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Quedas em idosos : aptidão física, equilíbrio e mobilidade e medo de cair em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico

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Academic year: 2021

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(1)QUEDAS EM IDOSOS Aptidão física, equilíbrio e mobilidade e medo de cair em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Joana Isabel Oliveira de Sousa Porto, 2008.

(2) QUEDAS EM IDOSOS Aptidão física, equilíbrio e mobilidade e medo de cair em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Monografia, realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano, da Licenciatura em Desporto e Educação Física, na área de Reeducação e Reabilitação da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Orientador: Professor Doutor José Oliveira Joana Isabel Oliveira de Sousa. Porto, 2008.

(3) Sousa, J. (2008). Quedas em Idosos – Aptidão física, equilíbrio e mobilidade e medo de cair em idosos praticantes e não praticantes de exercício físico. Porto: S. Joana. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Palavras-Chave: IDOSOS; QUEDAS; EXRCÍCIO FÍSICO; APTIDÃO FÍSICA; EQUILÍBRIO E MOBILIDADE; MEDO DE CAIR..

(4) “O lado bom das coisas: por mais velho que se seja, pode ser-se mais jovem do que nunca.”. Albert Einstein.

(5) AGRADECIMENTOS A elaboração deste trabalho partiu de um desafio lançado por um grande professor da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, Luzimar Teixeira. Ao Professor Doutor José Oliveira, meu orientador, pelas suas críticas cuidadosas e construtivas, pelo seu apoio, disponibilidade e dedicação. À Professora Doutora Joana Carvalho pelas imprescindíveis informações e esclarecimentos de dúvidas. À Professora Ana Paula, pelo carinho e incentivo demonstrado. Ao Lar Família do Futuro, em especial à D. Elisa e ao Centro de Apoio à Terceira Idade (C.A.T.I.), pela autorização à realização desta investigação nas suas instalações. A todos os idosos de ambas as instituições, pela disponibilidade e colaboração na realização dos testes. Ao meu pai Alberto pelo apoio e à minha mãe Celeste pelo carinho e paciência demonstrados nos meus momentos de stress e mau humor. À minha irmã Catarina e cunhado Jorge, por todo o incentivo que me deram para terminar este trabalho. Aos meus Avós paternos que em presença física já não se encontram e aos maternos dedico especialmente este trabalho, que corresponde ao final de uma etapa à qual eles tanto esperavam ver concretizada. Aos meus colegas de turma, pelo apoio dado uns aos outros nos longos dias passadas na biblioteca e pelo companheirismo, amizade e bons momentos passados ao longo do curso. A todos os meus amigos e amigas, em especial à Salomé, Dina, Raquel e Mafalda por estarem sempre presentes.. A todos vós um grande obrigado!. V.

(6) ÍNDICE GERAL Agradecimentos ...............................................................................................VII Índice Geral ....................................................................................................... IX Índice de Quadros ............................................................................................. XI Índice de Anexos............................................................................................. XIII Resumo ........................................................................................................... XV Abstract ......................................................................................................... XVII Abreviaturas e Símbolos .................................................................................XIX I. Introdução...................................................................................................... 1 II. Revisão da Literatura ................................................................................... 3 2.1 Epidemiologia das quedas em idosos – determinantes dos factores de risco de quedas………………………………………………………………………..3 2.2 Exercício físico e prevenção de quedas em idosos……………………….14 III. Objectivos .................................................................................................. 27 3.1. Objectivo Geral ...................................................................................... 27 3.2. Objectivos Específicos........................................................................... 27 IV. Hipóteses................................................................................................... 29 V. Material e Métodos..................................................................................... 31 5.1. Caracterização da Amostra ................................................................... 31 5.2. Procedimentos Metodológicos............................................................... 31 5.3. Procedimentos Estatísticos.................................................................... 35 VI. Resultados................................................................................................. 37 VII. Discussão ................................................................................................. 45 VIII. Conclusões.............................................................................................. 51 IX. Propostas para trabalhos futuros ........................................................... 53 X. Bibliografia ................................................................................................. 55 XI. Anexos ....................................................................................................... 65. VI.

(7) ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1. Factores de risco para as quedas………………………………………4 Quadro 2. Frequência absoluta da idade nos dois grupos (média ± desvio padrão)………………………………………………………………………………...34 Quadro 3. Valor médio da frequência de quedas no período de um ano que precede o estudo nos dois grupos (média ± desvio padrão)……………………35 Quadro 4. Frequências absoluta e relativa de ocorrência e não ocorrência de quedas nos dois grupos……………………………………………………………..35 Quadro 5. Valores da média ajustada para a idade da distância registada no teste Sentado e alcançar nos dois grupos (média ± desvio padrão)…………...36 Quadro 6. Valores da média ajustada para a idade no teste Levantar e sentar na cadeira nos dois grupos (média ± desvio padrão)……………………………36 Quadro 7. Valores da média ajustada para a idade no teste Sentado, caminhar 2,44m e voltar a sentar nos dois grupos (média ± desvio padrão)……………..37 Quadro 8. Valores médios, ajustados para a idade, dos Scores obtidos na Escala de Equilíbrio e Mobilidade de Tinetti nos dois grupos (média ± desvio padrão)………………………………………………………………………………...37 Quadro 9. Comparação da distribuição da amostra relativamente ao medo de cair (média ± desvio padrão, valores de Z e de p), avaliados através da FES-I, nos dois grupos………………………………………………………………………38 Quadro 10. Coeficientes de correlação entre os testes de ApF e o Equilíbrio e Mobilidade avaliados pela escala de Tinetti (1994)………………………………39 Quadro 11. Coeficiente de correlação entre o score relativo ao medo de cair e a performance nos testes de ApF………………………………………………….39 Quadro 12. Valor do Odds Ratio para o risco de queda no grupo NP………...40. VII.

(8) ÍNDICE DE ANEXOS. Anexo I: Descrição dos Testes da Bateria Senior Fitness Test (STF) de Rikli e Jones (1999). Anexo II: Ordem de Aplicação dos Testes da Bateria Senior Fitness Test (STF) de Rikli e Jones (1999) (apenas os três utilizados no estudo). Anexo III: Questionário/Entrevista Anexo IV: Fichas de registo dos testes utilizados no estudo Anexo V: Declaração de Consentimento Informado. VIII.

(9) RESUMO Introdução: O declínio da aptidão física (ApF) e do equilíbrio e mobilidade e o medo de cair aumentam o risco de quedas em idosos. Objectivos: O objectivo principal deste estudo foi comparar a ocorrência de quedas, a ApF, o equilíbrio e mobilidade e o medo de cair em idosos com e sem prática de exercício físico regular. Adicionalmente procurou-se determinar possíveis associações entre as medidas da ApF com o equilíbrio e mobilidade e o medo de cair e ainda a razão de risco de quedas em função de ser ou não praticante de exercício. Metodologia: A amostra foi composta por 30 idosos institucionalizados com idades compreendidas entre os 67 e os 93 anos de idade, igualmente divididos por dois grupos em função de praticarem (P) ou não (NP) exercício físico regularmente. A ocorrência de quedas no ano anterior á data de realização deste estudo foi reportada pelos sujeitos em entrevista. Para avaliar a ApF foram utilizados três testes da Bateria Senior Fitness Test (SFT), de Rikli e Jones. O equilíbrio e mobilidade foram medidos pela Escala de Equilíbrio e Mobilidade de Tinetti e, por último, para avaliar o medo de cair, recorremos à Falls Efficacy Scale International (FES-I). Resultados: Os idosos do grupo P apresentaram valores mais elevados de ApF e de equilíbrio e mobilidade e mais reduzidos para o medo de cair, sendo as diferenças para o grupo NP estatisticamente significativas (p<0,05). As correlações entre os desempenhos nos testes de ApF e os índices de equilíbrio e mobilidade e o medo de cair foram significativas. A frequência de quedas reportadas pelos P e NP foi semelhante, contudo, os resultados da regressão logística indicaram que estes últimos apresentam um risco 1,5 vezes superior de queda relativamente aos P (Odds Ratio = 1,5). Conclusão: Conclui-se que a prática de exercício repercute-se positivamente na ApF, no equilíbrio e mobilidade e no medo de cair. Estes factos não se traduziram em diferenças no número de quedas reportadas, mas são sugestivos de uma tendência para a diminuição do risco de quedas comparativamente aos idosos institucionalizados NP. Palavras-Chave:. IDOSOS;. QUEDAS;. EXRCÍCIO. EQUILIBRIO E MOBILIDADE; MEDO DE CAIR.. IX. FÍSICO;. APTIDÃO. FÍSICA;.

(10) ABSTRACT Introduction: The decline in physical fitness (PF), balance and mobility together with fear of falling increase the risk of falls in elderly people. Objectives: The main goal of this study was to compare in elderly subjects with and without regular practice of physical exercise (PE) the occurrence of falls, PF, balance and mobility and the fear of falling. Methodology: The sample was composed by 30 elderly subjects, aged between 67 and 93 years old, equally divided in two groups in function of being practitioners (P) or non-practitioners (NP) of regular PE. The occurrence of falls in the past year before the study was self-reported. To evaluate PF three tests of the Senior Battery Fitness Test (SFT), of Rikli and Jones were used. Balance and mobility were assessed by the Scale of Balance and Mobility of Tinetti and, the Falls Efficacy Scale International (FES-I) was used to evaluate the fear of falling. Results: Subjects on group P presented higher values of PF and balance and mobility and smaller values on the fear of falling, being the differences to group NP statistically significant (p<0,05). The correlations between the performance in the tests of PF and the indexes of balance and mobility and the fear of falling were significant. The frequency of falls reported by P and NP were similar, however, the results of logistics regression indicated that NP group had a risk 1,5 times higher of falling relatively to group P (Odds Ratio =1,5). Conclusion: We concluded that the practice of regular exercise has a positive effect in PF, in the balance and mobility and on the fear of falling. These facts didn’t led to differences in the number of falls reported, but they suggest a trend in the diminution of the risk of falls compared to elderly institutionalised NP. Keywords: ELDERLY; FALLS; PHYSICAL EXERCISE; PHYSICAL FITNESS; BALANCE AND MOBILITY; FEAR OF FALLING.. X.

(11) ABREVIATURAS E SÍMBOLOS. ApF: Aptidão física MI: Membros inferiores AF: Actividade física EF: Exercício físico PF: Performance funcional M-FES: Escala de Eficácia de Quedas Modificada P: Praticantes de exercício físico regular NP: Não praticantes de exercício físico regular SFT: Senior Fitness Test SA: Sentar e alcançar SC2,44VS: Sentado, caminhar 2,44m e voltar a sentar LSC: Levantar e sentar na cadeira EMT: Equilíbrio e Mobilidade de Tinetti FES-I: Falls Efficacy Scale International SPSS: Statistical Package for the Social Sciences ±: Mais ou menos =: Igual -: Menos %: Percentagem ≤: Menor ou igual <: Menor que ≥: Maior ou igual >: Maior que n: Amostra p: Nível de significância m: Metros cm: Centímetros. XI.

(12) Introdução. I. Introdução. Actualmente, o aumento da proporção da população idosa é uma realidade demográfica cada vez mais significativa nos países desenvolvidos (Carvalho & Soares, 2004). O aumento da expectativa de vida e consequente crescimento da população. de. idosos. têm. gerado. modificações. no. seu. perfil. de. morbimortalidade (Siqueira et al., 2007). Para além das doenças crónicodegenerativas, as quedas são agravos prevalentes entre aqueles passíveis de prevenção (Siqueira et al., 2007). Considerando. que. as. quedas. são. eventos. que. modificam. substancialmente a qualidade de vida dos idosos (Hatch, Gill-Body & Portney, 2003) e que a independência para a realização das actividades da vida diária é um dos objectivos mais importantes para os idosos, são necessárias intervenções que visem a prevenção de quedas pela melhoria da aptidão física (ApF) e do equilíbrio postural, melhorando assim a qualidade de vida dos idosos que actualmente deve ser uma prioridade em toda e qualquer política de saúde pública (Ribeiro & Pereira, 2005). A diminuição da ApF e da capacidade de controlo do equilíbrio nos idosos são, entre outros, os principais factores de risco para a limitada mobilidade e para a ocorrência de quedas (Sihvonen, Sipiä & Era, 2004). A manutenção e controlo da postura e equilíbrio em pé são requisitos essenciais para a independência na realização de muitas actividades da vida diária (Pajala et al., 2004). Uma vez que as quedas são de extrema importância no que diz respeito à funcionalidade e saúde do idoso, Murphy, Olson, Protas e Overby (2003), referem a necessidade da existência de programas para a prevenção de quedas.. 1.

(13) Revisão da Literatura. Estrutura do estudo No sentido de responder aos objectivos deste estudo, este trabalho desenvolveu-se ao longo de onze capítulos. No primeiro capítulo apresentar-se-á a temática em estudo, procurando enquadrar o leitor na temática tratada e justificar a sua pertinência perante o estado de conhecimento actual. No segundo capítulo será apresentada a revisão da evidência científica disponível nesta área do conhecimento. Inicialmente trata-se da epidemiologia das quedas em idosos, enunciando de seguida os factores de risco. Apresentaremos uma revisão de estudos de intervenção que demonstram que indivíduos activos têm melhor aptidão física e menor risco de quedas e, por último, revela-se a importância do exercício físico na prevenção de quedas. No terceiro capítulo irão ser enumerados os objectivos do estudo e no quarto capítulo as hipóteses previamente estudadas. No quinto capítulo descrever-se-á o material e os métodos utilizados para atingir os objectivos propostos. Irá ser efectuada uma descrição da amostra em estudo, dos instrumentos utilizados para a recolha dos dados e dos procedimentos estatísticos aplicados na sua análise. No sexto capítulo serão apresentados os resultados obtidos através do tratamento dos dados recolhidos. No sétimo capítulo apresentar-se-á a discussão dos resultados obtidos, enquadrando-os com a evidência científica actual. No oitavo capítulo terão lugar as principais conclusões obtidas a partir desta investigação e no capítulo seguinte as propostas para trabalhos futuros. No décimo capítulo irão ter lugar todas as referências bibliográficas consultadas, que serviram de suporte à realização deste estudo. O último capítulo consistirá na apresentação de anexos indispensáveis ao. desenvolvimento. desta. 2. pesquisa..

(14) Revisão da Literatura. II. Revisão da Literatura. 2.1 Epidemiologia das quedas em idosos – determinantes dos factores de risco de quedas. As quedas são actualmente consideradas uma das principais causas de morte, morbilidade e deterioração funcional nos idosos (Anand, Bucley, Scally & Elliott, 2003). Em França, segundo dados recolhidos por DeGoede e Ashton-Milleer (2002), contam-se mais de 2 milhões de quedas por ano em indivíduos com mais de 65 anos. As quedas correspondem a 90% dos acidentes que ocorrem no idoso (DeGoede & Ashton-Milleer, 2002). Cerca de 3% das quedas resultam em fracturas, sendo as localizações anatómicas mais frequentes, a da bacia, o fémur, as vértebras, o úmero, a mão, a perna e o tornozelo (Rogers, Rogers, Takeshima & Islam, 2003; Shoenfelder & Rubenstein, 2004). Em todo o mundo ocorrem anualmente 1,7 milhões de fracturas do colo do fémur, sendo que mais de 90% delas são associadas a quedas (Shoenfelder & Rubenstein, 2004). No Brasil, no ano de 2000, foram registadas 2.030 mortes em idosos devido a quedas, ocupando o terceiro lugar na mortalidade por causas externas (Fabrício, Rodrigues & Costa, 2002). Segundo Condron e Hill (2002), as quedas são um problema comum que está ligado ao envelhecimento. Além das lesões sérias associadas às quedas, como é o caso das fracturas da bacia (já acima referida) e do punho, o medo de cair, com o consequente aumento da inactividade, parece ser também um sério problema para a população idosa (Hatch et al., 2003). Os mesmos autores consideram o medo de cair como um outro factor que também contribui para explicar a confiança no equilíbrio, mostrando que pessoas com pouca confiança no seu. 3.

(15) Revisão da Literatura. equilíbrio, não só o têm afectado, como têm ainda mais medo de cair e de se movimentar devido a estas limitações. Num estudo realizado por Fuzhong, Fisher, Harmer, McAuley e Wilson (2003), foi possível concluir que idosos com elevados índices de medo de cair apresentaram uma menor funcionalidade na realização de actividades do dia a dia, de função do membro inferior (MI) e uma menor qualidade de vida, comparativamente com idosos com menor receio face às quedas. Os idosos que normalmente sofrem quedas apresentam índices de equilíbrio significativamente mais baixos que os idosos que não sofreram (Gunter et al., 2003). Factores de Risco No Quadro 1 apresentam-se de forma sumariada os principais factores de risco de quedas reportados na literatura. Quadro 1. Factores de risco para as quedas. Factores de Risco Fraqueza muscular Historial de quedas. Deficiências na marcha. Deficiências no equilíbrio. Deficiência visual Artrites. Autores American Geriatrics Society (2001), New South Wales Health Department, (2001). American Geriatrics Society (2001), New South Wales Health Department (2001), Rogers et al. (2003), Tromp et al. (2001). American Geriatrics Society (2001), Auvinet et al. (2003), Lojudice (2005), New South Wales Health Department (2001), Rubenstein et al. (2004). American Geriatrics Society, (2001), Lojudice (2005), New South Wales Health Department (2001), Rubenstein et al. (2004). American Geriatrics Society (2001), Lojudice (2005), New South Wales Health Department (2001). Akyol (2007). American Geriatrics Society (2001).. 4.

(16) Revisão da Literatura. Actividades de vida diária debilitadas Depressão Debilidade cognitiva Idade superior a 80 anos Redução da força Doenças neurológicas. American Geriatrics Society (2001), New South Wales Health Department (2001). Akyol (2007), Bishop, Meuleman, Robinson & Light, 2006, Lojudice (2005). American Geriatrics Society (2001). American Geriatrics Society (2001). American Geriatrics Society (2001), Rogers et al. (2003). Akyol (2007).. Doenças cardiovasculares Doenças gastrointestinais Doenças metabólicas Doenças geniturinárias Doenças do foro psicológico Deficit de força de preensão. Lojudice (2005). palmar Sexo feminino Osteoartrose Falta de exercício/sedentarismo Saúde debilitada. New South Wales Health Department (2001), Lojudice (2005), Siqueira et al. (2007). New South Wales Health Department (2001).. Debilidades na flexibilidade Fadiga Calçado inapropriado Iluminação deficiente Pisos molhados Superfícies irregulares. 5.

(17) Revisão da Literatura. Estadias prolongadas no. New South Wales Health Department (2001).. hospital, ambientes desconhecidos ou com multidões. Medo. Bishop et al. (2006).. Auto percepção de saúde. Siqueira et al. (2007).. como sendo baixa Idosos separados ou divorciados Lojudice, (2005), New South Wales Health Department (2001), Oliveira (2002), Rekeneire et al. (2003), Siqueira et al. (2007), Vassalo, Vignaraja, Sharma, Briggs e Allen (2006). New South Wales Health Department (2001), Oliveira (2002).. Medicamentos. Álcool. Um dos mais importantes factores de risco de quedas é haver um historial anterior de queda (American Geriatrics Society, 2001; New South Wales Health Department, 2001; Rogers et al., 2003; Tromp et al., 2001). O facto de se ter tido uma experiência de queda, pode vir a inibir a prática de actividade física (AF) pelo medo de voltar a cair (Murphy, William & Gill, 2002). A American Geriatrics Society (2001) classificou os factores de risco para as quedas por ordem decrescente de relevância: fraqueza muscular, historial de quedas, deficiências na marcha, deficiências no equilíbrio, deficiência visual, artrites, actividades de vida diária debilitadas, depressão, debilidade cognitiva e idade superior a 80 anos. A organização anteriormente citada elaborou uma lista de recomendações específicas que devem ser parte integrante da avaliação clínica de pessoas que já caíram ou que estão em risco de quedas. Devem ser aplicados como parte dos cuidados primários, especialmente nas pessoas mais idosas, mesmo quando não existe história prévia. de. quedas.. Neste. aspecto. 6. devem. ter. em. atenção:.

(18) Revisão da Literatura. 1. Todos os idosos que estão sob os cuidados profissionais de saúde devem ser questionados pelo menos uma vez por ano sobre a ocorrência de quedas. 2. Todos os idosos que já sofreram uma queda devem ser observados a levantar-se da cadeira sem o uso dos braços, caminhar em diversos ritmos, e voltar (“Get up and go test”). Também deve ser dada especial atenção às pessoas idosas que já sofreram uma ou mais quedas, que apresentem anomalias na marcha e/ou equilíbrio, ou relatem ter experimentado quedas periodicamente. 1. Idosos que precisem de cuidados médicos por causa da queda, relatem quedas recorrentes no período de um ano prévio à consulta ou demonstrem anomalias na marcha e/ou equilíbrio, devem passar por uma avaliação da queda. 2. A avaliação da queda inclui: a(s) circunstância(s) em que ocorreu, a medicação, problemas médicos agudos ou crónicos, níveis de mobilidade, exames à visão, marcha e equilíbrio, estado mental, força muscular, propriocepção, reflexos e uma avaliação do estado de saúde cardiovascular. Segundo Rogers et al. (2003) e a American Geriatrics Society (2001), já acima citados, a redução da força é outro factor importante que contribui para as quedas. Uma diminuição da força muscular tem efeitos deletérios ao nível da marcha e da mobilidade, frequentemente limitados em populações idosas (Rogers et al., 2003). Akyol (2007), no seu estudo sobre o que pode ser feito nas quedas dos idosos, encontrou como causas comuns as seguintes situações: doenças neurológicas, como por exemplo, doença de Parkinson, delírios, desordens cerebrais, neuropatia periférica e demência; doenças cardiovasculares, como por exemplo, enfarte agudo do miocárdio, hipotensão ortostática e arritmias; doenças. gastrointestinais,. metabólicas. como. como. as. hipotiroidismo,. hemorragias hipoglicemia. e e. diarreia;. doenças. anemia;. doenças. geniturinárias como a incontinência e doenças do foro psicológico como a ansiedade. O mesmo autor criou uma lista de segurança em casa, na qual se. 7.

(19) Revisão da Literatura. apresenta as seguintes indicações: no que diz respeito ao chão, o autor recomenda remover os tapetes escorregadios, fixar as bordas do tapete às mobílias, manter tudo arrumado e remover cabos e fios do chão; na cozinha, evitar que hajam cadeiras muito baixas que não permitam levantar rapidamente; na casa de banho, instalar barras de apoio até ao chuveiro e usar tapetes anti-derrapantes; no quarto deve ser colocada uma luz junto à cama que possa ser alcançada com facilidade e, por fim, deve-se ter especial atenção em não deixar nada em cima das cadeiras e instalar corrimões de ambos os lados nas escadas. Dois factores, enunciados por Akyol (2007), muito importantes na redução do número de ferimentos causados pelas quedas são os programas de exercício que incrementam a força muscular e flexibilidade e o apoio psicológico que ajuda os pacientes a lidarem melhor com os problemas emocionais. Para finalizar a linha de estudo este autor refere as quedas como a principal causa de lesões relacionadas com visitas à emergência dos hospitais e como principal causa de mortes acidentais em idosos. Neste grupo etário as quedas estão associadas à mortalidade significativa, que costuma levar a um declínio das funções físicas e psicológicas (Akyol, 2007). A taxa de mortalidade,. ainda. na. linha. de. estudo. do. mesmo. autor,. aumenta. dramaticamente com a idade em ambos os sexos e em todos os grupos raciais e étnicos, com as quedas representando 70% das mortes acidentais em pessoas com 75 anos de idade ou mais. Segundo a New South Wales Health Department. (2001), as causas para as quedas nos idosos são multifactoriais, envolvendo uma combinação de factores intrínsecos (pessoais) e extrínsecos (ambientais ou externos). Raramente se encontra apenas uma causa para as quedas. Nos factores intrínsecos estão incluídos a saúde debilitada e a falta de exercício, levando a debilidades na força, equilíbrio, marcha e flexibilidade e alguns medicamentos ou combinações de medicamentos (que afectem a visão, equilíbrio e vigilância, como por exemplo os sedativos, calmantes, entre outros). A fadiga, as dificuldades visuais, o historial de queda e o uso de álcool também fazem parte dos factores intrínsecos ou pessoais. Nos factores extrínsecos estão incluídos. 8.

(20) Revisão da Literatura. o calçado inapropriado, estadias prolongadas no hospital, ambientes desconhecidos ou com multidões, actividades da vida diária, como por exemplo, fazer a cama, jardinar, vestir, fazer compras, e os riscos ambientais, como as superfícies irregulares, iluminação deficiente e pisos molhados (New South Wales Health Department (2001). Num estudo efectuado por Lojudice (2005), em 105 idosos, chegou-se à conclusão que os factores de risco considerados significativos para o relato de 40% das quedas foram: ser do sexo feminino, o uso de medicamentos, a visão deficiente, a ausência de AF, a presença de osteoartrose, ter depressão, deficit de força de preensão palmar e distúrbios no equilíbrio e na marcha. A autora recomenda a criação de um programa de prevenção de quedas em instituições, através da intervenção multidisciplinar, de forma a proporcionar uma melhoria da qualidade de vida dos idosos. Oliveira (2002) refere o álcool como um importante contribuidor para anormalidades no equilíbrio e na marcha, embora não tenha sido relatado por idosos que sofreram quedas. Vassalo et al. (2006) realizaram um estudo em que analisaram a associação entre o uso de calmantes e o risco de quedas num conjunto de pacientes idosos confusos e não confusos de um hospital. Concluíram que pacientes confusos e pacientes sob o efeito de tranquilizantes têm maior risco de quedas do que os não confusos e os que não estavam sob o efeito deste tipo de medicamento. No estudo efectuado por Lojudice (2005), já anteriormente citada, relativamente às condições extrínsecas das quedas nos idosos, constatou-se que os locais mais habituais de quedas foram a casa de banho e o quarto, embora a sala, a varanda e a cozinha também tenham sido referidos, mas em menor percentagem. Quanto ao período de ocorrência das quedas, cerca de metade ocorreram de manhã, 38,1% à tarde e apenas 9,5% à noite e a mesma percentagem de madrugada. Percentagens semelhantes foram encontradas nos estudos de Oliveira (2002). Como se pode constatar, uma pequena percentagem de idosos caiu à noite ou de madrugada, contrariando a ideia do senso comum de que esta população cai mais durante esse período, quando. 9.

(21) Revisão da Literatura. se levantam para ir à casa de banho ou beber água (Lojudice, 2005). Ainda na linha de estudo da mesma autora, quanto ao tipo de piso em que ocorreram as quedas, destacou-se o piso liso, sendo que um pouco mais de metade se apresentavam secos. Nenhum dos locais de ocorrência de quedas apresentava degraus ou rampas. A presença de corrimão é que apenas se verificou num caso, enquanto que nos restantes 97,6% dos acidentes ocorreram sem a presença de corrimão (Lojudice, 2005). Relativamente à actividade realizada aquando o momento da queda, a maior percentagem relata a caminhada. Para finalizar, a autora refere que é importante termos em consideração todos estes factores de risco de ocorrência de quedas, de modo a melhor conceber um programa específico de intervenção no domínio da concepção arquitectónica dos espaços frequentados pelos idosos (como por exemplo, as casas e as instituições). O objectivo do estudo levado a cabo por Siqueira et al. (2007) foi analisar a prevalência de quedas em idosos e a influência de variáveis a elas associadas. Os resultados do estudo revelam que a prevalência de quedas entre os idosos foi de 34,8%, significativamente maior nas mulheres (40,1%). Entre os que sofreram quedas, 12,1% tiveram fracturas como consequência. A prevalência de quedas associou-se com a idade avançada, sedentarismo, auto percepção de saúde como sendo baixa e maior número de medicações referidas para uso contínuo (Siqueira et al., 2007). Um facto também relevante e salientado pelos autores é que idosos separados ou divorciados apresentaram elevado risco de quedas. Segundo os mesmos autores, o cuidado mútuo entre parceiros pode explicar a baixa ocorrência de quedas entre aqueles que vivem com companheiro. Os autores alertam para o facto da necessidade de serem realizadas melhorias na infra-estrutura dos domicílios, a fim de minimizar a ocorrência deste desfecho entre idosos. Bishop et al. (2006) desenvolveram um tema acerca da influência do medo e da depressão no medo de cair, na mobilidade e no equilíbrio de homens idosos. Neste estudo foram analisados os dados de 95 pacientes, com idades entre os 60 e os 95 anos de idade, em que todos realizaram um programa individualizado de exercício fisco (EF). Constatou-se que a dor foi um. 10.

(22) Revisão da Literatura. indicador significativo para uma diminuição do equilíbrio e da mobilidade, mas não no medo de cair. No entanto, a principal razão para a queda (35%) foi de origem neurológica (doença de Parkinson), traumatismos crânio-encefálicos ou acidente vascular cerebral e 20% de origem músculo-esquelética. Rubenstein et al. (2004), no estudo realizado com idosos, tentaram conhecer a qualidade dos cuidados prestados a este grupo etário que sofriam quedas ou que sofriam de instabilidade. Foi detectado que muitas vezes as quedas não têm uma avaliação adequada, conduzindo a uma escassez de recomendações e tratamentos. Fabrício, Rodrigues e Costa (2002) referem que as consequências decorrentes da queda podem ser de ordem física, psicológica e social. Como consequências físicas os autores citaram as fracturas, contusões e lesões neurológicas. Nas consequências psicológicas são citados o síndrome pósqueda, caracterizado pelo medo de voltar a cair, perda da autonomia e autoestima, e pela modificação dos hábitos anteriores de vida. Já entre as consequências sociais, merece especial destaque a necessidade de mudança de domicílio para receber cuidados em hospitais ou em instituições (Fabrício et al., 2002). A American Geriatrics Society (2001) indica que geralmente as quedas resultam de uma interacção de diversos factores intrínsecos relacionados com a idade e doenças, e de riscos ambientais ou de situações que podem muitas vezes ser corrigidas. Recentemente, tem-se assistido ao desenvolvimento de várias estratégias de intervenção para reduzir as quedas e a instabilidade, incluindo a avaliação das mesmas, provocando melhorias nos factores de risco através de programas de exercício orientado e programas de modificação ambiental (American Geriatrics Society, 2001; Chang et al. 2004). No entanto, devido ao facto de muitas vezes os idosos não se queixarem aos médicos sobre esses problemas, podem passar despercebidos, não se tratando, a fim de evitar uma lesão ou deficiência (Rubenstein et al. 2004). É possível demonstrar, segundo Chang et al. (2004), que se houvesse uma gestão baseada na orientação e prevenção das quedas, onde os clínicos deveriam inquirir regularmente acerca das quedas e instabilidade, tornava mais fácil a. 11.

(23) Revisão da Literatura. realização de um diagnóstico para identificar as causas mais prováveis e os factores contribuintes. Auvinet et al. (2003) realizaram um estudo em que pretendiam avaliar as anormalidades da marcha em descidas, em idosos, através do sistema de análise da marcha – Locometrix. Este dispositivo fornece variáveis como a velocidade, frequência, duração, simetria e regularidade da marcha. As variáveis foram analisadas ao longo de um período de 20 segundos a caminhar sobre uma pista plana da 40 metros. O estudo contou com 20 idosos hospitalizados por quedas e 33 idosos residentes em domicílio. Todas as variáveis analisadas foram menores no grupo de quedas (Auvinet et al., 2003). Segundo os mesmos autores, variáveis como a velocidade, comprimento e frequência da marcha não foram consideradas relevantes no que diz respeito ao risco de queda. Por outro lado, a simetria e a regularidade foram correlacionadas com o risco de queda, com especial ênfase na última (Auvinet et al., 2003). No estudo realizado na Austrália, por Hill e Schwarz (2004), os autores constataram que as quedas continuam a ser uma das principais causas de mortalidade para idosos australianos, apesar do crescimento considerável das actividades de prevenção nos últimos anos. Para estes autores, os factores de risco estão bem definidos e existe uma base de evidência crescente a partir de ensaios controlados na comunidade, indicando uma gama de configurações individuais e intervenções para reduzir as lesões provocadas por quedas. Estas vão desde abordagens à promoção da saúde, tais como programas de intervenção multidisciplinar e multifactorial (Hill e Schwarz, 2004). Na opinião dos autores, este aprofundamento da investigação também deve ser feito em ambientes hospitalares e de cuidados de saúde. Como conclusão do estudo, os autores referem que as intervenções feitas ao nível da redução do risco de quedas têm-se revelado eficazes entre os idosos. Todavia, ainda com o inaceitável elevado número de quedas e de hospitalizações relacionadas com tais episódios, os profissionais têm o desafio de adaptar as suas investigações na prevenção, a fim de alcançar um melhor desfecho para os idosos australianos. (Hill. &. Schwarz,. 12. 2004)..

(24) Revisão da Literatura. As quedas em idosos apresentam graves problemas para toda a sociedade (Huang, Gau, Lin & Kernohan, 2003). Estes quatro autores realizaram um estudo com o objectivo de investigar o papel de uma checklist de estimação e redução do risco de quedas para os idosos de Taiwan. O estudo tentou testar vários aspectos dos factores de risco para quedas em idosos, tais como, a forma física, o ambiente, os sapatos, o apoio social e o estado cognitivo. Para se poderem atingir as metas de qualidade de vida e promoção da saúde, os profissionais da área da saúde devem realizar uma avaliação de risco de quedas em idosos (Huang et al., 2003). Na linha de pensamento dos mesmos autores, as avaliações dos cuidados de saúde em idosos devem incluir, além da avaliação da capacidade funcional, o diagnóstico de doenças e a medicação. A mobilidade é essencial para as actividades diárias de qualquer pessoa (Huang et al., 2003). Havendo uma detecção precoce de disfunções físicas, pode ajudar a identificar potenciais situações de risco de quedas. Por fim, os autores referidos salientam que, apesar da força diminuir com a idade e a fraqueza muscular nos idosos estar relacionada com a mobilidade reduzida, para este grupo etário é importante manter uma boa qualidade de vida e que os profissionais da saúde os incentivem a se exercitar.. 13.

(25) Revisão da Literatura. 2.2 Exercício físico e prevenção de quedas em idosos. Barnett, Smith, Lord, Williams e Baumand (2003), na investigação acerca de como o EF melhora o equilíbrio e reduz o risco de quedas em idosos, referem que estudos recentes constataram que o EF a uma intensidade moderada é uma estratégia eficaz na redução de quedas em idosos. O estudo teve como objectivo determinar se o tempo de participação num programa semanal de exercícios, com exercícios auxiliares em casa por um ano, melhorava o equilíbrio, a força muscular, o tempo de reacção, a funcionalidade física, o estado de saúde e a prevenção de risco de quedas. A taxa de quedas no grupo de intervenção foi significativamente menor no grupo de investigação do que no grupo de controlo (Barnett et al., 2003). No estudo sobre o treino para a reabilitação e prevenção de quedas em pacientes idosos, com historial de lesões provocadas por quedas, foi definido como objectivo primordial a determinação da segurança e eficácia de um protocolo de exercícios projectado para melhorar a força, a mobilidade e o equilíbrio, para reduzir possíveis quedas neste tipo de pacientes (Hauer et al., 2001). Este mesmo estudo obteve como resultados um incremento na força, na performance da mobilidade funcional e no equilíbrio. Relatos de quedas e restrições comportamentais e emocionais foram reduzidos significativamente (Hauer et al., 2001). Segundo os mesmos autores, o treino de resistência progressiva e o treino de funcionalidade progressiva são métodos seguros e efectivos no incremento da força e da performance funcional, reduzindo os relatos de quedas relacionadas com restrições comportamentais e emocionais durante a reabilitação em doentes frágeis e de alto risco, com historial de lesões provocadas por quedas. Ainda na linha de estudo dos mesmos autores, estes consideram que a hipótese de que o treino físico envolvendo a força, coordenação e performance funcional (PF) será segura e eficaz na reabilitação de pacientes idosos com historial de lesões provocadas por quedas, podendo levar. a. uma. prevenção. secundária. 14. de. quedas. neste. tipo.

(26) Revisão da Literatura. de população de alto risco. O estudo foi controlado e aleatorizado, quer para o grupo de intervenção, quer para o de controlo, com a duração de 12 semanas, no qual ambos os grupos receberam um tratamento adicional de fisioterapia idêntico. Os doentes foram ainda seguidos 3 meses após o término da intervenção. Os critérios de inclusão para o estudo foram: ter caído ou ter tido um episódio recente de queda tão prejudicial que levou a um tratamento médico, idade superior a 75 anos, sexo feminino e residentes dentro da área de estudo. Os exclusos foram os pacientes que tinham comprometimentos neurológicos agudos (AVC, Doença de Parkinson, e paralisia dos membros inferiores), doenças. cardiovasculares graves (enfarte do miocárdio e. insuficiência cardíaca), instabilidade crónica ou doença terminal (diabetes mellitus, neoplasias), depressões graves e grave comprometimento músculoesquelético. No que diz respeito à intervenção, este estudo apresenta investigações nas áreas do treino de resistência, no treino progressivo de equilíbrio funcional, actividades placebo, fisioterapia, medidas, características clínicas, função muscular, função física, eventos de treino, aderência aos treinos e EF global, incidência de quedas e análises estatísticas. Relativamente ao treino de resistência, este consiste em trabalhar os principais grupos musculares, 3 dias por semana durante 12 semanas. Para manter a intensidade dos estímulos de treino, a carga ia sendo aumentada em cada sessão, sempre tolerada pela paciente. Este trabalho muscular consistiu na extensão da anca e do joelho na “leg press”, na posição de sentado, abdução e extensão do joelho utilizando um cabo de polia e flexão plantar do tornozelo. No treino progressivo de equilíbrio funcional, as participantes foram treinadas em funções básicas como caminhar, subir e descer escadas e sentar. O treino tinha a duração de 45 minutos e com a progressão do nível dos pacientes, o nível dos exercícios foi avançando, chegando a realizarem jogos e formas básicas da dança e do Tai-Chi. No que diz respeito às actividades placebo, as escolhidas foram os exercícios calisténicos, de flexibilidade, jogos com bola e tarefas de memorização. Estas actividades tiveram a duração de 60 minutos, 3 vezes por semana. Agora reportando-nos à fisioterapia, as sessões foram aplicadas em ambos os grupos, embora não fizessem parte das sessões os. 15.

(27) Revisão da Literatura. exercícios de força e equilíbrio, sendo apenas utilizada a massagem, o alongamento e a aplicação de calor ou frio. No que diz respeito à incidência de quedas, estas eram contabilizadas e documentadas num diário de quedas todos os dias (Hauer et al., 2001). Agora reportando-nos aos resultados do estudo indicado, podemos referir o recrutamento, as características dos pacientes, a aderência aos treinos e eventos adversos, a força muscular, a PF, a AF, o estado emocional e novamente a incidência de quedas. As características levadas em conta relativamente aos pacientes foram as seguintes: a idade, o peso, a altura, o índice de massa corporal, um exame do estado mental, o resultado da escala de depressão para idosos, as actividades do dia-a-dia, a admissão no hospital por motivo de quedas, o historial recente de lesões provocadas por quedas, a medicação regular, a assistência ambulatória, o nível de AF, o resultado do Timed up-and-go Test, a força da perna, entre outras (Hauer et al., 2001). No que diz respeito à força muscular, houve uma melhoria significativa nos músculos treinados. A PF também aumentou significativamente depois do treino de intervenção. No grupo de intervenção, o uso de qualquer dispositivo de assistência interna foi reduzido de 77% para 36% no final do estudo, comparado com a redução muito pouco significativa de 77% para 73% no grupo de controlo. Ainda na linha de estudo dos mesmos autores, a análise da AF antes do internamento revelou um estilo de vida sedentário para o estudo populacional, típico das mulheres idosas frágeis. Apenas algumas referiram a jardinagem como actividades de lazer e a caminhada foi a actividade desportiva mais contabilizada. As actividades desportivas antes do internamento estão significativamente correlacionadas com a PF e com o estado emocional no relato de quedas, e não com a força e a depressão (Hauer et al., 2001). Segundo os mesmos autores, os aspectos emocionais relacionados com o relato de quedas foram significativamente reduzidos durante a intervenção e a permanência teve uma redução significativa no período de estudo no grupo de treino. O medo de cair foi significativamente reduzido ao longo do tempo, embora as diferenças entre os dois grupos não tenham sido significativas. Tratando agora dos resultados. 16.

(28) Revisão da Literatura. acerca da incidência de quedas durante o período de observação de 6 meses foi de 60% para o grupo de controlo, comparativamente com os 40% do grupo de intervenção, equivalente a 25% de redução de quedas secundárias no grupo de intervenção. Referenciando agora a discussão, Hauer et al. (2001), demonstraram que, combinando o treino de força de alta resistência progressiva e o treino de funcionalidade progressiva há melhorias na força, no equilíbrio e na PF, sem aumentar o risco de relatos adversos de treino nas idosas frágeis com historial de lesões provocadas por quedas. A taxa de aderência foi excelente, em que até mesmo as pacientes com fracturas (76% das pacientes) foram capazes de seguir o programa sem qualquer tipo de problema grave de saúde. Relativamente ao aumento da força e da funcionalidade, o grupo de exercício mostrou um aumento significativo em todos os grupos musculares treinados. Neste estudo, o aumento da força, juntamente com o treino funcional, contribuiu para o aumento da função muscular e do equilíbrio. A PF de tarefas motoras básicas como caminhar ou subir e descer escadas são relatadas como sendo actividades que contribuem para a qualidade de vida, muitas vezes subestimadas pela população jovem e saudável (Hauer et al., 2001). Ainda na linha de estudo dos mesmos autores, défices motores como a falta de força, o baixo desempenho funcional e restrições emocionais são bem conhecidos como factores de risco e consequências das quedas. A redução em 25% da incidência de quedas no grupo de intervenção não alcançou significado estatístico pelo tamanho restrito da amostra (n=57). O estudo descrito pode ser clinicamente relevante, mas tem de ser confirmado por um maior e a mais longo prazo estudo de acompanhamento com adequado poder estatístico. Concluindo, todo o estudo de Hauer et al. (2001) foi altamente aceitável para os pacientes. Toda esta intervenção melhorou significativamente a PF, que é um factor de risco conhecido para as quedas, conduzindo ao sucesso de uma reabilitação em doentes com historial de quedas. Todas estas melhorias podem ser possíveis com um reduzido, mas contínuo programa para evitar os efeitos do destreino, que podem ocorrer após a cessação do treino. Embora os doentes que participaram. eram. 17. idosos,.

(29) Revisão da Literatura. frágeis, significativamente limitados na PF e sequelas de quedas graves, ainda representam um passo positivo na selecção de doentes idosos que sofreram quedas (Hauer et al., 2001). Segundo os autores, para estes doentes é recomendado um programa de treino, de modo a recuperar a sua independência. Clemson et al. (2004), no estudo acerca da eficácia de um programa de exercício para a redução da incidência de quedas nos idosos, tiveram como objectivo testar o “Stepping On” num grupo de aprendizagem quanto à eficácia na redução de quedas de pessoas que vivem sozinhas em domicílios. A amostra deste estudo contou com 310 idosos com idade superior a 70 anos e que passaram por algum episódio de queda nos últimos 12 meses, ou que estavam preocupados em cair. Os principais aspectos do programa incidiam-se na melhoria do nível de equilíbrio e força física, na melhoria das condições de segurança da casa e da prática regular do rastreio visual. O grupo de intervenção sofreu uma redução de 31% nas quedas. Este foi um resultado clinicamente significativo, o que demonstra que o programa “Stepping On” é eficaz para as comunidades de idosos residentes em domicílios (Clemson et al., 2004). No estudo realizado por Madureira et al., (2007), acerca da eficácia do treino do equilíbrio na melhoria do estatuto funcional e na redução do risco de quedas em mulheres idosas com osteoporose, verificou-se que foi eficaz na melhoria funcional, no equilíbrio estático e na mobilidade, bem como na frequência de quedas no grupo estudado. O programa de treino de equilíbrio consistiu numa hora de exercício semanal supervisionado por especialistas de fisioterapia, por um período de 12 meses. Os mesmos exercícios também podiam ser realizados em casa, com duração de 30 minutos. Em relação à PF, a melhoria foi demonstrada por uma redução do tempo no “Timed Up and Go Test” nas pacientes submetidas à intervenção (Madureira et al., 2007). De acordo com Frank e Patla (2003), estes resultados são relevantes, uma vez que estudos mostram que a mobilidade comprometida aumenta o risco de dependência de três a cinco vezes, nas actividades da vida diária. Isto não é novidade, uma vez que a mobilidade é um factor importante para actividades. 18.

(30) Revisão da Literatura. como ir às compras, vestir, calçar, ir ao médico, entre outras (Madureira et al., 2007). Ainda segundo os mesmos autores, em paralelo com a melhoria na avaliação funcional, foi observada uma importante redução na frequência de quedas. Segundo Means, Rodell e O’Sullivan (2005) muitos estudos mostram que a melhoria no equilíbrio e na mobilidade apresentam características semelhantes nos seus exercícios. Isto sugere que o conteúdo da intensidade do programa de exercícios poderia ser mais importante do que outras variáveis de intervenção (Madureira et al., 2007). Além disso, segundo os autores atrás referidos, as diferenças na administração do programa de exercícios, a experiência profissional de quem o aplica, o local onde as sessões são realizadas e se o exercício é realizado em grupo ou individualmente, são parâmetros fundamentais que influenciam o sucesso de programa de exercícios. Segundo Robitaille et al. (2005), analogamente ao estudo de Madureira et al. (2007), mostraram que um programa de exercícios realizado em grupo melhora o equilíbrio dos idosos na comunidade. Becker et al. (2003) realizaram um estudo prospectivo para avaliar os efeitos do treino de resistência e equilíbrio nas quedas em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. De acordo com este estudo, verificou-se que a incidência de quedas foi bastante menor no grupo de idosos que passou pela intervenção. Ribeiro e Pereira (2005), na pesquisa sobre a melhoria do equilíbrio e redução da possibilidade de quedas em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey, observaram uma melhoria nos scores de avaliação da “Escala de Equilíbrio de Berg” e diminuição do índice de possibilidade de queda, aquando a comparação dos resultados de pré e pós-intervenção. O que se pode concluir deste estudo é que os exercícios de Cawthorne e Cooksey promoveram aprendizagens motoras nas idosas estudadas e podem ser usados como medida de prevenção e de tratamento nas alterações do equilíbrio no envelhecimento. Estes mesmos autores sugerem que, indivíduos idosos que tenham ou não antepassados de instabilidade postural e/ou alguma queda, devem ser submetidos a exercícios de estimulação vestibular,. 19.

(31) Revisão da Literatura. exercícios estes de fácil aplicação e baixo custo, e que tem o carácter de serem preventivos e curativos em relação às alterações do equilíbrio e ao risco de quedas. Considerando que a queda é um evento que modifica substancialmente a qualidade de vida do idoso e que a expectativa de vida da população em geral tem aumentado significativamente, fazendo com que a percentagem de população idosa aumente a cada ano, condutas terapêuticas gerais voltadas para o idoso e especialmente aquelas que visem a prevenção da queda pela melhoria da estabilidade postural, culminarão na melhoria da qualidade de vida desta parcela da população, que actualmente deve ser prioridade em toda e qualquer política de saúde (Ribeiro & Pereira, 2005). Gardner, Robertson, McGee e Campbell (2002), demonstraram que qualquer programa de EF tem de respeitar certos princípios como a individualidade, uma vez que qualquer que seja o programa que se implemente, este tem de estar devidamente adequado às características de cada indivíduo (sexo, idade, patologias associadas, condição física inicial). Tem de se ter em conta o historial médico do idoso, a medicação que está a tomar, o peso, altura, pressão arterial em diversas actividades e o débito cardíaco (Gardner et al., 2002). Sabe-se que o EF regular pode aumentar a força e a resistência muscular dos idosos, contudo, não pode contribuir para a manutenção da massa muscular, que se vai perdendo com a idade (Hunter, McCarthy & Bamman, 2004). Carter, Kannus e Khan (2001) fazem referência a um aspecto muito importante. Para estes autores, a realização de exercícios de força, equilíbrio e mobilidade podem reduzir as quedas nos idosos, assim com as lesões provocadas pelas mesmas podem também ser atenuadas, bem como o medo de cair, dando oportunidade a esta população de ter uma vida mais independente e com maior longevidade. Segundo Rogers et al. (2003), os exercícios com bolas, treino de estabilidade, Tai Chi e outras actividades que requeiram exercícios específicos para o equilíbrio, levam a um aumento desta capacidade nas pessoas idosas. É provável que este tipo de programas de exercícios sejam efectivos porque. 20.

(32) Revisão da Literatura. têm como objectivo específico os sistemas fisiológicos que estão envolvidos no controlo do equilíbrio, especificamente o visual, vestibular, somatossensorial e o muscular esquelético (Rogers et al., 2003). Na linha de estudo dos mesmos autores, este tipo de treino poderá ser mais eficaz no aumento do equilíbrio do que a maioria dos programas em geral, ou daqueles que consideram apenas exercícios aeróbios, de força ou flexibilidade. No estudo realizado por Swanenburg, Bruin, Satuffacher, Muder e Uebelhart (2007) acerca dos efeitos do exercício e da nutrição no equilíbrio postural e risco de queda em idosos com diminuição da densidade mineral óssea, concluiu-se que este estudo proporcionou apoio para o programa de intervenção destinado a reduzir o risco de quedas em idosos participantes diagnosticados com osteopenia ou osteoporose. Faber, Bosscher, Chin A Paw e Van Wieringen (2006) estudaram os efeitos de programas de exercício nas quedas e mobilidade em idosos para determinar os efeitos de intensidade moderada no grupo de programa de exercício sobre quedas, desempenho funcional e deficiência em idosos, de modo a investigar a influência da fragilidade sobre esses efeitos. Os idosos podem reduzir o risco de queda no grupo de programas de exercício de intensidade moderada (Faber et al., 2006). No entanto, segundo os mesmos autores, este efeito é limitado para aqueles que ainda não são frágeis. Para os idosos frágeis, os programas de exercício actualmente avaliados podem até aumentar o risco de queda. Portanto, Faber et al. (2006), recomendam programas de exercício como parte de uma intervenção preventiva de quedas em idosos frágeis e não frágeis. No estudo sobre o treino de resistência e agilidade para reduzir o risco de quedas em mulheres entre os 75 e os 85 anos e com reduzida massa óssea foi confirmada uma melhoria no equilíbrio postural deste grupo de mulheres em concreto (Liu-Ambrose et al., 2004), O programa levado a cabo pelos mesmos autores consistia em 50 minutos de exercícios e no final do estudo ficou provado que os exercícios de resistência e agilidade foram mais eficazes do que. o. treino. de. 21. alongamento..

(33) Revisão da Literatura. A American Geriatrics Society (2001) salienta que, embora o exercício promova tantos benefícios, o tipo, a intensidade e a duração dos mesmos para a prevenção de quedas ainda permanecem ignorados. Na mesma linha de estudo, idosos que tenham tido quedas recorrentes, deviam ser sujeitos a exercícios a longo prazo e treino de equilíbrio. Por fim, o Tai-Chi pode ser um óptimo tipo de treino de equilíbrio, embora exija uma avaliação mais aprofundada antes de poder ser recomendado como o treino de equilíbrio mais ajustado (American Geriatrics Society, 2001). Com igual opinião encontramos Petiz (2002), onde refere que são conhecidos muitos estudos que tratam a importância de diferentes programas de exercício na redução de quedas, desde que estejam incluídos exercícios de equilíbrio nestes mesmos programas. No estudo piloto acerca da comparação da influência de diferentes tipos de exercícios de intervenção no medo de cair em idosos, não se pôde concluir que a intervenção com exercícios convencionais ou holísticos fosse a melhor abordagem para melhorar a eficácia das quedas (McCormack et al., 2004). Tal conclusão pode levar a considerar que as características do exercício como a especificidade,. intensidade,. frequência. e. duração. precisem. de. ser. manipuladas, se o objectivo é trazer melhorias sobre a eficácia de quedas. Este artigo teve como antecedentes que as pessoas que temem cair podem restringir-se de executar certas actividades, o que pode aumentar o risco de quedas. O estudo de McCormack et al. (2004) contou com a participação de 43 idosos que foram sujeitos a uma intervenção de exercícios convencionais, de uma intervenção de exercícios holísticos e de um grupo de controlo, todos eles aleatoriamente distribuídos. A intervenção teve a duração de 10 semanas, sendo realizada duas vezes por semana. Foi utilizada a Escala de Eficácia de Quedas Modificada (M-FES) no início e no fim da intervenção. Neste estudo foram excluídas todas as pessoas que relataram fenómenos de hipertensão descontrolada, ataque cardíaco há um ano atrás, pulsação irregular em repouso e praticantes de EF. Do exercício convencional deste estudo fizeram parte a marcha e o circuito de força, enquanto o holístico foi muito baseado nos exercícios de Tai-Chi e de dança (McCormack et al., 2004). Como discussão. 22.

(34) Revisão da Literatura. do estudo pode-se salientar que nem o exercício convencional nem o holístico melhoraram significativamente a eficácia das quedas na amostra. Tal facto pode-se dever a algumas situações descritas pelos autores. Eles salientam o facto de, possivelmente, o instrumento não tivesse sido bastante sensível para a amostra em questão. Também referiram a possibilidade da estratégia de recrutamento não ter sido a melhor, onde os critérios de exclusão e inclusão representaram um grupo saudável de idosos, assim como o tamanho reduzido da amostra. Por último podia ter sido necessário incluir actividades dentro das intervenções do exercício que reflectissem mais especificamente as actividades de vida diária, principalmente aquelas em que a confiança nas quedas possa ser afectada. McCormack et al. (2004) chegaram à conclusão que nem a intervenção holística nem os exercícios convencionais foram benéficos para melhorar a eficácia das quedas entre idosos. Skelton e Beyer (2003), no estudo de revisão sobre exercício e prevenção de lesões em idosos, construíram, baseados numa reprodução de Feder et al (2000), um guia de orientação para a prevenção de quedas em idosos, onde faziam recomendações positivas para o exercício. Os guias de orientação são baseados na evidência das experimentações controladas e aleatorizadas (Skelton & Beyer, 2003). Eles recomendam que os programas de exercício devem ser administrados por um profissional qualificado, de modo a reduzir as quedas num grupo seleccionado de alto risco. Uma das ideias defendidas pelos autores é a que os programas de exercício reduzem o risco de quedas num grupo seleccionado de idosos residentes numa comunidade, com deficiências na força e no contrapeso. Por fim, estes autores apoiam o facto que o Tai-Chi pode reduzir o risco de quedas em idosos. Os mesmos autores trataram agora das componentes de um programa holístico do exercício para a prevenção e gerência das quedas, adaptado de Skelton e Dinan (1999). As componentes da aptidão devem incluir: a força, o equilíbrio, a resistência ao peso, a resistência e a flexibilidade (Skelton & Beyer, 2003). Todas estas componentes devem ser trabalhadas regularmente, de forma individual, progressiva e agradável. Segundo os autores acima referidos, deve-se ter em atenção os principais locais de fracturas, a. 23.

(35) Revisão da Literatura. funcionalidade, a postura e músculos estabilizadores, o tempo de coordenação, o equilíbrio e reacção e a gerência do corpo em situações diárias. Por fim, e não deixando de ser importante, é preciso assegurar as oportunidades de socialização, o divertimento, instrução especializada e a prática de Tai Chi. Como conclusão e perspectivas, Skelton e Beyer (2003) pensam que com todas as inconsistências do programa, frequência e intensidade do treino, a função muscular e aptidão são essenciais para uma vida independente. A AF deve ser específica para a finalidade. Para melhorar a saúde e modificar certos factores de risco para quedas (como a força e o equilíbrio), é apropriada a AF moderada. Para Skelton e Beyer (2003), a prevenção para a primeira queda e futuras pode ser influenciada por oportunidades de exercício para a comunidade, contando que são acessíveis e que têm a qualidade assegurada. Para aqueles que já caíram, os factores de risco para quedas podem ser modificados e adaptados individualmente, com base em programas de exercícios supervisionados por profissionais devidamente qualificados. Com a população a envelhecer cada vez mais rápido, esta deve ser uma prioridade para todos os profissionais da saúde (Skelton & Beyer, 2003). No estudo acerca da prevenção da queda do idoso e as alterações induzidas pelo treino da força no desempenho do Timed Get-Up & Go Test e do Functional Reach Test, realizado por Sousa e Marques (2002), o grupo experimental que esteve sob influência do programa de treino aumentou significativamente os índices de força máxima em todos os grupos musculares estimulados pelo treino. Os resultados do desempenho do Timed Get-Up & Go Test. mostraram,. após. o. programa. de. treino. (pós-teste),. diferenças. significativas, ou seja, relativamente ao pré-teste o acto de levantar e sentar da cadeira e a velocidade máxima da marcha foram tarefas que melhoraram após a aplicação do programa de treino da força, enquanto que no grupo de controlo não se identificaram alterações significativas (Sousa & Marques, 2002). Os resultados do desempenho do Functional Reach Test mostraram, após o programa de treino (pós-teste), diferenças significativas relativamente ao préteste. O equilíbrio e o controlo postural foram aspectos que melhoraram após a aplicação do programa de treino da força. No grupo de controlo, não se. 24.

(36) Revisão da Literatura. identificaram, novamente, alterações significativas. Como conclusão deste estudo de Sousa e Marques (2002), pode-se afirmar que o treino de força pode ainda estar directamente associado à diminuição do risco de quedas, uma vez que este programa de treino influenciou significativamente o desempenho de dois testes funcionais altamente relacionados com o risco de quedas nos idosos, o Timed Get-Up & Go Test e o Functional Reach Test, Ao nível do desempenho dos testes funcionais, o grupo experimental (que esteve sob influência do programa de treino da força), melhorou significativamente o seu desempenho, onde para além do equilíbrio funcional estático e dinâmico, estavam incluídas tarefas da vida diária como o sentar e levantar de uma cadeira, marchar e o alcançar. Desta forma, os resultados do presente estudo sugerem que o treino da força é um instrumento efectivo na prevenção das quedas e na consequente melhoria da qualidade de vida entre a população idosa. No entanto, os mesmos autores também sugerem a importância de incluir sempre nos programas de treino para a população idosa exercícios para todos os grupos musculares, uma vez que todos eles têm uma grande influência nas actividades da vida diária. Tinetti et al., (1994), verificaram que, após a aplicação de um programa de exercícios que intervêm, fundamentalmente, ao nível da correcção de problemas de marcha e equilíbrio, constataram uma diminuição no número de quedas subsequentes e a primeira queda poder-se-á suceder mais tarde. Jensen, Nyberg, Gustafson e Lundin-Olsson (2003) realizaram uma investigação em 438 idosos residentes em lares, com um programa, entre outros, de exercícios de força, equilíbrio e marcha, modificação da medicação e protectores da anca. Após supervisão de 11 semanas, os autores verificaram que este programa reduziu as quedas e fracturas femorais. Acerca do estudo desenvolvido por Haines, Hill, Bennell e Osborne (2007), sobre o exercício adicional para idosos hospitalizados a fim de evitar quedas: benefícios e obstáculos à implementação e avaliação, constatou-se que os participantes de ambos os grupos (controle e intervenção), que foram recomendados para o programa de exercício, foram seguidos durante a sua permanência no hospital, de forma a determinar se ocorreram quedas. Os. 25.

(37) Revisão da Literatura. participantes foram avaliados no equilíbrio, força e mobilidade, mediante o programa de exercícios. Pode-se concluir que este programa de exercícios, juntamente com os cuidados habituais, pode auxiliar na prevenção de quedas verificadas. nos. pacientes. hospitalizados. 26. (Haines. et. al.,. 2007)..

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