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A imanência como "lugar" do ensino de filosofia.

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Academic year: 2017

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A im a n ê n c ia c o m o “ lu g a r ” d o e n s in o d e f ilo s o f ia *

Rodrigo Pelloso Gelamo

Universidade Estadual Paulista

R e s u m o

A intenção do presente artigo é pensar a problemática do ensino de f ilosof ia a part ir da obra de Deleuze e Guat t ari. Esses aut ores cria-ram uma série de conceit os, em seu f azer f ilosóf ico, para ent ender o que seria fazer filosofia, ou seja, para entender a atividade filosó-f ica que se dist anciasse de uma refilosó-f lexão sobre alguma coisa e se f undasse em um at o de criação f ilosóf ica. Segundo os aut ores, exist em quat ro conceit os que corroboram para ent ender esse f azer f ilosóf ico, quais sejam: conceit o, plano de imanência, personagem conceit ual e problema. Tem- se como hipót ese que t ais conceit os podem cont ribuir para se pensar o ensino de f ilosof ia na cont em-poraneidade de modo dif erenciado do qual vem sendo t rat ado. Foi dada especial at enção a um desses conceit os: plano de imanência, engendrado na últ ima obra conjunt a desses aut ores, O que é a f i-losof ia? (1997). Buscou- se, na obra desses aut ores, a caract eriza-ção de imanência e, consecutivamente, de plano de imanência para ent ender como se pode pensar o ensino de f ilosof ia de f orma dif e-renciada e de modo t al a dist anciá- lo de uma adequação con-ceit ual a um t ranscendent e ou a um t ranscendent al, a qual, no ent ender dos aut ores t rabalhados, levaria o conceit o de ensino a um dogmat ismo conceit ual. A propost a dest e art igo é buscar uma saída para o problema, pensando o ensino de f ilosof ia a part ir da imanência mesma na qual est e se produz.

P a l a v r a s - c h a v e

Ensino de Filosofia — Filosofia e educação — Filosofia francesa con-t emporânea — Imanência.

Correspondência: Rodrigo Pelloso Gelamo Rua Augusto Gente, 532 ap.33 17519- 340 – Marilia – SP e- mail: gelamo@gmail.com

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Educação e Pesquisa, São Paulo, v.34, n.1, p. 127-137, jan./abr. 2008 128

I m m a n e n c e a s t h e “ p la c e ” o f t h e t e a c h in g o f

p h ilo s o p h y *

Rodrigo Pelloso Gelamo

Universidade Estadual Paulista

A b s t r a c t

The aim of t his art icle is t o t hink t he problem of t he t eaching of phi l osophy f rom t he perspect i ve of t he w ork of Del eu ze an d Guat t ari. These aut hors have creat ed a series of concept s along t hei r phi l osophi cal w ork t o u n derst an d w hat i t m ean s t o do philosophy, t hat is, t o underst and a philosophical act ivit y t hat moves away f rom t he ref lect ion upon somet hing, t o be f ounded on an act of philosophical creat ion. According t o t hem, t here are f our concept s t hat cont ribut e t o underst and such philosophical work, namely Concept , Plane of Immanence, Concept ual Persona, and Problem. We assume t hat t hese concept s can be usef ul t o t hink t he cont emporary t eaching of philosophy in a way dif f erent f rom what has been t he case. Special at t ent ion was given t o one of t hese concept s, Plane of Immanence, developed in t he last joint work of t hese aut hors, What is philosophy? (1997). We have sought in t he work of t hese aut hors t o underst and how one can t hink t he t eaching of philosophy in such a way as t o dist ance it f rom a concept ual f it t ing t o a t ranscendent or t ranscendent al, which according t o t he aut hors employed here would push t he concept of t eaching int o a concept ual dogmat ism. The proposal of t his art icle is t o seek a way out of t his problem, t hinking t he t eaching of philosophy based on t he very immanence in which t his t eaching is produced.

K e y w o r d s

Teaching of philosophy — Philosophy and educat ion — French cont emporary philosophy — Immanence.

Contact:

Rodrigo Pelloso Gelamo Rua Augusto Gente, 532 ap.33 17519- 340 – Marilia – SP e- mail: gelamo@gmail.com

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C o n s id e r a ç õ e s in ic ia is

No presen t e art i go, part i u - se de u m a h i p ó t ese d e t r ab al h o : a d e q u e Del eu ze e Guat t ari (1997) podem cont ribuir para pensar o ensino de f ilosof ia. Essa hipót ese f undament a-se no modo como os ref eridos aut ores f azem sua f ilosof ia, ou seja, no modo como eles cri-aram vários conceit os que mudam o modo de olhar o mundo, melhor dizendo, de experimen-t ar o mundo, de f azer um recorexperimen-t e no mundo para en t en dê- l o. Exi st em , n a obra del eu zo-gu at t ari an a, vári os con cei t os qu e poderi am cont ribuir para se pensar o ensino de f ilosof ia. Desses vários conceit os, f oram escolhidos qua-t ro que são apresenqua-t ados, de f orma mais pre-cisa, n a obra O que é a f ilosof ia?: plano de imanência, conceit o, personagem conceit ual e problema. Element os que, segundo Deleuze e Guat t ari, const it uem o f ilosof ar, ou seja, concei-t os que se inconcei-t er- relacionam e dão consisconcei-t ência ao f azer f ilosóf ico.

Para Del eu ze e Gu at t ari (1997), f azer f ilosof ia é criar conceit os. Talvez essa seja a f rase mais repet ida de suas obras. No ent ant o, vale ressalt ar que criar conceit os não é uma at it ude que é encont rada soment e neles, mas como eles mesmos af irmam, t oda a f ilosof ia t em essa f unção. A dif erença que t razem esses aut ores é o lugar de part ida para que os ceit os sejam criados. Para eles, a criação de con-ceit os não poderia est ar f undada em um lugar de transcendência, mas sim se dar em uma imanência, melhor dizendo, em um plano traçado pelo filósofo na imanência. Desse modo, o conceit o não seria algo que vem de fora da imanência ou que poderia ser aplicado à imanência, mas que pert ence a ela. Assim, uma vez criado o conceit o no plano de imanência, o conceit o e o plano, no qual ele f oi criado, não se separariam. Não se t eria nenhuma hierarquia ent re eles nem mesmo poder- ia se-parar um do out ro.

Conceit o e plano est ão imbricados, por-que o conceit o só f unciona no plano em por-que f oi criado, e o plano é que dá condições para que o conceit o f uncione. Desse modo, os

con-ceit os e o plano de imanência são correlat os, co- exist ent es e co- insist ent es porque são cons-t ruídos simulcons-t aneamencons-t e. Essa é uma caraccons-t erís-t ica do f azer f ilosóf ico deleuzo- guaerís-t erís-t ariano que precisa ser dest acada: o const rut ivismo. Para eles, não bast a ao f ilósof o ser ref lexivo ou co-municat ivo. Segundo Deleuze (1992), “ de f at o o que import a é ret irar do f ilósof o o direit o à ref lexão ‘sobre’. O f ilósof o é criador, ele não é ref lexivo” (p. 152). Desse modo, o f ilósof o pre-cisa se t ornar o const rut or- criador.

Para Deleuze e Guat t ari (1997), “ a f iloso-f ia é um const rut ivismo, e o const rut ivismo t em dois aspect os complement ares, que se dif erem em nat ureza: criar conceit os e t raçar um plano” (p. 51). Assim, não bast aria ao f ilósof o criar con-ceit os, mas t ambém caberia a ele t raçar o plano de imanência no qual o conceit o será criado. Desse modo, o f ilósof o é o const rut or- criador. A ele não seria mais dado o at o de simplesment e cont emplar a realidade para encont rar um con-ceit o que a expressasse, mas experiment á- la e expressá- la como e pela criação.

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130 Rodrigo Pelloso GELAMO. A imanência como ‘lugar’ do ensino de filosofia. P e r s o n a g e n s c o n c e it u a is

Ex i st em i n ú m er o s p er so n ag en s co n -cei t u ai s n a h i st ó ri a d a f i l o so f i a. Del eu ze e Guat t ari (1997) enumeram vários deles: o idi-ot a, Sócrat es, Zarat ust ra, dent re out ros. Um des-ses personagens conceit uais, que é singular-ment e import ant e e que se f az necessário de-senvolver aqui, é o amigo. Est e é o personagem conceit ual por excelência para o f ilosof ar. Para Deleuze e Guat t ari (1997), “ amigo designaria uma cert a int imidade compet ent e, uma espécie de gost o mat erial e uma pot encialidade, como aquela do marceneiro pela madeira [...]” (p. 11). E complement a:

[...] o amigo não designa mais um persona-g em ext rín seco , u m exem p l o o u u m a ci rcu n st ân cia empírica, mas u ma presen ça in -t r ín seca ao p en sam en -t o , u m a ca-t eg o r i a vi va, u m vi vi do t ranscen den t al . (p. 11)

O personagem conceit ual não t em a f un-ção de servir de exemplo, ist o é, não exemplif ica det erminado conceit o, mas mais especif icament e f az o conceit o f uncionar nas relações de pensa-ment o, porque é ele quem vive o acont ecipensa-ment o f ilosóf ico. Desse modo, o personagem conceit ual da f ilosof ia, por excelência, é o próprio f ilósof o: aquele que é amigo do conceit o, aquele que cria e f az o conceit o f uncionar.

É preciso n ot ar a su t ileza com a qu al Deleuze e Guat t ari elaboram a def inição de ami-go. Para eles, o amigo (personagem conceit ual) não é alguém que simplesment e habit a o plano de imanência ou alguém que é colocado desde f ora no plano, mas alguém que é próprio ao pla-no; alguém que se dobrou a part ir do próprio plano. O amigo, assim, é um plano no plano re-cort ado do caos1, uma desaceleração, um plano criador de conceit os. O personagem conceit ual, port ant o, é aquele que vai dar consist ência ao plano. É aquele que vive o plano e cria concei-t os no plano.

Nesse pont o da discussão, f az- se neces-sário int erpelar Deleuze e Guat t ari com a

seguin-t e quesseguin-t ão: por que o personagem conceiseguin-t ual cria conceit os? Qual a necessidade dessa criação de conceit os? Seria essa uma dest inação?

Po d er- se- i a b u scar em u m a f rase d e Deleuze (1992) uma possível respost a a isso: “ É f ilósof o quem se t orna f ilósof o, ist o é, quem se int eressa por essas criações muit o especiais na ordem dos conceit os” (p. 39). No ent ant o, para qu e sej a possível com preen der o f ragm en t o acima, é preciso ret ornar ao que eles ent endem por amigo. O f ilósof o, como já f oi dit o, é o amigo do conceit o, aquele que deseja o con-ceit o e que aspira ao concon-ceit o. Vale lembrar, t ambém, que o amigo não é alguém que est á f ora do plano, mas que est á int rínseco ao pla-no. A aspiração, ou o desejo de criação, não é um dado que vem de f ora do plano de imanência, mas é imanente ao plano. Assim, o criador de con-ceit os t em de ser ínt imo do plano para poder expressá- lo, para querer expressá- lo e, assim, para ser problemat izado pela imanência e, como res-post a às problemat izações, criar conceit os. Des-se modo, o plano de imanência problemat iza o amigo do conceit o, at aca o pensament o do per-sonagem conceit ual e pede para que ele o ex-presse. Pede para o f ilósof o criar condições de resolução para os problemas produzidos no e pelo plano de imanência e, ao mesmo t empo, problemat iza o plano no sent ido de t ensioná-lo e reproblemat izá- ensioná-lo. O conceit o, assim, é a respost a aos problemas do plano e a condição de expressividade do plano.

Not a- se que o modo deleuzo- guat t ariano de pensar a f ilosof ia é bast ant e complexo. Por isso, seria preciso desenvolver cada um dos ele-ment os que compõem o f azer f ilosóf ico — plano de imanência, conceit o, personagem conceit ual e problema — de f orma separada. No ent ant o, da-dos o limit e do present e art igo, será preciso limi-tar a exposição dos argumentos mais detidamente a apenas um desses element os — o plano de imanência — e na medida do possível correla-cioná- lo aos out ros element os.

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R e c o r t a r

É largamente sabido que, para se pesquisar, é necessário fazer recortes. Recortar a realidade e problemat izá- la para poder ent ender quais são os problemas que podem ser t irados dessa rea-lidade para se t er um t ema de pesquisa, um campo de pesquisa para se olhar e, assim, pen-sar. Por isso, há a necessidade de f azer os devi-dos recort es e t raçar planos que dêem condições aos objet ivos almejados.

M uit as vezes, os recort es f uncionam de modo t al a servir como ‘lent es’ para se olhar a realidade. Funcionam como imagens que se usa como um decalque aplicável à realidade para que, assim, o campo de pesquisa se t orne visível. Dit o de out ro modo, bus se na lit erat ura os cam-pos de pesquisa, os modos de recort ar e, a par-t ir das leipar-t uras, cria- se uma imagem daquilo que se deve enxergar na realidade. Junt ament e com essa imagem criada, são trazidos os conceitos que nomearão aquilo que a imagem decalcada tornará possível de se enxergar.

Tal modo de olhar apresent a problemas, isso porque se se aplicar uma imagem ou con-ceit os já est abelecidos ant eriorment e à realida-de, não se poderá t er acesso à imanência, uma vez que a imagem e os conceit os não apenas est ão, mas t ambém f oram produzidos f ora da imanência. Pensado assim, t er- se- ia duas dimen-sões: uma é o lugar onde o olhar f ocaliza aquilo que se quer enxergar; e a out ra, o modo de olhar que det ermina o f oco. Desse modo, se já houver de ant emão o modo de olhar a realida-de, est a t eria de se adequar ao modo de se olhar. A con t ri bu i ção de Del eu ze e Gu at t ari est á no modo dif erenciado de f azer esse recor-t e e, o mais imporrecor-t anrecor-t e, na concepção mesma daquilo que se recort a. Esses aut ores propõem uma out ra possibilidade de pensar isso que est á sendo chamado de olhar e de lugar. Para eles, não se pode part ir de algo que já t enha sido dado ant ecipadament e, mas sim part ir da ima-nência e permit ir que ela crie os problemas e, com a criação de problemas, buscar as condi-ções de resolução. Dit o de out ro modo, é

ne-cessário um desvencilhar- se de qualquer con-dição a priori, que seja t ranscendent e ou t rans-cendent al, ou seja, que não est eja f incada na imanência. O único a priori que poderia, por-t anpor-t o, ser aceipor-t o seria a imanência. A imanência, assi m , seri a a m at éri a- pri m a (o a pri ori sem qualquer t ranscendent al) para o pensament o.

O c o n c e it o d e im a n ê n c ia

Vale, aqui, desenvolver mais det idamen-t e o conceiidamen-t o de imanência. Quando se pensa nesse conceit o, normalment e pensa- se em algo que é imanent e a alguma coisa. No ent ant o, para Deleuze e Guat t ari, a imanência não pode ser ent endida desse modo porque ela não é uma dualidade ou um cont inent e que é recept or de um cont eúdo. Deleuze (2006), em A imanência, uma vida..., af irma que

[ ...] a i m an ên ci a ab so l u t a é n el a m esm a: el a n ão est á em al g u m a co i sa, d en t r o d e al gu m a coi sa, el a n ão depen de de u m ob-j et o n em pert en ce a u m su ob-j ei t o. (s/ p)

Dessa f orma, a imanência não pode ser en t en di da com o u m a i n st ân ci a qu e con t ém obj et os ou com o u m l u gar on de os obj et os est ejam, bem como t ampouco pode ser consi-derada como algo sobre o qual a consciência de u m su j ei t o se det ém para f orm u l ar seu s conheciment os. A imanência não est á nem além nem aquém do sujeit o ou do objet o nem mes-mo na relação que se pode est abelecer ent re esses d o i s t erm o s. Assi m , co n f o rm e af i rm a Deleuze (2006):

A i man ên ci a n ão se remet e a Al gu ma coi sa co m o u n i d ad e su p er i o r a t o d as as co i sas n em a u m Su j ei t o co m o at o q u e o p er a a sín t ese das coisas: é qu an do a iman ên cia é imanência apenas a si que se pode f alar de u m pl an o de i m an ên ci a. (s/ p)

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o-132 Rodrigo Pelloso GELAMO. A imanência como ‘lugar’ do ensino de filosofia. t alidade do que exist e. No entanto, se a totalidade

f or concebida como a soma de t odas as coisas exist ent es, não se pode dizer que seja imanência nem mesmo a totalidade de todas as coisas poderá ser considerada imanência. Para se ent ender o conceit o de imanência, t eria de se suprimir t odo plano de dualidade — céu- terra, imanente- transcdent e — assim como int erromper o modo de en-t endimenen-t o que age como uma consciência sub-jet iva a qual pensa um obsub-jet o que est á f ora dela. Isso porque não haveria uma separação ent re o sujeit o e o objet o nem mesmo ent re a imanência e seus habit ant es (Deleuze, 2006).

Seguindo essa proposição, seria preciso ent ender a imanência como um caos, pois não se t eria mais um sujeit o ou uma int eligência su-perior que desse consist ência à mat éria primei-ra que a imanência. Desse modo, a imanência é a própria dimensão caót ica: o caos e suas velo-cidades. Para Deleuze e Guat t ari (1997):

O que caract eriza o caos, com ef eit o, é menos a ausência de det erminações do que a veloci-dade inf init a com a qual elas se esboçam e se apagam: não é um moviment o de uma a out ra mas, ao cont rário, a impossibilidade de uma relação ent re duas det erminações, já que uma não aparece sem que a out ra já t enha desapa-recido, e que uma aparece como evanescent e quando a out ra desaparece como esboço. O caos não é um est ado inert e e est acionário, não é uma mist ura ao acaso. O caos caot iza, e desf az no inf init o t oda consciência. (p. 59)

Deleuze e Guat t ari (1988), a exemplo de Niet zsche, querem f azer “ [...] do caos um objet o de af irmação” (p. 388). Isso quer dizer que é no caos que os problemas se afirmam e não fora dele, ou seja, não se pode supor a exist ência de uma consciência que t eria como f unção problemat izar o caos e propor soluções desde f ora dele.

O p la n o d e im a n ê n c ia

O probl em a qu e pode ser col ocado a Deleuze e Guat t ari (1997) é: como pode o caos

ser o lugar de produção conceit ual se sua pró-pria caract eríst ica é ser caót ico e inominável? Esse quest ionament o encont ra ressonância na problemat ização por eles f eit a em M il Plat ôs, onde se lê: “ mas como poderemos ainda iden-t if icar e nomear as coisas, se elas perderam os est rat os que as qualif icavam e passaram para uma dest errit orialização absolut a?” (p. 87). Para esses aut ores, o caos não é uma ausência t ot al de det erminações, mas a pura imanência com suas velocidades, que dest errit orializam a t odo o moment o suas conf igurações. Desse modo,

O q u e car act er i za o cao s, co m ef ei t o , é m en os a au sên ci a de det erm i n ações qu e a velocidade inf init a com a qual elas se esbo-çam e se apagam: não é um moviment o de u m a a ou t ra, m as, ao con t rári o, a i m possi -bilidade de uma relação ent re duas det ermi-n ações, já qu e u ma ermi-n ão aparece sem qu e a out ra já t enha desaparecido, e que uma não aparece com o evan escen t e qu an do a ou t ra desaparece com o esboço. (p. 59)

Assim, para se pensar a imanência, seria necessário criar planos que f uncionassem como desacelerações do caos, que f uncionassem como esboços que se conf iguram moment aneament e. Por isso, é necessário cort ar o caos para que se crie consist ência e, assim, possa ser pensado. Desse modo, o plano de imanência é um recor-t e que se f az no caos, ou seja, na imanência fugidia. Vale lembrar aqui que Deleuze e Guattari est ão se cont rapondo ao modo plat ônico de ent endiment o ont ológico: os dois mundos de Plat ão. Segundo Deleuze (1975), para Plat ão, o mundo mat erial não poderia ser pensado just a-ment e por essa caract eríst ica f ugidia. A única coisa pensável seria o mundo das idéias pelo f at o de ser imut ável.

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p en sá- l o . Desse m o d o , t raçar u m p l an o n a imanência é recort ar a realidade caót ica de t al modo que seja possível pensar. Por isso, esse reco rt e f u n ci o n a co m o u m cri vo . Seg u n d o Prado Jr. (2000),

‘ Cort ar’ só pode si gn i f i car capt ar (def i n i r) uma ‘f at ia’, por assim dizer, de um caos que perm an ece l i vre (e i n f i n i t am en t e l i vre) em t odas as out ras direções ou dimensões. M as, al ém de ‘ cort e’ n o caos, o pl an o é t ambém u m ‘ cri vo ’ – co rt ar é sel eci o n ar e f i xar – , n u m a pal avra, det erm i n ar, con t er o ri o de Heráclit o ou o oceanomundo. (p. 314- 315)

Concorda- se com o modo como Prado Jr. ent ende o recort e no que diz respeit o ao capt ar u m a f at i a. No en t an t o, n ão se pode concordar que def inir seja sinônimo de capt ar. A discordância pode ser f undament ada a par-t ir da crípar-t ica que Deleuze e Guapar-t par-t ari elaboram acerca do erro que a f ilosof ia comet e ao bus-car def inições. Segundo eles, a def inição ‘ma-t aria’ o a‘ma-t o de criação concei‘ma-t ual. O concei‘ma-t o t em como f unção expressar o plano de ima-nência e não def in lo, isso porque, se se def i-nir algo, a mobilidade do conceit o seria inibida em seu carát er expressivo e est ar- se- ia ret oman-do aquilo que eles crit icaram: que o conceit o não t em como f unção dar nome à realidade. Se a f unção do conceit o, ou do plano, f osse a de def inir, est aria se ret ornando a ant iga busca pelo carát er universal e necessário. “ Um conceit o não é um universal, mas um conjunt o de singulari-dades” (Del eu ze, 1992, p. 183). Do m esm o modo, o plano é algo móvel e que não pode ser def inido, mas desacelerado, cont ido, criva-do. Assim, suas f orças est ariam o t empo t odo f orçando a reaceleração e buscando escapar de seu cont inent e. Por isso, o conceit o e o plano precisam sempre ser repensados em seu movment o de dif erenciação e não podem ser def i-nidos, mas apenas pensados2.

Desse modo, ao se t raçar o plano, o caos est aria sendo delimit ado, crivado. Ou seja, para f azer uma ref erência à cit ação ant erior, recort ar

é desacelerar as velocidades do rio heraclit eano sem jamais conseguir def ini- lo. O import ant e é não perder as int ensidades produzidas no caos, não separar o recort ado daquilo que se cort ou, m an t ê- l o em rel ação de co- ext en são com a mat éria da qual f oi cort ado. Isso quer dizer que, t ant o o plano como o caos são imanent es: não se separa aqu i l o qu e f oi cort ado do qu e se cort ou, apenas se cria uma desaceleração nas corren t es de i n t en si dades. A m esm a at i t u de pode ser encont rada nos ribeirinhos amazôni-cos que const roem redes dent ro do rio para a criação dos peixes nat ivos da região. Essas re-des f uncionam de t al modo a cont er os peixes na imensidão das águas. Esse tipo de cultura pisicícola desacelera o moviment o dos peixes sem perder a produtividade do rio, porque mantém os peixes em seu lugar imanent e. Desse modo, não são os pei-xes que são imanentes ao rio, mas o rio, com tudo o que ele é, é que se constitui uma imanência (rio e peixes e algas etc.). Para Deleuze (1992), o “ E já não é nem mesmo uma conjunção ou uma rela-ção particular, ele arrasta todas as relações” (p. 60). Para Deleuze (2006), “ dir- se- á que a pura imanência é UM A VIDA, nada mais. Ela não é imanência à vida, mas o imanent e que não é imanent e a nada específ ico é ele mesmo uma vida. Uma vida é a imanência da imanência, a imanência absolut a: ela é pot ência e beat it ude complet as” (s/ p). Assim como a vida é imanent e à própria Vida, a imanência é imanent e a ela mesma, não pode ser separada, não pode ser dividida. Ela é plenit ude e não pode haver nada f ora dela. Assim, a imanência é a pura int ensi-dade da vida. Para ele,

[...] uma vida est á por t odos os lugares, por t o d o s o s m o m en t o s q u e at r avessam est e o u aq u el e su j ei t o vi vo e q u e m ed em t ai s obj et os vi vi dos: vi da i m an en t e t razen do os acont eciment os ou singularidades que ape-nas se at ualizam nos sujeit os e nos objet os. Essa vi d a i n d ef i n i d a n ão t em , el a m esm a, m om en t os, por m ai s próxi m os qu e est ej am

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134 Rodrigo Pelloso GELAMO. A imanência como ‘lugar’ do ensino de filosofia. u n s d o s o u t ro s, m as ap en as en t ret em p o s,

en t rem om en t os. (s/ p)

Pensar a imanência é pensar a vida. No en t an t o, para pen sar a vida, é preciso desa-celerá- la, mapeá- la. Assim, a part ir de Deleuze e Guat t ari, pode se ent ender que o plano de imanência é o mapa do mundo. M apa que dá condições de locomoção para que o f ilósof o se singularize e que é o lugar no qual o f ilósof o problemat iza a realidade, f azendo com que ela se subjet ive, se dobre, de det erminado modo. Segundo Cardoso Jr. (2006),

[ ...] cada um est á ao mesmo t empo criando u m m o d o d e vi d a en q u an t o se co n st ró i a i m an ên ci a co m o p l an o p ró p ri o ao p ensar, porque o ‘const rut ivismo’ do pensament o é t am b ém u m p o d er o so cam p o d e ex p er i -m en t ação. (p. 34)

Desse modo, o plano de imanência é o lugar onde se cria um modo de vida, onde o pensament o é at acado, é o não pensado que precisa ser experiment ado para ser pensado.

Por ser não pensado, o plano de ima-nência é pré- f ilosóf ico e pré- conceit ual. Isso porque ele não é pensament o, mas é a mat éria na qual o pensament o se dobrará. Desse modo, o plano de imanência est á ant es da f ilosof ia e ant es da criação dos conceit os. Ent ret ant o, é sobre esse plano que o pensament o se produ-zirá. Segundo Cardoso Jr. (2006),

Um pensament o f ilosóf ico, porque cria con-ceit os como seus ent es f undament ais, lança-se exat amen t e n a con st ru ção da iman ên cia com o seu pl an o própri o. É j u st am en t e n a imanência que começam t ant o a complexida-de da f ilosof ia quant o o jogo que os concei-t os de cada pensamenconcei-t o joga, concei-t endo em visconcei-t a sua relação com a não- f ilosof ia. (p. 28)

O plano de imanência, assim, é a mat é-ria do pensament o. M at éé-ria prévia na qual o pensament o se det erá para produzir conceit os.

Se o plano e o conceit o não est iverem, melhor dizendo, se não f orem pert encent es à imanência, t ant o o plano quant o os conceit os f uncionariam de f orma dogmát ica, ou seja, con-ceit os e plano seriam dados a priori, seriam ela-borados f ora da imanência. Desse modo, t er- se-ia um BOM plano e um BOM conceit o como princípios e a imanência t eria de se adequar a esses conceit os e a esse plano. Assim, o recort e do plano e os conceit os seriam apenas adequa-ções da imanência à transcendência. Para Deleuze e Guat t ari (1997), “ não bast a mais conduzir a imanência ao t ranscendent e, quer- se que ela re-met a a ele e o reproduza, que ela mesma o f abri-que” (p. 65). Desse modo, a t ranscendência seria det ent ora do modo de cort ar o plano e os con-ceit os e, t ambém, a condição do cort e. Pensan-do desse moPensan-do, a imagem Pensan-do plano e Pensan-dos con-ceit os já est aria elaborada sem se relacionar com a imanência ou quando muit o, a imanência seria uma reprodução (adequação) da t ranscendência. Deleuze e Guat t ari (1997) af irmam que essa con-f usão pode ser ent endida da seguint e maneira:

[ ...] em vez de u m pl an o de i m an ên ci a, el e mesmo, const ruir est a mat éria do Ser ou est a imagem do pensament o, é a imanência que seri a rem et i da a al go qu e seri a com o u m ‘dat ivo’, M at éria ou Espírit o. É o que se t orna evident e em Plat ão e seus sucessores. Em vez de um plano de imanência const ruir o Uno-Todo, a imanência est á ‘no’ Uno, de t al modo que um out ro Uno, dest a vez t ranscendent e, se su perpõe àqu el e n o qu al a i man ên ci a se est ende ou ao qual ela se at ribui [...]. (p. 62)

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[ ...] cada vez que se int erpret a a imanência como ‘a’ algo, produ z- se u ma con f u são do plano com o conceit o, de modo que o concei-t o se concei-t orna um universal concei-t ranscendenconcei-t e, e o pl an o, u m at ri bu t o do con cei t o. Assi m m al en t en di do, o pl an o de i m an ên ci a rel an ça o t ranscendent e. (Deleuze; Guat t ari, 1997, p. 62)

Cardoso Jr. (2006a), comen t an do essa problemát ica em Deleuze, af irma:

O que caract eriza, genericament e, a imagem dogmát ica do pensament o, segundo Deleuze, são as t écnicas int erpret at ivas que invert em a polaridade produt iva do pensar, t ransf ormando o ef eit o ou sint oma, em causa. Por exemplo, isso acont ece quando a represent ação é dest a-cada do plano do pensament o como seu f at or const it ut ivo. Toda vez que t al t ransf erência acont ece o pensament o é avilt ado e submet i-do a um pólo que ganha o direit o de f alar em nome do pensar como um t odo. (s/ p)

Desse m odo, para Del eu ze e Gu at t ari (1997), o recort e não pode ser f eit o a part ir de um t ema ou de uma quest ão que est eja f ora da imanência nem poderia ser dado ant ecipadamen-t e, mas se deve f azer esse recorecipadamen-t e na imanência, ou seja, deve- se t raçar um plano na imanência caót ica. O caos deve ser ent endido, segundo es-ses autores, não como com uma mera ausência de det erminações, mas como um lugar em que o pensament o vai se dobrar. Por ser o ainda não dobrado (a desdobra absolut a), ele “ caot iza, e desf az no inf init o t oda consist ência” (p. 59). Por isso, é necessário criar um plano que dê consistên-cia a esse caos para que ele possa ser pensado.

Fazer f ilosof ia, assim, é pensar o- com- o plano de imanência. Só é possível f ilosof ar se se est iver no plano de imanência, se se expe-riment ar o plano de imanência. Isso porque, segundo Deleuze e Guat t ari (1997),

O pl an o de i m an ên ci a é pré- f i l osóf i co, e j á n ão opera com con cei t os, el e i m pl i ca u m a espéci e de experi m en t ação t at ean t e, e seu

t raçado recorre a meios pouco conf essáveis, pou co raci on ai s e razoávei s. São m ei os da ordem do sonho, dos processos pat ológicos, das experi ên ci as esot éri cas, da em bri agu ez ou do excesso. (p. 59)

Desse modo, pode- se dizer, junt ament e com Zorabichvili (2005), que, para Deleuze e Guat t ari,

[ ...] a f ilosof ia é, pois, propriament e f ilosó-f i ca en q u an t o p en sam en t o d a exp eri ên ci a ou , o qu e vem a dar n o m esm o, en qu an t o pen sam en t o da i m an ên ci a. (s/ p)

P la n o s a r b ó r e o s o u r iz o m á t ic o s

Ao se aproximar a problemát ica deleuzo-guat t ariana acerca da imanência do problema do ensino de f ilosof ia, é possível ent ender que o plano de imanência do ensino de f ilosof ia são as qu est ões e os probl em as decorren t es da experiência, da experiment ação da imanência, d o m o d o d e reco rt ar a i m an ên ci a, q u e é a experi ên ci a dos probl em as qu e o en si n ar e aprender a f ilosof ia produzem.

Por esse mot ivo, é necessário ent ender o ensino de f ilosof ia como uma imanência, ou seja, experimentar o ensino como uma imanência. Não pensar o ensino como algo que seja imanent e à educação, mas imanent e a ele mesmo. Desse modo, o ensino seria ret irado de uma relação hierárquica e arbórea que f ora colocada pela educação como uma ciência que tem, em uma de suas áreas de invest igação, o ensino e o ensinar. O esquema hierárquico, denominado por Deleuze e Guat t ari (1997a) de arbóreo, f unci-ona como o decalque que f oi enunciado ant e-riorment e. A árvore é uma est rut ura pivot ant e que mant ém a unidade e a cent ralidade daquilo que est á conect ado a ela. Para eles,

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136 Rodrigo Pelloso GELAMO. A imanência como ‘lugar’ do ensino de filosofia. u m ei x o q u e su p o r t a. A ár vo r e ar t i cu l a e

h i erarq u i a o s d ecal q u es, o s d ecal q u es são com o f ol has da árvore. (p. 21)

Deleuze e Guat t ari propõem como alt er-nat iva para a relação hierárquica, nos quais os saberes se est abelecem: o rizoma. Uma plant a rizomát ica, ao cont rário da árvore, t em um sis-t ema radicular complexo, com sis-t ansis-t as conexões que não se sabe em que lugar começa e em qu e l u gar t erm i n a o sist em a radi cu l ar. Su as raízes se ent reconect am por bulbos e radículas. As plant as rizomát icas t êm raízes e caules t an-t o suban-t errâneos (escondidos, obscuros) quanan-t o aéreos (que aparecem ao olhar). Tudo (caules aéreos e subt errâneos, raízes aéreas e subt errâ-n eas) est á coerrâ-n ect ado com t u do, f orm aerrâ-n do, assim, um emaranhado de caminhos, de sent i-dos. Uma relação não mais hierárquica, mas em rede. Assim, o f uncionament o rizomát ico, em vez de decalcar, cria um mapa. Isso porque, no rizoma, não há uma est rut ura ou mesmo hierar-quia ent re os element os. Ele f unciona com suas conexões múlt iplas. Por esse mot ivo, não há como est abelecer previament e as relações en-t re os elemenen-t os da rede.

P la n o d e im a n ê n c ia e e n s in o d e f i l o s o f i a

Pensando com Deleuze e Guat t ari, pode-se pensar o ensino de f ilosof ia como o plano imanent e a si mesmo, como um recort e no caos, que f unciona como um plano de imanência, um mapa qu e t orn a possível criar u m campo de visibilidade, pois essa é a f unção do cort e:

cri-ar visibilidades. Cricri-ar um campo problemát ico que at aque o pensament o e que mova o pensar. Conforme foi dito anteriormente, os proble-mas não podem ser ext eriores ao plano de ima-nência, ou seja, o problema é uma problematização do próprio plano de imanência. Deleuze e Guattari (1997) auxiliam a recuperar a imanência da proble-matização, mostrando que é preciso traçar um pla-no de imanência para pensar pla-nosso presente. Esse plano deve ser apresentado de modo a criar uma consistência problemática que dê suporte à criação de conceitos, uma vez que

[...] o plano de imanência não é um concei-t o pensado nem pensável, mas a imagem do pensament o, a imagem que ele se dá do que si gn i f i ca pensar, f azer uso do pensam en t o, se orient ar no pensament o [...]. (p. 53)

Por esse mot ivo, ao pensar o ensino de f ilosof ia, é necessário t raçar o mapa do plano para criar os conceit os que o povoarão. M apear o lugar em que serão produzidos os conceit os, o lugar onde os conceit os f ilosóf icos vão f un-cionar/ habit ar. Nesse sent ido, é preciso f azer u m m apa do probl em a. É n o pl an o de i m a-nência que os conceit os serão enrolados e de-senrolados, esse é o lugar em que os conceit os podem f uncionar (Deleuze; Guat t ari, 1997).

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R e f e r ê n c ia s b ib lio g r á f ic a s

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Recebido em 0 4 .1 2 .0 6

Aprovado em 2 2 .1 0 .0 7

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