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A importância da atividade lúdica na educação infantil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

A IMPORTANCIA DA ATIVIDADE LÚDICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PATRÍCIA LUCIENE DA SILVA

NATAL-RN 2017

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PATRÍCIA LUCIENE DA SILVA

A IMPORTANCIA DA ATIVIDADE LÚDICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia, na modalidade a distância, do Centro de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob a orientação da professora Dra. Letícia dos Santos Carvalho.

NATAL-RN 2017

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A IMPORTANCIA DA ATIVIDADE LÚDICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PATRÍCIA LUCIENE DA SILVA

Artigo Científico apresentado ao Curso de Pedagogia, na modalidade a distância, do Centro de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Letícia dos Santos Carvalho (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________ Profª Ms. Maria da Conceição de Oliveira Andrade

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________ Profª Ms. Antônia Costa de Andrade

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Dedico este trabalho aos meus filhos, que tanto contribuíram para a minha formação. Aos meus irmãos, por sua dedicação e carinho, em compreensão a esta longa caminhada. E em especial, a todos as crianças que através do sublime ato da ludicidade, nos convidam a se apaixonar, nos atraem para esse mundo maravilhoso que o jogo nos proporciona. Que me faz perceber a importância da ludicidade na construção do processo de ensino aprendizagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me proporcionado saúde e sabedoria; aos meus filhos pela paciência dos dias que estive ausente e a minha família por ter me apoiado na realização deste curso.

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“[...] Cada pessoa que entra em contato com a criança é um professor que incessantemente lhe descreve o mundo, até o momento em que ela é capaz de perceber o mundo tal como foi descrito.”

Rubem Alves

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem como tema a importância das atividades lúdicas na Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico, que objetiva mostrar a importância das atividades lúdicas (jogos, dos brinquedos e brincadeiras) no processo de socialização e, consequentemente, na consolidação do processo ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil. Justifica-se a escolha da temática por consideramos que a presença da ludicidade nas salas de aula da Educação Infantil é um fator primordial e que precisa ser defendido e efetivado por todos aqueles que compõem o coletivo escolar: professores, comunidade, família e educandos. A brincadeira, compreendida como situação imaginária criada pelo contato da criança com a realidade social, deve ser compreendida como meio pelo qual a criança recria aquilo que sabe de forma espontânea e imaginativa. Nessa perspectiva, afirmamos que as brincadeiras dentro da sala de aula proporcionam às crianças o desenvolvimento motor, da linguagem, da percepção, da representação, da memória, do equilíbrio afetivo, da apropriação de signos sociais e das transformações significativas da consciência infantil. As brincadeiras são estímulos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança, constituem-se em uma forma de auto expressão. Dessa forma, entende-se que a brincadeira deve ocupar lugar de destaque nas instituições de Educação infantil e, em especial, no fazer pedagógico dos profissionais desta modalidade de ensino. Nesse sentido, percebemos a necessidade do professor de pensar nas atividades lúdicas nos diferentes momentos de seus planejamentos e torna-lo presente em seu cotidiano.

Palavras-Chave: Lúdico. Educação Infantil.. Aprendizagem.

ABSTRACT

The present work of course completion has as its theme the importance of play activities in Early Childhood Education. It is a qualitative research of a bibliographic character that aims to show the importance of play activities (games, toys and games) in the socialization process and, consequently, in the consolidation of the teaching and learning process of children in Early Childhood Education. The choice of the subject is justified because we consider that the presence of playfulness in the classrooms of Early Childhood Education is a primordial factor that needs to be defended and made effective by all those who make up the school collective: teachers, community, family and students. Play, understood as an imaginary situation created by the child's contact with social reality, must be understood as a means by which the child recreates what he knows spontaneously and imaginatively. From this perspective, we affirm that classroom games provide children with motor development, language, perception, representation, memory, affective balance, appropriation of social signs and significant transformations of the child's consciousness. The jokes are stimuli to the child's cognitive, social and affective development, they constitute a form of self-expression. Thus, it is understood that the play should occupy a prominent place in the institutions of Early Childhood Education, and especially in the pedagogical make of the professionals of this

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modality of teaching. In this sense, we perceive the teacher's need to think about play activities at different times of their planning and make it present in their daily life.

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LISTA DE SIGLAS

LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 10 10

2 O ENQUADRAMENTO TEÓRICO ... Erro! Indicador não definido. 12

3 ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA... Erro! Indicador não definido. 25

3.1 Caracterização do Estudo... 25

4 RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO ... Erro! Indicador não definido. 36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... Erro! Indicador não definido. 37

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1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente trabalho de conclusão de curso tem como tema a importância das atividades lúdicas na Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico, que objetiva mostrar a importância das atividades lúdicas (jogos, dos brinquedos e brincadeiras) no processo de socialização e, consequentemente, na consolidação do processo ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil. Justifica-se a escolha da temática por consideramos que a presença da ludicidade nas salas de aula da Educação Infantil é um fator primordial e que precisa ser defendido e efetivado por todos aqueles que compõem o coletivo escolar: professores, comunidade, família e educandos.

O lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula, de modo a possibilitar como técnicas metodológicas na aprendizagem, onde aos alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, pois é através do brincar que a criança, inventa, descobre, desenvolve habilidades e se adapta melhor no ambiente no qual está inserido. Desta forma, a brincadeira, compreendida pode promover como situação imaginária, criada pelo contato da criança com a realidade social. Esta deve ser compreendida como meio pelo qual a criança recria aquilo que sabe de forma espontânea e imaginativa

Durante a nossa trajetória como educadora, a partir das experiências vividas na Educação Infantil, percebemos a importância da brincadeira nesta modalidade de ensino, pois, além de favorecer a socialização, o processo de ensino e de aprendizagem ocorre de maneira prazerosa, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e social. Nessa perspectiva, afirmamos que as brincadeiras dentro da sala de aula proporcionam às crianças o desenvolvimento motor, da linguagem, da percepção, da representação, da memória, do equilíbrio afetivo, da apropriação de signos sociais e das transformações significativas da consciência infantil. As brincadeiras são estímulos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança, constituem-se em uma forma de auto expressão. Dessa forma, entende-se que a brincadeira deve ocupar lugar de destaque nas instituições de Educação infantil e, em especial, no fazer pedagógico dos profissionais desta modalidade de ensino. Nesse sentido, percebemos a necessidade do professor de pensar nas atividades lúdicas nos diferentes momentos de seus planejamentos e torna-lo presente em seu cotidiano.

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Dentre os objetivos específicos deste trabalho podemos destacar a importância do Educador infantil compreender o lúdico como ferramenta de aprendizagem; estimular a utilização da brincadeira como elemento de descoberta da realidade vivida pela criança, através de suas reações e emoções e inserir as atividades lúdicas (jogos, brincadeiras e brinquedos) dentro do cotidiano das salas de aula da Educação Infantil através de um planejamento articulado e vivenciado por educadores e crianças.

Nessa direção, resgatar a cultura lúdica infantil nos parece fundamental para quem convive com a infância. Compartilhar com a criança seu mundo exige de nós, pais e educadores, disponibilidade para viver esses momentos que muitas vezes lhes são negados ou deixados para traz, por consequência da exigência que impõe a vida adulta. Embora compreendam esta importância, nem todas as escolas priorizam este método, uma vez que é difícil estimular o coletivo neste sentido e, sobretudo, esbarra-se na questão burocrática e material (é preciso que a escola disponibilize de materiais, espaço físico e professores capacitados para que haja um bom desenvolvimento em sua prática).

Considerando a criança como um ser integral, cabe a escola criar o máximo de situações onde ela interaja de maneira atrativa e prazerosa com a atividades que favoreçam o seu pleno desenvolvimento.

Este artigo científico encontra-se fundamentado em autores que abordam a temática da importância do lúdico na Educação Infantil, dentre os quais destacamos a contribuição de: Friedmann (2012) Kishimoto (2008), Brougère (2008), Vygotsky (1987), Winnicott (1975), dentre outros e documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN -nº 9394/96).

Para uma melhor organização, o presente trabalho encontra-se dividido em seis partes distintas e complementares: iniciamos com as considerações iniciais, em seguida construímos o enquadramento teórico aonde destacamos a contribuição de autores e documentos oficiais que discorrem sobre o tema em questão; no terceiro capítulo, trazemos à tona a nossa abordagem teórico-metodológica, momento no qual detalhamos a metodologia utilizada na construção do referido artigo; em seguida apresentamos o resultado de todas as reflexões suscitadas ao longo da pesquisa e da revisão bibliográfica, as “respostas” encontradas ao longo da construção do trabalho, nossas reflexões e questionamentos ainda não consolidados; finalizamos com as considerações finais, deixando claro que nenhuma

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das conjecturas aqui traçadas podem ser consideradas como prontas, acabadas, visto que o processo educacional é dinâmico, móvel e complexo. Finalizamos apresentando as fontes teóricas das quais obtivemos o subsídio necessário para a consolidação da escrita deste artigo acadêmico.

2 ENQUADRAMENTO TEÓRICO

O início do século XXI vem sendo marcado por importantes discussões, nos mais variados segmentos de nossa sociedade. Atualmente, é visível a preocupação com alguns temas que vem ao longo de nossa história despertando interesses e muitas reflexões por parte dos professores. Um desses temas diz respeito a importância da brincadeira na educação infantil.

O brincar tem sido estudado e discutido continuamente por diferentes autores, dentre eles, destacamos Vygotsky (1987), Kishimoto (2008), Brougère (2008) e hoje sua importância é reconhecida por estudiosos, professores e se faz presente na educação infantil.

A escola enquanto instituição que tem uma função social a desempenhar na sociedade deve oportunizar às crianças ambientes representando um espaço possível e privilegiado onde a brincadeira seja concretizada. Diante desta premissa, os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI) nos diz que:

A organização do espaço é um procedimento recomendado para que as crianças disponham de várias alternativas de ação e de parceiros. Pode-se pensar, por exemplo, numa sala onde haja, num canto instrumentos musicais, no outro brinquedo de faz-de-conta e, num terceiro blocos de encaixe, permitindo que as crianças possam circular livremente entre um e outro, exercitando seu poder de escolha tanto em relação as atividades como em relação aos parceiros. (BRASIL, 1998, p.31, v.02)

Neste sentido, para que a criança exerça sua capacidade de criar e recriar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas nas instituições de ensino. Considerando a brincadeira um elemento chave para o próprio desenvolvimento da criança entende-se que o educador seja a pessoa que tenha o conhecimento necessário, pois é ele que organiza os espaços, disponibiliza os materiais, participa do dia- a- dia da criança, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.

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Diante do exposto Brougère afirma que:

O educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ele o faça. (Brougère, 2008, p. 105)

Dentro deste contexto podemos afirmar que o educador ocupa um papel principal nesta situação, pois é ele que cria oportunidade para que a brincadeira aconteça. O lúdico é um instrumento indispensável à prática pedagógica e deve ser entendido como um recurso de grande valor para desenvolver a aprendizagem de forma prazerosa.

A brincadeira é sem dúvida um meio pelo qual os seres humanos e os animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações para diversos propósitos é através desta atividade que esses seres desenvolvem suas habilidades levando-os ao conhecimento do mundo à sua volta. Neste sentido percebe-se a importância de proporcionar a criança momentos em que as brincadeiras realmente façam parte de sua vida.

Desta forma, o RCNEI afirma que:

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes tais como a atenção, imaginação, imitação. Amadurecem algumas capacidades de socialização por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papeis sociais. (BRASIL, 1998, p.31, v.02)

Nesta perspectiva, percebe-se o quanto a criança aprende nas trocas sociais com diferentes crianças e adultos. É nesse propósito de interação que ela constrói seu conhecimento e desenvolve suas habilidades. No entanto, brincar é, sem dúvida, uma forma de aprender. É importante também que pais e educadores resgatem sua capacidade de brincar, tornando-se assim mais disponíveis para as crianças enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.

Acreditamos que a brincadeira é algo essencial para o pleno desenvolvimento infantil, no entanto precisa ser mais valorizada nas instituições de Educação Infantil. Embora atualmente, a brincadeira seja amplamente reconhecida,

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observamos que muitas escolas não possuem ambientes estruturados onde a criança possa realmente desenvolver essa atividade.

De acordo com essas ideias Friedmann (2012, p. 44) afirma que:

As crianças são seres integrais embora não seja dessa forma que elas têm sido consideradas na maior parte das escolas, uma vez que as atividades propostas são estruturadas de modo compartimentado: há uma hora determinada para trabalhar a coordenação motora, outra para as expressões plásticas, outra para o corpo, outra para desenvolver o raciocínio, outra para a linguagem, outra para brincar sob a orientação do educador, outra para a brincadeira não direcionada.

Dentro deste contexto podemos afirmar que essa segmentação não vai ao encontro da formação da personalidade integral da criança, nem de suas necessidades. Os indivíduos precisam construir sua própria personalidade e inteligência. No entanto, a principal preocupação da educação deveria ser a de propiciar a todas as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico. É importante que os conteúdos correspondam ao conhecimento geral das crianças, a seus interesses e necessidades.

Ainda a este respeito não podemos, no entanto, esquecer da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996) quando destaca:

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996, art.29°).

Assim, a educação infantil, primeira etapa da educação básica, objetiva oferecer a estas crianças uma educação que favoreça seu desenvolvimento integral e o início de sua formação cidadã. Nesse processo também se trabalha a construção de valores e atitudes que norteiam, e mediam o contato da criança com o meio. É imprescindível nesse processo a valorização do aprender com a ludicidade e a interação, pois ambos contribuem para o desenvolvimento cognitivo, social, motor e físico da criança.

Se nós lançarmos no tempo, de volta à nossa infância, é provável não ser necessário recorrer ao grande esforço para recordarmos com prazer das brincadeiras que marcaram está época. Dentre elas, certamente encontraremos a de faz de conta. Esta brincadeira se caracteriza pela capacidade que desenvolve na

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criança, o ato de representar, e simbolizar. O uso do símbolo de considerar uma coisa como sendo outra, é característica do pensamento imaginário. Vygotsky (1999) quando discute em suas teorias o brinquedo, refere-se à brincadeira de faz de conta.

Dentro deste contexto Kishimoto (2008 p.39) coloca que:

A importância dessa modalidade de brincadeira justifica-se pela aquisição do símbolo. É alterando o significado de objetos, de situações, é criando novos significados que se desenvolve a função simbólica, o elemento que garante a racionalidade ao ser humano. Ao brincar de faz de conta a criança está aprendendo a criar símbolos.

Neste sentido, percebemos que a criança através da brincadeira consegue aflorar sua criatividade sendo ela mesma. E assim vivência um mundo de descoberta, essa é uma das formas da criança explorar, experimentar e conhecer o mundo e a realidade a qual se encontra inserida.

Brincando, portanto a criança poderá exercer papéis diversos e assim aprender a conviver com diferentes situações. Donas de uma imaginação infinita, as crianças carregam consigo um grande tesouro, o segredo de inventar tantas brincadeiras, a passar dias viajando pelo mundo da imaginação. Vale ressaltar, que é através dessa atividade que a criança entende como ocorrem as relações sociais, como é o mundo dos adultos.

A este respeito Kishimoto (2003 p.39) nos diz que:

A brincadeira de faz de conta, também conhecida como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e da linguagem, em torno de 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e a assumir papéis presentes no contexto social.

Dentro deste contexto percebe-se que brincando, a criança cria muitas possibilidades de entrar no mundo social. Ou seja, a criança vai se apropriando das vivências cotidianas, internalizando essas experiências e tornando-as suas. E é através dessa brincadeira que a criança utiliza suas representações para entender melhor esse mundo.

Ao representar uma professora, um médico, um pai, uma mãe, a criança passa a imitar ações que são próprias daquelas pessoas. Neste sentido, observa-se que a criança está praticando tudo que aprendeu na rua, com a TV, na escola, com

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a família. Ou seja, ela está repetindo com os seus brinquedos cenas da vida cotidiana e o comportamento dos adultos, utilizando dessa linguagem para dizer o que aprendeu.

Ela vive intensamente todos esses sentimentos no faz de conta, onde experimenta muitos papéis, aprende e amadurece com eles. A este respeito o RCNEI aponta:

A diferenciação de papéis se faz presente sobretudo no faz de conta quando as crianças brincam como se fossem o pai, mãe, filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões etc. Imitando ou recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências. A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que as crianças aprendam mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e sobre o outro. (BRASIL, 1998, p.02)

Nesse sentido, entende-se que o faz de conta permite que a criança utilize o seu mundo imaginário para que possa compreender o mundo real em que está inserido. No entanto, podemos observar que o brincar envolve múltiplas aprendizagens, assim como constitui um espaço de aprendizagem. Vygotsky (1987 p. 117) afirma que “na brincadeira (...) a criança se comporta além do seu comportamento diário, no brinquedo é como ela fosse maior do que é na realidade”.

Isso porque a brincadeira na sua visão, cria uma zona de desenvolvimento proximal, permitindo que as ações das crianças ultrapassem o desenvolvimento já alcançado (desenvolvimento real) impulsionando-a a conquistar novas habilidades de compreensão e de ações sobre o mundo. Brincar é considerado a forma privilegiada das crianças conhecerem, compreenderem e se expressarem no mundo. Vygotsky (op.cit, p.123) destacou a importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil, pois segundo ele: no faz de conta a criança tem a oportunidade de ser aquilo que ainda não é, agir como se fosse maior exercita-se na compreensão de papéis sociais e poder usar de modo simbólico objetivos e ações que ainda não lhe são permitidas.

A este respeito podemos observar que é através das brincadeiras, que a criança cria e aprimora as relações com o ambiente. Dessa forma enquanto brinca a criança descobre sobre o mundo que a cerca e sobre si mesma bem como aprende a socializar-se. Não resta dúvida que brincar é uma importante forma de comunicação. Nesse sentido vale ressaltar a importância de se trabalhar a ludicidade na educação infantil. E as brincadeiras devem fazer parte das propostas

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de trabalho do educador, pois é ele que tem que proporcionar a criança um desenvolvimento espontâneo, uma aprendizagem prazerosa, que construa o conhecimento da mesma, beneficiando-a com atividades diferenciadas que estimulem a imaginação e desenvolva a criatividade, permitindo que ela vivencie plenamente sua infância.

O lúdico é um ótimo recurso didático, que somente contribui com o professor-educador e com certeza para o processo de ensino-aprendizagem. Entendemos que o lúdico apresenta uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta.

Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do seu princípio de que o brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. (KISHIMOTO 1996, p,122).

Segundo a autora o professor para desenvolver o lúdico com objetivo de aprendizagem ele necessita valorizar o brincar, trabalhando isso com ele mesmo. Pois todo processo de ensinar e aprender necessita que ambas as partes tenham interesse pelo o que está sendo aplicado, ou seja, não só o aluno precisa de gosta das brincadeiras, mas o professor carece de ter o mesmo prazer. Caso esse educador não tenha essa habilidade deve procurá-la para que torne sua aula prazerosa para ele e o docente. Já que o brincar faz parte do desenvolvimento da criança.

Entendemos que o brincar não simbolizar simplesmente a recreação isso porque é a forma mais simples que a criança tem de comunicar-se consigo mesmo e com o mundo. A ação de brincar aciona os valores morais e culturais, sendo que a atividade lúdica desperta a criança para, autoestima, autoconhecimento e cooperação, pois acarreta á imaginação, fantasia, criatividade e a criticidade uma porção de vantagem que ajudam a moldar sua vida de criança até a vida adulta.

Kishimoto (2003) destaca a situação imaginária e as regras, como elementos importantes na brincadeira infantil, onde, nas situações imaginárias claras ou não, há regras implícitas e explícitas. Portanto quando uma criança imita um animal ou ao imitar um motorista, adota suas normas implícitas, diferente do dominó, onde os

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regulamentos são explícitos, mudando conforme estratégias reconhecidas pelos competidores.

O lúdico induz o discente a despertar para o universo de competitividade descobrindo suas aptidões, sua autoconfiança, seus valores, suas criatividades, e sua capacidade de sente-se um ser ativo e sociável. Pois a brincadeira facilita o sociocultural na criança. Toda criança que brinca, é uma pessoa esperta para escolher o que fazer e é determinada nas suas decisões. Mesmo a criança em desvantagens no jogo, ela não quer sair. Pois a vontade de vencer supera suas dificuldades. O seu senso de competição é tanto que estimula a continuar.

De acordo com Brougère (1995, p. 105):

Os brinquedos orientam a brincadeira, trazem-lhe matéria. Algumas pessoas são tentadas a dizer que eles a condicionam, mas então, toda a brincadeira está condicionada pelo meio ambiente. Só se pode brincar com o que se tem, e a criatividade, tal como a evocamos, permite, justamente, ultrapassar esse ambiente, sempre particular e limitado. O educador pode, portanto, construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as chances de que ela o faça; num universo sem certezas, só podemos trabalhar com probabilidades.

O brinquedo em si tem certo controle sobre as brincadeiras, uma vez que ele dita as regras e os participantes deve obedece-las. Toda brincadeira está vinculada ao meio ambiente. Mas com todo brincar contem a essência da criatividade o professor deve ir além deste espaço, tornando universal, construindo elementos que suscite a brincadeira desempenhado o desenvolvimento pedagógico do aluno.

Para trabalhar com crianças temos que entra no seu mundo de incerteza para transmitir o que concreto que ela necessita. O mesmo facilita o desenvolvimento do professor e o aprendizado do educando.

Segundo Cunha (2005, p 12):

Um ursinho de pelúcia pode ser um bom companheiro. Uma bola que convida para um pouco de exercício, um quebra-cabeça que desafia a inteligência ou um colar de “pérolas” que faz a menina sentir bonita e importante como a mamãe, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.

Para a criança todo brinquedo tem um sentido, é uma de parceria da criança, serve para praticar esporte, tomar banho, pular, correr ou seja é um objeto de prazer da criança. Ao manejar apropriados objetos, a criança encontra-se com situações

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problema, fazendo-a procurar novas opções e resoluções. O jogos e as brincadeiras beneficiam o progresso do vocabulário, visto que a criança aumenta o repertório de novas palavras ao manipular objetos diversificados e vivenciar diversas circunstancias..

Toda criança faz de sua realidade um mundo de fantasias, com suas histórias e brincadeiras. Ela transforma suas experiências em imaginação no espaço divertido por meio do faz de conta.

Segundo Freire (2006, p. 43):

Durante o ato de imaginar, nada se interpõe à fantasia infantil, mas durante a ação corporal que o acompanha, verifica-se uma busca de ajustamento ao mundo exterior, uma espécie de acompanhamento. Por outro lado, a ação imaginada não tem origem na mente apenas, mas na relação concreta da criança com o mundo.

O autor afirma que o mundo imaginário da criança não é apenas fantasia é também a realidade que a criança vivencia em seu contexto de vida, no mundo em que está inserida. . Portanto o ser humano desenvolve o pensamento e a criatividade dentro de sua realidade. E a criança transforma esse fato em brincadeira deixando tudo do seu modo, para resolver seus conflitos.

O brincar desenvolve uma sensação de bem estar no indivíduo e mais ainda na criança já que é a sua linguagem apropriada. Para Kishimoto (2003, p. 43): "ao prover uma situação imaginativa por meio da atividade livre, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais"

No universo das crianças, são muitas e variadas as brincadeiras praticadas por elas, por isso, é de fundamental importância estimular a criança a brincar, pois as brincadeiras são consideradas importantes instrumentos para o desenvolvimento infantil, não é apenas diversão, mas uma atividade que pode ser explorada de diversas maneiras educativa.

Diante do exposto Kishimoto (2008 p. 36) aborda:

Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagens.

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Dessa forma a criança, além de fazer o que é agradável para a sua idade “brincar” também estará desenvolvendo sua aprendizagem tornando-se assim imprescindível a atuação do educador enquanto mediador do processo ensino/ aprendizagem.

Sabemos que o brincar está presente no dia a dia da criança, no entanto, é importante que o educador proporcione aos educandos situações que envolvam o brincar livre e dirigido. Sabemos que muita escola não tem tanto espaço. Mas ressaltamos que, essa atividade é de fundamental importância, e precisa ser valorizada no ambiente escolar, uma vez que estimula a criatividade, a curiosidade, a imaginação sendo promotor de aprendizagens diversas.

Nesse sentido, considerar as atividades que envolvam o brincar livre no primeiro momento é essencial, permitindo assim que as crianças escolham o que desejam fazer, desde que os ambientes em termo de materiais e espaço o permita, podendo assim explorar tudo a sua volta de acordo com suas necessidades. Para tanto, diante de situações do brincar livre a criança terá a autonomia em escolher seus companheiros, brinquedos, e os papéis que irão assumir durante a brincadeira.

A este respeito Friedmam (2012 p. 47) coloca:

O brincar espontâneo abre a possibilidade de observar e escutar a criança nas suas linguagens expressivas mais autênticas. Esse brincar incentiva a criatividade e constitui uns dos meios essenciais de estimular o desenvolvimento infantil e as diversas aprendizagens.

Torna-se claro que pais e em especial os educadores infantis tenham o conhecimento o quanto é importante proporcionar a criança esse direito. Vale ressaltar, que o educador durante a realização de uma atividade espontânea poderá intervir e acompanhar o que as crianças decidem fazer, pois é esse o momento adequado para interações e observações, significativas do adulto junto a criança, podendo assim planejar e avaliar com mais eficiência sua prática pedagógica.

Já o que se refere ao brincar dirigido geralmente são organizados pelos adultos e proposto de forma coletiva. Os educadores que dão destaque ao brincar dirigido no seu planejamento de ensino consideram-no alguns princípios como o compartilhar, a cooperação, a obediência às regras. Ou seja, leva o educando a atenderem propostas feitas coletivamente. No entanto o professor tem o papel chave

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a desempenhar estimulando as crianças a participarem de atividades que envolvam jogos e brincadeiras.

Brincar na escola em várias situações podem promover momentos ricos de socialização, de saberes além de proporcionar muita diversão, alegria comprometimento com o aprender e responsabilidade.

No, entanto, percebe-se que as atividades desenvolvidas, sejam de forma livre ou dirigida, devem ser observadas afim de se avaliar o nível de desenvolvimento da criança, as ideias e as necessidades de cada uma delas. Nesse sentido, entende-se que momento em que a criança é observada é estabelecido meio para corrigi-la, sendo possível direcionar o nível de aprendizado da mesma. Para tanto, as atividades que envolvem o brincar livre e dirigido requer do professor um olhar perceptivo para assim poder compreender a criança e atende-las em cada situação. Com relação ao exposto Moyles (2002 p. 36 e 37) aborda:

Parte da tarefa do professor é proporcionar situações de brincar livre e dirigido que tentem atender as necessidades de aprendizagem das crianças e neste papel, o professor poderia ser chamado de um iniciador de aprendizagem.

Dessa maneira, percebemos que a criança aprende melhor brincando. Mas seja qual for a forma como nos propusemos a agir temos que ser conhecedores da importância dessa atividade para o desenvolvimento da criança. E assim faz-se necessário que o educador infantil esteja preparado para mediar esta atividade, envolvendo os educandos a participarem de momentos em que as atividades estejam voltadas as brincadeiras livres e espontâneas.

Nessa proposta à criança aprende a conviver com os outros, respeitando diversas formas de expressão cultural, aproveitando o potencial na aprendizagem da criança, buscando estratégias com os jogos em várias disciplinas, as experiências de brincar e criar um elo é essencial para desenvolver na criança o cognitivo. É de extrema importância trabalhar o lúdico na educação infantil, pois o mesmo visa trazer benefícios para as áreas de conhecimento na educação escolar. Segundo Kishimoto, (2000, p. 73, 87).

O jogo é muito importante para o aprendizado da criança, pois é através de dúvidas que buscamos soluções, agilidades e tentativas, percebendo um desenvolvimento no objetivo que o jogo deixa de ser apenas um objeto de brinquedo e assim um objeto de aprendizado, tendo mais clareza e firmeza

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na educação do aluno. No entanto a dúvida do jogo na educação deve-se ao educador de forma organizada, o jogo significa solucionar problema para atingir o resultado o aprendizado.

Muitos estudiosos resultam a importância das atividades lúdicas na infância, veem o jogo como estímulo ao desenvolvimento cognitivo e social desta, o jogo vai refletindo o grau em que o aluno interage um com os outros, e o brincar mostra o desenvolvimento mental da criança, ou seja, desenvolve o cognitivo, mas para que, isso aconteça, a criança precisa de experiências concretas, motivações, desafios e situações problema, como o desenvolvimento da linguagem oral. Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa é fazer com que o professor compreenda a importância do lúdico na educação infantil e sua relevância em proporcionar estratégias para utilização da ludicidade em sala de aula na construção do conhecimento.

Sabemos que a prática docente é muito importante, pois ela é a ação do professor em sala de aula. Para que essa prática seja coerente, é necessário de uma ação prévia de organização do pensamento, o qual chamamos de planejamento. O planejamento permite que o professor procure atividades escolares para a educação infantil, nas quais ele possa envolver os conteúdos programáticos e convencionais, através de brincadeiras, desenvolvendo as atividades e os objetivos que se pretende alcançar, tornando a aprendizagem agradável e prazerosa.

Segundo Carneiro e Dodge (2007, p. 91),

Para que a prática de brincadeira se torne uma real idade na escola, é preciso mudar a visão dos estabelecimentos a respeito dessa ação e a maneira como entendem o currículo. Isso demanda uma transformação que necessita de um corpo docente, capacitando e adequadamente instruindo para refletir e alterar suas práticas. Envolve, para tanto, uma mudança de postura e disposição para um trabalho.

Compreende-se, que as práticas na educação infantil de forma lúdica possibilitam o aprender, pois permite o desenvolvimento das crianças na socialização, aprendendo a compartilhar, acolher a assumir lideranças e expressar opiniões, para tanto, se faz necessário um professor capacitado e uma escola com uma visão futurista acerca do brincar na educação infantil, para que de fato a aprendizado aconteça. Para Gonzaga (2009, p. 39)

(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para a aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota, quando

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necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças, por isso levam qualidades lúdicas para a sua prática pedagógica.

Os educadores têm o dever de assegurar as sobrevivências dos sonhos e promover a construção do conhecimento, alicerçado ao prazer de viver e a alegria de descobrir o novo, portanto, é o papel do professor proporcionar atividades lúdicas, que contribuam para o desenvolvimento cognitivo da criança na educação infantil.

Cabe ressaltar que, o educador tem que ter competência polivalente, pode trabalhar com conteúdos diversos, desde cuidados básicos essenciais, até mesmo conhecimentos específicos provenientes no cotidiano escolar, visando uma aprendizagem significativa para os educandos no âmbito cognitivo, afetivo, social e motor. Vale ressaltar que as práticas pedagógicas são essenciais para a atuação do docente com eficiência, para que consequentemente os resultados no processo de aprendizagem sejam satisfatórios, portanto, se faz necessário que o professor considere a criança como um ser capaz de aprender. Por isso, não se deve jamais afastar a criança do mundo em que ela está inserida e nem tampouco da cultura.

No entanto, as práticas pedagógicas necessitam de olhar diferenciado do professor, para que o mesmo utilize de uma metodologia voltada para a inserção do conhecimento. É importante que o professor possa considerar aquilo que a criança já sabe, imaginando que ela precisa receber as informações lentamente, deve-se, portanto, levar em consideração os conhecimentos trazidos pelo educando de casa, desmistificando a ideia de criança pequena não aprende. Do outro lado, estão as práticas pedagógicas que idealizam a criança, considerando que a criança traz de casa um conhecimento prévio, que cabe ao professor moldar, por meio de metodologias capazes de promover o conhecimento.

É na atividade de jogo que a criança desenvolve o seu conhecimento do mundo adulto e é também nela que surgem os primeiros sinais de uma capacidade especificamente humana, a capacidade de imaginar (…). Brincando a criança cria situações fictícias, transformando com algumas ações o significado de alguns objetos. (VYGOTSKY, 1991, p.122).

Dessa feita, ao brincar a criança envolve-se num mundo de ilusões, criando um cenário onde deixa de ser criança e passa a imitar os adultos, vivenciando os mais inusitados papéis, no qual seus anseios tornam-se possíveis, pois através de sua imaginação ela consegue transformar objetos de acordo com seus desejos.

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Assim, os jogos propiciam as crianças oportunidades de desenvolvimento, uma vez que despertam seu fascínio e sua curiosidade. Ainda sobre a imaginação da criança Vygotsky cita que:

As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade. (VYGOTSKY, 1989, p.84)

Segundo Vygotsky (op. cit) o uso dos instrumentos, formam as estruturas mentais da criança, e ao vivenciar situações de estresse praticadas pelos adultos, passam a imitar as atitudes dos indivíduos e das situações reais por meio da brincadeira. Isso faz com que o ato de brincar torne-se um elemento de suma importância pois a mesma permite a criança a libertação de situações sociais que lhe aprisiona.

É relevante também ressaltar que a criança deve ser respeitada enquanto brinca, devido a sua capacidade de diferenciar o real e o imaginário, isto mostra que a brincadeira não lhe aprisiona nem faz com ela se afaste de sua realidade, mas é uma importante ferramenta que contribui para o seu desenvolvimento. Como nos afirma Vygotsky:

A criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicológico. (VYGOTSKY, op.cit, p.84)

Dessa forma, no espaço escolar, o jogo pode ser utilizado como uma ferramenta auxiliadora no desenvolvimento integral dos educandos, no entanto cabe ao professor utilizá-los adequadamente e com objetivos definidos, visando alcançar uma aprendizagem significativa.

Todos conhecemos o grande papel que nos jogos da criança desempenha a imitação, com muita frequência estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram aos adultos, não obstante estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzem no jogo de forma absolutamente igual e como acontecem na realidade. O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança” (VYGOTSKY, 1979, p. 12).

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Ainda segundo Vygotsky, as atividades lúdicas têm forte influência no desenvolvimento integral da criança, pois através do jogo a criança aprende a agir, estimula a curiosidade, fortalece a autoconfiança, desenvolve a linguagem, o pensamento e a concentração.

Em suma, diante de tais colocações podemos afirmar que tanto os jogos quantos as brincadeiras têm papel fundamental para o desenvolvimento da criança e quando utilizados de forma adequada podem contribuir no desenvolvimento intelectual e social do sujeito. Além disso, pode também influenciar nas suas interações sociais e na forma como o mesmo vai encarar o mundo, bem como nas suas atuações futuras.

3 ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA

3.1 Caracterização do Estudo

Para a elaboração deste artigo científico, fizemos opção por trabalhar com a metodologia da pesquisa qualitativa pois procurávamos compreender sobre o fenômeno da ludicidade dentro das salas de aula da Educação Infantil, defendendo a hipótese de que a sua utilização sistemática e articulada favorece o processo de aprendizagem e fortalece a socialização da criança ao espaço escolar.

Fortalecendo nossas observações e reflexões, realizamos uma revisão bibliográfica baseada em diferentes autores que discutem a temática, buscando consolidar nossos questionamentos, utilizamos textos contidos em livros, periódicos, sites, teses, dissertações e documentos oficiais.

Ainda segundo a biblioteca da Universidade de São Paulo1, realizamos o que pode ser classificado como uma revisão integrativa pois, combinamos metodologias, além dos conhecimentos empíricos e adquiridos mediante a pesquisa científica para a construção de nossas considerações, chegar aos nossos resultados.

Utilizamos também o instrumento entrevista, para consolidar nossa coleta _____________

1

Fonte: http://www.ip.usp.br/portal/images/biblioteca/revisao.pdf Universidade de São Paulo - Instituto de Psicologia - Biblioteca Dante Moreira Leite -Av. Prof. De Mello Moraes, 1721 Bloco C - Cep 05508-030 - SP- Tel: 3091-4190

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de dados e procurar tornar a discussão mais próxima da realidade vivenciada nas salas de aula da Educação Infantil. Pois, segundo Minayo (2008):

A entrevista é uma oportunidade de conversa face a face, utilizada para “mapear e compreender o mundo da vida dos respondentes”, ou seja, ela fornece dados básicos para “uma compreensão detalhada das crenças, atitudes, valores e motivações” em relação aos atores sociais e contextos sociais específicos. (MINAYO, 2008, p. 158)

A entrevista foi realizada com a professora Maria Silva, que atua na Educação infantil em um Centro Municipal de Educação Infantil da periferia da cidade de Natal/RN. Uma professora com idade entre 40 e 50 anos de idade e com 15 anos de experiência em docência, sendo 12 só em Educação Infantil, graduada em Pedagogia e com especialização em Educação Infantil.

Após cada uma das perguntas realizadas à nossa entrevistada, traçamos nossas reflexões e afirmações, com base no que foi estudado e consolidado mediante a revisão bibliográfica realizada.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA INVESTIGAÇÃO

Apresentamos as perguntas e respostas da entrevista que fizemos com a professora.

Entrevistador: O que você entende por lúdico?

Professora: o lúdico significa brincar, que é de fundamental importância na educação infantil, incluindo os brinquedos e as brincadeiras”.

O brinquedo faz parte do mundo de uma criança, seu desenvolvimento está relacionado a ele, pois suas fantasias faz a criança acreditar que é o mundo que ela imagina. É o brincar onde a criança expressa seus medos, seus desafios, seus limites, seus anseios, sua tristeza, sua alegria. Respaldamos que a brincadeira transmite certa segura para a criança.

Para Santos, (2000, p. 57) “[...] a palavra “lúdico” significa brincar. Nesse brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras, e é relativo, também, a conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte”. Nesse sentido

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compreendemos que o lúdico é maneira de aprender brincando, quando se utiliza com fins educativos.

Sabemos que o lúdico é uma opção de trabalhar o conhecimento de maneira prática e prazerosa com as crianças. Por tanto, é através do brincar que a criança aprende a lidar com o mundo e forma sua personalidade recriando situações no seu cotidiano em procura de novas experiências. Segundo a concepção de Bruner (apud KISHIMOTO, 1994, p. 68)

O brincar também contribui para aprendizagem, da leitura que funciona como instrumento de pensamento e ação, para ser capaz de falar sobre o mundo, a criança precisa saber brincar com mundo com a mesma desenvoltura que caracteriza a ação lúdica.

É primordial consideramos o modo com que o brinquedo vem sendo desenvolvido nas escolas, vem proporcionando um aprendizado construtivo nas atividades propostas em sala. Salientamos que a criança tem a necessidade do brinquedo no seu cotidiano em função de que seu desenvolvimento, seja satisfatório. E é de forma coerente que devemos usá-lo de maneira objetiva na metodologia aplicada na escola.

Sabemos que a brincadeira simbólica é tão rica para o desenvolvimento da criança que uma análise superficial nem de longe chega a apreender todas as suas possibilidades. Analisamos que as maiores aquisições de uma criança são conseguidas brincando, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade.

Estudos realizados sobre a aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que quando uma criança chega à escola, traz toda uma pré-história, elaborada a partir de suas vivências, experiências, e grande parte delas através da atividade lúdica. A lubricidade é uma importante metodologia que contribui para diminuir os altos índices de fracasso escolar e evasão dos alunos nas escolas. Pois a utilização de atividades lúdicas pode contribuir para uma melhoria nos resultados obtidos pelos alunos. Estas atividades seriam mediadoras de avanços e contribuiriam para tornar a sala de aula um ambiente alegre e favorável.

O aluno quando pequeno tem certa resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa. Estudos demonstram que através de atividades lúdicas, o educando explora muito mais suas habilidades, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua autoestima.

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O indivíduo criativo é um elemento importante para funcionamento efetivo da sociedade, pois ele é quem faz descoberta, inventa e promove mudanças. Sem falar que a criança aprende melhor brincando. No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estaria garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo e tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos da mesma

Entrevistador: De que forma você pode trabalhar o lúdico em sala de aula? Professora: É possível, através de aulas dinâmicas que envolvem principalmente os jogos e as brincadeiras afim que as crianças desenvolvam suas habilidades de pensar e também de aprender.

Para Kishimoto (2003), não é tarefa fácil definir e conceituar o que é jogo, porque se têm vários significados e cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem. Pois o jogo em si traz competição e determinação de cada participante. Na sua concepção, cada um interpreta e entende o jogo de seis maneiras diferente. Existem vários tipos de jogos dentre eles podemos citar: os de faz de conta de regras construção e outros.

Ao falarmos em jogo lembraram logo de disputa, competição, por exemplo, um jogo de futebol ou uma partida de xadrez. Em ambos, tem os mesmos objetivos normas definidas nas quais os participantes estão competindo para serem campeões e ganharem um título. O jogo como o desenvolvimento cognitivo do aluno vai além de uma premiação, ele embarca como instrumento ideal na concepção do aluno desenvolvendo suas habilidades e pensamentos, portanto desperta na criança o desejo para construção de saberes enriquecendo sua formação. Logo, o professor ganha suporte para ajudar seus alunos, estimulando-os e avaliando-os através destes estímulos que são os jogos. Segundo Froebel (1912, apud FRIEDMANN, 2006, p.36): “o jogo seve como estímulo tanto para o desenvolvimento do aluno, quanto para a avaliação do professor, pois o jogo dar esse suporte para ele”.

Winnicott (1975, p32) afirma que “a criança brinca para buscar prazer, para controlar ansiedade, para estabelecer contatos sociais, para realizar a integração da personalidade, por fim para comunicar-se com as pessoas” Segundo o autor o brincar é de suma importância no desenvolvimento humano, pois implicar-se na sua estabilidade social dando liberdade de comunicar-se com outro e com o mundo. O

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brincar mexe com a mente humana controlando suas ansiedades, seus desequilíbrios ajudando na formação de sua personalidade e na sua relação social além de ser prazeroso para a criança.

Para Maluf (2003, p. 9),

O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo.

O brincar é indispensável, na vida do ser humano, principalmente para as crianças da educação infantil, tendo em vista que a brincadeira é a ação de brincar, de entreter, de distrair a fim de que a mesma possa se apropriar do conhecimento por meio do lúdico.

Entrevistador: O lúdico contribui no processo de aprendizagem nas crianças da educação infantil?

Professora: o lúdico contribui significativamente para o desenvolvimento da imaginação e da criatividade da criança, sendo que os alunos demostram aprender melhor com atividades que envolvam o lúdico, pois ajuda a organizar de forma prazerosa e criativa o aprendizado das crianças”.

O jogo é um instrumento cultural, pois vai de geração a geração, sempre presente tanto no desenvolvimento cognitivo da criança quanto o desenvolvimento humano. Devemos respaldar que o brincar vem desde o nascimento e vai se aprimorando no decorrer da vida do indivíduo. Kishimoto (1994, p. 134) assegura que “O brinquedo, o jogo, o aspecto lúdico e prazeroso que existem nos processos de ensinar e aprender não se encaixam nas concepções tradicionalistas da educação”. Mediante o pensamento da autora, devemos salientar que o brincar com desenvolvimento de aprendizagem traz para educação resultado bastante satisfatório já que o mesmo deixa a criança a vontade para devolver seus próprios conhecimentos tendo posição nesta educação e dando suas experiências como forma de avançar nos requisitos que é relacionado a educação.

Esta concepção não está vinculada a educação tradicional, mas a educação do futuro com diz Edgar Morin “Conhecer o humano é antes de tudo situa-lo no universo, e não separa-lo dele” por que com a educação seria diferente? Já que

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estamos falando de ensino/aprendizagem no contexto humano? Portanto para que o professor desenvolver um aprendizado que der um bom respaldo relacionado principalmente a criança jamais deve sair do mundo em que ela está inserida, que é o mundo da fantasia que acompanha desde seu nascimento.

A atividade do jogo desperta na criança seu mundo de concorrência, mostrando que suas habilidades são favoráveis mesmo estando em desvantagem. Porque lhe estimula a conseguir ganhar e toda criança tem competência para vencer os desafios que lhe são propostos. E faz isso sem muitos esforços uma vez que o jogo para a criança é um brincar como diversão e não como obrigação.

Segundo Vygotsky (1994, p.167), a brincadeira se constitui em objeto de realização de desejos, a criança utiliza o brinquedo para satisfazer desejos que não podem ser satisfeitos de imediato, “para resolver essa tensão, a criança em idade escolar envolve-se num mundo ilusório, onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo” (VYGOTSKY, 1994, p.106). Assim o brincar da criança cria uma situação imaginária que pode ser considerada um meio para desenvolver o pensamento abstrato.

O jogo é indispensável na arte de desenvolvimento humano, tem uma colocação constitucional para o indivíduo principalmente como forma de apropriação da realidade, além de ser culturalmente favorável para a sociedade como formulas de ideais comunitárias.

Na opinião piagetiana, os jogos incidem numa simples identificação funcional, num prática das ações individualizadas já estudadas suscitando ainda uma percepção de prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Assim sendo, os jogos têm dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio emocional a criança. Piaget (apud FARIA, 1995).

Segundo Kishimoto (1998, p. 63), o jogo era visto como uma diversão. Desde o início do progresso humano, ele aparece como relaxamento nas atividades que estabeleciam esforços físicos, intelectual e escolar. Na idade média não era considerado sério, pois era relacionado ao jogo de azar, bastante exercitado na época. Já no Renascimento, período chamado de compulsão lúdica, a brincar era visto como um instrumento livre que beneficiava o desenvolvimento da inteligência e que poderia facilitar o estudo. No Renascimento se constituiu uma nova concepção

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de infância, em que a criança era vista como ser que imita e brinca dotada de espontaneidade e liberdade.

A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem, neste estágio e ao mesmo tempo, típico da vida humana enquanto um todo da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo... A criança que brinca sempre, com determinação auto – ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente torna-se um homem determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção do seu bem e de outros... Como sempre indicamos o brincar em qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda significação. (FROEBEL, 1912c, p.55 apud KISHIMOTO, 1998, p. 68).

A autora afirma que a brincadeira desenvolve no ser humano um sentimento de contentamento deixa-o em paz consigo mesmo e com o outro. Ela ainda afirma que toda criança que brinca torna-se um adulto sociável, comunicativo, determinado e capaz de vencer seus próprios desafios e os desafios que a vida lhe propõe.

Para Wajskop, (1995, p.35).

A brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos (...).

É possível compreender a importância do brincar na educação infantil, levando em consideração a aprendizagem adquirida pela criança, pois ajuda na construção da identidade, na formação dos indivíduos, na capacidade de se comunicar com o outro e reproduzindo seu cotidiano.

Entrevistador: professora, em seu plano de aula há momento do brincar em sala de aula?

Professora: mesmo sabendo da importância do lúdico para a Educação Infantil, nem sempre uso em meu plano de aula como deveria usar na educação infantil. Compreendo que as brincadeiras, os jogos permitem que as crianças se expressem de forma livre, fantasiem, se soltem de algumas situações vivenciadas em suas casas, etc porém, fico muito preocupada em passar os conteúdos

O brincar é tido como um entretenimento, mas, porém, é um instrumento de aprendizagem que vem cada momento ganhando seu espaço nas escolas e na

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sociedade. Para nós professores é satisfatório desenvolver aprendizado através do brincar na escola. Até mesmo a família deve vivenciar essa arte para educar seus filhos.

Em outra perspectiva, Morin (2003) prioriza a complexidade da educação, discorrendo principalmente sobre os pressupostos e saberes que ele denomina como os sete saberes necessários à educação do futuro: as cegueiras do conhecimento; o erro e a ilusão; os princípios do conhecimento pertinente; ensinar a condição humana; ensinar a identidade terrena; enfrentar as incertezas; e ensinar a compreensão e a ética do gênero humano. Enfatiza a problemática da fragmentação das disciplinas e dos currículos, dificultando a interdisciplinaridade na educação. Evidencia o desenvolvimento de uma educação que desempenha a inter-relação do indivíduo/espécie/sociedade de forma indissociável, pois, ao mesmo tempo, recobra a identidade do sujeito, fazendo-o numa profunda relação com os outros e o planeta. Sabemos que deste modo o professor é caminho para levar o aluno ao conhecimento, ele precisa exterminar com a cegueira e a ilusão pois o próprio conhecimento valoriza o homem e sua condição humana. A educação interliga o indivíduo a sociedade que está inserido. Quando se relaciona a educação e a criança devemos fazer esta ligação utilizando o método que valorize a criança. O brincar tem grandes vantagens nesse aspecto, já que estamos falando de criança.

Segundo Kishimoto (2003, p. 37),

A função lúdica na educação: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar são dotados de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo.

O lúdico propicia resultados significativos na aprendizagem das crianças da educação infantil, principalmente quando o brincar é realizado de forma dirigida, no que se refere o brincar de forma espontânea, ou seja, livremente, a aprendizagem também acontece.

Entrevistador: Na sua opinião, quais as habilidades que os jogos podem desenvolver nas crianças do ensino infantil?

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Professora: os jogos podem desenvolver o equilíbrio da criança, como seu mundo, do criar, brincar, jogar e inventar. Pois durante os jogos a criança estabelece avanços cognitivos.

Os jogos educativos são ferramentas que ajuda, na construção de conhecimentos favorecendo no desenvolvimento dos conteúdos propostos em sala. Em compensação, essa ferramenta de ensino necessita ser instrutiva modificada numa disputa divertida, e, que alcance, de maneira sutil, desenvolver um caminho apropriado ao aluno.

Conforme Fialho (2007, p. 16):

A exploração do aspecto lúdico, pode se tornar uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdo, na sociabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação, tornando esse processo transparente, ao ponto que o domínio sobre os objetivos propostos na obra seja assegurado.

.

De acordo com Fialho utilização do aspecto lúdico facilita a compreensão do aluno na elaboração dos conceitos aplicado na aula. Portanto a forma lúdica de repassar os conteúdos para os alunos torna-se abrangente já que os jogos constroem na criança um sentimento de competitividade e cooperação deixando claro o domínio da criança com o brinquedo.

Desde antiguidade que humanidade convive incansavelmente a cada dia a procura de novas inovações sabe o quanto isso colabora para o desenvolvimento humano. No universo escolar devemos investir no requisito aprendizagem favorecendo o estimulo e a facilidade em que os alunos necessitam para seu desenvolvimento cognitivo. Compreendemos que muitas vezes a escola, despõe apenas de quadro e giz e isso desestimulam os alunos tornando a aula desinteressante e bastante cansativa tanto para o professor quanto para o aluno. Faz-se necessário, então, diferenciarmos nossos procedimentos de ensino, sempre buscando a melhor forma de resgatar o interesse e o desejo de nossos alunos pelo aprender.

Para Kishimoto (1996, p. 46):

Um dos caminhos para fazer frente à realidade congelada e opressiva de muitas escolas e trazer a vida à tona é a busca de uma educação político-estética, que tenha como cerne a visão do homem como ser simbólico, que

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se constrói coletivamente e cuja capacidade de pensar está ligada à capacidade de sonhar, imaginar, jogar com a realidade.

Segundo a autora devemos procurar caminhos que facilite o aprendizado do aluno. Pois, todo homem é senhor dos seus pensamentos cuja sua capacidade de raciocino é bastante relevante. O jogo é uma forma de estingar o pensamento do aluno testando sua aptidão para vencer os desafios.

Os jogos educativos com metas educativas manifestam a sua importância, pois provocam circunstâncias de ensino-aprendizagem e acrescentam para a construção do saber, inserido atividades lúdicas e prazerosas, ampliando a vocação de iniciação e ação ativa e motivadora. “A estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação são igualmente proporcionados pela situação lúdica...” (MOYLES, 2002, p.21) É através do jogo que o indivíduo experimenta e sacia sua vontade de vencer que suscita uma percepção aprazível, pois as competições e os desafios são ocasiões que mechem com nossos impulsos.

Compreendemos que o jogo, não faz apenas a criança brincar, mais desperta nela o senso moto, critico entre outros valores. Pois estimula a competitividade desenvolvendo a responsabilidade de respeitar as regras que o mesmo impõe.

Huizinga (1938, apud FRIEDMANN, 1996, p. 22) afirma que: “O jogo é uma atividade livre, conscientemente tomada como não-séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. “Isto quer dizer, que o jogo não tem característica de um objeto formal, ou seja, de uma obrigação. No entanto como toda brincadeira tem suas normas, mesmo assim o participante gosta de continuar no jogo. é através do jogo que facilita o desenvolvimento cognitivo do aluno. Pois sua forma lúdica de repassar seus objetivos torna-se o aprendizado satisfatório e descontraído já que prende a atenção, concentração e idealização do educando.

Segundo Araújo (1992, p.14)

É de fundamental importância o jogo na vida da criança, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, atreves de seus esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade e satisfação pelo que faz, dando, portanto, real valor e atenção ás atividades vivenciadas naquele instante.

Avaliando a importância educativa incluída nos jogos e brincadeiras, o docente poderá utiliza-las para ter exto nos seus objetivos com alunos. Desta

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maneira o mestre transformará o educando em uma pessoa crítica e consciente do que está exercendo. O brincar é natural da criança, ele estimular o seu pensamento. Todo professor deve usar esse instrumento com cúmplice no procedimento de ensino e aprendizagem. E coligar atividades lúdicas na arte de ensinar e aprender é primordial para o rendimento do aluno, um modelo de atividade lúdica que acorda o interesse do educando é o jogo.

Segundo Kishimoto (1994, p.13):

O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento passar a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas pode ser uma boa estratégia para aproxima-lo dos conteúdos culturais a serem veículos na escola.

A autora afirma que os desenvolver os conteúdos através dos jogos facilita o aprendizado do aluno e o desempenho do professor em sala já que o jogo atrai a atenção dos alunos. A maneira lúdica de ensinar é eficaz na compreensão. Portanto, torna a explicação satisfatória no entendimento do aluno. Um exemplo de atividade lúdica é desenvolver as operações usando o material dourado ou o domino. Facilita o aprendizado do educando de uma forma descontraída e prazerosa de ambas as partes.

Segundo Morin (2003)

A missão espiritual da educação é ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade moral e intelectual da humanidade, pois, apesar dos avanços na tecnologia da comunicação, permanece a incompreensão tanto no plano individual como entre culturas e povos de origens culturais diferentes.

O autor afirma que é incumbência da educação é procurar a melhor maneira de instruir o entendimento entre as pessoas para que promova a segurança moral e intelectual do homem. Cabe aos professores conduzir estas informações de forma coerente com que a criança compreenda o está sendo aplicado. O objetivo é desenvolvimento cognitivo do aluno. Então se deve apresentar uma metodologia que satisfaça a criança. E o brincar é a melhor escolha como objeto de ensino e aprendizagem.

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