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A viticultura no tropico semi-arido Petrolina - Pernambuco

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Academic year: 2021

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(1)

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3\B\‹\°Tʧ.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINÂ

-cENTRo DE c1ENc1As AGRARIAS

cooRDENADoR1A DE Esvâexo

DISCIPLINA 4 FIT 5140 ¬

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ORIENTADOR: MIGUEL PEDRO GUERRA

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HEITOR JOSÉ HEUSI THIEME

RELATORIO APRESENTADO À DISCIPLINA DE

ESTAGIOS COMO UM DOS REQUERIMENTOS

NECESSARIOS PARA A OBTENÇÃO DE GRAU

DE ENGENHEIRO AGRONOMO

FLoR1ANoPoL1s - sc

(2)

/}$6¿(Ú

AGRADECIMENTO$

A toda a minha tamííía peío apoio dado duranto todos osteâ

anos da vída acadêmíca.

Ao protoâaor Míguê1 Pedro Guerra pe1o apoio prestado.

A supervisora de ostágío Torezínha A1buquerque peía dedicação

durante o período que estíva no estágio.

E a todos que com uma paíavra amiga vieram íncentívar~me du”

(3)

~ INTROUUÇÀO ...

~ A cuLTuRà DA v1oe1RA No vAL5 são FRANCISCO . . . .. os

HISTÓRICO . . . . . . . . .. os 2.1 ~ 2.2 ~ 2.3 * 2.4 ~ 2.5 « 2.6 ~ CLIMA / 2.2.1 ~ 2.2.2 ~ SUMARIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. U4 SOLO . . . . . . . . .. U5 C1íma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. U5 So1o . . . .. 08 VARIÉDADES . . . . . . . . .. O9 2.3.1 ~ 2.3.2 ~ 2.3.3 W 2.3.4 W 2.3.4.1 2.3.4.2 2.3.4.3 2.3.4.4 2.3.4.5 2.3.4.6 2.3.4.? 2.3.4.8 2.3.4.9 2.3.4. Características da Cu1tívar Ita1ía(Píróvano65)11 Caracteríatícas da Cu1tívar Piratininga .... 12

Cu1tívar Porta~En×erto (Tropíca1) . . . . . . . . .. 13

Comportamento da 10 Cu1tívarea de Videira na Região do Submédío São Francisco . . . .. 13

~ cuwtfivâr Mâdawafina RQyâ1_ . . . . . ..' . . . . . . . . .. 13

Sémí11on . . . . .. 14 Laasíf . . . . . . . . .. 15 A1phonaa Lava11ée . . . . . .. 15 w Cu1tívar W Cu1tívar « Cu1tívar ~ Cu1tívar Gros Co1man . . . . . . . . . . . . . . .. 15

~ Cu1tívar Anga1íno . . . . . . . . .. 16

~ Cu1tívar Moscate1_de Hamburgo . . . .. 1?

~ Cu1tívar Rosaky Rosada . . . .. 17

~ Cu1tívar Chasse1as Úoré . . . . . .. 18

10 W Cu1tívar Moscate1 Rosada . . . .. 19

PROPAGAÇÃO . . . .. . . . .. 1% IMPLANTAÇÃO DO PARREIRAL . . . . . . . . .. 21 2.5.1 W 2.5.2 M 2.5.2.1 2.5.2.2 2.5.2.3 2.5.2.4 2.5.2.5 2.5.3 ~ 2.5.4 M 2.5.5 ~ koca1ízação do Parraíra1 . . . . .. 21 Preparo do 3010 . . . .. 22 š\Í TM) š\z f\) ~ Preparo do terreno . . . . . . . . . . . . . .. * Àná1ísa do so1o . . . . . . . . . . . . . . . . .. "' ~ Ca1agam . . . . . .. . . . . . . . . .. 22 W Aragão e gradagem . . . . .. 22 W Marcação do campo . . . . . . . . . . . .. 22 Adubação de correção . . . . . .. 23

Construção da aatrutura da condução . . . . . . .. 23

P1antío . . . . .. 24

(4)

2.6 1

2.6 2 W Adubação . . . . . . . . . . . , ,,

III ~ ATIVIDADES REALIZAUA$ NO E$TAGIO . . . . ..

3.1 ~ 3.2 ~ 3 3 3 2 3 3 3.3 W 3.4 ~ 3 3 3 3.5 W 3.6 ~ VII - ANEXOS 2 2 2 2 2 2 4 í-X 4. COLHEITA . . . . .. PACKINOWHOUÊE É COMERCIALIZAÇÃO . . . . . . . . .. IV - A§PÊCTO3 UK PRODUÇÃO . . . . .. V W CONSIDERAÇOES FINAIS . . . . . . . . . .. VI ~ REFERENCIA$ BIBLIOORAFICA5 . . . . . . . . .. 1 2 3 4 5 6 IRRIGAÇÃO E FERTIRRIOAÇÃO . . . . . . . . . ._ RROBLKMAS-FITOSSANITARIO$ . . . . . . . . . . . . . .

H

1 2 3 v W Nutrição . . . . . . .. RODA DE FRUTIFICAÇÃO . . . _. RODA VERDE . . . . .. ~ Deâbrota ou es1adroamento . . . . . . . ..

~ Despontamento e eíímínaçäo das gavínhaâ .

W Desneteamento . . . . . . ..

~ Desfoíhamento . . . . . . . . . ..

~ Desbaste dos cachoâ . . . . . . . . _.

~ Descompactaçâo do cacho . . . . . . . . . . ..

W Oídío (Uncínuía necator) . . . . . . ..

~ Antracnose (GIoeosporíum ampeíophagum Pass)

«MíIdío (píõsmopara vítícoía Berg & Tení) ....

..‹ ‹.. 25 28 29 29 32 32 34 34 3á 34 35 36 39 39 40 46 42 43 45 47 49 LT! š\}

(5)

I ~ INTRODUÇÃO

O Braeii e o maior produtor de Frutas do mundo, segundo a

FAO, participando com uma produção acima de trinta miihões de tone»

iadae, o que representa cerca de 10% da produção mundiai.

A região do Nordeste esta em pieno progresso na area de tru-

tiouitura irrigada, principaimente nae regiões que acompanham o Rio

São Francisco.

Neeta região enoontram~ee oe perimetros irrigadoe, que apre*

sentam agua em abundância, soio tertii e ciima excepcionais. Isto

tem proporcionado um maior intereeee peia viticuitura. Assim, pode»

se afirmar que existem ampias perspectivas econômicas para a expio»

ração da cuitura na região, em decorrência das vantagens citadas ane

teriormente.

Por causa deste requieitos e peio tato de querer me eetabe1e~

cer na região Nordeete, esooihi a região de Petroiina ~ Pe, para a

reaiizaçâo do estagio.

Km Petroíina existe o meihor centro de pesquisa de frutiferas

Qƒx _:. Q..O

de ciima semi~ o CEPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaria do

Trópico Semi~Arido) pertencente a EMBRAPA (ãmpresa Brasiieira de

Pesquisa Agropecuaria).

No presente reiatório tentei apresentar vários tópicos reia~

Q,\T _l. Q.O

cionados à cuitura da videira no trópico eemi~“ . A primeira par~

te e composta de ooietâneas de dadoe reiacionados as varias etapas

na impiantaçâo de uma área com uva. Na segunda parte apreeentarei ae

(6)

II - A CULTURA DA VIDEIRA NO VALE SÃO FRANCISCO

2.1 - HISTÓRICO

Em Pernambuco a videira entrou ou por

vinda de Portuga1 ou da Bahia, ou foi 1evada

maos de Duarte Coe1no,

da i1na de Itamaracá. É

rea1mente das mais vistosas a viticu1tura desta i1na, fazendo com

que a1guns atoitos, sem documentação vá1ida, defendem a tese de um

berço Itamaracaense para a vitiou1tura brasi1eira. Que eia e antiga,

não na qua1quer sombra de dúvida (âousa, 1969).

Os vinhedos de Itamarca Foram os mais

de a sua insta1ação até por toda a dominação

1636, em que foram a1vo de especiais medidas

1eu, o escriba batavo, nos conta que, graças

famosos do Brasi1, des*

no1andesa, por vo1ta de

de estimu1o. Gaspar Ba»

ao entusiasmo de Nassau

pe1as uvas de Itamaracá, o Brasão de armas da i1ha “mostrava um ca»

cho de uvas, porque nenhuma parte do Brasi1 os produzia tão be1os e

suou1entos“. Deoorridos cento e setenta anos, ainda vamos

nas crônicas de Aires de Casa1, referências as estupendas

uvas itamaracaenses (ãousa, 1969).

Pe1o interior pernambucano, notadamente nas areas

seco, as castas portuguesas encontraram ambiente propicio

ve1 prosperidade, dando safras duas vezes ao

encontrar,

mangas e

de o1ima

para notá~

ano e, ainda nos dias

atuais, podem ser contemp1adas fecundas 1atadas de Ferra1, Mosoa~

teis, Dedo de Dama e outras variedades que vieram de Portuga1 nos

recuados tempos quinhentistas. Ja para o 1itora1 e suas pro×imida«

des, onde a umidade e fator c1imático quase sempre presente, as va~

riedades norte~americanas dominaram a viticu1tura, a partir de 1580,

representadas principa1mente pe1a Isabe1 ($ousa, 1969).

2-2 - CLIMA / SOLO

2.2.1 - C1ima

Segundo a o1assiFicaçâo de K~ppen, o c1ima do Medio São Fran»

cisco corresponde a BSh'W', onde:

(7)

S ~ Poucas chuvas, caracterizando uma semi~aridez;

h ~ A ampiitude termica entre o mes mais Frio e o mês mais

quente e muito pequena, caracterizando um ciima tropicai com pequena

CxE -» Q. QI

estação _

Como já vimos, embora cuitivada principaimente em regiões de

ciima trio, como no sui do Brasii, a videira pode produzir muito bem

nas mais diferentes condições ciimaticas. Aiias, em ciimas mais

quentes, onde na condições de temperatura o ano inteiro, dentro dos

iimites necessarios, e possivei produzir ate duas~coineitas durante

um ano. Isso porque, a videira e uma pianta caduca, tipica de ciima

temperado, que apresenta periodo de repouso ou dormência durante o

inverno. Mas graças a seu aito grau de adaptabiiidade, em ciimas

mais quentes eia não apresenta este repouso, produzindo o tempo in~

teiro (Tidei, 1985).

âegundo Ingies de Sousa (1969), o comportamento da videira e

diferente nas regiões tropicais semi~áridas do Nordeste, particuiar~

U3 meO

mente na Bahia e em Pernambuco (Vaie Medio do Francisco), como

também nos sertões asperos do Ceara, Paraiba e Rio Grande do Norte.

Naqueias areas, com chuvas anuais que, em média, se situam em torno

de Süümm, um iongo periodo de ausência de agua no soio e no ar,

obriga a videira europeia (hitfs vfnffera) a entrar em ponto de

murcnamento e, assim, repousar tisioiogicamente. As variedades nor~

te~americanas (Labruscas, Labruscanas, ãourguinas e Aestivaiis) com*

portam~se mediocremente, pois são oriundas de regiões Frias (D Q3 i~

das. Em se tratando de ciimas_tropicais, e imprescindivei a distin~

ção entre caior sempre úmido, daqueie quase sempre seco. Ciimas tro~

to BRO

picais constantemente úmidos, como a faixa iitorânea de Pauio

para o Norte, não produzem, via de regra, uva de boa quaiidade, a

não ser acerbos racemos mai amadurecidos de Labruscas e Labruscanas,

ou taivez no Futuro, bagas herbáceas de hibridas de videiras tropi~

cais da America Centrai.

Em contrapartida, regiões tropicais, sempre quentes, mas que

recebem chuvas rápidas e esparças, tirando obviamente os anos chuvo-

sos anormais, são capazes de dar safras, duas vezes ao ano, de e×ce~

ientes Moscateis e de outras finas castas de reputação mundiai, pas~

siveis até de exportação.

Dos fatores ciimaticos, a temperatura e que exerce maior in~

(8)

vas, ventos, umidade reiativa, numero de horas de soi, etc., tem

efeitos por intiuenoiarem a temperatura, porem não atuam diretamen~

te. g

Na região do medio São Francisco, a variação de temperatura

não esta muito em função das estações do ano e sim em Função das

massas de ar, quentes ou Frias, que a atravessam, por estar situada

em região tropioai, próxima ao equador. Dai a razão das estações do

ano serem muito mai definidas e uma variação de temperatura muito

irreguiar de ano para ano. ainda assim, as temperaturas minimas, que

ocorrem nos meses de Junho e juiho, não atingem o iimite minimo que

impeça a tíoraçâo. Por esta razão, as videiras aii cuitivadas, vege«

tam durante todo o ano, desde que haja condições de umidade no soio.

Com reiação a esta caracteristica, tem~se dois aspectos a conside~

rar: a) as piantas nunca entram em repouso vegetativo totai, atin~

gindo apenas um repouso parciai, forçado peia suspenção das irriga~

ções; b) conseguewse duas safras por ano numa pianta, provocando um

repouso parciai de um mes, em media, depois da coiheita, suspendendo

parciaimente as irrigações. É possivei variar o periodo de coiheita,

em Função da demanda ou mesmo cumprir um cronograma de produção para

que se disponha do produto durante todo o ano (Possidio, 19?8).

Durante o cicio vegetativo a temperatura eievada e bastante

desejavei pois antecipa a maturação e contribui para aumentar o teor

de_açucar na_oaga. Graças a isso, as uvas que vem sendo produzidas

no caior escaidante do Nordeste, no Vaie do São Francisco em condiw

ções irrigadas, tem sido consideradas as mais doces do pais, e até

agora, certamente as únicas que se prestam a Fabricação de uvaepassa

(Tidei, 1985).

A temperatura infiui na variação dosçcomstituintes do fruto

durante o seu desenvoivimento, e na composição dos mesmos ao amadu~

recerem. Uma temperatura moderadamente fria, na quai a maturação se

processa ientamente, e Favoravei a produção de uvas para o vinho de

mesa, seco. A temperatura fria tavoreoe a formaçao de um aíto teor

de ácido, eievando assim a reiaçäo acido/açucar, que e ideai para a

fabricação desse tipo de vinho. Por outro Wado, temperaturas aitas

em aigumas regiões inadequadas para vinhos secos, são ideais para

vinhos doces de sobremesa, tais como Porto, Moscatei, etc., por se»

rem produtos que exigem um materiai bem mais rico em açúcar (Sousa,

(9)

Outro fator a se considerar no que se refere ao ciima e a ne~

cessidade hidrica da videira, que não se da bem quando as chuvas são

excessivas ou mai distribuidas. O excesso de umidade predispõe a via

deira ao ataque de Fungos enquanto que a umidade muito baixa faciiiw

ta a infestação de acaros. Os ventos, dependendo da frequência, in~

tensidade e direção dominante, podem trazer probiemas graves a vi~

deira. Em gerai, quando intensos, provocam a seca e quebra dos bro»

tos, ocasionando irreguiaridades na Frutificaçäo. No caso de incidi~

rem depois que os frutos já estiverem formados, se forem muito in~

tensos, podem prejudicar as bagas peio atrito entre eias nos cachos.

Mas e preciso ievar ewconta que pomares mai arejados são bastante

suscetiveis a invasões de pragas e doenças (Possidio, 19?8).

Segundo Tidei (1985), as necessidade de temperatura para o

desenvoivimento da videira, conforme as diferentes fases, podem ser

assim resumidos:

Desenvoivimento do Fruto W em torno de 2200

Maturação do Fruto ~ em torno de ZYQC

Durante a fecundação « conforme a variedade, de 20 a ZSUC.

É importante observar como cuidado especiai, os seguintes as~

pectos: no desenvoivimento e maturação dos frutos, temperaturas su»

periores a 30°C podem provocar a escaidadura; durante o crescimento

dos brotos, temperaturas muito baixas podem prejudicar seu desenvoi~

vimento.

2.2.2 - So1o

Segundo Ferreira (195?), a videira adapta«se a quase todos os

tipos de soios, não sendo exigente a este respeito, contanto que os

mesmos não sejam impermeáveis, dando~se bem mesmo em terrenos pedre~

gosos, como sucede na França, onde os terrenos contem de 55 a 70% de

fragmentos de pedras e seixps.

O soio apresenta grande infiuencia sobre a quaiidade e quan~

QRO

tidade de produç e deve ser ievado em conta quanto a densidade de

piantio, sistema de poda a adotar e cuitivar escoihida. Todo o ter~

reno que possuir uma camada impermeavei de argiia ou um iençoi Frea~

tico a pouca profundidade, não e proprio para a videira (Kuhn et

(10)

Os meihores terrenos para a videira são aqueiee de textura

mediana, com bom teor de materia orgânica. No entanto, eoios muito

férteis ievam a grandes rendimentos, o que se traduzira, geraimente,

numa meihor quaiidade de moetos em re1ação a produção obtida em so~

ios menos férteis (Kuhn et ai., 1985).

A videira responde eficazmente a materia orgânica do eoio, de

modo que naqueies terrenos ricos existe um crescimento exuberante da

parte vegetativa e tambem doe Frutos. No entanto, quando e eete o

caso, ocorre a diminuição da quaiidade do moeto. Assim, são preferi~

veis os soioe de textura mediana, com médio teor de materia orgânica

(Tidei, 1985).

âegundo Possidio (1974), os eoioe cuitivadoe sob irrigação,

no Médio São Francisco, tem caracteristicas extremamente variadas.

Oe iatoeeoios são soios arenosoe, com teor de argi1a em torno de

12%, topografia piana a iigeiramente ondu1ada, profundidade media

1,50m, com baixa capacidade de retenção de agua (C.C. 10,0% e Pmp.

3,5%), aita veiocidade de inFi1tração, pH variando entre 4,5 e 6,0,

pobres em nitrogênio, Fósforo, caicio e magnésio e com um teor medio

Í

de potaseio.

Os vertiseoioe são soios pesados, com teor de argiia em torno

de 50%, topografia piana, profundidade media em torno de 1,50m, bai»

xa veiocidade de infiitracao, aita capacidade de retenção de umidade

(C.C. 25,0% e Pmp 12,5%), pH em torno de 7,5, pobres em nitrogênio e

fósforo, teor medio de potássio e ricoe em caicio e magneeio.

Os aiuviõee variam desde soioe 1eves a pesados, topografia

desde piana a onduiada, profundidade extremamente variada, bemv como

os caracteres fieico~hidricoe, pH e tem baixa Fertiiidade naturai,

embora se uma iigeira vantagem, neste aspecto, em reiaçâo aos 1atoe~

so1os e Qertissoioe.

Como foi citado por outros autores, soios muito férteis pro~

porcionam bons rendimentos, mae em conseqüência teremos frutos de

.é. '-5 QRO

baixa quaiidade, bem como eo1os com exceeso de nitrogênio pro~

vocar a1to crescimento vegetativo e baixa concentração de açúcar nos

frutos produzidoe. Portanto a meinor opção e a utiiizaçao de soioe

(11)

2.3 - VARIEDADES

Variedades de videira e um assunto extremamente compiexo. De~

vido ao seu cuitivo continuo, e a existência de inúmeras especies,

existem hoje espaihadas por quase todas as regiões do mundo mais de

10.000 variedades de Uitis vfníferõ e 50.000 variedades americanas e

seus hibridos, segundo §EABRA Ç Í, citado por Simão (WQY1).

Para cada região existem variedades especificas, isto e, com

boa adaptabiiidade. Portanto para o Nordeste, estado de Pernambuco,

as variedades mais utiiizadas são as de mesa.

Estas são para consumo in nafura. Uma boa variedade de mesa

deve possuir aparência atrativa, bagas de tamanho medio a grande,

sabor agradaveí, resistencia ao transporte e boa conservação (ãimão,

19?1).

A escoiha depende: a) do ciima; b) da tinaiidade do parrei~

rai. Ingies de Sousa (1969) informa que “a umidade ou a secura do

ciima que determinam a escoiha das variedades“, admitindo«se duas

faixas ciimatoiógicas muito diferentes: “1) ciimas de baixa umidade

reiativa durante o cicio; 2) ciimas chuvosos e de aita umidade re1a~

tiva durante o cicio vegetativo”.

Na primeira faixa se desenvoiveram e se desenvoivem os gran~

des vinhedos industriais do Chiie, da Argentina, da Caiifórnia e do

Witorai peruano, bem como os magnificos e tradicionais vinhedos da

Europa, os vinhedos recentes da Austraiia e os recentissimos das zo~

nas pouco chuvosas do nosso Nordeste (Caatingas, Mocoiândia e Espi*

nho). “Caracteriza esta Faixa ¬ escreveu Ingies de Souza ~ a pouca

ou nenhuma umidade durante o cicio vegetativo e, principaimente, a

coiheita transcorrendo com tempo quente seco, não importando, para

fins de escoiha do grupo de variedades, que o repouso das piantas

seja provocado por baixas temperaturas hibernais ou peia ocorrência

de um periodo de seca que paraiize a atividade vegetativa por Faita

de água disponivei no soio. Em condições ciimaticas assim, o cuitivo

industriai de viniferas tornaese possivei, embora faca caÍor“.

As cuitivares mais difundidas na região do submedio São Fran~

cisco, entre a barragem de ãobradinho e os municipios de Santa Maria

da Boa Vista em Pernambuco e Curaca, na Bahia, são, no momento, a

“Ita1ia“ e a “Piratininga“, que destinam~se ao consumo in natura com

(12)

querque et a1., 198?).

No eubmedio São Francisco, segundo A1buquerque et a11i-

(1987), a area compreendida entre ãanta Maria da Boa Vista e Petro~

iina em Pernambuco, Curaça e Casa Nova na ãahia, e a região do Nor~

deste com maior concentração de videirae. São 143 viticu1tores, cu1W

tivando uma area de 900ha. Deste tota1, 65% são representadae por

videiras da cuitivar Ita1ia, 22% por Piratininga (IAC 842áV) e ape~

nas 13% com cu1tivares para vinho, que abastecem as duas vinico1as

insta1adas na região.

Com informações recentes pode~ee afirmar que em 1991 a área

piantada no submedio São Francisco era de 2.600ha; em 1992 3.782ha e

a previsão para 1993 é de 4.0D0ha (A1buquerque, 1993).

2.3.1 - Caracteristicas da Cu1tivar Itáiia (Piróvano 65)

A cuitivar Ita1ia apresenta cachos grandes com peso medio de

800 gramas; os pagos são grandes, desde que o cacho tenha sido bem

ra1eado; co1oracão amare1o~âmbar, com pe1icu1a groeea e sabor 1eve~

mente moscato. A produtividade desta cuitivar atinge em media 25 a

30 toneiadae/ha/ano, conduzida em sistema de 1atada'(A1buquerque et

a11i., 1987).

Segundo Matos et a11i. (1981), citado por O1iveira, (1990), a

cu1tivar Ita1ia (Pirovano 65), e reeu1tante do cruzamento de Bicane

x Moecate1 de Hamburgo, rea1izado pe1o viticu1tor ita1iano Luigi Pi~

rovano, em 1911.

No Brasi) (Pereira, __; eeu cu1tivo não apresenta regiões

ÂQ ÕÔ tg \__J

definidas, concentrando~ee no äetado de âão Pau1o, norte do Paraná e

Va1e do São Francisco.

Na Ca1ifórnia, EUA, Winkier (1962) citado por Q1iveira

(1990), a uva Itaiia e tida como uma dae principais castas cu1tiva~

das, com mais de 8U0ha. O autor acrescentou ser esta cuitivar apro*

priada para mercados dietantes, * que nos 1eva a eubentender“, que

oe cachos são resistentes ao transporte, tato re1atado por Pereira

(1989). Sousa (1969) prognoetica que a uva Ita1ia devera ser a base

de uma próepera viticu1tura nas areas mais secas e de so1oe neutros

ou a1ca1inos do Nordeste braei1eiro.

(13)

ihor, devendo ser reputada como uma variedade de Tuxo. ä considerada

uma uva de mesa universa1, cujo cuitivo esta em expansão em todas as

regiões produtoras (Sousa, " Segundo

o mesmo autor, esta cu1ti~

...A ÃO €.`> äO \_./

var exige poda 1onga, devido as gemas Frutiteras serem muito afasta-

das da base dos sarmentos, podendowse considerar que, quanto mais

afastadas, mais frutíferas e1as são.

Natura1mente, os cachos desta cu1tivar são excessivamente

compactos, e as bagas com peso medio de 6 a 8 gramas. Entretanto,

para comercia1ização a niveis econômicos, são exigidos cachos so1~

tos, com peso medio variave1 de 400 a 700g, com bagas uniformes, de

peso medio de 10g, e Brix de 14 a 160. Para obtenção de cachos com

as caracteristicas mencionadas, o desbaste das bagas, em 50% em me~

dia, é indispensave1 (Pereira & Martins, 1Q?1; citados por Oiiveira,

1990).

r'\ -Ô Jo 'Ê Q\<

_ A cu1tivar Ita1ia ano 65), e a uva de mesa mais exp1o~

rada no Brasi1. A p1anta e vigorosa e muito produtiva, mas seus ca~

chos são demasiados compactos, favorecendo a ocorrência de podridöes

e Formação de bagas de tamanho desuniforme. Devido a esses prob1e~

mas, o raieio de bagas é indispensave1 para a obtenção de cachos de

f¬\ U3 šší

uvas uniformes e sadios rce1os & Fe1iciano, 19?6).

O desbaste com o auxiiio de tesoura, por sua vez, e ditici1 e

oneroso, e1evando em muito o custo de produção.

Pereira (1989) citou outras caracteristicas da cu1tivar Itá~

1ia, quais sejam: cic1o Tongo, de 150 dias em media, produtividade

media de 30t/ha, pequena to1erancia a moiestias, mas resistente à

mancha das toihas de Isarfopsís cíavfsfiora {Berk. & curts.), apre*

senta ótima resistência ao transporte podendo ser conservada em cas

maras frigorificas por periodos superiores a 30 dias, bagas com co*

ioração branco esverdeada, textura trincante, sabor neutro, baixa

acidez, ótima aderência ao pediceio e boa resistencia a rachaduras.

Os porta~en×ertos Kober 588, 420~A, IAC 313, IAC ?6õ apresentam boa

afinidade com a cu1tivar Itá1ia. 1

2.3.2 - Caracteristicas da Cuitivar Piratininga

A cu1tivar Piratininga, provave1 mutante da variedade Rubi,

(14)

ceeeita de um desbaste muito acentuado; os bagos são grandes, de co~

ioraçäo rosa avinhado, com a peiicuia grossa e sabor neutro, ieve-

mente ácido. A produtividade desta cuitivar atinge em media 25 a

30t/na/ano, conduzida em eietema de iatada.

2.3.3 ~ Cuitivar Porta~Enxerto (Tropicai)

O porta~en×erto maia utiiizado na região e o Tropicai, que é

muito vigoroso, apresentando aparente reeietência a nematoides. No

entanto eete porta enxerto podera vir a ser substituido por outros,

que também são resistente a nematóidea, menos vigoroeoe mas que con~

correm para uma produção de maior quaiidade, como Dog Ridge, Sait

Creek, SO~4, R~Q9 (Poseidio, 1978).

2.3.4 - Comportamento de 10 Cu1tivares de Videira na Região do Sub-

Médio São Francisco

Em vieta do exposto, como também da grande expansão da uitiw

cuitura na região do submédio âão Francieco, apreeenta~ee, como a1~

guns detaihes, o comportamento de dez cuitivaree de videira de

grande interesse nas regiões tradicionais de cuitivo, dentro das

suas tinaiidadee (mesa e vinho).

As avaiiações do comportamento das cuitivaree Foram reaiizar

dae por Aibuquerque & Aibuquerque (1982), no campo experimentai de

Mandacaru, pertencente ao Centro de Pesquisa Agropecuário do Trópico

8emiWArido da Empresa de ãrasiieira de Pesduieae Agropecuárias (C~

PATSA « EMBRAPA), eituado no municipio de Juazeiro ~ Ba.

Os pesquisadores que reaiizaram este estudo Foram: Terezinha

C.$. De Aibuquerque e Joao Antonio Siiva de Aibuquerque.

2.3.4.1 - Cuitivar Mada1eine Royai

As piantae desta cuitivar apresentam~ee vigorosas na região,

com uma brotação deficiente tanto em poda curta, como em poda Wonga,

(15)

boa frutificacâo. As gemas mais férteis estão iocaiizadas entre a

73 e a gema, contadas a partir da base do ramo, sendo conveniente

uma poda ionga para que haja uma boa produção.

Os cachos são ciiindricos cõnicos, pequenos e muito compactos

o que os tornam muito suscetiveis ao apodrecimento ao iniciar a ma~

turaçäo. Os bagos de tamanho medio são ovais, com coioração amare~

io~paiha quando maduros. ä poipa e deiiqüescente com suco incoior e

sabor doce. ästa cuitivar é utiiizada para viniticação.

Esta cuitivar apresenta uma grande suscetibiiidade ao oidio.

Os ácaros vermeiho (íoâranychus mexicanos Mc. Gregor) e bran«

co (poiyphagoâarsomenus Fofas Bank) podem ocorrer com intensidade

prejudicando a produção.

O cicio fenoiogico e, em media, de 90 dias desde a brotacão

ate a coiheita.

2.3-4.2 ~ Cuitivar Sémiiion

É a grande vinifera branca francesa, por exceiência, para a

produção de vinhos brancos de grande ciasse. As piantas desta cuiti~

var apresentam~se vigorosas na região, com boa produção quando em

poda curta, e aiguma dormência de gemas em poda Tonga. As gemas tér-

teis iocaiizam~se entre a 2§Na _____ 63 gemas, controiadas a partir da ba*

se dos ramos, apresentando boa produção em poda curta ou media.

Os cachos são ciiindricos, simpies, pequenos e muito compac~

tos. Os bagos são arredondados de tamanho medio, com coioracâo ama~

reio~rosado e aigum pruina quando maduros. A poipa e deiiqüescente

de suco incoior e com sabor doce, ievemente moscado.

Desta cuitivar originam~se os vinhos âauternes da França.

O oidio (UncinuFa necafer Burr), a doença criptogâmica de ai~

ta incidência na região, ataca com baixa intensidade esta cuitivar.

A ocorrência do acaro vermeiho (feàranychus mexicanos Mc.

Gregor) e do acaro branco Cfioíyphagoáarsonemus Yafus Banks) é bas~

tante significativa, requerendo um controie intensivo ao iniciar a

brotacão.

'

O cicio Fenoiógico abrangendo da brotacäo ate a coiheita, e,

(16)

2.3.4.3 - Cuitivar Lassif

Esta cuitivar apresenta piantas muito vigorosas e produtivas,

com boa brotação tanto em poda curta como em poda ionga, sendo con~

veniente uma poda media, pois as gemas férteis estão iocaiizadas enw

tre a Zfiue _____ a õfi gemas, contadas a partir da base dos ramos.

Os cachos são pequenos, ciiindricos, espadaúdos e muito com*

pactos. As uvas, de cor amare1o~paiha quando maduras, são arredonda~

das e de tamanho medio, com poipa deiiqüescente de suco incoior e

sabor doce.

' Esta cuitivar destina~se a fabricação de vinho.

A Lassif, na região, apresenta~se como uma cuitivar de media~

na suscetibiiidade ao oidio fiäncfnuia nacatar Surr).

Os ácaros vermeiho (fstranychus maxicanus Mc. Gregor) e bran~

co (Po7yphagoáarsonamus Íatus Êanks), ocorrem com grande intensidade

neta cuitivar, requerendo um cuidadoso controie. A mosca dos frutos

(Anasäropha spp.) ataca desde o inicio da maturação ate a coiheita e

deve ser controiada, especiaimante na época chuvosa.

O cicio tenoiogico e, em media, de Q8 dias, desde o inicio da

brotação ate a coiheita.

2.3.4.4 - Cuitivar Aiphonse Lava11ée

As piantas desta cuitivar, de origem americana, apresentam~se

vigorosas na regiao. A brotacão e muito deficiente tanto em poda

curta como em poda ionga. Para uma boa trutiticação, faz«se necessa~

rio quebrar a dormência das gomas. Os ramos apresentam boa fertiii~

dade, sendo que as gemas férteis iocaiizamase entre a 23 e a 63 ge~

mas, contadas a partir da base dos ramos.

Os cachos de tamanho medio a grande, são cônicos, iongos,

simpies e bem cheios. Podem aparecer cachos faihados, em conseqüên»

cia do aborto de tiores. Os bagos ovais e de tamanho grande apresen~

tam coioraçao preta e aiguma pruina quando maduros. A poipa é oro»

cante com suco tinto de sabor doce. É uma cuitivar muito apreciada

para mesa.

z ~ z N

(17)

Burr), moetrando~se mais reeistente ao miidio (píasmopara vitfco?a

Bert & Curt), no entanto, devem ser controiadoe.

O cicio fenoiógico, abrangendo do inicio da brotaçäo ate a

coiheita, e, em media, de 107 dias.

2.3.4.5 - Cuítivar Bros Coiman

Esta cuitivar, de origem americana, apresenta, na 'regiao,

piantas muito vigoroeae, mae com deficiente brotacão de gemas, ne~

ceesitando para obter«se uma boa produção, que seja forçada a brota-

ção atraves da quebra de dormência das gemas. As gemas férteis Woca~

1izam~se entre a 23 e a õfi gemas, a contar da base doe ramoe, produ~

zindo bem quando e feita uma poda media.

Os cachos de tamanho medio eão ciiindricoa, espadaudos e bem

cheios. Os bagoe arredondados e de tamanho grande apresentam co1ora~

ção preta e bastante pruina quando maduroe. A poipa e macia, de suco

incoior e sabor doce. Goza de boa reputação como uva de meea na In~

giaterra e na Franca.

O oidio (üncínuía necater Burr) ataca esta cuitivar com aigum

ma intensidade. É baetante atacada peio ácaro vermeiho (feüranychua

mexfoanus Mc. Gregor) e peio acaro branco (poíyphagotarsonemus Íatus

Banks), necessitando de um controie eficiente do inicio da brotacão

até a coiheita.

O cicio fenoiógico compieta~ae, em media, em 123 dias, con~

QRO

tando«ee do inicio da brotac até a coiheita.

2.3.4.6 ~ Cu1tivar Angeiino

Denominação argentina da variedade vinifera marroquina Ahmeur

Bu Ahmeur. Esta cuitivar é também denominada de Fiame Tokay, apre~

sentando, na região eemiwarida, piantae muito vigoroeas, sendo as

gemas ferteie iocaiizadae entre a Zfne _____ a Sg ggggg gemas, contadas a partir

da base dos ramos. Podewee conduzir esta cuitivar em poda curta ou

média, para que haja uma boa frutificaçâo.

Os cachos de tamanho medio e grandes são ciiindricos e espa~

daúdoe com os bagos eoitoe. Ae uvae aiongadae e de tamanho grande

(18)

suco incoior com sabor doce.

A Angeiino produz uvas para a mesa muito atrativas, sendo

aconseihada para o Trópico Semi~Arido.

O oidio (üncfnuia necater Burr) ataca esta cuitivar em baixa

intensidade.

Os ácaros: vermeiho (Tetranychus mexicanas Mc. Gregor) e

branco (Po?ypagotarsonemus 7afus Banks), ocorrem significativamente

na região, requerendo um controie intensivo desde o inicio da brota*

ção até quase a coiheita.

O cicio Fenoíógico e, em media, de 103 dias, abrangendo do

~

inicio da brotaçao até a coiheita.

2.3.4.7 - Cuitivar Moscatei de Hamburgo

As piantae desta cuitivar, de origem europeia, apresentam, na

regiao, um vigor mediano, com uma brotação deticiente, requerendo um

tratamento de quebra de dormência para obter~se uma boa produção. A

poda Wonga e a que mais de adapta a esta cuitura, pois as gemas ter*

teis estäo Wocaiizadas entre a áffle _____ a öi gemas, contadas a partir da

base dos ramos.

3 {'{;\ _:.O

Os cachos de tamanho d são cônicos, iongos, aiados e so1~

tos. Os bagos de tamanho grande são ovais, apresentando coioração

preta quando maduros. A poipa e macia com suco incoior e sabor mos~

cado.

Esta cuitivar e atacada com aiguma intensidade peio oidio

(üncfnufa necatar Burr). O miidio (Píasmopara víÊíco?a Bert & Curt)

ataca esta cuítivar embora menos intensivamente.

Os ácaros: branco (Po7yphagotarsonamus Fatus, Bank) e o ver~

meiho (fatranychua mexicanos Mc Gregor) atacam a Moscatei de Hambur~

go, prejudicandoea bastantemente, devendo estes ser controiados efi~

cazmente.

O cicio Fenoiógico desta cuitivar, na região, é, em media, de

86 dias, abrangendo do '

da brotação até a coiheita.

_í~

(19)

2.3.4-8 - Cuitivar Rosaky Rosada

Esta cuitivar aprasentawse, na região, como piantas da vigor

mediano, com uma brotação reiativamante boa tanto am poda curta como

em poda Wonga.

As gemas férteis estão iocaiizadas entre a áfi o a Yf gemas,

contadas a partir da base dos ramos, aconsa1hando~se, pois, a poda

ionga para esta cuitivar.

Os cachos de tamanho médio são ciiindricos, sspadaudos e mui~

to compactos. Os bagos ovais são grandes, adquirindo coioração' ro~

sa~vioiacao quando maduros. A poipa é crocante com suco incoior e de

sabor doce.

Ô -¿\

Esta cuitivar á isvsmente atacada peio dio (Uncínu7a naca~

tar Burr).

A Rosaky Rosada poda ser bastanta prejudicada peio ataqua de

ácaros: branco (Poíyphagotarsonamus Fatos, Bank) o varmoiho (Tsw

franychus maxfcamws Mc Oragor).

O cicio fenoiógico é, sm média, de 127 dias, abrangendo do

inicio da brotação até a coihsita.

2.3.4.9 - Cu1tivar Chasseias Doré

Esta cuitivar a da pouco vigor, mas, no entanto, apresenta

uma brotaçäo reíativamento boa tanto em poda curta como em poda Ton~

ga. As gemas férteis estão iocaiizadas antra a Zi e a õfi gemas, con»

tadas a partir da base dos ramos, requerendo para uma boa trutitica~

ção uma poda mediana.

Os cachos pequenos são ciiindricos a simpias, madianamonts

compactos. Os bagos da tamanho médio são giobosos a do coioração

varde~ciara ou amareio~ambar quando maduros. A poipa é deiiqüescente

de suco incoior a sabor doce. Êsta cuitivar é produtora da uva de

mesa, podendo também ser utiiizada para vinificação.

A incidência da oidio Çüncínuía nacatar Burr) é baixa. O mi1~

dio (píasmopara vitfco?a Bart. & Curt.) ataca ssta cuitivar mais in~

tensamente, nacessitando um controio rigoroso. A Chasssias Doré é

bastanta prejudicada peio ataque da acaro branco (Fo?yphagotarsona~

(20)

'

O cicio Fenoiógico desta cuitivar na região e, em media, de

3 -f\Ô -Í-õ O

110 dias, abrangendo do da brotação ate a coineita.

2.3.4-10 - Cuitivar Moscatei Rosada

.~

As piantae desta cuitivar apreeentamwee vigoroeas na regiao.

A brotação e deficiente, neceseitando para uma boa produção um tra~

tamento de quebra de dormência. As gemas férteis estao iocaiizadae

da 63 a Qfi gemas a partir da base dos ramos, portanto deve ser con~

duzida em poda Tonga para uma boa trutiticação.

Os cachoe de tamanho médio são cõnicoe, curtos, simpiee e bem

cneioe. Oe bagoe de tamanho grande são ovaie e apresentam coioragão

roearvioiaceos quando maduros. A poipa e fundente com suco incoior e

sabor moscado.

O oidio (Unaínu?a necaâer Burr) ataca a Moecatei Roeada com

aiguma intensidade. O miidio (P?anmopara vftfcoía Bert. & Curt.)

aparece com baixa intensidade.

Os ácaros: vermeiho Çfatranychua mexicanos Mc. Gregor) e

branco (Po7yphagofarsonemu$ Íatus Banks), aparecem em grande inten~

sidade.

O cicio Fenoiógico, abrangendo do inicio da brotação ate a

coineita, e, em media, 115 dias.

2.4 - PROPAGAÇÃO

Com o aparecimento da Fiioxera tornou«ee impossivei continuar

cuitivando a videira em pe~tranco, na maioria das regiões viticoiae

do mundo. Hate processo só continuou adotado em aigune iugaree onde

as eepeciaiiseimas condiçoes de soio e ciima tornam precária a vida

do inseto, tais como as profundas areias de Coiaree, as pianicies

eemi~deserticae de San Juan, Mendoza, Rio Negro, Vaie Medio do São

Francisco e outros ambientes eemeihantee (Sousa, 1969).

A videira pode ser propagada peio piantio direto de pé«Fran~

co, ou seja, atravee das estacas obtidas da pianta mãe, ou então por

enxertia. O primeiro sietema só e empregado para variedades resis~

(21)

I . . . . .

do se utiiiza a enxertia a campo). Deste modo, a primeira

dos (Tidei, 1985).

Aibuquerque & Aibuquerque (1986) informaram que na região do

submedio São Francisco ainda não existe Phy7?oxera reítífo7iae

(Kitch.), e a principai finaiidade da enxertia consiste em aprovei~

tar a resistência dos portawenxertos aos nematóides, em abundância

em aiguns soios da região. O porta~en×erto mais utiiizado e o Tropi~

cai (IAC 313), por apresentar resistencia a nematóides. Os porta en~

xertos Dog Ridge, ãait Creek, S94 e R~99, menos vigoroso que o Tro~

picai, e resistentes a aiguns nematoides concorrem para uma producao

de meihor quaiidade, podendo vir a substituir o Tropicai apesar da

insistência de pesquisa sistemática.

A videira e normaimente propagada vegetativamente por esta”

guia e enxertia. As piantas seiecionadas para forneceram as estacas

devem ser coinidas a priori, de acordo com as seguintes caracterisj

ticas: crescimento vigoroso, aita produtividade, bom aspecto sanitaw

rio (sem doenças e sem pragas) e apresentar ramos bem iigniticados e

bem formados (Aibuquerdue & Aibuquerque, 1986).

No Vaie do São Francisco, o processo de enxertia pode ser

feito em quaiquer epoca do ano. No entanto, o crescimento da muda e

menor durante o periodo mais “Frio“, ou seja, de meados de maio a

agosto. Os dois processos de enxertia (de campo e de mesa) apresen-

tam aito indice de pega, mas sugere~se a enxertia de mesa por apre~

sentar as seguintes vantagens (Aibuquerque & Aibuquerque, 1Q86):

~ Consegueese antecipar em tres a cinco meses a primeira coiheita, aiem

de tornar mais econômica a formação da muda;

~ Não na a emissão de ramos iadrões provenientes do porta~en×erto;

~ Não foi observada nenhuma diferenca com reiação ao vigor das piantas

entre os dois metodos de enxertia.

QA 'O -¡› Q. Qi

A propagação se faz de Forma muito ^ (Aibuquerque et ai.

._› til* É 'Ni \_/ com 4 meses ievawse a muda do porta enxerto para o campo, e a

enxertia se processa após um periodo variavei de 6 a 12 meses (quan-

produção

se da entre 18 e 20 meses apos o piantio. Quando utiiizamos a en×er~

tia de mesa temos uma redução de 3 a 4 meses na epoca da primeira

coiheita.

Na região do âubmedio São Francisco o transpiante pode ser

reaiisado em quaiquer epoca do ano, estando reiacionado, somente,

com o desenvoivimento das mudas. O transpiante e intiuenciado peia

(22)

cuitivar, quaiidade da estaca e os tratos cuiturais e titossanita~

rios recebidos no viveiro. Se forem dados todas as condições favora~

U3

veis durante o periodo de formação da muda, após meses do piantio,

as modas estarão em condiçoes de serem ievadas para o Tocai defini

tivo (Aibuquerque et ai., ÍQ81).

2.5 - IMPLANTAÇÃO DO PARREIRAL

2.5.1 ~ Locaiização do Parreirai

O parreirai devera ser Tocaiizado em area com topografia

apropriada para a irrigação. O soio da area deve ter em media um me»

tro e meio de profundidade e apresentar boa drenagem, pois a videira

é bastante sensivei ao excesso de umidade. As fiieiras de piantio

devem ser orientadas no mesmo sentido dos ventos dominantes, pois as

piantas ressentem»se bastante com fortes rajadas de vento. Na impos~

sibiiidade de adoção desta orientação, a instaiação de quebrawventos

como bananeiras ou gravioieiras, com espaçamento uitra denso, proa

porciona uma boa brotacao (Aibuquerque e Aibuquerque, 1987).

Para o estabeiecimento de um parreirai, deve~se Wevar em con~

ta uma serie de Fatores, dentre os quais destacam~se a exposição e a

deciividade.

Em gerai, os meinores vinhedos são aqueies instaiados com ex"

pos * norte, pois recebem meinor os raios soiares (Kuhn et ai.,

Íšàõy.

4. W) QAO

No que diz respeito a exposição, nas zonas quentes, deve ser

adotada a Norte, pois esta preserva meinor a pianta da seca, enquan~

to nas zonas Frias a exposição Noroeste favorece a ação dos raios

soiares sobre o soio, o que Faciiita a saiubridade das cuituras

(Ferreira, 1957).

Quanto a deciividade, se não for possivei reaiizar o piantio

em Wocai piano, que é o ideai para a cuitura mecanizada e Faciiita

os tratos cuiturais, deve~se dar preferência aos terrenos de meia

encosta. Não se deve utiiizar terrenos com deciividade acima de 20%,

pois dificuitam os tratos cuiturais e exigem praticas dispendiosas

como o terraceamento (Tidei, 1985).

(23)

>

rais no Va1e do âão Francisco são Tocaiizados em areas pianas, to~

taimente irrigadas e mecanizadas.

2.5.2 - Preparo do So1o

2.5.2.1 - Preparo do terreno ~ A roçagem e o destocamento da área

a ser cu1tivada com videira deverão ser Feitos três a quatro meses

C0 "'-í \.._J

antes do oiantio (âibuquerdue e Aibuquerque, 19

O preparo do terreno consiste, como nas demais cuituras, na

derrubada e estirpacão de todas as raizes que possam existir, com a

iavra mais profunda, sendo preterivei, se possivei, a abertura de

trincheiras com a profundidade de um metro e com a mesma 1argura,

tendo~se o cuidado de coiocar, ao fechar a trincheira, as terras de

revestimento na parte interior, por serem estas que contem em maior

quantidade as substâncias nutritivas e em meihores condições de ae*

simi1abi1idade (Ferreira, 1957).

2.5.2.2 - Anáiise do so1o ~ Logo após a iimoeza, três meses antes

do p1antio, co1etar amostras de seio representativas da area onde

sera impiantado o parreirai, a profundidade média de 35cm e remete~

1as para o 1aboratorio de anaiise de soio para saber a necessidade

de ca1agem e Ferti1ização (Aibuquerque e A1buduerque, 1987).

2.5.2.3 ~ Ca1agem ~ Havendo necessidade de caiagem, de acordo com

os resuitados do 1audo da anaiise de soio, fa2â“*a,no minimo 60 dias

antes do p1antio, Drocurando sempre atingir um pH de 6,0 a 6,5 (A1*

buduerdue e Àibuduerque, 198?).

2.5-2.4 - Aragão e gradagem ~ Aoóe a distribuição do caicareo, tar

zer uma aração tão profunda quanto o soio permitir e uma gradagem,

incorporando o corretivo ao so1o Çâibuquerdue e Aibuquerdue, 1987).

2.5.2-5 ~ Marcação do campo ~ Escoihida a area onde sera estabe1e«

cido o piantio e 1oca1izado os canais de irrigação, com o au×i1io de

piquetes.de madeira, marcammse as iinnas distantes 3,00m umas das

outras e perpendicu1ares aos canais de irrigação. As iinhas de pi»

'

(24)

quetes servem para orientar o tratorista na operação de abertura dos

su1cos (Possidio, 1974).

2.5.3 ~ Adubação de correção

A adubação de correção devera ser Feita 1 a 30 dias antes do

p1antio, nos su1cos abertos para esse Tim. Aeonse1na»se uma adubação

de Forma continua nos su1cos com as seguintes dosagens por p1anta:

15 a 20 Titros de esterco de caprinos ou bovinos e 300g de P205,

sendo os su1cos fechados a seguir (A1buquerque e A1buquerque, 1987).

2-5.4 - Construção da estrutura de condução

A sustentação das p1antas será atraves de 1atada, constituida

por mourões e postes de boa madeira (sabia, baraúna, etc.). Cada fi-

1eira sera independente da outra, pois o aramado, para cada Fi1eira,

sera amarrado nos postes da mesma.

Fazer uma rede de arame 1iso nO 12 nas 1innas das p1antas e

ng 14 nas entre1innas espaçadas de 50cm, sendo que o arame ng 12 ti~

ca a cada 6m estendido perpendicu1armente a Fi1eira das p1antas.

Arame Farpado e co1ocado nas extremidades da 1atada (perpendicu1ar

as fi1eiras de p1antas) e a cada 25m com a tina1idade de impedir o

des1ocamento do arame ng 14. A 1atada deve ser confeccionada com 2m

de a1tura (FIGURA A) (A1buquerdue e A1buquerque, 1987).

O sistema de condução em 1atada pode ser simp1es ou dup1o. A

1atada simp1es consta de postes que suportam uma p1ataforma sobre a

qua1 esta distribuída a parte vegetativa da videira. Na 1atada du~

p1a, ao inves de uma, são duas p1atatormas para1e1as, distanciando

O,50m uma da outra. A 1atada deve ser suficientemente a1ta para não

diticu1tar os tratos cu1turais normais ao cu1tivo da videira (2,ÚO a

2,10m de a1tura). Comercia1mente a 1atada só deve ser uti1izada em

variedades que necessitam maior superficie fo1iar para Frutificar

bem (Possidio, 1974). I

Segundo o professor orientador Migue1 Guerra (1993), em mea»

dos de 1978, a uva no Nordeste era p1antada em espa1deira. Hoje em

dia, o sistema mais uti1izado eco de 1atada, pois apos varios anos

(25)

:ão -É K â ›. z V 1 ~^ 1 -` 5. 'Ê “V t z cz * é 'o \ 3 ›-am' * í

ção é maior, a incidência de raios soiares no soio diminui (cober ~

ra do soio mais atuante, o teor de umidade no soio de mantém mai

constante (diminuindo turnos de irrigação), os estragos por Jada

de ventos (comuns na região) se tornaram minimos, aiém de utra

benfeitorias proporcionadas peia cobertura do eoio no sistema de 1“~

tada. ' ___ _..-,_.. _ __ ih" ` ~‹...,.-.-.,‹

~~

. _ .,‹_.._..._..._..Ê;'.¬.' 37-` ---T .ÊÉ_..Ê.'.Í`.L-5 __ _É'›'> ¡_T*.5 9.5- ›4'~ ..._.. -._,__. ` \ \ ' \ ¬ › . i i ! li. 1 3.0m ' u 9 v‹ ___.-- _4. .,. . ' E '_› _» _,. i z i ¿ fé í f wm " _ ~ ¶›. ... ...\.‹..-.-›à . » , .‹.,_.- .` `v._._,....,., _ N", ` _, ,,___,_,,,. ,v_.. u. ›‹›..‹z.‹«.‹ _... - .» . _ Â' 7* K 13 `7' 7' ` * '- *R T ¡ ft 7. I. 3 1: 11 .: 3 7. -` .-. ` . ‹ ¡- « if" gs/ ~

__ T- _,____-¬.f --fi-›--~_‹-›---~ ‹¬Â'.¬ .«¬.f. f '- 0.1. ::z.a 0.5 _o,¿ Arame 1-se ?\° D

-‹››.._.._._....__...._..-... -\¡=.¡=z.*.\.‹g Nr |z , mm COMO ÍNWCÂ30 É ` Pszoazcocs : 005 ` r $$TICADOR€S , ¬., Q _ , š ` _ 3 --: vnoóccoss ,1 MOUROES _ (8 5; J; ëëz- _ WS _; :sms à-_ ESTICJÃOOÉ ‹ FIG ..:_..¡ `_ ___~_ __ _ __ «_ _'z"f....~_ iz; ~z'«-.¬..

..r.@.~«~-

f ›.-x -_.._¬ ¬› ~ -

. fx. Sistema de conduçao em latada.

2.5-5 ~ Piantio

Segundo Aibuquerque e Aibuquerque (1987) e Possidio (W974)

(26)

as mudas do porta~en×erto ou da produtora de pé~Franco ou da en×er~

tada poderão ser ievadas a campo com 3 a 4 meses de idade, desde que

tenham sido bem protegidas do ataque de pragas e doenças.

Havendo disponibiiidade de mudas, o piantio pode ser efetuado

em quaiquer época do ano. No entanto, para minimizar os custos com

.Jo3 -fxÔ _Ã0

Ô

irrigação, aconse1ha~se o piantio no da estação chuvosa (de~

zembro). Porem, na pratica, os piantadores de uva se preocupam mais

com o pianejamento do parreirai com o intuito de se conseguir co~

Wheitas durante o ano todo, pois, quando a muda Ja vem enxertada, a

primeira poda de trutiticaçao e feita aos dez meses após o piantio.

Tendo, assim, a primeira coíheita com aproximadamente doze meses.

Para as cuitivares enxertadas sobre o porta~en×erto Tropicai,

o espaçamento pode ser de 3 x 3m ou 4 x 2m. Para as cuitivares pian~

tadas de pé~tranco, este pode ser de 3 x 2m ou 2,5 x 2m quando a

condução tor em espaideira.

As covas, de tamanho suficiente para acomodar o sistema radi-

cuiar da muda, são abertas no camaieäo que se formou sobre a iinha

de adubo depositado no Fundo do suico de adubação.

Antes de piantar a muda ou imediatamente após, enterrar um

tutor que conduzirá a brotação verticaimente até o arame do sistema

de condução. O materiai mais utiiizado para o tutoramento e a tita

piastica utiiizada no amarrio dos ramos apos a desbrota. Mas este

vem trazendo grandes probiemas quanto a boa condução das mudas devi*

do a grande vibração por estas sofridas durante periodos de vento. O

materiai que vem substituindo as fitas piasticas é o bambu ou ripas

eretas de madeira. Y ^

.(_`

2-5 - NUTRIÇÃO E Anusâçâo

~

2.6.1 - Nutriçao

A nutrição e um dos fatores de produção cujo cuidado e perma~

nente, mesmo quando não existem grandes probiemas (Munhoz, 1988).

Dos eiementos maiores a videira tem maior exigência peio ni»

trogênio e potássio, vindo o fósforo em terceiro Íugar. Dos e1emen~

tos menores sobressaem~se como mais importantes o zinco e o boro

(Possidio, 1978).

(27)

Sendo o nitrogênio o eiemento mais exigido peia videira, esta

situação se agrava no Submedio ãão Francisco onde a vegetação é gew

raimente escassa e, conseqüentemente, a materia orgânica que retorna

ao soio e insignificante. Isto deve~se principaimente a baixa preci~

pitação piuviometrica.

O excesso de nitrogênio produz um crescimento vegetativo mui~

to exuberante e em muitos casos baixa a produção de frutos. Esta si~

tuação de excesso pode proyocar também aiguns probiemas quanto a

quaiidade da uva. Entre eies temos uma maior tendência a incidência

de podridões e uma menor quaiidade pos~coTneita. A maturação da uva

também e afetada ao baixar o teor de açucar e a coioração dos bagos,

bem como um atraso na epoca de coiheita (Cooper, 1982).

A videira requer quantidades reiativamente grandes de nitro~

gênio. Eie é absorvido fundamentaimente na forma nitrica (NO3”) e em

menor quantidade na forma amoniacai (NH4*), apresentando grande mow

biiidade dentro da pianta. Devido a essa grande mobiiidade do nu~

_f.

3 _ê.

O

triente, os primeiros sintomas de deficiência iamwse nos órgãos

mais veihos da videira (Terra, 1986).

A videira e uma cuitura que não manifesta de imediato os sin~

tomas de ciorose, comum as deficiências de nitrogênio. Na faita des»

te eiemento no soio, os primeiros sintomas apresentados säo: dimi~

nuiçâo do vigor da pianta e queda da produção. O periodo vegetativo

em que a videira mais necessita de nitrogênio e o do inicio da bro»

tação até a formação dos frutos (Possidio, 1Q?8).

Depois de bem formados os frutos, em piantas com sistema ve~

getativo bem desenvoivido, a quantidade de nitrogênio em disponibi»

iidade deve ser apenas o suficiente para um reduzido crescimento e

manter vigorosa a superficie foiiar. Grande quantidade de nitrogênio

no periodo de maturação da safra tende a desviar o açúcar sintetiza~

do peias foinas para um crescimento continuo e prejudiciai dos bro~

tos. Diante deste fato, deve se coiocar todo o nitrogênio destinado

a uma safra Togo após a poda de frutificacão (Aibuquerque e Aibu«

querdue, 1987).

A Qideira só responde as adubacões fosfatadas em soios muito

pobres deste eiemento, como e o caso da maioria dos soios irrigaveis

h

na região do âubmedio São Francisco (Possidio, TQYS).

A exigência da videira em fósforo é menor que em nitrogênio e

potássio. Somente em soios muito pobres em fósforo, como e o caso

(28)

dos iatossoios (Projeto Bebedouro~Petroiina, Pe) e grumossoioe (Pro~

jeto Mandacarú~Juazeiro, Ba), são apiicados adubações reiativamente

pesadas de fósforo em videiras (Poesidio, 19?4).

Na pianta, o Fósforo entra na composição dos tosfoiipideos e

dos ácidos nucieicos. É necessario tambem para a fotossintese, para

a transformação doe acc area em amidoe e vice~versa, e para a reepiw

ração.

A quantidade de Fósforo absorvida e reiativamente pequena

quando comparada com a de potássio, nitrogênio e caicio. É absorvido

na Forma de H2PO4“ e apresentawse com boa mobiiidade dentro da pian~

ta, Togo os primeiros sintomas de deficiência começam a aparecer nos

órgãos

são os

Foihas

vai. A1

mais veinos da videira” Os sintomas de deficiência de Foatoro

seguintes: drástica paraiizaçäo do crescimento das giantas e

veihae, com coioraçao vermeina vioiacea marginai e interner~

em desses sintomas caracteristicos, pode ocorrer o apareci~

mento de coioração vermeina noa pecioios e nervuras principais e se»

cundarias das toinas veinas, devido ao acúmuio de antocianina nestes

tecidos ¿Terra, 1988). `

O fósforo exerce ainda intiuência na totossintese, no desdow

bramento do amido em açúcares e vice~versa, bem como a respiração

das piantas (Possidio, í mw 82.

$abe~se que a videira, como a grande maioria das piantas Fru«

titeras, necessita muito de potássio. Ocorre entretanto que este

eiemento aparece com freqüência em quase todos oe soios cuitivados

do Submedio São Francisco, como e o caso de vertiesoioe, aiuviões e

iatossoios (Possidio, ÍQY8).

ãste eiemento desempenha papei na tormaçãov de carboidratos

nas toihac, c que eignitica expressa reiegao com a riqueza sacarina

das uvae e o acumuio de reservas dos baoeioe (cor e briiho da baga,

e formação e maturação dos earmentos e frutos). Tam um

nomizador de agua na pãanta, reduzindo a transpiração,

piantas resistencia a seca. O potássio e o eiemento

maior quantidade peia videira, coincidindo esta maior

oapei de eco»

permitindo as

absorvido em

absorção com

os estádios de iigniticação do ramo e maturação dos Frutos (Terra,

1988).

Os diversos sintomas de deficiencia de potássio são: Foihas

veihas com pequenos pontos necróticoec amareiecimento e posterior

(29)

dae toihae intermediariae, enroiamento dos bordos das foinaa para

cima ou para baixo, toinae aeperae e corrugadae e foinae intermedia~

rias com escurecimento entre ae nervuras (Terra, 1988).

O caicio e neceeeario para o deeenvoivimento continuo da gema

apicai e dos merietemae da raiz, auxiiiando na traneiocaçäo doe car~

boidratoe. Outro importante papei do caicio e o de enobrecedor do

produto, principaimente quanto ao vinho produzido, que apresenta

aroma e perfume das meinoree caetas de uvae (Terra, 1988).

Como já foi citado em paragrato anterior, o soio do Submedio

São Francisco e pobre em materia orgânica, portanto e aconeeihavei a

utiiizaçâo de adubos orgânicos (esterco de caprinoe, bovinos, etc.)

para meinorar a estrutura do aoio (textura, capacidade de intiitra~

ção, porosidade, etc.), bem como, eupiementar a ausência de microe~

iementos que venham a prejudicar o deeenvoivimento da pianta (Aibu~

querque & Aibuquerque, i98?).

2.6.2 - Adubação

U: gpO

A adubação de correção para a região do Submedio '

Francis*

co, devera ser feita 15 a 30 dias antes do piantio, nos euicoe aber~

toe para esse tim. Aconee1ha~ee uma adubação de Forma continua nos

euicoe com as seguintes doeagene por pianta: 15 a 201 de esterco ca~

prino ou bovino e 300g de P205, sendo oe euicos Fechados a seguir.

Não esquecer de antes coneuitar a anaiiee do eoio para possiveis mu~

dangae na dosagem recomendada (Aibuduerque & Aibuquerque, TQSY).

A adubação de cobertura e Feita com adubos quimicoe, 40 dias

após o piantio, com as mudas em piena brotação, sendo repetida a ca~

da tree meses, até a primeira poda de trutiticacão (Aibuquerque &

Aibuquerque, 198?).

A adubação Foiiar e feita a cada 30 diae com tormuiaçõee co~

merciaie (âtimutoi, Baytoian extra, etc.), sendo a primeira reaiiza~

da 20 dias após a primeira adubação de cobertura, ate a primeira po»

da de trutiticação. Após a poda de trutificação, ae adubaçõee toTia~

ree serão feitae na prefioracao e no '

da frutiticaçâo, com as

-là :Ê -f\ Ô .Á O

já citadas tormuiaçõee comerciais. ãeta apiicação e feita via atomi~

zador, com ae formuiações comerciais misturadas com aigum produto

destinado ao controie Fitoeeanitario do parreirai (Aibuquerque & Ai-

buquerque, 198?).

(30)

A adubação de manutenção é feita apóa cada poda de fnutifica~

ção, com adubo quimico e owgânico(osterco). Os fertiiizantes são

apíicados a Tango ou em pequenos suico cavados na Wateraí das p1an~

tas com uma distância do 50cm no 12 ano, 80cm no 22 ano a 1U0cm no

32 ano e seguintes (âíbuquerqua & Aibuquevque, 1987).

é

&

A adubação da cobertura é feita no inicio da frutificação,

raaíizada uma adubação de cobertura com nitrogênio (Aibuquerque

Aibuquerque, 1987).

As dosagena da cada adubação são encontradas no ANEXO 01.

III - ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTAGIO

3.1 ~ PODA DE FRUTIFICAÇÃO

A brimaiva atividade desenvoivida no eatagio foi a poda da

Frutificação. _

A poda de Frutificação consiste na aiiminagão dos ramos da

pianta após o término do cioio. São deixados um eaborão com duaa gaw

mas a uma vara com oito a doza gemas (FIGUÊA B). HV”í“"*M

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_ ~ V - ' ".*8raço Primário

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i_k_-¿_o › ~ _ | \\ ¢ 29

(31)

A tinaiidade do eeporão e produzir a vara e o eaporão da poda

do cicío seguinte e a da vara e a produção de cachoe Çâibuouerdue &

Aibuquerque, 198?).

Como o parreirai onde foi desenvoivido parte do estagio esta~

va com uma ma formacao, foi dificii a reaiizacão da poda, pois foi

neoeeeario deixar um número maior de varas para meíhorar a estrutura

da pianta. De acordo com a estrutura da pianta, eram deixadoe eepo~

rõee em pontoe eetrategicoe com o objetivo de recuperar a formação

ideai para uma meihor producao.

De acordo com aa orientações do gerente gerai da Fazenda, a

poda era feita com o objetivo de conduzir ae varas de produção para

a direção da rua (entre fiiae). Como a produção se da nas gemas ter~

minais, haverá um aumento da area de produção, com maior ineoiação e

meíhorando a quaíidade da uva e um aumento na produtividade de 3Ú%.

O eietema de poda maia adequado e o sistema misto, reaiizado

pouco antee do inchamento dae gemaa (de 20 a 45 dias após a úitima

coiheita), deixando na pianta eeporõee e varas de produção em quan~

tidadee equiiibradae ao deeenvoivimento do parreiraí. Os eeporõee

devem ficar com 2 a 3 gemas, enquanto ae varas ficam com mais de 4

gemas, chegando a atingir 10, dependendo da cuitivar e do vigor (Ti~

dei, 1985).

No vaie do Rio U ~ QRO Francisco a poda e reaiizada aos 20«45

dias após a úitima coíheita. Co1he~se, corta~ee peia metade a irri«

gacão dieponivei durante o cicio, ou o suficiente para haver um

equiiibrio entre a evapotranepiraçšo e a absorção de agua por parte

da pianta, evitando aiguma injúria a mesma.

Segundo Aibuquerque & Aibuquerque (1962), a videira (UYtí$

vínffera L.) em cflima tropicaí eemi~arido apresenta um comportamento

totaimente diverso daqueíe apresentado nas regiões tradicionais de

cuitivo, pois nesse, a epoca de deeenvoivimento do cicío Fenoiógico

eetá condicionada ao controíe da irrigação e epoca de poda, o que

poeeibiiita a produção de uvas em quaiquer epoca do ano. _

O peesoai que trabaihava na poda, era constituido por um eu»

pervieor que orientava, em media, 15 homens. Eetee tinham uma produw

ção de 80 piantae podadae/dia. Como a produção e durante o ano todo,

estes homens não param de trabaihar. Énduanto estão terminando uma

area, já existe outra eaindo do repouso e pronta para ser podada.

Por dia o peeeoai conseguia terminar um hectare, as vezes chegava a

(32)

\

passar um pouco esta marca.

Atrás do pessoa) da poda, vinham dois peões que reaiizavam o

encurvamento das varas de produção. Este consiste em torcer os ramos

deixados para que os mesmos estaiem por compieto, para forçar um

maior acúmuio de reservas nas gemas e com isso haverá uma meihor

brotacão.

De modo gera), costuma~se encurvar as varas para haver a tor«

ção das mesmas, causando uma certa ruptura dos vasos condutores da

pianta. Esta pratica visa uma brotaçäo mais uniforme, quebrando par~

ciaimente a dormência apicai (Aibuquerque & Aibuduerque, 1987).

Apos o encurvamento vem outros dois peões (devidamente prepa~

rados, com vestimentas apropriadas) reaiizando a apiicação de um

produto a base de zinco nas feridas provocadas peia poda de frutiti~

cação, b1oqueando_quaiquer possibiiidade de infecção de aigum pató~

geno. O produto utiiizado na Fazenda tem o nome comerciai de Curza~

te. V

Por úitimo e Feita a apiicação de Dormex para haver a quebra

de dormência das gemas. Esta pratica e reaiizada peios mesmos peões

que apiicam o Curzate. A tormuiação e de 4%, isto e, 400m7 de Dormex

para 101 de agua. O Dormex utiiizado para haver uma meihor unitormi~

dade na produçao de gemas.

Apos o término destas praticas deveres desiocar a parte aérea

(que sobrou da poda) para as entreiinhas, na rua do parreirai. Não

havera propiemas titopatoiogicos nos restos da parte aerea devido ao

caior intenso e a grande incidencia de raios soiares, impossibiii~

tando quaiquer desenvoivimento de seres vivos. Para meihor incorpow

ração dos restos da parte aerea, deve~se passar a rotativa na rua.

Aiém de servir de materia orgânica (para meihorar a estrutura do so«

To), a parte aerea servirá para manter uma maior umidade na superti~

oie do soio, diminuindo a evaporação e com isso diminuindo as horas

de irrigação diarias.

ãegundo Aibuquerque & Aibuquerque (1987), deve~se manter iimw

pas faixas de 1,5m nas iinhas das piantas; nas entreiinhas passar a

enxada rotativa após a poda de trutificação e posteriormente, manter

o terreno apenas rogado.

Para tinaiizar o assunto, a poda de trutiticação (na região

do Submedio São Francisco) tem um periodo compreendido entre a poda

e a coiheita em torno de 120 dias, dependendo da epoca do ano e da

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