FPM 46.921.812,00

R$ 26.921.812,00 R$ 15.000.000,00 R$ 5.000.000,00 AMPLIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO

MEIO URBANO 20 anos

OGE e DESO, PAC, BNDES, FUNASA, Caixa Econômica Federal, MCidades, Programas de

Empréstimos Internacionais 31.945.932,00 R$ 21.945.932,00 R$ 8.000.000,00 R$ 2.000.000,00 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÀS POPULAÇÕES DIFUSAS DO MEIO RURAL 10 anos

MI, MCidades, Msaúde-FUNASA, BNDES, Caixa Econômica Federal, OGE e Programas

de Empréstimo Internacional

6.691.590,00 R$ 4.000.000,00

R$

2.691.590,00 -

REDUÇÃO DAS PERDAS NO SISTEMA DE ABASTCIMENTO

DE ÁGUA

20 anos Orçamento DESO

5.000.000,00 R$ 3.000.000,00 R$ 2.000.000,00 - ESGOTAMENTO SANITÁRIO (GERAÇÃO, COLETA E TRATAMENTO DE EFLUENTES) 10 anos

MI, MCidades, MSaúde/FUNASA, BNDES, Caixa Econômica Federal, OGEstado e Programas de Empréstimo Internacional

401.500.000,00 R$ 201.500.000,00 R$ 200.000.000,00 - H ID R O A M B IE N T A L AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HIDROLÓGICO - 4 anos

FUNERH, OGE – PPA/Programa Águas de Sergipe, MI, ANA e Recursos de Instituições

Parceiras 625.000,00 R$ 625.000,00 - - APROVEITAMENTO DE

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - 2anos

MI, MMA, MME, MCidades, MSaúde, BNDES, Caixa Econômica Federal, FUNERH-SE,

Programa de Empréstimo Internacional (Programa Águas de Sergipe) CTHIDRO.

2.925.000,00 R$ 2.925.000,00 - -

CONTROLE E REDUÇÃO DO

USO DE AGROTÓXICO - Contínuo

MAPA, MDA, MMA, MSaúde, OGE, OGM, BNB e outros. 300.000,00 R$ 300.000,00 A DEFINIR A DEFINIR PLANO DE AVALIAÇÃO, RECUPERAÇÃO E MONITORAMENTO DE ÁREAS ESTRATÉGICAS PARA A CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

- FUNERH, OGE - PPA e OGM, PRADS,

Recursos de instituições aderentes ao Plano 6.100.000,00

R$ 1.600.000,00 R$ 1.500.000,00 R$ 3.000.000,00 ESTÍMULO ÀS BOAS

PRÁTICAS NO USO DA PRODUTOR DE ÁGUAS Contínuo

FUNERH, Iniciativa Privada e Futuros

recursos da cobrança pelo uso da água 600.000,00

R$

(38)

PROGRAMA SUBPROGRAMA PRAZO DE

EXECUÇÃO FONTES

ESTIMATIVA DE CUSTOS (R$)

ESTIMATIVA DE PRAZO

CURTO MÉDIO LONGO

2015-2020 2021-2025 2026-2035

ÁGUA CERTIFICAÇÃO DE BOAS

PRÁTICAS Contínuo

FUNERH, Iniciativa Privada e Futuros

recursos da cobrança pelo uso da água 80.000,00

R$

80.000,00 A DEFINIR A DEFINIR

INCENTIVO AO REUSO Contínuo FUNERH, OGE-PPA e Recursos da Iniciativa Privada 2.300.000,00 R$ 2.300.000,00 A DEFINIR A DEFINIR IN S T IT U C IO N A L EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO SOBRE RECURSOS HÍDRICOS PLANO DE COMUNICAÇÃO

SOBRE RECURSOS HÍDRICOS Contínuo

FUNERH e OGE e OGM e Recursos oriundos de contribuições privadas 3.300.000,00 R$ 1.050.000,00 R$ 750.000,00 R$ 1.500.000,00 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM AGENTES SOCIAIS E DE CONSERVAÇÃO

DO MEIO AMBIENTE

Contínuo FUNERH, OGE-PPA e OGM e Iniciativa Privada 6.090.000,00 R$ 1.590.000,00 R$ 1.500.000,00 R$ 3.000.000,00 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO PARA USUÁRIOS DE RECURSOS HÍDRICOS

Contínuo FUNERH, OGE-PPA e OGM e Iniciativa Privada 5.400.000,00 R$ 1.350.000,00 R$ 1.350.000,00 R$ 2.700.000,00 FORTALECIMENTO DA FISCALIZAÇÃO HIDROAMBIENTAL SISTEMA INTEGRADO DE FISCALIZAÇÃO HIDROAMBIENTAL

Contínuo OGE, OGU e OGM 400.000,00 R$

400.000,00 A DEFINIR A DEFINIR

FORTALECIMENTO DOS ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO

AMBIENTE

Contínuo OGE e OGM

1.300.000,00

R$

1.300.000,00 A DEFINIR A DEFINIR FORTALECIMENTO

INSTITUCIONAL DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E EXECUÇÃO DO

SEGERH-SE

Linha de Ação 1: 2 anos

Acordo de empréstimo BIRD, PROGRAMA ÁGUAS DE SERGIPE 1.300.000,00 R$ 5.300.000,00 - - FORTALECIMENTO DOS ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO

AMBIENTE

Linha de Ação 2:

3 anos OGE e OGM

4.000.000,00 R$ 1.300.000,00 A DEFINIR A DEFINIR APERFEIÇOAMENTO DO SEGERH DESENVOLVIMENTO DE RECUROS HUMANOS PARA

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Contínuo

Programa Águas de Sergipe (BIRD), PROGESTÃO (ANA), FUNERH, CTHIDRO, SEMARH e órgãos e entidades que integram

o SEGERH-SE

350.000,00 R$

350.000,00 A DEFINIR A DEFINIR

COMUNICAÇÃO INTERNA NO

SEGERH-SE Contínuo

Programa Águas de Sergipe (BIRD), PROGESTÃO (ANA), FUNERH, CTHIDRO, SEMARH e órgãos e entidades que integram

o SEGERH-SE 6.080.000,00 R$ 1.580.000,00 R$ 1.500.000,00 R$ 3.000.000,00 FORTALECIMENTO DOS ORGANISMOS COLEGIADOS DO SEGERH

Contínuo SEMARH, FUNERH, Programa Águas de

Sergipe, PROGESTÃO(ANA) 1.450.000,00 R$ 450.000,00 R$ 450.000,00 R$ 550.000,00 TOTAL R$ 535.227.226,30 R$ 279.735.636,30 R$ 234.741.590,00 R$ 20.750.000,00

(39)

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

8. METAS DO PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS POR BACIA

Metas são tarefas específicas para alcançar os objetivos, para o PBH do rio Japaratuba as metas propostas são apresentadas de forma clara e sucinta e se pautam pelo foco no seu alcance, sem perder de vista as características típicas da gestão pública, aos recursos disponíveis, à ação política, à transparência, à participação e à observância da legislação identificando potencialidades de restrições e conflitos e principalmente de serem exequíveis.

O horizonte de planejamento escolhido foi o de curto (2015-2020), médio (2021-2025) e longo (2026- 2035) prazos. Observa-se que quando o atendimento das metas propostas deverá desencadear automaticamente uma revisão da linha de ação, reprogramando as ações e estabelecendo metas subsequentes sempre convergindo para o atendimento da meta geral.

Considerando os objetivos finalísticos que definiram as metas do plano para os programas e seus subprogramas propostos, apresentamos no Quadro 5, uma síntese das metas resultantes.

(40)

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS – SRH

Quadro 5 - Metas do Plano de Recursos Hídricos

PROGRAMAS SUBPROGRAMAS METAS

IN F R A E S T R U T U R A AMPLIAÇÃO DA REDE DE MONITORAMENTO QUALI-QUANTITATIVA: UMA DAS AÇÕES PARA ATENDER AS

METAS DE ENQUADRAMENTO AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDIMENTO DA META DE ENQUADRAMENTO

• Fortalecer e ampliar a operacionalização da rede de monitoramento de água, necessários para o melhoramento e conservação da sua qualidade.

• Garantir condições adequadas do corpo de água para os usos específicos e indicar as necessidades de controle dos impactos do desenvolvimento previsto sobre o meio ambiente aquático.

• Regulamentar o controle dos impactos e permitir que medidas específicas para correção de problemas ou para a prevenção de danos sejam planejadas e implantadas.

MODERNIZAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO DA

REDE HIDROMÉTRICA

• Modernização da Rede existente, com alteração de tipo de parte das estações existentes, possibilitando o controle contínuo de níveis d’água (sensor de pressão) e aquisição destes dados em tempo real (telemetria), nos postos de controle de entrega de água entre UP’s, naqueles com objetivo de controle de níveis d’água em reservatórios e no posto mais a jusante do corpo hídrico principal.

• Complementação da Rede existente, com acréscimo de estações fluviométricas e pluviométricas, de forma a permitir melhor caracterização dos Recursos Hídricos da Bacia.

S A N E A M E N T O B Á S IC O APOIO À ELABORAÇÃO DOS PLANOS MUNCIPAIS DE SANEAMENTO BÁSICO

-

• Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico em todos os municípios da bacia visando definir critérios, estratégias e ações que promovam a universalização do atendimento e a eficácia das intervenções propostas.

• Promover a Integração entre os planos setoriais de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no âmbito da Bacia Hidrográfica.

• Oferecer subsídios à Política Estadual do Saneamento a ser efetivada por lei estadual devidamente aprovada pela a Assembleia Legislativa do Estado.

ADEQUAÇÃO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS

-

• Promover a implementação dos consórcios intermunicipais de aterros sanitários e capacitação das equipes técnicas dos consórcios na área da Bacia Hidrográfica.

• Elaborar e implementar projetos executivos de aterros sanitários. • Promover novas práticas de gestão dos aterros sanitários. • Ampliar a coleta dos resíduos sólidos na área rural. • Promover a coleta seletiva e a criação de polos de reciclagem. • Construir aterros sanitários.

• Apoiar a gestão integrada dos resíduos sólidos nos municípios. • Promover a inclusão social dos catadores e catadoras de material reciclável.

AMPLIAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MEIO URBANO

• Apoiar o planejamento do saneamento básico no nível municipal (Planos Municipais de Saneamento Básico de todos os municípios da bacia hidrográfica elaborados). • Apoiar a gestão municipal do saneamento básico a ser implementada em conformidade com os Planos Municipais de Saneamento Básico.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA ÀS POPULAÇÕES DIFUSAS

DO MEIO RURAL

• Realizar um diagnóstico da população rural (inclusive a difusa) e das suas necessidades/demandas em termos de abastecimento hídrico.

• Implantar um banco de dados georreferenciado sobre a localização da população difusa no estado. • Implantar uma estrutura organizacional que permita a atualização permanente dos dados. • Identificar potencialidades hídricas para o abastecimento humano, animal e atividades produtivas. • Planejar e implementar ações integrando os setores municipais, estaduais e federais.

• Fortalecer a Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo da população difusa - VIGIÁGUA.

Referências

Documentos relacionados

Bento Pereira apresenta uma lista de autores e obras em língua portuguesa, de vários pendores: religioso, enciclopédico, dicionarístico, e literário.A escolha destas obras

Os objectivos deste estudo são: (1) determinação da taxa de inadequada de niveis de prioridade atribuidos a pacientes nos cuidados primarios referenciados

Na terceita parte foi desenvolvida a ferramenta, que partindo de ficheiros de entrada com o posicionamento dos jogadores e da bola durante um jogo, consegue calcular automaticamente

A realização desta dissertação tem como principal objectivo o melhoramento de um sistema protótipo já existente utilizando para isso tecnologia de reconhecimento

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

Identificar a resposta produtiva matéria seca do milheto quando submetido às diferentes lâminas de irrigação; Quantificar os custos de produção relacionados e não relacionados

O objetivo desse trabalho ´e a construc¸ ˜ao de um dispositivo embarcado que pode ser acoplado entre a fonte de alimentac¸ ˜ao e a carga de teste (monof ´asica) capaz de calcular