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Lesões dermatológicas em pacientes infectados pelo vírus linfotrópico humano de células T do tipo 1 (HTLV-1).

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1 . Se r viç o de Do e nç as Infe c c io sas e Par asitár ias da Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al de Minas Ge r ais, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 2 . Se r viç o de De r mato lo gia da Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al de Minas, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 3 . De par tame nto de Me dic ina So c ial e Pr e ve ntiva da Fac uldade de Me dic ina da Unive r sidade Fe de r al de Minas Ge r ais, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 4 . De par tame nto de Mic r o b io lo gia do Instituto de Ciê nc ias B io ló gic as da Unive r sidade Fe de r al de Minas Ge r ais, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 5 . Fundaç ão He mo minas, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 6 . De par tame nto de Par asito lo gia do Instituto de Ciê nc ias B io ló gic as da Unive r sidade Fe de r al de Minas Ge r ais, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil. 7 . Ce ntr o Ge r al de Pe diatr ia ( CGP) , FHEMIG, B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil.

En d e r e ço p a r a co r r e sp o n d ê n ci a :Pr o f. Jo sé Ro b e r to Lamb e r tuc c i. Fac uldade de Me dic ina/UFMG. Ave nida Alfr e do B ale na 1 9 0 , 3 0 1 3 0 -1 0 0 B e lo Ho r izo nte , MG, B r asil.

e-mail: lamber@ uai.c o m.br

Rec ebido para public aç ão em 0 1 /1 0 /2 0 0 4 Ac eito em 2 /1 0 /2 0 0 4

Lesões dermatológicas em pacientes infectados pelo vírus

linfotrópico humano de células T do tipo 1 ( HTLV-1 )

Dermatologic lesions in patients infected with the human

T-cell lymphotropic vírus type 1 ( HTLV-1)

Vandack Nobre

1

, Antônio Carlos Martins Guedes

2

, Fernando Augusto Proietti

3

, Edel Stanciolli

4

,

Marina Lobato Martins

5

, José Carlos Serufo

1

, Carlos Maurício Antunes

6

,

Maria Aparecida Grossi

7

, José Roberto Lambertucci

1

e GIPH (Grupo Interdisciplinar de Pesquisas em HTLV-1/2)

RESUMO

O ví ru s li n f o tró p i c o h u m a n o d e c é lu la s T d o ti p o 1 ( HTLV 1 ) é o p ri m e i ro re tro ví ru s i so la d o d o se r h u m a n o . De sc re ve u

-se , e m p o u c o te m p o , o -se u p a p e l e ti o ló gi c o e m a lgu m a s d o e n ç a s, c o m d e sta q u e p a ra a le u c e m i a /li n f o m a d e c é lu la s T d o

a d u lto ( ATLL) , a m i e lo p a ti a a sso c i a d a a o HTLV- 1 /p a ra p a re si a e sp á sti c a tro p i c a l ( HAM/TSP) e a u ve í te a sso c i a d a a o

HTLV- 1 ( HAU) . Na dé c a da de 90, o HTLV- 1 f o i a sso c i a do a e c ze m a gra ve da i n f â n c i a , c o n he c i do c o m o de rm a ti te i n f e c c i o sa

( DI) . De sd e e n tã o , d i ve rso s o u tro s ti p o s d e le sõ e s c u tâ n e a s tê m si d o o b se rva d o s e m p a c i e n te s i n f e c ta d o s p e lo HTLV- 1 ,

e m e sp e c i a l, n o s d o e n te s d e HAM/TSP o u d e ATLL. Po ré m , m e sm o p o rta d o re s a ssi n to m á ti c o s d o ví ru s a p re se n ta m d o e n ç a s

d e rm a to ló gi c a s. Ex c e tu a n d o - se a d e rm a ti te i n f e c c i o sa , n ã o h á le sã o d a p e le e sp e c í f i c a d a i n f e c ç ã o p e lo HTLV- 1 . Aq u i , o s

a u to re s a p re se n ta m a s p ri n c i p a i s le sõ e s d e rm a to ló gi c a s d e sc ri ta s e m p a c i e n te s i n f e c ta d o s p e lo HTLV- 1 , d e sta c a n d o o

va lo r e p i d e m i o ló gi c o e c lí n i c o d e sse s a c h a d o s.

Pal avr as-chave s:

HTLV- 1 . Re tro ví ru s. ATLL. HAM/TSP. Le sõ e s d e rm a to ló gi c a s. Pe le .

ABSTRACT

Hu m a n T- c e ll Lym p h o tro p i c ví ru s typ e I ( HTLV- 1 ) wa s th e f i rst h u m a n re tro ví ru s d e sc ri b e d . So m e ti m e a f te r i ts d i sc o ve ry

a gro u p o f d i se a se s we re re la te d to th i s ví ru s, su c h a s, a d u lt T- c e ll le u k e m i a lym p h o m a ( ATLL) , HTLV- 1 a sso c i a te d

m ye lo p a th y/tro p i c a l sp a sti c p a ra p a re si s ( HAM/TSP) a n d HTLV- 1 a sso c i a te d u ve i ti s ( HAU) . In th e n i n e ti e s, HTLV- 1 wa s

a sso c i a te d to a se ve re e c ze m a o f c h i ld re n , c a lle d i n f e c ti ve d e rm a ti ti s ( ID) . Si n c e th e n , se ve ra l o th e r sk i n m a n i f e sta ti o n s

h a ve b e e n o b se rve d i n HTLV- 1 - i n f e c te d i n d i vi d u a ls, p a rti c u la rly i n p a ti e n ts wi th ATLL o r HAM/TSP. Ho we ve r, a c c o rd i n g to

so m e re p o rts, d e rm a to lo gi c le si o n s a re a lso c o m m o n i n a sym p to m a ti c HTLV- 1 c a rri e rs. Be si d e s ID, a ll o th e r sk i n le si o n s

re po rte d a re n o n spe c i f i c . The a i m o f thi s re vi e w i s to o u tli n e the de rm a to lo gi c m a n i f e sta ti o n s re po rte d i n HTLV- 1 i n f e c te d

p a ti e n ts, e m p h a si zi n g th e c li n i c a l a n d e p i d e m i o lo gi c a l va lu e o f th e se f i n d i n gs.

(2)

O vírus linfotrópico humano de células T do tipo 1 ( HTLV-1) foi

o primeiro retrovírus isolado no ser humano. As primeiras descrições

desse vírus ocorreram na década de 80, nos Estados Unidos

79 80

e

no Japão

38 39

e, desde então, novos conhecimentos acerca da infecção

por esse agente surgiram

16 65

. A descrição inicial do vírus linfotrópico

humano de células T do tipo 2 ( HTLV-2) aconteceu em 1982, em

paciente com leucemia de células pilosas

42

. Informações adicionais

sobre o HTLV-2 podem ser obtidas em outro estudo

34

.

O HTLV-1 pe r te nc e à família

re tro vi ri d a e

, sub família

o nco virina e

1 9

.

A sua transmissão ocorre predominantemente por

via vertical, com destaque para a amamentação

4 1

. Outras formas

de transmissão são a transfusão de sangue e de hemoderivados

contaminados com o vírus, a relação sexual ( sobretudo do homem

para a mulher) e o uso de drogas injetáveis

16 65

. O HTLV-1 é um

vírus cosmopolita, apresentando ampla distribuição mundial

6 2

.

Entre as regiões de maior endemicidade destacam-se o Japão, a

Melanésia, o Caribe, a América do Sul e a África

6 1 6 1 7 3 9 4 0 8 4 8 9

. A

maior parte dos estudos de prevalência realizados considerou

doadores de sangue ou outros grupos com risco elevado para

adquirir a infecção, como usuários de drogas injetáveis e mulheres

profissionais do sexo. São escassos, portanto, os estudos de base

populacional

2 5 8 3

. O Brasil apresenta prevalência moderadamente

elevada para o HTLV-1, observando-se aumento da prevalência,

quando se caminha a partir dos estados do sul para os da região

no r te do pa ís ( Ca ta la n- So a r e s, c o m unic a ç ã o pe sso a l) .

Considerando-se a sua população, acredita-se que o Brasil abrigue

o maior número absoluto de indivíduos infectados pelo HTLV-1

no mundo

8 3

.

O diagnóstico da infecção pelo HTLV-1 é feito geralmente por

meio de exames sorológicos, com destaque para as técnicas de

ELISA ( triagem) e Western blot ( confirmatório)

2 0

. O Western blot

permite distinguir a infecção pelo HTLV-1 do HTLV-2. A reação em

cadeia da polimerase ( PCR) no sangue, líquor ou em outros

materiais ( e.g

.

, pele, linfonodos) pode ser útil, particularmente

nos casos em que a sorologia mostra-se indeterminada

2 6

.

Desde a descrição do HTLV-1, acreditava-se em sua associação

com doenças humanas. A primeira condição associada ao vírus

foi a leucemia/linfoma de células T do adulto ( ATLL) , cujo papel

etiológico do HTLV-1 foi confirmado com a demonstração da

integração monoclonal do DNA proviral ao genoma das células

neoplásicas

38 6 1 9 3 103

. Em seguida, definiu-se o papel etiológico

do HTLV-1 em um tipo de mielopatia espástica, hoje conhecida

como mielopatia associada ao HTLV-1 ou paraparesia espástica

tropical ( HAM/TSP)

2 6 7 1 8 4

. Finalmente, em 1992, Mochisuchi e

colaboradores

6 8 69

demonstraram associação causal do HTLV-1 a

uma forma de uveíte predominantemente intermediária, a uveíte

associada ao HTLV-1 ( HAU) .

Dive r so s r e lato s apo ntam par a a pr e se nç a de le sõ e s

dermatológicas em pacientes infectados pelo vírus, em especial,

os portadores de ATLL

7 2 5 9 3 9 8

e de HAM/TSP

3 1 4 4 9 5 9 9 2

. A

se guir, c o nstato u-se q ue as le sõ e s o c o r r e m tamb é m e m

indivíduo s infec tado s e c o nsiderado s assinto mátic o s

3 1

. O

estudo dessas dermatopatias merec e destaque, uma vez que, a

pele permite a realizaç ão de proc edimentos diagnóstic os de

doenç as que ac ometem os órgãos internos

4 8

.

No iníc io da déc ada de 9 0 , La Grenade e c ols

4 9 5 1 5 4 5 6 5 7

c orrelac ionaram o HTLV-1 a um ec zema grave da infânc ia,

desc rito na Jamaic a em 1 9 6 6

1 0 5

e c onhec ido c omo dermatite

i n fe c c i o s a ( D I ) . Ai n d a h o j e , e s s a c o n s ti tu i a ú n i c a

dermatopatia espec ífic a da infec ç ão pelo HTLV-1 . A seguir,

s e r ã o d e s c r i ta s a s p r i n c i p a i s l e s õ e s d e r m a to l ó gi c a s

observadas em pac ientes infec tados pelo HTLV-1 .

CLASSIFICAÇÃO

Não há classificação consensual das lesões dermatológicas

apresentadas pelos pacientes infectados pelo HTLV-1, ainda que as

propostas se mostrem semelhantes. Nesta revisão, utilizou-se uma

c lassific aç ão que aglutina as sugeridas por Rueda & Blanc k

8 7

e po r La Grenade

5 3

, e que expressa mais adequadamente o

conhecimento atual sobre a doença e o entendimento dos autores

deste trabalho acerca dos prováveis mecanismos subjacentes a essas

lesões ( Tabela 1) .

1- Le sõ e s dire ta m e nte c a usa da s po r c é lula s infe c ta da s

pe lo HTLV-1:

acredita-se que a maior parte das lesões cutâneas

vistas nos portadores do HTLV-1 seja associada à presença de

células infectadas na pele. As lesões podem ser determinadas

de forma direta ou indireta. No primeiro c aso oc orre, por

exemplo, infiltração cutânea de células neoplásicas, como se

observa nos pacientes com ATLL. O estudo histológico da pele

desses pacientes revela densos infiltrados de células pleomórficas

( linfócitos atípicos) na derme que, com freqüência, se estendem

ao te c ido sub c utâne o . O ac hado de e pide r mo tr o pismo é

incomum, em contraposição ao que se observa nos linfomas

Tabela 1 - Classificações das lesões dermatológicas, segu n do três

au tores, em pacien tes in fectados pelo HTLV-1.

Classificação Rueda & Blanck ( 1 9 9 6 )

Lesões associadas à presença de células infectadas pelo HTLV-1

Neo plá sica s

Infla m a tó ria s nã o -neo plá sica s

Lesões associadas à imunossupressão

Infeccio sa s

Neo plá sica s

La Grenade ( 2 0 0 0 )

Lesões relacionadas às doenças causadas pelo HTLV-1 Lesões relacionadas à imunossupressão

Lesões inespecíficas

Nobre ( 2 0 0 4 )

Lesões diretamente causadas por células infectadas pelo HTLV-1 na pele

Neo plá sica s

Nã o -neo plá sica s

Lesões indiretamente causadas por células infectadas pelo HTLV-1 na pele

Pro duçã o de cito cina s

Im uno ssupressã o

Altera çõ es neuro ló gica s

Outro s m eca nism o s indireto s

(3)

cutâneos de c élulas T ( LCCT) não assoc iados ao HTLV-1

4 5

.

Alé m disso , o HTLV- 1 po de infe c tar e , hipo te tic am e nte ,

modific ar a funç ão de c élulas c onstituintes do tec ido c utâneo,

tais c omo, c eratinóc itos, fibroblastos e c élulas de glândulas

sudoríparas

4 6 7 8 9 0

.

2 -

Le s õ e s i n d i r e t a m e n t e c a u s a d a s p o r c é l u l a s

i n f e c ta d a s p e lo HTLV- 1 :

há e vidê nc ias de q ue c ito c inas

produzidas por linfóc itos infec tados pelo HTLV-1 determinem

alteraç ões func ionais de c élulas c onstituintes da pele, c omo,

po r exemplo , do s c eratinó c ito s

6 7

. Esse mec anismo , ainda

po uc o e studado e m r e laç ão às le sõ e s c utâne as, par e c e

bastante plausível, já que predomina em outras c ondiç ões

assoc iadas ao HTLV-1 , mormente na HAM/TSP

8 5

.

Outro grupo de lesões indiretas associa-se à imunossupressão.

Os pacientes portadores de ATLL apresentam imunossupressão

grave e, por conseguinte, várias lesões oportunistas podem se

desenvolver, citando-se a pneumocistose, a criptococose e o

sarcoma de Kaposi

6 6

. Entretanto, mesmo pacientes sem ATLL,

apresentam imunossupressão, sobretudo do tipo celular. Nesse

sentido, Tachibana e colaboradores

9 7

demonstraram que, os

pac ientes infec tados pelo HTLV-1 apresentam diminuiç ão da

resposta c utânea tardia ao PPD. Popovic e c olaboradores

8 1

evidenciaram significativas alterações na função de linfócitos T

auxiliares e de linfócitos citotóxicos promovidas pelo HTLV-1. No

primeiro caso, quando infectadas, as células T podem estimular

os linfóc itos B de forma anômala, promovendo produç ão

policlonal de imunoglobulinas, independente da estimulação

antigênica. Com relação aos linfócitos citotóxicos, observou-se

que à medida que a proporção de células infectadas pelo HTLV-1

aumenta, a atividade citotóxica dessas células diminui. Finalmente,

estudando o

índice de re gre ssã o do fo co de cé lula s B

induzidas

pelo vírus Epstein Barr, Katsuki e colaboradores

4 4

demonstraram

que, o s po rtado res assinto mátic o s do HTLV-1 apresentam

supressão da imunidade celular. Outras evidências da presença

de imunossupressão nos pacientes infectados pelo HTLV-1, são:

a) aumento da prevalência e da gravidade da estrongiloidíase e da

escabiose nesses pacientes

5 1 1 5 8 7 1 7 7 8 2

; b) desenvolvimento da

dermatite infecciosa ( DI) , cuja associação com o HTLV-1

encontra-se estabelecida

54 56

e, c) a apresentação atípica de doenças cutâneas

em pacientes infectados pelo HTLV-1 , como ocorre na sífilis

secundária

1 5

.

Outros mecanismos existem. Assim, as alterações, do tipo

xerose ( secura na pele) , observadas nos pacientes com HAM/

TSP, devem-se a alterações do sistema nervoso autônomo que

alteram a função de glândulas sudoríparas responsáveis pela

lubrificação da pele

3 6

.

3 - Le s õ e s i n e s p e c í f i c a s :

gr a n de pa r te da s le s õ e s

dermatológicas observadas nos pacientes infectados pelo

HTLV-1 não c o nhe c e m e xplic aç ão . Essas le sõ e s são , po r tanto ,

consideradas inespecíficas. Cita-se, como exemplo, o vitiligo.

As princ ipais lesões dermatológic as apresentadas pelos

pac ientes infec tados pelo HTLV-1 enc ontram-se listadas na

Tabela 2 .

1- ATLL Máculas, pápulas, placas, nó dulo s, e r itr o de r mias, tumorações, dermatofitose, escabiose.

Predominam na forma subaguda da doença. Podem ser difusas ou localizadas. Existe a forma cutânea isolada da ATLL. Dermatopatias podem ser pródromos da ATLL.

2- HAM/TSP Xerose, ictiose, candidíase, eritema palmar e malar, lesões relacionadas à imobilidade ( escaras, dermatite perineal) . Cita-se também dermatofitose e foliculite decalvante.

As lesões predominantes são: xerose e ictiose.

3 - De r m atite infecciosa ( DI)

Eczema grave e recidivante, predo mina em c rianç as, acomete várias regiões do corpo.

Pode ocorrer em adultos jovens e geralmente está associada à infecção persistente por cocos Gr am po sitivo s. O pr inc ipal diagnó stic o dife r e nc ial é a dermatite seborréica. DI pode ser pródromo de ATLL ou de HAM/TSP

4 - Portadores assintomáticos*

Xerose, ic tiose, dermatite seborréica, vitiligo, escabiose, dermatofitoses

Poderiam motivar a suspeição da infecção pelo HTLV-I. Característica

da infecção

Lesões dermatológicas

Tabela 2 - Principais lesões dermatológicas descritas nos pacientes

in fectados pelo HTLV-1.

Observações

* Sem ATLL e HAM/TSP

1 - Pa c i e n te s c o m ATLL:

diferentemente dos LCCT não

associados ao HTLV-1, geralmente primários da pele, na ATLL o

proc esso neoplásic o mais c omumente se inic ia nos órgãos

internos, atingindo a pele apenas numa segunda fase. Cerca de

4 0 % a 5 0 % do s pac ie nte s c o m ATLL apr e se ntam le sõ e s

dermatológicas

9 3 101 102

. Estas se mostram variadas e inespecíficas,

predominando nos pacientes com a forma subaguda da doença.

Assim, podem ocorrer máculas, pápulas, nódulos, placas, eritrodermia

e tumorações, sendo as três primeiras mais comuns

8 93 98

. As lesões

podem ser difusas ou localizadas. Dosaka e colaboradores

2 5

descreveram as dermatoses encontradas em nove pacientes com

ATLL em diferentes fases de evolução. Dentre as lesões descritas

cita-se a verruga vulgar, os tumores do subcutâneo, o eritema

no do so , as pápulas, nó dulo s, e r ite ma r e tic ular, pr ur ido ,

Tin e a c o rpo ris

e eritrodermia esfoliativa. As lesões também

podem variar ao longo do c urso da ATLL

9 8

.

Há, adic io nalmente, a fo rma c utânea iso lada da ATLL,

caracterizada pela integração monoclonal do DNA proviral ao

genoma dos linfócitos que infiltram a pele, e policlonal nos

linfócitos do sangue periférico

28, 29

. A distinção dessa forma com

os LCCT não associados à ATLL ( micose fungóide e síndrome de

Sézary) é difícil

4 5

. Quanto à micose fungóide, há grande discussão

na literatura acerca do papel etiológico do HTLV-1 na gênese desta

neoplasia. Ainda que a pesquisa sorológica do HTLV-1 revele-se

positiva em apenas 1 5 % dos casos

9 4

, alguns grupos relatam o

(4)

ac hados de outros pesquisadores, sobretudo europeus, negam

tal associação

4 1 0 4 7 6 2 1 0 6

. Bittencourt e colaboradores

8

relataram

o primeiro c aso de linfoma c utâneo assoc iado ao HTLV-1

oc orrido na Bahia. O pac iente apresentava massas tumorais

na região c ervic al e lesões mac ulopapulares desc amativas no

tronc o e membros. Em outro estudo, o mesmo grupo não

observou diferenç as signific ativas na avaliaç ão histológic a da

pele de pac ientes portadores de LCCT assoc iados ou não ao

HTLV-1

7

.

A ATLL é dividida em c inc o subtipo s, quais sej am, as

formas aguda, subaguda ou

sm o u ld e ri n g

, c rô nic a, o tipo

linfoma e a doenç a c utânea isolada

9 3

. As princ ipais lesões

dermatológic as observadas em c ada subtipo são

8 7

:

a) ATLL aguda: predominam lesões nodulares e papulares.

b ) ATLL c r ô nic a: pr e do minam plac as e r ite mato sas e

edematosas. Eritrodermia oc orre c om menor freqüênc ia.

c ) ATLL subaguda ou

sm o u ld e ri n g

: é a forma que mais

s e a s s o c ia a le s õ e s c utâ n e a s . Es ta s s e a s s e m e lh a m à s

observadas nas outras formas de ATLL, predominando

nódulos e pápulas.

d) ATLL tipo linfoma: as lesões são extensas, evoluindo

de plac as para nódulos e tumores.

e) ATLL c utânea isolada: representa o linfoma c utâneo

assoc iado ao HTLV-1 . As lesões mais c omuns são tumores,

pápulas, nódulos e eritrodermia.

Há várias public aç ões na literatura sugerindo que lesões

c utâneas podem se c omportar c omo pródromos das doenç as

asso c iadas ao HTLV- 1 , no tadam e nte da ATLL

1 3 2 2 3 7 9 1 1 0 5

.

Entretanto, a maioria dos trabalhos trata de c asos isolados.

A dermatite infec c iosa c onstitui a dermatopatia mais bem

estudada nesse sentido, ainda que, mesmo neste c aso, paire

dúvidas ac erc a do c aráter pré-maligno das lesões

3 0 3 5 5 1

.

2- Pa cie nte s co m HAM/TSP:

várias lesões cutâneas têm sido

observadas em pacientes portadores de HAM/TSP. Hashiguchi e

colaboradores

3 6

observaram a presença de xerodermia em 1 2

( 6 6 %) de 1 8 pacientes com HAM/TSP no Japão, a maior parte

deles com sinais de hipo-hidrose. Numa outra série de casos, os

mesmos autores relataram o encontro de eritema palmar e malar

em 1 9 ( 2 2 ,9 %) de 8 3 pacientes com HAM/TSP.

Mais rec entemente, no B rasil, Lenzi e c olaboradores

6 0

estudaram as manifestaç ões c utâneas apresentadas por 6 0

pac ientes c om HAM/TSP, c omparando-os c om 3 8 doadores

de sangue sem infec ç ão pelo HTLV-1 , pareados por idade.

Xerodermia, c andidíase c utânea e eritema palmar

mostraram-se signific ativamente mais c omuns nos pac ientes c om HAM/

TSP. Os autores observaram que a intensidade da xerose se

c o r r e lac io nava dir e tame nte c o m a gr avidade da do e nç a

neurológic a.

Outr as le sõ e s de sc r itas no s pac ie nte s c o m HAM/TSP

são eritrodermia

1 4 4 9

, folic ulite dec alvante

4

, dermatofitose,

dermatite seborréic a, vitiligo, molusc o c ontagioso e erisipela

bolhosa de repetiç ão

1 4

.

3- De rm a tite infe ccio sa ( DI) :

a DI foi descrita por Sweet

em 1 9 6 6

9 6

. No ano seguinte, Walshe descreveu casos adicionais

da doenç a e demonstrou a presenç a de infec ç ão bac teriana

persistente na pele e nas muc osas dos pac ientes c om essa

dermatose

1 0 4

. A DI representa o terceiro tipo de eczema mais

freqüentemente encontrado em crianças jamaicanas

5 7

. Além da

Jamaic a, há relatos de c asos provenientes de outros países

endêmicos para o HTLV-1 , como o Japão

1 0 0

e a Colômbia

9

. No

Brasil, o primeiro caso de DI foi descrito em 1 9 9 6

6

.

A suspeita inicial acerca da associação entre o HTLV-1 e a DI

adveio da observação de óbitos por ATLL em mães de pacientes

po r tado r e s da de r matite e fo i c o nfir mada e m tr ab alho s

publicados no início da década de 9 0 . No primeiro estudo, os

autores demonstraram soropositividade para o vírus em 1 4

crianças com DI. Onze crianças portadoras de eczema atópico

foram avaliadas como controles e todas apresentaram sorologia

negativa

54

. Alguns anos depois, um grupo maior de pacientes foi

estudado, inc luindo 5 0 c asos de DI, e todos se revelaram

infectados pelo HTLV-1 . Por outro lado, nenhum dos 3 6 controles

com eczema atópico apresentaram sorologia positiva

50

.

A DI habitualmente se manifesta após os dois anos de idade.

Inic ia-se c om rinite, em geral interpretada pelos pais c omo

resfriado. Segue-se aumento da secreção nasal e descamação

do couro cabeludo, pavilhão auricular, narinas, pescoço, axilas,

umbigo e períneo, às vezes associados com blefaroconjuntivite.

Febre alta mostra-se incomum. Ocorrem, em seguida, dermatite

exsudativa grave, formaç ão de c rostas nas narinas e outras

regiões, c oriza aquosa e intensific aç ão das lesões nas áreas

c itadas. Linfadenomegalia reac ional é c omum. A c ultura da

secreção obtida nas narinas e pele demonstra

S. a ure us

e/ou

Stre p to c o c c u s

beta-hemolític o. Os princ ipais diagnóstic os

diferenciais são a dermatite seborréica e o eczema atópico

5 6

. La

Grenade e colaboradores propuseram critérios diagnósticos para

a dermatite infecciosa, dividindo-os em maiores e menores

5 5

.

Para se definir um caso são necessários quatro dos cinco critérios

maiores, sendo obrigatórios os critérios “1 ”, ”2 ” e “3 ”. Para o

preenchimento do critério maior “1 ”, pelo menos duas das

regiões c itadas devem estar ac ometidas ( Tabela 3 ) .

Os pacientes portadores de DI apresentam resposta inicial

adequada ao tratamento antimicrobiano; contudo, observa-se

rápida piora após a interrupç ão do mesmo. Habitualmente,

administram-se os antibióticos por via oral até a puberdade, época

em que os sintomas costumam remitir. A necessidade de se manter

a antibioticoterapia por tempo prolongado nos pacientes com

dermatite infecciosa favorece a hipótese de imunossupressão como

base para o desenvolvimento da doença. Contudo, fatores

sócio-econômicos podem contribuir. Corticoesteróides tópicos de leve

potência, anti-histamínicos orais e xampus ceratolíticos para o

couro cabeludo também são indicados. Não se utiliza terapia

antiviral ou imunomoduladora

55

.

(5)

A seguir, desc reve-se um c aso de dermatite infec c iosa

ac ompanhado por um dos autores ( MAG) :

A pa cie nte , de do is a no s de ida de , re side nte na re giã o

m e tro po lita na de Be lo Ho rizo nte , Mina s Ge ra is, fo i a te ndida

no Ce ntro Ge ra l de Pe dia tria da Funda çã o Ho spita la r do Esta do

d e Mi n a s Ge r a i s , a p r e s e n ta n d o le s õ e s e c z e m a to s a s e

p ru ri gi n o sa s, lo c a li za d a s p re d o m i n a n te m e n te n o c o u ro

ca b e ludo e na s re giõ e s pe rina sa l, re tro - a uricula r, a xila r e

inguino -crura l ( Figura 1) . O início da s le sõ e s se de u a o s trê s

m e se s de ida de e se m o stra va m fre q üe nte m e nte a sso cia da s a

i n f e c ç ã o b a c te ri a n a se c u n dá ri a . A e vo lu ç ã o da pa c i e n te

c a ra c te rizo u - se po r du a s in te rn a ç õ e s pro lo n ga da s. Co m o

co m plica çõ e s do q ua dro , dia gno stico u-se de snutriçã o , o tite

e xte rna , sinusite e infe cçã o do tra to uriná rio . Dura nte a s

interna çõ es, a cultura de secreçõ es cutâ nea s revelo u-se po sitiva

pa ra

Pseudomonas aeruginosa

e

Staphyloc oc c us aureus

. A

so ro lo gia pa ra o HIV re sulto u ne ga tiva , m o stra ndo -se po sitiva

pa ra o HTLV-1 ( ELISA e We ste rn b lo t) na cria nça e e m se us

p a i s . Na p r i m e i r a i n te r n a ç ã o , a c r i a n ç a r e c e b e u

a ntib io tico te ra pia , hidro co rtiso na cre m e e um e cta çã o co m

cre m e hidra ta nte , co m b o a re spo sta clínica . Entre ta nto , ho uve

re c idiva , o q ue justific o u no va inte rna ç ã o . Apó s m e lho ra

significa tiva , e la re ce b e u a lta ho spita la r e nã o re to rno u a o

se rviço po r te r se m uda do co m o s pa is pa ra o utro e sta do .

Além de um provável papel prodrômico na ATLL,

suspeita-se de que a DI possa predizer também o desuspeita-senvolvimento de

HAM/TSP

5 1

. Discute-se se um mesmo fator predisponente ( e.g.,

HLA DRB1 * DQB1 * ) poderia, simultaneamente, determinar o

desenvolvimento dessa dermatose e da HAM/TSP

5 7

. Estudos

epidemiológicos e moleculares são necessários para esclarecer

se a DI c onstitui unic amente uma forma grave de dermatite

generalizada associada ao HTLV-1 ou se ela representa, também,

um marcador do desenvolvimento de patologias mais graves

associadas ao vírus

9 9

.

4- Outra s lesõ es cutâ nea s descrita s em pa cientes infecta do s

pelo HTLV-1:

a presença de lesões cutâneas nos pacientes infectados

pelo HTLV-1 independe da coexistência de ATLL ou de HAM/TSP.

Nesse sentido, Gonçalves e colaboradores, estudando candidatos à

doação de sangue pela Fundação Hemominas de Minas Gerais,

compararam o exame dermatológico de indivíduos infectados pelo

HTLV-1 com o de doadores sem essa infecção. Os autores concluíram

que os portadores do vírus apresentam lesões dermatológicas com

freqüência significativamente elevada, com destaque para ictiose

adquirida idiopática, dermatite seborréica e, infecção pela

Tinea

pedis

( Figuras 2 e 3) . Houve associação fraca da infecção pelo

HTLV-I com vitiligo e onicomicose. Outro achado relevante desse estudo

foi o de que a presença do HTLV-1 na pele, pesquisada pela técnica

de PCR, mostrou-se mais comum conforme a maior intensidade da

lesão cutânea observada, clínica e/ou histológica

31

.

Estudando 3 0 membros de três gerações de uma família, 1 5

( 5 0 %) deles infectados pelo HTLV-1 , Nobre demonstrou que

xerodermia e ictiose adquirida ocorreram exclusivamente entre

o s infe c tado s pe lo vír us. Adic io nalme nte , do is pac ie nte s

infec tados apresentavam c ic atriz de herpes zoster, c ondiç ão

geralmente associada à imunodeficiência. Na pesquisa do

HTLV-1 na pele através da téc nic a de PCR, enc ontrou-se material

genético do vírus nos 1 3 pacientes com sorologia positiva em

que o exame foi realizado ( dados não publicados) . Quanto ao

herpes zoster, outros relatos na literatura sugerem a ocorrência

dessa virose em pacientes infectados pelo HTLV-1, mesmo quando

eles não são portadores de ATLL

8 7

.

Dentre as infecções bacterianas relatadas, destaca-se a DI,

geralmente associada à infecção pelo

Sta phylo co ccus a ure us

e/ou

Stre pto co ccu s

beta hemolítico. Outro exemplo de infecção

bacteriana descrito é a foliculite decalvante, embora haja apenas

relatos isolados

3

.

Tabela 3 - Critérios diagn ósticos para dermatite in fecciosa ( La

Gren ade et al, 1998) .

Critérios Critérios maiores

1 . Ec ze m a do c o ur o c a b e ludo , pa vilh ã o a ur ic ula r, pá lpe b r a s , pe le

paranasal, pesc o ç o , axilas e/o u região inguinal.

2 . Co riza c rô nic a, c o m fo rmaç ão de c ro stas nas narinas e ausênc ia de

r inite.

3 . So ro lo gia po sitiva para o HTLV-1

4 . Dermatite c rônic a, rapidamente responsiva aos antibiótic os; entretanto, há rec idiva prec o c e apó s a interrupç ão do tratamento .

5 . Iníc io prec o c e na infânc ia.

Critérios menores

1 . Ra sh papular fino generalizado .

2 . Cultura de material o btido na região anterio r das narinas o u da pele de

o utro s lo c ais po sitiva para Sta p h ylo c o c c u s a u re u s o u Stre p to c o c c u s

beta-hemo lític o .

3 . Anemia.

4 . Elevaç ão da velo c idade de eritro ssedimentaç ão .

5 . Linfadeno patia generalizada c o m linfadenite dermato pátic a.

6 . Hiperimuno glo bulinemia ( IgD e IgE) .

7 . Elevaç ão das c o ntagens de c élulas CD4 + , CD8 + e da razão CD4 /CD8 .

(6)

Uma outra evidência de que a infecção pelo HTLV-1

associa-se ao deassocia-senvolvimento de lesões cutâneas refere-associa-se ao fato de que

pacientes atendidos em clínicas dermatológicas apresentam maior

prevalência da infecção por esse vírus. Na Nigéria, Olumide e

colaboradores

7 2

demonstraram prevalências de soropositividade

de 3 5 % a 5 0 % em uma clínica dermatológica e de doenças

sexualmente transmissíveis, utilizando ELISA e Western blot. Na

Índia, encontrou-se prevalência de 4,4% de 45 pacientes atendidos

em clínica de dermatologia

1

. Nobre encontrou prevalência de

0,73% para o HTLV-1 em 1229 pacientes atendidos em c línic a

dermatológic a da c idade de B elo Horizonte, em Minas Gerais.

A prevalênc ia da infec ç ão em c andidatos à doaç ão de sangue

atendidos no mesmo período pela Fundaç ão Hemominas foi

de 0 ,0 1 % ( dados não public ados) .

As c a r a c te r ístic a s de a lgum a s o utr a s de r m a to pa tia s

de sc r itas e m pac ie nte s infe c tado s pe lo HTLV-1 , inc lusive

naqueles sem ATLL ou HAM/TSP, são desc ritas a seguir:

ESCABIOSE

Ac redita-se que, a esc abiose, ec toparasitose c ausada pelo

ác aro

Sa rc o pte s sc a b ie i

, oc orra nos pac ientes infec tados pelo

HTLV- 1 pr e do m in a n te m e n te de vido à im un o de pr e s s ã o

determinada pelo vírus

8 7

. A esc abiose em geral c ursa c om

manifestaç ões disc retas, mas pode se agravar em pac ientes

infe c ta do s pe lo HTLV- 1 . A fo r m a gr a ve de ssa do e nç a é

c hamada de esc ab io se c r o sto sa o u no r ueguesa

1 8

. Tem-se

demonstrado, inc lusive, que a infec ç ão pelo HTLV-1 determina

o desenvolvimento dessas apresentaç ões independentemente

da presenç a de ATLL

1 2 2 1 2 2 7 0

.

No Japão, Suzumiya e colaboradores descreveram um caso

de esc abiose norueguesa em pac iente c om o diagnóstic o de

ATLL

9 5

. Del Giudice e colaboradores

2 3

relataram seis casos de

escabiose norueguesa na Guiana Francesa, ocorrendo em pacientes

portadores do HTLV-1, quatro deles com diagnóstico de ATLL. Os

do is pac ie nte s se m ATLL apr e se ntavam, r e spe c tivame nte ,

estrongiloidíase recorrente e tuberculose pulmonar.

Quanto à ocorrência de casos em portadores do vírus sem

ATLL, considerados assintomáticos, Cordoliani e colaboradores

2 1

relataram o c aso de uma pac iente afric ana que apresentou

esc ab io se no r ueguesa e

Ti n e a c o rp o ri s

difusa. Daisley e

c o lab o r ado r e s

2 2

r e po r tar am o utr o c aso , c o m e sc ab io se

recidivante associada a

Tine a co rpo ris

e

Tine a unguium

, em

mulher jovem, HTLV-1 positiva. No mesmo ano, Mollison e

colaboradores

7 0

encontraram soropositividade para o HTLV-1

em c inc o aborígines australianos portadores de esc abiose

norueguesa. Por outro lado, apenas seis de 1 9 pacientes com

o utr as c o ndiç õ e s c línic as r e ve lar am-se infe c tado s. Mais

recentemente, no Brasil, Brites e colaboradores

1 2

revisaram 9 1

casos de escabiose, ocorridos no estado da Bahia, e encontraram

prevalências elevadas da infecção pelo HTLV-1 ( 32%) , HIV ( 50%)

ou pelos dois vírus ( 2 0 %) nestes pacientes. Demonstraram ainda

que os casos mais graves de escabiose estavam significativamente

associados à infecção pelo HTLV-1 .

ICTIOSE ADQUIRIDA

A ictiose representa a forma mais intensa e de difícil controle

da xerose cutânea. A sua etiologia e a patogênese não se encontram

definidas. Há duas formas principais de ictiose, a congênita e a

adquirida. A ictiose adquirida predomina na idade adulta e pode

se associar a várias doenças, como linfoma, hipotireoidismo,

hanseníase e lupo eritematoso sistêmico. Vários medicamentos

também têm sido implicados na etiologia dessa dermatose. Em

outro grupo de casos ela é considerada idiopática

2

.

Fi gu r a 2 - Icti ose adq u i r i da i di opáti ca, ob se r vada n a pe r n a

de u m paci e n te por tador assi n tom áti co do HTLV-1 .

(7)

Xerose cutânea e ictiose constituem achados comumente

descritos em pacientes infectados pelo HTLV-1, notadamente nos

portadores de HAM/TSP

3 6 60

. As lesões predominam na face lateral

das pernas, nos flancos e nos braços, mas podem acometer todo

o corpo ( Figura 2) . Nos pacientes com HAM/TSP, a hiperceratose

apresentada parece ocorrer por retenção ( em contraposição ao

tipo hiper-proliferativo, observado em outras doenças)

6 7

.

Kaplan e colaboradores demonstraram maior freqüência de

ictiose adquirida em pacientes infectados pelo HIV quando estes

são co-infectados pelo HTLV-2

43

. A ictiose adquirida foi apontada

por Gonçalves e colaboradores como sendo condição associada à

sorologia positiva para o HTLV-1 em candidatos à doação de sangue

31

.

Mais recentemente, estudando 30 membros de uma família no Brasil,

Nobre e colaboradores demonstraram predomínio de xerodermia

e de ictiose adquirida dentre as dermatoses encontradas nos

indivíduos infectados pelo HTLV-1, quando comparados aos seus

familiares soronegativos ( dados não publicados) .

DERMATITE SEBORRÉICA

A dermatite seborréica tem sido comumente demonstrada em

pacientes infectados pelo HTLV-1, na forma de relatos isolados

14

ou

em estudos controlados de candidatos a doadores de sangue

30 31

.

Especula-se que, à semelhança do que ocorre na infecção pelo

HIV, a imunodepressão celular possa predispor a uma maior

freqüênc ia de dermatite seborréic a observada nos pac ientes

infectados pelo HTLV-1. Além disso, a dermatite seborréica guarda

diversas semelhanças com a DI

52

. Em uma coorte de 308 crianças,

2 8 infectadas pelo HTLV-1 e 2 8 0 sem a infecção, Maloney e

c olaboradores

6 4

demonstraram que as c rianç as infec tadas

apresentam freqüência cinco vezes maior de dermatite seborréica

e duas vezes maior de eczema, quando comparadas com crianças

não infectadas. Assim, todo paciente com dermatite seborréica

mais extensa, sobretudo se for criança, deveria submeter-se à

sorologia para a infecção pelo HTLV-1.

VITILIGO

Há várias c itaç õ es de vitiligo o c o rrendo em pac ientes

infectados pelo HTLV-1 , com e sem HAM/TSP ou ATLL

1 4 3 1 8 8

.

Dentre nove pacientes com sorologia positiva para o HTLV-1 ,

identificados em um grupo de 1 2 2 9 pacientes atendidos em

clínica dermatológica, Nobre encontrou dois casos de vitiligo

( dados não publicados) . Entretanto, Grimes e colaboradores

3 2

encontraram apenas o citomegalovírus ( 3 8 % dos casos) , ao

pesquisarem diversos agentes virais, pela técnica de PCR, na

pele de 2 9 pacientes com vitiligo. A pesquisa do HTLV-1

revelou-se negativa, na pele, em todos os casos.

MICOSES CUTÂNEAS

À s e m e lh a n ç a da e s c a b io s e , a s m ic o s e s c utâ n e a s ,

n o ta da m e n te a s de r m a to fi to s e s , o c o r r e m c o m m a i o r

freqüênc ia nos pac ientes infec tados pelo HTLV-1 ( Figura 3 ) .

O me c anismo suge r ido é o da imuno ssupr e ssão c e lular

determinada pelo vírus

3 3 8 7

. Casos de dermatofitose extensa

assoc iada à esc abiose norueguesa foram desc ritos

2 1 2 2

. Além

disso , po r tado r e s assinto mátic o s do HTLV-1 apr e se ntam

maior freqüênc ia de dermatofitoses

3 1

.

CONCLUSÃO

Diversas lesões c utâneas são observadas nos indivíduos

infec tados pelo HTLV-1 . A despeito de predominarem nos

pacientes com ATLL ou HAM/TSP, observa-se, de modo crescente

que essas lesões também ocorrem com freqüência aumentada

no s po r tado r e s do vír us. A ide ntific aç ão e o e studo das

dermatopatias mais prevalentes em pacientes infectados pelo

HTLV-1 , assim c omo a eventual definiç ão de outras lesões

e spe c ífic as ( c o mo a de r matite infe c c io sa) , auxiliar á no

entendimento da fisiopatologia, assim como na identificação

precoce dessa infecção.

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