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Mielorradiculopatia esquistossomótica.

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Academic year: 2017

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Tr ê s e s pé c ie s de pla te lm in to s tr e m a tó de o s s ã o o s

c a us a do r e s da m a io r ia do s c a s o s de e s q uis to s s o m o s e

humana: o

Sc histo so m a ha e m a to b iu m

, desc rito por B ilharz

e m 1 8 5 2 , o

Sc h i s to s o m a ja p o n i c u m ,

r e c o n h e c ido e

1 . Serviç o de Do enç as Infec c io sas e Parasitárias da Fac uldade de Medic ina da Universidade Federal de Minas Gerais, B elo Ho rizo nte, MG. 2 . IRM/IMRAD, B elo Ho rizo nte, MG. 3 . Ho spital Sarah Kubitsc hec k, B elo Ho rizo nte, MG. 4 .Divisão de Neuro lo gia do Ho spital das Clínic as da Universidade Federal de Minas Gerais, B elo Ho rizo nte, MG. 5 . Serviç o de Radio lo gia do Labo rató rio Hermes Pardini.

En de r e ço par a cor r e spon dê n ci a: Dr. Jo sé Ro berto Lambertuc c i. FM/UFMG. Av Alfredo B alena 1 9 0 , Santa Efigênia, 3 0 1 3 0 -1 0 0 , B elo Ho rizo nte, MG, B rasil. e-mail: lamber@ uai.c o m.br

Rec ebido para public aç ão em 1 9 /1 /2 0 0 4 Ac eito em 4 /5 /2 0 0 4

Mielorradiculopatia esquistossomótica

Schistosomal myeloradiculopathy

Luciana Cristina dos Santos Silva

1

, Pedro Ernane Maciel

2

, João Gabriel Ramos Ribas

3

,

Sílvio Roberto de Sousa Pereira

4

, José Carlos Serufo

1

, Luciene Mota Andrade

5

,

Carlos Maurício Antunes

1

e José Roberto Lambertucci

1

RESUMO

A m ie lo rra dic u lo pa tia e sq u isto sso m ó tic a é a fo rm a e c tó pic a m a is gra ve e in c a pa c ita n te da in fe c ç ã o pe lo

Sc histosoma

mansoni

. A su a pre va lê n c ia e m á re a e n dê m ic a te m sido su b e stim a da . O dia gn ó stic o b a se ia - se n a pre se n ç a de sin to m a s

n e u ro ló gic o s de c o rre n te s de le sõ e s da m e du la e spin ha l e m n íve l to rá c ic o b a ixo e /o u lo m b a r a lto , n a de m o n stra ç ã o da

i n f e c ç ã o e sq u i sto sso m ó ti c a po r té c n i c a s m i c ro sc ó pi c a s o u so ro ló gi c a s e n a e xc lu sã o de o u tra s c a u sa s de m i e li te

tra n sve rsa . O tra ta m e n to pre c o c e , c o m e sq u isto sso m ic ida s e c o rtic o e ste ró ide s, m o stra - se e fic a z n a m a io ria do s c a so s e

o s pa c ie n te s n ã o tra ta do s n ã o se re c u pe ra m o u m o rre m . Nã o há c o n se n so so b re do se s e du ra ç ã o do tra ta m e n to , m a s

e stu do re c e n te su ge re q u e o s c o rtic o e ste ró ide s de va m se r u sa do s po r pe lo m e n o s se is m e se s. Co m o o dia gn ó stic o é

pre su n tivo e o tra ta m e n to e sse n c ia lm e n te c lín ic o , há q u e se m a n te r a le rta pa ra a pre se n ç a da do e n ç a , a pe rfe iç o a r a

pro pe dê u tic a e , de ssa fo rm a , e vita r- se a la m in e c to m ia ro tin e ira . Co m o a dve n to da re sso n â n c ia m a gn é tic a da m e du la

e spin ha l ho u ve gra n de a va n ç o n o dia gn ó stic o da e sq u isto sso m o se m e du la r. Co m o c o n se q ü ê n c ia , o n ú m e ro de c a so s de

m ie lo pa tia e sq u isto sso m ó tic a re la ta do s te m a u m e n ta do ra pida m e n te .

Pal avr as-chave s

: Esq u isto sso m o se . Mie lo pa tia . Ne u ro e sq u isto sso m o se . Mie lo rra dic u lo pa tia . Me du la e spin ha l.

ABSTRACT

Sc histo so m a l m ye lo ra dic ulo pa thy is the m o st se ve re a nd disa b ling e c to pic fo rm o f sc histo so m ia sis

m a nso ni. Its pre va le nc e

in e nde m ic a re a s ha s b e e n unde re stim a te d. The dia gno sis re lie s o n the pre se nce o f lo w tho ra cic/uppe r lum b a r ne uro lo gica l

sym pto m s, de m o n stra tio n o f the

Sc histosoma mansoni

in fe c tio n b y m ic ro sc o pic o r se ro lo gic te c hn iq u e s, a n d e xc lu sio n

o f o the r c a u se s o f tra n sve rse m ye litis. Whe n tre a tm e n t with a n tisc histo so m a l dru gs a n d c o rtic o ste ro ids is sta rte d e a rly,

the c linic a l re spo nse is surprisingly go o d a nd tho se le ft untre a te d do no t im pro ve a nd fre q ue ntly die . The re is no c o nse nsus

a b o u t do se s a n d du ra tio n o f tre a tm e n t, b u t a re c e n t stu dy su gge sts tha t whe n ste ro ids a re give n fo r a t le a st 6 m o n ths

c linic a l im pro ve m e nt is e nha nc e d. As the dia gno sis o f SMR is pre sum ptive a nd tre a tm e nt is e sse ntia lly c linic a l, physic ia ns

sho u ld b e a wa re o f the dise a se a n d m o re re se a rc h is n e e de d to in c re a se the a c c u ra c y o f the dia gn o stic m e tho ds a n d,

he n c e , to a vo id ro u tin e la m in e c to m y. With the a dve n t o f m a gn e tic re so n a n c e im a gin g o f the spin a l c o rd the dia gn o sis o f

this e c to pic fo rm o f the dise a se wa s fa c ilita te d. In a c c o rda n c e , the n u m b e r o f c a se s o f sc histo so m a l m ye lo pa thy re po rte d

is in c re a sin g ra pidly.

Ke y-words

: Sc histo so m ia sis. Mye lo pa thy. Ne u ro sc histo so m ia sis. Mye lo ra dic u lo pa thy. Spin a l c o rd.

nomeado por Katsurada em 1 9 0 4 , e o

Schisto so m a m a nso ni

,

separado do

S. ha e m a to b ium

por Sambon em 1 9 0 7

4 3 3 5 2 5 3

.

(2)

pelo

S. ha e m a to b iu m

e o

S. ja po n ic u m

2 0 5 1

. A deposiç ão

assinto mátic a de o vo s no SNC é fr e q üe nte

6 3

. Nas fo r mas

sintomáticas, as duas primeiras espécies citadas apresentam-se

mais fr e qüe nte me nte c o m síndr o me mie lo r r adic ular, e a

últim a , c o m e n vo lvim e n to c e r e b r a l. A pr e va lê n c ia da

e s q uis to s s o m o s e c e r e b r a l s into m á tic a e ntr e indivíduo s

infec tado s pelo

Sc histo so m a ja po nicum

é de 2 a 4 %

4 1 1 1 3

. A

mielorradic ulopatia esquistossomótic a ( MRE) , forma mais

c omum da doenç a esquistossomótic a do sistema nervoso,

relaciona-se mais freqüentemente à esquistossomose mansoni.

O primeiro registro de esquistossomose ectópica foi feito

por Yamagiwa em 1 8 8 9 , quinze anos antes de o agente etiológico,

o

S. ja po nicum

, ser descrito

1 1 6

. O paciente tinha história de

episódios recorrentes de epilepsia e o exame

po st-m o rtem

de

se u c é r e b r o r e ve lo u a pr e se nç a de gr anulo m as. Ne sse s

granulomas havia grande número de estruturas que foram

identificadas, oportunamente, como ovos de

S. ja po nicum

. Em

1905, Shimamura e Tsunoda relataram a presença de granulomas

no hemisfério cerebral esquerdo de um indivíduo com história

de epilepsia e hemiplegia à direita. Esses investigadores também

observaram lesões esquistossomóticas no segmento lombar da

medula espinhal de um segundo paciente com história de mielite

transversa.

Ferguso n, em 1 9 1 3 , desc reveu a presenç a de o vo s de

Schisto so m a

no SNC de um egípcio que morreu com paraplegia

e esquistossomose vesic al

3 4

. A primeira desc riç ão de lesões

ectópicas do

S. ha em a to bium

foi feita por Day e Kenawy, em

1 9 1 1 , que enc o ntr ar am o vo s do par asita em gr anulo mas

medulares

2 8

. Em 1 9 3 0 , identificou-se o

S. m a nso ni

como o

causador de mielopatia esquistossomótica em um paciente que

residira no Brasil

3 3

.

Em 1 9 4 8 , Faust publicou revisão sobre esquistossomose

ec tópic a

3 3

. De 8 2 c asos desc ritos, anotou-se ac ometimento

cerebral em 5 6 pacientes e, em oito havia evidência de lesão

medular; três estavam infectados pelo

S. m a nso ni

. Já naquela

época, o autor enfatizou a importância de atrair a atenção médica

para a doença e o necessário esforço diagnóstico, uma vez que o

número de casos era suficientemente grande e as complicações

resultantes freqüentemente graves: “Nos relatos de casos, tem sido

costumeiro a maioria dos escritores se referir à esquistossomose

ectópica como

ra ra

ou

m uito ra ra

. Essas designações não são

mais aplicáveis, apesar de essas síndromes serem relativamente

infreqüentes”.

Os trabalhos de revisão da literatura publicados após o relato

de Faust vêm reforçar a importância das manifestações ectópicas

da esquistossomose, c om ênfase no ac ometimento do SNC.

Sc rimgeo ur e Gaj dusek, em 1 9 8 5 , enc o ntraram relato de

deposição de ovos no cérebro em 1 7 pacientes infectados pelo

S. m a nso ni

e em quatro infectados pelo

S. ha e m a to bium

9 8

.

Cinqüenta e dois relatos de casos de mielopatia por

S. m a nso ni

e 1 2 por

S. ha e m a to bium

foram reportados pelos autores. Em

o utr a r evisão da liter atur a, public ada em 1 9 9 9 , a auto r a

r e c upe r o u 2 3 1 c a s o s de MR E de s c r ito s e n tr e 1 9 3 0 e

1 9 9 6

3 5

. Em 1 8 1 , a do e nç a fo i atr ib uída ao

S. m a n so n i

,

e m 2 9 ao

S. ha em a to bium

e, em um caso

4 7

, os ovos de ambas

as espécies foram identificados no tecido medular.

EPIDEMIOLOGIA

A prevalência da mielorradiculopatia esquistossomótica em

área endêmica não é conhecida

1 0 7 2 9 0 1 0 7

. Como o número de casos

relatados vem aumentando rapidamente, admite-se a ocorrência

de falha na notificação de casos novos e que a morbidade desta

forma ectópica tem sido subestimada

9 3 5 4 3 5 4 7 7 9 4

.

Em 1 9 8 1 , por exemplo, Scrimgeour

9 7

chamou a atenção dos

pesquisadores para a importância da esquistossomose como

causa de paraplegia em áreas endêmicas. Segundo esse autor,

em estudos realizados no norte da Tanzânia, a esquistossomose

era responsável por 1 % dos casos de paraplegia não traumática

e e r a a c ausa pr e sumida e m o utr o s 5 % . Spina-Fr anç a e

colaboradores

1 0 5

encontraram 5 ,6 % de casos de MRE entre 3 5 3

pac ientes c om mielopatias não-traumátic as e não-tumorais

internados no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da

Universidade de São Paulo. Desta forma, é possível que um

númer o signific ativo de c aso s de mielo patia de etio lo gia

indefinida em áreas endêmic as de esquistossomose esteja

relacionado a esta doença

1 5 1 0 1 9 2 6 4 1 4 7 7 7 1 0 6

.

Os homens são mais ac ometidos pela MRE ( 7 1 a 8 3 %

dos c asos desc ritos) , o que pode ser explic ado, em parte,

por sua maior exposiç ão oc upac ional. A idade das pessoas

ac ometidas pela MRE varia entre 1 e 6 8 anos, c om média de

2 6 anos

3 5 7 1 9 4

.

PATOGENIA

A patogenia da mielopatia esquistossomótic a permanec e

desconhecida, porém, admite-se que a resposta inflamatória do

hospedeiro aos ovos presentes no tecido nervoso constitua o

principal determinante das lesões do SNC

5 9 7 9 8 0 1 0 6

. A resposta

inflamatória pode variar de reaç ão intensa do hospedeiro

resultando em granulomas ou massas expansivas, até reação

mínima sem expressão clínica. Vermes adultos, às vezes, são

vistos nos vasos subaracnóides da medula espinhal; as lesões

medulares granulomatosas se dão, entretanto, em torno dos ovos

depositados

6 1 8 2 8 4

.

Em torno do loc al de deposiç ão do ovo observa-se área de

c élulas do tec ido nervoso em proc esso de nec rose lític a e de

c oagulaç ão. Externamente a esta zona há um envelope de

macrófagos, células epitelióides e células gigantes, circundados

por infiltrado inflamatório ric o em eosinófilos e linfóc itos. À

medida que a lesão progride a infiltração por fibroblastos pode

resultar em enc apsulamento do ovo por fibrose. Em alguns

c asos nec ropsiados enc ontram-se ovos no tec ido medular sem

qualquer reaç ão inflamatória

2 3

.

A c ontribuiç ão de proc esso auto-imune disparado pela

infec ç ão esquistossomótic a, provoc ando vasc ulite e isquemia

c erebral, também deve ser admitida, mas faltam dados que

c onfirmem esta hipótese.

(3)

se faz através dos shunts arteriovenosos pulmonares ou

porto-pulmonares e oc orre sem manifestaç ões c línic as. Em 1 9 8 1 ,

Pittella e Lana-Peixoto enc ontraram ovos de

S. m a nso ni

em

2 6 % dos 4 6 c érebros de hepatoesplênic os nec ropsiados

8 2

. Na

verdade, a deposiç ão assintomátic a de ovos do

S. m a nso ni,

tanto no e nc é falo c o m o na m e dula e spinhal, r e ve lo u- se

m ais c omum do que a forma sintomátic a da doenç a

7 9 8 0 9 8

. A

m ie lo r r a dic ulo pa tia , a o c o n tr á r io , o c o r r e c o m m a io r

freqüênc ia nas formas aguda e intestinal c rônic a

1 2 6 7 0 7 8 8 7

.

Os ovos e vermes podem deslocar-se através do fluxo venoso

retrógrado pelo plexo venoso vertebral epidural de Batson

1 2

,

avalvular, que conecta o sistema venoso portal e a veia cava às

veias do canal espinhal ( Figura 1 ) . Dessa forma, os ovos atingem

o SNC através da oviposição local ou por embolização

2 3 2 4 6 4 7 9

. A

maior incidência de mielopatia na região lombosacra

explica-se, provavelmente, por esse mecanismo de migração.

Além disso, estudos de necropsias mostraram que os ovos

de

S. ha em a to bium

são mais freqüentemente depositados no

cérebro do que os ovos de

S. m a nso ni

3

. Os ovos desta última

espécie são maiores ( 1 5 5 x 6 6 µm comparados com 1 4 3 x 5 5 µm)

e foi sugerido que a espícula lateral do ovo do

S. m a nso ni

pode

também impedir sua progressão pelos vasos sangüíneos

2 1 5 8

.

Essas são hipóteses aventadas para justific ar a tendênc ia ao

alojamento dos ovos de

S. m a nso ni

nas regiões mais baixas do

plexo venoso vertebral.

r a dic ula r e s , dé fic it s e n s itivo , dis túr b io e s fin c te r ia n o e

alteraç ões dos reflexos

1 1 1 4 1 7 2 5 2 6 3 2 5 8 6 4 8 8 1 0 2 1 0 6 1 0 9

.

Gr a nulo ma to sa .

Gr anulo mas se fo r mam em r egiõ es

circunscritas do SNC, devido à reação inflamatória em torno do

ovo, produzindo lesão expansiva tumoral, com efeito de massa

e destruição do tecido circunjacente. Acomete geralmente o cone

me dular e é de sc r ita na mie lo gr afia o u mie lo to mo gr afia

computadorizada como um defeito de enchimento associado

ou não ao bloqueio do canal medular.

Mielítica

. Não há lesão expansiva macroscópica medular; a

reaç ão inflamatória tec idual é mic rosc ópic a c om nec rose,

vacuolização e atrofia do tecido nervoso e menos freqüentemente

induz a formação de granulomas. Clinicamente, observam-se sinais

e sintomas de mielite transversa rapidamente progressiva, sem

alterações à mielografia ou mielotomografia computadorizada. A

evolução clínica desta forma de MRE mostra-se desfavorável.

Radicular.

Granulomas são formados na superfície das raízes

ne r vo sa s, pr inc ipa lm e nte na c a uda e q üina . Ob se r va - se

c linic ame nte uma síndr o me multir r adic ular asso c iada a

alteraç ões sensoriais e motoras de distribuiç ão assimétric a.

Pode-se encontrar espessamento de raízes nervosas na mielografia

ou mielotomografia computadorizada. Freqüentemente, se associa

a outra forma da doença medular.

Vascular

. Vasc ulite de origem imunológic a nos ramos

da artéria espinhal anterior produzindo infartos medulares

sec undários

5 7 8 5 1 0 1 1 0 2

.

A MRE granulomatosa é a forma mais freqüentemente

diagnosticada através da mielografia e mielotomografia. Com o

uso mais recente da ressonância magnética ( RM) para estudo

da medula, mais casos da forma mielítica têm sido revelados, o

que sugere que esta forma da doença tem sido subdiagnosticada

pelos outros métodos de imagem

4 8

. A sobreposição destas formas

clínicas é usual na doença medular esquistossomótica

3 7 3 9 5 5 8 5

.

A forma clínica mais comum é a mielorradicular.

Santos e c olaboradores identific aram 3 1 ( 5 5 ,3 %) c asos

correspondentes à forma mielorradicular entre 5 6 pacientes

estudados, seguido pela forma mielític a, c om 1 5 ( 2 8 ,6 % )

c asos

9 4

. Peregrino e c o labo rado res j á haviam enc o ntrado

distribuição similar de formas clínicas em 2 1 pacientes estudados

( mielorradiculite em 6 6 ,7 % dos casos e mielítica em 3 3 ,3 %)

7 7

.

DIAGNÓSTICO

De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças

de Atlanta

4 6

, o diagnóstico da MRE baseia-se em: 1 ) evidência

clínica de lesão neurológica torácica baixa ou lombar alta; 2)

demonstraç ão de exposiç ão à esquistossomose por téc nic as

microscópicas ou sorológicas; 3) exclusão de outras causas de

mielite transversa.

D e s ta fo r m a , o s c r i té r i o s u ti l i za d o s c o n s e gu e m

e s ta b e le c e r um dia gn ó s tic o pr o vá ve l. A dific ulda de de

exec uç ão de exames c omplementares em nosso meio para a

exc lusão de outras c ausas de mielite transversa dific ulta ainda

mais a definiç ão diagnóstic a da MRE. A demonstraç ão de ovos

Figura 1 - Ra dio gra fia sim ple s dura nte a inje çã o de co ntra ste io da do

n a ve ia do rsa l do pê n is de m a c a c o

Rhesus

. O c o n tra ste pro gride

pa ra c im a a tra vé s da ve ia c a va in fe rio r. À dire ita , a pó s c o m pre ssã o

a b d o m i n a l c o m u m a to a lh a , o c o n tra ste p a ssa p a ra a s ve i a s

ve rte b ra is ( Ba tso n , 1940)

12

. Expe rim e n to c lá ssic o q u e m o stra c o m o

m e tá sta se s o u ve rm e s/o vo s po de m m igra r pa ra a m e du la e spin ha l.

FORMAS CLÍNICAS

(4)

no tecido nervoso através de biópsia ou necropsia representa a

únic a pro va inc o ntestável do ac o metimento medular pelo

Sc hi sto so m a

. Entretanto , o estudo histo ló gic o da medula

espinhal envolve a realização de procedimento invasivo e com

risc os de seqüelas, para diagnóstic o de uma doenç a c ujo

tratamento é eminentemente clínico e favorável.

Tendo isto em vista e a estimativa de incidência de MRE em

áreas endêmicas

77 105

, torna-se de extrema importância o esforço

para o estabelecimento do diagnóstico não-cirúrgico.

O diagnóstico diferencial da MRE inclui: trauma medular, injeção

intratecal, radiação, tumores, deficiência de vitamina B12 ou excesso

de folato, síndrome antifosfolípide, vasculite diabética ou

auto-imune, mielite por HIV, HTLV ou HSV, sífilis, abscessos medulares,

tuberc ulose e mielopatia assoc iada ao vírus B da hepatite,

siringomielia, neuroc istic erc ose

2 2 5 2 7 4 4 4 5 4 8 8 6 1 0 5

( Tabela 1 ) .

Ap e s a r de o dia gn ó s tic o p r e s un tivo s e r fe ito s e m

ne c e ssidade de se r e c o r r e r à lamine c to mia me dular, e la

c o ntinua se ndo impo r tante no s c aso s e m q ue há dúvida

diagnóstic a ou sinais de bloqueio medular. Há c asos desc ritos

de pac iente c om exame parasitológic o de fezes e biópsia retal

n e ga tivo s pa r a o vo s de

S. m a n s o n i

, c o m dia gn ó s tic o

c onfirmado pela biópsia medular

1 0 3

.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A MRE pode se manifestar sem história c línic a prévia ou

diagnóstic o de doenç a esquistossomótic a, ou mesmo muitos

anos após o desaparec imento de manifestaç ões intestinais

da infec ç ão pelo parasita. Eventualmente, pode assoc iar-se a

outra forma ec tópic a da esquistossomose

9 5

.

A manifestaç ão c línic a inic ial mais fr eqüente da MRE é

a do r lo mb ar o u de me mb r o s infe r io r e s ( 5 1 a 7 7 % do s

c a s o s )

3 5 3 6 9 4

. Se gue m - s e , a dis fun ç ã o ve s ic a l ( 1 2 % ) ,

fr aqueza de memb r o s infer io r es ( 7 % ) , par estesia ( 6 % ) e

impotênc ia sexual ( 0 ,7 % ) . Estas manifestaç ões neurológic as

surgem de forma aguda ou subaguda, c om piora progressiva

e ac umulativa de sinais e sinto mas, instalando -se o quadr o

c lín ic o n e ur o ló gic o c o m ple to ge r a lm e n te e m 1 5 dia s .

Oc asio nalmente, essa evo luç ão po de ser lenta e o c o r r er ao

lo ngo de meses e ano s

4 3 4 7 4 9 5 5 6 3 7 6 7 7

.

Em alguns c asos a dor lombar ou em membros inferiores

r e gr ide o u de sapar e c e à me dida q ue o s o utr o s sinais e

sintomas vão surgindo ou se tornando mais evidentes

1 1 8 9 1 1 2

.

Obser va-se, o c asio nalmente, melho r a c línic a espo ntânea.

Quando oc orre, entretanto, há rec orrênc ia das manifestaç ões

neurológic as

4 3 6 4 5 7 1 1 2 1 1 4

.

Alguns auto r e s suge r e m q ue o aum e nto da pr e ssão

i n tr a - a b do m i n a l p o r e s fo r ç o fí s i c o o u tr a u m a p o s s a

desenc adear a MRE

2 4 2 5 4 7 7 3 1 0 9

.

Na Tabela 2 , alinham-se as manifestações clínicas observadas

após a evolução completa do quadro neurológico. O nível da

lesão , definido pelo exame neuro ló gic o , lo c aliza-se, c o m

freqüência, nas regiões torácica baixa ou lombar da medula

espinhal

3 6 4 6 7 7 9 4 1 0 3

. Há c asos relatados, c onfirmados pela

histologia, de lesões esquistossomótic as isoladas da medula

cervical

4 8 6 7 1 0 4

. Paraplegia com flacidez e arreflexia, disfunção

esfincteriana e sensitiva dominam o quadro clínico, quando o

Tabela 1 - Diagnóstico diferencial da m ielorradiculopatia esquistossom ótica e exam es com plem entares.

Diagnóstico diferencial Exames complementares

Trauma medular Radiografia, tomografia, ressonância magnética

Injeção intratecal de contraste ou quimioterapia História clínica

Radiação História clínica, diagnóstico de neoplasia

Tumores História clínica, tomografia, ressonância magnética,

cintilografia óssea, ultra-som de abdômen

Mielopatia por deficiência de B12 Dosagem de Vitamina B12 sérica

Mielopatia por excesso de folato História clínica, dosagem de folato sérico

Síndrome antifosfolípide Dosagem de anticorpos antifosfolípide

Vasculite diabética História clínica, glicemia, hemoglobina glicosilada

Vasculite auto-imune História clínica, FAN, p-ANCA, c-ANCA

Mielite pelo HIV Anti-HIV no soro

Mielite pelo HTLV-1 Anti-HTLV-1 no soro

Mielite pelo herpes vírus Anti-herpes no soro ( IgG, IgM)

Sífilis VDRL, FTA-abs

Abscessos medulares Radiografia, tomografia, ressonância magnética

Tuberculose História clínica, pesquisa de baar no líquor,

PCR no líquor, PPD, radiografia de tórax e

coluna vertebral e ressonância magnética

Hepatites B e C HBsAg, anti-HBs, anti-HBc total, anti-HCV

Esclerose múltipla Ressonância magnética do cérebro e medula

Neurocisticercose Ressonância magnética do cérebro e medula

Siringomielia Ressonância magnética da medula

(5)

c one medular enc ontra-se ac ometido; espastic idade e nível

sensitivo ( tato, dor) oc orrem em vigênc ia de ac ometimento

mais alto da medula.

De maneira geral, a paraparesia bilateral e os reflexos

profundos abolidos ou reduzidos c onstituem os ac hados mais

freqüentes ao exame neurológic o

9 4

.

ANÁLISE DO LIQUOR

A análise do líquido c efalorraquidiano ( LCR) dos pac ientes

c om MRE revela alteraç ões inespec ífic as: elevaç ão disc reta a

moderada do c onteúdo protéic o em 9 5 % dos c asos ( média de

1 6 1 ,4 ± 1 9 1 ,9 mg/dl) , níveis normais de glic ose, pleoc itose

em 9 1 % dos c asos ( média de 9 1 ,9 ± 1 1 3 ,8 c éls/mm

3

) c om

predomínio de linfóc itos e a presenç a de eosinófilos em 4 1 %

do s c aso s

3 5

. Andrade Filho e c o ls

7

o bservaram ac entuada

r e duç ão da c e lular idade liq üó r ic a, c o m a m e lho r a do s

sintomas, mas, c om persistênc ia da hiperproteinorraquia em

6 6 % dos c asos.

Antic orpos anti-

Schisto so m a

foram identific ados em 8 5 %

do s LCR te sta do s usa ndo - se a s té c nic a s de ELI SA e /o u

imunofluoresc ênc ia indireta. A positividade da sorologia para

o

Sc histo so m a

no LCR é c onsiderada evidênc ia de infec ç ão

esquistossomótic a do SNC por vários autores, a despeito da

ausênc ia de estudo c línic o neste sentido

5 2 9 7 7 9 0 1 1 0

.

Outr o s auto r e s

1 6 1 9 4 3 4 5 5 4 7 9 9 6 9 8 1 0 8

, q ue stio nam a

importânc ia deste exame devido à falta de uniformidade na

pa dr o n iza ç ã o do m é to do , in e x is tê n c ia de e s tudo q ue

c o m pr o ve sua ac ur ác ia, e po ssib ilidade de a so r o lo gia

liqüóric a positiva representar apenas exposiç ão prévia ou

infec ç ão extramedular, uma vez que há quebra da barreira

hematoenc efálic a sec undária ao proc esso inflamatório.

Além disso, a reaç ão imunológic a liquóric a pode estar

ausente mesmo em c asos c omprovados de MRE

3 1

.

MÉTODOS DE IMAGEM

A mielografia e a mielotomografia computadorizada revelam

alterações em 63% dos casos de MRE que se caracterizam por

aumento irregular do diâmetro medular e defeito de enchimento

com ou sem bloqueio do canal medular, e espessamento de raízes

nervosas da cauda eqüina

13 43 47 49 58 68 99 109

. A forma granulomatosa

da doença medular é a mais freqüentemente diagnosticada por

estes métodos de imagem porque causa aumento do volume

medular.

Nos pac ientes c om doenç a de longa duraç ão a atrofia da

medula tem sido observada

4 3

.

A ressonânc ia magnétic a ( RM) mostrou alteraç ões em

praticamente todos os casos de MRE em que foi utilizada como

método de estudo da medula espinhal, inclusive em casos em

que a mielografia e/ou mielotomografia computadorizada não

revelaram anormalidades

2 9 4 0 6 5

.

Na verdade, há apenas dois estudos retrospectivos

7 1 7 8

e um

prospectivo

103

que utilizaram este método de imagem. Os outros

contituem relatos isolados de casos

1 3 2 5 2 9 4 8 6 5 9 3

. As principais

alterações descritas na ressonância magnética são: aumento do

diâmetro da medula espinhal e/ou de raízes da cauda eqüina nas

imagens ponderadas em T1; hiperintensidade do sinal em T2 na

região acometida, representando aumento do conteúdo de água

( edema) ; e captação heterogênea de contraste ( eventualmente

homogênea) devido à quebra da barreira hematoencefálica, com

pequenas áreas focais de acentuação mais intensa formando

freqüentemente um padrão granular ( Figuras 2, 3 e 4 ) .

Tabela 2 - Principais m anifestações da m ielorradiculopatia esquistossom ótica em sete estudos clínicos.

Sinais e sintomas Peregrino Haribhai Ferrari Andrade Filho Santos Nobre Silva

( 1988) ( 1991) ( 1995) ( 2001) ( 1996) ( 2001) ( 2002)

no % no % no % no % no % no % no %

Dor lombar ou em MMII 21 100,0 11 79,0 53 98,0 16 100,0 43 76,8 20 87,0 15 93,8

Fraqueza em MMII 5 23,8 14 100,0 54 100,0 16 100,0 48 85,7 20 87,0 16 100,0

capaz de andar 4 28,6 20 37,0 4 25,0

incapaz de andar 10 71,4 34 63,0 16 70,0 12 75,0

Anestesia/hipoestesia 21 100,0 14 100,0 48 89,0 16 100,0 16 100,0

cervical 1 7,1

torácica 9 42,9 4 28,6 18 37,0 9 56,0

torácica alta 1 4,7 1 7,1

torácica baixa 8 38,1 3 21,4 11 68,7

Cone/cauda 12 57,1 9 64,3

lombar 7 50,0 18 37,0 7 44,0 5 31,3

sacral 2 14,3 7 15,0

radicular 5 10,0

Parestesia de MMII 20 95,2 51 94,0 16 100,0 41 73,2 22 95,6 13 81,3

Disfunção vesical 20 95,2 12 86,0 53 98,o 16 100,0 49 87,5 23 100,0 16 100,0

Disfunção intestinal 45 83,0 15 94,0 19 83,0 16 100,0

Distúrbio erétil 15/15 100,0 22 79,0 14 87,0 3 5,4 10* 100,0

Total de casos 21 14 54 16 56 23 16

(6)

Portanto, trata-se de método propedêutico bastante sensível

para a avaliação da MRE, apesar de as alterações diagnosticadas

não serem específicas desta doença

2 2 4 0 5 6 6 6 9 2 1 0 0

.

Vale notar que Sanelli e colaboradores

9 3

, após o estudo de

dois pacientes com esquistossomose cerebral e um com doença

medular confirmados cirurgicamente, sugeriram um padrão de

imagem à ressonância magnética que, apesar de não estar presente

em todos os casos, quando observado, deve indicar o diagnóstico

de esquistossomose do SNC. Ele se caracteriza pela captação central

linear de contraste, cercada por múltiplos nódulos puntiformes,

c h a m a do de a s pe c to

a rb o ri z a d o

. Em 1 9 9 8 , B e n n e tt e

Provenzale

1 3

já haviam descrito captação periférica de contraste

com aspecto nodular da medula, entretanto, sem associação à

captação central linear. Silva

103

não encontrou padrão específico

de mielorradiculopatia esquistossomótica na RM de 16 pacientes

estudados prospectivamente.

As alterações observadas na ressonância magnética regridem

paralelamente à melhora clínica do paciente após o tratamento

com esquistossomicidas e corticoesteróides

1 3 2 9 4 2 1 0 4

. Há casos

de recidiva dos sintomas neurológicos após o tratamento, com

normalização das imagens radiológicas, e com melhora após a

re-introdução do mesmo tratamento. Ueki e cols

1 0 9

relataram

um caso de atrofia medular, sem alteração de sinal ou captação

de contraste, com o mesmo esquema terapêutico.

Silva

1 0 4

, Van Leusen e Perquin

1 1 1

descreveram normalização

do diâmetro transverso da medula, porém, c om manutenç ão

de c aptaç ão mínima de c ontraste após injeç ão de gadolíneo

n a s im a ge n s po r R M e m s e te pa c ie n te s tr a ta do s c o m

Figu ra 2 - An a to m ia da m e du la e spin ha l n o rm a l. À e sq u e rda , a se ta

pre ta a po n ta o c o n e m e du la r e a b ra n c a a c a u da e q ü in a e m pe ç a

a n a tô m ic a . À dire ita a se ta la ra n ja a po n ta o c o n e m e du la r visto à

re sso n â n c ia m a gn é tic a e m im a ge m po n de ra da e m T1.

Figura 3 - Ala rga m e nto do co ne m e dula r e ca pta çã o de co ntra ste

he te ro gê n e a e di f u sa , c o m a spe c to gra n u la r ( se ta s) e m m e du la

to rá cica b a ixa e co ne m e dula r e m pa cie nte co m m ie lo rra diculo pa tia

e sq uisto sso m ó tic a .

(7)

praziquantel e prednisona e que evoluiram c om ac entuada

melhora c línic a.

DEMONSTRAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À ESQUISTOSSOMOSE

Os ovos de

Sc histo so m a

foram enc ontrados nas fezes,

urina e/ou tec ido ( muc osa retal, muc osa vesic al, pele ou

tec ido medular) em 2 0 3 ( 8 8 ,3 % ) dos 2 3 1 c asos revistos por

Ferrari

3 5

, em 1 9 9 9 . Nos 2 8 c asos restantes, a demonstraç ão

de expo siç ão à esquisto sso mo se fo i indireta, baseada em

pesquisa de antic orpos no soro ou em dados epidemiológic os.

A sorologia foi realizada em 7 8 ( 3 3 ,8 % ) pac ientes e

mostrou-se positiva em 7 4 ( 9 4 ,9 % ) .

A busc a de antic orpos c ontra antígenos do

Schisto so m a

no soro para o diagnóstic o de infec ç ão apresenta limitaç ões

devido à reaç ão c ruzada c om outros antígenos, princ ipalmente

de outros helmintos, e à dific uldade em se diferenc iar entre

infec ç ão ativa de c o ntato pr évio c o m o par asita, po is o s

antic orpos podem permanec er no soro por longos períodos

mesmo após o tratamento c urativo

7 4

.

TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

O tr atamento da MRE se faz c o m esquisto sso mic idas,

c ortic oesteróides e/ou c irurgia ( Figura 5 ) .

Através da destruição do verme adulto, os esquistossomicidas

interrompem a produção de ovos e evitam a reação inflamatória

no SNC

4 3 4 7 9 8 1 0 9

.

De s c r e ve u- s e m e lh o r a c lín ic a n o s c a s o s tr a ta do s

exc lusivamente c om estas drogas

6 4 1 4 3 5 6 6 9 7 0

. A rápida e

acentuada melhora observada com o uso dos esquistossomicidas

levou à crença de que estas drogas teriam outro mecanismo de

ação associado: ovicida e/ou moduladora da resposta imune e

inflamatória

8 6 2

.

Os corticoesteróides agem reduzindo a atividade inflamatória

e, como conseqüência, diminuem a compressão e destruição

de tecido nervoso

2 5

. Observou-se melhora acentuada e imediata

após a introdução de corticoesteróides isoladamente em alguns

pac ientes, inc lusive c om o desaparec imento das alteraç ões

observadas na mielografia.

O tempo de utilização da corticoterapia não se encontra

definido

3 5 5 4 7 1

. Porém, a retirada desta droga não só precoce

Figura 5 - Fluxogram a no diagnóstico e tratam ento da m ielorradiculopatia esquistossom ótica em

área endêm ica.

o

INICIAR TRATAMENTO (Tabela 3)

(8)

como também até o 6

o

mês de tratamento, pode associar-se à

recidiva das manifestações neurológicas.

As doses de prednisona utilizadas variam em média de

2 0 mg/dia a 2 mg/kg/dia, por um período entre 7 dias e 1 2

meses ( Tabela 3 ) .

A cirurgia deve ser reservada para pacientes com paraplegia

aguda e bloqueio do LCR

1 7 31

, para os que apresentam piora clínica,

a despeito do tratamento conservador, e menos freqüentemente

c o m o b j e tivo s diagnó stic o s. Os pac ie nte s q ue s o fr e r a m

intervenção cirúrgica apresentaram índices de melhora mais

baixos, independentemente de terem ou não recebido tratamento

clínico após a cirurgia, apesar de relatos de evolução favorável

em alguns casos. Os procedimentos se limitam à descompressão,

biópsia e liberação de raízes nervosas.

Noventa e c inc o por c ento dos pac ientes c om MRE que

não rec ebem tratamento morrem ou não apresentam melhora

c línic a. Na Tabela 4 demonstra-se a importânc ia da terapêutic a

nesta doenç a. O estudo de Silva

1 0 3

sugere que a instituiç ão da

terapêutic a, mesmo tardia, após 1 2 meses de iníc io do quadro

neurológic o, pode se assoc iar a melhora neurológic a.

A Tabela 5 resume dados que demonstram a importânc ia

da assoc iaç ão do esquistossomic ida c om os c ortic oesteróides

no tratamento da mielopatia. Esta assoc iaç ão se relac iona à

melhor resposta terapêutica. Um achado consistente é a rapidez

do in íc io da m e lh o r a m o to r a , s e n s itiva e de c o n tr o le

esfinc teriano

2 5 4 3 8 3

.

O tratamento adequado da MRE deve ser multidisc iplinar,

envolvendo a partic ipaç ão de fisioterapeutas, enfermeiros,

psic ólogos, c línic os, neurologistas e terapeutas oc upac ionais.

A infec ç ão do trato urinário mostra-se c omum e deve ser

investigada. Todo esforç o deve ser mantido para se evitar o

desenvolvimento de esc aras nos pac ientes ac amados.

Os c asos de mielopatia resumidos a seguir servem de

e xe mplo de apr e se ntaç ão c línic a da e squisto sso mo se da

medula espinhal e de seu diagnóstic o diferenc ial.

Tabela 4 - Resposta terapêutica dos pacientes com m ielorradiculopatia esquistossom ótica em seis estudos clínicos.

Resposta terapêutica Peregrino Haribhai Andrade Filho Santos Nobre Silva

( 1988) ( 1991) ( 1996) ( 2001) ( 2001) ( 2002)

no % no % no % no % no % no %

Recuperação 19 90,5

completa 13 61,9 5 21,7 3 18,7

parcial 6 28,6

sem limitação funcional 13 56,5 9 56,3

com limitação funcional 4 25,0

sem outra especificação 11 78,6 12 75,0 35 62,5

Recuperação c/ limitação funcional ou sem recuperação 4 17,4

Ausência de recuperação 2 9,5 3 21,4 4 25,0 14 25,0

Sem informação 7 12,5

Total 21 14 16 56 22 16

Tabela 5 - Tratam ento dos casos de m ielorradiculopatia esquistossom ótica em seis estudos clínicos.

Tratamento Peregrino Haribhai Andrade Filho Santos Nobre Silva

( 1988) ( 1991) ( 1996) ( 2001) ( 2001) ( 2002)

no % no % no % no % no % no %

Esquistossomicida

exclusivamente 3 21,4 1 1,8

+ corticoesteróide* 21 100,0 9 64,3 16 100,0 41 73,2 23 100,0 16 100,0

+ cirurgia*

+ corticoesteróide + cirurgia*

Cirurgia exclusivamente 2 14,3

Corticoesteróide exclusivo 12 21,4

Nenhum 2 3,6

Total 21 14 16 56 23 16

* associado ao esquistossomicida

Tabela 3 - Esquem a terapêutico, usado pelos autores, no tratam ento da

m ielorradiculopatia esquistossom ótica.

Droga Esquema terapêutico

Ivermectina 200 microgramas/kg de peso, dose única: dois comprimidos ( de 6mg) em dose única para tratamento de possível estrongiloidíase em adultos

Praziquantel 50mg/kg de peso, dividido em duas doses com intervalo de quatro

horas para tratamento da esquistossomose mansoni

Pulsoterapia com 15mg/kg de peso/dia: dose máxima de 1g

metilprednisolona endovenoso por cinco dias

Prednisona oral 1mg/kg de peso, dose única, pela manhã durante seis meses,

(9)

PRIMEIRO CASO

O pa ciente, de 7 a no s de ida de, residente em Teó filo Oto ni,

queixo u-se de do rm ência na ná dega esquerda , de início ha via

40 dia s. No s últim o s 15 dia s no to u do r lo m ba r de intensida de

crescente ( “do r no s rins”) , do rm ência na perna esquerda e

a presento u retençã o uriná ria co m sensa çã o de ca lo r no co rpo .

O m édico que o exa m ino u no to u rigidez de nuca , fra queza na

pe rna e sque rda e a no to u te m pe ra tura a xila r de 37,8ºC. O

hem ogram a revelou leucocitose com desvio à esquerda. O líquor

revelou elevação de proteínas e de células e não se isolou agente

ba cteria no . Co m o na o ca siã o , em sua cida de, ha via ca so s de

m eningite ba cteria na , suspeito u-se da do ença e a cria nça fo i

tra ta da co m penicilina e co rtico esteró ides. Ho uve m elho ra

rá pida do qua dro clínico co m o desa pa recim ento da retençã o

uriná ria . O exa m e so ro ló gico do líquo r m o stro u-se po sitivo

pa ra esquisto sso m o se ( im uno fluo rescência co m a ntígeno de

o vo ) . Ele recebeu, entã o , pra ziqua ntel ( 40m g/k g de peso /dia ,

p o r d o i s d i a s) . Se te d i a s m a i s ta rd e su sp e n d e u - se o

co rtico e ste ró ide e a cria nça vo lto u a a pre se nta r re te nçã o

uriná ria , do r lo m ba r e nã o co nseguia a nda r. A urina pa sso u

a

ser retira da co m ca teterism o vesica l de 6 em 6 ho ra s. Em Belo

Ho rizo nte, no to u-se a o exa m e clínico hepa to espleno m ega lia

e a re sso n â n c ia m a gn é tic a da m e du la e spin ha l re ve lo u

a um ento vo lum étrico da m edula to rá cica ba ixa e do co ne

m edula r co m ca pta çã o de co ntra ste ( níveis T11, T12 e L1)

( Fi gu ra 6 ) . O p a c i e n te re c e b e u n o vo tra ta m e n to c o m

pra ziq ua nte l e ive rm e ctina e inicio u-se , no dia se guinte ,

predniso na na do se de 20m g po r dia ( 1m g/k g/dia ) . Ho uve

m elho ra rá pida do qua dro clínico e 15 dia s depo is ele a nda va

sem a po io e urina va espo nta nea m ente. Ele recebeu ta m bém

a n ti b i ó ti c o pa ra i n f e c ç ã o u ri n á ri a . O tra ta m e n to c o m

co rtico esteró ides fo i m a ntido po r qua tro m eses e, a seguir,

retira do lenta m ente. Nã o ho uve recidiva do qua dro clínico .

Um a no depo is a cria nça esta va bem .

SEGUNDO CASO

O paciente, de 59 anos de idade, residente em Teófilo Otoni,

esta va bem a té 15 dia s a ntes da interna çã o , qua ndo co m eço u

a a presenta r do r a o urina r, seguida de retençã o uriná ria e

perda de fo rça em m em bro s inferio res. Ele pro curo u m édico

e m su a c ida de q u e re q u isito u e xa m e de u rin a , fe ze s e

ra dio gra fia sim ples da co luna lo m ba r. Ele fo i tra ta do co m

pra ziqua ntel e co rtico esteró ides co m o dia gnó stico presuntivo

de m ielite esquisto sso m ó tica e, a seguir, enca m inha do a Belo

Ho rizo nte pa ra da r seqüência à pro pedêutica e tra ta m ento . O

pa ciente fo i ho spita liza do co m ca teter vesica l de dem o ra , febre

a lta e hi po te n sã o a rte ri a l, c o m o di a gn ó sti c o de se pse

secundá ria à infecçã o uriná ria . As hem o cultura s revela ra m a

presença de

Escherichia coli

em três a m o stra s. Ele fo i tra ta do

co m a ntibió tico s e hidra ta çã o pa rentera l co m m elho ra rá pida

do qua dro infeccio so . O qua dro neuro ló gico persistiu co m

re te n ç ã o u ri n á ri a , p a ra p le gi a f lá c i d a e d o r lo m b a r. A

Figura 6 - Aum ento vo lum étrico do co ne m edula r e m edula to rá cica

b a i xa c o m a c e n tu a ç ã o ho m o gê n e a do si n a l ( se ta ) a pó s i n je ç ã o

endovenosa de contraste em paciente com m ielopatia esquistossom ótica.

Figu ra 7 - Co m pre ssã o da m e du la e spin ha l po r m e tá sta se de tu m o r

de pró sta ta pa ra a c o lu n a ve rte b ra l ( se ta s) . No de sta q u e ve ja a

c in tilo gra fia ó sse a ( a s á re a s c a pta n te s – e sc u ra s – re pre se n ta m

po n to s de m e tá sta se s) .

(10)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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