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Qualidade de vida, autoestima, autoimagem e perceções de saúde oral em crianças e adolescentes

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Academic year: 2021

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(1)Qualidade de vida, autoestima, autoimagem e perceções de saúde oral em crianças e adolescentes. Ana Alexandra Sousa Valente. Orientadora: Prof.ª Doutora Sílvia Pina-Neves Coorientadora: Prof.ª Doutora Maria de Lurdes Pereira. Porto, Junho de 2013.

(2) Qualidade de vida, autoestima, autoimagem e perceções de saúde oral em crianças e adolescentes. Ana Alexandra Sousa Valente Estudante do 5.º ano do Mestrado Integrado em Medicina Dentária mimd09101@fmd.up.pt. Dissertação de Investigação no âmbito da Unidade Curricular de Monografia/Relatório de Atividade Clínica, sob orientação da Prof.ª Doutora Sílvia Pina-Neves e coorientação da Prof.ª Doutora Maria de Lurdes Pereira.. Porto, Junho de 2013.

(3) Agradecimentos. A todos aqueles que me ajudaram na elaboração deste projeto, com um especial agradecimento à Prof.a Doutora Sílvia Pina-Neves e à Prof.a Doutora Maria de Lurdes Pereira, orientadora e coorientadora respetivamente, pelo empenho, disponibilidade, dedicação e rigor científico que tiveram ao longo de todo os meses de trabalho. À Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, por ter disponibilizado todas as condições e recursos necessários à realização deste trabalho. Ao Colégio Nossa Senhora da Bonança, mais especificamente ao Dr. António Madureira, diretor pedagógico, pela abertura e disponibilidade dispensada, reunindo as condições necessárias para a elaboração dos questionários aos alunos. Finalmente, mas não menos importante, aos meus pais e ao meu namorado, pelo apoio incondicional, pelo amor, pelo carinho e exemplo de vida que sempre demonstraram, acreditando que tudo seria possível.. IV.

(4) Índice Resumo ............................................................................................................................................1 Abstrat .............................................................................................................................................2 Introdução ........................................................................................................................................3 Método .............................................................................................................................................6 Participantes ................................................................................................................................6 Instrumentos.................................................................................................................................7 Procedimento ...............................................................................................................................8 Resultados........................................................................................................................................9 Hábitos e perceções de saúde oral ..............................................................................................9 Diferenças em função do género ...............................................................................................15 Diferenças em função dos ciclos de estudo ...............................................................................19 Discussão .......................................................................................................................................23 Hábitos e perceções de saúde oral ............................................................................................23 Diferenças em função do género ...............................................................................................24 Diferenças em função dos ciclos de estudo ...............................................................................26 Conclusão ..................................................................................................................................27 Referências bibliográficas .............................................................................................................29 Anexos Anexo 1 – Grelha NORMA S.A.R.L. Anexo 2 – Conjunto de Questionários Anexo 3 – Autorização do estudo pela Comissão de Ética da FMDUP. V.

(5) Índice de Tabelas. Tabela I - Caracterização dos participantes por género, ano de escolaridade e ciclos de estudo ...7 Tabela II - Comparação entre o número de escovagens diárias realizadas pelos alunos e a sua perceção sobre o número ideal de escovagens diárias ...................................................................10 Tabela III - Comparação entre os momentos em que os alunos realizam escovagens ao longo do dia e a sua perceção sobre os momentos em que idealmente devem ser feitas escovagens ..........11 Tabela IV - Organização em dimensões dos cuidados importantes a ter com os dentes .............15 Tabela V - Diferenças nas perceções de saúde oral em função do género ...................................17 Tabela VI - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função do género ...........................................................................................................................18 Tabela VII - Diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de estudo ................21 Tabela VIII - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função dos ciclos de estudo ...........................................................................................................22. Índice de Gráficos. Gráfico I - Classificação da higiene dos dentes............................................................................12 Gráfico II - Preocupação da saúde dos dentes .............................................................................12 Gráfico III - Importância dos dentes para a imagem ...................................................................13 Gráfico IV - Importância do sorriso para a imagem.....................................................................13. VI.

(6) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Resumo Objetivos: O objetivo principal deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a autoimagem e as perceções de saúde oral numa amostra de crianças e adolescentes, procurando mais especificamente conhecer e descrever os seus hábitos e perceções de saúde oral e analisar as diferenças que se encontram nestas variáveis em função do género e do ciclo de ensino frequentado. Metodologia: A amostra foi composta pelas 382 crianças e adolescentes entre os 8 e os 19 anos de idade, que frequentavam uma escola privada em Vila Nova de Gaia, desde o 3.º ano ao 12.º ano de escolaridade. A recolha de dados foi feita através de um conjunto de questionários, aplicados de forma anónima e confidencial no contexto de sala de aula. Resultados: A maioria dos alunos revelou ter bons hábitos de higiene oral e mostrou preocuparse com a sua saúde oral, considerando os dentes e o sorriso muito importantes para a sua imagem pessoal. Embora não se tenham encontrado diferenças significativas em função do género na autoimagem corporal, na autoestima e na maioria das dimensões da qualidade vida, a preocupação com a saúde oral e a importância atribuída aos dentes e ao sorriso foram significativamente maiores entre as raparigas, enquanto os rapazes apresentaram uma perceção mais positiva sobre o seu bem-estar físico. Na comparação dos vários ciclos de estudo, o 1.º ciclo foi o que apresentou uma melhor perceção acerca da sua qualidade de vida. Os alunos do 2.º ciclo mostraram ser mais preocupados com a sua saúde dentária do que os alunos do ensino secundário, e os alunos do 1.º ciclo deram mais importância aos seus dentes e ao seu sorriso do que os do 3.º ciclo. Verificou-se ainda que, embora não se tenham encontrado diferenças significativas na autoestima, o 1.º ciclo revelou ter uma melhor autoimagem corporal do que os restantes ciclos. Conclusão: Estes resultados podem estar relacionados com a atual tendência das diferenças de género estarem a diminuir, e também com os padrões de desenvolvimento psicossocial típicos da infância e da adolescência. Finalmente, são propostas algumas pistas para estudos futuros e também para a prática clínica.. Palavras-chave: Qualidade de Vida; Autoimagem; Autoestima; Saúde Oral; Crianças; Adolescentes.. 1.

(7) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Abstract Objectives: The main goal of this study was to assess quality of life, self-esteem, self-image and oral health perceptions in a sample of children and adolescents, specifically seeking to identify and to describe their oral health habits and perceptions, as well as to analyze gender and educational cycle differences. Methods: The sample included 382 children and adolescents aged from 8 to 19 years-old, who attended a private school in Vila Nova de Gaia from 3rd to 12th grade. Data collection was made through a set of anonymous and confidential questionnaires administered in the classroom. Results: Most students revealed to have good oral hygiene habits and showed to care about their oral health, considering teeth and smile as really important aspects for their personal image. Although there were no significant differences between genders for body self-image, self-esteem and most of the quality of life dimensions, girls cared more about their oral health and gave more importance to their teeth and smile while boys exhibited a more positive perception about their physical well-being. Comparing the different educational cycles, the 1st cycle was the one which presented a better perception about quality of life. The 2nd cycle students were more concerned about their dental health than secondary school students and the 1st cycle students gave more importance to their teeth and smile than the 3rd cycle students. It was also found that the 1st cycle had a better self-image than the other cycles, though no significant differences for self-esteem were found. Conclusion: These results may be related to the current trend that shows gender differences are disappearing, and also to the psychosocial development patterns typical for childhood and adolescence. Finally, we present some directions for futures studies and for clinical practice.. Key-Words: Quality of Life; Self-image; Self-esteem; Oral health; Children; Adolescents.. 2.

(8) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Introdução. Atualmente, a qualidade de vida tem vindo a ser um tema cada vez mais desenvolvido, investigado e trabalhado na prática 1. Por exemplo, a qualidade de vida foi recentemente introduzida na epidemiologia para fornecer um método de perceção da saúde na população em geral e a sua avaliação tem sido também utilizada para identificar crianças e adolescentes em risco pelas condições de vida e de saúde desfavoráveis em que se encontram 1. Por outro lado, a avaliação da qualidade de vida das crianças e dos adolescentes, tanto a nível físico e funcional como psicológico e social, tornou-se parte integrante da avaliação dos programas de saúde oral e de saúde em geral 2-8. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define qualidade de vida como a) um estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, b) a perceção subjetiva de satisfação ou felicidade com a vida em domínios importantes para o indivíduo, c) a diferença entre as expetativas do indivíduo e a sua experiência atual, d) a perceção do indivíduo face à sua posição na vida em termos do contexto cultural e do sistema de valores a que pertence e em relação aos seus objetivos, expectativas, metas e preocupações, e) a experiência em vez das condições de vida, onde a relação entre as condições objetivas e o estado psicossocial é imperfeita e que, para conhecer a experiência da qualidade de vida, é necessário o recurso direto à descrição do próprio indivíduo sobre o que sente pela sua vida 1. Todas estas definições envolvem conceitos como o bem-estar, a felicidade, a expetativa e a funcionalidade. A qualidade de vida é assim definida como uma variável multidimensional, que abrange todas as faixas etárias, culturas, estatutos socioeconómicos e localizações geográficas 1. A qualidade de vida relaciona-se, portanto, com as várias dimensões do bem-estar (físico e funcional, psicológico e social) e, sendo um conceito subjetivo, está intimamente relacionado com as perceções que o indivíduo constrói quer sobre si mesmo (tais como, a autoestima e a autoimagem), quer sobre os outros e o meio que o rodeia 1,8-9. 3.

(9) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. A autoestima refere-se a uma avaliação que o indivíduo faz de si próprio em termos de valor e podemos dizer que ela representa um sentimento de valor pessoal (quanto alguém gosta de si próprio). 10. . A autoimagem diz respeito a um conjunto de representações que o indivíduo. elabora acerca de si próprio em vários domínios (físico, funcional, cognitivo, psicológico, entre outros) 11. A relação entre a qualidade de vida, a autoimagem, a autoestima e as perceções de saúde oral tem vindo a ser explorada em vários estudos. Sabemos, por exemplo, que uma das implicações da saúde oral é a alteração da perceção corporal, já que, cada vez mais, a melhor aparência se torna uma necessidade 8-9,12-14. Uma boca saudável contribui para a manutenção de uma expressão e comunicação agradáveis e de uma boa aparência, constituindo assim um fator importante na construção e desenvolvimento da autoimagem e da autoestima 12-16. De facto, na fase da adolescência, o jovem encontra-se várias vezes num conflito interno entre o desejo de construção de uma identidade e a ânsia de construção de uma identificação. 17. .. A autoimagem é deveras flexível durante a adolescência, pois esta é uma fase em que existem várias mudanças físicas, intelectuais e emocionais, associadas a uma natural preocupação consigo próprio, e é também uma fase em que o sentimento de estima pessoal está em constante reavaliação, sofrendo reajustes contínuos 17. Por sua vez, estas mudanças influenciam a sensação de bem-estar a vários níveis (físico, funcional, psicológico, social) e, consequentemente, a própria qualidade de vida percebida 17. Podemos também compreender que uma saúde oral debilitada pode ainda conduzir a mudanças comportamentais (por exemplo, isolamento social), originar sentimentos que variam desde o constrangimento até a estados de ansiedade, cujas implicações negativas podem assumir um grande impacto na qualidade de vida das crianças e dos adolescentes 13-15,18-19. A saúde oral assume também um papel fundamental na construção da autoimagem, da autoestima e do bem-estar e perceção da qualidade vida 4. 1,8-9,12-14. . O sorriso está ligado ao.

(10) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. conceito de autoimagem que as crianças e os adolescentes possuem, quer enquanto veículo de uma comunicação não-verbal, quer como complemento do seu ideal de beleza, extremamente importante nestas fases 9,12. A saúde oral é também um dos fatores que influenciam a autoestima, pois uma saúde oral comprometida, para além das consequências negativas ao nível da mastigação e da fonação, pode induzir insatisfação consigo próprio e uma diminuição da estima pessoal 12. Embora estas relações tenham vindo a ser encontradas em várias investigações realizadas, não se conhecem estudos, nomeadamente em Portugal, que explorem a forma como essas variáveis evoluem e se diferenciam durante a infância e a adolescência. Assim, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a autoimagem e as perceções de saúde oral numa amostra de crianças e adolescentes, entre os 8 e os 18 anos de idade. Os objetivos específicos. *. foram: (i) conhecer e descrever os hábitos e as. perceções de saúde oral destas crianças e adolescentes; (ii) estudar as diferenças na qualidade de vida, na autoimagem, na autoestima e nas perceções de saúde oral em função do género e do ciclo de ensino frequentado pelas crianças e pelos adolescentes; e (iii) organizar um conjunto de orientações para melhorar as intervenções feitas pelos programas de saúde oral dirigidos a crianças e adolescentes.. *. Embora fizesse parte dos objetivos do projeto de monografia inicialmente construído, não foi possível analisar diferenças de idade, nem diferenças de nível socioeconómico (NSE), porque não existia uma distribuição suficiente da amostra pelas várias faixas etárias e ainda porque a maioria dos alunos pertencia a um NSE médio-alto ou a um NSE alto.. 5.

(11) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Método. Participantes. A amostra foi composta por 382 crianças e adolescentes, dos quais 211 (55,2%) eram pertencentes ao género feminino e os restantes 171 (44,8%) pertenciam ao género masculino. As idades dos participantes variavam entre os 8 e os 19 anos de idade, sendo a média de 12,6 anos e o desvio padrão de 3,02. Os participantes pertenciam a uma instituição de ensino privado em Vila Nova de Gaia e encontravam-se a frequentar entre o 3.º e o 12.º anos de escolaridade. Na Tabela I, apresenta-se a distribuição dos alunos pelos diferentes anos de escolaridade, os respetivos ciclos de estudo, e também pelos dois géneros. Como se pode verificar, o género feminino encontrava-se em maior quantidade do que o género masculino nos diferentes ciclos de estudo e anos de escolaridade, excetuando-se o 8.º e o 12.º anos de escolaridade. Relativamente à escolaridade dos pais, a maioria dos alunos, mais propriamente 272 (71,2%) para o pai e 289 (75,7%) para a mãe, afirmou que estes frequentaram a universidade. No que diz respeito às profissões do pai e da mãe, verificou-se que a profissão mais frequente nos pais (112 - 29,3%) foi a de empresário, seguindo-se várias profissões liberais como engenheiro, arquiteto e várias profissões da área da saúde, enquanto a profissão predominante nas mães (74 – 19,4%) foi a de professora, seguindo-se também a profissão de empresária (69 – 18,1%). Finalmente caracterizou-se ainda a amostra relativamente ao nível socioeconómico (NSE). Utilizou-se a profissão e a escolaridade dos pais como indicadores de base, classificando-as de acordo com a Grelha NORMA S.A.R.L. (Anexo 1), sendo depois calculados um índice social e um índice cultural que permitiram aferir um NSE para cada aluno. Verificou-se que a maioria dos alunos pertencia a um NSE médio-alto ou a um NSE alto (107 – 28,0% e 222 – 58,1% respetivamente).. 6.

(12) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Tabela I - Caracterização dos participantes por género, ano de escolaridade e ciclos de estudo. Género Masculino. Total. %. n. %. n. %. 3ºano. 24. 6,3. 17. 4,5. 41. 10,7. 4ºano. 23. 6,0. 17. 4,5. 40. 10,5. 47. 12,3. 34. 8,9. 81. 21,2. 5ºano. 20. 5,2. 20. 5,2. 40. 10,5. 6ºano. 24. 6,3. 15. 3,9. 39. 10,2. 44. 11,5. 35. 9,2. 79. 20,7. 7ºano. 17. 4,5. 14. 3,7. 31. 8,1. 8ºano. 24. 6,3. 25. 6,5. 49. 12,8. 9ºano. 21. 5,5. 14. 3,7. 35. 9,2. 62. 16,2. 53. 13,9. 115. 30,1. 10ºano. 22. 5,8. 15. 3,9. 37. 9,7. 11ºano. 19. 5,0. 15. 3,9. 34. 8,9. 12ºano. 17. 4,5. 19. 5,0. 36. 9,4. Total. 58. 15,2. 49. 12,8. 107. 28,0. Total. 211. 55,2. 171. 44,8. 382. 100,0. Total. Total. Total Ensino Secundário. Feminino. n. 3º Ciclo. 2º Ciclo. 1º Ciclo. Ano de Escolaridade e Ciclos de Estudo. Instrumentos. Para a elaboração deste estudo, utilizou-se um conjunto de questionários (Anexo 2), composto por (i) o Questionário de Hábitos e Perceções de Saúde Oral, elaborado pela autora, conjuntamente com a orientadora e coorientadora, (ii) a Escala de Autoimagem Corporal, construída pelas orientadora e coorientadora, (iii) a Escala de Autoestima da autoria de Morris Rosenberg e (iv) o KIDSCREEN-27®, um instrumento de avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde, adaptado para a população portuguesa em 2005 por Matos, Gaspar Calmeiro e KIDSCREEN Group Europe 1. Para a caraterização da amostra utilizou-se um total de 7 questões, incluídas no Questionário de Hábitos e Perceções de Saúde Oral, que continha também 12 perguntas de 7.

(13) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. escolha múltipla e uma de resposta aberta para conhecer os hábitos e as perceções relacionados com a saúde oral. A Escala de Autoimagem Corporal e a Escala de Autoestima incluíam respetivamente 8 e 10 itens, com uma escala de resposta com quatro alternativas de concordância, desde “Discordo Completamente” até “Concordo Completamente”. O KIDSCREEN27® continha ao todo 27 itens, divididos em 5 dimensões: (i) o Bem-Estar Físico (6 itens), (ii) o Bem-Estar Psicológico (7 itens), (iii) a Autonomia e Relação com os Pais (6 itens), (iv) o Suporte Social e Grupo de Pares (4 itens) e (v) o Ambiente Escolar (4 itens), existindo uma escala de resposta com 5 alternativas, desde “Nunca/Nada”, e até “Sempre/Totalmente”.. Procedimento. Inicialmente foi contactada a instituição de ensino e obtida a sua autorização para a recolha dos dados. O conjunto de questionários foi entregue aos alunos, pela autora, em contexto de sala de aula, e respondido pelos mesmos nessa mesma altura. Após a explicação do estudo e a obtenção do consentimento informado dos encarregados de educação e dos participantes, o preenchimento dos vários instrumentos de avaliação foi realizado de forma anónima e confidencial. Estes procedimentos foram aprovados pela Comissão de ética da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (Anexo 3). Após a recolha dos dados, foi construída uma base de dados no software Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS®) v21. A análise estatística foi realizada nesse mesmo programa, utilizando-se (i) o teste do Qui-quadrado para analisar a relação entre os hábitos de saúde oral e as variáveis género e ciclos de estudo, (ii) os testes de Mann-Whitney e de KruskalWallis para analisar as diferenças de género e de ciclos de estudo nas perceções de saúde oral, e (iii) o teste t de Student e a análise de variância (ANOVA) para analisar as diferenças de género e de ciclos de estudo na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida. Utilizou-se. 8.

(14) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. ainda o teste de Scheffé como teste post-hoc complementar ao teste de Kruskal-Wallis e à ANOVA. Em todas as análises foi utilizado um nível de significância de 5% (α= 0,05).. Resultados. Hábitos e perceções de saúde oral. Neste ponto, descrevem-se os hábitos de saúde oral dos alunos que participaram neste estudo. As variáveis analisadas dizem respeito à frequência e ao motivo das idas ao médico dentista, ao número e momentos de escovagem diárias, bem como à perceção acerca do número e dos momentos ideais de escovagem, e outros hábitos como a utilização do fio dentário e de um colutório. No que se refere às idas ao médico dentista, 223 alunos (58,4%) afirmaram visitá-lo pelo menos uma vez por ano e apenas 15 alunos (3,9%) declararam que ainda não o tinham feito. Os restantes 144 participantes (37,7%) afirmaram que visitam o médico dentista uma vez por ano. Inquiridos sobre a razão dessas visitas, 136 alunos (35,6%) afirmaram visitar o médico dentista para fazer consultas de rotina. Além destes, 106 alunos (27,7%) afirmaram ter ido realizar um tratamento dentário, 83 (21,7%) referiram que foram controlar o seu aparelho e 28 (7,3%) indicaram ter ido porque tinham dores de dentes, sendo que uma pequena minoria (3,7%) assinalou outros motivos. Os alunos foram questionados sobre a sua frequência de escovagens diárias e sobre o número de escovagens que idealmente deveriam realizar por dia. Como podemos observar na Tabela II, a maioria dos alunos (211 – 55,2%) referiu escovar os dentes duas vezes por dia e 105 alunos (27,5%) revelaram fazê-lo três vezes por dia. Quanto ao número de escovagens diárias que idealmente deveriam realizar, a grande maioria dos alunos (252 – 66,0%) afirmou que 9.

(15) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. deveria escovar os dentes três vezes por dia. Aqui deve ser realçado o facto de que a maioria dos alunos escova os dentes duas vezes por dia, mas pensa que o deveria fazer três vezes por dia.. Tabela II - Comparação entre o número de escovagens diárias realizadas pelos alunos e a sua perceção sobre o número ideal de escovagens diárias N.º de escovagens diárias realizadas Nenhuma vez 1 vez 2 vezes 3 vezes 3 ou mais vezes Total. n. %. 0 45 211 105 21 382. 0,0 11,8 55,2 27,5 5,5 100,0. N.º ideal de escovagens diárias Nenhuma vez 1 vez 2 vezes 3 vezes 3 ou mais vezes Total. n. %. 0 5 59 252 66 382. 0,0 1,3 15,4 66,0 17,3 100,0. Na Tabela III, apresentam-se os resultados referentes aos momentos de escovagem diária realizada pelos alunos e aos momentos de escovagem que estes pensam ser ideais. Verificou-se que 174 alunos (45,5%) escovavam os dentes após o pequeno-almoço e o jantar e que 102 (26,7%) o faziam após as três principais refeições. No que diz respeito aos momentos do dia em que idealmente se deveria escovar os dentes, a maioria dos alunos (256 – 67,0%) afirmou que seria após o pequeno-almoço, o almoço e o jantar. Podemos verificar que, embora os alunos escovem os dentes principalmente após o pequeno-almoço e o jantar, têm conhecimento de que idealmente o deveriam fazer após as três principais refeições do dia. Relativamente à utilização do fio dentário, a maioria dos alunos (230 – 60,2%) referiu que não o costumava utilizar, enquanto 126 alunos (33,0%) referiram que o utilizava, mas só às vezes e os restantes 26 inquiridos (6,8%) afirmaram utilizar o fio dentário todos os dias. Quando questionados sobre a utilização de um colutório, 164 alunos (42,9%) afirmaram que não o usavam, 146 (38,2%) que só o fazia às vezes e 72 (18,8%) que utilizava esse produto todos os dias. Entre os alunos que afirmaram utilizar um colutório e que se lembravam do nome do produto, a marca Listerine® foi a mais descrita (17,3%). 10.

(16) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Analisou-se ainda a relação entre a utilização do fio dentário e o número de escovagens diário, observando-se que a uma frequência de escovagem de no mínimo duas vezes por dia está associada a utilização de fio dentário (2 = 12,505; gl = 1; ϸ = 0,000).. Tabela III - Comparação entre os momentos em que os alunos realizam escovagens ao longo do dia e a sua perceção sobre os momentos em que idealmente devem ser feitas escovagens Momentos de escovagem ao longo do dia Só depois do pequenoalmoço Só depois do almoço Só depois do jantar Sempre que como alguma coisa Depois do pequeno-almoço e do jantar Depois do pequeno-almoço, almoço e jantar Depois do almoço e do jantar Depois do pequeno-almoço e do almoço Total. n. %. 12. 3,1. 1 38. 0,3 9,9. 19. 5,0. 174. 45,5. 102. 26,7. 26. 6,8. 10. 2,6. 382. 100,0. Momentos ideais de escovagem ao longo do dia Só depois do pequenoalmoço Só depois do almoço Só depois do jantar Sempre que como alguma coisa Depois do pequeno-almoço e do jantar Depois do pequeno-almoço, almoço e jantar Depois do almoço e do jantar Depois do pequeno-almoço e do almoço Total. n. %. 1. 0,3. 1 13. 0,3 3,4. 73. 19,1. 26. 6,8. 256. 67,0. 11. 2,9. 1. 0,3. 382. 100,0. Para lá dos seus hábitos de higiene oral, procurámos também conhecer as perceções dos alunos sobre a sua saúde oral. Foram colocadas 4 questões de resposta fechada, acerca da perceção e da preocupação com os dentes e acerca da importância dos dentes e do sorriso para a imagem pessoal, e uma questão de resposta aberta a fim de se conhecerem quais os cuidados que estes alunos pensam ser importantes ter para com os seus dentes. O Gráfico I diz respeito à classificação da higiene dos dentes, onde se observa que a maioria dos alunos (227 – 59,4%) a classificou como sendo boa. O Gráfico II refere-se à preocupação com a saúde dentária e 184 alunos (48,2%) afirmaram preocupar-se muito com a sua saúde dentária. Relativamente à questão que abordava a importância dos dentes para a 11.

(17) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. imagem pessoal, verifica-se no Gráfico III que 252 alunos (66,0%) declararam que os dentes eram muito importantes para a sua imagem. O Gráfico IV diz respeito à importância do sorriso para a imagem pessoal e 254 alunos (66,5%) afirmaram que o sorriso era muito importante para a sua imagem.. Gráfico I - Classificação da higiene dos dentes. 227 59,4%. 83 21,7%. 2 0,5% Má. 70 18,3%. Mais ou menos boa. Boa. Muito boa. Gráfico II - Preocupação com a saúde dos dentes. 156 40,8%. 184 48,2%. 42 11,0% Preocupo-me pouco. Preocupo-me bastante. 12. Preocupo-me muito.

(18) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Gráfico III - Importância dos dentes para a imagem pessoal. 252 66,0%. 117 30,6% 13 3,4% São pouco importantes. São bastante importantes. São muito importantes. Gráfico IV - Importância do sorriso para a imagem pessoal. 254 66,5%. 106 27,7% 22 5,8% É pouco importante. É bastante importante. É muito importante. Para finalizar, analisámos então as respostas à questão de resposta aberta. As várias respostas foram organizadas em 3 grandes dimensões, que se encontram relacionadas com a “higiene oral”, com a “alimentação” e com as “idas ao médico dentista”. Como se pode verificar na Tabela IV, as respostas dentro de cada categoria foram variadas, no entanto, uma grande percentagem de alunos (40,3%) indicou que deveria escovar os dentes diariamente. Houve 13.

(19) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. alunos que foram mais específicos quanto à escovagem diária, afirmando que se deveria escovar os dentes diariamente após as principais refeições. Vários alunos também disseram que deveriam usar fio dentário e colutório. Existiu ainda quem especificasse a duração da escovagem e que deveriam realizar não só a escovagem dos dentes, mas também da gengiva e da língua, e utilizar um escovilhão no caso de usar aparelho. Relativamente à alimentação, alguns alunos referiram que não deveriam comer muitos doces e uma minoria afirmou que não se deveria mascar pastilha elástica, beber bebidas gaseificadas nem muito frias, nem mesmo fumar ou tomar café. Os inquiridos afirmaram também que deveriam visitar o dentista e alguns indicaram ainda a frequência dessa visita como anual ou mensal.. 14.

(20) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Tabela IV - Organização em dimensões dos cuidados importantes a ter com os dentes Cuidados relacionados com a higiene oral Lavar os dentes diariamente Lavar os dentes diariamente após as principais refeições Usar fio dentário Bochechar com colutório Lavar os dentes sempre que comemos alguma coisa Lavar os dentes duas vezes por dia Lavar os dentes 3 vezes por dia durante, pelo menos, 2 minutos Escovar a língua e a gengiva Utilizar escovilhão no caso de usar aparelho Não fazer nada Usar fio dentário semanalmente ou não usar Lavar os dentes apenas antes de deitar Lavar os dentes antes do pequeno-almoço e antes de deitar. n 154 97 72 56 22 6 6 3 3 3 2 1 1. % 40,3 25,4 18,9 14,7 5,8 1,6 1,6 0,8 0,8 0,8 0,5 0,3 0,3. 57 15 15 6 4 3 3 3. 14,9 3,9 3,9 1,6 1,1 0,8 0,8 0,8. 45 36 16 9 7 2. 11,8 9,4 4,2 2,4 1,8 0,5. Cuidados relacionados com a alimentação Não comer muitos doces Não comer doces Fazer uma dieta saudável Evitar alimentos nocivos Não comer alimentos muito duros Não mascar pastilha elástica Evitar bebidas gaseificadas e muito frias Não fumar nem tomar café Cuidados relacionados com as visitas ao dentista Ir ao dentista Ir regularmente ao dentista Ir ao dentista pelo menos 1 vez por ano Ir ao dentista pelo menos 1 vez por mês Ir ao dentista 1 vez por ano Ir ao dentista quando tiver alguma dor. Nota: O somatório das frequências absolutas e das percentagens apresentadas não correspondem a um número total de 382 alunos nem a um valor de 100%, porque sendo esta uma questão de resposta aberta os alunos puderam referir livremente mais do que um cuidado.. Diferenças em função do género. Para analisar a relação entre o número de escovagens diárias e o género foi efetuada uma recodificação dessa variável, criando-se apenas dois grupos de alunos: os que “lavam os dentes uma vez por dia” e os que “lavam os dentes duas ou mais vezes por dia”. Após a análise, 15.

(21) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. observou-se que não existe uma relação significativa entre estas duas variáveis (2 = 2,402; gl = 1; ϸ = 0,121). Foi também analisada a relação do género com a utilização do fio dentário, procedendo-se a uma recodificação desta última variável, criando também dois grupos de alunos: os que “usam o fio dentário” (independentemente da sua periodicidade) e os que “não usam fio dentário”. Observou-se uma diferença significativa entre o género feminino e o género masculino (2 = 14,385; gl = 1; ϸ = 0,000), sendo as raparigas aquelas que mais utilizam o fio dentário. A Tabela V apresenta as diferenças nas perceções de saúde oral em função do género, verificando-se que só não foram encontradas diferenças significativas na classificação da higiene dos dentes. Nas restantes perceções, observam-se diferenças significativas, sendo que as raparigas revelaram preocupar-se mais com os seus dentes e também considerar que os seus dentes e o seu sorriso são mais importantes para a sua imagem pessoal comparativamente com os rapazes. A Tabela VI mostra as diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida, observando-se que apenas existem diferenças significativas numa das várias dimensões da qualidade de vida, mais propriamente no que respeita ao bem-estar físico, onde o género masculino revela ter uma perceção mais positiva relativamente ao seu estado físico do que o género feminino.. 16.

(22) Género Feminino. Mann-Whitney Masculino. 17. U. ƶ. ϸ. 184,0. 16760,5. -1,356. 0,175. 2,0. 168,5. 14106,5. -4,051. 0,000*. 206,0. 3,0. 173,6. 14972,0. -3,457. 0,001*. 207,7. 3,0. 171,6. 14628,5. -3,843. 0,000*. Md. Média das Ordens. Md. Média das Ordens. Classificação da higiene dos dentes. 4,0. 197,6. 4,0. Preocupação com a saúde dos dentes. 2,0. 210,1. Importância dos dentes para a imagem. 3,0. Importância do sorriso para a imagem. 3,0. * ϸ ≤ 0,05 Legenda: Md: Mediana.. Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Tabela V - Diferenças nas perceções de saúde oral em função do género.

(23) Género. 18. Qualidade de Vida. Feminino. Teste t Masculino. t. gl. ϸ. 4,65. -1,667. 380. 0,096. 31,5. 5,44. -1,295. 380. 0,196. 4,11. 20,1. 3,54. -2,738. 378,5. 0,007*. 28,7. 5,24. 29,1. 4,74. -0,781. 380. 0,435. Autonomia e Relação com os Pais. 24,2. 4,78. 25,0. 4,15. -1,779. 380. 0,076. Suporte Social e Grupo de Pares. 18,0. 2,44. 17,7. 2,68. 1,002. 380. 0,317. Ambiente Escolar. 16,2. 2,953. 16,0. 2,999. 0,880. 380. 0,380. Qualidade de Vida Total. 106,0. 15,087. 107,8. 13,252. -1,203. 380. 0,230. M. DP. M. DP. Autoimagem Corporal. 24,4. 5,02. 25,2. Autoestima. 30,7. 5,96. Bem-Estar Físico. 19,0. Bem-Estar Psicológico. * ϸ ≤ 0,05 Legenda: M: Média; DP: Desvio-padrão.. Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Tabela VI - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função do género.

(24) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Diferenças em função dos ciclos de estudo. Para relacionar o número de escovagens diárias com os ciclos de estudo, utilizou-se a recodificação da primeira variável com apenas dois grupos de alunos: os que “lavam os dentes uma vez por dia” e os que “lavam os dentes duas ou mais vezes por dia”. Aqui, verificou-se que existe uma relação entre o número de escovagens diárias e os ciclos de estudo frequentado pelos alunos (2 = 18,867; gl = 3; ϸ = 0,000), observando-se que este número de escovagens é maior nos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário comparativamente com os outros ciclos. Foi também analisada a relação dos ciclos de estudo com a utilização do fio dentário, utilizando-se igualmente a recodificação desta variável com apenas dois grupos de alunos: os que “usam o fio dentário” (independentemente da sua periodicidade) e os que “não usam fio dentário”. Concluiu-se que não existe uma relação significativa entre os ciclos de estudo frequentado pelos alunos e a utilização do fio dentário (2 = 6,075; gl = 3; ϸ = 0,108). A Tabela VII apresenta as diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de estudo. Observa-se que existem diferenças significativas entre os ciclos de estudo no que diz respeito à preocupação com os dentes e à importância atribuída aos dentes e ao sorriso, não existindo diferenças na classificação da higiene dos dentes. Pode ainda referir-se que os alunos do 2.º ciclo mostraram ser mais preocupados com a sua saúde dentária do que os alunos do ensino secundário, e também que os alunos do 1.º ciclo atribuíram mais importância aos seus dentes e ao seu sorriso do que os alunos do 3.º ciclo. Na Tabela VIII são apresentadas as diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida. Não se observam diferenças significativas para a autoestima, mas no que diz respeito à autoimagem corporal, existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes três ciclos de estudo, que mostram que os alunos do 1.º ciclo tinham uma melhor autoimagem do que os alunos dos restantes ciclos. No bem-estar físico, pode verificar-se que existem diferenças entre o 1.º ciclo e o 3.º ciclo, e entre o 1.º e 2.º ciclos e o ensino secundário, enquanto o bem19.

(25) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. estar psicológico apresenta diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes três ciclos de estudo. Pode verificar-se que o sentimento de bem-estar psicológico e de bem-estar físico foi mais positivo no 1.º ciclo do que nos restantes ciclos de estudo. No que diz respeito ao suporte social e grupo de pares, verificou-se que apenas existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo e o ensino secundário, onde o 1.º ciclo revela passar mais tempo com os amigos, divertir-se, ajudar-se, entre outros. Quanto ao ambiente escolar, existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes ciclos de estudo e também entre o 2.º ciclo e o ensino secundário. Também aqui se pode verificar que existe uma perceção de um melhor ambiente escolar entre os alunos de ciclos menos avançados. Na avaliação global da qualidade de vida, pode observar-se que existem diferenças significativas entre o 1.º ciclo e os restantes ciclos de ensino, onde o 1.º ciclo revelaram ter uma perceção mais positiva sobre a sua qualidade de vida.. 20.

(26) Tabela VII - Diferenças nas perceções de saúde oral em função dos ciclos de estudo. 1.º Ciclo Md. 2.º Ciclo. Kruskal-Wallis. 3.º Ciclo. Média das Media das Média das Md Md Ordens Ordens Ordens. Ensino Secundário Média das Md Ordens. 2. gl. ϸ. Post Hoc (Scheffé). 21. Classificação da higiene dos dentes. 4,0. 195,2. 4,0. 189,5. 4,0. 183,4. 4,0. 199,0. 1,584. 3. 0,663. n/s. Preocupação com a saúde dos dentes. 2,0. 198,9. 2,0. 215,0. 2,0. 189,8. 2,0. 170,4. 9,609. 3. 0,022*. 2 > ES. Importância dos dentes para a imagem. 3,0. 224,5. 3,0. 196,5. 3,0. 167,0. 3,0. 189,1. 19,117. 3. 0,000*. 1>3. Importância do sorriso para a imagem. 3,0. 213,9. 3,0. 201,3. 3,0. 174,3. 3,0. 185,7. 10,275. 3. 0,016*. 1>3. * ϸ ≤ 0,05 Legenda: n/s: não significativo; 1: 1.ºCiclo; 2: 2.º Ciclo; 3: 3.º Ciclo; ES: Ensino Secundário; Md: Mediana.. Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Ciclos de Estudo.

(27) Ciclos de Estudo 1º Ciclo. 3º Ciclo. Ensino Secundário M DP. F. gl. ϸ. Post Hoc (Scheffé). M. DP. M. DP. M. DP. Autoimagem Corporal. 28,0. 3,98. 23,7. 5,53. 23,8. 4,07. 24,2. 4,76. 16,981. 3. 0,000*. 1 > 2,3,ES. Autoestima. 32,2. 6,12. 29,8. 5,71. 30,8. 5,20. 31,4. 5,74. 2,562. 378. 0,055. n/s. 21,4. 3,43. 20,1. 4,06. 18,9. 3,65. 18,1. 3,74. 13,510. 3. 0,000*. 1,2 > ES; 1 >3. Bem-Estar Psicológico. 31,7. 3,99. 29,2. 4,96. 27,9. 4,90. 27,6. 5,10. 13,422. 3. 0,000*. 1 > 2, 3, ES. Autonomia e Relação com os Pais. 25,7. 4,11. 25,0. 4,34. 24,0. 4,74. 23,9. 4,58. 3,235. 378. 0,022. n/s. Suporte Social e Grupo de Pares. 18,5. 2,24. 18,0. 2,52. 18,0. 2,73. 17,2. 2,46. 4,376. 378. 0,005*. 1 >ES. Ambiente Escolar. 18,4. 2,04. 16,3. 2,82. 15,6. 2,57. 14,7. 3,03. 32,262. 3. 0,000*. Qualidade de Vida Total. 115,6. 11,26. 108,7. 13,30. 104,4. 13,74. 101,4. 14,47. 19,184. 3. 0,000*. Bem-Estar Físico. 22. Qualidade de Vida. 2º Ciclo. ANOVA. * ϸ ≤ 0,05 Legenda: n/s: não significativo; 1: 1.º Ciclo; 2: 2.º Ciclo; 3: 3.º Ciclo; ES: Ensino Secundário; M: Média; DP: Desvio-padrão.. 1 > 2, 3, ES; 2 > ES 1 > 2, 3, ES; 2 > ES. Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Tabela VIII - Diferenças na autoimagem corporal, na autoestima e na qualidade de vida em função dos ciclos de estudo.

(28) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Discussão. Hábitos e perceções de saúde oral. Neste estudo, observamos que a maioria dos alunos possui adequados conhecimentos e corretos hábitos de saúde oral. Deve realçar-se que a amostra em questão apresenta um NSE médio-alto e alto e, segundo alguns artigos, os hábitos e perceções de saúde oral favoráveis podem estar relacionados com o bom ambiente familiar, com a pertença a um NSE mais favorecido, com o maior nível de escolaridade dos pais e mesmo com a comunidade em que as crianças e os adolescentes estão inseridos. 20-22. . Por outro lado, algumas publicações referem. ainda que ao viver numa família com pais separados, ou com um baixo nível de escolaridade, existe um maior número de hábitos de saúde nocivos para as crianças e para os adolescentes 23-25. Assim sendo, poderá haver aqui alguma relação entre os bons hábitos das crianças e dos adolescentes do nosso estudo e as condições sociais, económicas e culturais mais favorecidas da família e dos contextos em que essas crianças e esses adolescentes estão inseridos. Na sua dissertação de mestrado, intitulada “Estilos de vida e prevenção primária na saúde oral em ambiente escolar”, Lopes refere que o início da adolescência é um período determinante para estabelecer padrões de comportamento e adquirir conhecimentos que persistirão e que serão fundamentais para a promoção da saúde geral e da saúde oral 22. Como vimos, as crianças e os adolescentes que participaram no nosso estudo revelaram que, globalmente, iam ao médico dentista pelo menos uma vez por ano, escovavam os dentes pelo menos duas vezes por dia e utilizavam fio dentário. De facto, estes são considerados bons hábitos de saúde oral. Por exemplo, sabemos que o fio dentário é um complemento fundamental à higiene oral, uma vez que a escova não permite o acesso aos espaços interproximais, logo este complemento ajuda a prevenir, se utilizado diariamente, o aparecimento de cáries interproximais 22. Também uma escovagem diária de no mínimo duas vezes contribui para um 23.

(29) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. controlo efetivo da placa bacteriana. 23. , embora não se encontre investigação que confirme. especificamente que a uma maior frequência diária de escovagens estejam associados mais benefícios para a população em geral 22. Além disso, no nosso estudo, a grande parte dos alunos, ainda que afirmasse escovar os dentes duas vezes por dia, referiu que idealmente deveria fazê-lo três vezes por dia. Como já referimos, não existem dados científicos que permitam concluir que uma maior frequência de escovagens diárias traga benefícios adicionais para a saúde oral 22. De qualquer modo, estes resultados sugerem que as crianças e os adolescentes do nosso estudo têm cuidados com a sua saúde oral. De facto, os resultados encontrados mostram que a maioria dos alunos era muito preocupada com a sua saúde dentária, referindo ainda que os dentes e o sorriso são muito importantes para a sua imagem, aspetos que se sabe serem cruciais no desenvolvimento psicossocial dos jovens e que são influenciados pelo meio em que eles estão inseridos e também pela sociedade em geral. 12,13,19. . Na nossa revisão bibliográfica, verificou-se que as principais. motivações das crianças e dos adolescentes para a manutenção de uma boa higiene oral relacionam-se com questões estéticas, pois a sociedade envolvente, e mesmo os meios de comunicação social, transmitem a ideia de que a aparência dos dentes é fundamental para a imagem de um jovem e também para o seu sucesso 12.. Diferenças em função do género. Neste estudo, verificou-se que apenas existem diferenças significativas em função do género no bem-estar físico, na preocupação com a saúde dentária e na importância atribuída aos dentes e ao sorriso para a imagem pessoal. Curiosamente, a não existência de diferenças em função do género no número de escovagens realizadas não vai totalmente ao encontro dos resultados observados por outros autores, em estudos realizados em Portugal 12,22. Estes estudos mostraram que o género feminino escovava os dentes mais vezes por dia do que o género 24.

(30) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. masculino, devido essencialmente a questões relacionadas com a aparência. 12,22. . De qualquer. modo, podemos dizer que esta ausência de diferenças, ao significar que há uma semelhança entre os padrões de higiene oral femininos e masculinos na nossa amostra, pode também estar a espelhar as semelhanças que existem entre os dois géneros, pois também ao nível da autoimagem corporal, da autoestima e da maioria das dimensões da qualidade de vida analisadas não se encontraram diferenças entre as raparigas e os rapazes que participaram no nosso estudo. Avaliando qual o género que se preocupa mais com a saúde oral, verifica-se que as raparigas são mais preocupadas do que os rapazes, relevando mesmo que os dentes são muito importantes para a sua imagem pessoal, assim como o seu sorriso, resultados que estão de acordo com vários estudos anteriores 12,20,22. Relativamente à autoestima, alguns estudos observam que o género masculino tem uma autoestima mais elevada do que o género feminino. 26,27. . No entanto, são várias as investigações. que têm vindo a constatar que não existem quaisquer diferenças de género na autoestima, sugerindo uma tendência para essas diferenças se esbaterem progressivamente 26-27. Já no que respeita à qualidade de vida, vários estudos realizados em países europeus, incluindo Portugal, demonstraram que a perceção sobre a qualidade de vida das crianças e dos adolescentes do género masculino é mais positiva do que a do género feminino. 1,28-29. . Num. estudo nacional realizado em 2002 por Vasquez-Nava et al, verificou-se que o género masculino considerava ter um melhor aspeto físico do que o género feminino, uma vez que este último parece ser mais exigente consigo mesmo em termos de aparência física. 24. , o que está de acordo. com as diferenças aqui encontradas para o bem-estar físico. Atualmente, e desde a revolução de 25 de Abril de 1974, as diferenças entre géneros no contexto português têm vindo a diminuir em diversos domínios. 30-31. . Quando surgem diferenças,. estas tendem a ser congruentes com os estereótipos de género feminino e masculino, favorecendo o género masculino em aspetos relacionados com a atividade e competência físicas, 25.

(31) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. com a imagem e a estima pessoais, e favorecendo o género feminino nos domínios verbal e académico em geral e no relacionamento interpessoal. No entanto, estas são diferenças pouco acentuadas 30-31. Em conjunto, estes aspetos podem explicar a ausência de diferenças em função do género na autoimagem corporal, na autoestima e na maioria das dimensões da qualidade de vida.. Diferenças em função dos ciclos de estudo. No estudo por nós realizado, observaram-se diferenças significativas para o número de escovagens diárias, onde os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário revelaram escovar os dentes com maior frequência. Relativamente à preocupação com os dentes, as diferenças mostraram que os alunos do 2.º ciclo eram mais preocupados do que os alunos do ensino secundário, e que os alunos do 1º ciclo davam uma maior importância aos seus dentes do que os alunos do 3.º ciclo. Tanto para a autoimagem corporal como para a qualidade de vida, verifica-se que existe uma diminuição nos níveis destas variáveis quando se comparam os ciclos de ensino mais precoces com os ciclos mais avançados. Embora não tenhamos encontrado investigações que explorem a relação das perceções de saúde oral com o ciclo de estudos frequentado, estes resultados sugerem que são os alunos mais jovens aqueles que apresentam maior preocupação com a saúde e estética orais. Por outro lado, os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário encontram-se numa fase mais avançada da adolescência e esta é uma fase caracterizada por inúmeras mudanças, tanto internas como externas, onde os adolescentes procuram muitas vezes uma aceitação por parte dos colegas e da sociedade. 12. . Talvez por isso apresentem perceções menos positivas sobre a sua imagem. pessoal e sobre a sua qualidade de vida. Além disso, em 1999, Kling et al também referem que os níveis de autoimagem corporal diminuem à medida que a consciência de si próprio aumenta, estando ligada, por exemplo, à mudança de escola e de colegas e às transições de ciclos de 26.

(32) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. ensino 26. A mudança de escola, por exemplo, exige um período de adaptação, e as perceções que as crianças e adolescentes constroem sobre si mesmos sofrem também reajustes, desempenhando um papel fundamental na adaptação a esse novo ambiente 19. No entanto, é de salientar que este é um estudo transversal, logo não podemos afirmar que estes resultados espelham verdadeiras diferenças de desenvolvimento. Por sua vez, a investigação realizada sobre a autoestima tem encontrado resultados contraditórios entre si. Há estudos que demonstram que a autoestima diminui com o início da adolescência, à semelhança do que se passa com a autoimagem. 26. , outros que não encontram. quaisquer diferenças e outros que referem que a autoestima até pode ser mais positiva com a transição para um novo ciclo de estudo. De qualquer modo, deve salientar-se que a maioria dos estudos observa que a autoestima tende a diminuir com as transições de ciclos de estudo a partir do momento da passagem da infância para a adolescência 26.. Conclusão. Neste trabalho, tivemos como objetivo geral avaliar a qualidade de vida, a autoestima, a autoimagem corporal e as perceções de saúde oral em crianças e adolescentes. Os principais resultados deste estudo mostraram que, globalmente, os participantes possuem hábitos e perceções de saúde oral adequados, assim como uma boa autoimagem corporal, uma autoestima positiva e uma boa perceção sobre a sua qualidade de vida, o que pode estar relacionado com o facto de pertencerem a estratos sociais e económicos mais favorecidos. A elaboração do estudo pode ter sido condicionada por ter sido realizada apenas numa instituição de ensino privada, podendo ter-se obtido por isso resultados mais positivos nas diversas variáveis. Salienta-se a necessidade de, em futuras investigações, estudar amostras que incluam simultaneamente contextos de ensino privado e público e que, consequentemente, prevejam a inclusão de alunos pertencentes aos diferentes estratos sociais e económicos. 27.

(33) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Os resultados mostraram ainda que, embora não se tenham encontrado diferenças significativas em função do género para a autoimagem corporal e para a autoestima e na maioria das dimensões da qualidade vida, a preocupação com a saúde oral e a importância atribuída aos dentes e ao sorriso foram significativamente maiores entre o género feminino, enquanto o género masculino apresentou uma perceção mais positiva sobre o bem-estar físico. Na comparação dos vários ciclos de estudo, o 1.º ciclo foi o que aparentou uma melhor perceção acerca da sua qualidade de vida. Os alunos do 2.º ciclo são mais preocupados com a sua saúde dentária do que os alunos do ensino secundário, e os alunos do 1.º ciclo dão mais importância aos seus dentes e ao seu sorriso do que os alunos do 3.º ciclo. Verificou-se ainda que o 1.º ciclo tem uma melhor autoimagem que os restantes ciclos e que não existem diferenças significativas relativamente à autoestima. Estes resultados podem estar relacionados com a atual tendência para a diminuição das diferenças de género, e também com os padrões de desenvolvimento psicossocial típicos da infância e da adolescência. O instrumento KIDSCREEN-27 ®, apesar de dirigido e validado para a população portuguesa é um pouco exaustivo para as crianças e, por esta validação ser recente não existe ainda um número alargado de investigações que permita uma comparação mais consolidada de resultados. Por outro lado, este instrumento, não contempla questões diretamente relacionadas com a saúde oral na dimensão que avalia a saúde e a atividade física. Existe então uma necessidade, para a população portuguesa, de validar ou mesmo construir instrumentos que avaliem especificamente a qualidade de vida relacionada com a saúde oral. Antes de ser iniciado um programa de saúde oral deve conhecer-se o perfil do públicoalvo, as suas atitudes e motivações para delinear estratégias que vão ao encontro das suas expectativas. O médico dentista deverá ser parte ativa e intervir na aprendizagem e alteração de padrões de comportamento das crianças e dos adolescentes e também, sempre que possível, envolver os educadores neste processo. 28.

(34) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. Referências bibliográficas 1.. Gaspar T, Gaspar de Matos M. Qualidade de Vida em Crianças e Adolescentes Versão Portuguesa dos Instrumentos Kidscreen 52. Cruz Quebrada: Aventura Social e Saúde; 2008.. 2.. Barbosa TS, Gavia MBD. Oral health related quality of life in children: Part I. How well do children know themselves? A systematic review. Int J Dent Hygiene 2008; 6: 93-99.. 3.. Barbosa TS, Tureli MCM, Gavia MBD. Validity and reliability of the Child Perceptions Questionnaires applied in Brazilian children. BMC Oral Health 2009; 9:13.. 4.. Barbosa TS, Gavia MBD. Oral health-related quality of life in children: Part II. Effects of clinical oral health status. A systematic review. Int J Dent Hygiene 2008; 6: 100-107.. 5.. Castro RAL, Portela MC, Leão AT, Vasconcellos MTL. Oral health–related quality of life of 11- and 12-yearold public school children in Rio de Janeiro. Community Dent Oral Epidemiol 2011; 39: 336-344.. 6.. Paula JS, Leite ICG, Almeida AB, Ambrosano GMB, Pereira AC, Mialhe FL. The influence of oral health conditions, socioeconomic status and home environment factors on schoolchildren’s self-perception of quality of life. Health and Quality of Life Outcomes 2012; 10:6.. 7.. Jokovic A, Locker D, Guyatt G. Short forms of the Child Perceptions Questionnaire for 11–14-year-old children (CPQ11–14): Development and initial evaluation. Health and Quality of Life Outcomes 2006; 4:4.. 8.. Gaspar T, Ribeiro JP, Matos MG, Leal I, Ferreira A. Health-Related Quality of Life in Children and Adolescents: Subjective Well Being. The Spanish Journal of Psychology, 2012; 15 (1): 177-186.. 9.. Haikal DAS, de Paula AMB, Martins AMEBL, Moreira AN, Ferreira AF. Autopercepção da saúde bucal e impacto na qualidade de vida do idoso: uma abordagem quanti-qualitativa. Ciência & Saúde Coletiva, 2011; 16(7): 3317-3329.. 10. Harter S. Causes, correlates, and the functional role of global self-worth: a life span perspective. In Sternberg RJ & Kolligian J, editors. Competence considered, New Haven: Yale University Press; 1990. p. 67-97. 11. Vaz Serra, A. A importância do auto-conceito. Psiquiatria Clínica. 1986; 7 (2), 57-66. 12. Bica I, Cunha M, Dos Santos Costa J, Rodrigues V, Neves D, Albuquerque I, Agostinho J, Pereira S, Lima T. Percepção e Satisfação Corporal em Adolescentes e a Relação com a sua Saúde Oral. Millenium 2011; 40: 115-131. 13. De Sousa CM, De Oliveira CPF. Características psicológicas associadas à saúde: a importância do autoconceito. Millenium 2002; 26. 14. Broder HL, Wilson-Genderson M. Reliability and convergent and discriminant validity of the Child Oral Health Impact Profile (COHIP Child’s Version). Community Dent Oral Epidemiol 2007; 35 (1): 20-31. 15.. Carvalho TS, Abanto J, Mendes FM, Raggio DP, Bönecker M. Association between parental guilt and oral health problems in preschool children. Braz Oral Res 2012; 26 (6): 557-63.. 29.

(35) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. 16. Jürgensen N, Petersen PE. Oral health and the impact of socio-behavioural factors in a cross sectional survey of 12-year old school children in Laos. BMC Oral Health 2009; 9: 29. 17.. Papalia DE, Olds SW, Feldman RD. O mundo da criança. Lisboa: McGraw-Hill; 2001.. 18. Patel RR, Tootla R, Inglehart MR. Does oral health affect self perceptions, parental ratings and video-based assessments of children’s smiles? Community Dent Oral Epidemiol 2007; 35: 44-52. 19. Rodd HD, Marshman Z, Porritt J, Bradbury J, Baker SR. Psychosocial predictors of children’s oral healthrelated quality of life during transition to secondary school. Qual Life Res 2012; 21: 707-716. 20. de Castilho AR, Mialhe FL, Barbosa TS, Puppin-Rontani RM. Influence of family environment on children’s oral health: a systematic review. J Pediatr (Rio J) 2013; 89: 116-23. 21. Fisher-Owens SA, Gansky SA, Platt LJ, Weintraub JA, Soobader MJ, Bramlett MD, Newacheck PW. Influences on Children's Oral Health: A Conceptual Model. PEDIATRICS 2007; 120 (3): 510-520. 22. Campos Lopes PAF. Estilos de vida e prevenção primária na saúde oral em ambiente escolar. Dissertação de Mestrado em Gestão e Economia da Saúde, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2012 23. Halvari A, Halvari H. Motivational predictors of change in oral health: an experimental test of selfdetermination theory. Motivation and Emotion 2006; 30: 295-306. 24. Vázquez-Nava F, Treviño-Garcia-Manzo N, Vázquez-Rodríguez CF, Vázquez-Rodríguez EM. Association between family structure, maternal education level, and maternal employment with sedentary lifestyle in primary school-age children. J Pediatr (Rio J) 2013; 89: 145-50. 25. Hesketh K, Crawford D, Salmon J, Jackson M, Campbell K. Associations between family circumstance and weight status of Australian children. Int J Pediatr Obes 2007; 2 (2): 86-96. 26. Kling KC, Hyde JS, Showers CJ, Buswell BN. Gender Differences in Self-Esteem: A Meta-Analysis. Psychological Bulletin. 1999; 125(4): 470-500. 27. Wigfield A, Eccles JS, Iver DM, Reuman DA, Midgley C. Transitions During Early Adolescence: Changes in Children's Domain-Specific Self-Perceptions and General Self-Esteem Across the Transition to Junior High School. American Psychological Association. 1991; 27 (4): 552-565. 28. Ravens-Sieberer U, Gosch A, Rajmil L, Erhart M, Bruil J, Duer W, Auquier P, Power M, Abel T, Czemy L, Mazur J, Czimbalmos A, Tountas Y, Hagquist C, Kilroe J, European KIDSCREEN Group. KIDSCREEN-52 quality of life measure for children and adolescents – Review. Expert Rev. Pharmacoeconomics Outcomes Res 2005; 5(2). 29. Rajmila L, Serra-Sutton V, Fernandez-Lopez JA, Berra S, Aymerich M, Cieza A, Ferrer M, Bullinger M, Ravens-Sieberer U. Versión española del cuestionario alemán de calidad de vida relacionada con la salud en población infantil y de adolescentes: el Kindl. An Pediatr (Barc) 2004; 60 (6): 514-21. 30. http://aventurasocial.com/2005/main.php. 30.

(36) Qualidade de Vida, Autoestima, Autoimagem e Perceções de Saúde Oral em Crianças e Adolescentes. 31. Pina-Neves S, Lima Santos N. Valores profissionais no contexto sócio-laboral português: Diferenças em função do sexo. In Veloso A, Almeida H, Silva I & Keating J, editors. Actas do V Simpósio sobre Comportamento Organizacional da Associação Portuguesa de Psicologia. Braga: Disponível em CD-ROM; 2002. 32. Lima Santos N, Pina-Neves S. Recent findings on gender differences in work values of Portuguese workers. Paper presented at the 10th European Congress of Psychology, Prague, Czech Republic; 2007.. 31.

(37) Anexos.

(38) Anexo 1 – Grelha NORMA S.A.R.L..

(39) Grelha para cotação do nível sócio-económico (Grelha NORMA, S.A.R.L.).

(40) AVALIAÇÃO DO ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO OCUPAÇÃO. 5 – ALTO. Alta Administração do Estado (Chefia ministerial, deputados, juízes e magistrados, directores gerais, etc.);. Direcção e pessoal superior dos quadros da Administração Pública (Directores, inspectores e chefes de serviço do Estado, dos corpos administrativos e de coordenação económica);. Direcção Administrativa de Empresas Privadas (Administradores, directores, inspectores gerais, gerentes e chefes de serviço, etc.);. Direcção Técnica de Empresas Privadas (Técnicos diplomados, responsáveis, engenheiros, economistas, consultores jurídicos, agentes técnicos, preparadores de serviço, etc.);. Entidades exercendo uma profissão liberal, técnicos e equiparados (Catedráticos, doutores, licenciados com alta posição, advogados com cartório, médicos com clínica própria, arquitectos com estúdio próprio, etc.);. Proprietários de grandes explorações agrícolas; Industriais com empresas de grande dimensão; Directores e grandes artistas de Artes (Teatro, cinema, bailado, música, etc.);. Escritores e Poetas de renome nacional comprovado; Escultores e Decoradores de reconhecida categoria; Pintores de arte, oficialmente galardoados; Altas personalidades ou Clero secular católico; Diplomatas e Cônsules do Corpo Diplomático acreditado em Portugal.. NORMA, S.A.R.L.. 1.

(41) AVALIAÇÃO DO ESTATUTO SÓCIO-ECONÓMICO. 4 – MÉDIO-ALTO Licenciados com posição média (Assistentes universitários, professores do ensino secundário, químicos contratados, engenheiros agrónomos e silvicultores, médicos veterinários, notários, etc.);. Pessoal dos quadros da Administração Pública de média categoria (Chefes de repartição, chefes se secção, funcionalismo público de carteira com posição destacada, etc.);. Pessoal dos quadros administrativos e técnicos de Empresas Privadas, sem funções directivas mas com posições destacadas em Bancos, Seguros, Comércio e Indústria (Contabilista, chefe de escritório, oficiais administrativos, tesoureiros, etc.);. Jornalistas, intérpretes e guias acreditados pelas entidades oficiais; Técnicos de teatro, cinema, rádio e televisão. Artistas de 2º plano; Religiosos regulares católicos; Professores de instrução primária; Profissões de carácter intelectual; Pessoal superior das equipagens de barcos e aeronaves (Comandantes, pilotos, comissários de bordo, hospedeiras, etc.);. Modelos e manequins de alta costura.. 3 – MÉDIO Proprietários de pequenas indústrias; Proprietários de exploração agrícolas de pequena e média dimensão; Proprietários de indústrias domésticas. Proprietários de pensões e restaurantes; Comerciantes e vendedores da pequena indústria; Proprietários de institutos de beleza ou cabeleireiros, de alfaiatarias, etc.; Empregados de escritório. Empregados de comércio e indústria; Angariadores e agentes comerciais. Caixeiros viajantes e compradores por conta de outrem; Capatazes e contramestres, verificadores e controladores de trabalho; Proprietários ou agricultores que trabalham eles próprios as suas terras; Regentes agrícolas; Capitães e mestres de embarcação. Radiotelegrafistas, etc.; Produtores e solicitadores; Despachantes de mercadorias; Empreiteiros de obras e serviços. NORMA, S.A.R.L.. 2.

Referências

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