A L T E R A Ç Õ E S D A F U N Ç Ã O V E N T IL A T Ó R IA N A B L A S T O M IC O S E
P U L M O N A R
C o r r e l a ç ã o r a d i o l ó g i c a e e s p i r o g r á f i c a (* )
Antônio Tufik Simão (**), Walter Tavares (***), Marita Cutrim da Cunha
Tomassini (***), Dawid Krakowski (****), J. Rodrigues da Silva (****♦)
Os a u to re s e s tu d a m 10 casos de b la sto m ic o se p u lm o n a r, sen do f e ita a c o r relação ra d io ló g ica e e sp iro g rá fic a . E n c o n tra ra m em to d o s os casos as a lte ra ç õ es radiológicas clá ssic a s do b la sto m ic o se (n o d u la cõ es, in filtr a d o s , fib ro se e en fise-m a> . E fise-m 4 ca so s e n c o n tra r a fise-m a lte ra ç õ e s d a fu n çã o v e n tila tó r ia c a r a c te riza d a s por in su fic iê n c ia v e n tila tó r ia d b s tr u tiv a . C o m e n ta m que em 2 casos a radio-tugia p u lm o n a r m o stro u a p re se n ç a ã e e n fise m a em b o ra a esp iro g ra fia n ão m o stra sse a n o rm a lid a d e s.
C h a m a m a a te n ç ã o p a ra a im p o r tâ n c ia d o es tu d o d a fu n çã o re sp ira tó ria na b la sto m ic o se p u lm o n a r, a c e n tu a n d o a n e c e ssid a d e do e s tu d o fu n cio n a l em m aior n ú m e ro d e p a c ie n te s a f im d e se e s ta b e le c e re m con clu sões m a is sig n ifi c a tiv a s sô b re o tip o de a lte ra ç ã o v e n tila tó r ia que ocorre n esse s p a c ie n te s .
INTRODUÇÃO
A localização pulmonar da Blasto
micose Sul Americana ( B . S . A . ) é um
fato que tem merecido a atenção de
diversos pesquisadores devido a sua
alta incidência e gravidade. Vários
trabalhos têm sido publicados sôbre
o estudo clínico e radiológico da blas
tomicose pulmonar, onde são focali
zadas a sintom atologia escassa da do
ença e as extensas alterações radioló
gicas (7, 8, 11, 13, 14, 15). Esta au
sência de paralelismo entre sintom as
respiratórios e alterações radiológicas,
bem como a cronicidade da doença,
constituem um a das características da
blastom icose pulmonar, como compro
va a observação de Rollier & cols.
(16), na França, em paciente com
blastomicose pulm onar que tinha es
tado no Brasil cêrca de 30 anos an
tes, sem apresentar m anifestações clí
nicas até então.
A incidência da forma pulmonar da
B . S . A . é variável com a casuística
dos diversos autores, mas geralm ente
acima de 50%. Assim, Lacaz (7), em
São Paulo, encontrou comprometi
m ento pulm onar em 57.4% dos casos
de blastom icose estudados; Campos
(2), no Rio Grande do Sul, assinala a
freqüência de 96,1%; Furtado (6),
em Minas Gerais, de 90%; Machado
( * ) T r a b a l h o d o S e r v i ç o d a C j u l e i r a d e C l í n i c a d e D í v i ç a . s T r o p i c a i s <* I n f e c t u o s a s d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o d e J a n e i r o e d o S e t o r d e P n e u m o l o g i a d o S e r v i ç o d e C l í n i c a M é d i c a d o H o s p i t a l d o s S e r v i d o r e s Ho F ^ M o , a p r e s e n t a d o 110 I I I C o n g r e s s o d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l , B a h i a , 1!)67.
( * * ) P n e u m o l o g i s t a d o S e r v i ç o d o C l í n i c a M é d i c a e C o o r d e n a d o r d o C e n t r o d e T r a t a m e n t o I n t e n s i v o d o H o s p i t a l d o s S e r v i d o r e s d o E s t a d o .
(***> B o l s i s t a s d a C . A . P .E .S .
( ** * *) R a d i o l o g i s t a d o S e r v i ç o d a C a d e i r a d e C l í n i c a d o D o e n ç a s T r o p i c a i s e I n f e c t u o s a s d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n i v e r s i d a d e d o R i o d e J a n e i r > .
8 0 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 3
Filho e Miranda (8), na Guanabara
de 82%; Rodolfo Teixeira (18), na Ba
hia, de 71,4%. Deve-se, ainda, levar
em consideração o fato de que a au
sência de alterações radiológicas não
significa ausência de lesão pulmonar,
pois, como refere Aloysio de Paula
(15), m uitas vêzes as lesões pulm ona
res não atingiram, ainda, tam anho e
densidade suficientes para se traduzi
rem sob a forma de im agem anormal
ao exame radiológico.
As lesões blastom icóticas pulm ona
res apresentam-se radiològicamente,
em 3 tipos principais: nodulares,
in-filtrativas e fibróticas (7, 8, 13, 14) e
caracterizam-se por serem, na maio
ria dos casos, bilaterais, sim étricas e
localizadas nas porções para-hilar e
basal dos pulm ões. Deve-se acrescen
tar a possibilidade de derrame
pleu-ral, presença de cavidades, pneum otó
rax, calcificações, enfisem a e, m ais ra
ramente, desvio do mediastino, retra
ções traqueais e outras alterações
to-rácicas (4, 10).
As lesões pulmonares da B . S . A .
muitas vêzes sim ulam as alterações
produzidas pela tuberculose, tom an
do-se difícil a diferenciação das duas
entidadôs. Vários doentes de nossa
casuística, antes de serem diagnosti
cados como blastom icóticos, subm ete
ram-se à terapêutica anti-tuberculosa,
pois o aspecto radiológico das lesões
era muito sem elhante ao da tubercu
lose. Por outro lado, a associação de
B . S . A . com tuberculose é um a con
tingência possível e até certo ponto
freqüente em nosso meio (8).
Com a terapêutica adequada (Sulfas
e Anfotericin B) e instituída por tem
po suficiente, as lesões pulmonares
ativas (nodulações e infiltrados) evo
luem para a “lim peza radiológica” ou
cicatrizam, sendo substituídas por
traves finas e grossas, cicatrizes estre
ladas ou nódulos calcificados. Nos
pacientes sem tratam ento é comum
observar-se a presença de traves fibro
sas ao lado de lesões de caráter ativo
da doença.
Sendo uma doença fibrosante, a
blas-tomicose pulmonar pode levar os pa
cientes a quadros de cor pulmonale
crônico e insuficiência respiratória
(9, 15, 21). Yépez & cols. (21) rela
tam 5 casos de cor pulmonale devido
à B . S . A . com sinais de insuficiência
cardíaca e respiratória. Em um dos
pacientes, cuja radiografia torácica
mostrava alterações
tubérculo-nodu-lares, em parte confluentes, bilaterais,
foram realizadas provas espirográficas
que revelaram insuficiência
ventilató-ria obstrutiva e restritiva.
A literatura sôbre o estudo funcio
nal do aparelho respiratório na B.
S . A. é m uito pobre, seja pela rari
dade da doença em países fora da
América do Sul e Central, seja pela
dificuldade na realização das provas
funcionais nas regiões de maior
inei-a ên ciinei-a.
Achamos, no entanto, que a explo
ração funcional do aparelho respira
tório em pacientes com blastomicose
pulm onar deveria ser realizada quase
rotineiramente, um a vez que êsses pa
cientes podem vir a apresentar insu
ficiência respiratória de graus varia
dos, necessitando um acom panha
m ento médico freqüente ou nova ori
entação ocupacional, visto que em
grande parte são hom ens, geralm en
te lavradores, que realizam trabalhos
que exigem maior esfôrço físico . A
fibrose e o enfisem a que podem aco
m eter êsses pacientes, mesmo após a
cura, m uitas vêzes tornam-os invali
dados para certos tipos de atividade,
sendo necessária, portanto, um a m u
dança em seus hábitos de vida.
As alterações da função respirató
ria em m oléstias bronco-espásticas e
enfisem atosas já são conhecidas em
vários trabalhos (1, 5, 12, 20). Ten
do em vista as lesões produzidas pela
blastom icose sôbre o parênquina pul
monar, é de se esperar que' as altera
ções ventilatórias sejam do tipo
obs-trutivo ou do tipo restritivo ou, m es
mo, do tipo m isto.
MATERIAL E MÉTODOS
M a i o - J u n h o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 81
o quadro radiológico. Os pacientes fo
ram acompanhados no Serviço da Ca
deira de Clínica de Doenças Tropi
cais e Infectuosas da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (7 casos) e no Hospital
dos Servidores do Estado (3 c a so s).
O diagnóstico de Blastom icose Sul
Americana foi confirmado na quase
totalidade dos casos pelo achado do
Paracoccidioides brasiliensis
nas lesões
(biópsias, raspado das lesões, lavado
brônquico, exam e do “pus” das le
sões) . Nos casos em que o parasita não
foi encontrado, o diagnóstico foi fir
mado pelo aspecto das lesõps
tegu-mentares e linfáticas, pelo quadro ra
diológico e pela evolução favorável
com a terapêutica. Todos os pacien
tes já haviam sido subm etidos à tera
pêutica nos hospitais de origem ou
em outros centros de tratam ento.
O estudo radiológico de 7 casos foi
realizado no Serviço da Cadeira de Clí
nica de Doenças Tropicais e
Infectuo-sas, sendo realizadas radiografias se
riadas em P .A . inspiradas, a fim de
se acompanhar a evolução dos casos.
O estudo da função ventilatória foi
realizado no setor de Pneum ologia do
Serviço de Clínica Médica do Hospi
tal dos Servidores do Estado, sendo
utilizado um espirógrafo não venti
lado de Cara, tendo sido excluído do
circuito o depósito de oxigênio, pre
visto para ser empregado nas provas
de esfôrço. Como valores teóricos
es-pirográficos foram levados em conta
■os previstos por P . Sadoul (17), sen
do as provas realizadas nas condições
■alveolares convencionais, isto é, à 37°
C e à pressão de 760 m m Hg.
Na interpretação das provas consi
derou-se como norm al as dim inuições
de até 10%. As dim inuições de 10 a
20% foram consideradas de grau dis
creto; de — 20 a — 30% de grau m o
derado; de — 30 a — 50% de grau
Importante, e dim inuições acim a de
50% (— 50%) de grau severo.
Foram determinados os valores es
táticos (capacidade vital, capacidade
inspiratória, volum e de reserva
expi-ratória, e inspiexpi-ratória, volume corren
te) e os valores dinâmicos (volume
ex-piratório máxim o segundo, relação V.
E. M . S . / C . V. x 100 e ventilação
m áxim a voluntária) (3, 19). Os paci
entes 1 e 3 após a realização da
espi-rografia global foram submetidos a
um aerosol com isoproterenol a
1/1000, após o que foi repetido o es
tudo espirográrico (19).
RESULTADOS
Os resultados das provas
espirográ-ficas e da radiologia estão reunidos
no quadro I . Procuramos repetir a
radiografia torácica dos pacientes na
m esm a época da realização das pro
vas ventilatórias a fim de comparar
os resultados.
Quase todos os pacientes eram fu
m antes de número variável de cigar
ros; entretanto, acreditamos que as
alterações espirográficas encontradas
não se devem essencialm ente ao taba
gismo, um a vez que pacientes não fu
m antes (caso 1) apresentam perturba
ções ventilatórias, enquanto outros,
fum antes moderados e inveterados
(casos 2, 4 e 9) não apresentam dis
túrbios ventilatórios. Por outro lado,
não podemos afastar a possibilidade
de que o uso do fum o seja agravante
para as alterações espirográficas dos
casos 3, 6 e 10.
Dos 10 pacientes com blastomicose
pulmonar, 4 apresentam alterações
espirográficas caracterizadas por in
suficiência ventilatória obstrutiva. O
caso 3 parecia ter tam bém compo
nente restritivo, m as o uso do
bron-codilatador fez quase normalizar a ca
pacidade vital, mostrando que a alte
ração é predom inantem ente obstru
tiva.
DISCUSSÃO
8 2 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 3
Q U A D R O I
ALTERAÇÕES D A FU N Ç A O V E N T IL A T Ó R IA N A BL A ST O M IC O SE PU LM O N A R
ID EN TIFIC A Ç Ã O R A D IO L O G IA P R O V A S E SP IR O G R Á F IC A S
C aso 1 L . S . 50 a n o s L avrad or
N eg a ta b a g is m o .
2 0 /1 0 /6 4 — L e sõ es m ic r o n o d u la - res, b ila te r a is, sim é tr ic a s, a rb o - r e s c e n te s d os h ilo s, a tin g in d o o s te r ç o s m é d io e in fe r io r . E n - fis e m a b ila te r a l d ifu s o .
1 9 /1 1 /6 4 — A c e n tu a ç ã o d a s le sõ e s m ic r o n o d u la r e s .
0 7 /0 1 /6 5 — S u r g ira m a lg u m a s le - sõ é s in filtr a t iv a s n o 1/3 su p e rior d e a m b o s p u lm õ e s .. :
0 5 /0 6 /6 5 — D isse m in a ç ã o to ta l d a s le sõ e s m ic r o n o d u la r e s .
2 8 /0 6 /6 5 — R e a b so rç â o a c e n t u a d a d a s c o n d e n s a ç õ e s . N o tà m - s e le s õ e s m ic r o n o d u la r e s b ila te r a is r e s tr ita s n o 1 /3 m é d io de a m b o s p u lm õ e s .
3 0 /0 9 /6 6 — L esõ es m ic r o n o d u la re s m e n o s in te n s a s q ue n a s r a d io g r a fia s a n te r io r e s. N o ta m -se f in a s tr a v e s fib r o s a s e s p a r s a s . E n fise m a b ila te r a l d ifu s o .
3 0 /0 9 /6 6
V ol. c o r r e n te — 0,576 1 ” m in u to — 13,26 l/m in C a p a c . V ita l — 4,93 1 (a u m e n
ta d o d e 40,9% ) V EM S — 2,77 1 (a u m e n ta d o d e
10,5% )
V EM S
--- x 100 — 56,1% (d im in u íd o
CV d e 25,2% )
V . M . V . I fr e q . 44 — 59,1 1 | ” 52 — 67,7 1 | ” 60 — 71,8 1
C a p a c . in s p ir a t . — 2,34 1 V ol. reserv a e x p ir a t. — 2,59 1
APÓ S N EBULIZA Ç A O
C . V . — 5,08 1 (a u m e n ta d o de- 45,1% )
V EM S — 2,87 1 (a u m e n ta d o de 10,7% )
V EM S
x 100 — 56,4% (d im in u íd o -CV d e 24,8% )
V . M . V . | fr e q . 40 — 64,6 | ” 44 — 66,4 | ” 56 — 92,8.
C ONCLUSÃO
I n s u fic iê n c ia v e n tila tó r ia o b str u - tiv a d e g ra u m o d e ra d o .
C aso 2 M . A . F . 45 a n o s M a rítim o
F u m a n te m o d era d o (1 5 /d ia )
1 7 /0 5 /6 6 — T r a v es fib r o sa s d is s e m in a d a s .
2 7 /0 7 /6 6 — N o ta -s e d im in u iç ã o n a s le s õ e s tip o fib r o so .
0 5 /0 9 /6 6
V o l. c o r r e n te — 0,86 1 ” m in u to — 11,18. l/m in C . V . — 3,5 1 (a u m e n ta d o de
0,03%
)-VEM S — 2,78 1 (a u m e n ta d o d e 0,07% )
V EM S
x 100 — 79,5% ( a u m e n ta -CV do d e 0,3% )
V . M . V . 1 fr e q . 24 — 64,8 1 | 72 — 137,2 1
C a p a c . in s p ir a t. — 2,21 1 V ol. re se rv a e x p ir a t. — '1,29 I
C ONCLUSÃO
M a i o - J u n h o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 83
IDEN TIFICA Ç Ã O R A D IO LO G IA P R O V A S ESPIR O G R Á FIC A S
Caso 3 C . O . F . 52 an os F u n cio n á rio T a b a g ista reg u la r
(2 0 /d ia )
3 1 /0 1 /6 3 — P r o c e sso fib r o so n o 1 /2 su p erio r d e a m b o s p u lm õ es. V e la m e n to n o á p ic e e reg iã o in fr a c la v ic ijla r e s q u e r d a . E n fi
se m a b ila te r a l d ifu so .
2 4 /0 8 /6 6 — T r a v es fib r o sa s in a l t e r a d a s . E n fis e m a d ifu s o .
0 7 /0 9 /6 6
V o l. co r re n te — 0,62 1 ” m in u to — 14,9 l/m in C . V . — 2,41 1 (d im in u íd o
27% )
V EM S — 0,93 1 (d im in u íd o 61,9% )
V EM S
--- x 100 — 38,6% (d im in u íd o
CV 47,8% )
V . M . V . í fr e q . 30 — 24,9 1
| ” 52 — 32,9 1 ! ” 64 — 33,8 1
C a p a c . in s p ir a t. — 1,1 1 V ol. re se rv a e x p ir a t. — 1,31 1
APÓ S NEBULIZAÇÀO
C . V . — 2.84 1 (d im in u íd o 14% )
VEM S — 1,23 1 (d im in u íd o 49,6% )
VEM S
x 100 — 43,3% (d im in u íd o
CV 42,5% )
CONCLUSÃO
In s u fic iê c ia v e n tila tó r ia ob stru - tiv a d e g ra u im p o r ta n te .
Caso 4 J . G . S . 42 a n o s M otorista
T a b a g ista in v e te r a
do ( + 3 0 /d ia )
1 9 /8 /6 6 — C o n d e n sa ç õ e s e s tr ia - d as s im é tr ic a s, a rb o re sc en te s d os h ilo s .
9 /9 /6 6
V o l. c o r re n te — 0,73 1
” m in u to — 10,37 l/m in
C . V . — 4 32 1 a u m e n ta d o 18,3% )
VEM S — 2,98 1 (a u m e n ta d o 6,3%)
V EM S
- - - x 100 — 73,6% (d im in u íd o
CV 4,3% )
V . M . V . ! freq. 20 — 52,5 1 1 ” 28 — 63,9 1 1 ” 44 — 75,1 1
CONCLUSÃO
P ro v a s v e n tila tó r ia s n o rm a is. C aso 5
J . P . F . 55 a n o s M ecân ico
A n t i g o ta b a g is ta , te n d o a b a n d o n a d o o fu m o h á a lg u n s a n o s .
2 2 /9 /6 6 — C o n d e n sa ç õ e s lin e a r e s n o 1/3 su p erio r do p u lm ã o d i r e ito . E n fis e m a b ila te r a l d is c r eto .
1 4 / 9 / 6 6
V o l. co r re n te — 1,09 1
” m in u to — 10,9 l/m in
C . V . — 4.12 1 (a u m en ta d o 47,2% )
8 4 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N » 3
ID EN TIFIC A Ç A O R A D IO LO G IA P R O V A S E SP IR O G R Á F IC A S
V EM S
--- x 100 — 69,8% (d im in u íd o
CV 5,6% )
C a p a c . in s p ir a t . — 2,07 1 V ol. reserv a e x p ir a t. — 2,05 1
C ONCLUSÃO
N ão a p r e s e n ta in s u fic iê n c ia v e n tila tó r ia .
C aso 6 J . T . C . 45 a n o s
F u m a n te in v e te r a do ( + de 4 0 /d ia )
2 2 /2 /5 4 — C o n d e n sa ç õ e s d e c o n to r n o s p o u c o n ítid o s em a m b o s p u lm õ es, a o n ív e l d a s b a s e s e 1 /3 m é d io .
2 5 /3 /6 6 — L esõ es re sid u a is n o s te r ç o s su p e rio r es de a m b o s p u l m õ e s .
3 0 /9 /6 4 — L esõ es fib r o sa s n a m e t a d e s u p . a m b o s p u lm õ e s de p erm e io co m m o d ific a ç õ e s e n - f is e m a t o s a s .
1 7 /3 /6 6
Vol. m in u to — 19,8 l/m in C . V . — 4,35 1 (a u m e n ta d o
8,7% )
V EM S — 2,241 (d im in u íd o 26,8% )
V EM S
---x 100 — 56.2% (d im in u id o
CV 26,5% )
V . M . V . 1 fr e q . 22 — 63,6 l/m in ! ” 32 — 77,9 l/m in | ” 44 — 89,9 l/m in
C ONCLUSÃO
I n s u fic iê n c ia v e n tila tó r ia o b str a - tiv a m o d e r a d a .
C aso 7 D . M . 43 a n o s
N ão h á r e fe r ê n c ia ao ta b a g is m o .
2 3 /1 0 /6 4 — C o n d e n sa ç õ e s n o d u la - re s e s p a r sa s o c u p a n d o p r a tic a m e n te tô d a e x te n s ã o d e a m b o s o s p u lm õ e s.
/
1 3 /1 1 /6 4
V o l. m in u to — 7.68 l/m in C . v . _ 3.41 1 (d im in u íd o 6.6%) V EM S — 2,58 1 (d im in u íd o 8,1% )
VEM S
--- x 100 — 75.7% (d im in u íd o
CV 1,7% )
C ONCLUSÃO
P r o v a s v e n tila tó r ia s n o r m a is .
C aso 8 Q . S . V . 71 a n o s D o m éstica N eg a ta b a g is m o .
1 4 /6 /6 0 — A c e n tu a ç ã o do r e tí- cu lo p u lm o n a r , ir ra d ia n d o d os h ilo s co m fr a n c a p r e d o m in â n c ia d a s b a ses, su g e stiv o d e b la s to m ic o se .
2 6 /9 /6 6 — A sp ecto ra d io ló g ico n o r m a l
2 9 /9 /6 6 — L esõ es fib r o sa s n o á p i ce d ir e ito .
2 6 /9 /6 6
V o l. m in u to — 10 1 C . V . — 1,84 1 (a u m e n ta d o
8,2% )
V EM S — 1.39 1 (a u m e n ta d o 19%)
VEM S
--- x 100 — 70% (a u m en ta d o
CV 2,1% )
V . M . V . 1 freq 20 — 26,9 1 1 ” 30 — 39,6 1 | ” 56 — 58,1 1
M a i o - J u n h o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 8 5
IDENTIFICAÇÃO R A D IO LO G IA P R O V A S E SP IR O G R Á F IC A S
N ã o a p r e s e n ta in s u fic iê n c ia v e n tila tó r ia .
Caso 9 O . G . S . 49 an os Lavrador
T ab agista m o d era d o (1 5 /d ia )
1 3 /1 2 /6 5 — C o n d e n sa ç õ e s n o d u la - re s e lin e a r e s d isse m in a d a s em a m b o s p u lm õ es, p red o m in a n d o n o 1 /3 m é d io .
2 8 /0 3 /6 6 — R e g r e ssã o d a s le sõ e s a n te r io r e s .
2 4 /8 /6 6 — M elh o ra a c e n tu a d a d a s le s õ e s n o d u la r e s. N o ta m -se a in
d a a lg u m a s tr a v e s e n ó d u lo s n o 1 /3 m é d io . E n fis e m a b ila te r a l d is c r e to .
2 /9 /6 6
Vol. co r re n te — 1,38 1 } ” m in u to — 20,7 l/m in C . V . — 4,25 1 (a u m e n ta d o
4,9%)
VEM S — 2,98 1 (d im in u íd o 2,5% )
VEM S
--- x 100 — 70,1% (d m in u íd o
CV 7,2% )
C a n a c . in s o ir a t. — 2.461 1 V o l. re se rv . e x p ir a t. — 1,78 1
CO NCLUSÃO
N ã o a p r e s e n ta in s u fic iê n c ia v e n tila tó r ia .
Caso 10 M . A . C . 30 a n os F erroviário
T a b a g ista in v e te r a do (4- d e 3 0 /d ia )
6 /9 /6 3 — L esõ es p r e d o m in a n te m e n te n o d u la r e s, in filtr a t iv a s e e s tr ia d a s d isse m in a d a s , p red o m in a n d o n o p u lm ã o esq u er d o .
8 /6 /6 4 — D e sa p a r e c im e n to d a s le s õ e s in filtr a t iv a s . A c e n tu a ç ã o d a s le sõ e s e s tr ia d a s . E n fi s e m a d ifu so .
1 5 /9 /6 6 — D im in u iç ã o d a s le sõ e s n o d u la r e s . T r a v es fib r o sa s d is s e m in a d a s . E n fis e m a .
1 6 /9 /6 6
V o l. c o r re n te — 0,72 1 ” m in u to — 12,24 1 C . V . — 4,06 1 (n o r m a l) VEM S — 2.72 1 (d im in u íd o
15,5% ) V EM S
x 100 67% (d im in u íd o
CV 15%)
V . M . V . I fr e q . 20 — 52,5% I ” 24 — 51,7% j ” 40 — 77,7%
C a p a c . in s p ir a t. — 2 1 V o l. reserv a e x p ir a t. — 2,05 1
CONCLUSÃO
8G R c v . S o c . B r c s . M e d . T r o p . V c l .
I
— N ? 3C o s o 1 . R a d i o g r o f i o e m 7 - 1 - 6 5 , L e s õ e s m i c r o n o d u l a r e s , b r t o t e r o h , s i m é t r i c a s , o r b o r e s c e n t e s d o s h i l o s , a t i n g i n d o o s t e r ç o s m é d i o e i n f e r i o r . L e s õ e s i n f i l t r a t i v a s n o t ê r ç o
s u p e r i o r d e a m b o s p u l m õ e s .
C a s o 3 . R a d i o g r a f i a e m 3 1 - 1 - 6 3 . P r o c e s s o f & r o s o n a m e t a d e s u p e r i o r d e a m b o s p u l m õ e s . V e l a m e n t o n o á p i c e e r e g i ã o i n f r a d a v i c u l a r e s q u e r d a . E n f i s e m a b i l a t e r a l
d i f u s o .
C a s o 1 . R a d i o g r a f i a e m 3 0 - 9 - 6 6 . L e s õ e s n o d u l a r e s m e n o s i n t e n s a s q u e n a s r a d i o g r a f i a s a n t e r i o r e s . N ^ t a m - s e f i n a s t r a v e s f i b r o s a s e s p a r s a s . E n f i s e m a b i l a t e r a l d i f u s o .
M a i o - J u n h o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 8 7
C a r o 1 0 . R c d o ^ n f i a e m 6 - 9 ~ 6 3 . L e s õ e s p r e d o m i n a n t e m e n t e r o d u - o r e s , t r . f J t r a t i v o s e e s t r a d a s d i s s e m i n a d a s ,
p . c d o n v n a n d o n o p u l m ã o E.
e inferiores dos campos pulm onares.
Observa-se que com a terapêutica as
lesões infiltrativas e nodulares foram
progressivamente reabsorvidas e, em
quase todos os casos, surgiram traves
fibrosas. Em 6 casos nota-se o apare
cimento de enfisem a.
Os casos 2, 4, 5, 7, 8 e 9 apresentam
provas ventilatórias normais, embo
ra os doentes 5 e 9 evidenciassem si
nais radiológicos de enfisem a bilate
ral. Tal fato não nos surpreendeu,
pois um de nós vem tendo sua aten
ção despertada para casos em que a
radiologia é tida como representati
va de enfisem a pulm onar sem que ha
ja, paralelamente, provas
espirográfi-cas tradutoras de tal anarquia pul
monar .
Isto vem evidenciar, mais
uma vez, a necessidade de serem es
tabelecidos critérios m ais precisos pa
ra que seja feito o diagnóstico de en
fisema. Por isso, solicitam os a pre
sença dêsses 2 pacientes, a fim de ser
complementado o estudo radiológico
com incidência em P .A . inspirado e
expirado e radiografia de perfil, en
tretanto os pacientes não comparece
ram para a com plem entação.
C a s o 1 0 . R a d i o g r a f i a e m 1 5 - 9 - 6 6 . D i m i n u i ç ã o d c s l e s õ e s n o d u l a r e s . T r a v e s f i b r o s e s d i s s e m i n a d a s E n f i s e m a .
As alterações funcionais são mais
evidentes nos casos 1 e 3, e discretas
nos casos 6 e 10. No caso 1 a
nebuliza-ção com broncodilatador não modifi
cou o perfil espirográfico, traduzindo
a existência de enfisem a pulmonar
orgânico, se ajustando à descrição ra
diológica .
No caso 3 foi observada discreta me
lhora dos valores dinâmicos e quase
normalização da capacidade vital com
a nebulização. Entretanto permane
ceu a insuficiência obstrutiva, mos
trando um comprometim ento funcio
nal im portante. Também nesse caso
existiam sinais radiológicos de enfise
m a difuso. Apesar da presença de
fi-brose nos terços superiores dos
hemi-tóraces, a anormalidade registrada é
de enfisem a orgânico com componen
te broncoespático parcialm ente redu
zido com o emprego do isoproterenol.
Os casos 6 e 10 tam bém apresentam
insuficiência ventilatória obstrutiva
mas em grau discreto, com aspecto ra
diológico de fibrose e enfisema di
fusos .
8 8 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 3
obstrutivo, com evidências de enfise-,
ma pulmonar orgânico, sendo que em
alguns casos verificaram-se provas
espirográficas normais com radiogra
fias anormais.
Devido às alterações radiológicas
acentuadas, com com ponente fibroso
quase constante, era de se esperar
maiores modificações espirográficas.
Contudo, só o estudo de maior núm e
ro de casos e a realização de outras
provas funcionais nos permitirão ti
rar ilações m ais fiéis dos danos pro
duzidos pelo
Paracoccidioides
brasi-liensis
sôbre o complexo aparelho res
piratório .
As observações registradas são, no
entanto, úteis para um estudo m ais
amplo e conclusivo no futuro e repre
sentam um a contribuição à aprecia
ção da B . S . A . sob um prisma m uito
pouco explorado.
S U M M A R Y
Ten ca ses o f p u lm o n a ry fo rm o f L u tz d ise a se (S o u th A m eric a n b la s to m y -cosis) w e re stu d ie ã in c o rre la tio n o f c h e s t X - r a y a n d s p ir o m e tr y . A li o f th e m sh o w e ã th e cla ssic ra ã io lo g ic sig n s of n o ã u la r lesion s, p a tc h y in filtr a tio n s , fib ro sis a n ã e m p h y s e m a . Four ca ses sh o w e ã in s u ffic ie n c y o f v e n tila to r y fu n c tio n , p ro b a b ly d e r iv e ã fro m o b s tr u c tiv e le sio n s; h o w ev er, tw o o th e r cases w ith X -r a y sign s o f e m p h y se m a ã iã n o t sh o w s p ir o m e tr ic a b n o r m a lity .
T h e a u th o rs e m p h a size th e n e c e s s ity o f m o re in v e s tig a tio n on lu n g fu n cV o n te s ts in a la rg e r n u m b e r o f ca ses o f p u lm o n a ry b la sto m y c o sis to e s ta b lis h d e fin ite con clu sion s in th is u n e x p lo re ã fie lâ .
B IB L IO G R A F IA
1. B R IN K M A N , G . L . & C O A TES J R . , E . O . — E ffe c t o f b r o n c h itis, sm o k in g a n d o c c u p a tio n o n v e n tila tio n — A m er. R e v . R e sp . D is. 87: 684, 1963.
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M a i o - J u n h o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . 8 9
b résilie n se à lo c a lis a tio n p u lm o n a ire p u is b u c c o r h in o -p h a r y n g é e . B u li. de la S o c ie té F r a n ç a is e d e D e r m a t. e t S y p h ilig . 69: 466, 1962.
.17. SADOUL, P .; LACO STE, J . & SA U - N IER , C . — S e m io lo g ie d e 1’a p p a r eil resp ira to ire — E n c y c o p lé d ie M éd ico - C h iru rg ica le — P o u m o n — T om o 1. C ita ção p e sso a l de S im ã o , A . T . 18. T E IX E IR A , R . — O p ro b lem a d a B la s
to m ic o se S u l A m e rica n a n a B a h ia — Me d. C iru rg. F a r m . 304, 115, 1963. 19. TIFFE N E A U , R . — E x a m e n p u lm o n a i
re d e 1’a s t h m a t iq u e . D é d u c tio n s d ia g n o stiq u e s, p ro n o stiq u es e th é r a p e u ti- q u es — V o l. 1, 246, p . M a sso n e t C ie. ed._ P a ris, 1957.
20. W ÍLIA M S, M . H . & S E R IF F , N . S . — C h ro n ic o b str u tiv e p u lm o n a ry d ise a se s — A m e r. J . M ed . 35: 20, 1963.
9 0 R e v . S o c . E r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 3
O B ITU Á R IO
D R . R AM O N A F FO N SO A NHEL
A n o tíc ia da m o rte p rem a tu r a de R a m o n A n h el eco ou com o u m d o s a c o n te c im e n to s m a is tr iste s do p rim eiro s e m e str e de 1967, p rin c ip a lm e n te e n tr e o s s a n ita r is ta s b r a si leiros que com êle co n v iv e ra m m a is in t i m a m e n te .
A su a v id a, in te ir a m e n te d ed ica d a à ca r reira d a S a ú d e P ú b lica , fo i p a u ta d a p elo s m a is n o b res e e d ific a n te s e x e m p lo s de c u m p r im e n to do d ever, n a s n u m e r o sa s m is sõ es que lh e fo ra m c o n fia d a s . N a tu r a l da cid a d e do R io de J a n eir o , d ip lo m o u -se p ela e n tã o F a cu ld a d e N a c io n a l de M ed icin a da U n iv ersid a d e do B r a sil. C ola b o rad o r a tiv o e dos m a is c o m p e te n te s d os q u ad ros do M i n istério da S a ú d e, e x e rc eu m a r c a n te p a p e l com o té c n ic o d a c a m p a n h a de er ra d ic a çã o d o A. g ambi ae , n o N o rd este d o P a ís . P e r ten c e u a o s q u a d ro s do a n tig o S erv iço N a cio n a l de M a lá ria . F o i c h e fe d a C ircu n scri- çã o do D N E R u n o s e s ta d o s do M a r a n h ã o e P a r a n á . E x erceu n o s ú ltim o s a n o s a s f u n çõ es de c h e fe da S e ç ã o de E s ta tís tic a e C o n tro le da D iv isã o de P r o fila x ia do D e p a r ta m e n to N a c io n a l d e E n d e m ia s R u rais, v in d o a m o rte su rp re en d ê -lo lo g o d ep o is de a s su m ir o esp in h o so ca rg o de d ireto r d a D i v isã o de P r o fila x ia do D N E R u . S u a m o rte d eix ou u m cla ro d ifíc il de ser su b stitu íd o n o s q u ad ros d a q u ele im p o r ta n te ó rg ã o do M in istério d a S a ú d e .
D R . L O U IS L . W ILLIAM J R . E D R . DGN A LD B . MC. M ULLEN
I n fa u s ta n o tíc ia a tra z id a em o n ú m ero d e ju n h o de 1967, do “T ro p ica l N ew s”, s ô b re a m o rte de d o is e m in e n te s h o m e n s cu ja in te ir a v id a fo i d ed ica d a a p ro b lem a s d e sa ú d e p ú b lica n ã o so m e n te d a su a p á tria , m a s ta m b é m de u m a g r a n d e p a r c e la d a h u m a n id a d e .
O Dr. Loui s L . W i l l i a m J r■, cu ja m o rte ocorreu a 6 de m a io do co r re n te, a p ó s a r r a sta d a d o en ça , d istin g u iu -se p e la su a a tu a ç ã o n o S erv iço de S a ú d e P ú b lic a d os EUA, o n d e g a lg o u a a lta p o siçã o de c h e fe
d a D iv isã o de S a ú d e I n te r n a c io n a l. N o tá v el p esq u isa d o r n o ca m p o d a M ala rio log ia , ex e rc eu a tiv id a d e s fora de seu p a ís em v á ria s o p o r tu n id a d e s . F o i u m d os m em b ros h o n o r á rio s d a D iv isã o de M a lá ria dos VII C o n g resso s I n te r n a c io n a is d e M e d icin a T ro p ic a l e M a lária , re a liz a d o s em 1963 n o Rio d e J a n eir o , a o s q u a is e n tr e ta n to n ã o pôde c o m p a re cer . D e p o is de a p o se n ta d o , ex er ceu a té h á b em p o u co tem p o fu n ç õ e s de c o n su lto r ia d a O r g a n iz a çã o M u n d ia l de S a ú d e, o n d e p resto u r e le v a n te s serv iço s. F o i ta m b é m P r e sid e n te d a “A m e rica n Sc- c ie ty o f T r o p ica l M e d ic in e ”, m em b ro de n u m e r o sa s so c ied a d e s c ie n tífic a s , te n d o re ceb id o a s m a is a lta s co n d e c o r a ç õ e s c ie n ti f ic a s q ue u m c ie n tis ta p o d e a lm e ja r .
O Dr. D o na l d B . M c Mul l e n, c u ja in e s p era d a m o rte o correu a 27 de m a io do cor re n te a n o n o s E sta d o s U n id o s, fo i outro n o tá v e l e in c a n s á v e l n o m e d a T ro p ico lo g ia M é d ica . O in fa u s to a c o n te c im e n to te v e lu g a r q u a n d o o e m in e n te p esq u isa d o r p a r tic i p a v a d e u m a d iscu ssã o c ie n tífic a sôb re o te m a d e su a p red ile çã o — esq u isto sso m o se, em u m sim p ó sio .
S u a b r ilh a n te ca r re ir a d e c ie n tis ta í& m a r c a d a p or n u m er o so s su ce sso s, ten d o ex ercid o , e n tr e o u tr a s p o siçõ e s, a de ch efe de eq u ip e c o n su ltiv a sôb re esq u isto sso m o se da O r g a n iz a çã o M u n d ia l d e S a ú d e, e ch efe do D e p a r ta m e n to d e Z o o lo g ia M éd ica do W a lter R ee d A rm y I n s titu te fo r R e se a rc h . Ao fa le c e r , o c u p a v a a in d a a fu n ç ã o de P re s id e n te d a A m e rica n S o c ie ty o f P a ra sito lo - g is ts .
O D r. M c M u llen p u b lico u n u m er o so s tr a b a lh o s sôb re a su a e s p e c ia lid a d e , ten d o sid o a u to r de n o tá v e is tr a b a lh o s sôb re o c o n tro le da e s q u isto sso m o se . E stê v e no B r a sil em d u a s o p o rtu n id a d es, a p rim eira d ela s co m o p a r tic ip a n te d os V II C o n gres s o s I n te r n a c io n a is de M e d icin a T ro p ica l e M a lá ria e a ú ltim a h á cê rc a de 2 a n o s, c o m o c o n su lto r d a R o c k fe lle r F o u n d a tio n , ju n to a o I n s titu to N a c io n a l de E n d em ia s R u ra is, p or o c a s iã o d a ela b o r a çã o do P ro je to P ilô to p a ra o C o n tro le d a E s q u isto sso m o se a que d eu v a lio s a co la b o ra çã o , b a se a do em su a v a s ta e x p e r iê n c ia n a m a té r ia .