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A eterna atualização: Linguagem e Tecnologia. linguagens tecnológicas são resultado da cultura

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A eterna atualização: Linguagem e Tecnologia

linguagens tecnológicas são resultado da cultura

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A linguagem, deve ter surgido no momento em que o homem apresentou uma capacidade motora facial, manual e orofaríngeana que pudesse ser utilizada para comunicação e representação.

Somente com advento ou invenção da escrita que a humanidade começou a registrar a história e consequentemente, o desenvolvimento da linguagem.

segundo Rocha (1999),

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Segundo Jakubovicz & Cupello (1996), o cérebro contém sistemas anátomo-funcionais, as quais permitem o desenvolvimento da linguagem, quando são submetidos à influência do meio – ambiente social e linguístico.

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A invenção do alfabeto ocorreu em torno do ano 1000 a.C., quando os gregos tomaram o sistema de escrita silábica dos fenícios, adaptando-o pelo uso de um caractere escrito individual para cada som de consoante e vogal da língua grega.

Todos os alfabetos modernos descendem da versão grega (a língua inglesa – e a

portuguesa – vêm do grego, através do alfabeto romano).

A necessidade do homem em identificar um som com uma letra, facilitando a comunicação através da escrita também é considerada um

mola propulsora para a origem do alfabeto, dessa forma um

símbolo (uma letra), representa um som e não seria mais necessário se utilizar vários desenhos para expressar um pensamento.

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A escrita evoluiu em três formas: os pictogramas, os ideogramas e os fonogramas. Pictogramas: O termo "pictografia" é originário do latim pictus (pintado) e do grego grafos (escrever).

Os pictogramas eram grafismos, signos gráficos que representavam um objeto, uma idéia, um som ou um ser. Não tinham significado pela palavra em si, mas o desenho representava o seu significado, assim quando o homem desenhava uma ave era a ela que se referia. Os pictogramas são signos-objetos.

Ideogramas: O termo "ideograma" é originário do grego idea (idéia) e gramma (algo desenhado ou

pintado). Ideograma é uma representação de uma idéia. Diferente do pictograma o ideograma representa a idéia que um objeto representa e não o objeto em si. Quando o homem desenhava uma ave voando, poderia dar a idéia de liberdade ou algo parecido, mas não da ave em si. Ideogramas são signos-palavras.

Fonogramas: O fonograma representa por meio de signos abstratos os sons

que formam as palavras. Os fonogramas são empregados unicamente pelo valor fonético e não possuem nenhuma relação com a palavra representada.

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O surgimento de cada nova mídia determina o debate sobre a permanência ou morte dos meios já existentes. Esta tendência poderia ser detectada mesmo antes da comunicação assumir o formato midiático.

O desenvolvimento da escrita desvalorizaria a oralidade A impressão prejudicaria o registro manuscrito

O jornal levaria ao fim do livro e da leitura O rádio que terminaria com o jornal

A televisão com a mídia radiofônica

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Já o final do século XX marca o início dos debates sobre uma reacomodação das mídias provocada pelo desenvolvimento da internet.

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Castells(1999) cita Neil Postman e afirma que

“não vemos a realidade como ela é, mas como são nossas linguagens. E nossas linguagens são nossas mídias, nossas mídias são nossas metáforas, nossas metáforas criam o conteúdo da cultura.”

O autor entende como indissociável considerar mídia sem linguagem ou viceversa e considera que esta composição cria o conteúdo da cultura.

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O surgimento de cada nova mídia determina o debate sobre a permanência ou morte dos meios já existentes. Esta tendência poderia ser detectada mesmo antes da comunicação assumir o formato midiático.

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“Somos conforme a linguagem que utilizamos para dizer uns aos outros quem somos. Segundo ele, o processo social criou, ao longo da história recente, o que chamamos mídias, meios de comunicação social. O estar junto passou a ser necessariamente mediatizado pelas técnicas de comunicação.” Souza (2001:10)

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O surgimento de cada nova mídia determina o debate sobre a permanência ou morte dos meios já existentes. Esta tendência poderia ser detectada mesmo antes da comunicação assumir o formato midiático.

As linguagens não são as tecnologias, mas o sentido que damos a elas, que criamos a partir delas.

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Entende-se que as linguagens estão na base e que, relacionadas aos meios, interferem e são, simultaneamente, resultado da cultura. Os meios resultam da necessidade e interesse humano de se comunicar, tornando-se elementos da cultura.

Linguagens estão associadas aos sentidos, como pensa Arlindo Machado

ou à escrita, imagem e multimídia, como entende Mauro Wilton Souza. Os dois pensamentos estão baseados, na escrita, na

oralidade e no áudio, na imagem e agora na multimídia.

Ambos entendem a linguagem já influenciada pelos meios.

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Roland Barthes

A cultura, no pensamento de Barthes, é tudo e é também linguagem. O texto, para ele, é um espaço de dimensões múltiplas, é um tecido de citações saídas dos mil focos da cultura e o homem precisa dessa cultura. Ambas estão

relacionadas a certas regras que vêm de uma lógica milenar da narrativa, que constitui a pessoa antes do nascimento. Autores e leitores, sugere Barthes (1988), não são mais do que uma passagem desse imenso espaço cultural.

Barthes (1988:105) reflete sobre a cultura e afirma que para dizer-se homem, o homem precisa de uma linguagem, isto é, da própria cultura. Encontram-se hoje no organismo vivo as mesmas estruturas que no sujeito falante, pois a própria vida está construída como uma linguagem.

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Roland Barthes

Como não há sujeito fora da linguagem, como linguagem é o que constitui o sujeito em toda a linha, a separação das linguagens é um luto permanente, segundo ele. Esse luto não se

produz apenas quando alguém sai do seu meio, onde todos falam a mesma linguagem, não é somente o contato material de outros homens, oriundos de outros meios, de outras profissões.

É no momento em que, sob o efeito de denominações aparentemente técnicas, a cultura parece unificar-se, é então que a divisão das linguagens culturais é levada ao cúmulo. Barthes considera esta unificação uma ilusão reproduzida simploriamente pelo termo cultura de massa.

Há sempre, na cultura, uma porção da linguagem que o outro não compreende.

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Maria Lucia Santaella

Santaella (2003:13) utiliza uma divisão das eras culturais em seis tipos de formações:

cultura oral, cultura escrita, cultura impressa, cultura de massas, cultura das mídias e cultura digital.

Tais divisões são pautadas na crença de que os meios, desde o aparelho fonador até as redes digitais atuais, mesmo sendo meros canais de transmissão de informação, são capazes não só de moldar o pensamento, “mas também de propiciar o surgimento de novos ambientes sociais.”

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É possível evidenciar aqui a cultura em situação de diálogo com os diferentes

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Maria Lucia Santaella

Ela destaca outro aspecto importante no que diz respeito a divisão de eras culturais.

Não são períodos culturais lineares, com o desaparecimento de uma era para surgimento de outra. Há sempre um processo cumulativo de complexificação, “uma nova formação comunicativa e cultural vai se integrando na anterior, provocando nela reajustamentos e refuncionalizações.”

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A cultura é a parte do ambiente que é feita pelo homem. Está implícito que a vida humana é vivida num contexto duplo, o habitat natural e seu ambiente social. Implica também que a cultura é mais do que um fenômeno biológico.»

«A cultura comporta-se sempre como um organismo vivo, inteligente, com poderes de adaptação imprevisíveis e surpreendentes.»

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Linguagens tecnológicas

- Oralidade e a escrita

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As desconfianças fazem parte dos diferentes períodos históricos em que as mudanças parecem trazer rupturas. Estes rompimentos são resultado da própria cultura, são influenciados por ela, mas precisam do tempo desta mesma cultura para se acomodarem à rotina.

Chartier (1998:9) faz uma avaliação sobre a chamada revolução eletrônica, passando por aspectos voltados ao autor, ao texto, ao leitor e a leitura.

Relata a transição ocorrida da reprodução de um texto copiado à mão, para a nova técnica baseada nos tipos móveis. A transformação não é tão absoluta como se diz e um livro manuscrito, sobretudo nos seus últimos séculos, XIV e XV, e um livro pós-Gutenberg baseiam-se nas mesmas estruturas fundamentais, as do códex.

“Há, portanto, uma continuidade muito forte entre a cultura do manuscrito e a cultura do impresso, embora durante muito tempo se tenha acreditado numa ruptura total entre uma e outra.”

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Linguagens tecnológicas

- Oralidade e a escrita

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Walter Ong: A oralidade básica da linguagem é constante. Segundo ele, ler um texto

significa convertê-lo em som, em voz alta ou na imaginação. “A expressão oral pode

existir – e na maioria das vezes existiu – sem qualquer escrita; mas nunca a escrita sem a oralidade.”

Afirma Chartier (1998:77), ao citar Michel de Certeau, a leitura é sempre apropriação, invenção,

produção de significados de parte do leitor. É ele quem determina os tempos de leitura, mesmo influenciado pela cultura.

Toda história da leitura supõe, em seu princípio, esta liberdade do leitor que desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor. Mudam os gestos segundo os tempos e lugares; os objetos lidos e as razões de ler. Novas atitudes são inventadas, outras se extinguem.

Quando o jornal adquire um grande formato e uma distribuição ampla e é vendido na rua a cada número, ocorre então uma atitude mais livre: ele é carregado, dobrado, rasgado, lido por muitos.

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A eterna atualização: Linguagem e Tecnologia

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No início do século XX, os sociólogos descrevem uma civilização urbana em expansão. As grandes cidades, as fábricas, a mobilidade geográfica, a burocracia e os meios de comunicação criam, segundo eles, uma sociedade marcada pela ausência de personalidade e produtos pouco diferenciados e o rádio se inclui nesta descrição.

Cinco séculos depois do nascimento da imprensa, o rádio tenta fazer com a voz, essa forma tão primitiva de comunicação, o que antes só podia ser feito com a impressão: armazená-la, repeti-la e transmiti-la a grandes distâncias.

O que surge como emissão de rádio é um instrumento que se escuta sozinho ou com a família. “Era o companheiro das horas solitárias, as drogas dos que não tinham amigos” (Pool,1992:84).

A radiodifusão substitui o bar da esquina, a reunião na igreja, a banda local ou o concerto.

Linguagens tecnológicas

- Transmissão sonora

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão sonora

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A força da palavra falada, impressa ou representada por imagens está, antes de tudo, ligada à linguagem e à cultura. O rádio, tendo como suporte esta palavra

falada, que é também oralidade e áudio, insere-se na cultura. Muitas são as controvérsias que acompanham a permanência ou não da oralidade, especialmente se comparada à escrita.

Definida pelos autores como primária, secundária ou mista, a oralidade está presente nas diferentes sociedades. O que permanece é a vocalidade e a audição.

Assim como outros meios têm sua trajetória própria e integrada, a escrita não se

confunde com a voz ou com a imagem. Tem seu ritmo próprio de desenvolvimento.

O texto falado é um novo texto, uma vez que as diferentes formas de expressão oral têm forte influência sobre a escritura. Trata-se de uma nova produção de sentido, seguindo o pensamento de Barthes.

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão sonora

A eterna atualização: Linguagem e Tecnologia

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A característica da oralidade radiofônica, aquela que propõe o diálogo com o

ouvinte:

a simplicidade, no sentido da escolha lexical (vocabulário);

a concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem coloquial e com organização direta;

e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do diálogo).

É esta organização que vai "reger" a veiculação da mensagem, seja ela interpretada

ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade ao relato do fato.

O texto falado é um novo texto, uma vez que as diferentes formas de expressão oral têm forte influência sobre a escritura. Trata-se de uma nova produção de sentido, seguindo o pensamento de Barthes.

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão áudio-visual

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A TV, que anos depois assumiu o espaço ocupado pelo rádio nos lares, é também

um caso de ruptura e adaptação da cultura, evidenciando ainda na história dos meios uma re-acomodação de mídias.

Estão nesta base o fato de o ser humano ser predominantemente visual e verbal.

Não há sociedade sem palavra

Oralidade permanece sempre sendo oralidade, mas existindo por intermédio de diversas formas de transmissão da palavra criadas pelo homem, inclusive junto à imagem.

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão áudio-visual

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Na comunicação televisual, há dois pólos a considerar: de um lado, um falante e, de outro, um ouvinte, este representado por uma entidade coletiva – os telespectadores, que poderemos chamar de audiência.

Como todo processo de comunicação falada, a mensagem linguística da televisão deve

levar em conta a categoria, o tipo de audiência, que regulará não só o

desenvolvimento do tema mas também as características da linguagem utilizada.

Em tese, há uma audiência específica para o telejornalismo, outra para as novelas,

outra para os programas de auditório etc. Pode-se dizer, em princípio, que existem

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão áudio-visual

Teleprompter ou Teleponto

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Procura-se nivelar os padrões, em busca de uma linguagem comum, que possibilite uma

compreensão natural, considerando-se as variedades geográficas ou socioculturais dos

telespectadores. A busca desse padrão estilístico comum gira em torno de um fator preponderante

em comunicação: o entendimento do destinatário.

A compreensão imediata pressupõe, por parte do falante, um processo de seleção adequada na língua oral da comunidade, fonte imediata do estilo das falas da TV.

Essa associação, no entanto, não é fácil, se atentarmos para o fato de que a linguagem de quase toda a programação é, na sua origem, uma

linguagem escrita. E há entre essas duas modalidades de língua – a oral e a escrita – diferenças fundamentais, geradas principalmente

pela mudança da situação de comunicação. O binômio falante/ouvinte

possui características diferentes do binômio escritor/leitor.

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Linguagens tecnológicas

- Transmissão áudio-visual

Teleprompter ou Teleponto

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A escrita é descontextualizada no sentido de que não depende de uma

situação de comunicação que incida diretamente sobre o ato de

escrever, no momento em que ele ocorre, embora não se possa esquecer

que deve existir um sistema referencial comum entre escritor e leitor que

extrapole os limites do texto, sem o qual a comunicação se torna mais

difícil e até impossível.

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Linguagens tecnológicas

- Texto - Hipertexto

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Com o texto eletrônico ou multimídia convergem todas as linguagens, até agora conhecidas, como acredita Machado (2002), reunindo num único suporte os outros meios e invocando os sentidos mais desenvolvidos no homem.

Esta convergência ocorre em uma lógica de rede, que segundo Castells (2003), é um

conjunto de nós interconectados, prática humana antiga, mas que ganhou vida nova

transformando-se em redes de informação energizadas pela Internet, proporcionando

mudanças significativas nas relações.

Neste mundo, como afirma Chartier (1998), um produtor de texto pode ser imediatamente o editor, no sentido daquele que dá forma ao texto e daquele que o difunde diante de um público de leitores. Na rede eletrônica esta difusão é imediata.

Através do hipertexto o texto deixa de ser receptáculo de conhecimento fechado em si

mesmo, torna-se ponto de partida para infinitos outros textos, a serem arremetidos para

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Linguagens tecnológicas

- Texto - Hipertexto

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Hipertexto: a tecnologia de leitura e escrita não-sequenciais.

O termo hipertexto refere-se a uma técnica, uma estrutura de dados e uma interface de usuário.

[...] Um hipertexto (ou hiperdocumento*) é uma coleção de textos, imagens e sons – nós

– ligados por atalhos eletrônicos para formar um sistema cuja existência depende do computador. O usuário/leitor caminha de um nó para outro, seguindo atalhos

estabelecidos ou criando outros novos. (BERK; DEVLIN, 1991, p.543)

Hypertext/Hypermedia Handbook, de Berk e Devlin (1991)

* Também conhecido como hiperlink

Para Bairon (1995, p.45), trata-se de “um texto estruturado em rede [...], uma matriz de

textos potenciais”, de forma que cada texto particular vai consistirem uma leitura realizada a partir dessa matriz.

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Linguagens tecnológicas

- Texto - Hipertexto

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Nas palavras de Snyder (1997, p.126):

Hipertexto é um medium de informação que existe apenas on line, num computador. É uma

estrutura composta de blocos de texto conectados por nexos (links) eletrônicos que oferecem diferentes caminhos para os usuários. O hipertexto providencia um meio de arranjar a

informação de maneira não-linear, tendo o computador como automatizador das ligações de

uma peça de informação com outra.

Levy (1996, p.46):

A escrita e a leitura trocam seus papéis. Todo aquele que participa da estruturação do hipertexto,

do traçado pontilhado das possíveis dobras do sentido, já é um leitor. Simetricamente, quem

atualiza um percurso ou manifesta este ou aquele aspecto da reserva documental contribui para a redação, conclui momentaneamente uma escrita interminável. As costuras e remissões,

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Linguagens tecnológicas

- Texto - Hipertexto

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No hipertexto – como, aliás em todos os demais usos da linguagem – há

sempre a consideração do outro, mas nele ela é levada às últimas

consequências. Ainda que a única tarefa do autor fosse a marcação dos

links, ele teria sempre em seu horizonte a projeção da imagem do leitor. E

este será sempre co-autor, já que o acabamento do (hiper)texto não pode

prescindir de sua participação. Trata-se, no caso, de uma alteridade

multilinearizada, fragmentada, descorporalizada, volatilizada, mas

fundada em nossos saberes, nossas relações com o mundo e nossa

inserção em dada cultura.

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Linguagens tecnológicas

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e uso o IE

mais é q eu to construindo um site

e queria dexarpra ele abri, como padrão, em nova guia

mis queria fazer isso no código.

só q naum sei se tem como...

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linguagens tecnológicas são resultado da cultura

Amou daquela vez como se fosse a última Bebeu e soluçou como se fosse máquina

Beijou sua mulher como se fosse a última Dançou e gargalhou como se fosse o próximo

E cada filho seu como se fosse o único E tropeçou no céu como se ouvisse música

E atravessou a rua com seu passo tímido E flutuou no ar como se fosse sábado

Subiu a construção como se fosse máquina E se acabou no chão feito um pacote tímido

Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Agonizou no meio do passeio náufrago

Tijolo com tijolo num desenho mágico Morreu na contramão atrapalhando o público

Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Sentou pra descansar como se fosse sábado Amou daquela vez como se fosse máquina

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Beijou sua mulher como se fosse lógico

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Dançou e gargalhou como se ouvisse música Sentou pra descansar como se fosse um pássaro

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um príncipe

E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote bêbado

E se acabou no chão feito um pacote flácido Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir

A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir

Amou daquela vez como se fosse o último Por me deixar respirar, por me deixar existir,

Beijou sua mulher como se fosse a única Deus lhe pague

E cada filho seu como se fosse o pródigo Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir

E atravessou a rua com seu passo bêbado Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir

Subiu a construção como se fosse sólido Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,

Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Deus lhe pague

Tijolo com tijolo num desenho lógico Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir

Seus olhos embotados de cimento e tráfego E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,

Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Deus lhe pague

Construção

Chico Buarque

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Amou daquela vez como se fosse a última Beijou sua mulher como se fosse a última E cada filho seu como se fosse o único

E atravessou a rua com seu passo tímido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música E tropeçou no céu como se fosse um bêbado E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Construção

Chico Buarque

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Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a única E cada filho seu como se fosse o pródigo E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido

Ergueu no patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico

Seus olhos embotados de cimento e tráfego

Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo Bebeu e soluçou como se fosse máquina

Dançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música E flutuou no ar como se fosse sábado

E se acabou no chão feito um pacote tímido Agonizou no meio do passeio náufrago

Morreu na contramão atrapalhando o público

Construção

Chico Buarque

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Amou daquela vez como se fosse máquina Beijou sua mulher como se fosse lógico

Ergueu no patamar quatro paredes flácidas

Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe

E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir, Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair, Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague

Construção

Chico Buarque

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LINGUAGENS TECNOLÓGICAS SÃO RESULTADO DA CULTURA - Mágda Rodrigues da Cunha

www.bocc.ubi.pt/pag/cunha-magda-linguagens-tecnologicas-resultado-cultura.pdf ·

A LINGUAGEM DA TV - o impasse entre o falado e o escrito - Dino Preti

http://pt.scribd.com/doc/263429/A-linguagem-da-TV

HIPERTEXTO E CONSTRUÇÃO DO SENTIDO - Ingedore G. Villaça Koch -

www.alfa.ibilce.unesp.br/download/v51-1/02-Koch.pdf

http://pt.shvoong.com/humanities/487031-sobre-surgimento-desenvolvimento-da-escrita/ http://www.sumare.com.br/noticias/noticia.jsp?id=7564

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Referências

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