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Efeito do aleitamento materno sobre a obesidade em escolares: influência da escolaridade da mãe.

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www.rpped.com.br

REVISTA

PAULISTA

DE

PEDIATRIA

ARTIGO

ORIGINAL

Efeito

do

aleitamento

materno

sobre

a

obesidade

em

escolares:

influência

da

escolaridade

da

mãe

Katia

Jakovljevic

Pudla,

David

Alejandro

Gonzaléz-Chica

e

Francisco

de

Assis

Guedes

de

Vasconcelos

UniversidadeFederaldeSantaCatarina(UFSC),Florianópolis,SC,Brasil

Recebidoem30deoutubrode2014;aceitoem23dejaneirode2015 DisponívelnaInternetem9dejunhode2015

PALAVRAS-CHAVE

Aleitamentomaterno; Obesidade;

Escolares

Resumo

Objetivo: Avaliaraassociac¸ãoentreadurac¸ãodoaleitamentomaterno(AM)eaobesidadeem escolaresdeFlorianópolis(SC),assimcomoopapeldepossíveismodificadoresdeefeito. Métodos: Estudotransversalcomamostraprobabilísticade2.826escolaresde7-14anos.Foram aferidosopesoeaalturadosescolares,deacordocomprocedimentospadronizados.Dados referentes ao AMevariáveis sociodemográficasforamobtidospor questionárioenviadoaos pais/responsáveis.Oestadonutricionalfoiavaliadopeloescore-ZIMC/idade(curvasdaOMS), deacordocomosexo.Análisesajustadasforamfeitascomregressãologísticaefoiconsiderada apossívelinterac¸ãodevariáveis.

Resultados: Aobesidadeafetou8,6%dosescolares(95%IC:7,6%-9,7%)eoAMpor≥seismeses

foiencontradoem55,7%(95%IC:53,8%-57,6%).OAMnãoesteveassociadoàobesidade,mesmo nasanálises ajustadas.Asanálises estratificadaspor escolaridadematernamostraram que, nascrianc¸asde7-10anosefilhosdemulherescomatéoitoanosdeestudo,aobesidadefoi menornosquereceberamAMporqualquerperíodo>um mês,emespecialentreaquelesque receberamAMporumacincomeses(RO=0,22;95%IC:0,08-0,62).Nosfilhosdemulherescom maiorescolaridade(>8 anos),achancedeobesidadefoi44%menornosquehaviamrecebido leitematernopor>12meses(pdeinterac¸ão<0,01).Em adolescentesde11-14anosnãofoi verificadaessainterac¸ão.

Conclusões: OAMporperíodosmaioresdoqueummêsemfilhosdemulherescombaixa esco-laridadeprotegecontraaobesidade,masquandoaescolaridadematernaémaior,períodosde AMmenoresde12mesesaumentamaschancesdeobesidade.

© 2015SociedadedePediatria de SãoPaulo. Publicado porElsevier EditoraLtda. Todosos direitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:f.vasconcelos@ufsc.br(F.d.A.G.deVasconcelos).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rpped.2015.01.004

(2)

KEYWORDS

Breastfeeding; Obesity; Schoolchildren

Effectofbreastfeedingonobesityofschoolchildren:influenceofmaternaleducation

Abstract

Objective: Toevaluatetheassociationbetweendurationofbreastfeeding(BF)andobesityin schoolchildrenofFlorianópolis(SC),andtheroleofpossibleeffectmodifiers.

Methods: Cross-sectional studywith arandomsampleof2,826 schoolchildren(7-14 years). Weightandheightweremeasuredaccordingtostandardizedprocedures.DataconcerningBF andsociodemographicvariableswereobtainedfromaquestionnairesenttoparents/guardians. Children’snutritionalstatuswasevaluatedbyBMI-for-agez-scoreforgender(WHOreference curves).Adjustedanalyseswereperformedthroughlogisticregression,consideringapossible interactionamongvariables.

Results: Prevalence ofobesity was 8.6% (95%CI: 7.6-9.7%)and 55.7% (95% CI:53.8-57.6%) receivedbreastmilkfor≥6months.BFwasnotassociatedwithobesity,evenintheadjusted

analysis.Stratifiedanalysisaccordingtomaternalschoolingshowedthat,inchildrenaged7-10 yearsandchildrenwhosemothershad0-8yearsofschooling,thechanceofobesitywaslower amongthosebreastfeedfor>1month,especiallyamongthosewhoreceivedbreastmilkfor1-5 months(OR=0.22;95%CI0.08-0.62).Amongchildrenofwomenwithhighereducationallevel (>8years),thechanceofobesitywas44%lowerinthosewhowerebreastfedfor>12months (p-valueforinteraction<0.01).Thisinteractionwasnotfoundinolderchildren(11-14years). Conclusions: Amongchildrenofwomenwithlowerschooling,BFforanyperiodlongerthan1 monthisprotectiveagainstobesity;however,forahighermaternalschooling,BFforlessthan 12monthsincreasestheoddsofobesity.

© 2015 Sociedadede Pediatriade São Paulo. Publishedby Elsevier Editora Ltda. Allrights reserved.

Introduc

¸ão

Nas últimas quatro décadas, houve no Brasil aumento de pelomenoscincovezesnaprevalênciadeobesidadeentre crianc¸as e adolescentes na faixa de cincoa 19 anos, em ambosossexos.1

A obesidadeé umadoenc¸amultifatorial queestá rela-cionadacom umasériedeagravos à saúde2 e, entreseus

fatoresassociados,estáoaleitamentomaterno(AM),3que

pareceserprotetorcontraessadoenc¸a.3Aevidênciadeque

oAMpodeprotegercontraaobesidadepareceestarnofato dequeoleitematernotemcomposic¸ãoeresposta hormo-naldiferentesemcomparac¸ãocomoutrosleitesepodendo atéestarrelacionadocomaadaptac¸ãoàdietaposteriorao aleitamento.3Noentanto,ahipótesedesseefeitoprotetor

aindanãoéclara.3-10

Poucos estudos sobre essa associac¸ão foram feitos em paísesderendamédiaoubaixa,inclusivenoBrasil,11,12

espe-cialmentenafaixaetáriaqueenvolveosescolaresdoensino fundamental.Nessecontexto,oobjetivodoestudofoi ava-liaraassociac¸ãoentredurac¸ãodoaleitamentomaterno(AM) eobesidadeemescolaresdeFlorianópolis(SC),assimcomo opapel depossíveismodificadoresdeefeitoem escolares doensinofundamentaldomunicípio.

Método

Estudotransversalcomamostraprobabilísticadapopulac¸ão deescolaresde sete a14 anos,matriculada nasredes de ensino fundamental público e particular do município de Florianópolis (SC). Os procedimentos metodológicos para

definic¸ão do tamanho e a selec¸ão da amostra já foram descritosemartigopublicadoanteriormente.13 Emsíntese,

considerou-separao cálculodotamanhodaamostrauma prevalênciade10%deobesidadeentrecrianc¸asde7-10anos ede17%entreadolescentesde11-14anos,margemdeerro dedoispontospercentuais,efeitodedesenhode1,3epoder de 80%. Com esses dados estimou-se o número de 2.800 escolaresaseremavaliados.Considerando-se,ainda,perda aleatóriade10%,obtiveram-se3.100escolaresaserem sele-cionados.

O estudo usou um desenho de amostragem probabi-lística em dois estágios. No primeiro estágio, escolas do municípioforamclassificadasemquatroestratosdeacordo comduasáreasgeográficas(centro/continentee praias)e doistipos deescola(públicae particular).Dentrodecada estrato, as escolas foram selecionadas aleatoriamente. A amostraincluiu17escolas(11públicaseseisparticulares). Nosegundo estágio, em cada escola incluída, as crianc¸as foramaleatoriamenteselecionadas.

Foram incluídos no estudo escolares de 7-14 anos que tiveramapermissãodospaisouresponsáveispara partici-par,apartirdaassinaturadeTermodeConsentimentoLivre eEsclarecido.Oestudofoiaprovado peloComitêdeÉtica daPesquisacomSeresHumanosdaUniversidadeFederalde SantaCatarina/CCSem24deabrilde2006(parecer028/06). Aequipedecoletadosdadosfoicompostapordez exa-minadorestreinadosepadronizados.Foifeitoestudopiloto, comavaliac¸õesantropométricasemduasescolasde Floria-nópolisquenãoestavamnaamostragemdapesquisa.14

(3)

RocheeMartorell(1988).16 Amedidadopeso corporalfoi

obtidacombalanc¸aeletrônicadamarcaMarte®,com

capa-cidadede180kgeprecisãode100 gramas,eparaamedida daestaturausou-seumestadiômetrodamarcaAlturexata®,

comprecisão deummilímetro.Osdadosforam coletados entremarc¸oedezembrode2007.

Os dados referentes ao AM e as demais informac¸ões usadas para as variáveis de controle foram obtidos por meio de questionário enviado para os pais/responsáveis dos escolares. Foram coletados dados de nascimento e infância dos escolares (peso ao nascer, idade gestacional e durac¸ão do AM), dadossociodemográficos (escolaridade eidadematerna, renda mensaltotal,númerode morado-resdodomicílio)eantropométricosdasmãesdosescolares (peso e estatura autorreferidos). A covariável maturac¸ão sexualfoicoletadapormeiodeumaplanilhacomasfiguras correspondentesaosestágios dematurac¸ãosexual propos-tos por Tanner17 em desenhos, somente nos escolares de

11-14anos.

Os dados de AM foram obtidos com base no seguinte questionamentoaos pais ouresponsáveis: ‘‘Até quando o alunomamouleitematerno?’’Essaquestãoeradivididaem categoriasdetempodeamamentac¸ão,queposteriormente foramagrupadasparaanálisedosdados.

Osdadosforamprocessadosdeformaeletrônicano soft-wareEpiData3.0eforamfeitasaconferênciadetodosos dadoseachecagemautomáticadeconsistênciaede ampli-tude.

Oestadonutricionaldosescolares(variáveldesfecho)foi categorizadoem: sem obesidade(≤ escore-z+2) oucom obesidade(> escore-z+2),apartirdascurvasdeÍndicede MassaCorporal(IMC)paraidadeesexodeacordocoma refe-rênciadaOMS(2007).18 Paraanálisecomparativa,oestado

nutricionaltambémfoiclassificadosegundoarecomendac¸ão daInternationalObesityTaskForce(IOTF),comareferência deCole etal.19Aintenc¸ãodesefazeressacomparac¸ãofoi

adeverificar seosresultadosde associac¸ãoforam seme-lhantes,vistoqueamaiorpartedostrabalhossobreotema usouclassificac¸ãodistintadausadapelaOMS(2007).18

OAM(variávelexposic¸ão)foianalisadodeduasformas: primeirocategorizadodeformadicotômicaemnunca rece-beu AM/recebeu por <1 mês ou recebeu por ≥1 mês e depoiscategorizadoem períodosde amamentac¸ão, nunca mamou/recebeupor<1mês;deum-cincomeses;deseis-12 mesese>12meses.

A idade dos escolares foi classificada em dois grupos: sete-10 e 11-14 anos e as análises de associac¸ão foram feitasdeformaindependente deacordocom afaixa etá-ria.Asvariáveisusadascomopossíveisfatoresdeconfusão foram:sexodoescolar;idade materna(20-29anos;30-39 anos;≥40 anos),escolaridade (até oito e > oito anos de estudo) e estado nutricional da mãe(baixo peso/eutrofia IMC<25kg/m2;pré-obesidadeIMC 25-29,9kg/m2;obesidade

IMC≥30kg/m2, segundoclassificac¸ãodaOMS);15 renda per capitadafamília em tercis(R$25-220; R$225-450; R$446-6.667); peso ao nascer (tratado como baixo/insuficiente quando ≤2.999g),15 idade gestacional no nascimento do escolar(prematuridadequando<37semanas).Oestágiode maturac¸ãosexualfoiusadoentreosescolaresde11-4anos comocovariávelquepodeinfluenciarnasassociac¸õesdoAM comodesfecho.

Todas as análises foram feitas no software estatístico STATA versão 11.0. A análise bivariada foi feita com o teste dequi-quadrado deheterogeneidade oude tendên-cia, segundo a natureza das variáveis independentes. Na análisemultivariávelfoiusada regressãologística,naqual as variáveis foram incluídas e mantidas nas análises por meio de selec¸ão para trás (backward), em conformidade comníveisdehierarquia.Asvariáveiscomp<0,20naanálise ajustadaforammantidasnomodelocomopossíveisfatores deconfusão.Tambémforamfeitasanálisesdeinterac¸ão,nas quaisforamtestadasasvariáveisrendafamiliarpercapita, escolaridadeeestadonutricionalmaternoscomopossíveis modificadoresdeefeitodaassociac¸ãoAMeobesidade.

EmtodasasanálisesfoiusadoocomandoSVYdoSTATA paraconsideraroefeitodeamostragem.Todososresultados daregressãoforamapresentadoscomooddsratio(OR),com seus respectivos intervalos de confianc¸a de 95% (95% IC). Foram consideradasvariáveis com significânciaestatística aquelascomp<0,05.

Resultados

Dos3.100escolaresselecionadosparaoestudoforam obti-dosdadosde2.863 indivíduos.Desses,foramexcluídos37 por apresentarem idade< sete ou>14 anose totalizaram 2.826 escolares (91,2%) participantes, o que atendeu ao tamanhomínimodaamostracalculada(2.800escolares).

Aamostrafinaldoestudofoide1.232escolaresnafaixa de7-10anose1.594de11-14anos.Aprevalênciageralde obesidadefoide10,5%entrecrianc¸asde7-10anos(95%IC: 8%-12,3%)e de6,7%(95%IC:5,7%-8,3%)entrecrianc¸asde 11-14anos(p<0,001).Emrelac¸ãoaoAM,afigura1mostra que44,4% dascrianc¸asforamamamentadaspormenosde seis mesesemenosdeumterc¸oreceberamleitematerno pormaisde12meses.Nãohouvediferenc¸anaprevalência deAMnacomparac¸ãodosdoisgruposetários(p=0,307).

Na tabela 1 é apresentada a distribuic¸ão da amostra segundoasvariáveisusadascomopossíveisfatoresde con-fusão no presente estudo, além da razão de odds ratio paraobesidadedessasvariáveis.Nafaixadesete-10anos, os dois sexos apresentaram distribuic¸ão semelhante, com

>12 meses

6 a 12 meses

1 a 5 meses

Nunca/menos de 1 mês

25,8%

27,9% 29,1%

26,6%

30,2% 31,4%

27,4%

29,0%

13,4% 14,9% 14,2%

30,2%

40% 60% 80% 100%

20%

0%

7-10 anos 11-14 anos Total

Categorias de idade dos escolares

p=0,307

Preval

ê

ncia de aleitamento materno segundo

categorias de duraçã

o

(4)

Tabela1 Oddsratiobrutaparaobesidadesegundo característicasdoescolar,dasmãesedafamíliadosescolaresde7-14 anos.Florianópolis,SC,2007

Variáveis 7a10anos(n=1.232) 11a14anos(n=1.594)

n(%) OR p n(%) OR p

Sexodoescolar <0,001a 0,018a

Masculino 625(50,7) 1,00 750(47,0) 1,00

Feminino 607(49,3) 0,46(0,33-0,64) 844(53,0) 0,44(0,23-0,84)

Faixaetáriadamãe 0,410a 0,552b

20-29anos 238(19,8) 1,00 68(4,3) 1,00

30-39anos 636(52,8) 0,79(0,52-1,20) 717(46,1) 1,26(0,21-7,47)

≥40anos 329(27,4) 1,23(0,51-2,95) 771(49,6) 1,39(0,21-9,25)

Escolaridadedamãe 0,812a 0,290a

0até8anos 314(26,5) 1,00 530(34,3) 1,00

>8anos 871(73,5) 0,95(0,60-1,50) 1016(65,7) 0,76(0,44-1,31)

Estadonutricionaldamãe <0,001b <0,001b

Baixopeso/eutrofia 843(72,6) 1,00 981(65,3) 1,00

Pré-obesidade 220(18,9) 1,13(0,68-1,86) 369(24,6) 3,20(1,98-5,18)

Obesidade 99(8,5) 4,11(2,29-7,38) 151(10,1) 7,35(4,10-13,17)

Rendapercapita 0,213b 0,146a

1◦terc¸o(R$25-220) 294(28,2) 1,00 500(36,5) 1,00

2◦terc¸o(R$225-450) 315(30,2) 1,50(0,77-2,91) 383(27,9) 0,51(0,27-0,99)

3◦terc¸o(R$456-6.667) 432(41,6) 1,61(0,78-3,34) 489(35,6) 0,70(0,36-1,36)

Baixo/insuficientepesoaonascer (2.999g)

0,124* 0,203a

Não 866(73,6) 1,00 1122(73,8) 1,00

Sim 311(26,4) 0,71(0,45-1,11) 398(26,2) 0,71(0,41-1,23)

Prematuridade(<37semanas) 0,996a 0,197a

Sim 281(25,5) 1,00 525(36,7) 1,00

Não 823(74,5) 1,00(0,55-1,83) 906(63,3) 0,70(0,40-1,23)

OR,oddsratio.

a Testedeheterogeneidade. b Testedetendêncialinear.

50,7%daamostradosexomasculino.Aprevalênciade obe-sidade nessa faixa etária foi de 13,9% nos meninos (95% IC: 11,3%-16,9%) e 6,9% nas meninas(95% IC: 5,0%-9,2%); p<0,001).Entreosescolaresde11-14anos,53%daamostra erammeninaseaprevalência deobesidadeobservada foi de9,3%(95%IC:7,3%-11,6%)nosexomasculinocontra4,3% (95%IC:3,1%-6,0%)nofeminino(p=0,018).

Quanto àsmães dos escolaresde 7-10 anos,a maioria tinhaentre30-39anos(52,8%)eentreasmãesdosde11-14 anos,40 anosoumais(49,6%).Em relac¸ãoàescolaridade materna, a maior parte tinha mais do que oito anos de estudo(69,6%).Aidadeeaescolaridadematernanão estive-ramassociadascomaprevalênciadeobesidadeemambas asfaixas etárias. Aprevalência deobesidadematerna foi de9,3%naamostratotal.Essavariávelaumentouem pelo menosquatrovezesa chancedeobesidadeentreos esco-lares(p<0,001,em ambos osgrupos deidade). Noque se refere à renda familiar per capita, entreos escolares de 7-10anos,achancedeobesidadefoimaiorcomoaumento da renda, mas essa associac¸ão nãoalcanc¸ou significância estatística(p=0,213).

Emrelac¸ãoàsvariáveisdenascimento,amaiorpartedos escolaresnasceucompeso≥3.000g(73,7%)enãoprematuro

(68,9%).Nenhumadasduasvariáveisesteveassociadacom aobesidadeemescolares.

Deacordocom atabela 2,a prevalênciadeobesidade em escolares nãoesteve associada com a durac¸ão do AM emnenhumadasfaixasetárias,nemnaanálisebrutanem apósajusteparaospossíveisfatoresdeconfusão.Omesmo efeitofoiobservadoquandooAMfoitratadocomovariável dicotômicaoupolitômica.Mesmoassim,entrecrianc¸asde 7-10anosaamamentac¸ãoapontouparamaioreschancesde obesidade,enquantoqueentreaquelascom11-14adirec¸ão dasassociac¸õesfoideprotec¸ão.

(5)

Tabela2 Prevalência(%)deobesidade,oddsratiobrutaeajustadadeacordocomoaleitamentomaternoecategoriasde durac¸ãodealeitamentomaterno,estratificadoporidadedoescolar,Florianópolis,SC,2007

Variável % ORbruta p-valor ORajustada p-valor

7-10anos

Aleitamentomaterno 0,308 0,320

-Nunca/menosde1mês 8,1 1,00 1,00a

-≥1mês 10,9 1,39(0,71-2,75) 1,48(0,65-3,39)

Durac¸ãodoaleitamentomaterno 0,130 0,228

-Nunca/menos1mês 8,1 1,00 1,00a

-1a5meses 10,0 1,26(0,62-2,56) 1,39(0,58-3,35)

-6a12meses 13,3 1,75(0,89-3,43) 1,80(0,81-4,05)

->12meses 8,3 1,03(0,33-3,17) 0,87(0,23-3,25)

11-14anos

Aleitamentomaterno 0,370 0,436

-Nunca/menosde1mês 8,2 1,00 1,00b

-≥1mês 6,4 0,77(0,41-1,43) 0,85(0,55-1,32)

Durac¸ãodoaleitamentomaterno 0,504 0,451

-Nunca/menos1mês 8,2 1,00 1,00b

-1a5meses 5,7 0,67(0,37-1,23) 0,80(0,49-1,30)

-6a12meses 6,9 0,83(0,36-1,89) 0,82(0,43-1,55)

->12meses 9,5 1,12(0,58-2,37) 1,30(0,76-2,21)

aAjustadoparasexo,estadonutricionaldamãeepesodenascimento.

b Ajustadoparasexo,estadonutricionaldamãe,escolaridadedamãe,idadegestacionaldenascimentoematurac¸ãosexual.

associadocommaioreschancesdeobesidade(OR=3,43;95% IC:1,49-7,88).AoseavaliaroAMcomovariávelpolitômica (figura2),achancedeobesidadefoi78%menor(OR=0,22; 95%IC:0,08-0,62)entrefilhosdemulheresdemenor esco-laridade e que receberam AM de um-cinco meses, maso efeitoprotetorfoievidenciadotambémcomperíodos mai-oresdeAM(p=0,02)(figura2).Entrefilhosdemulherescom maiorescolaridade,crianc¸asamamentadaspormaisde12 mesesapresentarammenorchancedeobesidade(OR=0,56; 95%IC:0,09-3,33),enquantoque crianc¸asque amamenta-ram por períodos de um-12 meses apresentaram chances atéquatro vezes maiores do que a categoria de referên-cia (p=0,003). Na faixa de 11-14 anos não se encontrou associac¸ãoestatísticaentre AM e obesidade, independen-tementedaescolaridadematerna(pdeinterac¸ão>0,2com asduasvariáveisdeexposic¸ão).

Análisesdeinterac¸ãotambémforamfeitascoma variá-vel renda per capita e o estado nutricional materno. No entanto, não se encontrou qualquer tipo de modificac¸ão de efeito (dados não apresentados). Todas as análises foram repetidas com o uso como desfecho a obesidade classificada de acordo com os critérios da International Obesity Task Force (IOTF).19 Foram encontrados

resulta-dos similares aosapresentados anteriormente (dados não apresentados).

Discussão

Na presente investigac¸ão a prevalência de obesidade na amostrafoide 8,6%, de10,5% entreosescolares de7-10 anose6,7%nafaixade11-14anos.Essesachados corrobo-ramosencontradospelaPesquisadeOrc¸amentosFamiliares (POF)2008/2009,1naqualaobesidadefoimaioremcrianc¸as

de7-10anosemenorentreosadolescentes.Aprevalência totaldeobesidadeencontradapelaPOF,considerando-sea faixade5-19anos,foide9,6%,resultadosemelhanteaoda presentepesquisa.1

Em relac¸ão à prevalência de AM, no presente estudo 55,7% da amostrareceberam AM por seis meses oumais, 29,1% da amostra foram amamentados por mais de 12 meses. Considerando-se que a OMS recomenda que o AM devesermantido atéosdois anosoumais,20 suadurac¸ão

encontra-seabaixodopreconizado.AprevalênciadeAMna cidadedeFlorianópolis,apesardemetodologiadistinta,foi semelhanteàencontrada emestudo populacionaldebase nacionalqueinvestigoutodasascapitaisbrasileiraseo Dis-tritoFederaleapontoupara52,2%dascrianc¸asentre9e12 mesessendoamamentadas,commaiorprevalênciaentreas capitaisdaRegiãoSuldopaís.21

A escolha sobre a adoc¸ão ou não da amamentac¸ão e sua durac¸ão está relacionada a diversos fatores; estudos mostram que a maior durac¸ão do AM está diretamente associada com a escolaridade, idade materna e renda familiar.22-24Nenhumadessasvariáveismostrou-seassociada

comadurac¸ãodoAMnopresenteestudo.

Olongotempode recordatóriosobre adurac¸ão doAM poderia ser responsável pela falta de associac¸ão com as outras variáveis, visto que o questionamento sobre AM foi feito no mínimo sete anos após o fato ter ocorrido. No entanto, a literatura mostra que os questionários são instrumentosconfiáveiseviáveisparaoautorrelatode expe-riênciasrelacionadasàamamentac¸ão,nãoimportaotempo dequestionamentodosdados,epodem,portanto,ser usa-dosnestetipodeestudo.3,25

(6)

5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 p=0,21

Nunca / <1 mês Nunca / <1 mês Nunca / <1 mês Nunca / <1 mês 1-5 meses 6-12 meses >12 meses 1-5 meses 6-12 meses >12 meses 0,65 0,56 0,52 0,22

Escolaridade materna 0-8 anos Escolaridade materna > 8 anos

Escolares de 11 a 14 anos

p=0,96

0,62 0,76 1,67 1,08 1,02 0,72 1-5 meses 1-5 meses 6-12 meses 6-12 meses >12 meses >12 meses

Escolaridade materna 0-8 anos Escolaridade materna >8 anos

Raz

ã

o de odds ajustada**

p=0,02

3,47 4,06

Escolares de 7 a 10 anos

p=0,003

Raz

ã

o de odds ajustada*

Figura2 Associac¸ãoentrealeitamentomaternoeobesidade deacordocomcategoriasdedurac¸ãodealeitamentomaterno, estratificadoporidadeeescolaridadematerna.Florianópolis, SC,2007.

*Ajustadoparasexo,estadonutricionaldamãeepesode nas-cimento.

**Ajustadoparasexo,estadonutricionaldamãe,escolaridade damãe,idadegestacionaldenascimentoematurac¸ãosexual.

etal.19Noentanto,quandoverificadaainterac¸ãoda

variá-vel escolaridade materna nessa associac¸ão, encontrou-se que,entrecrianc¸asde7-10anos,achancedeobesidadeem filhosdemulheresdebaixaescolaridadefoimenornaqueles amamentadosporummêsoumais.Nosfilhosdemulheres commaiorescolaridade,oefeito protetorfoievidenciado somentenosque receberamleitematernopormaisde12 meses,enquantoqueperíodosintermediáriosdeAM estive-ramassociadoscommaioreschancesdeobesidade.

Diversas revisões sistemáticas foram feitas sobre essa associac¸ão. Entre elas, Arenz et al.26 apontam para um

efeitopequeno,porémconsistente,doAMcontraoriscode obesidadenainfânciatardia(OR=0,78;95%IC:0,71-0,85).A OMS3tambémfezrevisãosistemática,naqual,alémdesse

trabalho,25 foram analisadasmais três revisões

sistemáti-casedoisestudos.Oresultadodarevisãoindicaumefeito pequeno,masprotetor,doAMsobreaprevalênciade obe-sidade.

Ainda assim, a literatura apresenta resultados contro-versos para essa associac¸ão: alguns trabalhos encontram resultados nulos7,8 e outros demonstram que o tipo e a

durac¸ão do AM protegem contra a obesidade.4,5 Entre os

motivos para a discordância de resultados encontrados na literatura está a heterogeneidade dos estudos, com diferenc¸asnaidadedosindivíduosavaliados,olocalde fei-turadapesquisaeoscritériosparaaavaliac¸ãodoAMeda obesidade.6 AmaioriadosestudosfoifeitanaAméricado

NorteenaEuropaOcidental,3compoucostrabalhosem

paí-sesdemenorrenda,nosquaisoBrasilestáinserido.Atésão poucos osestudosque comparam resultados depaísesde rendaaltacomoBrasil.ApesquisafeitaporBrionetal.,12

comcoortedoReinoUnidoedoBrasil,dacidadedePelotas (RS), com amostras denove e 11 anos, respectivamente, encontrou associac¸ão inversa entre a durac¸ão do AM e o IMC apenasna coorte europeia(␤=−0,16; 95% IC: −0,22; −0,09).EmPelotas,noentanto,alémdenãoserencontrada associac¸ão,houvetendênciaparaoAMestarassociadocom maiorIMC(␤=0,14;95%IC:−0,07;0,36).

Em revisão de estudos publicados de 2005 até 2012, Lefebvre & John10 concluíram que essa associac¸ão ainda

não é clara, principalmente devido ao fato de que diversos fatores de confusão podem influenciar essa associac¸ão.

No presente estudo tentou-se ajustar as análises considerando-seasprincipaisvariáveiscontrole narelac¸ão entre AM e obesidade, dentre os quais estão fato-ressocioeconômicos, demográficos e variáveis maternas.3

Mesmoassim,asassociac¸õestornaram-seevidentessomente quandoaescolaridadematernafoiintroduzidanasanálises comomodificadordeefeito.Aliteraturaapontatantomenor chancequantochancesemelhantedeobesidadeconforme otempodeAM.4,7estudosqueindicamatétendênciade

menorchancedeobesidadeconformeaumentodadurac¸ão do AM, com um efeito dose-resposta nessa associac¸ão,4

fatoessequenãofoiencontradonestainvestigac¸ão.Além disso, o efeito dose-resposta do AM sobre a obesidade é mais evidente para amamentac¸ão exclusiva. A litera-turaindica queo AM exclusivo, quandomantido por mais tempo, protege crianc¸as e adolescentes contra o excesso de peso, visto que a composic¸ão do leite materno con-tribui para um crescimento adequado.5,27 No entanto, a

variávelAM exclusivo não foi medida no presente estudo e não foi possível uma discussão das diferenc¸as entre o tipo de aleitamento e sua influência sobre o excesso de peso.

A maior chance de obesidade entre filhos de mulhe-rescommaiorescolaridadee quepararamdeamamentar antes dos 12 meses poderia estar relacionada com a introduc¸ão de outros tipos de leite e/ou alimentos com altadensidadeenergética.Essahipóteseéfactível conside-randooaumentonoconsumodealimentosindustrializados pela populac¸ão brasileira,28 o que poderia estar

influen-ciando a alimentac¸ão da crianc¸a após o desmame. No entanto,essasinformac¸õesnãoforamcoletadasnapresente pesquisa.

Desconhecemos os motivos para a falta de associac¸ão entreAMeobesidadeentreescolaresde11-14 anos,pois, mesmoapósajusteparamaturac¸ãosexual,nãoforam evi-denciadasassociac¸õesestatisticamentesignificativas.Novas pesquisascomdelineamentolongitudinal poderiamajudar nessatemática.

(7)

porumefeitodecoorte.NoBrasilaspolíticasdeincentivoao AMcomec¸amnadécadade1990everificou-seumaumento damedianadeamamentac¸ãoentre1993e2004.29,30Sendo

assim,essadiferenc¸anoperíododenascimentodos escola-resseriaumalimitac¸ãonasanálisesepoderiaatéexplicara modificac¸ãodeefeitoentreosdoisgruposdefaixaetária.

Em conclusão, ressalta-se que existem evidências sufi-cientes sobreos inúmeros benefícios proporcionados pelo AM, que deve ser incentivado pelo período preconizado pela OMS.3 Destaca-se ainda que estudos que pretendam

investigaros efeitos do AM sobreo estado nutricional de crianc¸aseadolescentesprecisamconsiderarnasua metodo-logianãoapenasocontroleparafatoresdeconfusão,mas tambémapossívelmodificac¸ãodeefeitoporpartede variá-veissocioeconômicas.Sugere-seafeituradeoutrosestudos queanalisemessaassociac¸ão,especialmenteempaísesde menorrenda,alémdaconcretizac¸ãodepesquisas prospecti-vasquepermitamfazeressainferênciacommaiorprecisão, eaanálisetambémdaassociac¸ãoentreobesidadee aleita-mentomaternoexclusivoeaidadedeintroduc¸ãodeoutros alimentos.

Financiamento

ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoe Tecnoló-gico(CNPq),Processo402322/2005-3,Edital MCT/CNPq/MS--SCTIE-DECIT/SAS-DAB51/2005.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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