CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO POBLICA
CIDADANIA VIS-À-VIS DEMOCRACIA
,
ESTUDO ANALITICO-INTERPRETATIVO DAS GREVES, NOS ANOS 80, COMO FENÔMENO INDICADOR DE mudanᅦaセ@ NAS relaᅦᅰセs@ DO TRABALHO EM inセtitviᅦoes@ UNIVERSITARIAS DA ADMINISTRAÇAO PUBLICA FEDERAL: UFRJ
e
UFF.VOLUME 11
DISSERTAÇÃO APRESENTADA À ESCOLA セrasiセeira@ DE ADMINISTRAÇAO PUBLICA PARA A OBTENÇÃO DO GRAV DE MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Maria Lygia Silva Magalhães Costa
CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇAo POBLICA
199209 1415 T/BBAP C837c
I111II11I1I
1000058398
CIDADANIA VIS-À-VIS DEMOCRACIA
,
ESTUDO ANALITICO-INTERPRETATIVO DAS GREVES, NOS ANOS 80, COMO FENÔMENO
INDICADOR DE MUDANÇAS NAS RELAÇÕES DO TRABALHO EM INSTITUIÇÕES!UNIVERSITARIAS DA ADMINISTRAÇAo POBLICA,' FEDERAL: UFRJ
e
UFF.VOLUME 11
Dissertação de Mestrado apresentada por
Maria Lygia Silva Magalhães Costa
E
Paulo R erto de Mendonça Motta-Doutor
em Administração Pública - Phd
jZエセG。@
Fセ@
Valéria de Souza - Mestre e
Pública
PARTE 11 - SER cidadセoZ@ dihensセo@ POLiTICA DE UM PAPEL SOCIAL
CAPiTULO IV - GREVES EH UNIVERSIDADES FEDERAIS NOS ANOS 80:
・kpイ・ウウセッ@ de ュオ、。ョセ。ウ@ nas イ・ャ。セU・ウ@ entre
governo e categorias profissionais
1 - Trabalhadores em e、オ」。セセッZ@ ッイァ。ョゥコ。セセッOー。イエゥ」ゥー。セセッ@
2 - Associativismo nas Universidades: アオ・ウエセッ@ de カゥウセッN@ 3 - Greves de Docentes: movimentos de vanguarda
4 - Greves de Servidores Ticnico-Administrativos: movimentos
de massa
"Crise e desvios ウセッ@ ョッセU・ウ@ que pressup5em um dever contrariado pelo acontecer, mas que
ーッ、・イセ@ ser restaurado porque
i
um dever ser ... "CAPiTULO IV _. GREVES EI1 UNIVERSIDADES rEDERAIS NOS ANOS 8f,'f
1. - OS TRABALHADORES EH educacセo@ - ッイァ。ョゥコ。セ ̄ッOー。イエゥ」ゥー。セ ̄ッ@
Os
・ウー。セッウ@ de luta conquistados pelostrabalhadores em ・、オ」。セセッ@ foram decorrentes do seu prop6sito
em oferecer resistincia às priticas autoritirias comuns ao
regime de Governo instalado p6s-64. Para tal, contribuíram
medidas contradit6rias adotadas em termos de políticas
pdblicas, como a educacional e a de fomento • pesquisa
científica e tecnol6gica.
Na 、セ」。、。@ de 70, para fazer ヲ。」セ@ à política de
para os cursos de ァイ。、オ。セセッN@ Com essa finalidade,
instalados cursos de ーVウMァイ。、オ。セ ̄ッ@ nas diferentes ireas do
foram muitos daqueles que compunham a elite universitiria do
país, atuando na docincia ou como discente. Dotados pelas suas
características, de visão crítica-o que associavam • sua
liberdade criativa-contribuíram esses educadores para que os
cursos de ーVウMァイ。、オ。セ ̄ッ@ consistissem num dos ・ウー。セッウ@ dE
resistincia, ao se transformarem
numa irea de ゥイイ。、ゥ。セ ̄ッ@ de crítica ao Estado autoritirio e suas políticas específicas, influindo sobre o ensino de ァイ。、オ。セ ̄ッ@ e a sociedade civil, através do produto da atividade de pesquisa de
professores e estudantes, o destes na forma de
dissertaç:ões e teses que viraram livros e artigos" (Cunha, 1981:40)
Um outro ・ウー。セッ@ explorado foi aquele conquistado
que, a partir de 1970, abriu suas reuni5es para outras
categorias profissionais, ampliando sua ーッーオャ。Lセッ@ alvo para
。ャセュ@ dos professores universitirios e pesquisadores, de modo R
ampliar a sua ー・ョ・エイ。Lセッ@ na ッーゥョゥセッ@ ーセ「ャゥ」。N@
Ao abrir-se para a sociedade civil, p8de a SBPC
transformar-se num espa,o livre para debates de interesse
geral, na irea da política salarial, da estrutura agriria, da
energia, da ー。イエゥ」ゥー。Lセッ@ política. Desse modo, ultrapassou a SBPC o limite de defesa dos interesses de sua 」ッイーッイ。LセッL@ em
especial de sócio tolhidos pela pelas
aponsent ador ias compu I só,- ias, pe I as "cassa,ões brancas" e
demais formas de persegui,io política ideológica ... "
(Cunha, 1981:41).
Devido a isto, afirma Cunha:
" a SBPC permaneceu como um dos canais abertos de expressio das demandas políticas da Sociedade Cívil, o que fez com que outras categorias sociais, 。ャセュ@ dos docentes, pesquisadores e estudantes, afluissem às reuniões anuais" (1981:41)
No que concerne セ@ educa,io, iniciou-se de forma
tímida a ーイッ、オLセッ@ científica contestatória, relacionada セ@
legitimidade ideológica da reforma universitiria de 1968, aos
seus desdobramentos e セウ@ quest5esligadas ao ensino de 19 e 29
graus, além da 。ャヲ。「・エゥコ。Lセッ@ de adultos. Tomou for,a, esse
movimento, a partir da preocupa,io manifesta por antigos
sócios da SBPC educadores que criticavam a
70. A SBPC foi fundada ti 1948 por professores universitários e pesquisadores paulistas ligados às ireas biolÓgica, tecnolÓgica e das ciências exatas, realizando reuniões anuais, publicando a revista - Ciência e Cultura e prOlOVlRdo debates sobre tlllS de ilPortincia conjuntural. Et 1961, realizou no Rio de Janeiro UI
SilPósio COl finalidade de discutir o lOdelo proposto para a Universidade de Brasilia. Nessa oportunidade,
オョゥカ・イウゥエセイゥ。@ de 1968. Levada essa questio para um raio mais
amplo, juntaram-se outros educadores, chegando a ser escolhido
como tema central da 32a. Reunião Anual da SBPC, realizada no
Rio de Janeil-o, em 1980 - "Ciência e e、オ」。セ ̄ッ@ palMa um
Soc iedade d・ュッ」LMセエ@ ica" .
Pode-se assim perceber como pste e outros
eventos contribuíram para estimular os esforços de educadores
em sua ッイァ。ョゥコ。セ ̄ッO@ ー。イエゥ」ゥー。セ ̄ッL@ com vistas セ@ resistência セウ@ ーイセエゥ」。ウ@ políticas ァッカ・イョセュ・ョエ。ゥウN@ A respeito diz Cunha:
" o afluxo de educadores para a reuniões anuais da SBPC permitiu o adensamento do campo educacional, numa época de 、・ウュッ「ゥャゥコ。セ ̄ッ@ política. Entidades que já existiam fizeram assembléias durante as reuniões anuais - prática muito utilizada por 。ウウッ」ゥ。セ・ウ@ de diversas áreas" (Cunha,1981:42)
A exemplo da SBPC, outras entidades
organizadas, quer nacionalmente, quer de forma localizada,
passando a congregar ヲッイセ。ウ@ progressistas desejosas de
ュオ、。ョセ。ウ@ conjunturais e estruturais, alim de atuarem na luta
pelos específicos das que as
inst itui,-am.
Pelo seu aspecto difusor e multiplicador de
idiias,papel no conjunto do movimento dos
em educaç:ão as
B,-asi leiras de Educaç:ão, em especial, a pr imei ,-a CBE
(realizada na PUC/SP, no período de 31/3 a 03/04/80). Nesse
evento, os educadores reunidos:discutiram e deliberaram sobre
questões importantes relativas ao ensino e • educaç:ão em
geral, do ponto de vista do ideal da democracia.
oportunidade, em seu manifesto:
"Nosso hor izont e comum
é
a cont ruç:ão de uma educaç:ão . 、・ュッ」イセエゥ」。@ que esteja de fato comprometida com os interesses da maioria de nosso povo e não apenas a serviç:o das elites econ8micas e culturais. Cremos ainda que podemos afirmar, em nome de todos aqui presentes, que essa educaç:ão só ーッ、・イセ@ ser feitasobre os alicerces de um Estado que tenha a
democrac ia como fundamento. OI (Cama\"go & F'ino, 1980:140)
P8de a ICBE ser considerada como a demonstraçio
da forç:a política dos educadores
e
a indicaç:io de quesegmentos da sociedade organizavam-se para_a conquista de
espaç:o de participaç:ão na vida ーセ「ャゥ」。@ nacional. Entenderam os seus participantes que as associaç:5es e entidades de classes
são fortalecidas na medida em que promovem aintegraç:ão entre
docentes de todos os níveis e graus, bem como de todos os
do ensino. Por isto, exortaram todos os
trabalhadores a se associarem a essas entidades, a fim de
defenderem os seus direitos de forma organizada e compactada.
Em relação セウ@ associaç5es de docentes do ensino superior, considerou a ICBE que as mesmas desempenhavam, セ@
época, um importante papel no cumprimento da meta de uma
universidade 、・ュッ」イセエゥ」。L@ como órgio de classe, a nível de local de trabalho, engajado não sd na luta dos trabalhadores
da educacional como também na lutCl. contra o
autoritarismo vigente no interior da Universidade e na própria
sociedade.
ANPEd, CEDEC e CEDES) (77), afirmando que:
Somente a ・ャ・カ。セ ̄ッ@ do grau de consciência
política dos educadores e o fortalecimento de suas
entidades permitirão o nosso reaprendizado da
・、オ」。セ ̄ッ@ brasileira, visando à 」ッョウエイオセ ̄ッ@ de uma sociedade 、・ュッ」イセエゥ」。@ em nosso país", (Camargo
&
Pino, 1980:151)
A partir daí ocorreu o fortalecimento do
associativismo na セイ・。@ da ・、オ」。セ ̄ッL@ As entidades ligadas ao movimento docente dos diferentes graus de ensino passaram a
atuar com vitalidade, promovendo encontros e
direcionados para problem'ticas específicas, sem perder de
vista a questão maior da 、・ュッ」イ。エゥコ。セ ̄ッL@
Apesar do papel desempenhado pelas
。ウウッ」ゥ。セU・ウL@ permanece garantido o ・ウー。セッ@ conquistado pelas
CBEs, j' que em tais conferências sempre houve um espaço
de intel"eSSe social,
sem ent endel- como "menOl"es" a quest ão espec í f ica de cada
grupo corporativo, r・ヲッイセ。カ。@ cada CBE sua posição ao admitir
a participação de profissionais de diferentes 'reas, afins e
interessados em educação,
Preocupados com o papel da militincia nos
movimentos organizados dos trabalhadores em educação, os
promotores da 11 CBE tinham em mente que "," o que faz a
força de uma ッイァ。ョゥコ。セ ̄ッ@ é a sua coesão ideológica, a
militincia de seus membros e a unidade na luta por objetivos
comuns", Heducacセo@ e SOCIEDADE-CEDES-Ano 111 nQ9-São Paulo:
Cortez, maio de 1981, p,03),
77, ANDE - aウウッ」ゥ。セ ̄ッ@ Nacional de e、オ」。セ ̄ッェ@ AMPED - aウウッ」ゥ。セ ̄ッ@ Nacional de pウMgイ。、オ。セ ̄ッ@
e.
e、オ」セ ̄ッェ@ CEDECEsperavam dar um salto de qualidade no movimento
organizatório, propondo um trabalho conjunto a união de
・ウヲッイセッウ@ de fortalecimento de uma セョゥ」。@ entidade nacional que
seja representativa de todos os educadores. Pelo que se
entende, as ヲッイセ。ウ@ estavam divididas em diferentes movimentos
de diferentes entidades.
Preocupados com a importincia da 。イエゥ」オャ。セ ̄ッ@ das
lutas na ・、オ」。セ ̄ッ@ com o projeto político de 、・ュッ」イ。エゥコ。セ ̄ッ@ da sociedade, escolheram os organizadores da 11 CBE (realizada na
UFHG, em junho de 1982) a temática - Be、オ」。セ ̄ッZ@ pe,"spectivas
na 、・ュッ」イ。エゥコ。セ ̄ッ@ da sociedade".
Como afirma Pino:
A II CBE trouxe no seu bojo a proposta de
ウオー・イ。セゥッ@ das análises baseadas mecanicamente no conceito de ・、オ」。セゥッ@ como イ・ーイッ、オセゥッL@ superando o papel de イ・ヲッイセッ@ de um di.scurso teó-rico -sem ャゥァ。セゥッ@
co. a prática, incorporando a competência do
educador como requisito político e nio como
tecnocratismo e democratizando a palavra, 。エイ。カセウ@ de ampla ー。イエゥ」ゥー。セゥッB@ (Pino,1982:165).
セ@ de se notar que a análise do tema caminhou na
、ゥイ・セ ̄ッ@ doutrinária, passando ao largo da proposta inicial de consolidação dos movimentos dos profissionais em ・、オ」。セゥッL@
elaborada em 1981, portanto, após a 」イゥ。セ ̄ッ@ da Associação
Nacional de Docentes do Ensino Superior - ANDES. Reforça-se
essa 」ッャッ」。セ ̄ッ@ com o fato de ter se reunido, em Belo
Horizonte, de 9 a 12 de junho, o V Conselho Nacional das
Associações de Docentes, onde se discutiu o 」ッョエ・セ、ッ@ do
documento a ser encaminhado ao hゥョゥウエセイゥッ@ da Educação e
Cultura (HEC), ao governo e セ@ opinião ーセ「ャゥ」。L@ contendo a
País
e
as suas propostas concretas para a universidadebrasileira, em resposta セ@ ーイッーッウゥセゥッ@ do HEC sobre este
assunto.
Em 1984, na UFF/RJ, realiza-se a 111 CBE, num
」・ョセイゥッ@ nacional, alterado pela eleiçio de governos estaduais,
de forma direta e pela revitalizaçio dos movimentos sociais e
a mobilizaçio cívico - política (Ex: Movimento "IIi\-etas jセBIN@
Por isto, foi dito que:
..
à
democratização política deve corresponder a democratização da educação nos termosem
que ela é entendida nos anos 80, enquanto participação dosprofessores, pais, alunos, profissionais da
educação, forças organizadoras da sociedade e
membros da comunidade a todos os níveis de
decisão ... (Estado
&
Sociedade,CEDES, Ano VII,nº 20, São Paulo,abril de 1985-1! reimpressão, setembro de 1986 (p.06)A do conhecimeto de exper· iênc ias
educacionais ェセ@ vivenciadas, foi estabelecida para a 111 CBE
a t ・ュセエ@ ica "Da c\-ít ica セウ@ P\-Opost as de Açio" , de modo a
permitir a 。ョセャゥウ・@ dessas experiências e o aprofundamento da
participaçio nas soluç5es dos problemas educacionais da
maioria da população brasileira. Ao final, os participantes da
111 CBE, diante da "abel-tLll-a política" promovida, manifestal-am
suas esperanças de que problemas cr8nicos da irea educacional
viessem a ter encaminhamento mais efetivo. Passados dois anos,
perceberam os educadores que os seu apelos nio ecoaram pela
permanência de priticas políticas tradicionais.
Ao dar ーイッウウ・ァセゥュ・ョエッ@ セ@ serie de Conferências
Brasileiras de Educação, as entidades por elas responsiveis
(ANDE, ANPEd e CEDES) programam para setembro de 1986 a IV
Constituinte", A
IV
CBE aconteceu no momento em que o povobrasileiro se mobilizara em torno de アオ・ウエUーセ@ セ£ウゥ」。ウ@ para a
da sociedade: a parlicipa,ão popular,
política econ8mica, a reforma 。ァイセイゥ。L@ o acesso セ@ escola
pdblica, as ・ャ・ゥセU・ウ@ para a Constituinte, a Constituinte,
Desse event o emerg iu a "Ca,-t a de Goiân ia ", com a
chancela de cerca de cinco mil participantes, na qual foram
descritas as propostas dos educadores brasileiros para a nova
Carta Constitucional, no âmbito da e、オ」。セ ̄ッL@ Por イ・」ッュ・ョ、。セ ̄ッ@
da
IV
ciセeL@ passou a se,- debat ida e divulgada a "Ca,-ta deGoiânia" no interior de ゥョウエゥエオゥセU・ウ@ educacionais, bem comoem diferentes movimentos organizados da sociedade brasileira,
Buscaram, assim, os promotores do evento, conseguir mais
adesão e ヲッイセ。@ social para as イ・ウッャオセU・ウ@ constantes da Carta de Goiânia", Seguiram o indicado por Luiz Ant8nio Cunha, em
pronunciamento feito セ@ ipoca:
organizemo-nos para aproveitar ao ュセクゥュッ@ o
・ウー。セッ@ definido por esses limites, Se não fizermos,
haverá quem ocupe, com a ヲッイセ。@ que a inércia
política e ideológica propiciam <Estado
&
Sociedade, CEDES, Ano
VIII,
nº 25,São paulo: Cortez, dezembro 1986, p,03),Se a Assembliia Nacional Constituinte não
incorporou as recomenda,5es, em sua plenitude, avan,os foram
conseguido ァイ。セ。ウ@ セ@ 。エオ。セ ̄ッ@ de congressistas comprometidos
com a questão social e セ@ ー。イエゥ」ゥー。セゥッ@ de educadores que, com
sua ーイ・ウ・ョセ。L@ lutaram pressionando o Congresso, em disputa
com as ヲッイセ。ウ@ conservadoras' interessadas na ュ。ョオエ・ョセ ̄ッ@ de
priviligios obtidos durante anos.
A certeza de que a luta não terminara levou os
Diretrizes e Bases da e、オ」。セッ[@ Compromisso dos EducadorEs. Reunidos, em Brasilia, em agosto de 1988, debateram encaminharam proposta para uma Nova LDB, guardando, ainda, a
certeza de que, apesar de ser a
V
CBE uma importante instincia de ュッ「ゥャゥコ。セッ@ dos educadores e dos educandos do país em torno da ・ャ。「ッイ。セッ@ da Nova LDB, seria ョ・」・ウウセイゥッ@ continuar essa ュッ「ゥャゥコ。セッN@ Esperavam, assim, que a luta pela defesa dos princípios e diretrizes aprovados naV
CBE continuasse, de modo a contribuírem para a 」ッョウエイオセッ@ de uma ・、オ」。セッ@brasileira 、・ュッ」イセエゥ」。N@ Luta iniciada no limiar da 、セ」。、。@ de
80.
Como se vê, no decorrer dos anos 80, os trabalhadores em ・、オ」。セッ@ mobilizaram-se dentro dos limites permitidos pelo Estado e fora destes, sempre que impulsionados por lideranças combativas capazes de enfrentar a realidade para ・ョエセッ@ transformi-la.
Identifica-se, então, o movimento dos
trabalhadores em ・、オ」。セッL@ no conjunto dos movimentos sociais, como mais um instrumento de luta por uma real democratizaçio econômica, social e política do país, a que exigia um maior aprofundamento da questão organizatória e da busca de uma perspectiva sindical, pensada cada vez mais como uma questão política.
necessidade trabalhadores educadores
A de
conquista da democracia uma ação organizada e em sua pritica política,
pressupunha consciente por isto,
a
dos
como trabalhadores, tentando redefinir desde sua 」ッョ、ゥセゥッ@ de
trabalho 。エセ@ sua イ・ャ。セセッ@ com os diferentes setores da
sociedade." (Camal-go
e
F' i no, 1980: i 32) .Ao resgatar-se a histdria desse movimento,
percebe-se que, apds os movimentos grevistas de 1978 e 1979,
os educadores repensaram a sua pr'tica política ao colocarem
suas reivindica;5es, 。カ。ョセ。ョ、ッ@
em
sua organiza;io a partirde uma maior representatividade das bases.
Ganharam assim, as entidades
representativas existentes, as associa;5es de docentes, numa
conjuntura adversa, permeada, entretanto, pelo clima de
"abertura política" estabelecido, para uns como uma d'diva do
poder e, para outros, como uma conquista da sociedade.
Por isto セ@ relevante considerar-se a
importância dessa abertura política no contexto social do
início da 、セ」。、。@ de 80 e as influincias que exerceram no comportamento de elementos representativos dos diferentes
segmentos da sociedade, como no caso dos trabalhadores e suas formas de pressio, das quais destaca-se a greve.
A despeito da tio propalada ausincia de
consciincia de classe dos trabalhadores, em especial os dos
ウ・イカゥセッウ@ ーセ「ャゥ」ッウL@ percebe-se que o peso que sentiram, como
consequincia do modelo econ8mico imposto e das sucessivas
políticas de arrochos salariais, conduziu-os a ュオ、。ョセ。ウ@ no
seu comportamento social e político.
aイイッセッL@ ao pretender configurar, do ângulo
sdciopolítico, o contexto educacional brasileiro e seus
Chegou a considerar que:
se a níyel do contexto sóciopolítico a
sociedade se polariza e os trabalhadores insistem em se definir como trabalhadores e se organizar como classe, nio tem sentido ignorar essa realidade".
HaイイッセPLQYXPZRPI@
" ... o mais graye na イ・ャ。セゥッ@ entre escola e ヲッイュ。セゥッ@
da classe trabalhadora no Brasil セ@ que se fez tudo
para que o trabalhador nio fosse educado, nio
dominasse a língua, nio conhecesse a sua história, nio tiyesse a seu alcance instrumento para elaborar
e explicitar seu saber, sua ciência e sua
consciência". HaLBイッセッL@ 1980:23)
Ao discursar sobré a passagem do docente: de
seryidor pdblico a trabalhador, afirma aイイッセッZ@
A noya consciência e a noya prática dos
trabalhadores da ・、オ」。セゥッ@ セ@ se sentirem como
"trabalhado,"es" e sent irem a necessidade de se associarem como tais, e organizarem sua luta nos
mesmos moldes dos trabalhadores da ーイッ、オセゥッ@ do
comércio. .. e sobretudo se sentirem solidários nos
mesmos objetiYos de questionar o modelo
sócio-político e econômico, o Estado, a ッイァ。ョゥコ。セゥッ@ do
trabalho que os gera e explora como
tl"aba I hadores ." HaイイッセッL@ 1980: 18)
Diz também o autor:
uma noya consciência e noya prática estio se dando nas classes subalternas sua luta e ッイァ。ョゥコ。セゥッ@
tenta mudar sua 」ッョ、ゥセゥッ@ de trabalhador, de ヲッイセ。@ de trabalho. Além das exigências reyindicatórias de
melhores salários, há uma estratégia que yisa
ampliar o controle social dos trabalhadores sobre as 」ッョ、ゥセ・ウ@ de trabalho. O problema da diYisio do
trabalho, das 」ャ。ウウゥヲゥ」。セ・ウL@ da ・クーイッーイゥ。セゥッ@ do
trabalhador intelectual de seu saber e de seu
tl"abalho, fario parte dessa consciência." (1989:19>
Quando se fala de Hoyimento dos Trabalhadores em
fala-se de uma G。セセッ@ organizada de cat ego,- ia
profissional, cujos integrantes foram dos primeiros a sair セ@
rua reivindicando direitos e ュオ、。ョセ。ウ@ na estrutura social e
conscientização política ou de uma "melhOl-" f'o,-maç:io, € uma
questão que se considera de menor relevincia. O que se releva
セ@ a ーイセエゥ」。@ política organizada, como expressa Gadotti,
quando diz que: "a supe,-ação das cont ,-ad ições dá--se
historicamente pelo conflito organizado e não por via de
consciência". (Gadotti,1988a:42)
E
mais ainda que:lO
A
vontade de transformaç:ão nasce do trabalho, docombate, da ーイセエゥ」。@ social, da aç:ão organizada (a greve, por exemplo). Não セ@ funç:ão da consciincia dos que querem idealisticamente transformar a sociedade,
mas daqueles que querem atingir um determinado
objetivo (por interesse de um grupo social, seja
esse grupo, o sindicato, a comissão de f'brica, a paróquia,
etc ..
. ).
(Gadotti,1988a:142)Com base nessas idéias de Gadotti, vê-se os
movimentos organizados de trabalhadores em educação como uma
escalada para a conquista de um nível de consciincia política,
capaz de gerar condutas que gerem mudanças sociais, onde o
Homem é agente e benefici'rio do processo de transformação.
Se a educação formal não tem cGntribuido para
essa evolução, a informal, aquela que atua de
assistem'tica, tem dado a sua contribuição no estabelecimento
de novo papéis sociais e políticos セッウ@ brasileiros, ou seja,
na construção de uma nova cidadania. Informações veiculadas
pelos meios de comunicação de massa ou decorrentes dE
organismos ligados aos movimentos sociais, ao movimento
sindical セ@ ação partidiria, em especial as mais
progressistas, tim esclarecido a massa trabalhadora quanto a
quest5es estruturais e conjunturais do país, num processo de
As ゥョエ・ョセU・ウL@ os intere •• セNL@ as ゥ、セゥ。ウ@ e os valc)res que representam o que se deve e como se deve pensar,
agir e sentir, constitui-se na ideologia, que relacionada
à e、オ」。セゥッL@ determina o tipo de Homem que se construir. Os defensores do modelo que privilegia a ヲッイュ。セセッ@
/ 。ーイ・、ゥセ。ァ・ュ@ / 」ッョウ」ゥ・ョエゥコ。セゥッ@ カセ・ュ@ a ・、オ」。セゥッ@ como" um
instrumento de conhecimento e de エイ。ョウヲッイュ。セゥッ@ do real,
Yイ。セ。ウ@ à sua compreensio critica" (Chaui,1980:34)
Essa ideologia, de certa forma, direcionou o
movimento dos educadores no início da década, como o
resultante nas CBEs na tentativa de entender a ・、オ」。セャッ@ como parte do movimento da sociedade brasileira e refletir sobre o
seu significado, de uma forma mais aprofundada, tendo como
perpectiva a 」ッョウエイオセゥッ@ de uma ・、オ」。セゥッ@ 、・ュッ」イセエゥ」。N@
Associada tal filosofia de ・、オ」。セャッ@ à pritica
decorrente do novo ウゥョ、ゥセ。ャゥウュッL@ os grupos engajados no
processo de ュッ「ゥャゥコ。セャッ@ e ーッャゥエゥコ。セャッ@ dos educadores
procuraram estimular o funcionamento das 。ウウッ」ゥ。セU・ウ@ de
docentes em Universidades, como um:
renovado ・ウヲッイセッ@ de ヲゥウ」。ャゥコ。セゥッ@ do
funcionamento dessas ゥョウエゥエオゥセ・ウ@ e de presslo, no
sentido de criar canais de ー。イエゥ」ゥー。セゥッL@ tendo em vista a meta de uma universidade democrática".
(Camargo
&
Pino,1980:150)Caracterizou-se o trinsito da década de 70 para
a seguinte como um momento de reequilíbrio das ヲッイセ。ウ@
democriticas deste país,conquistado pela イ・ッァ。ョゥコ。セャッ@ da
sociedade civil. Os educadores fizeram ressurgir o seu
movimento sindical, procurando reorganizar a sua classe e
o
choque entre educadorEs, represEntantes de tendências diferentes e 。エセ@ contraditórias, foi ゥョ・カゥエセカ・ャ@pela Existência de movimento 」ッョエイセイゥッ@ aos princípios dE uma
・、オ」。セッ@ libertadora, tentando frear o seu caminhar, Essas
mesmas contradiç5es foram percebidas no desenvolvEr do
movimento organizado dos trabalhadores em ・、オ」。セッL@ ocorrendo o "histol"icamente possível", no dizel" de Paulo Fl"eil"e
", .. 0 possível nio • o que. permitido ser feito,mas
o que. conquistado, o que. projetado. Fazer o que セ@
possível historicamente significa abrir
possibilidades, ampliar e estender os ・ウー。セッウ@ Ja
conquistados. O possível é também a utopia de hoje
IIssoe III T IV ISh"O . NAS UNIVERSIDADES: queiitão de visão
Entende-se ser a institui,io Universidade um sistema social e, por isso, as for,as que nela atuam representam for,as sociais, cujas
segundo padr5es convecionados pela Sociedade. Sociedade essa Cl"' ise, crise de dimensões intelectuais,
existenciais, crise cultural, de idéias.
assim, o pPQセ@ quê da Cl- ise universit'ria tio explicitada em discursos oficiais e tio sentida por aqueles que com ela interagem, sem que seja sequer minimizada. Crise que se apresenta como um aspecto de
idéias individuais / institucionais.
Afirma-se, entio, que a crise por que passa a universidade é substancialmente de cunho valorativo, de percep,io das mudan,as e de conflito de idéias, pela nio obsel-vânc ia dos Pl- inc íp ias das "doutl- inas p 1 ur'a li st as" (78) por parte de sujeitos com interesses e poderes diferentes, nio necessariamente incompatíveis.
Nos idos dos anos '70, identificou-se pos-reforma, o questionamento セ@ universidade brasileira, pela fun,io que lhe foi atribuída, como aparelho reprodutor das
78. Doutrinas pluralistas - • ... represental UIi イ。」ゥッョ。ャゥコ。セゥッ@ de diversos lOVileRtos conteIPorineos セ・@ por vias diferentes tendel a UIi 、・ウ」・ョエイ。ャゥコ。セゥッ@ liior na ゥpャゥ」。セゥッ@ do controle social". (Dicionário de Ciências Sociais - 21. H., Rio de Janeiro - f6V/IEC-FAE - 1987, p. 9t4)Segundo Bobbio <1988:31)" ... As doutrinas pluralistas nascei da descoberta da ilPortincia dos grupos sociais outrora chalidos セ@ ioterwgdijriQ5 que se interpõe. entre o individuo e o Estado e tendel a considerar bel organizada a
sociedade eI que os grupos sociais gozai de UIi certa autonOlia no que diz respeito 10 poder central e tu
relaç5es materiais e sociais de produçlo. Passou, entlo, a
universidade a ser percebida como um instrumento de reforço do
modelo capitalista, numa sociedade em classes bem distintas.
A meio de discuss5es de cunho ideológico, sobre
a concepção de educação e da sua função no pl"OCeSSo
transformador da realidade social brasileira, os adeptos
desta corrente de pensamento buscaram sua base teórica nas
idéias "althusSel"ianas". Identificaram a UniVel"sidade como
aparelho ideológico do Estado, destinado a assegurar a
reprodução da força de trabalho. Capaz de fazer com que os
indivíduos se sujeitem セ@ estrutura social hierarquizada e,
mais ainda, de contribuir para a reprodução ampliada da
divisão da sociedade em classes.
Para os educadores alinhados com a ideologia de
Gramsci (79), foi mais ampla a visão do papel da
universi-dade, ェセ@ que セ@ essa, como a outras instituiç6es da sociedade
civil, atribuíam " ... dupla função estratégica (ou seja, a
função dialética) de conservar e minar as estruturas
capita-lista" (Freitag, 1980:37). Esclar'eciam tal função com o
argumento de que " ... uma pedagogia do oprimido pode assumir
força política ao lado da conceituação da educação como
instrumento de dominaçio e reprodução das relaç5es de produção capitalistas ... (idem:38).
79. No entender de 6rllSCi, o senso COlUl deriva da 。」・ゥエ。セゥッ@ e da 。ウウゥャゥャ。セゥッ@ pela classe subalterna, da visio de IUAdo ilPosta pela classe hegtlÔnica, quando tssa consegue paralisar a 」ゥイ」オャ。セゥッ@ de contra-ideologias. A エイ。ョウヲッセゥッ@ desta realidade, para 6rilSCi, dtvt ocorrer no interior da sociedade civil, ao considerar que· ... todos os hOlens sio seres pensantes,
são
intelectuais, todossão
filósofos, nbon nu todos ttnhu lIIi fun,io intelectual (In: Severino, 1986:42), Julga, assil, o autor, que, Itdiante seusintelectuais orginicos pode a classe oprilida ャ。ョセ。イL@ no Ubito da sociedade civil sua' contn-ideôlogia. Bel
A partir de 1975, diante da crise do regime 。オエッイゥエセイゥッ@ e dos efeitos que esse provocou sobre a sociedade bl-as i 1 e i l-a, as idé ias "gl-amSC ianas" Viel"am a repen.:ut i 1- no
Brasil, despertando o interesse para além das fronteiras un i Vel"S it ál- ias. FOl-am, assim, socializadas idéias que defendiam a conquista gradual de ーッウゥセU・ウL@ a 。ューャゥ。セセッ@ de
・ウー。セッウ@ e a 。ヲゥイュ。セセッ@ da hegemonia operária pela via do consenso e da batalha de idéias. (80)
Com propósito de ocupar ・ウー。セッ@
mal-cal-ーッウゥセセッ@ no contexto social, educadores constituíram-se em vanguarda pela エイ。ョウヲッイュ。セッ@ da realidade posta, em que o sistema educacional foi colocado a serviço do poder dominante.
A
、ゥュ・ョウセッ@ política da e、オ」。セセッ@ passou a ser objeto de セ・ョウ。ァ・ョウ@ veiculadas セ@ classe do magistério e セ@ soc iedade em gera 1, pl"opondo mudanças no "st at us qUO" diante: do ideal de democracia. Construindo-se, assim, uma contra-ideologia.o
assumir de tal ーッウゥLセッ@ critica visava tambémao questionamento do papel do educador, num enfoque
politico-p a 1-t i c i p a t i vo , tanto no processo pedagógico quanto na administraçio da Educaçio, nos diferentes níveis de ensino. Em d,1tima instincia, procuravam tais educadores mOVel" os profissionais da área no sentido de superarem o estado de despolitiza,io em que se ・ョ」ッョセイ。カ。ュL@ tendo em vista o アオ。、セッ@
geral de despolitizaçio do pais. Os apelos セ@ participação e a
mobiliza,io da categoria, em defesa de causas e tEmas gerais E
específicos, tornaram-se freqUentes, com a ーイ・ァ。セゥッL@ em seus
discursos, de valores de natureza 、・ュッ」イセエゥ」。@ e de cunho
social.
Como ェセ@ tratado na se,io anterior (pp 230-43), o movimento dos educadores ョセッ@ セセーイ・ウ・ョエッオ@ uma a,io isolada de
uma categoria profissional e sim mais um flanco de
resistência ao regime, ao Governo e セウ@ suas pol ít icas
Plíblicas. Em síntese, .... , um questionamento social e cultul-al
Assim sendo,
procuraram tais idedlogos demonstrar que, para a ocorrência
da democracia urgia que fossem superadas as dificuldades em
combater "," o individualismo, o facciosimo, o corporativismo
e até mesmo compol-tamento classista" (idem:74>' [leSSE' modo,
esperavam os líderes que ocorresse o desenvolvimento da
consciincia social e política de seus pares e, por extensio,
dos demais cidadios, levando à constru,io de uma Na,io mais ゥァオ。ャゥエセイゥ。@ e justa,
Se a luta nio foi ingldria, foi pelo menos
セイ、オ。@ pela heterogeneidade da consciência popular, devido セ@
influÊncia da cultura dominante, bem como por
considerado que:
a consciência de classe não se constrói de um momento para o outro ョ・セ@ por a,5es isoladas, Nasce ela e se fortalece num contexto de lutas conduzidas com propósitos bem definidos, mas persistentemente
retomadas e consolidadas por vitdrias
insignificantes até, se isolada e circustancialmente consideradas," (Hal- ques, 1980: j,18)
o
caminhar do processo de conscientizaç:io, para que venha a ocorrer de forma segura, precisa:partir da ー・イ」・ーセゥッ@ da defesa de interesses individuais e chegar セ@ consciincia grupal e セ@ defesa dos interesses associativos, entendidos estes como interesses de grupos organizados e instrumentalizados para promovi-los." (idem:115)
Nesse sentido, caminhou o Movimento dos Trabalhadores em e、オ」。セセッL@ quando, organizados em sua 。セセッ@ sindical, Pl-oCUl-al-am l-ompel- com as do "c Ol-POl- a t i v i. smo . " Nessa di l-・ZセッL@ ampliaram seu leque de reivindicaç:5es para 。ャセュ@ das quest5es salariais, chegando ao enfrentamento com o poder ーセ「ャゥ」ッL@ em defesa do ensino
ーセ「ャゥ」ッ@ e gratuito e do processo 、・ュッ」イセエゥ」ッ@ na e、オ」。ZセッN@
A luta por interesses comuns, ma i 01- que
a simples soma dos interesses individuais, foi SE
fOl-t a 1 ecendo セ@ medida que a ゥ、セゥ。@ de associativismo disseminava-se no seio da categol-ia, com a ampliaç:ão da consciincia da totalidade, ou seja, do coletivo. Com isto, criaram-se associaç:5es profissionais cuja proposta era de se c onst i tLlÍ l-em em de podel- democl-át ica
participativa, onde todos tivessem voz e voto.
Após um pel-íodo de "inatividade política", foi, sem dllvida, com dificuldades, que os trabalhadores em e、オ」。Zセッ@ passaram a mover-se, impulsionados pelo ゥ、・セイゥッ@ progressista da "vanguai-da" do movimento. Sentiam, em contrapartida, :as press5es do sistema
at ャM。カセウ@ da c on ser vad 0\-a de seus 1eg ít imos
Educa,io, mereceu por parte de カセイゥッウ@ intelectuais ativos
formadores de opiniio tratamento diferenciado conforme sua
tendincia política セ@ luz de ideologia ーイッァイセウウゥウエ。@ ou
conservadora. Em termos de Universidades, a questio foi mais
freqUentemente tratada, pela prdpria natureza e fun,io social
dessa institui,ão.
A visão de autonomia オョゥカ・イウゥエセイゥ。@ apresentada
por Giannotti セ@ Comissio Nacional para Reformula,io da
Educa,ão Superior (1985) foi reconhecida e citada em
relatdrio do Grupo Executivo para Reformula,io da Educa,io
Superior - GERES (1986). A incorpora,io das ゥ、セゥ。ウ@ do autor
indica a natureza do pensamento desse grupo sobre a
Universidade, ェセ@ que, segundo ele, dificilmente seria boa, ao
tornar-se politizada e 、・ュッ」イセエゥ」。N@
Pal"a Giannot ti
A Universidade não é uma sociedade em
miniatura; sua autonomia não é o exerC1ClO de sua soberania, mas o espa,o que o País lhe concede para
exercer a contento suas fun,5es. E, como todos
sabem, estas se resumem nas atividades de ensino e
pesquisa. Não existinto conhecimento requentado,
isto equivale a dizer que a Universidade se orienta para a produ,ão de novos conhecimentos. Para cumprir tais fun,5es, a Universidade necessita preservar-se do jogo da política, embora não possa ficar alheia às metas que a sociedade se imp5e a si mesma. Nesta
aresta é que h' de encontrar seu caminho e sua
tJ-adi,ão "GiannottL ... 1. A. _. Pela Autonomia da Universidade (mimeo) In: Relatdrio do GERES, 1986)
Ao adotar as ゥ、セゥ。ウ@ de Giannotti, o GERES afirmara:
a universidade não é uma sociedade em
miniatura, mas sim uma ゥセウエゥエオゥL ̄ッ@ específica, em
No entanto, para Gadotti (1988a)
toda universidade é essenciamente política
(não necessal"iamente politizada), isto é, toda universidade defende interesses, que numa sociedade
de classes são os interesses da classe
economicamente dominante ( ... ) toda universidade é,
no plano ideológico, o reflexo da política e da
economia de uma sociedade dada." (p. 112)
Por isto, segundo esse autor, vi-la como uma
contra-ideologia, como um instrumento de mudança social セ@ uma
questão considerada difícil ーッョゥセュ@ viáve 1 . Desde que
considerado o ・ウー。セッ@ de luta originado em seu interior,
mediante o conflito entre tendincias situacionistas
oposicionistas, questionadoras estas da
UniVel"sidade à ol"dem classista" (1988 a: 112). Assim, afirma
Gadotti, que tão mais forte será esse conflito quanto o for
na sociedade à que serve e onde está inserida, refletindo
Como altel"nat ivas pal"a o "quadro melancól ico"
identificado, em 1979, por Gadotti, quanto às ヲオョセU・ウ@ e ao
poder na Universidade, apresentara o autor alguns fatos novos
que pareciam à セーッ」。@ mostrar novos caminhos; a luta pela
autonomia universitária e o movimento associativista de
docentes (8i). No entender de Gadotti, a medida que os
educadores " ... tomarem nas suas mios a educaçio no Brasil,
abandonando a atitude colonialista e paternalista criada pelo
regime autoritário, uma ョッカ。・ウー・イ。ョセ。ー。イ。@ a universidade
8i.A respeito da associa,io de docentes e alunos, para ula a,io pedagÓgica transforladora, Gadotti (1979) afirlaVi que a ItSli nio ocorre sDltRte no plano teórico, ao nível da ideologia, •... visa esstRcialltnte a
Piuece possível" (1988a: 118)
Em c:on f 1 it C) intra-univefsitário
decorrente do vigor na aplicaçio dos mEios de controle pela
estatal, Reis Filho (1978)
ヲオョ」ゥッョセイゥッウ@ e alunos procuraram dEfender-se do
。カ。ョセッ@ dessa tática, criando um ・ウー。セッ@ de luta, o qLle
sinaliza mudanças na ゥョウエゥエオゥセゥッN@ Segundo o autor, os
da Universidade se
fortalecer os órgios colegiados, as 。ウウッ」ゥ。セ・ウ@ discentes,
docentes e de funcionários, de modo a que se consolidasse o
processo de 、・ュッ」イ。エゥコ。セゥッ@ no interior da ゥョウエゥエオゥセゥッN@
Foi, portanto, na segunda metade da dicada de
70, que ressurgiu o movimento docente em Universidades
como uma conquista de ・ウー。セッ@ de luta pela
demOC1"aC ia. InaugUl"ou-se, assim, nova etapa no
desenvolvimento da vida オョゥカ・イウゥエセイゥ。@ - o florescimento dos
Pl" ic íp ios 、・ュocQBセエ@ icos com a ocon-ência do
" ... estreitamento das イ・ャセセセ・ウ@ das associações de docentes
univErsit'rios com todas as ヲッイセ。ウ@ políticas nacionais
empenhadas na ウオー・イ。セゥッ@ da ウゥエオ。セゥッ@ conservadora. (In:
e、オ」。セゥッ@ e Sociedade, CEDES, Ano I, nQ 3, Sio Paulo:
maio 1979:161)
Segundo w。ョ、・イャ・セ@ (1985)
"As pressões e ー・イウ・ァオゥLセ・ウ@ pós-64 que atingiram a
Universidade ウオウ」ゥエ。イ。セ@ inicialmente resistincia e
paulatinamente ヲッイェ。イセュ@ movimentos de dendncia,
crítica e ッイァ。ョゥコ。セゥッL@ em 。イエゥ」オャ。セゥッ@ com outras
82. Corpos - conjunto de individuos pertencentfs a categorias, COlO: docentes, discentes e servidores
ヲッイセ。ウ@ sociais 、・ュッ」イセエゥ」。ウ@ da sociedade. Foram movimentos constituídos por setores ュゥョッイゥエセイゥッウ@ mas
expressivos e crescentes, podendo se assinalar a
vigorosa 。エオ。セセッ@ individual de professores e algumas
。ウウッ」ゥ。セ・ウ@ de docentes, a 。エオ。セ ̄ッ@ de setores do
movimento estudantil e, mais proximamente a dos
servidores. As ゥョウエゥエオゥセ・ウ@ de ensino superior se
tornaram palco de conflitos entre conservadores e
progressistas e houve nelas lutas, mais ou menos
organizadas aqui e 。」ッャセL@ pela 、・ュッ」イ。エゥコ。セ ̄ッL@ pela
melhoria do ensino, por 」ッョ、ゥセ・ウ@ dignas de
trabalho. A ーッャゥエゥコ。セ ̄ッ@ cresceu internamente e o
envolvimento político externo foi e セ@ um fato
natural ... " (p:154)
Constituiu-se no marco histórico o
des I ancha\- de um processo crítico sobre a ヲオョセセッ@ da
Universidade e o seu papel no curso da democ\-at izaç:ão
requerida pela sociedade, a Hイ・I」イゥ。Zセッ@ da Associaç:ão de
Docentes da Universidade de Sio Paulo - ADUSP, em 1975. Modelo
bem-sucedido e reproduzido rapidamente, como nos casos da
ADUNICAMP da Universidade Estadual de Campinas e da ADUNESP
da Universidade Estadual de sセッ@ Paulo, em 1977.
Os professo\-es un i ve\-s i t á,- ios mobilizados
encontraram nas reuniões anuais da SBPC o campo propício para
o conhecimento da proposta e da 。Zセッ@ desenvolvida pelas
associaç:ões pioneiras do Movimento Docente, セ@ nível nacional.
Tomaram, então, a ADUSP, como modelo paradigmático para a
organizaç:ão de suas lutas.
Exemplifica-se com a campanha desenvolvida pela
ADUSP, em 1977. com vistas セ@ rejeiç:io do anteprojeto de
Estatuto da USP (76/77) ... elabm-ado pm- uma comissio do
Conselho Universitário designada pelo reitor. produto de um
círculo fechado de discussão e apresentado セ@ comunidade
que o anteprojeto fosse rejeitado.
Mesmo não tendo sido um
substitutivo pela ADUSP, propostas suas foram levadas no sentido de que uma nova Universidade surgisse e de que fosse aberta discussão ampla e 、・ュッ」イセエゥ」。@ a professores, alunos e func ione:\\- ios, em torno dE um projeto para a UniVErsidade. (CARDOSO, 1979:126).
Foi assim, num "cl ima" de abe\Mtlt\Ma democrát ica, que o moviment o ganhou fO\Mça, j á que "0\-ient ados pe lo vet or
da participação democrática, os professores começaram a criar as associaç5es docentes ou de professores, encontrando mais facilidade nas universidade, dentre estas, nas ーセ「ャゥ・。ウ@ E,
pro ine ipa lmente, (Cunha, 1983:77)
A atuação conjunta de algumas associaç5es
fêz-se fêz-sentir já em 1978, quando ADUSP, ADUNICAHP E ADUNESP
promoveram uma ー。イ。ャゥウ。セッ@ para discussão sobre a qualidade e as cond iç5es de ensino. Nest e moment o, " ... uma 。ウウHセュ「@ I i ia geral organizada pelas associações universitárias c\e ima mencionadas reuniu mais de 600 professores em São Paulo, elaborando propostas ao governo do Estado para a melhoria do ensino superior. As demandas incluiam um aumento salarial de 70X e um plano de イ・」ャ。ウウゥヲゥ・。セッ@ de eanMei\Ma".
1987:118)
(Bosc:h i,
SBF'C,
realização do I Encontro Nacional dE AssociaçSes de Docentes
I ENAD, que veio a ocorrer em sio Paulo, em fevereiro de
Assim, como descreve Cunha:
... estava ャ。ョセ。、。@ a base organizativa para uma
cッッイ、・ョ。セゥッ@ Nacional das aウウッ」ゥ。セU・ウ@ de Docentes
(CONAD) e para 」ッッイ、・ョ。セU・ウ@ nacionais alimentadas
pelas campanhas salariais e outras イ・ゥカゥョ、ゥ」。セU・ウN@
Dentre as quest5es que mobilizavam os docentes,
nesse período, destacava-se a da liberdade de
pensamento e de ッイァ。ョゥコ。セゥッ@ nos seus locais de
trabalho." (Cunha, 1983:77)
Ainda, nesta ocasião
lO foram denunc iadas as ー・LMウ・ァオゥセU・ウ@ aos
professores, no passado e no presente, desde as que
resultaram
em
aposentadorias compulsórias ati asB」。ウウ。セU・ウ@ brancas", passando pelas demiss5es de
três centenas de docentes que, nas ゥョウエゥエオゥセ・ウ@
particulares de ensino, batalhavam pela ッイァ。ョゥコ。セゥッ@
de 。ウウッ」ゥ。セU・ウBN@ (Cunha, 1983:77)
Na 31a. Reuniio anual da SBPC, realizada em
julho de 1979, na cidade de Fortaleza, voltaram a se reunir
as Associações de Docentes - ADs, em simpósio proposto pela
ADUSP. Nessa oportunidade, foi decidida a 」イゥ。セゥッ@ de uma
Coordenação Nacional, com delegação de responsabilidades, em
diferentes regiões do pais, de modo a ser facilitada a
comunicação entre as diferentes ADs.
83. Constaral da pauta do I ENAD, •... as principais bandeiras que irial nortear a luta dos セッ」・ョエャAウ@ universitários: 1) Ensino Público f Gratuito; 2) d・iッ」イ。エゥコ。セゥッ@ da Universidade; 3) Questões trabalhistas e Sindicais; 44) Controle ideolÓgico nas Universidades. (Cadernos da ANDES, ng 1, novnbro, 1981:1> Do conjunto de 21 。ウウッ」ゥセ・ウ@ que participaril do I ENAD, duas pertecial a ゥョウエゥエオゥセ・ウ@ universitárias do Estado do Rio de Janeiro, a saber: ADUFF - aウウッ」ゥ。セゥッ@ dos Docentes da Universidade Federal FIUlinense: ADPUC - aウウッ」ゥ。セゥッ@ dos Docentes da Ponticia Universidade Católica, alél da CoIis5Ío de oイァ。ョゥコ。セゥッ@ da aウウッ」ゥ。セゥッ@
A necessidade de 」ッョウッャゥ、。セゥッ@ do movimento, a
nível nac:ional, favoreceu セ@ decisio de realizar-se um
Encontro eクエイ。ッイ、ゥョセイゥッL@ em Salvador, setembro de 1979, cuja
エ・ュセエゥ」。@ foi o encaminhamento de campanhas salariais, tanto
para as universidades pdblicas quanto as privadas e essas
reunidas estabeleceram os pontos 「セウゥ」ッウ@ de suas propostas.
As pautas de イ・ゥカゥョ、ゥ」。セU・ウ@ foram diferentes,
conforme a natuteza das ゥョウエゥエオゥセU・ウ@ - pdblicas ou privadas. Chegaram, porim, na pleniria final, ao consenso quanto セ@
ゥョエ・ョウゥヲゥ」。セゥッ@ das lutas salariais e trabalhistas,
unificando estas campanhas atravis de um Dia Nacional de
r・ゥカゥョ、ゥ」。セU・ウ@ Salariais, Trabalhistas e de Carreira nas
Inst ituiç:5es de Ensino Supe\-ior." (Cade\-nos ANDES, nQ 1,
novembro de 1981:2)
Por' t an to, foi no final dos anos 70, セ@ luz do
novo sindicalismo emergente, que g\-UPOS de educado\-es
estimularam a organizaç:io do pessoal da Educaç:io na luta
pelos seus interesses, de modo que atuassem no sentido dE
direitos sociais, políticos econômicos.
Buscaram, assim, construir cidadios a partir de um novo
conceito de cidadania.
Assim, em 1979, devido ao processo de 。」・ャ・イ。セゥッ@
do arrocho salarial sobre os trabalhadores, a categoria
84. U Cupanha Nacional para criado de ADs n lkIiversidades e Escolas iウッャセ、。ウ[@ 2)Cupanha -1tadimal--lIe ウゥョ、ゥ」。ャゥコ。セ ̄ッ@ dos professores universitários; 3) luta pela 、・Nッ」イ。エゥzャセ ̄ッ@ das decisões da Universidade, COl a ー。イエゥ」ゥー。セゥッ@ de ADs nos órgãos colegiados; 4) ャォiゥヲゥ」。セゥッ@ nacional da data-base HQセ@ de abril) das
」ッョカ・ョセ・ウ@ coletivas de trabalho, <ontendo atgunspontos .ínilOs COlO a estabilidade durante UI ano
mobilizou-se para a greve, ocorrendo na UNICAMP:
" ... um fato extremamente importante que foi a
オョゥヲゥ」。セセッL@ na luta salarial, de professores e
funcionários. E se ョセッ@ houve uma vitória salarial, ョセッ@ se pode dizer que se perdeu a luta. A ADUNICAHP se fortaleceu enormente
e
a ASSUC saiu das ュセッウ@ dos pelegos." (Dias. 1982:137)Movimento este integrante de outto mais
amplo, a greve do funcionalismo pdblico do Estado de sセッ@
Paulo, que " ... nos seus momentos de clímax chegou a reunir
450 mil funcionários." (idem, p. 137), constituindo-se assim num fato político de expressiva amplitude e de forte grau de espontaneidade em muitos setores.
Maranhão (1979) esta afir'mat iva,
dizendo que
" na univerdade, os baixos funcionários
arrasta-ram em alguns casos os professores mais indecisos
( ... ). Nesta greve, muita gente obscura para seus
superiores, acostumada a anos de 」。「・セ。@ baixa nos
corredores das suas イ・ー。イエゥセ・ウL@ ganhou um novo
bl-ilho nos olhos e ergueu a 」。「・セ。N@ " (p.t83)
Acrescenta Maranhão (1979), afirmando que:
a atitute dessas pessoas, lado a lado com
superiores hierárquicos e pessoas consideradas mais próximas da elite intelectual, seguramente deu uma
ヲッイセ。@ ao movimento capaz de sustar os golpes da イ・ーイ・ウウセッ@ e tornar difícil a 。ーャゥ」。セセッ@ desses gol-pes". (p.183)
As reações manifestas ao autocracismo do poder
pdblico, por não delegar poderes, conduziram a reflexões
sobre a continuidade da luta pela da
universidade. A respeito, passou a ser revista a questão da
ー。ャMエゥ」ゥー。セ ̄ッ@ dos "C01-POS" que integl-am a instituid\o nas
.
イーイ・ウ・ョエ。セッ@ em Vイァセッウ@ deliberativos e em colegiados passou
a n;o ser suficiente, urgindo que se viabilizassem diferentes
formas dE representaçio.
Para tal, fセカ・イッ@ recomendava novos
espaços fossem abertos e mecanismos criados, de modo que a
universidade se democratizasse
efetiva de seus diferentes agentes. Afirmara a autora:
" ... セ@ entio ョ・」・ウウセイゥ。@ nio só a luta dos diferentes setores
e
grupos por maior participa,io nos órgios de decisio da universidade, mas também pelo direito de organizar suas agremia,ões ou associa,ões comoentidades autônomas em rela,io
à
estruturaacadimica: Diretório Central dos Estudantes, Centro
Acadimicos, Associa,ões de fオョ」ゥッョセイゥッウ@ e
Associa,io do Docentes." Hfセカ・LMッL@ 1983:60)
F'vero, ao ilustrar sua visão sobre o processo
participativo na universidade, citara o caso específico das
Associações de Docentes, considerando-a como:
" ... um espa,o onde os professores, independentemente
da categoria funcional, do Departamento ou do
Centro a que perten,am, podem discutir, concordar,
divergir e encaminhar propostas no mesmo pé de
igualdade, sobre a universidade em ge,-al ... " Hfセカ・イッL@ 1983:61)
Segundo a autora, as ーイセエゥ」。ウ@ adotadas por tais
organizações deveriam avançar 。ャセュ@ das questões sindicais,
eXPI-essando, também, ... uma dimensio política mais ampla e
profunda do ensino e da pesquisa, bem como pelas formas de
relacionamento dentro da universidade e com a sociedade
Trouxe assim セセカ・イッ@ a sua visio pluralista,
como alerta ao movimento docente em curso para que nio se
envolvesse com as amarras do corporativismo, que se nio
veladamente sob o discul"sO de "abertul"a" pol ít ica.
Giannotti, ao se propor a interpretar o quadro
institucional das universidades, especialmente as ーセ「ャゥ」。ウL@
no momento em que se colocava a emergincia da reforma
universit'ria, afirmara que ;
... A ウッャオセ ̄ッ@ da crise, se porventura ela existir,
s6
me
parece poder advir das 」ッョエイ。、ゥセU・ウ@ queatingem toda e qualquer ーッーオャ。セ ̄ッ@ alienada. Se o populismo na política universitária nega na prática
05 valores acadimicos, mesclando formas diversas de
política, エ。ュ「セュ@ está sempre pleiteando verbalmente uma Universidade de alto ョ■カ・ゥMM・M」ッューQAエセョQ・LMMoョMMアオ・@
não se consegue セ@ antever como isso praticamente se torna possível. Por isso acredito que uma reforma universitária s6 será implementada se tal populismo for ・ウーゥ」。セ。、ッ@ em todos 05 seus flancos, se for
explorada 。エセ@ o fundo essa 」ッョエイ。、ゥセ ̄ッ@ interna entre seu verbo altissonante
e
sua prática corporativa ... (Giannotti, 1985:505)Em outra oportunidade, continua afirmando este autor que:
o populismo espreita a universidade, se por
populismo se entender a ・ョ」・ョ。セ ̄ッ@ política de certas
demandas num cenarlO cuja イ・・ウエイオエオ。セ ̄ッ@ não pode
atendê-las". (Gianotti, 1987:65). Assim entendeu, por considerar que " ... os tris atores principais, operando nos campos universit'rios fazem exigências
que não se coadunam com as ヲオョセU・ウ@ a que a
universidade está destinada. "(idem)
Na visão de Giannotti, o movimento docente
organizou-se para lutar contra o arrocho salarial e melhores
condiç5es de trabalho e, com isto, deixou perderem-se os seus ideais primeiros. As suas demandas por melhores condiç5es dE
trabalho, quanto セ@ melhoria do ensino e da pesquisa, no
entender do autor, イ・ーイ・ウ・ョセ。イ。ュ@ mera argumentação por ,,'
mais verbas para educação, não mexendo em profudidade na
estrutura do sistema, a nio ser pelo viis mais abstrato duma
Amplia Giannotti o enfoque conservador de sua
visio sobre a açio sindical em universidades, quando afirma
que:
I i Embora recheado de belas ゥョエ・ョセU・ウL@ o movimento
se fecha, pois, no trabalho sindical, quando não
tende para o corporativismo. Tanto セ@ assim que quase
sempre apresenta as propostas mais inócuas, ou
apoiadas em chav5es sobre a 」ッョエイ。、ゥセ ̄ッ@ trabalho capital, que fariam corar qualquer ser dotado dum
grão de razão, ou incapazes de conciliar seus
interesses propriamente sindicais com a pretensão
efetiva de colaborar na melhoria d ensino e da
pesquisa" (Giannotti, 1987:60)
No entender do autor, são:
"os funcionários que trazem para o ・ウー。セッ@ da
universidade a nitidez da luta sindical ( ... ) se
manifestam como um grupo de explorados,
trabalhadores lutando por um lugar ao sol numa sociedade que claramente lhes concede uma cidadania de segunda categol-ia". (Giannotti, 1987:--63)
Reabl" io ' assim, Giannotti em sua obra a
discussio sobre a イ・ャ。セゥッ@ dos diferentes poderes (acadimico
sindical e burocritico) no processo de 、・ュッ」イ。エゥコ。セゥッ@ da
universidade. Em defesa do poder acadimico, questiona o poder
sindical e afirma que " ... quanto mais a universidade tem se
politizado mais se イ・ヲッイセ。@ o poder burocritico".(Gianotti,
1987:95)
Ao reconheceI" 'como indispensivel
autoconhecimento dos atores sociais envolvidos com
o
a
democratizaçio da universidade, prop6s o entendimento entre as
ヲッイセ。ウ@ ali operantes, através da ョ・ァッ」ゥ。セゥッ@ em torno de seus
interesses sem que fossem セ・イ、ゥ、ッウ@ de vista os fins da
e、オ」。セ ̄ッN@ O combat e ao que denominou de "podeI" bUl"Ocrit ico" E'
a Cl"ítica ao "assembleísmo anal"quista"' sio ヲオョ、。ュeセョエ。ゥウ@ para
( XセII@
politizaçio e 、・ュッ」イ。エゥコ。セゥッ@ nas universidadEs.
Na
vida acadimica, o ュセイゥエッ@ e a comPEtincia sioapontados por Dantas e Durham (1985), como fat o\-es
fundamentais. Afirma, contudo, que na Universidade todos
podem
e
devem ser competentes, apesar de nlo serem iguais,acrescentando que:
" ... Guando pensamos numa Universidade 、・ュッ」イセエゥ」。L@
devemos levar em conta a 」ッョエイゥ「オゥセゥッ@ que cada um pode dar em ヲオョセ ̄ッ@ de sua competência específica e
planejar formas de イ・ーイ・ウ・ョエ。セゥッ@ adequada __ de
interesses diversos: Nio セV、・ュッウ@ セオョエ。イ@ no mesmo
saco, professores, ヲオョ」ゥッョセイゥッウ@ e alunos para
decidir sobre tudo: a 。、ュゥョゥウエイ。セゥッL@ o ensino e a pesquisa ... " (Dantas, C, A, e Du\-ham, E. A Universidade - democracia e competência - In: Folha de S. Paulo, 25/10/85).
Ao discorrer sobre o tema da Reforma na
Universidade, Durham admitiu que " ... as novas propostas de
mudança da universidade têm sua origem e muito de sua
ウオウエ・ョエ。セゥッ@ num novo ator político as Associações dE Docent es. .. (1987: 27). Di fe\"enc iado de moviment os ant el- iOI-es
POI- suas características, as quais c Orl f i g ll\-am " ... um movimento interno e fechado dentro das ゥョウエゥエオゥセ・ウ@ de ensino
superior, ( ... ) que se legitima em ヲオョセゥッ@ da defesa dE
valores acadêmicos e se respalda na competência científica de
sua 1 ゥ、・ャM。ョセ。B@ (Du\-han, 1987: 27)
A aproxima,io deste movimento ao do PEssoal
エセ」ョゥ」ッM。、ュゥョゥウエイ。エゥカッL@ segundo Durhan, ocorreu, POI-qUE
",' ,sem bases sociais mais amplas, o movimEnto procurou
aumentar sua for,a de luta contra a Estrutura autoritiria,
buscando alia,dos na pr'ópr'ia inf:>titui<;:ão .. ," (1987:F',28>,
Fortaleceu-se tal ーッウゥセセッ@ com o agravamento da アオ・ウエセッ@
salarial, ocorrendo a 。ャゥ。ョセ。@ entre docentes e ヲオョ」ゥッョセイゥッウL@
estes desinteressados das quest5es 。」。、セュゥ」。ウL@ mais
p\"ofund.':\mente empenhados na questão sala\"ial", ( 1987:29)
A respeito da ーッャゥエゥコ。セセッ@ do movimento docente,
considerou a autora que:
.... ,do ponto de vista dos docentes mais politizados, o engajamento na questio salarial セ@ uma arma para a
ュッ「ゥャゥコ。セゥッ@ da universidade, para uma grande parte
do corpo docente a 」ッョウエ・ウエ。セゥッ@ セ@ estrutura
。オエッイゥエセイゥ。@ e a bandeira da qualidade do ensino
passam a ser utilizadas como instrumentos para
legitimar a luta por benefícios econômicos ...
(Durham, 1987:29)
Ao julgar o movimento docente cada vez mais
distanciado dos valores 。」。、セュゥ」ッウ@ e próximo de 。セU・ウ@ de
cunho reivindicatórios salariais, considerou a autora que a
"elite intelectualizada" dele se afastava. No dize\- de
Du\"ham,
" ... quanto mais sindicalista o movimento, maior a ゥョ」ッイーッイ。セゥッ@ dos docentes menos qualificados e dos mais desiteressados das quest5es 。」。、セュゥ」。ウL@ maior a
セョヲ。ウ・@ do igualitarismo e menor a 。」・ゥエ。セゥッ@ de
」イゥエセイゥッウ@ de アオ。ャゥヲゥ」。セゥッ@ profissional na escolha dos di\"igentes オョゥカ・イウゥエセLᄋゥッウ@ ... " (Durham, 1987:29)
Segundo tal visão crítica, caminhava o movimento
da elite em 、ゥイ・セ ̄ッ@ セウ@ ュ。ウウセウL@ popularizando-se, dEvido, ao estado de empobrecimento por que passava a categoria. Fato
representativo do conjunto dos trabalhadores numa