uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
SANTA
cATAR|NA
CENTRO
DE
c|ENc|As
DA
SAÚDE
cuRso
DE
PÓS-GRADUAÇÃO
Eli/i_,oDoNToLoG|A
OPÇÃO
ODONTOPEDIATRIA'
- 1
`
›‹« '-
PADRÃO
DE
D|sTR|Bu|çÃo
DA___oÁR|E
DENTÁRIA
EM
CRIANÇAS
DE
3
A
12
ANOS
DE
IDADE,
EM
REGIOES
COM
E
SEM ÁGUA
FLUORETADA,
DO
MUNICÍPIO
DE
FLORIANÓPOLIS,
SANTA
CATARINA,
BRASIL,
1995.
KAREN
GLAZER
DE
ANSELMO
PERES
Dissertação
apresentada
ao`cu1'§ode Pós-Graduação
em
Odontologia
`
da
Universidade Federal
de
Santa
Catarina,
à obtenção
do
títulode
‹ o
-
Mestre, área
de
concentração
em
Odontopediatria.
Orientadora:
ProfaDra.
Izabel CristinaSantos
Almeida
|=i.oR|ANÓPo|.is
CURSO
DE
PÓ-GRADUAÇÃO EM
ODONTOLOGIA
OPÇÃO
oDoNToPED|ATR|A
A
BANCA
EXAMINADORA,
ABAIXO
ASSINADA,
APROVA
A
DISSERTAÇÃO
PADRÃo
DE
D|sTR|Bu|çÃo
DA
cÁR|E
DENTÁR|A
Em
cR|ANÇAs
~
DE
3
A
12
ANos
DEJDADE,
EM
REe|õEs
com
E
sEM
ÁGUA
FLUORETADA,
DO
MUNICÍPIO
DE
FLORIANÓPOLIS,
SANTA
O
CATARINA,
BRASIL,
1995.
ELABORADA
POR
KAREN
GLAZER DE
ANSELMO
PERES,
COMO
REQUISITO
À
OBTENÇÃO DO
TITULO
DE
MESTRE
EM
ODONTOPEDIATRIA.
BANCA
Ez;/\ADoRAz
O
«pé
Prof.°,zr.“ Izabel Cristin
Santos Almeida-
Orientadora -~sé
de
Carvalho
Rocha
Á/íws
Prof°
Suene
Caldeirade
Sena
I
I
Aos meus
pais,Marcos
e
Janeth,
pelo incentivo à profissão, pelo apoio
e
carinho
em
todosos
momentos
da minha
vida.
Ao
Marco,
por
todos estesanos de
cumplicidade,amor
e
companheirismo.
por
tudo.Aos meus
filhosqueridos,
Rodrigo e
Rafael,
pela
compreensão dos
momentos
ausentes.
para
elese
por
eles, todadedicação
valea
À
ProfessoraDoutora
Izabel CristinaSantos
Almeida, pela disponibilidadena
orientação, apoioe
amizade sempre
presentes. Muitoobrigada
pelaconfiança
em
mim
depositada.Ao
ProfessorMarco
Auréliode
Anselmo
Peres, pelo constante incentivo,pela
colaboração e
incansáveis revisões desta pesquisa.À
Dra
Josimari Telino Lacerda,Coordenadora de
Saúde
Bucalem
exercício durante a realização
do Levantamento
Epidemiológicoem
Saúde
Bucal
do
municípiode
Florianópolis, pela confiançaem
forneceros
dados
primários desta pesquisa,
sem
os
quaisnada
seria possível.À
Dra Maria
CristinaMarino Calvo
pela criaçãodo banco
de
dados
que
originaram este trabalho.
À
Professora LieneCampos
pela revisãona
estrutura deste trabalho.À
Cecília CláudiaCosta
Ribeiro, pela parceriade
todos estes anos, pelaamizade
e
esforço conjunto duranteo
mestrado.A
todosos
colegasdo
mestrado, pelosmomentos
de
coleguismo
compartilhados durante
o
curso.'
À
todaequipe
de
professoresda
Pós-
Graduação
em
Odontopediatria,pela convivência
de
todos estes anos,compromisso
e dedicação
transmitidos.
À
Ana
Maria
Vieira Frandolozo, pela disponibilidadee atenção
sempre
presentes.
À
Ricardo Caldeirade Andrada
Costa, pela construçãodos
gráficosRESUMO
... ..oôABSTRACT
.... ... ..o7L|sTA
DE GRÁF|cos
... ..osL|sTA
DE TABELAS
... ..1ô1
INTRODUÇÃO
... ..232REv|sÃo
DA
L|TERATuRA
... ..212.1 Histórico
da
cáriedentária
... ..282.2
Epidemiologia
da' cárie dentária:panorama
internacional ... ..312.3
Epidemiologia
da
cárie dentária: Brasil ... ..382.4
Comportamento
da
cáriedentária
em
regiões
com
e
sem
água
fluoretada
... ..452.5
Importância
dos
primeiros
molares
permanentes
... ..482.6 Distribuição
da
cáriedentária
considerando-se
grupos
de
dentes
distintos ... ..534
MATER|AL
E
MÉToDos
... ._ 4.1Região
de
Estudo
... ._4.2
Procedimento Metodológico
... ._5
RESULTADOS
... ..6
DISCUSSÃO
... ..7
CONCLUSOES
... ..a
RE|=ERÊNc|As
B|B|.|oGRÁ|=|cAs
ANEXOS
...Este
estudo
tevecomo
objetivo, descrevere
analisaro
comportamento da
cárie dentáriana
população
de
3 a 12
anos
de
idade, atravésde dados
primários obtidosdo
Levantamento
Epidemiológico, realizadonas
regiõescom
e
sem
água
fluoretada,em
Florianópolis,SC,
Brasil, 1995. Verificou-seque
o
CPO-D
médio,aos 12
anos,encontrado
na
regiãocom
água
fluoretada, caracteriza estapopulação
como
de
baixa prevalênciade
cárie,de
acordo
com
parâmetros
estabelecidos pela
Organização Mundial
da
Saúde (OMS)
e
que
o
CPO-D
médio
para a
mesma
idadena
regiãosem
água
fluoretada indica estapopulação
como
de
alta prevalênciade
cárie.O
comportamento da
cárie dentáriase
feznuma
disposição simétrica e bilateral,
nos dentes homólogos,
tantona arcada
inferiorcomo
na arcada
superior.O
maior
incrementode
cárie dentárianos molares
permanentes
ocorreu entre6
e
7anos de
idadena
regiãocom
água
fluoretadae
entreos
5 e
6
anos
na
regiãosem
água
fluoretada,com
os molares
permanentes
inferiores
mais atacados
pela cáriedo
que
os
superiores.A
presença
de
flúorna
água de
abastecimento
público restringiuo ataque
de
cárie dentária,quase que
exclusivamente
aos molares decíduos e permanentes.
Na
dentição decídua,a
prevalência
de
cárie foimaior
e
ocorreucom
maior gravidadena
regiãosem
água
fluoretada, fato
observado
atravésdo componente
“e”do
índice ceo-d.A
assistência odontológica,
observada
pelocomponente
obturado
“o”na
dentiçãodecídua e
“O”na
dentiçãopermanente
foi maiorna
regiãoque
apresenta
o
ABSTRACT
The
aim
of this studywas
to describeand
toanalyse
the dental caries pattern in three to twelve years old population through primary datafrom
theOral Health
Survey performed
in Florianópolis,SC,
Brazil in 1995.lt
was
observed a low DMF,-T
index, according to theWorld
HealthOrganization
(WHO)
criteria in the tvvelveyears
old children living in fluoridatedareas,
whereas
in non-fluoridated areas themean DMF-T
in thesame
age
was
higher.
The
dental caries patternwas
symmetricaland
bilateral in both jaw.The
higher increase of
disease
occurred inpermanent
firstmolars
between 6 and
7
years old in fluoridated
area
and between
5
and 6
years old in non-fluoridatedarea. lt
was
observed
more
dental caries in thelow
jaw
permanent
molars
thanin the
upper
ones. Vln the fluoridated area, it
was
observed
that the dental carieswas
almostrestricted to the primary
and permanent
molars. ln the primary dentition, dentalcaries prevalence
and
severitywas
higher in the non-fluoridated area. This factwas
showed
by
the “missing”component
of the dmf-t index.Dental care
was
observed
through the “filling”component
in both primaryand permanent
dentition. ltwas
smaller in fluoridatedarea
where
itwas
alsoGRÁFICO
1 -Condição dos
primeirosmolares permanentes
(%),em
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..72GRÁFICO
2
-Condição dos
primeirosmolares permanentes
(%),
em
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..72GRÁFICO
3
-
Índice ceo-de
componentes
(média)em
criançasde 3 a 9
anos de
idadeem
regiãocom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
... ..87GRÁFICO
4
- Índice ceo-de
componentes
(média)em
criançasde
3
a
9anos de
idadeem
regiãosem
água
fluoretada.Florianopolis, SC, Brasil,
1995
... ... ..87GRÁFICO
5 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),
Segundo
cada
dente,em
criançasde
3anos
de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada Florianópolis,SC,
BrasiI,1995.” ... ..9o
GRÁFICO
6
- Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),
segundo
cada
dente,em
criançasde
4
anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ..91GRÁFICO
7 - Distribuiçãodo
índice ceo-d ecomponentes
(%),
segundo
cada
dente,em
criançasde
5
anos
de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada94
GRÁFICO
8
- Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
6
anos de
. idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... _.GRÁFICO
9
- Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
7anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ._GRÁFICO
10 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),I
segundo cada
dente,em
criançasde
8
anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... _.GRÁFICO
11 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo cada
dente,em
criançasde
9
anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ..GRÁFICO
12 - Distribuiçãooo
indice ooo-oie
componentes
(%),segundo cada
dente,em
criançasde
3
anos de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ._GRÁFICO
13
- Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
4 anos de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
Brasil,1995. ... ..GRÁFICO
15 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde 6 anos
de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada. VV Florianópolis, SC, Brasil,1995.
... ._
GRÁFICO
16 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
7anos de
, idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
Brasil,1995. ... ..GRÁFICO
17 - Distribuiçãodo
índice ceo-de
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde 8 anos
de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis, SC, Brasil,1995. ... ._
GRÁi=|co
ia
- Distribuiçãooo
inoioe oeo-o eoomponentee
(%),segundo
cada
dente,em
crianças de_9anos
de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis, SC, Brasil,1995. ... _.
GRÁFICO
19
- ÍndiceCPO-D
ecomponentes
(média)em
criançasde
5 a
12anos de
idadeem
regiãocom
água
fluoretada.Florianópolis, SC, Brasil,
1995
... _.GRÁFICO
20
- ÍndiceCPO-D
ecomponentes
(média)em
criançasde
5 a
12anos de
idadeem
regiãosem
água
fluoretada.GRÁFICO
21 - Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),
segundo cada
dente,em
criançasde 8
anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ..GRÁFICO
22
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),
segundo cada
dente,em
criançasde
9
anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ..GRÁFICO
23
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),
segundo
cada
dente,em
criançasde
10
anos
de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ._GRÁFICO
24
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),
'
segundo
cada
dente,em
criançasde
11anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... _.GRÁFICO
25
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),
segundo
cada
dente,em
criançasde
12anos de
idade
de
regiõescom
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ._GRÁFICO
26
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
ecomponentes
(%),
segundo cada
dente,em
criançasde
8anos
de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
Brasil, 1 995. ... _.GRÁi=|co 28
- oieiriooiçâooo
inoioecPo-D
e
oomponeniee
(%),V
segundo
cada
dente,em
criançasde 10
anos
de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... _.GRÁFICO
29
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
11anos de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
BrasiI,1995. ... ..GRÁFICO
30
- Distribuiçãodo
índiceCPO-D
e
componentes
(%),segundo
cada
dente,em
criançasde
12anos de
idade
de
regiõessem
água
fluoretada.LisTA
DE
TABELAS
TABELA
1 -Condição dos
primeirosmolares permanentes
(número
absolutoe
porcentagem),
segundo
idadeem
regiõescom
água
fluoretada ... ..7OTABELA
2 -Condição dos
primeirosmolares permanentes
(número
absolutoe
porcentagem),
segundo
idadeem
regiõessem
água
fluoretada ... ..71TABELA
3 -Condição dos
primeirosmolares permanentes
segundo
sua
higidez
e
regiõescom
e
sem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..74TABELA
4
- incrementode
ataque
de
cárie dentárianos
primeirosmolares
per-manentes,
segundo
idadee
regiõescom
e
sem
água
fluoretada...76TABELA
5-
Primeirosmolares permanentes
tratadose
não
tratados(número
absoluto
e porcentagem) nas
regiõescom
e
sem
água
fluoretada.Florianópolis,
SC,
Brasil,1995
... ... ... ..78TABELA
6
- Primeirosmolares permanentes
tratadose
não
tratados(número
absoluto
e porcentagem)
incluindo-se a utilizaçãode
selantesnas
regiõescom
e
sem
água
fluoretada. Florianópolis, SC, ,entre
molares
superiorese
na
com
água
fluoretada. Florianópolis, SC, Brasil,1995
... ..82TABELA
8
- Nívelde
associaçãoem
valores finaisde
testedo
qui-quadrado (X2)entre molares superiores
e
inferiores por faixa etáriana
regiãosem
água
Fluoretada; Florianópolis, SC, Brasil,1995
... ... ..83TABELA
9
-Número
absolutode
dentes ceo-d ecomponentes,
segundo
idadee
região
com
água
fluoretada. Florianópolis, SC, Brasil,1995
... ..84TABELA
10
-Número
absolutode
dentes ceo-de componentes,
segundo
idadee
região
sem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..84TABELA
11 - Índice ceo-d eseus
componentes
(médiae
porcentagem),segundo
idade,
na
regiãocom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..85TABELA
12 - Índice ceo-d eseus
componentes
(média e porcentagem),segundo
idade,
na
regiãosem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,TABELA
13
-Número
médio
eporcentagem
dedentes
cariados, perdidosou
restauradossegundo
tipode
dente,em
criançasde 3
anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
....sa
TABELA
14 -Número
médio
eporcentagem de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde 4
anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis, SC, Brasil, 1995...89TABELA
15
-Número
médio
eporcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
5anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil, 1995...95TABELA
16
-Número
médio
eporcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde 6
anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis, SC, Brasil, 1995...93TABELA
17 -Número
médio
e porcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
7anos
de
idaderestaurados,
de
em
em
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..99TABELA
19
-Número
médio
eporcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
9
anos de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..101TABELA
20
-Número
médio
e porcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
“
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
3
anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..104TABELA
21 -Número
médio
eporcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
4 anos de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..106TABELA
22
-Número
médio e porcentagem de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
5
anos de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..108TABELA
23
-Número
médio e porcentagem
de
dentes cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
6 anos de
idadeTABELA
24
-Número
médio
eporcentagem
de
dentes
cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
7anos de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis, SC, Brasil,1995
.... ..113TABELA
25
-Número
médio e porcentagem
de
dentes
cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
8anos de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..115TABELA
26
-Número
médio
eporcentagem
de
dentes
cariados, perdidosou
restaurados,
segundo
tipode
dente,em
criançasde
9
anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
.... ..116TABELA
27 -Ataque
de
cárie dentáriaem
dentes anteriores e posterioresdecíduos,
segundo
idadee
regiãocom
e
sem
água
fluoretada,Florianópolis,
SC,
Brasil,1995
... ..119TABELA
28
-Número
absolutode
dentesCPO-D
ecomponentes,
segundo
idadee
região
com
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..12OTABELA
29
-Número
absolutode
dentesCPO-D
e componentes,
segundo
idadee
TABELA
30
-
Números
absolutos, ín .iceCPO-D
eseus
componentes
(média e
porcentagem),
segundo
idade,na
regiãocom
água
fluoretadaFlorianópolis,
SC,
Brasil,1995
... ..121TABELA
31-
Números
absolutos, índiceCPO-D
eseus
componentes
(média e
porcentagem),
segundo
idade,na
regiãosem
água
fluoretadaFlorianópolis,
SC,
Brasil,1995
... ..121TABELA
32
-Número
médio
eporcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde 8 anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
... ..125TABELA
33
-Número
médio
e
porcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
9
anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
... ..127TABELA
34
_-Número
médio
eporcentagem de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
10
anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..129TABELA
35
-Número
médio
eporcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
11anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,-
TABELA
36
-Número
médio e porcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
12anos
de
idadeem
regiõescom
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..133TABELA
37
-Número
médio
eporcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
8
anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
... ..136TABELA
38
-Número
médio
eporcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
9
anos de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,
1995
... ..138TABELA
39
-Número
médio
e porcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
10
anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,
Brasil,1995
... ..14OTABELA
40
-Número
médio
eporcentagem
de
dentespermanentes
cariados,V perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
11anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,SC,Brasil,
1995
... ..142TABELA
41 -Número
médio e porcentagem
de
dentespermanentes
cariados,perdidos
ou
restaurados(CPO-D),
segundo
tipode
dente,em
criançasde
12anos
de
idadeem
regiõessem
água
fluoretada. Florianópolis,permanentes,
segundo
idade e regiãocom
e
sem
água
1
|NTRoDuçÃo
Durante
milêniosde
existenciade
vidahumana, o
homem
acumulou
sabedoria,
aprendendo
a
desfrutarda
natureza, delafazendo seu
meio
de
sobrevivência.Com
o
crescimentodo
saber e
do
pensar,o
universohumano
transformou-se, evoluiu,
mas
também
inseriu-senum
processo
de desorganização e
proliferaçãode
problemas
tanto antigosquanto modernos,
que
vem
levando
à
destruição
da
saúde
geralda
população no
mundo.
No
campo
da
ciência, aárea
que
busca
estudare acompanhar
a
deterioraçãoda
vidahumana,
éa
Epidemiologia.Segundo
ROUQUAYROL
(1988), “...epidem¡o/ogiaé
a
ciênciaque
estuda
o
processo
saúde-doença
na
comunidade,
analisandoa
distribuiçãoe os
fatoresdeterminantes
das
enfermidades
e dos
agravos à
saúde
coletiva,propondo
medidas
específicas
de
prevenção,
de
controleou de
erradicação. ”Na
área odontológica,a
utilizaçãoda
epidemiologiaé
relativamente recente,ganhando cada
vez mais espaço,
com
o
objetivo principalde
buscar
acompreensão
da
distribuiçãoe
do comportamento
das doenças, a
fimde
planejarações de ordem
coletiva
e
individualem
defesa
da saúde
bucal(MANJI,
FEJERSKOV,
1995;VON
DER
FEHR,
1988). 'A
resoluçãodos
problemas
de saúde
bucaldependem,
em
parte,de ações
diretamente voltadas
à
Odontologia,medidas
estas relacionadasao
conhecimento
científico
dos maiores agravos à
saúde
bucalbem como
ao
desenvolvimento
de
técnicas para solucionar estes problemas.Por
outro lado,uma
sériede
fatores,25
condicionam o
surgimentoou
nao
das doenças, influenciando o
ritmode
sua
expansão.
O
desenvolvimento econômico,
a
ideologiado
Estado,a
forma
de
organização
do
governo,o
nívelde educação da
população,bem como
os padrões
culturais
e
de
tradiçãode
um
povo,acabam
por interagir diretamenteno
processo
saúde-
doença
bucal(PINTO,1989).
Na
Odontologia,estabelecem-se
prioridadescom
relação adanos
causados,
a grupos
populacionais afetados por faixa etária, por situaçãoeconômica
e
tipode
serviço.
Um
problema
de
Saúde
Públicaé aquele
que
constituicausa
comum
de
morbidade ou
mortalidade,quando
existemmétodos eficazes de
prevenção e
controle
e
quando
taismétodos não
estãosendo
utilizadosde
modo
adequado
(PINTO,
1989).Com
base
nestes princípios,CHAVES
(1962)estabeleceu 5
critériospara definir prioridades
em
Odontologia
Social:número de pessoas
atingidas,seriedade
do
dano, possibilidadede
atuação
eficiente, custo “per capta”e
graude
interesse
da
comunidade.
Nos
paísesem
desenvolvimento e
altoconsumidores
de
açúcar,a
cáriedentária
é
aindao
problema
maior,seguida
das
doenças
periodontais,das
maloclusões,
do
câncer
bucal,da
fluorosee
das fendas
lábio - palatais.A
históriada doença
cárie dentária,tem passado
por diferentese
importantesmomentos
desde
asua
descoberta.Sua
distribuiçãotem
se manifestado
de
forma
conhecimento
de
forma
significativae
pragmática
do comportamento
desta enfermidade.Estudos
epidemiológicostêm
retratado,além de
diferençasquanto
a povos
e
regiões,
também
o ataque
de
cárie dentária distintoquanto à
localizaçãona
cavidade
bucale
grupos
de
dentes
especificos,apontando
susceptibilidadesdiversas (ALI et al.,1993;
VASCONCELOS
et al., 1994;VASCONCELOS,
SILVA,
1992).
O
conhecimento
destas características particularesdos
indivíduospode
retratar
uma
situação populacional, contribuindoassim
parao
esclarecimentoe
encaminhamento de medidas
em
programas de
Saúde
Pública.Tendo
em
vistao
exposto, atravésde dados
primáriosdo
"Levantamento
Epidemiológico realizado
no
municípiode
Florianópolisno ano de
1995,sobre
a
cárie dentária,
propõe-se
um
estudo detalhado
sobreo
comportamento
desta2.1
Histórico
da
cárie dentária.
O
conhecimento
da
históriada
cárie dentária,desde
sua origem
tem
sidopossível
graças à preservação dos
dentes durante milharesde
anos.A
manifestação
desta
doença,
tem
sido verificada atravésde
inúmeras pesquisas
arqueológicasexistentes
no
mundo
todo,que
encontraram arcadas e elementos
dentaisdo
corpo
humano
em
excelenteestado
de
conservação
(SULLIVAN,
et al., 1993).Um
padrão
primitivode
cárie foiencontrado e
documentado na
dentiçãopermanente,
em um
estudo
arqueológico desenvolvidona
Inglaterrana década de
60.
As
lesões cavitáriasapresentavam-se próximo a junção
amelo-cementária,e
as
cavidades
oclusaiseram
raras.No
homem
pré-históricoa
prevalência destadoença
era baixa,não
ultrapassando
os
10%
do
totalde
dentes
irrompidos.O
número
de cavidades
erapequeno
em
criançase
jovense
aumentava
com
a idade(HARDWICK,
1960;PINTO,
1990a;VON
DER
FEHR,
1988).Este
padrão
primitivode
cárie persistiu por2000
anos,em um
períodocompreendido
entrea
idadedo
ferro (500 a. C.)e o
período medieval (1500).Uma
pesquisa
bastanteampla
realizadano
iníciodos anos
90,comparou
amostras
de
dentes,
de
diferentes períodos históricos,que
vão
do
período pré- histórico atéo
século XVIII. Estas amostras,
de
diferentes regiõesgeográficas
e, possivelmente,de
populações
de
diversas origens sociais, referentesaos
séculosV
a
X,apresentaram
29
XII
somavam 11%
e
nos
séculos XIIa XV, alcançavam
23%
de
dentes
cariados,confirmando
outrosestudos
pioneiros(SULLIVAN,
1993).Somente
após
o
século XVII,é
que
observou-se
evidênciasde
alteraçõesaproximando-se dos padrões
atuaisde
cárie dentária,ou
seja,_o aparecimento
de
lesões
de
cárienos
pontosde
contato entreos
dentese nas
fissuras oclusaisdos
dentes
posteriores, fato este ocorrido devidoao
inícioda
produção
e
consumo
do
açúcar refinado na
Inglaterra(HARDWICK,
1960,PINTO,
1990a;VON
DER
FEHR,
1988).
A
partirdo
século XVIII,com
a
expansão da
indústria açucareira inglesa,implantada
nas
Índias Ocidentaisdesde
1641, ocorreuma
explosão
na
prevalênciada
cárie dentária, principalmentenas populações mais
jovens, devidoà
popularização
do
consumo
de
açúcar
atravésdo
barateamento
do
seu
preço.A
severidadeno
comportamento
da
cárie agrava-se aindamais
no
século XIX,a
medida
que
rotas comerciaisvão
proporcionando
produtos alimentícios industrializados para diversas regiõesdo
mundo
e esteprocesso
vaialcançando
outros países
(PINTO,
1990a;VON
DER
FEHR,
1988),bem
como
populações
isoladas,
como
as
comunidades
indígenasda
América
do
Sul,onde
a
doença
cárieera rara
(PINTO,
1_99ob). 9sn
Uma
interrupçãono
aumento da
prevalênciada
cáriedentáriano
mundo,
ocorre
no
períododa
llGuerra
Mundial,em
1945.Devido a grande redução
na
ofertanão
refinada,provocando
uma
drástica redução,de
até80%,
na
prevalênciada
cárie dentáriaem
vários países europeus,na
Escandináviae no
Japão
(MANJI,
FEJERSKOV,
1_ 995).Passado
o
periodo pós-guerra,a
cárie dentária voltaa
alcançar níveisaltíssimos. Frente
a
esta situação,na década de
60, paisescomo
Austrália,Nova
Zelândia
e
paísesda
PenínsulaEscandinava
(Suécia, Finlândiae
Noruega),adotaram
medidas
visando, primariamente, o controledos
sinaise sintomas
da
doença, através
de
e›‹traçõese
restaurações dentais(VON
DER
FEHR,
1988).A
partirda década
de
70, estes paísespromoveram
uma
radicalmudança
na
politica
de saúde
bucalque
iria revertero
quadro
de
alta prevalênciada
cáriedentária.
Um
decréscimo
maior acada
ano que
se
passava
era observado,basicamente
devidoàs medidas
preventivas taiscomo
disponibilidadede
fluoretosnas mais
diversas formas,como
os
dentifrícios (introduzidosno
mercado no
inícioda
década de
60),métodos
tópicosde
flúor(PINTO,
1993,RIPPA
et al., 1983), altosindices
de
coberturados
serviços odontológicos,acesso a
informaçãosobre
saúde
bucale
de
uma
posturaessencialmente
preventiva por partedos
profissionaisda
área odontológica destes países
(MANJI,
FEJERSKOV,
1995;VON
DER
FEHR,
31
2.2
Epidemiologia
da
cárie dentária:
panorama
internacional
A
Epidemiologia,se
utilizade
instrumentoscomo
coeficientese
índices,para
quantificar diferentes
doenças,
dentre elas,a
cárie.Um
índiceé
uma
unidade
de
medida que pode
estabeleceras
diferençasde
manifestaçãode
uma
doença
em
populações
distintas, atravésde
um
valornumérico
de
uma
escala graduada.Com
relaçãoà
cárie dentária,o
índiceCPO-D
é, ainda, omais
utilizado.Criado
em
1937
porKLEIN
e
PALMER,
servecomo
referência internacionalnos
estudos
epidemiológicos, por apresentaras
características básicasde
um
bom
índice
como
clareza, simplicidadee
objetividade.Mede
o ataque de
cárie dentáriana
dentiçãopermanente,
com
sua
iniciais significando, respectivamente,dentes
cariados (C), perdidos (P)
e
restaurados (O).O
componente
"P" subdivide-seainda
em
extraídose
com
extração indicada.Para
a dentição decídua, existeo
índicecorrespondente
denominado de
ceo-de
incluisomente
os
dentes cariados (o),extração indicada (e)
e
restaurados (o)(PINTO,
1989).~
Pesquisas
com
relaçãoaos dentes
temporários
têm
sido realizadas,/na/I
tentativa
de
um
melhor
esclarecimentosobre
a
distribuiçãoda
cárie dentária,a
fimde
prevenira
manifestação destadoença na
dentiçãopermanente
(DOWNER,
1993;MATTOS-GRANER,
1996;O'SULLlVAN,
TINANOFF,
1993;PROVART,
CAMICHAEL,
1995; RlTIO,PIENIHÃKKINEN, SCHEININ,
1996).Apesar
do
esforço,índices reais
de
prevalênciade
cárie, principalmente, relacionados à primeira infância(MARCOS,
1984;MORITA,
WALTER,
GUILLAIN,
1993;WINTER
et al,1971).
As
limitações principaisdo
índiceCPO-D
referem-sea perda
de
representatividadenas
idades adultasmais avançadas,
onde
as extrações pordoença
periodontale
por motivos protéticossão
muito significativas, por induzira
interpretações distintas
quanto
aos
critériosde
identificaçãode
lesõesde
cáriesem
seus
estágios iniciais, pornão
diagnosticar lesõesde
cáries radiculares(PINTO,
1989)
e
pornão
distinguiras
facescomprometidas nos elementos
dentais(TÁVORA, PERES,
FREITAS,
1997).Em
1987,o
tradicional índicede KLEIN
e
PALMER,
oCPO-D,
sofreumodificações propostas pela
Organização
Mundialda
Saúde
(OMS),
criando-seo
índice
CPO-D
modificado,que
se
utilizade
critériosde
diagnósticomais
detalhados, prévios à'composição do
indice.
(ANEXOS
1 e 2)(WHO,
1987) _O
exame
dos elementos
dentaispassaram
a
receberum
códigopara a
condição
dentale
outro para anecessidade
de
tratamento, paracada
dente.Com
isso,
o
código "P”,do
tradicional indiceCPO-D,
passa a
ser registradoapenas
para
os dentes
que
estãoausentes
duranteo exame,
ficandoa condição
de
extração-_tgg.
_ 33Biblioteca
Universitria
1No
boletim divulgado pelaOrganizaçao
Mundialda
Saude
( V ,no
dia7
de
abril
de
1994,reafirmou-se
que a
cárie dentária, juntlamenteicomas
periodontopatias(enfermidades
dos
tecidosque
sustentam os elementos
dentais),são
as
doenças
bucais
mais
prevalentesno
mundo
e
que, atualmente,atingem
setoresda
população
de
forma
distinta.Evidenciam
que o
índiceque
mede
a prevalência ea
magnitude
do
problema
cárie dentária,CPO-D,
é
um
índice sensível, rápidoe
de
aplicaçãouniversal, permitindo
comparações
entre diferentespopulações
durante váriasdécadas.
Adotando
como
referênciao
índiceCPO-D,
a
OMS
'estabeleceuuma
escala
de
gravidadedo
ataque
de
cárie(OMS,
1994).Com
relaçãoaos 12
anos de
idade, a escalade
ataque
de
cáriecomporta
cinco níveis
de
prevalênciade
cárie,a
saber:CPO-D=
0,0a
1,1 (muito baixa),CPO-
D_= 1,2
a
2,6 (baixa),CPO-D=2,7
a
4,4 (intermediária),CPO-D=
4,5a
6,5 (alta)e
CPO-D
> 6,5 (muito alta)(OMS,
1994).Através desta escala, diferentes
populações
podem
ser analisadascom
relação
a
cárie, atravésde
levantamentos
epidemiológicos, permitindocomparações e buscando
alcançaras
metas
propostas pelaOMS
para
o ano
2000,que
paraa
idadede
12
anos,propõe
que
os
indivíduosapresentem,
no
máximo,
CPO-D
médio
menor
ou
iguala
3
(dentes cariados, perdidosou
obturados)(OMS,
Em
1969,o panorama
mundial apresentava
diferençasmarcantes
com
relação
ao
CPO-D.
Os
paísesdesenvolvidos
mantinham
o índiceCPO-D
muito alto,alto
ou no
máximo
intermediário,enquanto
que
os
paísesconsiderados
do
terceiromundo, alcançavam
CPO-D
muito baixoou
baixo(OMS,
1994).Os
anos 70
e
meados
da década de
80, caracterizaram-se porum
declíniobastante
acentuado na
prevalênciade
cárieem,
praticamente, todosos
paísesindustrializados
como-o
Reino
Unido, países escandinavos, Suíça,Estados
Unidos,Canadá,
Austrália, entre outros(MANJI,
FEJERSKOV,
1995;OMS,
1994;VON
DER
FEHR,
1988).Entre
1973 e
1993,o Reino
Unido mostrou
uma
redução
de
55%
da
cáriedentária
na
dentiçãodecídua
aos 5
anos de
idade,75%
na
dentiçãopermanente aos
12
anos e
74%
aos
14
anos de
idade. Entretanto,pesquisas
recentesdemonstram
que
este declínioparece
não
mais se manter
na
mesma
velocidade,sugerindo-se
até,
que
a
prevalência destadoença
se
estabilizou,com
tendênciaa se
elevarnas
crianças
e
reduzindo-semais
lentamentenos adolescentes
(DOWNER,
1994).Os
países escandinavos, Finlândia,Noruega,
Suécia, Islândiae
Dinamarca,
apresentam
perfilsemelhante na
históriade
declínioda
cárie dentária.Com
exceção
da
Islândia, estes paísesapresentam
um
serviço públicode
saúde
bucalque
abrange
criançasde
zero a 16, 17ou
18
anos,conforme o
país.Os
programas
35
de
flúor, acredita-se,foram
os
responsáveis pelo iníciodo
declínioda
prevalênciada
cárie dentária, atingindo23%
a
49%
das
criançasde
12
anos
de
idade livresde
cárie entre1991
e
1992
e
uma
prevalênciade
cáriedocumentada
atravésdo
CPO-D
entre 1,2e
2,5na
mesma
idade.A
Islândiamanteve
uma
prevalênciade
cárie altaaté 1983,
mas,
atualmente,poucas
diferenças entreos
cinco países nórdicossão
encontradas. Estes índices,
considerados
baixossegundo
a
OMS,
foram alcançados
no
periodoem
que
ocorreua
implantaçãoem
escala populacionaldos
dentifriciosfluoretados e
o
aumento no
consumo
destes produtosna
rotinada
vidados
indivíduos,
estabelecendo-se
uma
evidência diretana
sua
contribuição paraa
redução
da
doença,
principalmentequando
se
relacionaa
freqüênciade escovação
e
declíniode
cárieem
áreas
com
baixa fluoretação sistêmica(VON
DER
FEHR,
1994).u
Os
primeirosestudos sobre
prevalênciade
cárie dentária realizadosna
Suíça
datam da década de 50 e mostravam
um CPO-D
entre 7,7e
11,3 para criançascom
12
anos de
idade.Em
1992
o
CPO-D
médio
aos 12
anos
era iguala
1,12.As
razões
para
o
declínioda doença
foram
os: hábitos alternativosde
dietacomo
o “doce
amigo do
dente" praticadodesde
1970,mas
efetivosomente
a
partirde
1982,utilização
de
fluoretosem
programas
preventivos escolarescom
utilizaçãode
flúorsob forma
de
gel concentrado,6
vezes
ao ano ou bochechos de
soluções
fluoretadas, disponibilidade
do
saldoméstico
fluoretadodesde 1983
e, principalmente,a
introduçãodos
dentifricioscontendo
flúor, inicialmenteencontrado
em
60%
das marcas
existentesno mercado
durantea
década de
60 e
que,em
1980,foi
ampliado
para90%
dos
dentifríciosdo
país(MARTHALER,
1994).Nos
Estados
Unidos,o
declínioda
cárie dentáriapode
serobservado
atravésdas
pesquisas
que
mostraram
um
aumento de
50%
no
número de
crianças livresde
cárie entre 1986-1987, contra
apenas
36%
entre1979-1980.
O
declíniona
prevalência
de
cáriedas
criançasbrancas
de
13
a15
anos de
idadeé
mais
pronunciado. Outro
grupo
populacional,a população
hispânica, residentenos
Estados
Unidos,mas
cujo principal idiomaé
o
espanhol, provenientesdo
México,Cuba,
Porto Rico, entre outros,também
apresentaram
declínioda doença
cárie(CPO-D
igual a 2,13, 2,07e
2,96 respectivamente),porém
mantém
valoressuperiores
aos americanos brancos
(BURT,
1994).A
população
indígena americana,mostra
uma
prevalênciade
cárie dentáriamais
altae
também
maiorseveridade
da
doença.
Nesta
população,é
comum
a
presença
de
cáriede
mamadeira
em
idade precoce, fatonão observado
na
população americana
em
geral(BURT,
1994).Como
a grande
maioriados
países industrializados,as
criançasda
Austrália,passaram
porum
processo
de
alta prevalêncianos
indicesde
cárie dentáriaapós
o
período
da
Segunda
Guerra
Mundial. Estes valoreschegaram a
alcançaro
piconas
crianças
de
12
anos,apresentando
1dente comprometido
pela cárie,em
média,37
idade
apresentavam-se
livresda doença
e
o
inícioda
queda dos
índices ocorreem
meados
de
1965, coincidindocom
a exposição
da
população
àágua
fluoretadae a
introdução
dos
dentifrícios fluoretados.Para as
criançasde
12
anos,a média do
CPO-D
diminuiude
4,8em
1977
para
1,2em
1992.A
meta da
Austráliapara
o
ano
2000 busca
atingiruma
média de
1dente comprometido
pela cárieem
criançasde
12
anos de
idade.Com
estenovo
quadro,observa-se
uma
alteraçãona
distribuiçãoda
doença
cárie.Enquanto
na
década de 50 a
experiênciade
cárieapresentava
uma
distribuição normal,com
muitas criançasapresentando
muitas lesõesde
cáriee
quase
nenhuma
criançasem
lesõesde
cárie,em
1992
esta distribuiçãomostra-se
assimétrica,com
a
moda
representada
pelas crianças livresde
cárie(54%) e
com
apenas
6%
apresentando 5
ou
mais dentes comprometido aos
12 anos.A
doença
2.3
Epidemiologia
da
cárie dentária:
Brasil.
O
Brasilé
um
país cujaárea
territorial atinge 8,5 milhõesde
Km*
constituídopor regiões
com
as
mais
distintas culturas, tradições e, principalmente, contrastantescondições
de
vidadas
populações.De
1960
até 1990,o
Brasilpassou
porgrandes
mudanças
econômicas e
demográficas. Neste
períodoa
renda
nacional triplicou,um
grande
avanço na década de 70 no
setoreconômico
ocorreu,passando
para
uma
taxa
de
crescimentomínima e
mesmo
uma
recessão
em
todadécada
de
80.O
setor agrícola reduziusua
participaçãona
economia de 17,8%
para6,9%,
ao
mesmo
tempo que
a população urbana
aumentou
de
45%
para
75%.
Estequadro
foiacompanhado
de
um
aumento na
concentração
de
renda,com
uma
população
cada
vez
maior vivendoem
condições
de
“pobreza
absoluta”,considerada atualmente
a
sociedade mais
desigualdo
mundo
(PATARRA,
1995;TOLOSA,
1991).A
influência destes fatores paraa área
de saúde
bucale
da
Odontologia
é
percebida claramente, pelo
acesso
inviávelàs
clínicas privadas por partede
67%
do
total
da
população,ao
mesmo
tempo que
ocorreuma
grande
expansão no
número
de
Cirurgiões - Dentistassem
que
este fatocorresponda a
um
crescimentono
statuseconômico
geral.A
Odontologia
brasileira caracteriza-se pelaorganização
profissional voltada
essencialmente
parauma
prática curativa, privada,acarretando
baixos níveis
de
cobertura populacional.Agrava o
quadro a elevada produção
de
açúcar
desde
o
iníciodo
séc. XVI,influenciando
uma
cultura nacionalde
altoconsumo
de
carbohidratos (51,1Kg/pessoalano),superando
em
175%
a média
39
mundial
(ANuÁR|o
ESTATÍSTICO
|BGE,1995, oRGAN|zAc|oN
INTERNACIONALE AZUCAR,
1994).O
Ministérioda Saúde,
atravésda
Divisão Nacionalde
Saúde
Bucal, realizouo
primeiroLevantamento
Epidemiológicoem
Saúde
Bucal,tendo
como
universode
estudo, apopulação urbana de 16
capitaisde
todasas
macro-regiões.A
amostra
da
pesquisa foi dividida por faixa etáriade
6 a
12 anos,15 a 19
anos,
35
a
44
anos
e50
a59
anos
e por faixade
renda familiar, a saber: até doissalários
mínimos
(1 saláriomínimo
equivalente a115
dólares),mais
de
2 a
5 saláriosmínimos e mais de 5
salários mínimos.Com
relação a cárie dentária,os
resultados obtidosmostram
um
índiceCPO-
D
altoem
todasas
faixas etárias.Aos
12anos de
idade, oCPO-D
médio
foi iguala
6,65 dentes comprometidos.
Para
os
12anos
apenas 19,5%
das
criançasapresentaram
CPO-D
de
no
máximo
3,conforme
ameta
proposta pelaOMS
parao
ano
2000.Por
outro lado,35%
das
criançasde
12 anos,apresentaram
um
valordo
índice
CPO-D
igualou
superior a 8. _“