• Nenhum resultado encontrado

O ambiente virtual de aprendizagem e sua incorporação na Unicamp.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "O ambiente virtual de aprendizagem e sua incorporação na Unicamp."

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

O a m b ie n t e v ir t u a l d e a p r e n d iz a g e m e s u a

in c o r p o r a ç ã o n a U n ic a m p

Marcelo Araújo Franco

Luciana Meneghel Cordeiro

Renata A. Fonseca del Castillo

Universidade Estadual de Campinas

R e s u m o

O art igo apresent a uma invest igação sobre a incorporação de ambient es virt uais de aprendizagem e suas conseqüências na aprendizagem dos alunos de graduação da Universidade Est a-dual de Campinas - Unicamp. Esses ambient es podem ser agre-gados de várias f ormas no cot idiano acadêmico de alunos e pro-f essores. Uma maneira epro-f icient e de promover a incorporação desses ambient es, encont rada pela equipe de apoio em Educa-ção a Dist ância (EaD), da Unicamp, é realizar a f ormaEduca-ção de pro-f essores e alunos para o seu uso.

São descrit os nest e art igo, duas opções de t reinament o para a orient ação da comunidade acadêmica na ut ilização do ambient e de aprendizagem TelEduc, sof t ware livre e grat uit o, desenvolvi-do e coordenadesenvolvi-do pelo Núcleo de Inf ormát ica Aplicada à Educa-ção (NIED) e adot ado inst it ucionalment e pela Unicamp. Os t rei-nament os são of erecidos em duas modalidades, uma presencial e out ra à dist ância, dependendo da pref erência de cada prof es-sor. O art igo compara os dois t ipos de t reinament o apont ando vant agens e desvant agens de cada uma das modalidades. A apropriação do uso do ambient e TelEduc e suas conseqüên-cias diret as no processo de aprendizagem são descrit as em uma pesquisa realizada junt o a alguns alunos de graduação, da área de engenharia, da Unicamp. São apresent ados o quest ionament o dos aut ores e as impressões gerais, de prof essores e alunos, so-bre a ef et i vi dade do u so do Tel Edu c com o apoi o ao en si n o presencial.

Essa invest igação most rou a relevância da f ormação dos prof es-sores para o uso dos ambient es e sua ef icácia.

P a l a v r a s - c h a v e

Ambient es virt uais de aprendizagem

Educação a dist ância

Formação de prof essores.

Correspondência: Marcelo Araújo Franco

(2)

T h e v ir t u a l le a r n in g e n v ir o n m e n t a n d it s a d o p t io n a t

t h e U n iv e r s it y o f C a m p in a s - U n ic a m p

Marcelo Araújo Franco

Luciana Meneghel Cordeiro

Renata A Fonseca del Castillo

Universidade Estadual de Campinas

A b s t r a c t

The t ext describes a st udy about t he adopt ion of virt ual learning environment s and it s consequences t o t he learning process of undergraduat e st udent s at t he St at e Universit y of Campinas -Unicamp. These environment s can be incorporat ed in various ways int o t he academic daily lif e of st udent s and t eachers. One ef f icient way t o promot e t he adopt ion of t hese environment s, as observed by t he Dist ance Learning support t eam, is t o t rain t eachers and st udent s in t heir use.

Two t raining alt ernat ives are described in t his t ext t o inst ruct t he acad em i c co m m u n i t y i n t h e u se o f Tel Ed u c, a f r eew ar e developed and coordinat ed by t he NIED - Núcleo de Inf ormát ica Aplicada à Educação (Cent er f or Inf ormat ion Technology Applied t o Edu cat i on ), an d of f i ci al l y adopt ed by Un i cam p. Trai n i n g courses are of f ered in t wo ways - presence or dist ance learning - t o suit each t eacher' s pref erences. This art icle compares t he t wo modes of t raining, showing t heir st rong and weak point s. The adopt ion of TelEduc and it s direct consequences t o t he learning process are described in a st udy carried out wit h some engineering undergraduat es at Unicamp. The aut hors' quest ions and t he general views of t eachers and st udent s regarding t he ef f ect iven ess of t he u se of TelEdu c as a su pport in g t ool t o presence t eaching are present ed.

This invest igat ion revealed t he import ance of t raining t eachers in t he ef f ect ive use of t hese environment s.

K e y w o r d s :

Virt ual learning environment s

Dist ance learning

Teacher educat ion.

Contact:

Marcelo Araújo Franco

(3)

O b j e t iv o

A incorporação dos ambientes virtuais nas at ividades educat ivas levant a quest ões relevant es quando são ut ilizados e que precisam ser es-clarecidas. Quais as melhores f ormas de incorpo-rar esses novos recursos no cot idiano das univer-sidades? Quais as conseqüências do uso dos am-bient es virt uais para a aprendizagem dos alunos? A part ir dessas quest ões f oi est abeleci-do o objet ivo cent ral dest e art igo: invest igar a f orma como os ambient es virt uais de aprendi-zagem são incorporados na Unicamp. Para al-cançar t al objet ivo f oi f eit o um levant ament o, int rodut ório e hist órico, do ambient e usado na Unicamp, uma análise do processo de f ormação dos prof essores para o uso desse ambient e e, por f im, realizado um est udo sobre a ef et ividade do uso do ambient e como apoio, numa disci-plina de graduação da Unicamp.

I n t r o d u ç ã o

A educação a dist ância (EaD) pode ser abordada como uma modalidade educacional qu e f az u so de processos qu e vão al ém da superação da dist ância f ísica. At ualment e apli-cam- se, nas universidades, met odologias peda-gógicas que invert em o conceit o original da EaD. As t ecnologias de inf ormação e comuni-cação (TIC) usadas na EaD não servem apenas para diminuir a dist ância f ísica ent re aqueles que aprendem e aqueles que ensinam, elas são ef icazes nos próprios cursos presenciais. Essa abordagem não é original, mas t em base no conceit o de dist ância t ransacional que conside-ra a di st ân ci a edu caci on al n ão do pon t o de vist a f ísico, mas do pont o de vist a comunica-t ivo (M oore, 1993).

De acordo com Pet ers (2001), o concei-t o de disconcei-t ância concei-t ransacional de M oore disconcei-t ingue a dist ância f ísica da comunicat iva. A dist ância transacional será maior ou menor, dependendo da sit uação dos alunos: se abandonados à própria sorte, com seus materiais de estudo, ou se podem comunicar- se com os prof essores. Isso signif ica

que se há maior comunicação ent re alunos e professores, a distância entre eles torna- se menor, independent ement e da dist ância f ísica.

Out ro f at or que inf luencia a dist ância t ransacional é a est rut ura do mat erial de ensi-no. Quant o mais o direcionament o dos alunos est á det erm i n ado n a est ru t u ra do m at eri al , maior a dist ância t ransacional. Assim,

a dist ância t ransacional at inge seu auge

quan-d o quan-d o cen t es e quan-d i scen t es n ão t êm q u al q u er

int ercomunicação e quando o programa de

en-sino est á pré- programado em t odos os det alhes

e prescrit o compulsoriament e, sendo que,

con-seqü en t em en t e, n ecessi dades i n di vi du ai s n ão

podem ser respeit adas. (Pet ers, 2001)

O pressupost o é que as TIC, especif ica-mente os recursos disponibilizados nos ambientes virt uais de aprendizagem, diminuam a dist ância transacional entre os alunos nos cursos presenciais quando usadas, adequadamente, como instâncias mediadoras do processo educat ivo.

Os primeiros projet os de const rução de ambient es virt uais de aprendizagem dest inados à educação iniciaram- se em meados da década de 1990, depois de uma signif icat iva mudança na int ernet , devido a dois acont eciment os: a criação do primeiro navegador para a web; a int ernet deixa de ser uma rede acadêmica, in-corporando at ividades de empresas. Ant es da web, era possível usar a rede por meio de t e-las t ext uais, sendo que um grande avanço ocor-reu com a t ecnologia de janelas gráf icas, cuja vant agem da janela gráf ica f oi permit ir a repre-sent ação da inf ormação na f orma de imagens e t razer u m a l i n gu agem i côn i ca n as t el as dos comput adores.

(4)

Seguindo os passos de desenvolvimen-t o de novas f unções da web, algumas universi-dades e empresas se lançaram na empreit ada de of erecer sist emas para serem usados como um ambient e educacional. A web t ornou- se um es-paço, cada vez mais comum, como recurso au-xiliar nos cursos de graduação e pós- graduação, assim como é o inst rument o para o of ereciment o de cursos à dist ância, que são solicit ados às universidades e às empresas. Respondendo a essa demanda, f oi const ruída, com as t ecnologias disponíveis para a web, uma quant idade expres-siva de ambient es inf ormat izados, direcionados às at ividades de educação e t reinament o.

São dois os t ipos de ambient es virt uais de aprendizagem dest inados à educação. O pri-meiro t ipo f oi desenvolvido com base em um servidor web, ut ilizando sist emas abert os ou dist ribuídos, livrement e, na int ernet . O segundo t ipo se const it ui em sist emas que f uncionam em uma plat af orma chamada propriet ária, na qual a empresa que const ruiu o ambient e promove o seu desenvolviment o e cont rola a sua venda. Est e art igo t rat a com det alhes da incorporação, no cot idiano de prof essores, de um ambient e virt ual de aprendizagem, do primeiro t ipo, ou seja, de um sist ema livre e abert o.

As primeiras versões de ambient es vir-t u ais de apren dizagem para edu cação f oram modeladas com base em quat ro est rat égias, com relação às suas f uncionalidades:

Incorporar element os já exist ent es na web, como correio elet rônico e grupos de discussão.

Agregar element os para at ividades específ i-cas de inf ormát ica, como gerenciar arquivos e cópias de segurança.

Criar element os específ icos para a at ividade educacional, como módulos para o cont eúdo e a avaliação.

Adicionar element os de administ ração aca-dêmica sobre cursos, alunos, avaliações e re-lat órios.

Assim, por meio dessas est rat égias, f o-ram criados os primeiros ambient es virt uais de

aprendizagem para serem usados especif icamen-t e em aicamen-t ividades de aprendizado. Alguns am-bientes da primeira geração foram metáforas para alguns modelos de aprendizagem, por exemplo “ uma sala de aula virt ual” (Dore; Basque, 1998). No entanto, o uso desses ambientes mostrava que eles eram mais do que cópias de est rut uras exis-t enexis-t es, pois possuíam caracexis-t erísexis-t icas e senexis-t idos próprios. Os ambient es não são uma repet ição de processos exist ent es, ou uma nova f orma para a est rut ura da educação. Eles produzem uma dif e-rença signif icat iva na t ransf ormação dos proces-sos est abelecidos na Educação.

H is t ó r ic o d o u s o d e a m b ie n t e s v ir t u a is n a U n ic a m p

Há alguns anos nos dedicamos ao es-t u do e à di vu l gação, para a com u n i dade da Un i versi dade Est adu al de Cam pi n as, de u m novo t ipo de sist ema inf ormat izado – t ambém chamado de ambient e virt ual de aprendizagem – que já é usado em universidades da América do Nort e e da Europa, como um complement o ou mesmo como um subst it ut o, para as at ivi-dades em sala de aula.

No Brasi l , n a década de 1990, o u so da inf ormát ica, como uma f orma de “ ambien-t e ed u caci o n al ” , er a q u ase d esco n h eci d o , sen do m ai s u sado com o “ f erram en t a edu cci on al ”. Nos países m ais desen vol vi dos, cci t a-dos ant eriorment e, nessa mesma época, o uso do espaço da w eb j á est ava bast an t e di f u n -d i -d o em esco l as e u n i ver si -d a-d es. A p ar t i r dessa con st at ação previ m os qu e, n o Brasi l , a d i vu l g ação e o u so d esse t i p o d e r ecu r so eram apen as u m a qu est ão de t em po, o qu e real m en t e se con f i rm ou .

(5)

-d a-d e n esse sen t i -d o . Tai s i n i ci at i vas f o r am descri t as em u m rel at óri o pu bl i cado n a w eb (GT – EaD, 1 9 9 9 ).

De posse dessas informações, foi designa-da uma equipe de apoio para as atividesigna-dades de EaD na universidade. Essa equipe, compost a por pro-f issionais da área de inpro-f ormát ica e educação, pro-f oi f ormada, em 2000, visando of erecer diversos ser-viços, ent re eles, o de suport e e de administ ração de um ambient e virt ual de aprendizagem. O am-biente escolhido, naquele momento, foi o webCT, um sistema proprietário desenvolvido originalmente no Canadá, que já era conhecido e ut ilizado por professores da universidade. Havia também o am-bient e TelEduc que, na ocasião, era de uso int er-no do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED). O TelEduc possuía algumas limitações téc-nicas e não apresent ava condições de uso para t oda a comunidade universit ária.

Atualmente, o TelEduc é usado por cerca de 3 mil inst it uições públicas e privadas no Bra-sil e em out ros países (Alves, 2003). Essa mu-dança acont eceu em 2002, quando o TelEduc f oi t ecnicament e at ualizado e t ransf ormado em uma licença de sof t ware livre. A part ir daí, a Unicamp o adot ou como ambient e inst it ucional e est e passou a ser of erecido como opção para apoio ao ensino presencial e para o ensino à dis-t ância, proporcionando a ampliação de seu uso pela comunidade da universidade.

No ano de 2003 iniciou- se uma nova frente de divulgação do TelEduc na Unicamp, por meio de um projet o chamado “ Ensino Abert o”. O proj et o En si n o abert o é u m a propost a de universalizar o uso do TelEduc nas disciplinas de graduação. Para t odas as disciplinas há uma ins-tância do ambiente aberta, com a relação de todos os alunos mat riculados. O prof essor decide se irá ou não at ivá- la no semest re. Uma vez at ivada a área, o prof essor usa o ambient e virt ual como ferramenta de auxílio às aulas presenciais. Esse uso do TelEduc não está relacionado à substituição de aulas presenciais, na f orma sugerida por regula-ment ação do M inist ério da Educação e Cult ura (MEC), que exige a modif icação e not if icação do projet o pedagógico do curso.1

D e s c r iç ã o d o a m b ie n t e Te lE d u c

O TelEduc f oi desenvolvido no Núcleo de Inf ormát ica Aplicada à Educação (NIED) da Unicamp. Sua dist ribuição é livre e est á dispo-n ível para dow dispo-n l oad em < ht t p: / / w w w.dispo-n i ed. unicamp.br>. Seu objet ivo é of erecer um ambi-ent e comput acional que permit a ao prof essor elaborar e acompanhar cursos por meio da web (Rocha, 2002).

O ambient e f oi desenvolvido a part ir de uma met odologia de f ormação de prof essores, const ruída com base na análise das várias ex-periências presenciais, realizadas pelos prof is-sionais do NIED. Segundo esses prof isis-sionais, uma das caract eríst icas que o dif ere dos demais ambient es disponíveis no mercado é o f at o de ele t er sido desenvolvido de f orma part icipat iva, ou seja, t odas as suas f errament as f oram idea-lizadas, projet adas e depuradas segundo neces-sidades relat adas por seus usuários.

O TelEduc possui quat ro t ipos de usuá-rios: o administ rador, que é responsável pela cria-ção, organizacria-ção, extração de cursos, entre outras f unções; o coordenador do curso, que ut iliza as f errament as do ambient e, insere os alunos e gerencia o curso; o f ormador, que auxilia o co-ordenador nas t aref as de gerenciament o; e os alunos, que t êm acesso às f errament as escolhidas pelo inst rut or.

Para criar um curso no TelEduc é neces-sário que o candidat o a coordenador inicialmen-t e envie uma mensagem eleinicialmen-t rônica para o admi-nist rador do ambient e, que cria o curso. Para part i ci par del e, o al u n o acessa a pági n a do ambient e, por meio de um navegador, e se ca-dast ra nos cursos que est ão disponíveis. Após o cadast ro, o inst rut or analisa o pedido e envia a respost a ao candidat o a aluno.

O am b i en t e p o ssu i u m esq u em a d e au t en t i cação d e acesso ao s cu r so s. Assi m , sem p r e q u e u m u su ár i o t en t ar acessar u m cu rso, são solicit adas u ma iden t if icação

(6)

soal e uma senha. Ao acessar um curso, uma pá-gina de ent rada é apresent ada. Essa pápá-gina é dividida em duas part es. Na part e esquerda est ão as f errament as que podem ser usadas durant e o curso e, na parte direita, é apresentado o conteú-do correspondent e à f errament a selecionada.

O TelEduc possui f errament as que per-mit em a apresent ação de inf ormações, a dispo-nibilização de cont eúdo e a comunicação en-t re os paren-t icipanen-t es do curso. A descrição do uso dessas f errament as compreende:

Est rut ura do Ambient e: disponibiliza inf or-mações sobre as f errament as do ambient e.

Di n âm i ca do Cu rso: con t ém i n f orm ações sobre as est rat égias met odológicas e a orga-nização do curso.

Agenda: é a página de entrada do curso com a programação diária, semanal ou mensal.

At ividades: apresent a as at ividades a serem realizadas durant e o curso.

M at erial de Apoio: exibe inf ormações út eis relacionadas à t emát ica do curso, subsidiando o desenvolviment o das at ividades propost as.

Leit uras: evidenciam art igos relacionados à t em át i ca do cu rso e al gu m as su gest ões de revist as, jornais, endereços na web.

Pergunt as Freqüent es: abrange a relação das pergu n t as realizadas com maior f reqü ên cia durant e o curso e suas respect ivas respost as.

Parada Obrigat ória: cont ém mat eriais que vi sam d esen cad ear ref l exõ es e d i scu ssõ es ent re os part icipant es ao longo do curso.

Grupos: permit e a criação de grupos de pes-soas para f acilit ar a dist ribuição de t aref as.

M ural: consist e num espaço reservado para t odos os part i ci pan t es di spon i bi l i zarem i n -f ormações, consideradas relevant es, no con-t excon-t o do curso.

Fóruns de Discussão: possibilit a o acesso a uma página contendo os tópicos em discussão, naquele moment o do andament o do curso.

Bat e- Papo: permit e uma conversa em t em-po- real ent re os part icipant es do curso.

Correio: é um sist ema de correio elet rônico int erno ao ambient e.

Perfil: armazena o perfil de cada participante.

Diário de Bordo: é um espaço reservado para as anot ações dos alunos que podem ser lidas e coment adas pelos f ormadores.

Portfólio: armazena textos e arquivos a serem ut ilizados ou desenvolvidos durant e o curso, bem como endereços da int ernet .

As f erram en t as de adm i n i st ração de u m cu rso são de acesso exclu sivo aos f orma-dores. São elas:

Acessos: acompanha a f reqüência de aces-so dos usuários ao curaces-so.

Int ermap: visualiza a int eração dos part ici-pant es do curso nas f errament as Fóruns de Discussão e Bat e- Papo.

Administ ração: disponibiliza mat eriais nas diversas f errament as do ambient e, bem como conf igura opções em algumas delas e gerencia os part icipant es do curso.

Suport e: Permit e o cont at o com o suport e do ambient e (administ rador do TelEduc) por meio do correio elet rônico.

O Tel Edu c propõe como met a qu e o aprendizado de conceit os, em qualquer domí-n i o de codomí-n heci m edomí-n t o, sej a f ei t o a part i r da resol u ção de probl em as, com o su bsídi o de dif erent es mat eriais didát icos. Exist e, ainda, a p o ssi b i l i d ad e d e u m a i n t en sa co m u n i cação ent re os part icipant es do curso e uma ampla visibilidade dos t rabalhos desenvolvidos. Todas as i n f o rm açõ es g erad as n o d eco rrer d e u m curso são armazenadas e podem ser recupera-das a qualquer moment o.

(7)

A f o r m a ç ã o d e p r o f e s s o r e s p a r a o u s o d o a m b ie n t e T e lE d u c

Com a divu lgação e in cen t ivo ao u so do TelEdu c, a equ ipe de apoio em EaD dedi-cou - se a criar f ormas de orien t ação aos pro-f essores n a u t i l i zação do am bi en t e. Com o a int erf ace do TelEduc é amigável, os prof esso-res que ut ilizam inf ormát ica de maneira mais i n t en si va co n seg u em se ap ro p ri ar e u sar o si st em a sem m u i t a di f i cu l dade. No en t an t o, m u i t os prof essores, pri n ci pal m en t e de áreas não t ecnológicas, solicit am ajuda para apren-d er a u sar o am b i en t e e apren-d esen vo l ver seu s cursos. Com o objet ivo de promover a f orma-ção dos prof essores da Un iversidade, n o u so do TelEdu c, a equ ipe de apoio em EaD criou du as versões de t rein amen t o: u ma presen cial e ou t ra à dist ân cia.

O treinamento é direcionado para profes-sores, alunos de pós- graduação, que são auxi-liares de ensino e f uncionários que apóiam pro-f essores no uso de recursos de EaD. Geralment e é minist rado em t urmas abert as, com pessoas de várias f aculdades da universidade ou em t urmas f echadas, com prof essores, alunos e f uncionários de uma mesma f aculdade. A divulgação do t rei-nament o para as t urmas abert as é f eit a pela web, a part ir de um cronograma def inido no início de cada semest re. Para t urmas f echadas, os int eres-sados solicitam o treinamento diretamente à equi-pe de apoio em EaD.

Em ambos os casos, os int eressados de-vem preencher uma f icha de inscrição, disponível no site da Agência de Formação de Profissionais da Unicamp (AFPU). As f ichas são enviadas à equipe de apoio a EaD. Ao f inal do t reinament o, os par-ticipantes recebem o certificado emitido pela AFPU.

T r e in a m e n t o p r e s e n c ia l

O t reinament o presencial é int ensivo, realizado em laborat ório de inf ormát ica, com carga horária de oit o horas, com disponibilida-de disponibilida-de um comput ador por pessoa. No caso disponibilida-de t urmas abert as é ut ilizado o laborat ório do

am-bient e de t rabalho da equipe de apoio a EaD e, em t urmas f echadas, o t reinament o é minist ra-do em laborat ório da própria f aculdade.

A equ i pe de apoi o abre u m a área n o Tel Edu c para cada part i ci pan t e u t i l i zar du -ran t e a real i zação do t rei n am en t o. Essa área se con st i t u i n a oport u n i dade qu e o part i ci -pant e t em de aprender o uso do TelEduc para si m u l ar as at i vi dades desen vol vi das n os cu r-sos presen ci ai s ou à di st ân ci a.

A met odologia adot ada segue os pro-cediment os de um t reinament o int ensivo. Pri-meiramen t e acon t ece u ma apresen t ação para conheciment o das necessidades dos prof esso-res e organ ização de su as in f ormações sobre o que é um ambient e virt ual de aprendizagem. Depois, eles recebem u m Nome de Usu ário e u ma Sen ha para acesso a u ma área de cu rso no TelEduc, como coordenadores de curso, ou sej a, el es t êm acesso a t odas os recu rsos e f uncionalidades do ambient e.

Os recursos são apresent ados e t est ados de f orma prát ica. Cada prof essor t rabalha num curso, f az experiment ações com t odas as f erra-ment as do sist ema, simula a const rução de um curso, insere cont eúdo, cria alunos e f ormado-res. Os prof essores podem t ornar essa área, que a princípio f oi criada como uma área de t est e, uma área def init iva para uso em sua disciplina, ist o é, o prof essor pode t rabalhar, durant e o t rei-nament o, com inf ormações e cont eúdos def ini-t ivos de sua disciplina.

Normalment e há uma grande discussão sobre o uso de cada f errament a do TelEduc, as est rat égias de uso em um curso e os possíveis problemas. A programação do t reinament o abor-da assunt os como a apresent ação do TelEduc e do Ensino Abert o e as f errament as obrigat órias, de apoio, de administ ração, de conf iguração, de comunicação e do aluno.

T r e in a m e n t o à d is t â n c ia

(8)

dias, com carga horária f ormal de 25 horas, m as q u e d ep en d e d o d esem p en h o d e cad a aluno. Também é f eit o um encont ro presencial n o f in al desse período para a t roca de expe-riên cias e a apresen t ação dos projet os elabo-rados.

Esse t reinament o segue a propost a para cu rsos à di st ân ci a, su geri da n a est ru t u ra de desenvolviment o do ambient e TelEduc, ou seja, o t reinament o é cent rado em at ividades que são disponibilizadas aos part icipant es na f erra-ment a de mesmo nome. Também são cent rais, no t reinament o, as f errament as Agenda e Dinâ-mica do Curso. Ao ent rar pela primeira vez no am bi en t e, o al u n o deve l er a di n âm i ca, qu e cont ém t odas as inf ormações ref erent es ao t rei-nament o, como objet ivo, duração, público- alvo, met odologia e avaliação.

O t reinament o é compost o de quat ro u n i dades, sen do em cada u m a del as, di spo-n i bi l i zadas agespo-n das, at i vi dades, m at eri al de apoio e f óruns de discussão. Também são abor-dadas quest ões relacionadas ao planejament o de cursos à dist ância. Ao f inal de cada unida-de são of erecidas sessões unida-de bat e- papo para es-clarecer dúvidas que ainda exist am.

A avaliação do t reinament o é f eit a com base na part icipação dos alunos nas at ividades sugeridas. A programação do t reinament o con-t em p l a a ap r esen con-t ação d e f er r am en con-t as d o TelEduc, o planejament o de um curso à dist ân-cia, e sua implant ação, além da apresent ação dos t rabalhos desenvolvidos pelos alunos.

Na primeira unidade são propost as al-gumas leit uras e desenvolvidas at ividades, que t êm como objet ivo a f amiliarização do aluno com relação ao ambient e TelEduc, como: pre-enchiment o da f errament a Perf il com os dados e inf ormações relevant es dos alunos; elabora-ção de uma mensagem de apresent aelabora-ção a ser disponibilizada no Fórum de Discussão “ Apre-sent ações” ; organização de mensagens genéri-cas a serem disponibilizadas no Fórum de Dis-cussão “ Assunt os gerais” e, ainda, a leit ura de mat eriais sobre ambient es de Educação a dis-t ância e sobre o ambiendis-t e TelEduc.

A segunda unidade t em como at ivida-de principal a elaboração do planejament o ivida-de um curso à dist ância, que pode ser realizado co m b ase n u m m at er i al d e ap o i o d i sp o n i -bilizado aos alunos. Trat a- se de um mat erial elaborado pela equipe de apoio em EaD, com o t ít ulo “ Orient ações para o desenvolviment o de cursos mediados por comput ador” para auxi-liar a comunidade acadêmica nessa t aref a. Os alunos disponibilizam os t rabalhos, por meio da f errament a Port f ólio, e compart ilham o mesmo com os f ormadores do curso e com os colegas, para que t odos acessem e f açam coment ários. A segunda unidade cont empla, ainda, a leit ura sobre a f erram en t a In t erm ap e a sol i ci t ação f ormal de abert ura de uma área para inserir o curso no TelEduc.

Na t erceira u n idade, após o plan eja-ment o do curso, é abert a uma área no TelEduc para qu e cada al u n o m u de da con di ção de aluno para a condição de prof essor, passando a vi ven ci ar o ambi en t e como coorden ador e desen volver mat erial de apoio para u ma das unidades do curso planejado.

A at i vi d ad e d e d esen vo l vi m en t o d e cont eúdo t em como suport e a disponibilização de um mat erial int it ulado “ Preparação de con-t eúdo para web” , con-t ambém desenvolvido pela equ i pe de apoi o em EaD, n o qu al são pon -t uadas ques-t ões ref eren-t es ao uso de aplica-t ivos dest inados para esse f im.

Nessa unidade os alunos part icipam de um Fórum de discussão com o t ema: “ Implan-t ação de um curso à disImplan-t ância”. Nele são expos-t as as impressões e dif iculdades dos alunos na realização da at ividade propost a.

(9)

A m o d e r a ç ã o n o t r e in a m e n t o à d is t â n c ia

Um curso à dist ância que ut iliza f erra-ment as de comunicação como Fórum de dis-cussão, Bat e- Papo ou out ros recursos de cola-boração, m edi ados por com pu t ador, é m ais ef icaz quando agrega at ividades de moderação. M oderar é presidir um encont ro virt ual em t empo real (bat e- papo) ou uma conf erência (f órum de discussão). A moderação é essencial para o desenvolviment o das at ividades propos-t as para os alunos de um curso à dispropos-t ância ou que ut ilizam recursos de EaD. No TelEduc a moderação é, basicament e, f eit a pelos f ormado-res do curso.

Seg u n d o Sal m o n (2 0 0 0 ), p ar a u m a maior ef icácia, um moderador de uma conf erên-cia produt iva deve:

Est ar n a co n f erên ci a, an t es d o s al u n o s, apresent ando mensagens de boas vindas.

Providenciar aos part icipant es a oport unida-de unida-de conhecer o sist ema da conf erência, unida-de pref erência ant ecipadament e.

Est rut urar e criar expect at ivas para a conf e-rência, ant ecipadament e.

Def inir objet ivos claros e corresponder às expect at ivas dos grupos.

Providenciar int ervenções (não mais do que uma em cada quat ro mensagens enviadas ao moderador).

Incluir e valorizar t odos os part icipant es da conf erência.

Ser f l exível , respon sável e i n ovador para planejar e desenvolver a conf erência.

Rest ringir a discussão a um ou dois pont os f ocais.

Encont rar as linhas cent rais de uma discus-são, con st ru i r, abri r cam i n ho e apresen t ar quest ões desaf iadoras; sent ir–se conf ort ável com opiniões conf lit ant es.

Não incomodar os t ímidos, pelo menos por um t empo, pois eles devem t er suas razões. En t rar em con t at o caso el es persi st am em não part icipar.

Ser paci en t e e persi st en t e, especi al m en t e com os iniciant es.

Orient ar os alunos em caso de ausências.

Incluir e valorizar t odos os part icipant es da conf erência.

O m oderador deve est abel ecer regras de comport ament o (“ Net iquet a” ) e est ilos de co-municação em rede.

Ser claro com relação ao seu papel na con-f erência e com o que os part icipant es podem esperar do moderador.

Conduzir a conferência de uma forma realista.

M udar t ít ulos e cabeçalhos inapropriados, mensagens recebidas e just if icar para os par-t icipanpar-t es o porquê da mudança.

Comunicar- se de f orma privada com part ici-pant es que est ejam dominando a conf erência para pedir- lhes, educadament e, que pensem um pouco ant es de responder.

Encorajar os part icipant es a usar as mensa-gens das conf erências como dado ou como exemplo das t aref as.

Colet ar inf ormações dos part icipant es em rel ação ao d esem p en h o d o m o d erad o r n a conf erência.

As at i vi dades de m oderação t êm u m papel i m port an t e em am bi en t es vi rt u ai s de aprendizagem e requer varias habilidades. As caract eríst icas mais import ant es para exercer o papel de moderador são: o ent endiment o dos processos envolvidos em EaD, as habilidades t écnicas e o domínio do cont eúdo.

Salmon (2000) apresenta informações de-talhadas sobre as competências do moderador em atividades mediadas pelas TIC. Segundo a pesqui-sadora, geralment e a expect at iva dos part icipan-t es em curso nessa modalidade é alicipan-t a, mas uma part e deles t orna- se desiludida e desengajada.

O suport e e a ação dos moderadores, mais do que dominar as f unções da t ecnologia em u so, podem i n t ervi r e f azer a di f eren ça ent re o desapont ament o e o aprendizado alt a-ment e produt ivo.

(10)

apren di zado, n at u reza do cu rso, gên ero dos part icipant es, “ t imidez” no ambient e virt ual de aprendizagem e indução à part icipação.

A experiência adquirida pela equipe de apoio em EaD da Unicamp permit e af irmar que o t reinament o de prof essores, na modalidade à dist ância, f unciona de maneira ef icient e com as at ividades de moderação realizada pelos f orma-dores do curso.

O r e s u lt a d o d a f o r m a ç ã o d e p r o f e s s o r e s p a r a u s o d o a m b ie n t e Te lE d u c

Com o conheciment o adquirido no t rei-nament o (presencial ou à dist ância), o prof es-sor da Un i cam p t em a l i berdade de u sar os recursos do ambient e TelEduc em dif erent es f ormas e met odologias. A idéia é que, uma vez compreendidas as f uncionalidades do ambien-t e TelEduc, o prof essor direcione sua discipli-n a a bu scar apoi o pedagógi co discipli-n os recu rsos desse ambient e virt ual de aprendizagem.

O f ormat o sugerido, para analisar o uso do am bi en t e Tel Edu c por prof essores, f oi a realização de um est udo de caso junt o a uma f aculdade da Unicamp. A pesquisa f oi elabora-da com alunos e prof essores de uma disciplina de gradu ação dessa f acu l dade e a col et a de dados f eit a pelo acompanhament o dos prof es-sores, por ent revist as e quest ionários.

A pesquisa considerou a met odologia adot ada, pelo prof essor responsável, f azendo um levant ament o de quest ões como: f ormat o do curso (baseado em cont eúdo, colaborat ivo, em proj et os); organ i zação das i n f orm ações (ut ilização de agendas e calendários); organi-zação d o co n t eú d o (m ó d u l o d e co n t eú d o , mat erial complement ar, port f ólios); ut ilização de recursos de comunicação (quais são, qual a f reqüência da ut ilização, como acont ece a par-t icipação do inspar-t rupar-t or).

Para os alunos, f oram consideradas, en-t re ouen-t ras quesen-t ões: a área de conhecimenen-t o invest igada (exat as, humanas, biológicas); o pe-ríodo em que se encontram matriculados (noturno

ou diurno); o t empo de curso (ano ou semest re em qu e est á m at ri cu l ado); acesso ou n ão à t ecnologia (se af irmat ivo, onde acont ece o aces-so); t er ou não conheciment o t ecnológico (per-f il do aluno com relação aos conheciment os de informática); relevância no uso dos recursos (van-tagens e desvan(van-tagens da tecnologia empregada). A disciplina selecionada para a pesquisa possui duas t urmas de 35 alunos, t endo, cada u m a del as, du as horas de au l a, u m a vez n a semana.

A disciplina utiliza software gráfico como o Aut ocad, por exemplo, para a realização de exercícios prát icos em laborat ório que possuem acesso à int ernet . A f aculdade t em dois labora-t órios de inf ormálabora-t ica, disponíveis aos alunos.

A dinâmica do curso, adot ada pelo pro-f essor com o uso do TelEduc, cont empla a ut i-lização da f errament a M at erial de Apoio para armazenar mat eriais complement ares e t raba-l h o s ext ras e a f erram en t a At i vi d ad es p ara di spon i bi l i zar t aref as a serem real i zadas n a semana. O result ado das at ividades é apresen-t ado, pel os al u n os, por m ei o da f erram en apresen-t a Port f ólio (compart ilhada apenas com o f orma-dor do curso) e, ent ão, o prof essor coment a cada um dos result ados individualment e. Todos os result ados de at ividades devem ser ent regues via sist ema (não exist e out ra f orma de ent regar as at ividades), e est es são cont abilizados para a n o t a f i n al d o al u n o . Par a p r o m o ver a int eração ent re os part icipant es o correio ele-t rônico enconele-t ra- se disponível.

(11)

A avaliação do uso do sist ema Ensino Abert o f oi realizada por meio de um quest ioná-ri o, apl i cado j u n t o aos al u n os da di sci pl i n a invest igada. Ret ornaram respondidos 64 ques-t ionários de um ques-t oques-t al de 70 alunos das duas t urmas. O quest ionário f oi elaborado com dez qu est ões relacion adas ao u so do TelEdu c. O

Quadro 1 apresent a uma cópia do quest ioná-rio aplicado.

Primeirament e, f oram avaliadas as res-post as das quest ões nove e dez do quest ioná-rio, consideradas as mais relevant es para est a invest igação.

Para a quest ão nove, 63 alunos consi-deram que out ros prof essores devem ut ilizar o sist ema. Apenas um aluno considera que não se deve u sar o si st em a. Com o j u st i f i cat i va das respost as posi t i vas f oram l evan t adas razões diversas. Ent re as principais e mais f reqüent es est ão: a f acilidade e a agilidade no acesso às inf ormações sobre a disciplina de qualquer lu-gar e horário, a f acilidade de int eração com o prof essor e a disponibilidade de mais cont eú-do por meio eú-do sist ema. Out ras quest ões levan-t adas como juslevan-t if icalevan-t iva são a cenlevan-t ralização de inf ormações, a organização e o apont ament o de razões para que out ra disciplina deva ut ili-zar o sist ema. O aluno que respondeu a ques-t ão negaques-t ivamenques-t e jusques-t if ica que não se adapques-t a a comput adores e pref ere que os t rabalhos e at ividades sejam ent regues pessoalment e.

Par a a q u est ão n ú m er o d ez, f o r am apont adas como vant agem, por 32 alunos do

t ot al de 64, a f acilidade de acesso em horário e local e a agilidade e segurança na ent rega de t rabalhos. São apont ados, t ambém, o acesso e comunicação com o prof essor, a organização das in f ormações da disciplin a e maior apoio didát ico. Dezoit o alunos responderam que as desvant agens não exist em e out ros 11 não res-ponderam. Quinze alunos consideraram a len-t idão e acesso à inlen-t ernelen-t como principal des-vant agem do sist ema.

Deve- se considerar que, nessa análise, não há uma comparação dos rendiment os dos alunos, bem como dos níveis de int eração ad-quiridos por eles, ant es e depois da inserção de novas t ecnologias no cot idiano dessa discipli-na. Comparação que se f az necessária para um est udo mais aprof undado.

C o n c lu s ã o

A f ormação dos prof essores é, muit as vezes, o caminho mais curt o para incorporar o uso de ambient es virt uais de aprendizagem nas disciplinas de graduação e pós- graduação. No caso da Unicamp, para essa formação foram cria-das duas modalidades de t reinament o, presencial e à dist ância.

(12)

de ambient es no cot idiano do ensino superior. Quais as melhores f ormas de incorporar esses novos recursos no cot idiano das universidades? Quais as conseqüências do uso dos ambient es virt uais para a aprendizagem dos alunos?

A invest igação realizada permit iu o le-vant ament o das le-vant agens e desle-vant agens so-bre a quest ão da incorporação de novos recur-sos ao cot idiano das universidades.

As vant agens da f ormação de prof esso-res, por meio do t reinament o à dist ância, são o est imulo à aprendizagem aut ônoma do uso do ambient e e o of ereciment o de mais t empo para leit ura e discussão do planejament o de cursos com o uso de recursos de EaD. Além disso, o prof essor t em sua primeira vivência em curso à dist ância, o que é um dif erencial para compre-ender os recursos de EaD e incorporá- los em disciplinas, ainda que presenciais.

A principal desvant agem do t reinamen-t o à disreinamen-t ância é que os prof essores precisam se envolver por muit o mais t empo, principalmen-t e com relação ao número de dias. Ouprincipalmen-t ra des-van t agem desse t i po de t rei n am en t o é qu e podem ocorrer problemas t écnicos e lent idão do sist ema quando o acesso é f eit o por meio de linha discada. Esse f oi um problema apont ado pelos alunos de graduação quando quest iona-dos na pesquisa.

As vant agens do t reinament o presencial são que ele possui um f oco na aprendizagem de t écnicas de ut ilização do ambient e e permit e at ender aos prof essores que pref erem aulas prá-t icas em laboraprá-t ório, cenprá-t radas em um conprá-t eú-do bem def inieú-do, como a exposição e explicação da int erf ace do ambient e. Out ra vant agem é que na aprendizagem, assist ida presencialment e, o t empo e a hora marcada das aulas permit em concent rar o t reinament o em muit o menos t em-po. Dois dias no curso presencial cont ra 30 dias para o t reinament o à dist ância.

A p ri n ci p al d esvan t ag em d o t rei n a-m en t o p resen ci al é q u e, p o r ser i n t en si vo , não há t empo suf icient e para leit ura e discus-são da bibliograf ia básica indicada para o plan ej am eplan t o de cu rsos e preparação de coplan

-t eú do para w eb, o qu e é possível f azer n o t rei n am en t o à di st ân ci a.

Com est a invest igação pode- se concluir que aprender a usar o TelEduc é mais do que aprender uma nova “ f errament a” ; é aprender n ovas lin gu agen s e n ovas est rat égias para a educação. O prof essor não precisa ser um pro-f undo conhecedor em inpro-f ormát ica para realizar um t rabalho como esse. Ele deve aprender a linguagem da int erf ace e deixar a part e t écni-ca para especialist as.

O prof essor necessit a aprender que o ambient e é um recurso com f inalidades seme-lhant es aos out ros disposit ivos educacionais já est abelecidos e, se bem ut ilizado, pode subst i-t uir, ef icieni-t emeni-t e, disposii-t ivos i-t radicionais e, mais do que isso, criar novas oport unidades, as quais devem ser aprendidas e incorporadas no cot idiano do processo educat ivo, para serem ef icient es. De qualquer f orma, o prof essor deve sempre est ar alert a para o papel da t ecnologia. Em u m cu rso, o pon t o cen t ral é al can çar o objet ivo de cada disciplina. Esse objet ivo não deve ser minimizado pelo ent usiasmo do pro-f essor na ut ilização de uma nova t ecnologia.

Considerando os result ados obt idos no est udo de caso, apresent am- se mais vant agens do que desvant agens quando se avalia o uso do TelEduc como apoio ao ensino presencial. Os resu l t ados desse est u do apon t am para o uso das t ecnologias de comunicação e inf ormação como f orma de organizar, assegu-rar e f acilit ar o acesso e a ent rega de at ividades. Tan t o prof essores com o al u n os ben ef i -ciam- se desse t ipo de est rat égia, evit ando, por exemplo, desgast es e t empo perdido com pro-bl em as ocasi on ados por di squ et es e e- m ai l s ext raviados.

(13)

o sist ema não est ar disponível após às 22h cau-sam insat isf ações e problemas.

No cont ext o apresent ado pode- se af ir-mar, t ambém, que o uso das TIC, usadas como inst âncias mediadoras do processo educat ivo t radicional, permit iu maior int eração ent re alu-nos e prof essor.

Invest igações como est a propiciarão, ao longo do t empo, o desenvolviment o de novas met odologias e o f orneciment o de diret rizes para

a est rut uração de out ras disciplinas de gradua-ção, que envolvam a ut ilização de t ecnologias de inf ormação e a comunicação em suas dinâmicas. O objet ivo maior é t ransf ormar os alunos da graduação da Unicamp em element os at ivos no processo de apren di zagem, au men t an do su a part icipação, int eração e aut onomia. Com isso aument a- se a qualidade da aprendizagem, est i-mula- se o aprender a aprender e f ormam- se prof issionais mais bem preparados.

R e f e r ê n c ia s b ib lio g r á f ic a s

ALVES FILHO, Manuel. Ferramenta para ensino a distância criada na Unicamp já é utilizada por três mil instituições. Jornal da Unicamp, Campinas, ano 17, n. 220, 2003.

DORÉ, Sylvie; BASQUE, Josiane. Le concept d’environmentd’apprentissage. Revue de L’Education à Distance, v. 13, p. 40-56, 1998.

GRUPO DE TRABALHO–EAD. Relatório final. Campinas: UNICAMP, 1999. Disponível em: < http://www.ead.unicamp.br/gtead/ gtead-261199.pdf> . Acesso em: 10 jul. 2003.

MOORE, Michael G. Theory of transaction distance. In: KEEGAN, Desmond (Ed.) Theorical principles of distance education. London: Routledge, 1993.

PETERS, Otto. Didática do ensino a distância. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2001.

ROCHA, Heloísa Vieira da. O ambiente TelEduc para educação a distância baseada na Web: princípios, funcionalidades e perspectivas de desenvolvimento. In: MORAES, M. C. (Org.) Educação a distância: fundamentos e práticas. Campinas: UNICAMP/NIED, 2002. p. 197-212.

SALMON, Gilly. E-moderating: the key to teaching and learning online. London: Ed. Kogan Page, 2000. Disponível em: < http:// oubs.open.ac.uk/e-moderating> . Acesso em: 20 nov. 2002.

Recebido em 22.07.03 Aprovado em 23.10.03

Marcelo Araújo Franco é doutor em Educação pela Unicamp e analista de suporte da equipe de Educação a Distância do CCUEC/UNICAMP.

Luciana Meneghel Cordeiro é mestre em Engenharia Elétrica e Computação pela Unicamp e analista de suporte da equipe de Educação a Distância do CCUEC/UNICAMP.

Referências

Documentos relacionados

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Entre as atividades, parte dos alunos é também conduzida a concertos entoados pela Orquestra Sinfônica de Santo André e OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São

Os estudos originais encontrados entre janeiro de 2007 e dezembro de 2017 foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: obtenção de valores de

Aos 7, 14 e 21 dias após a emergência (DAE), foi determinado o índice SPAD no folíolo terminal da quarta folha completamente expandida devido ser esta folha recomendada para verificar

Com o intuito de registrar tais alterações, anúncios de revistas premiados pelo 20º Anuário do Clube de Criação de São Paulo são apresentados de forma categórica como

O emprego de um estimador robusto em variável que apresente valores discrepantes produz resultados adequados à avaliação e medição da variabilidade espacial de atributos de uma

Quem pretender arrematar dito(s) bem(ns), deverá ofertar lanços pela Internet através do site www.leiloesjudiciais.com.br/sp, devendo, para tanto, os interessados,

Como visto no capítulo III, a opção pelo regime jurídico tributário especial SIMPLES Nacional pode representar uma redução da carga tributária em alguns setores, como o setor