Dissenação
de
Mestrado
em
konomia
Área
de
Especiatização
dekonomia
Regionnl
fl)
TERRITÓruO,
DESENVOLVIMENTO RURAL
E
POLÍTICAS
PÚNIICAS
Esürdo de Avaliação
F.onómica IntsÍcalâr
da
Exeu$o
daMdida
AgrtAmbimtal
Pnoúe$o tn@ra0a
Apltcada
ao§eüor
Yitlvinícota
na RegiãodoAlentojo
Orientador
Prof.
Doutor Farlo
Alexandre NevesMartiúo
Neto'Esta
dissertaçâonãoinclú
as críticas e sugestões feitas pelojúri'
Fábio José Nunes Baz.ílio
Évora Novembro de
2ffi6
.)
TBRRITÓRIO,
DESENVOLVIMENTO
RURAL
E
Dissertação
de
Mestrado
emEconomia
Área
de
Especialização
de
Economia Regional
,
2
Orientador
Prof. Doutor Paulo Alexandre Neves Martinho Neto
"Esta dissertação não
inclui
as críticas e sugestões feitas pelojúri"
Fábio José Nunes Bazího
Évora
Novembro
de2006
()
,, tr,-1
POLITICAS
PUBLICAS
Estudo de
Avaliação
EconómicaIntercalar
da Execu@o da
Medida
Agro-Ambiental
ProtecçãoIntegrada
Aplicada
ao SectorVitivinícola
na Região doAlentcjo
r:
Ç
ffi
Dissenação dz Mestrado en Econofiilarl
L
r
TERRITORY, RURAL DEVELOPMENT AND
PUBLIC POLITICS
Intercalary
Economic Evaluation study
of
theAgro
-Environmental
MeasureIntegrated Protection accomplishment
applied to
theViticulture
andViniculture
sectorsin
the areaof Alentejo.
ABSTRACT
The
present
dissertation, accomplishedwithin the
compassof
the
Master's degreein
Economy of the Universityof
Évora seels, in what concerns theterritory
andrural
development
to
evaluate
the
accomplishmentof
the
Agro
-
EnvironmentalMeasure Integrated Protection
accomplishment
applied
to
úe
Viúculture
andViniculture
sectors in the area of Alentejo.This
study is dividedin
eight main points.In
the
first point
it
is
referredthe
relevance andthe
study objectives.The
secondpoint
accomplishes a theoretical framing
in
what concernsúe
evaluation ofpublic poliúc
andher
applicúiüty
and adaptabilityto
the intended investigation.In
thethird
point
it
ismade
the
study
contextualizaúonand
in
the fourth point
it
is
presentedthe
whole "arquitecture"of
úteAgro
- Environmental Measure Integrated Protectionin
its severaldomains.
The
fifth
point
contemplates data andterritorial
indicators,being
úre sixúrpoint
dedicated
to
georeferenceand
evaluate
the
accomplishmentresults,
beingtherefore, also
a
supportfor
the global
evaluation, thatit
will
happenin
the
seventhpoint.
Finally, in
the eighth point the conclusions and suggestionswill
be grouped.Key-words:
Economic Evaluation;
Public Politics Evaluation; Rural
development; Territorial
Indicators; Measures;
Fublic
Politics;
Viticulture
andViniculture
Sectors;
Territory;Territorializatton.
DESENVOLYIMENTO RI]RAL E
Ewdo de Avaltaçdo Econónlca lflÍercalnr da Erccqdo da Medtdn Agro-Amblental Protecçdo Integrada Apltcada ao Sector Vltlytnícola ru Regtão do
AleüeJo
2ffi
Dlssertação de MesÍrado efi EconarnlaI
L
r
TERRTTORIO,
DESEI{VOLVTMENTO
RURAL E
PolÍTrcas
púnr,rcAs
Estudo
de Avaliagão EconómicaIntercalar
da
Execu$o
daMedida
Agro-Ambiental
ProtecçãoIntegrada
Aplicada
ao SectorVitivinícola
na Região doAlentejo
RBSt]MO
A
presente Dissertação, reahzadano
ârnbito
do
Mesfiado
em
Economia
daUniversidade de
Évora visa, na óptica
do território e
desenvolvimentorural,
avaliareconomicamente a execução da Medida
Agro-Ambiental
Protecção Integrada aplicada ao SectorVitivinícola
na Região do Alentejo. Este Estudo encontra-sedividido
em oitopontos principais.
No primeiro
ponto é abordada a relevância e objectivos deste estudo.O
segundo ponto rcahzaum
enquadramento teórico na óptica da avaliação de Políticashíblicas
e da sua apücabilidade e adaptabilidade à investigação pretendida.No
terceiro ponto, procura-sessnlsxfualizar
o estudo e no quarto expõe-se toda a ooarquitectur{' daMedida Agro-Ambiental Protecção Integrada nos seus vários domínios. O quinto ponto
contempla dados
e
indicadores territoriais, sendo
o
sexto
ponto
dedicado
a georeferenciar e avaliar os resultados de execução, sendo portanto, tarnbémum
suportepaÍa
a
avaliaçãoglobal,
que terálugar
no
sétimo ponto. Finalmente,no
oitavo
pontoserão agrupadas as conclusões e sugestões.
Palavras-Cluve:
Avaliação
Económica;
Avaliação
de
Políticas Públicas;
Desenvolvimento
Rural; IndicadoresTerritoriais; Medida;
Políticas Públicas;
SectorVitivinícola;
Território;
Tenitorializaçío.
rsRRrróFJo, DESENVoLvTMENTo Rr]RAL s poúfices púsuces
Estudo de Avaltação Económlca InÍercalar da Execução da Medtda Agro-Amblmtal Protecção hregrada Apltcoda ao Sector
'ffi
Dlssertafro de Mestrado emEcorumla|l
L
T
AGRADECIMENTOS
Correndo sempre o risco de alguma eventual omissão, pretendo aqui exprimfu os
meus
agradecimentosao Prof.
Doutor
Paulo
Neto, pela sua
orientação
desta Dissertação, pela motivaçãotransmitida
conselhos, criticase
sugestões, sem os quaiseste Estudo
não teria
tomado
forma.
O
meu
obrigado ainda
pela
sua
paciência,disponibilidade e sabedoria desde o primeiro momento. Agradeço ainda à Mesüe
Maria
José Gomes
(MADRP)
pelos seus comentários e ftoca de impressões.Ao
Eng. Nicolau Galhardo(IFADAP),
ao Eng.
Rosa(ATEVA),
Eng."
Isabel(DGDR), ao Eng.
SerraMira
(MADRP)
e ao Eng. José Eduardo Lourenço(MADRP)
pelo apoio na recolha de dados.À
mintra
máe,a
quem dedico esta dissertação.Ao Ivo e
à Mafalda
pelo
seu constante encorajamento. Aos meus amigos, professores, colegas e a todos aqueles que sempre me apoiaram e motivaram.Devo ainda
referir,
que são da minha inteira responsabilidade todos os eventuais erros ou omissões que esta dissertação possa comportaÍ.rrnrurónro, DESENvoLvTMENTo RURAL E poúnces púsucas
Esnúo de Avakaçdo Econóntca búercalar da Exect4do da Medtda Agro-Amblental Protecção Integrada Apltcada ao Sector
,ffi
Dlssertaçãa dz Mestrada em Econafila|l
L
I
ÍNorcn
cERAL
1.1 - a eussrÃo
AcRo-AMBIENTAL
...112 - ENQUaDRAMENTo
rpónrco..
...192.1 - AAVAUAÇÂo »n poúncas
púslrcas...
...192.1.1 - Resuma histórico da avaliagã.o de Políticas
Púb\icas...
...192.1,2 - Breve abordagem a conceitos e id.eoLogias de
avaliagão
...,...222.1.3 - As necessidadcs de avaliaçã.o por parte da sector
púb1iro...
...252.1.4 - Os prtncipais objectivos da avaliaçã.o de PoHrtcas Públicas 2.1.5 - Posições metodológicas da avaliação de Políticas Públbas 2.1.6 - Os prtncipais tipos d.e avaliaçã.o de Políticas Públicas... 2.1.7 - Etapas da avaliaçãn de Políticas Púb\bas... 2.L.7.1 - Ava1iação Ex-ante... 2.L.7,2 - Avdiação Intercalar 2.1.7.3 - Avaliação Ex-post... 2.L.7,4 - Ciclo de avaliação de Políticas Púbücas... 2.1.8 - A problernática da avaliação de PoHrtcas Públicas ... 2.1.9 - Novas perspectiva.s para a avalinção de Políticas Públicas 26 28 29 31 3L 32 34 35 37 38 2.2 - Bscour,r r olp12rçÃo DE rNDrcADoREs rARA A AvALTAÇÃo »n poúnces púst tcas... ...39
2.2.1 - Anoçã.o de 39 2.2.2 - Dados e Indicadores Quantitativos e
Quahitativo,s...
...402.2.3 - Indicadores de Recursos, Realização, Resultados e Impactos 2.2.3.1 -lnücadores de
Recursos
.,...432,2,3,2 -Írücadores de
Realização...
....,.,..,,,442,2,3,3 -Inücadores de
Resultados...
,,.,...,,.442.2.3.4 - Indicadores de Impacto .45 2.2.4 - Critérias de avaliação de qualidade aplicôveis a cada
inl.icador...
...462.3 - pnnlcpers INsrRuMENros DE AVALTAÇÃo cERAL DE porÍnces
púsucÂ.s...
...472.3.1 - A cornpkxi.d.aàe das instrwnentos d.e aruli.ação de PoMticas
P,ítblicas...
...482.3.2 - Andlise
9WOT...
...502.3.2.L - Aplicação à avaliação de Políticas
Públicas
...502.3.3 - Cartografia Conceptwl de
Impactos...
...512.3.3.1 -Ptaque serve o
instrumento?...,...
...512.3,3,2 -Enqae casos deve ser
utilizada?...
...512.3.3,3 - Aplicação à avaliação de Políúcas
Riblicas
...522.3.4 - Entranista
Individual....
...532.3.4.1 - Aphcaçdo à avaliaçáo de Políticas
híblicas
...542.3.5 - Entrevista de Grupo (Focus
Group)...
...542.3.5.1 - Aplicação à avaliação de PoÍticas Públicas 55 2.3.6.1 - Aphcação à avaliação de PoÍúcas Públicas 56 2.i.7 - Sisterna de Informação GeogrdÍrco (SIG) 56 2,3,7,1 -Puaque serve o
instumento?...
...572.3.7,2 -F-mqaais casos o
utilizar?...
...,..,572.3.7.3 - Aplicação à avaliação de Políticas
Fúblicas
...592.3.8 - Análise Estrurural-Residual
(Shift-Share)
...60TERRITORIO, DESENVOLVIMENTO RI]RAL E POLÍTICAS púsucas
Estuno fu Avallação Económlca lilÍelcalar da Execuçdo da Medlda Agro-Ambíental Protecção lategrada Apllca-da ao Sector
ffi
Dlssertaçãa de Mestrado em Ecorcmlarl
L
r
2.3.8.1 - Apücação à avaliação de Políticas
híblicas
...602.3.9 - Matriz de Entradas e
Saídas...
...612.3.10 - Modelo Macro -
Económbo
...612.3.10.L - Aplicação à avaliação de PoÍticas
húblicas
...622.3.11 - Painel de
Especialistas
...622.3.12 - Análise
Mulrtcrttério
...632.3.L2.7 - Aplicação à avaliação de Políticas
Priblicas
...632.3.1j - Aplicabilidade e adaptabilidade de alguns instrumentos ao Estudo efectuato... 64
66 2.i.14 - Revisão sobre guias de avaliação dc PoHrtcas Públicas 4. 1 - nqcmÊNcrA TERRTToRTAL E oRTENTAÇÕEs EsTRATÉcrcAs ... 4.2 - o pnocnauA RURI§ 4.3 - a N-rsnvENÇÃo DAs MEDTDAS AGRo-AMBTENTATs 4.3. 1 - Breve introdução... 4.3.2 - &ase... 4.3.3 - Objecttvos.... 4.3.4 - Regiões abrangidas... 4.3.5 - Acções elegíveis 77 79 82 82 82 83 84 85 85 4.3.6.1 - Grupo I - hot€cção e melhoria do ambiente, dos solos e da
água...
...854.3.6.2 - Grupo tr - Preservação da Paisagem e das características tradicionais nas terras agrícolas ...86
4.3.6.3 - Grupo Itr - Conservação e melhoria de espaços cultivados de grande valor naural...86
4,3.6.4 - Grupo IV - Conservação de manchas residuais de ecossistemas naurrais em paisagens dominantemente
agrícolas
...874.3.6.5 - Grupo V - Protecção da diversidade
genética...
...884.3.7 - Forma e duraçõo das ajudas... 4.3.8 - Dotação financeira ... 4.3.9 - Cornparticipação nncional 4.3. 10 - Candidatura e confirmação 4. 3. 1
I
- En4ualramento le gal prtncip a\... 4.4 - a lvrsonA pRorEcÇÃo TNTEGRADA 4.4.1 -4.4.2 -4.3.6 - Operacionalização... 4.4.i - Destinaúrtos 88 89 89 89 89 90 90 90 90 91 92 92 92 939i
94 95 96 97 97 98 98 4.4.4 - Condições de acesso ou de elegibilidade 4.4. 5 - C ornprornis s o s do candidato... 4.4.6 - Valor das ajud.as... 4.4.7 - Enquadramento legal principa\... 4.5 - os pRrNcrpArs ACToRES E suAs TNTERvENÇôEs 4.5.1 - Sisternade gestão... 4. 5.2 - Sisterna de ac ompanham.ento...,.,... 4.5.3 - Análise das circuitos dt funcionamento... 4.5.4 - Controln... 4.5.5 - Sisterna de informação de apoio à gestão... 4.5.6 - Fiscalização e apoio técnico à medüa... 4.5.7 - Promoçãa e Divulgação 4.6 - eNÁrnE DA CoNTINITIDADE ENrRE pERÍoDos DE pRocRAMAÇÃo (1994-1999 vs 20m-2006)...5.
DADOS E INDICADORF"S... 100100 5.1 - tnateNasNro DE DADos E INDICADoREs
DESENVOLVIMENTO RURAL E
Estuda dc Avakaçtlo Económlca hiercalnr da Execryãn da Medlda Agro-AmblenÍal Protecçdo Integrada Apkcada ao Sector
ffi
Dlssenação de Mestrado ern EconomlaL
T
5.1.1 - Prtnripais fontes de
dad.os...
...1005.1.2 - Recolha de Indicadores 100 5.1.3 - Constntçõo da base de
dad.os...
...1015.2 - os pR.rNcrpArs rNDrcADoREs rERRrroRrArs
rrrrlzADos.
... 1015.3 - aveuaçÃo nos u.r»rc.anoREs
rERRrroRrArs...
...1.02 6 - AVALTAÇÃODAEXECUÇÃO
...1066.1 - AvAr.JAÇÃo oa s)ccuÇÃo
FÍsrcA...
... 1066.1.1 - Síntese de evolução d.a política.... 6.1.2 - Avaliaçãn comparativa dos indicadares territoriais a nível dos distritos. 6.1.i - Avalinçãn comparativa das indicadores territoiais a nível de concellns 6.1.3.1 - Concelhos do disuito de Beja"... 6.1.3.2 - Concelhos do distito de Évora 6.t.3,3 - Conçelhos do disriúo de Portalegre.. 106 109 110 110
1ll
113 6.1.3.4 - Concelhos de distito deSeúbaI...
...1146.1.2.4 - Idenúficação dos principais distritos e
concelhos....
... 1156.2 - avarnçÃo DAEXECUÇÃo
nNeNcnnn
...1206.3 - evarnçÃo »e connnruna DA SAU DE vrNHA Do ALENTETo eELA
rrEDrDA...
...1237 - AVALTAÇÃO
GLO8AL...
...12s 7.1 - evarnçÃo cLoBAL DATNTERvENÇÃo...
...1257.2 - evaruçÃo DA coNTRIBUIÇÃo o.e w,»roA No coNTExro cloBAL DA pot.frrcA...128
7.2.1 - Contribuição para os resultad.os dos principais
ind.icad.ore,s...
...1287.2.2 - Níveis de aprovação vs
reprovação
...1307.3 - evarnÇÃo DA coNTRrBrJrÇÃo DAMEDTDA eARA As pRrNcrpArs METAs DE e>rncuÇÃo Acno-7.4 - es "euEsrÕEs DE AvAI-rAÇÃo coMUM" 133 7.4.1 - Breve abordagem às "Questões de Avaliação Corutm"
ti3
7.4.1.2 - Questão de Avaliação 18 136 7 .4.1.3 - Questão de Avaliação2A...
...1377.5 - nsFERÊNChs soBRE A AvALTAÇÃo DA EFrcÁcrA E DA
EFrcÉNCrA...
...1397.5.1 - Referências sobre a artali.ação da eficdcia da Medida Protecção (ntegrada...139
7.5.2 - Referencias sobre a avaliação da eficiência da Medida Protecção |ntegrad.a...142
r
- coNCLUSÕpSp
SUGESTÕ8S...
...1438.1 -
coNcr-usôFs...
...143BTBLTOGRAIIA
CONSULTADA
...150LEGr§LAÇÃO E DOCUMENTOS OFTCTATS
CONSULTArIOS...
...160PRTNCTPAT§ SrTES
VTSTTADOS
...161Ar.lnxo
I
- cARACTERTzAÇÃo DA oRGANTzAÇÃo »nncçÂo REGIoNAL DE AGRICITLTURA Do ALENTEIo t62Al
- Caracterização da organizaçdo Direcção Regianal de Agriculrura do A\entejo...162A1.l - Enquadramento
insúocional
,,...,,..16241.3 - Domínio de actiúdade 163
41.4 - Área geográfica de actrração L63
Al.8 - Organograma 165
TERRTTÓRIO, DESENVOLYIMENTO RI]RAL E POÚTICAS PÚBLICAS
htuda dz Avaltaçdo Económlca Inlercal.ar da Execuçdo da Medlda Agro-Anblennl Protecção Iníegrada Apkcada ao Sector WtlvlnÍcola rw Regtão do
AlenÍeJo
7ffi
Dlssenaçdo de Mestrado emfuornmlarl
L
I
ANExo 2 - euADRos DE Aporo À ANÁLrsE Dos TNDICADoREs rERRrroRrArs 167
ANExo 3 - cnÁrrcos DE Aporo À ANÁusE Dos rNDrcADoREs
rERRrroRrArs
...1g0ÍNorcs
DE
FrcuRAs
Flouna I - Os cwcopnnlcrpArsrrpos
oravauaçÃo
...30Flcuna 2 - Crcros DE AvALTAÇÃo oB Poúrcas
Púsucas...
...36Hcune 3 - Drscnrron »B
Ivrpecros
...53Hcun^n 4 - DIAGRAMA Do 'trncno-SlG" DsseNvoLvIDo pARA EsrE
EsrLJDo
...59Hcunl5
- Pnnqcpars rNsrRt MENTos urrlrzADos Rouna 6 - Ánm cBocnÁRca »n acruAÇÃo DA DR44L... Hcuna 7 - Lóoca »B apnoxMAÇÃo À MEDna PI... Haune 8 -RrüÕss ABRANGDAS prras MAA... Frcuna 9 - Ánna csocRÁFrc.q. os NcoÊNCrA DA pI Hauna 10 - Esrntmme »e GpsrÃo n AcovpaxsauENTo ... Flcuna 1l - E>ccuçÃo DA PI Nos DrsrRrros no Ar-uNTEJo(2N3)
...109Hcune 12 - DmcuçÃo oa PI Nos coNCELHos Do DrsrRrro DE 111 Flcune 13 - E:rucuçÃo oe PI uos coNCELHos Do DrsrRrro DE
tt2
Hcunr 14 - E:ccuçÃo oe PI uos coNCELHos Do DrsrRrro »E ponrarscRg (2003) 113 Hcuna 15 - E)ccuçÃo DA PI Nos coNCELHos Do DrsrRrro DE 115 Ftcuna 16 - CoNcer.Hos coM MELHoREs NÍvsrs on u<rcuçÁo: (2m3)... I r6 Ftcune 17 - CoNceLHos coM MELHoREs uÍvers or uccuÇÃo: Dsrnrro op Bpr.r e Ponrar-ecnn (2003) Frcune 18 - Sus-REclôps VrrrvnúcolAs DoALENrEro...
...119Íuorcr
DE
euaDRos
Quanno 1 - cnrrÉruos DE euALrDADp aplrcÁvsrs Aos rNDrcADoREsDEFrNrDos.
...47Queono 2 - Rm rÇÃo DE
co-FTNANCTAMENTo
...g0 Quaono 3 - Onrscrrvos euE ENeuADnana a esrRATÉcrA Do RURIS 81 Qua»no 4 - Var.on oasAJUDAs...
...92QUE»NO 5 - SÍrTrESN DO CIRCUITO DE FUNCIoNAMENTo DAs MAA - CAMPANHA DE 2WO.2OO6 .,...95
Quaono 6 - CovrnrunADEs DAs MAA: 1994-1999 vs
20C[,-2Cfl6.,.
...99Quaono 7 - FoN-res DE TNFoRMAÇÃo pena os nr»rcADoREs
rERRrroRrArs
...101Quaono 8 - hrorcaponss TERR[oRrArs
urrltzADos
...102Que»no 9 - Inorcaoonns DE REAUZAÇÃo
...
...103Qunnno l0- INorcetonrs »s
R8suLTADos...
...103Qua»no
ll
- INDTcADoREs DEIMpAcro...
...1.U Quanno 12 - ANÁusB Murucnrrfulo DosrNDrcADoREs...
...104Quaono 13 - Sft'rresn p4 6ver r.aÇÃo Dos rNDrcADonss pon Nfvus DE TNTERVENÇÃo ...104
Qua»no 14 - kocnauAÇÃo FtrIANCETRA TMCTAL Do
RURIS...
...120Qu,lono 15 - PnocnarraAÇÃo FtrTANCrRA Do RURIS nrvlsra 2002
...
...121Quaono 16 - kocnauAÇÃo Ftr'{ANcER.A oo RURIS nEvrsre sM 2003 122 Que»no 17 - MAA: E>rrcr;ÇÃo coMpARÂTrvA coM BAsE EM DTFERENTEs DECrsôEs 123 Quenno 18 - Mn»mas
Acno-4rrmmNrxs...
...125Quaono 19 - OsJEcrrvos nspscFlcos oo RURIS pARA os euArs DE vERrFrcA uM coNTRTBUTo DTRECTo »es
MAA....
...126Que»no 20 - ConnrspoN»ÊNCIA ENrRE AS Mn»r»as Acno-AvrsrEmArs E os oBJECrTvos sspscÍFrcos
noRURIS...
...1n Qua»no 21 - N"rorar
»s ssNErrcúRros (2001,2002,2A03 - NUTS tr) t29 Qua»no 22 - N.. »B nscrAREs ABRANGTDos (2C01,2002,2003 - NUTS ID...
...129DESENVOLVIMENTO RI'RAL E
Esmdo de Avakação Económlca Intercalnr da Execuçdo da Medida Agro-Amblentat Protecçãa InÍegrod.a Apltcadn ao Sector
VltlvlnícolanaRegíllo
doAleflreJo
g 65 70 77 84 90 94,ffi
DísseríaçAa dt Mestodo en Economia|l
L
I
Quaono23-NÍvrrlvÉ»ToDAAJUDAroRBENEFIcIÁRIoQ001,2O022003)(Eunos) ...130
Queono 24 - Nú§rsRo rorAI- DE cANDrDAruRAs ArREsENTADAS (2001, 2W2,2@3 - NUTS tr)...131
Queono25 -IUEDDAS AcnoAMsmNrAIs: METAS
»nn:<ncuçÃo
...131Quaono 26 - MBonas Acno-AlrsIENrAIs: euEsrÕEs DE AVALIAÇÃo
coMUNs....
...134Quaono 27 - MAA: INrpNsr»aos DA coRREspoNoÊNcra BNrnn As MEDIDAS E es QussrÕBs os AveueçÃo
CoMUNs.
...135Quaono 28 - CnrrÉruos E rNDrcADoREs RELEvANTES pARAA eunsrÃo »u AvuraÇÃo 14...136
Queono 29 - CnrrÉruos E rNDrcADoREs REr.EvANrEs pARÀ A eunsrÃo »s evAuaçÃo 1B ...1,37 Quaono 30 -CnrrÉruos ErNDrcADoREs REI-EvANTES pARAAeuEsrÃoDEAvAUAÇAo2A...138
Quaono 31 - ExrcuçÃo ITvTSRCALAR auo os 1996 Que»no 32 -ErccuçÃo INTERCALARauo »82003 139
IN
ÍNorcr
DE
cRÁFrcos
GnÁrrco 1 - N." TorAL ne SENEFTcIÁRIos r07 GnÁnco 2 - N."nrmsrenssABRANGTDoS
...107GnÂrco 3 - Torers DE
AJUDAs
...108GnÁrrco 4 - SAU os vr.rHA - Rscúo AcnÁp.n »o
Ar-evrsro
...1?l+furnrcB
DE
euaDRos
EM
aNExo
QuaonoA I -AcnupauENros »BZoNesAcnÁnras....
...166Queono A 2 - INorcaoonns or RrauzeçÃo Dos DrsrRrros »E BprÀ Évone, PoRTAI-EcRE r Ssnfuer
(1996-2003).
...167Qulono A 3 - Irtorce»oREs DE REAI.IZAÇÃo Dos coNCELHos REFERENTES Aos DlsrRrros »e BEJA, Évon q PoRTAl-ecRE n Ss-rúsAL (1996) 168 Queono A 4 - INorce»onrs DE REAUZAÇÃo Dos coNCELHos REFERENTES Aos DrsrRITos oB BsJa, ÉvonA Ponr^nrscRE e SprúBAL (L997) 169 Queono A 5 - INDTCADoRES »n RnnuzaçÃo Dos coNCELHos REFERENTES Aos DIsrRITos DE BEJA, ÉvoRl, PoRrAr-EGRE u SE-rúBAL
(1998)
...170Queono A 6 - INorcaoonrs »s REAUZAÇÃo Dos coNCELHos RETTERENTES Aos DrsrRrros DE BEJA, ÉvoRe,PonrarscnsnssrúBAt-
(1999)
...171,INDTCADoRES oE Rr.ruzlçÃo Dos coNCELHos REFERENTES Aos DIsrRITos DE BEJA, QuaonoAT -EvonA, QueonoAS -ÉvoRe, QueonoA9-Évonn, QuaonoA 10 - Ixuce»onns upRpAtrznÇÃo Évonn, Ponrerronsn SsrúBAL (2003) Quaono A 11 - Ms»pas Acno-ANrsIENrAIs: PoRrÂr-iEGRE s SprúBAL (2m0) INDTcADoRES oB RsAuzAÇÃo Dos coNcELHos REFERENTES Aos DlsrRrros DE BEJA, PoRrAr-EGRE r SBrtÍsAL (2001) INDTcADoRES DE REAUzAÇÃo Dos coNCELHos REFERENTES Aos DIsrRITos DE BEJA, PoRTAl:cRE E Sr"rúsAL (2W2)
t7l
172 173 174 t75 175 175 Dos coNcELHos REFERENTES Aos DlsrRrros oB Bsre" INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO Quaono A 12 - RrsÃo AcnÁrua »o ArEvrBro: ÁnsaosVn{HA Que»no A 13 - VerueçÃo uo N."roraros sENEFrcúRIos ... Qul»no A 14 - VerueçÃo Do N." »p mcrAREs ABRANGIDoS...
...176QueonoA 15 -VerueçÃoDovALoRToTALDEAJTJDAS
(€)...
...176Quaono A 16 - MAA: E:ocuçÃo FhuNcnna, (ANo FEOGA 2000-2@3) No Ârasrro »o RURIS s Dos coNrRATos ApR.ovADos No Âlvmrro »s
Rac.2078192
....177Que»no A 17 - ConnÊNcrA INTERNA DE oBJEsrrvos nvrne o RURIS e es MAA 178 Quaono A 18 - NÍvrr uÉoro DAs AJUDAS poR r{ECTARE (2001,2A02,2@3)
(Eunos)
...179 Qulono A 19 - Nfvsr MÉDro DE I{ECTARES poR BENEFIcúruo (2001,2002,2003) 179TERRITORIO, DESENVOLVIMENTO RI.]RAL E POÚTICAS PÚBllCAS
Esada dt Avalla4ão Econlmtca InÍercalnr da Execuçdo da Medlda Agro-Amblenml Protecçdo Integrada Apllcada ao Sector Wtlvlnícoln ta Regltlo ila
AlenteJo
9'ffi
Dlssertaçílo de Mestralo em Ecorwmla|l
L
ü
QUAONO A 20 . TOTAT, OP SUPMFÍCIE CANDIDATA PoR MEDIDA API,RADA Nos ANos DB2OOI,2O}2,2m3
ÍNnrcr
DE
cRÁFrcos
EM
ar\Bxo
GnÁnco A 1 - NÍvnl'ÉoIo DE mcrAREs poR BENEFTcúnro: Drsrnrros ».q RroÃo no Arm"rrro...180 GnÁnco A 2 - NÍveLtúÉolo DE AJUDAs poR BENEFTcúnro: Drsrnrros DAREGTÃo no AmN"rsJo...180
GnÁnco A 3 - NÍvpl uÉDIo DAs AJUDAs poR rrEcrARE: Dsrnrros oa RlcrÃo »o ArnvreJo ... 181
SIGLAS UTILIZADAS
Neste estudo são uúlizadas abreviaturas, dadas a
coúecer
quando ocorre a sua primeira uttTização. As principais siglas utilizadas são as seguintes:DESENVOLYIMENTO RTJRAL E
Esmda dz Avallaçdo Econlnlca húercalar da Execuçdo da Medtda Agro-Anbtentat Protecçdo InÍegrada Apücann ao Sector
VltlvlnícolaruRegtllo
doAlenteJo
rcATEVA - Associação Técnica de Vitivinicultores do Alentejo IGP - Insútuto Geográfico Português
AZAS - Agrupamentos de Zonas Agúrias IMAA - Intervenção das Medidas Agro-Ambientais CA - Comissão de Acompalhamento INGA - Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola CE - Comunidade Europeia MAA - Medidas Agro-Arúientais
CEE - Comunidade Económica Europeia MADRP
-
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das PescasCRVA - ComissãoVitivinÍcola da Região Alentejo OA - Organizações de Agricultores
DGDR - Direc{ão Geral de Desenvolvimento Rural PÂC - Política AgÍícola Comum
DGF - Direcção geral das Florestas PDR - Plam de Desenvolvimento Regional DGPC - Direcção Geral de Protecção das Culturas PI - hotecção Intsgrada
D@ - Denominação de Origem Controlada PDRU
-
Plano de DessnvolviÍnento Rural de portugalContinental
DRA - Direcção Regional de Agriculnua PDRu AI - Plano de Desenvolvimento Rural de portugat
Continental Avaliaçiio Intercalar
DRAAL - Direcção Regional de Agricultura do Alentejo PNDES - Plano Nacional de Desenvolvimento Económico e
Seial
EADR - Estratégia de Desenvolvimento AgrÍcola Rurat QCA - Quadro Comrnitário de Apoio EAT - Esúutura de Apoio Técnico RA - Reforma Antecipada
FEOGA- Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola SAU - §uperffcie AgrÍcola útil
FTA - Florestação de Terras Agícolas SRVA - Sú-Regiões Vitivinícolas do Alentejo
IC - Indemnizações Compensatórias TEF - Taxa de Execução Financeira
ICEP - Investimentos, Comércio e Turismo de portugal UE - União Europeia
IDRHa - Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica VQPRD
-
Vinhos de Qualidade Produzidos em Regiões DemarcadasIFADAP
-
Instituto de FinanciamentoDesenvolúmento da Agricultura e Pescas
ffi
Díssertoçdo de Mestrado em Ecowmlarl
L
-1 -
TNTRODUÇÃO
1.1 -
A
QITESTÃO
AGRO-AMBTENTAL
É
no ârnbito do Fundo Europeu de Orientação e GarantiaAgrícola (FEOGA)
edas medidas
de Política Agrícola Comum (PAC) que
surgemas
Medidas
Agro-Ambientais
(MAA).
A
questÍio
Agro-Ambiental
é
essencialmenteuma
questão económica, que tem efeitos sobre terceiros. Mas não podemos esquecer que também éuma
questãoecológic4
tecnológic4
política e
até
mesmocultural com
implicações territoriais.Um problema Agro-Arnbiental é sobretudo um conflito provocado por mudanças
no
arnbienterural,
que resultam das mudanças tecnológrcas, quepor
sua vez resultamdas alterações
na
actividade económicae
políticas
aplicadasem
determinado país e regrão.A
aprovação dasMAA
teve lugar
no
Regulamento(CEE)
n."
2078192. Esse regulamento, 'orelativo a métodos de produção agrícola compatíveis com as exigências da protecção do ambiente e da preservação do espaço rural representou um importantepa§so
na
caminhada
para
a
(re)conciliação
da
agricultura comunitária
com
aconservação
e
valorizaçãodo
ambientee do
espaçorural
e paraa
(re)legitimação daPAC
perantea
opinião pública Europeia e perante os parceiros internacionais daUE"
(DGDR,
1997).Desta
forma
as
MAA
deixararnde
ser
um
"aspectomenor"
e
de aplicação facultativa dapolítica
agrícola de estruturasl, ou um aspecto subordinado dapolítica comunitária de conservação da
nattrez*,para
se tornarem num instrumento de apücação pelos estados membros"na
totalidade dos seusterritórios e
emfunção
das suas necessidades específicas"(DGDR,
1,997).A
aplicação das
MAA
efectua-se actualmente
atavés
do
Programa
deDesenvolvimento
Rural (RURIS), que
inclui
todas as medidas
e
abrangetodo
otenitório
nacional. Estas medidas são co-financiadas pelo Fundo Europeu de Orientaçãoe
Garantia
Agícola
(FEOGA),
secçãoGarantia que
foi
decisivo
para garantir
acf.: Regulamentos (CEE) 7 97 185, t7 60187 e 232gDt cf.: Regulamenros (cEE) 1973192 e 1404196.
DESETWOLVIMENTO RURAL E
Esatdo de Avallaçdo Econlmtca Iníercalar da Execuçdo da Medtda Agro-Amblennl Protecçdo Integrada Apttcada ao Sector
VltlvlnícolanaRegtão
doAlenieJo
ll
ffi
Dlssertaçda dz Mestrado em Ecorcmíarl
L
r
suficiência dos meios necessários à sua implementação, sendo tarnbém comparticipadas financeiramente por cada estado membro3.
As
MAA
apresentamum
extaordinário
interessepara
Portugal,
na
duplavertente
da
sustentabilidadee
vaToizaçãoda
agriculturae
ambiente,não tanto
pararesolver problemas
já
existentes, mas sobretudo para pÍeveniro
seufuturo
surgimento. Procura-se deste modo reforçar uma aliança sólida entÍe os interesses da agricultura, asustentabilidade
e
qualidade
eco-ambiental,
o
desenvolvimentoregional
e
rural,contribuindo
simultanearnentepaÍa
a
manutençãoda
biodiversidadee
da
paisagemrural.
Esse interesseainda
é
reforçado,pelo
impacto
positivo
que
apÍesentaraÍn na defesa do ambiente, conservação do espaçorural,
melhoria da qualidade das produções agrícolas e manutenção do rendimento dos agricultores.Estas medidas pretendem desta forrna
motivar
os agricultores autilizar
práticas agrícolas mais adequadas à protecção do meio ambiente, nomsadaÍnente no que respeita à correcta atihzaçáo de adubos e produtos fitofarrnacêuticosa, bem como à promoção deagricultura
biológica.
Tudo
apontapara que os efeitos ao
nível do
ambiente destas medidas contribuíram paÍa a obtenção de produtos de maior qualidade, que actualmente conhecem uma procura crescente num mercado cada vez mais competitivo.As
MAA
procuram também apoiar as exploraçõese
sistemasprodutivos
nosterritórios
em que
estes
aparentam
ser
indispensáveis
püa
a
manutenção
dascaracterísticas
paisagísticas
e
ambientais:
eüe
em
função
da
política
agrícolacomunitária poderiam
levar
a uma reconversãoou
até mesmo abandono, caso não severificasse qualquer intervenção
de
apoio
ao
rendimento
dos
agricultores
dessesterritórios.
Ainda no
que respeitaà
conservação dos recursos naturaise
da paisagemrural,
foi
tarnbématibúda
relevância à manutenção do património florestal5, bem como se pretendeu apoiar agricultores que desempenhavam funções importantes na protecção de ambiente e conservação da paisagemrural,
principalmente em zonas mais sensíveis do ponto de vista ambiental.3
Nas medidas de acompanhamento.
a
Para maiores desenvolvimenúos sobre Fiüofarmacologia cf.: AMARO (2003).
5
Nomeadamente através de acções com objectivoi de protoção confa incêndios em povoamenüos
florestais abandonados e a preservação de maciços de espécies arbóreas e arbustivas integrantes de ecossistemas florestais de interesse biológico elevado.
DESENVOLVIMENTO RI'RAL E
htuda de Avaltação Económlca InÍercal.ar da Exea4do da Medida Agro-Ambienul Protecçilo Integrada Apücada ao Sector
ffi
Dlssenação de Mestrado en Ecowmla|l
L
I
Por
fim,
procurou-se
direccionar
esforços
para
aumentaÍ
a
informação
eforrnação
dos
agricultoresno
que
se
refere à
inúodugão de métodos de
produçãoagícola e
florestal
compatíveiscom
as
exigências da protecçãodo
arnbientee
dos recursos naturais, da preservação do espaço nafural e da paisagem.1.2. OBJECTIVO
Da
aplicação das
MAA
a
Portugal,
osteEstudo
vai
incidir
sobre
a
MAA
Protecção IntegradaGD
e a sua aplicação ao sectoÍvitivinícola
na região do Alentejo.Esta medida
conftibui
paÍaa
rucionúização do uso de produtos fitofarmacêuticos6, em clara sintonia como
objectivo de compatibihzar padrões de produção com a protecçãodo
arnbientee
recursosnaturais. Desta
forma
a
medida
pretendeassim
ser
umaestratégia
de
protecçãoa privilegiar em
agricultura
sustentávele
atendendoà
suarelevfuici/
pila
o sectorvitivinícola
na região doAlentejo,
será desenvolvido o Estudo sempre na óptica do território, do desenvolvimento rural e das Políticas Públicas.Este Estudo está enquadrado na Região do
Alentejo,
área geográÍica equivalenteà
delimitada
institucionalmentepelo
Ministério
da Agricultura,
do
DesenvolvimentoRural e das Pescas - Direcção Regional de Agricultura do Alentejo
(MADRP-DRAAL).
Para a área delimitada
foi
considerado o período Intercalar entre os anos de 1996a
2003. Este
peíodo
situa-se
entre
dois
períodos
de
programaçãodistintos:
ORegulamento
(CEE)
N."
2078192 comportaum
período de programação das MedidasAgro-Ambientais entre
os
anos
de
1994
a
1999,
enquanto
que
o
período
depÍograÍnação
referente
aos anosde 2000
a
2006
é
consideradopelo
Prograrna deDesenvolvimento
Rural
(RURIS).
O
período
em
análisepossibilita assim
cÍtmaÍ informaçãodo
final
deum
período de prograrnação como
início
de outro, dando-nos uma peÍspecúva de continuidade entre períodos de programação.Dentro destes moldes, na óptica
vitivinícola
da região doAlentejo
e sempre noprisma
de
território,
desenvolvimentorural e
Política
híblicas,
esta Dissertação tem6
Para maiores desenvolvimenúos sobre Fitofarmacologia na Protecção Integrada cf.: AMARO (2003).
7
Uma vez que se trata de uma das Medidas Agro - Ámbientais que moúmenta um elevado volume de apoios comunitários e sendo o Sector Vitivinícola um dos que mais beneficia desses mesmos apoios.
DESENVOLYIMENTO RIJRAL E
Esrudo dz Avallaçdo Económica Inlercalnr da Execuçdn dn Medtda Agro-Anbleúal Protecção Integrada Apltcadn ao Sector VlttvlnÍcola na Regíão do
AknteJo
13'ffi
Dlssertação de Mestrado en Ecowmla|l
L
I
como objectivo principal contribuir para
encontraÍ
respostapaÍa quatro
questõesprimordiais:
1
-
Saber até que pontoo território
é considerado directaou
indirectamente nadefinição dos objectivos da medida aplicada ao sector vitivinícola.
2
-
Apurar
seo
território é
ponderadono
processo de decisãoe
execução da medida ao sectorvitivinícola
3 -
Avaliar
comofoi
adisribuição territorial
da aplicação damedida
bem como a sua evolução ao longo do período.4
-
Identificar
os
territórios vitivinícolas que mais
beneficiararn
com
esta medida.Desta
forÍna,
esta
Avaliação
do
desempenhoda
medida pretende
ser
uminstrumento estratégico, fornecendo elementos que possÍún
vir
a potenciar melhorias deresultados,
contribuindo
para
atingr
níveis
de
desempenhomais
elevados, sendotambém
uma fonte
de
informação
útil
paÍa
desencadearnovas visões
dedesenvolvimento ao
nível
da aplicação da medida ao sectorvitivinícola.
A
Avaliaçãopretende também ser
uma
ferramenta que possa colaborarcom
uma novacultura
de gestão ao nível da medida direccionando os resultados para o território, podendo mesmoÍts §uas conclusões e sugestões contribuírem modestamente para uma base com vista a rever novos objectivos ou novas estratégias a apücar às novas candidaturas.
13
-METODOLOGIA
Dada a complexa exigência de especificidade dos dados referentes à medida em estudo aplicada ao sector
vitivinícola
e delimitada à região doAlentejo,
foi
necessfuio, antes de mais,definir
e localizar as fontes de dados.Para
a
rcahzaçáo desta investigação, eracrucial criar
toda uma basede
dados que possibilitasse quando finalizada,contribuir
para dar Íesposta às questões sobre asquais se pretende analisar.
Para
tal,
numa fase
inicial
foi
fundamental
apuÍar quais
os
indicadores necessáriosa
estetipo de
avaliaçãoe
quaisos
existentesou os
que pudéssemos deTERRITORIo, DESENVoLYIMENTo RI]RAL E PoLÍflCAS PÚBuCAs
Esmdo dt Avaltação Econónlca Intercalnr ila Execugão dn Medtda Agro-Anibiefital Protecçita Integrada Apltcada ao SecÍor
ffi
DlsserÍaçAo de Mestrado em Ecommia|l
L
I
alguma
forma aplicar
ou
adaptar,aferindo
seguidaÍnente sobrea
sua qualidade
e disponibiüdade.A
identificação eavúação
da qualidade dos indicadores para este estudo teveem conta
os
critérios que
constaÍn
na
ColecçãoMEANS
(1999)8fornecida
pelaCOMISSÃO EUROPEIA,
eue
juntarnente
com todo
o
enquadramento teóricorelacionado
com avúação de
Políúcas Públicas possibilitaram assimo
desenvolver desta avaliação.O
apoio bibliográfico
analisado, alicerçadona
experiênciados
técnicos
doMADRP-DRAAL
e da Associação Técnica deVitivinicultores
doAlentejo
(ATEVA),
que
generosamenteauxiliaram
nesta tarefa,foi
um
passo fundamental parainiciar
a construção da base de dados desta avaliação.Nesta
fase
ficou
apuradoque
seriam necessários dados agregadosde
váriasfontes.
No
entanto
a
investigaçãoficaria
dependenteda
obtençãode
indicadores desagregados,que
contemplassema
medida pretendida, confinada apenasao
sectorvitivinícola
e desagregados de forma a possibilitarem observar cadaterritório
o'à lupa"e,a fim
de
estudar
as
implicações
territoriais
da
medida.
Era
tarnbém
importanteconúemplar
um
períodotemporal
desde 1996,pelo
que ainda seriamais
complexa a obtenção dos dados.Se os dados com
um
grau de agregação relevante, se poderiam encontrar numa escassa informação publicadaou
mesmo acedendo às bases de dados das instituiçõesque os compotram, paÍa o
nível
de desagregação desejado nesta avaliação o resultadojá
não era tão directo. Os dados enconhados que satisfizeram as nossas necessidades de investigagão, tinham apenas em vista
o
controle e fiscalização da medida e não foram recolhidos ou tratados com outro objectivo, muito menos o de serem direccionados paradar resposta ao
tipo
de indicadoresteÍritoÍiais
pretendidos.A
verdade é que o poderiarnfazer após trataÍnento adequado, uma vez que não existia
neúuma
plataforma de dadosdefinida.
Desta
forma
após solicitação
às
hierarquias das
várias
instituições
quet
Volume 2, pp. 2lO-21.3.
e
Numa amplitude de distritos, concelhos e até freguesias caso se justifique.
TERRrrORro, DESENvoLvTMENTo RT RAL E poúrcAs púsucas
Esndo de Avaüação Econónlca In ercalar da Exect4do da Medlda Agro-Amblental Protecçilo IflÍegroda Apücada ao Sector
ffi
DlsseftaçAo de Mestrado emEconomlnri
L
'r
comportam os dados, ficámos autorizados à constituição de uma base de dados pÍua dar resposta ao nosso problema e que pudesse ser tornada pública nesta Investigaçãolo.
A
informação enconffava-se em bases de dados comportando informaçãoAgro-Ambiental, das quais
foi
necessário extrair a Medida Protecção Integrada. Para os anosde
L996a
1999,no
ârnbito de regulamento (CEE)n"
2078192,foi
mesmo necessáriorecorreÍ
a
dados ainda
em
suporte
processualde
papel,
contemplando estes
ainformação ao
nível
de cada candidatura, e uma a uma seleccionar o enquadramento ou não de acordo com as necessidades específicas de inforrnaçáo.Para os anos posteriores, embora a informaçãojá
se encontrasse numa plataforma informática exequível teve de se efectuar o mesmo procedimento.Após
seleccionada a inforrnação de base estafoi
estruturadae
üiatzda em basesde
dadosem
forrnato
EXCEL com
diferentes
níveis de
desagregaçãoe
agregação consoante as nossas necessidades.Os
dados desteEstudo forarn
provenientesde
fontes distintas,
tais
como,
aDirecção
Geral de
DesenvolvimentoRural
(DGDR),
o
Instituto de
Desenvolvimento Rural eHidráulica
(IDRHa), o Instituto de Financiamento eApoio
ao Desenvolvimentoda
Agricultura e
Pescas(IFADAP),
o
Instituto Nacional de
Intervençãoe
GarantiaAgrícola
(INGA),
oMinistério
daAgricultura,
do DesenvolvimentoRural
e das PescasMADRP),
entre oufros, que sóno
seu conjunto possibilitaram criar uma plataforma detabalho
adaptada às necessidades de avaliação deste Estudo.As
constantes mudanças
veriÍicadas
no
circuito
de
funcionarnento, nomeadamente as transferências para diferentes bases de dados, contribuíram para que a obtençãode
inforrnação consolidada sobrea
evoluçãoda
sua aplicaçãono peíodo
pretendido, fosse bastante complicada e morosa.Para melhor apoiar todo o
trúalho
de avaliação desenvolúdo, foram utilizados vários instrumentos de avaliação geral de Políticas Públicas, de salientar a Cartografia Conceptual de Impactos, daqual
resultaram mapas sem escala real, contemplando osvários territórios,
a fim
de
se identificarem mais facilmente
os
indicadorese
suÍrsvariações.
Toda
a
base
de
processamentoda
informação geográfica
utilizada
foi
concebida exclusivamente para este estudo
em
suporteAUTOCAD.
Em
alguns casos'o Com a condição de em nenhum caso referir os nomes dos beneficiários.
rsRRrróRro, DESENvoLvTMENTo RURAL E poúnces púsucas
Estudo de Avaliaçdo Econónlca húercalar da Execuçdo da Medlda Agro-Amblennl Protecçito InÍegrada Apltcada ao Sector
ffi
Dlssenaçdo de Mestrada efi Econofila|l
L
,r
esse suporte
foi
mesmo apoiado por soÍtware ARCVIEW GIS afim
depossibilitaÍ
um melhor cruzaÍnento da informação geográfica com dados e indicadoresterÍitoriais.
Nofinal
foi
possível
obter
uma
pequena aproximaçãoa
uma
Sistemade
Inforrnação GeográÍica(sIG),
quepor
simplificação denominamos de"micro-SlG',
acúando
porser uma mais valia paÍa este estudo.
1.4. ESTRUTURA
No que refere à estrutura da Dissertação, esta comporta oito pontos principais.
No
primeiro ponto
procura-se
introduzir
a
questão
Agro-Ambiental,relativarnente aos seus métodos de produção agrícolacompatíveis com as exigências da
protecção
do
ambientee a
preservaçãodo
espaçorural,
procurando-se desta formaenquadrar a relevância e objectivos desüe Estudo.
O
segundoponto
contempla
a
sustentabilidadeteórica
na
base
de
toda
a investigação. Esta base assenta na avaliação de Políticas Púbücase
é complementadapelos principais
instrumentos
de
avaliação
geral
de
Políticas
Públicas
definidos principalmentepela
Comissão Europeia,já
testadosem
estudos desenvolvidos aos vários níveis, explorando assim a sua aplicabilidade a esta situação real e actual.No
terceiroponto
procura-seseÍrtoltualizar
o
Estudoao
nível
dasMAA,
daMedida
PI
e doterritório
delineado, quepor
sua vez tambémé
caructeizado.Finatiza-se com uma breve visão sobre o sector
vitivinícola.
No
ponto
quadro, pretende-seexpor toda
a
"arquitecturd' da
Medida
Agro-Ambiental
Protecção Integrada.Pua
tal, procura-se fazerum
exercício de design daesfratégia
global, para
o
prograÍna, passandopela
intervenção relacionadacom
as Medidas Agro-Ambientais e finalizando na medida PI.No
ponto
cinco
será
contemplado
o
trabalho
de
organizaçáode
dados provenientes de fontes diversas e a apreciação da qualidade dos indicadores definidos.A
recolha e apreciação da qualidade dos indicadores, comojá
referido, teve como base os indicadores definidos no programa e a metodologiaMEANS
(1999) daCOMISSÃO
ELJROPEIA, que
viriarn
arevelaÍ,
em termos médios, que os indicadores apÍesentamuma
boa
classificaçãona
generalidade doscritérios de
qualidade. Relativamente aosDESENVOLYIMENTO RT]RAL E
Esrudo de Avallaçdo Econlmlca Iníercabr dn h,ecqão da Medtda Agro-Amblentat Protecçtto Integradn Apficana ao Sector Vltlvbúcola na Reglilo do
AlenÍeJo
17,ffi
Dlssertaçdo de Mestrado em Economla|l
L
I
indicadores,
destaca-seainda
o
facto
de
não terem sido
previstos,
em
sede
deprogramação,
indicadores
de
impacto
e
dos
Indicadores
de
psalização
não apresentarem, na sua maioria, uma meta quantiÍicada.A
não previsão nem quantificaçãode
indicadoresarnbientaisll não criaram
condiçõespara aferição
sobrea
efrcâcia eeficiência da medida.
O ponto
seisé
dedicado à avaliação da execução da medida, tendo-se para taloptado por fazer a sua georeferenciação
e
cruzaÍ os dados e indicadores territoriais, bemcomo a sua evoluçáo,
afim
de melhor avaliar os resultados.A
avaliação global terá lugar no sétimo ponto sendo beneficiada pela anáIise deexecução efectuada
no
ponto
seis. Finalmente,no
oitavo ponto
serão agrupadas as conclusõese
de umaforrna
modesta algumas sugestões, consequênciada
elaboração desta Dissertação e da inteiração, com a experiência, de todos os quecontibuiriam
para desenvolver este Esfudo.It
Podmdo mesmo colocar em causa o critério MEANS (1999) da normatividade para este úpo deindicadores ambientais.
TERRITÓRIo, DEsE}.IvoLvIMENTo RURAL E PoÚTICAS PÚBUCAS
Estudo dt Avaltaçdo Econónlca InÍercalar dn Execução da Medidn Agro-Amblennl Protecçtlo Integrada Apllcada ao Sector Wttvtnícoln na Reglito tlo
AlmteJo
18Dissertaçílo de Mesírado en Ecorwmla
2 -
ENQUADRAMBNTO TEÓRICO
O
enquadramentoteórico
será desenvolvidoao longo de
três
pontos-chave.Inicialmente, procura-se expor toda a envolvência da avaliação económica de Políticas Fúbücas. Seguidarnente, pr@uÍa-se abordar a relevfuicia dos indicadores para avaliação, nomeadamente, a sua definição, selecção, quantificação e qualidade, de acordo com os
objectivos
pretendidos. Finalmente, pretende-sedar a
conhecere
reflectir
sobre osmétodos
de
avaliaçãogeral de políticas mais u'lizados, bem como
sobre
a
sua adaptabiüdade e aplicabilidade ao Estudo desenvolvido.2.!
-^AVALTAÇÃO
OB
POLÍTTCAS
pÚsLrCES
2.1.1 - Resurno histórico da avaliação de Políticas Públicas
Segundo
TAVISTOCK
INSTIUTE
com
GHK
e
IRS
(2003),
a
avúação
emergiu como uma área distinta de
investigaçio e
práttca proÍissional naAmérica
doNorte nos anos pós-guerra. Durante esse período existiam três principais contornos para
a
avaliação,
nomeadamente:a
avaliação
de
inovações
educativas(ex.: os
novoscurrículos das escolas); ligações
ente
a avaliação e a alocação de recursos (ex.: atravésde
sistemasde
planeaÍnento, progÍamaçãoe
orçamentação); avaliação de programas anti-pobrezar2.É
de
notar que,
segundoMEANS (lggg),
muitos
progÍÍunas sociaistomaram-se
paÍa
a
comunidadecientffica
americana nuns
verdadeiros laboratórios experimentais dos quais se esperava um crescimento dos conhecimentos e uma melhoriada acção dos poderes públicos.
Estes
diferentescontornos
apresentadosjá
definiaÍn
na
alnra
as
principais nadiçõesda
avaliaçãoque
chegaramaos
nossos diasl3. Essas avaliações incluíam,estudos quantitativos, qualitativos e experimentais,
utilizando
grupos de controlo, bem como, os beneficiários dos programas.L2Ex.: Great Society experimznts of thc 1960s.
'3 HOFMANN (1998) apresenta uma avúação mais direccionada para projectos de desenvolvimento
integrado no terceiro mundo e, quer-nos paÍecer, ser umbom exemplo de como uma tradição de avúação
se mantém viva embora, como não podia deixar de ser, metodologicamente acírdizada aos nossos dias.
TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO RI]RAL E POÚTICAS PÚBI-ICAS
Esmdo de Avaltaçdo Econónlca búercalnr da Execuçdo da Medída Agro-Amblental Protecção InÍegrada Apltcada ao Sector
VltlvlnÍcoln na Reghlo do
AleflÍeJo
19ffi
L
,r
-ffi
rl
L
DisseÍtaçdo de Mestrado em Ecowmla
,r
Suportando estas diferentes
tadições
existiraÍn
desdelogo,
quato
principaisgupos
de interessados pela avaliação que, muitas vezes, acabaÍiaÍnpor
competir enEe eles paradefinir
as prioridadesda
avaliação.Dentro
desses grupos podemosincluir:
políticos (ex.: com responsabilidades ao
nível
da concepção de políticas); profissionaise académicos de interesses especializados (ex.: professores ou cientistas em várias áreas de investigação); gestores
e
administradores. (ex.: de associações de desenvolvimentoregional); cidadãos
e
aqueles afectados
pela
acção
pública
(ex.:
presumíveisbeneficiários de uma intervenção planeada).
Cada um destes grupos faz suposições sobre a melhor forrna como a avaliação os
poderá ajudar.
Por
exemplo,
os políticos
tendem
a
rut'rizara
avaliaçãocomo
um instrumentopara
assegurare justificar
decisõespolíücas; para
os
cidadãosé
maisprovável que
encarema
avaliação
como uma
ferramenta democráttcaque
possadireccionar
a
intervenção
pública
paÍa as
suas
necessidades;os
gestores
e administradores estão mais vocacionados para preocupações ao nível da implementaçãode políticas
e
sua
organzaçáo;os
proÍissionais,
por
seulado,
tendema
encafttr a avaliação mais como uma opoftunidade de melhorar a qualidade do seu trabalho, ou doseu grupo de trabalho.
Se
por um
lado a avaliação, vista de uma forma genérica como"a
aplicação de investigação social e económica sistemática"(TAVISTOCK
INSTITUTE
comGHK
eIRS, 2003), estava mais implementada na América do Norte, não estava completamente
ausente
na
Europa
ou
em
ouftas
parte
do
mundo.
Na
Europa
do
Norte,
devido provavetmente a fortes elos de ligação com os Estados Unidos e Canadá,a
avabaçáojâ
tomava uma força de relevância. Durante os anos 70a
avaliaçãojá
começava a alastrarpor
diferentes países Europeus,
embora
com
distintas
tradições
e
ênfases. Na Escandinávia,por
exemplo,a
avaliação seguiuum forte
compromisso paÍaum
paísdemocrático.
Na
França,
a
avaliaçãotentava
espelharas
característicasdo
estadoFrancês
com uma forrna
de
abordagemestrutural
ao nível
do
govemo cenüal
e apresentando uma práttca mais diversa e dinârnica aos níveis local e regional. Contudo, a avaliação nãofoi
vista nos países Europeus como um processo estático. Por exemplo,TERRITÓRIO, DESENVOLYIMENTO RI]RAL E POÚTICAS PÚBLICAS
htuda de Avallação Económlca lflJercabr da Execuçdo da Medtda Agro-AntbienÍal Protecçdo InÍegrada Apltcada ao Sector Wdvlnícoln nn Regtlo do
AlenÍelo
20ffi
Dlssertaçdo de Mestrado em Ecowtnlt|l
L
f
no
casode
França, as práticasde
avaliação evoluírarn consideÍavelmentelacom
osrequisitos da reforrna orçamental depois de 2000.
Em
ouros
paíseso foco
e escala de actividades de avaliação foram reflexos das alterações de políticas levadas a cabopor
diferentes governos.
Por
exemplo, no ReinoUnido
exisúu uma expansão considerávelnas práticas de avaliação com a mudança de governo
em
I997Ls.A
intodução
e
desenvolvimento
da
avaliação
ocorreu
em
muitos
países Europeus como resultados dos requisitos da regularnentação dos fundos estruturais. "Os fundos estruturais Europeus têmsido
o
principal
condutor para propagar a prática de avaliaçãopela
UE"
(TAVISTOCK INSTITUTE
com
GHK
e
IRS,
2003). Desde ummodesto
início
em 1988,
atéa
ama abordagem bastante elaborada levada a cabo nos dias de hojer6.Segundo
BACHTLER e WREN
(2006)
duranteos
anos90,
paísescomo
aGrécíu
ltÁha, Portugale
Espanha restringiram as suas acúvidades de avaliaçãoa
dar resposta aos requisitos da regulamentação, enquanto as autoridades de gestão de outrospaíses
(tais
como
Irlanda,
Dinamarca
e Reino Unido) utilizaram
a
avaliação mais activamente para melhoramento da gestão dos fundos.Ao
longo
dos
últimos
anosé
possívelverificar
uma
expansão17a
nível
de avaliações (principalmente as que ocorrem aonível
dos Fundos Europeus), sendo que essa expansão também tem sido acompanhada por mudanças de responsabiüdadesente
os diferentes actores, quer seja aonível
europeu, nacional ou regional e com extensãoaos
seusprincipais
parceiros
(ex.:
no
seio
da
Medida
Agro-Ambiental
Protecção Integrada em estudo).A
terceira geração de programas (2000-2@6) levou as autoridades responsáveis em cada estado membro, a depararem-se com requisitos (e obrigações) de utilização dela Para maiores desenvolvimentos sobre o contexto e métodos de avaliação de Políticas Públicas em Françq cf.: BASLÉ, (1993).
15
Para maiores desenvolvimentos cf.: ARMASTRONG eWELLS, QCfl6).
16
Essa abordagem segundo TAVISTOCK INSTITUTE com GHK e IRS, (2003) inclú principalmente: a) Obrigações legais de avaliações para os patrocinadores e gestores dos programas; b) Responsúiüdade paÍilhada por diferentes camadas do governo pelo processo global de avúação; c) Um processo de
avúação relacionado e multi-fase @x-ante, lntercalar, Ex-post); d) O envolvimento de vários parceiros
quer no programa quer na sua avaliação; e) Ligações claras entre, por um lado, a avaliação, e por outro, a
programação e alocação de recursos.
17 Entre os promotores de avaliações passaram a constar, por exemplo, autarqúas, autoridades locais,
parceiros sociais, grupos civis.
rsRRIróRro, DEsEI.IvoLvrMENTo RURAL s poúTlces
Esutdo dz Avallaçdo Económlca htercalar da Execa4do da Medtda Agro-AÍnblenjol Protecçilo Inlegrada Apltcada ao Sector
,ffi
Dlssertaçilo dz Mestroda en Econonla|l
L
I
avaliações em todas as suas fazes @x-ante, Intercalar e Ex-post) e
já
nos anos finaisdestes progÍamas, seguindo
de
perto
TAVISTOCK
INSTIUTE
com GHK
e
IRS,(2003) e
ARMASTRONG
eWELLS,
(2006) é possível assistir a umforte
movimentoem torno da reforrna da administaçáo e gestão
pública
juntamente com a introdução deconceitos de gestÍ[o
de
performanceem
vários paísesna IJE, bem como
no
seio daprópria Comissão. Este aspecto
foi
mesmo levado mais longe com as ligações cadavezmais
frequentes
entre
decisõesfinanceiras
e
orçamentais.No
novo
peíodo
de programação de2007-t3
a avaliação será, mais do que nunc4 uma peça fundarnental detodo
o
processo,justificando não só a
libertação de fundos mas também apoiando a pÍograÍnação e implementação do novopeíodo
de prograrnação.2.1.2 - Breve abordagern a conceiÍos e id,eologias de avaliaçã.o
Ao
longo
dos
últimos
dez
anos,muitos forarn
os
conceitose
ideologias de avaliagão de Políticas Públicas utilizadospor
especialistas teóricos e avaliadores. Bsteponto pretende fazer ama abordagem por alguns desses conceitos e ideologias que mais
relevância tiveram para este Estudo.
Seguindo
de perto ANDRADE
(1996)
pode-seafirrnar
que
a
avaliação seapresenta
como
um
procedimento
comum, que de certa forma até
faz
parte
doquotidiano
de toda
a
gente.Nesta
ideologia
pode-seavaliar
desdeum
Íihne,
ao conteúdo de umlivro,
um comportamento,a
eficâcia deum
equipamento, enüemútas
outras coisas, atribuindo acadauma dessas coisas 'hotas de mérito ou de demérito, com
o fim
de
classificá-lasde positivas
ou de
negaúvas.Isso
querdizer que
sefaz
umjulgarnento qualitativo,
no qual
se reflecte entiÍo
o
ponto de
vista de
quemjulga"
(ANDRADE,1996).
Para avaliações mais complexas torna-se necessário a sua realização de acordo
com
determinadas"técnicas
e
métodos
científicos, levando
em
conta
objectivos previamente estabelecidos"(ANDRADE,
1996).Uma
avaliação seráportanto
uma'tnvestigação
aplicadd' (ANDRADE, 1996),
importante
em
qualquer
actividade, envolvendo aspectos particulares conforrne o tipo de actuação pretendida e que, emboraTERRTTóRro, DESENvoLvTMENTo RIJRAL E polÍücAs púBucAs
Esndo dt Avaltaçdo Económlca úil,Íercal.ar da Execuçdo da Medtda Agro-Amblennl Protecçdo Integradn Apltcada ao Sector
ffi
Dlssertaçãa dz Mestrado en Econonla|l
L
-obedecendo a uma
filosofla
comuÍn, baseada em princípios e postulados próprios, cada caso será um casol8.Segundo
MEANS (1999),'íavaliar
uma Política Fública, éjulgar
o seu valor emrelação
a
critérios
explícitoslee com
baseem
informações especialmente reunidas e analisadas." Esta definição geral e até absüacta direccionaaprlttcada
avaliação paÍa ocontexto específico de uma
Política
Púb1ica20, sendo que, denfto deste contexto, esta será o'antes de mais uma úeoria de acção, que espera efeitos resultantes de uma utilização de recursos"@ASIÉ,2006),
e portanto, sobrea
qual
re*airáa
avúação2l. ORSI.U
(1998),
por
seu lado, considera as Políticashíblicas
antes de mais como "unidades deanáIise",
assumindoque, "dentro
dessesignificado,
uma Política Priblica
é
uma sequência orgamzadae
coerentede
acções queprocurÍm
daruma
respostamais
oumenos
institucioniliz.ada
a
uma
situação consideradacomo
problemática§IOCFIE,
1.982)"
(ORSINI,
1 998).Se
por um
lado
BASIÉ
(2006)
apresenta uma perspectivamais
vocacionada paÍa a obtenção de efeitos provenientes de uma utilização de recursos,ORSIM
(1998) apoiado emNIOCIIE
(L982), mosfta-nos um prisma mais vocacionado para acções que pretendem dar resposta a uma situação considerada como problemática.Em
qualquer das visões,que em
sentidolato
até se podemver como
complementares,é
possívelranspaÍecer
o
que para este Estudo se considerou como PolíticaPública
sobre a qual recai a avaliação. Nesta base é possível conduzir uma avaliação paraverificar
aruzáo de ser de uma Política Pública, paraidentificr
os sucessos que se podem reproduzir ou os insucessos a não repetir, ou até mesmo para inforrnar os cidadãos.De
acordo
com
a
COMISSÃO
EUROPEI*2
IZOOO),a
avaliaçãopode
serentendida
como
'Julgamento
de
intervençõesde
acordo
com
os
seus resultados,impactos
e
necessidadesque visam
satisfazer".Mais
uma
vez,
a
ideia
base desta18
Ex.: A avaliação de um projecto de defesa do ambiente não será igual à de um projecto de produção
agrícola-le
Ex.: a pertinência ou a eficiência de uma intervenção.
zo Muitos conceitos poderiam ser apresentadas para definir uma Política Púbüca mas dado o âmbito deste
esfirdo, optou-se por expor apenas os que, a nosso entender, se mostram como os mais sintéticos e encadeados no estudo desenvolüdo.
2L PuaBASLÉ (2006),
urna vez que os políticos não explicitam detalhadamente essa 'oteoria de acção", somente examinando documentos de base e leis é possível extrapolar essa mesma "teria de acção" (ou
§gca ae intervenção da política).
"' The Communication on Evaluatbn (SEC (2000) 1051).
TERRTTORIO, DESENVOLVIMENTO RI'RAL E POI-ÍTTCAS PÚSUCES
Estttdo dz Avaltação Económlca Iníercalar da Exect4tlo da Medlda Agro-Amblennl Protecçdo Integrada Apkcada ao Sector