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Atividade moluscicida e cercaricida de diferentes espécies de Eucalyptus.

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Academic year: 2017

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R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 3 ( 4 ) : 1 9 7 - 1 9 9 , o u t - d e z , 1 9 9 0

ARTIGOS

A TIV IDADE M OLUSCICIDA E CERCARICIDA D E

D IFER EN TES ESPÉCIES D E E U C A L Y P T U S

Nelymar Martineli Mendes, Neusa Araújo, Cecília Pereira de Souza, José Pedro Pereira e Naftale Katz

O s h i d r o l a t o s e ó l e o s e s s e n c i a i s d e d i f e r e n t e s e s p é c i e s d e E ucalyptu s f o r a m t e s t a d o s s o b r e c a r a m u j o s a d u l t o s e d e s o v a s d e B iom phalaria glabrata e c e r c á r i a s d e S ch istosom a m ansoni. E s s e s p r o d u t o s f o r a m o b t i d o s p o r a r r a s t e d e v a p o r . D o s 2 1 h i d r o l a t o s e n s a i a d o s , o i t o f o r a m a t i v o s s o b r e c a r a m u j o s , n o v e d e m o n s t r a r a m a ç ã o s o b r e d e s o v a s e tr ê s a p r e s e n t a r a m a t i v i d a d e s o b r e c e r c á r i a s a p a r t i r d a d i l u i ç ã o d e 1 : 4 ( V / V ) . D o s ó l e o s e s t u d a d o s , 1 1 t i v e r a m a t i v i d a d e p a r a p l a n o r b í d e o s e d e s o v a s n a s c o n c e n t r a ç õ e s d e 2 0 p p m ( p / V ) . O h i d r o l a t o d o E ucalyptu s deanei f o i a t i v o s o b r e c a r a ­ m u j o s , d e s o v a s e c e r c á r i a s a p a r t i r d a d i l u i ç ã o d e 1:4 , e o ó l e o n a c o n c e n t r a ç ã o d e 2 0 p p m .

P a la v r a s - c h a v e s : M o l u s c i c i d a . C e r c a r i c i d a . E ucalyptus.

Uma medida auxiliar no controle da esquis­ tossomose, doença que ocupa um lugar de destaque entre as endemias brasileiras, è o emprego de molus­ cicida, visando diminuir o número de moluscos. N a tentativa de obtenção de moluscicidas naturais, para substituir os sintéticos que são importados e de alto custo, vários pesquisadores vêm estudando a atividade de plantas no Brasil^ 2 3 4_

N o presente trabalho, são relatados os ensaios em laboratório com hidrolatos, óleos essenciais e extratos aquosos liofilizados de diferentes espécies de E u c a ly p tu s sobre caramujos e desovas de B io m p h a ­ la r ia g la b r a t a e cercárias de S c h is to s o m a m a n so n i.

MATERIAL E MÉTODOS

As espécies de E u c a ly p tu s estudadas foram: E . b o try o id e s Smith, E . c a m a ld u le n s is Dehn, E . citrio d o ra Hk, E . c lo e z ia n a F. Mueller, E . d e a n e i Maiden, E . d u n n ii Maiden, E . e x s e r ta F. Mueller, is. g r a n d is Hill ex Maiden, E . m a c u la ta Hk, E . m ic r o c o r y s F. Mueller, E . n e s o p h y la Blakely, E . p a n ic u la ta Smith, E . p h a c o tr ic h a Blabely Mckie, E . p ilu la r i s DC, E . p u n c ta ta DC, E . r e sin ife ra Smith, E . ro b u s ta Smith,

E . r u d is Endl, E . s a lig n a Smith, E . te re tic o r n is Smith e E . u r o p h y la S. T. Blake.

As folhas dos E u c a ly p tu s (Myrtaceae), coleta­ das em maio de 1986, no município de Bom Despacho,

Centro de P esquisas “ R ené R achou’’/F u n d a çã o O sw aldo C ruz, B elo H orizonte, M G , Brasil.

Suporte financeiro da F inanciadora de E stu dos e Projetos (F I N E P ), convênio n.° 4 2 8 9 0 0 2 3 .0 0 .

E n d ereço para correspondência: D r. N ely m a r M artineli M en d es, A v . A u gusto de Lim a 1 7 1 5 , Barro Preto, 3 0 1 9 0 B e lo H orizonte, M G , Brasil.

R eceb id o para publicação em 1 5 /0 5 /9 0 .

M G (Companhia Agrícola e Florestal Santa Bárbara) foram expostas ao ar livre para secagem. Os hidrolatos e os óleos essenciais foram obtidos por arraste de vapor. O hidrolato é o codestilado separado do óleo essencial do vegetal3. As extrações foram feitas usando-se 50g de folhas até a obtenção de um litro de hidrolato. Durante o processo de arraste de vapor a água condensada no balão que continha as folhas formou um extrato aquoso que foi coletado, filtrado em papel de filtro e liofilizado.

Dos 21 E u c a ly p tu s estudados, foram obtidos os óleos essenciais somente das espécies E . c a m a ld u ­ len sis, E . c itr io d o r a , E . c lo e z ia n a , E . d e a n e i, E . d u n n ii, E . e x s e rta , E . m a c u la ta , E . n e so p h y la , E . p h a c o tr ic h a , E . p ilu la r is , E . p u n c ta ta , E . re sin ifera , E . r u d is e E . s a lig n a ; os demais E u c a ly p tu s não forneceram quantidades suficientes de óleos para os testes biológicos.

T e s te c o m o m o lu s c ic id a - Em cada ensaio, foram usados dez caramujos adultos de B . g la b r a ta originários de Justinópolis (MG) e criados em labo­ ratório, e grupos de duas a quatro desovas (52-141 ovos) recolhidos de folhas de polietileno incolores, transparentes, previamente colocados nos aquários para servirem de suporte para a oviposição dos planorbídeos. As conchas dos moluscos mediram de 10-13mm de diâmetro e as desovas eram de 0-1 dia de idade.

Os caramujos foram colocados em recipientes com 250 ml da mistura ensaiada, com tampa de malha de náilon, e as desovas em frascos com 10 ml da mistura.

O tempo de exposição dos moluscos e desovas de B . g la b r a t a foi de 24 horas. Em seguida, foram lavados e colocados em água desclorada com tiossul- fato de sódio a 2%, permanecendo em observação por mais três dias. Neste período, procedeu-se diaria­ mente à troca de água dos recipientes contendo os planorbídeos e as desovas, retirando-se e anotando-se o número de caramujos e embriões mortos. Para os

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M e n d e s N M , A r a ú jo N , S o u z a C P, P e re ira JP , K a t z N . A tiv id a d e m o lu s c ic id a e c e r c a ric id a d e d ife re n te s e sp é c ie s cie Eucalyptus. R e v is ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 23: 1 9 7 -1 9 9 , o u t-d e z, 19 9 0 .

moluscos sobreviventes foi colocada alface fresca. Considerou-se a mortalidade acumulada durante os quatro dias2.

Os óleos essenciais e os extratos aquosos liofilizados foram ensaiados nas concentrações de 1, 20 e 100 ppm (p/V) e os hidrolatos não diluídos e nas diluições de 1:1, 1:4, 1:6, 1:8 e 1:10 (V/V).

T e ste c o m o c e r c a r ic id a - Grupos de aproxima­ damente 500 cercárias de S. m a n s o n i foram colo­ cados em 10 ml de misturas de hidrolatos não diluído e nas diluições de 1:1 e 1:4 e das misturas de óleos nas concentrações de 1, 20 e 100 ppm. A observação de cercárias foi feita em microscópio estereoscópio após 5, 15 e 30 minutos de contato.

T e ste c o m o p is c ic id a - Dez exemplares de L e b i s te s r e tic u la tu s (piaba) foram colocados em fras­

cos com 150 ml de hidrolatos não diluído e nas diluições de 1:1 e 1:4. Decorridas 24 horas de exposição, os peixes foram lavados e deixados em observação em água desclorada, durante três dias. Diariamente, procedia-se à troca da água dos frascos, leitura da mortalidade e retirada dos peixes mortos.

A temperatura e o pH das misturas testadas sobre caramujos adultos, desovas, cercárias e peixes foram medidos no inicio e no final de cada ensaio. A temperatura variou de 26 a 28°C e o pH de 6 a 7.

Para os grupos controles respectivos, foi usada somente água desclorada.

Foram considerados ativos para caramujos, desovas e cercárias os hidrolatos, os óleos essenciais e os extratos aquosos que apresentaram mortalidade a partir de 90% ao final do período de observação.

RESULTADOS

N a Tabela 1 estão representadas as diluições mínimas ativas dos hidrolatos sobre caramujos adultos e desovas de B . g la b r a ta , cercárias de S. m a n s o n i e grupos L. r e tic u la tu s , e na Tabela 2 as concentrações mínimas dos óleos essenciais como moluscicida e cercaricida.

Os extratos aquosos liofilizados das folhas do E . n e s o p h y la e E . p h a c o tr ic h a apresentaram 100% de mortalidade para caramujos na concentração de 100 ppm. Os outros extratos não foram ativos para cara­ mujos e desovas.

Nos grupos controles não houve mortalidade.

DISCUSSÃO

Rouquayrol e cols3 estudaram a ação molusci­ cida de hidrolatos de 82 espécies de vegetais do Nordeste brasileiro, sobre caramujos adultos de B. g la b r a ta .

N o presente trabalho, foram testados hidrola­ tos, óleos essenciais e extratos aquosos liofilizados de folhas de várias espécies de E u c a ly p tu s . Os resultados dos ensaios preliminares como moluscicida e cercari­ cida foram promissores, uma vez que os hidrolatos de oito espécies do gênero E u c a l y p tu s apresentaram atividade sobre caramujos de B . g la b r a ta , nove espé­ cies agiram sobre desovas e três demonstraram ativi­ dade sobre cercárias de S. m a n s o n i a partir da diluição de 1:4 e, os óleos de onze espécies foram ativos sobre caramujos e desovas a partir da concentração de 20 ppm.

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M e n d e s N M , A r a ú j o N , S o u z a C P , P e r e ir a J P , K a t z N . A t i v i d a d e m o l u s c i c i d a e c e r c a r i c i d a d e d i f e r e n te s e s p é c i e s d e Eucalyptus. R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 3 : 1 9 7 - 1 9 9 , o u t- d e z , 1 9 9 0 .

T ab ela 2 — A t i v i d a d e d e ó l e o s e s s e n c i a i s d e E ucalyptu s s o b r e c a r a m u j o s a d u l t o s , d e s o v a s d e Biom phalaria glabrata e c e r c a r i a s d e Sch istosom a m ansoni.

E sp écie

C on centração em ppm p/V * (porcentagem de m ortalidade)

Caram ujos D e so v a s Cercárias

E . c a m a l d u l e n s i s 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) 1 0 0 (1 0 0 )

E . c i t r i o d o r a In ( 0 1 0 0 ( 9 0 ) 1 0 0 (1 0 0 )

E . c l o e z i a n a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) 1 0 0 (1 0 0 )

E . d e a n e i 20 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 )

E . d u n n i i 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) In ( 0 )

E . e x s e r t a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) In ( 0 )

E . m a c u l a t a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) 1 00 (1 0 0 )

E . n e s o p h y l a 2 0 (1 0 0 ) 10 0 (1 0 0 )

-E . p h a c o t r i c h a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) In ( 0 ) E . p i l u l a r i s 10 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 )

E . p u n c t a t a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 ) E . r e s i n i f e r a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 )

E . r u d i s 2 0 ( 9 0 ) 2 0 (1 0 0 )

E . s a l i g n a 2 0 (1 0 0 ) 2 0 (1 0 0 )

C ontrole ( 0 ) ( 0 ) ( 0 )

* menor concentração em que a mistura de óleo apresentou mortalidade a partir de 90%. In = inativo; - ~ não foi realizado o teste.

O hidrolato e o óleo do E . d e a n e i foram ativos para caramujos, desovas e cercárias. O hidrolato apresentou 1 0 0% de mortalidade para caramujos e cercárias a partir da diluição de 1:4 e para desovas a partir da diluição de 1:8. O óleo mostrou 1 0 0% de mortalidade para caramujos, desovas e cercárias a partir da concentração de 2 0 ppm e 80% de mortali­ dade para caramujos a partir da concentração de 1

ppm.

Somente os extratos aquosos de E . n e s o p h y l a e E . p h a c o t r i c h a demonstraram atividade sobre cara­ mujos na concentração de 10 0 ppm.

Rouquayrol e cols3 observaram a ação sobre caramujos adultos de B . g l a b r a t a das folhas do hidro­ lato da E . c i t r i o d o r a a partir da diluição de 1:20 e no presente trabalho o hidrolato da mesma espécie apre­ sentou atividade sobre caramujos adultos e desovas de B . g l a b r a t a a partir da diluição de 1:4.

Os extratos das espécies de E u c a l y p t u s cujos hidrolatos e óleos essenciais demonstraram atividade para caramujos adultos e desovas ( E . c l o e z i a n a , E . d e a n e i , E . e x s e r t a , E . m a c u l a t a , E . p u n c t a t a e E . r e s i n i f e r a ) serão fracionados, identificados os seus componentes químicos e testados como moluscicida e/ou cercaricida.

S U M M A R Y

H y d r o l a t e s a n d e s s e n t i a l o i l s o f s e v e r a l Eucalyptus s p e c i e s w e r e t e s t e d o n a d u l t s n a i l s a n d e g g m a s s e s o j Biom phalaria glabrata, a n d c e r c a r i a o /S h isto so m a m ansoni. T h e s e p r o d u c t s w e r e o b t a i n e d b y v a p o r d r a g g in g . E i g h t o u t o f 2 1 h y d r o l a t e s p r e s e n t e d a c t i v i t y o n s n a i l s , n in e o n e g g m a s s e s a n d t h r e e o n c e r c a r i a a t 1 : 4 d i l u t io n s . E l e v e n o i l s w e r e a c t i v e o n b o th s n a i l s a n d e g g m a s s e s a t 2 0 p p m c o n c e n t r a ti o n s . T h e h y d r o l a t e o f E. deanei w a s a c t i v e b o th

o n s n a i l s , e g g m a s s e s a n d c e r c a r i a a t 1 : 4 d i l u t i o n a n d i t s e s s e n t i a l o i l a t 2 0 p p m .

K e y - w o r d s : M o l l u s c i c i d e s . C e r c a r i c i d e s . E ucalyptus. AGRADECIM ENTOS

Ao Dr. Elisier Lima Gonçalves, gerente do projeto CAFLORA da Companhia Agrícola e Flores­ tal, pelo fornecimento das 21 espécies de E u c a l y p t u se a Prof? Telma Sueli Mesquita Grandi do Departa­ mento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais, por catalogar algumas espécies de E u c a l y p t u s no herbário da UFM G.

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

1. M en des, N M , P ereira JP , S o u za C P , A zev ed o M L L . E n sa io s prelim inares em laboratório para verificar a ação m oluscicida de algum as esp écies da flora brasileira. R evista de Saúde P ública 18: 3 4 8 -3 5 4 , 1 9 8 4 . 2 . M en des N M , S o u za C P , A raújo N , Pereira JP , K atz N .

A tividade m oluscicida de alguns produtos naturais sobre B i o m p h a l a r i a g l a b r a t a . M em órias do Instituto O sw al-do Cruz 81: 8 7 -9 1 , 1986.

3. R ouquayrol M Z , F o n teles M C , A len car JE , M atos F J A , C raveiro A A . A tivid ad e m oluscicida de ó leo s essen cia is de plantas do N o rd este Brasileiro. R evista Brasileira de P esq u isas M éd ica s e B iológicas 13: 1 35-1 4 3 , 35-1 9 8 0 .

4 . S o u za C P , A z ev e d o M L L , L opes JL C , Sarti Sarti SJ, Santos F ilh o D , L opes J N C , V ichnew ski W , N a si A M T T , L eitão F ilh o H F . Q uim ioprofilaxia da esquis­ tossom ose: A tividade m oluscicida de produtos naturais - E n sa io s com caram ujos adultos e desovas. A n a is da A cad em ia B rasileira de C iên cia s 56: 3 3 3 -3 3 8 , 1 9 8 4 .

Referências

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