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Modernização do Nordeste brasileiro: um estudo microrregional

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Academic year: 2021

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Modernização do Nordeste brasileiro: um estudo microrregional

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Ricardo Alexandrino Garcia*

Nos países industrializados da Europa, ao longo dos séculos XVIII e XIX, a transição demográfica esteve vinculada ao controle crescente de amplos segmentos sociais sobre sua reprodução, em respostas às transformações sociais que ocorreram nesses países. Essas transformações dizem respeito ao desenvolvimento do sistema capitalista, a partir da Revolução Industrial que se inicia na Inglaterra, em meados do século XVIII, e instaura a chamada sociedade urbano-industrial ou sociedade moderna em detrimento à sociedade tradicional ou pré-capitalista.1

Sem entrar no mérito das especificidades teóricas a respeito do processo transitório entre esses dois tipos de sociedades, pode-se caracterizar a sociedade

tradicional como uma sociedade basicamente agrícola, cuja economia é apenas de

subsistência e a sociedade moderna, como uma sociedade industrial, cuja economia é capitalista. O conjunto das transformações estruturais de uma sociedade tradicional para uma sociedade moderna é descrito pelo processo de modernização.2

Têm-se observado que, em grande parte das sociedades contemporâneas, direta ou indiretamente, as componentes da dinâmica demográfica estiveram e estão associadas ao desenvolvimento industrial e suas modificações nas relações sociais e de trabalho, bem como ao incremento dos espaços urbanos no contexto de uma economia capitalista. Em outras palavras, a transição demográfica – isto é, a passagem de níveis altos para níveis baixos da mortalidade e da fecundidade - tem sido relacionada com sua industrialização, com a mercantilização da mão-de-obra, com a formação de conglomerados urbanos e, em última instância, com o processo de modernização dessas sociedades.

*

Este artigo foi elaborado a partir de minha dissertação de mestrado “Modernização e Declíneo da Fecundidade no Nordeste Brasileiro: um estudo microrregional” sob orientação da Prof.a Diana Sawyer, a quem sou muito grato.

*

Do CEDEPLAR/UFMG

1

Neide Patarra & Maria Coleta de Oliveira. 1972, p 483. 2

Não se pretende aqui dar cabo do conceito de modernização, entretanto, este trabalho apoia-se nos apontamentos de Germani (1969) e, principalmente, nos de Inglehart (1997) sobre o processo de modernização social. Neste sentido, o que será denominado por processo de modernização denota apenas suas dimensões análogas aos processos de industrialização e urbanização e suas conseqüências diretas largamente identificáveis nas transformações das sociedades tradicionais. Veja mais detalhes no capítulo 2.

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Muitos são os fatores decorrentes do processo de modernização que implicam em alterações no regime demográfico. Estes fatores podem ser de ordem econômica, social, ideológica ou comportamental como, por exemplo, a inversão do fluxo intergeracional de riqueza, a elevação dos custos na produção e manutenção da prole e a conseqüente redução da demanda por filhos, a secularização de crenças e de valores, a difusão de novos comportamentos através de meios de comunicação de massa etc. Esses fatores são claramente pertinentes à realidade das sociedades urbano-industriais.

No Brasil, a transição demográfica também foi lastreada pelo processo de transformações sociais fundamentado, por um lado, pelo desenvolvimento e consolidação de seu parque industrial e pelo intenso processo de urbanização ocorridos nas últimas quatro décadas e, por outro, pela crescente proletarização das massas trabalhadoras e pela deterioração das condições de vida. Tais transformações ocorreram de forma concentrada e regionalizada, excluindo desse processo grande parte do país, o que fez com que aumentasse ainda mais seus contrastes interregionais (Carvalho et ali, 1981).

Além disso, as rápidas mudanças de comportamento, exibidas por segmentos populacionais socialmente diferenciados, estiveram associadas: à ampla extensão do sistema de crédito ao consumidor, permitindo acesso mais rápido a um consumo antecipado; à existência de um sistema previdenciário, que implica na percepção de que não mais a família constitui o suporte econômico na velhice; aos meios de comunicação de massa, particularmente a televisão, difundindo novos modos de vida e valores; ao sistema de saúde e à chamada medicalização de esferas da vida cotidiana. Este fatores constituem confluências decisivas para a mudança comportamental, num contexto onde as discussões estruturais respaldam uma inviabilidade crescente da família numerosa na da sociedade brasileira (Faria, 1997: 62-99).

Entretanto, as transformações demográficas, que vêm se processando nas diversas regiões do Brasil nas últimas décadas, têm ocorrido mais lentamente na região Nordeste e seus contrastes intrarregionais são expressivos. Esta região, em 1996, comportava 44 milhões de pessoas, o maior percentual de população rural, as maiores concentrações de renda, as maiores taxas de analfabetismo, de mortalidade infantil, de fecundidade, a menor esperança de vida ao nascer e menor grau de urbanização, apesar de agregar três regiões metropolitanas (Camarano, 1998:189-208).

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A urbanização nordestina também vem ocorrendo em um ritmo mais lento quando comparada com o do restante do país. A região detém 45,8 % da população rural nacional e, aproximadamente, 37,0% de sua população reside em municípios com população inferior a 20 mil habitantes. Entretanto, expressivos aumentos têm sido verificado na sua população metropolitana, apesar de agregarem percentuais inferiores de população quando comparados com os das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Esses contrastes têm suas raízes no modo de inserção da economia nordestina no cenário de transformações estruturais ocorridas no Brasil após 1930. O modelo agrário exportador, prevalecente na região desde o século passado, não foi capaz de absorver as transformações econômicas que se processaram no centro sul do país. Assim, o processo de urbanização nessa região foi iniciado muito mais pela estagnação do seu meio rural do que pela industrialização de sua economia (Sawyer et ali, 1987: 89).

Apesar do estudo sobre o processo de transformações sociais que levam ao surgimento das sociedades modernas não ser inédito no país, a maioria dos estudos nessa área pauta-se por uma análise macrorregional das inter-relações entre características urbanas, industriais, econômicas etc. Dada a recente descentralização das políticas públicas que vem se processando no país, a disseminação e utilização de informações estatísticas desagregadas assumem cada vez maior importância tanto para a avaliação, proposição e planejamento dessas políticas quanto para o embate entre as forças das administrações governamentais e a sociedade civil organizada (Oliveira & Wong, 1998: 341-342).

Na maioria das vezes, essas estatísticas possibilitam somente o estudo transversal do processo e, portanto, a transição de uma sociedade tradicional para uma sociedade moderna é de difícil mensuração . Entretanto, pode-se pensar que dentro de uma mesma região geopolítica, onde há grande diversidade, estejam presentes alguns estágios que podem indicar e descrever distintos graus de modernização. Embora não seja possível afirmar quando ou onde ou como se deu tal processo ou como se dará sua sucessão .

Visto isso, faltam estudos que procurem caracterizar os atuais estágios do processo de modernização que suas sub-regiões possam apresentar. Procurar-se-á, a partir de uma análise microrregional dos níveis de modernização das áreas nordestinas, contribuir para essa discussão. Para tanto, este estudo objetivará, através de indicadores apropriados de urbanização e industrialização, a elaboração de uma tipologia que

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represente gradientes de modernização. Mas o quê se está entendendo por modernização para efeitos desse artigo?

Segundo um dos dicionários de língua portuguesa mais consultados no país, 3 por Modernização se entende: ato ou efeito de modernizar(-se); já o verbete modernizar significa: tornar moderno, dar feição moderna a, adaptar aos usos ou necessidades modernas; e, por fim, tem-se o verbete moderno, proveniente do latim modernu, que quer dizer: dos tempos atuais ou mais próximos de nós; recente; atual, presente, hodierno. Modernista: que está na moda; diz-se das manifestações artísticas e literárias do séc. XX etc.

Na busca de uma conceituação do termo Moderno, Inkeles & Smith (1981, p. 15-35) deparam-se com a problemática da multiplicidade de significados do termo. Entretanto, explicitaram que os aspectos cabais de uma sociedade moderna incluem a educação de massa, a urbanização, a industrialização, burocratização e meios rápidos de comunicação e de transporte. Consideraram, ainda, a simultaneidade de dois processos complementares na formação dessas sociedades: a modernização econômica e a modernização política. Enquanto, o primeiro diz respeito à forma de organização social, aos modos de organizar e de fazer, às instituições e o segundo atenta para a organização cultural e imaginária, para os modos de pensar e de sentir, para o indivíduo. Identificaram, assim, dois tipos de processos nas sociedades modernas, um de natureza social e política e outro de natureza social e psíquica.

Para Harvey (1989, p. 97 – 108), Modernização é sinônimo de processo de modernização capitalista. Tendo como base análise crítica da modernização capitalista cunhada por Karl Marx, o autor salienta o caráter intermediário das relações entre o homem e a natureza, pós a implementação da “economia do dinheiro”. As relações humanas, uma vez intermediadas pelo capital, geram processos sociais que se caracterizam pela promoção de uma situação que forja a sensibilidade, princípios e práticas estéticas de pensadores e produtores culturais de modo que não reflitam nenhuma mudança fundamental da condição social. Nesse sentido, o individualismo, a alienação, a fragmentação, a efemeridade, a inovação, a destruição criativa, o desenvolvimento especulativo, as mudanças imprevisíveis nos processos de produção e de consumo, as mudança da experiência de tempo e espaço e uma dinâmica de mudança social impelida pela crise são algumas das múltiplas facetas desse processo.

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Para melhor compreender o que se quer chamar por Modernização, seria útil caracterizar seus termos homólogos Modernidade e Modernismo. Para Featherstone (1995, p. 20-30), o termo Modernidade sugere, por um lado, um sentido de época; define-se, por exemplo, a idade moderna em relação à idade média ou, ainda, modernidade em relação à antigüidade; e, por outro, a terminologia sugere uma disposição de espírito ou estado da mente experimentado pelo homem moderno, a sensibilidade moderna, induzindo um sentido de descontinuidade, de rompimento, de novidade, de efemeridade e de fugacidade perante a vida. Já o vocábulo Modernismo, em seu sentido mais estrito, indica os estilos artísticos e arquitetônicos surgidos no final do séc. XIX e início do séc. XX; suas características básicas são a reflexividade, a autoconsciência estética, a exploração da natureza paradoxal, a ambigüidade, a desintegração e a simultaneidade. Por fim, para o autor:

“Modernização é um termo usado habitualmente na sociologia do desenvolvimento para indicar os efeitos do desenvolvimento econômico sobre estruturas sociais e valores tradicionais. A teoria da modernização é usada ainda para designar as etapas do desenvolvimento social baseadas na industrialização, a expansão da ciência e da tecnologia, o Estado Moderno, o mercado capitalista mundial, a urbanização e outros elementos infra-estruturais (...).“4

Inglehart (1997, p. 7 – 17) salienta que a Modernização é antes de tudo uma síndrome, em que processos democráticos não lhe são necessariamente inerentes, também não possui um caráter etnocêntrico, não é monocausal e não possui linearidade. Um ponto crucial em sua teoria é que a industrialização articula-se com processos específicos de mudanças sociopolíticas amplamente conhecidas: embora sociedades pré-industriais variem, pode-se falar, por um lado, de um modelo de sociedade moderna ou industrial para as quais todas caminhariam, uma vez iniciados seus próprios processos de industrialização; por outro, o desenvolvimento econômico relaciona-se com um amplo aspecto de mudanças que incluem não apenas a industrialização, mas também urbanização, educação de massa, especialização ocupacional, burocratização, e desenvolvimento de meios de comunicação que, por sua vez, também se articulam com outros fatores de ordem cultural, social e política. Nesse sentido, Inglehart concorda com os apontamentos de Germani (1969) que já preconizava a inexorabilidade da transição do tradicional para sociedades moderno, através de mudanças estruturais que

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desintegram as sociedades tradicionais, fazendo emergir sociedades as modernas, num processo contínuo.

Grosso modo, a idéia de Modernização está vinculada as mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais proveniente inicialmente do desenvolvimento industrial. O sentido, portanto, do termo Modernização que mais parece adequar-se para efeitos desse estudo é o exposto por Inglehart, embora apenas certos aspectos dessa síndrome – os que são passíveis de serem quantificados, tais como o grau de industrialização, de urbanização, de escolaridade etc. – foram articulados para indicarem o grau de Modernização de uma dada região, como se verá mais adiante.

Não se pretende aqui propor qualquer espécie de síntese dos referenciais teóricos citados ou propor, dentre os inúmeros determinantes desse processo, quais os mais relevantes. O que se quer é procurar identificar, a partir do que essas teorias preconizam, que dimensões podem ser articuladas para indicar distintos perfis de modernização através de uma investigação empírica.

Se o que se está objetivando, nesse estudo, é classificar uma determinada microrregião do Nordeste brasileiro em relação ao seu grau de modernização, é necessário caracterizar melhor quais dimensões podem estar inter-relacionadas, no intuito de se buscar elementos que permitam operacionalizar, lato sensu, uma medida de modernização.

Pode-se dizer que em uma sociedade moderna, o homem não vive mais num meio natural e sim num meio tecnicamente construído, que interpõe uma rede de máquinas e técnicas apuradas entre si e a natureza. Em decorrência da expansão dos recursos técnicos, a estrutura social torna-se mais complexa do que a da sociedade tradicional.

Dentro do escopo das teorias de modernização, Inkeles & Smith explicitaram que os aspectos gerais de uma sociedade moderna incluem a educação de massa, a urbanização, a industrialização e os meios rápidos de comunicação; Harvey apontou para os processos de produção e de consumo; Featherstone salientou a industrialização, a expansão da ciência e da tecnologia e a urbanização; e Inglehart, a industrialização, urbanização, educação de massa, especialização ocupacional e o desenvolvimento de meios de comunicação.

A partir do exame das proposições acima, verifica-se que o debate sobre modernização é permeado por duas grandes dimensões analíticas que, embora sejam intimamente relacionadas, podem ser dissociadas para fins esquemáticos em:

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industrialização e urbanização. Na primeira ressaltam-se os aspectos ligados à produção e ao consumo de bens e serviços e os vinculados à reprodução da força de trabalho; na segunda, salientam-se sua intensidade, a infra-estrutura necessária para sua implementação e o desenvolvimento das telecomunicações que lhe é inerente.

O construto apresentado no quadro a seguir (Quadro 1) indica como foi esquematizada a investigação empírica das dimensões. Nele, estão representadas as duas grandes dimensões, suas principais componentes e que aspectos dessas componentes podem ser investigados empiricamente, de modo a abranger o maior número possível de elementos abordados.

Quadro 1

IN D U S T R IA L IZ A Ç Ã O

P ro d u ç ã o

P e rfil d o s s e to re s p ro d u tiv o s

P e rfil e s p e c ífic o d a e s p e c ia liz a ç ã o o c u p a c io n a l Q u a lific a ç ã o d a m ã o d e o b ra N ív e l d a re n d a re a l E d u c a ç ã o d e M a s s a C o n s u m o D e m a n d a p o r b e n s d e c o n s u m o R e p ro d u ç ã o N u c le a riz a ç ã o d a fa m ília D e m a n d a p o r filh o s U R B A N IZ A Ç Ã O In te n s id a d e D e n s id a d e re s id e n c ia l

In fra -e s tru tu ra u rb a n a C a ra c te rís tic a s d o s d o m ic ílio s

D e s e n v o lv im e n to d o s M e io s d e c o m u n ic a ç ã o d e m a s s a

T e le c o m u n ic a ç õ e s

Tendo em vista que o que se quer é obter os perfis das microrregiões da Região Nordeste no tocante ao seu grau de modernização, elas foram inicialmente caracterizadas de acordo com os percentuais de prevalência de atributos de 53 variáveis que constituíram as componente das dimensões acima mencionadas. Na operacionalização da pesquisa empírica, a disposição das variáveis obedeceu à seguinte estrutura de investigação:

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8 Quadro 2 URBANIZAÇÃO Intensidade Densidade residencial TAMANHO DA POPULAÇÃO:

PERCENTUAL DA POPULAÇÃO URBANA: PERCENTUAL DE APARTAMENTOS: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS SUBNORMAL:

Infra-estrutura urbana

Características dos domicílios

PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM COLETA DE LIXO: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM BANHEIROS: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM CANAL. INTERNA: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM INSTALAÇÃO SANITÁRIA.: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM ELETRICIDADE: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM PAREDES DE ALVENARIA: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM LAJE DE CONCRETO: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS ALUGADOS:

PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS PRÓPRIOS:

Desenvolvimento dos Meios de comunicação de massa

Telecomunicações

PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM TELEFONE: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM RÁDIO: PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM TV:

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IN D U STR IA L IZA Ç Ã O

P rodução

P erfil dos setores produtivos

PO PU LAÇ ÃO EC O N O M IC AM EN TE ATIVA: RAZÃO DE DEPEND ÊNCIA DE ID O SO S: RAZÃO DE DEPEND ÊNCIA DE JO VENS: TAXA D E DESEM PR EG O ABERTO :

P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S N O S ETO R D E S ER V IÇ O S: P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S N O S ETO R C O M ER C IAL: P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S N O S ETO R IN D U STR IAL: P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S N O S ETO R AG R O PECU Á RIO :

P erfil específico da especialização ocupacional

P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S C O M O TR ABALH AD O R ES DO M ÉSTICO S: P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S C O M O AU TÔ N O M O S:

P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S C O M O EM PR EG AD O S: P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S C O M O EM PR EG AD O R ES:

P ER C EN TU AL D E O CU P AD O S C O M O TR ABALH AD O R ES AG R ÍC O LAS:

Q ualificação da m ão de obra

P ER C EN TU AL D E C O LO N O S:

P ER C EN TU AL D E TR ABALH AD O RES. RU R AIS E M G ERAL:

P ER C EN TU AL D E TR ABALH AD O RES U R BA N O S C O M A LTA Q U ALIFICA Ç ÃO : P ER C EN TU AL D E TR ABALH AD O RES U R BA N O S C O M M ÉDIA E B AIXA Q U ALIFIC AÇ ÃO : P ER C EN TU AL D E M ÃO -D E-O B R A Q U ALIFIC AD A:

P ER C EN TU AL D E APO SEN TADO S :

N ível da renda real

P ER C EN TU AL D A PO PU LAÇÃO R EN DA FAM ILIA R PER CAPTA M ENO R Q U E 1/4 SALÁR IO S M ÍN IM O S: PERCENTUAL DA PO PU LAÇÃO RENDA FAM ILIAR PER CAPTA ENTR E 1/4 A 1/2 SALÁRIO S M ÍNIM O S: PERCENTUAL DA PO PU LAÇÃO RENDA FAM ILIAR PER CAPTA ENTR E 1/2 A 1 SALÁRIO S M ÍNIM O S: PERCENTUAL DA PO PU LAÇÃO RENDA FAM ILIAR PER CAPTA ENTR E 1 A 3 SALÁRIO S M ÍNIM O S: PERCENTUAL DA PO PU LAÇÃO RENDA FAM ILIAR PER CAPTA M AIO R Q UE 3 SALÁRIO S M ÍNIM O S:

E ducação de M assa

P ER C EN TU AL D E AN ALFABETO S:

P ER C EN TU AL D A PO PU LAÇÃO D E 15 A NO S E M AIS C O M 1o. G R AU CO M PLETO :

C onsum o

D em anda por bens de consum o

P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M A U TO M Ó VEIS: P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M G ELAD EIR A : P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M A SP IR AR D O R DE PÓ : P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M FRE EZER :

P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M FILTR O DÁG UA : P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M G ÁS D E C O ZIN HA :

P ER C EN TU AL D E D O M IC ÍLIO S C O M M ÁQ U IN A D E LAV AR R O UPAS:

R eprodução

N uclearização da fam ília

PERCENTUAL DE FAM ÍLIAS ESTEND ID AS E CO M PO STAS: PERCENTUAL DE FAM ÍLIAS NUCLEAR ES:

PERCENTUAL DE FAM ÍLIAS UNIPESSO AIS:

D em anda por filhos

TAXA D E FEC U ND ID A DE TO TAL:

Para a elaboração de uma tipologia de modernização e de uma medida sintética do grau de modernização das microrregiões nordestinas, essas variáveis, provenientes do Censo Demográfico de 1991, foram submetidas à técnicas de clustering, em especial ao método “Grade of Membership”.

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O método de GoM.

Esta técnica foi desenvolvida a partir da teoria dos conjuntos nebulosos de Zadeh (1965), e presta-se à modelagem multidimensional de dados discretos (Manton et ali, 1994).

Observando que muitos conceitos no mundo real não podem ser bem representados usando limites claramente definidos, Zadeh descreveu a teoria dos conjuntos nebulosos como sendo uma generalização da teoria clássica dos conjuntos. Com isso, permitiu que elementos distintos possuam graus de pertinência à vários conjuntos, de tal sorte que a representação matemática de conceitos vagos e imprecisos foi possível. O grau de pertinência de um elemento de um universo à um determinado conjunto, ou partição nebulosa, é representado por um número real no intervalo [0,1], que representa o quão verdadeira é a afirmação de que esse elemento pertença àquela partição.

Neste sentido, a técnica GoM estima, com base em um modelo de probabilidade multinomial, dois tipos de parâmetros: um de associação, gik, e outro de estrutura, λλkjl; ou seja, os graus de pertinência (g) de cada elemento (i) à cada subconjunto, ou perfil, ou tipo (k); e as probabilidades de cada categoria (l) de cada variável (j) em cada perfil (k) que, por sua vez, define esse perfil. Segundo Manton (1994), esse o modelo de probabilidade multinomial é dado por:

Equação 11

I J L j

L

(y)

=

Π Π Π (Σ

g

ik

λ

kjl

)

Yijl

i=1 i=1 i=1

Onde: Yijl denota o estado binário (zero ou um) que cada elemento (i) assumiu perante a categoria (l) da variável (j), sendo que para todas as combinações de i e j, Yijl será sempre igual a zero, exceto para um e somente um l que será igual a unidade.

Verifica-se, então, que quando se busca, a partir de variáveis categórica, classificar elementos em perfis homogêneos e distintos, levando em consideração sua multidimensionalidade, bem como o alto grau de heterogeneidade que venham apresentar (como é o caso da construção de uma medida de Modernização), esse modelo apresenta grandes vantagens quando se dispõe de um número elevado de variáveis e

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uma pequena quantidade de elementos ou observações, principalmente quando comparado a outras técnicas de análise de clustering (Machado, 1997).

O método de GoM conjugado com Análise de Conglomerado

Como foi exposto na seção anterior, o método GoM é capaz de estimar o grau de associação de cada elemento (i) a cada perfil (k) a partir das respostas discretas (Yijl) dadas a um leque de variáveis (J). Em se tratando de, por exemplo, dois perfis, pode-se encontrar o seguinte caso: o elemento (i) pertence ao perfil (1) ou o elemento (i) pertence ao perfil (2) ou, ainda, o elemento (i) pertence a ambos. Nesse caso, ter-se-ía na realidade três perfis: dois puros e um híbrido que seria um meio termo entre as características de um e outro perfil puro. Entretanto, quando se quer relacionar os elementos (i) à mais de duas partições nebulosas (k), os elementos híbridos – isto é, os que possuem escore GoM (gik) distribuídos por vários perfis - podem ser de difícil classificação.

Há, por outro lado, vários métodos que poderiam “reclassificar” esses elementos, a partir de seus escores GoM, de modo que identificassem e agrupassem os elementos híbridos em grupos de grande similaridade interna e grande dissimilaridade externa. O que foi aplicado aos escores GoM estimados a partir de variáveis selecionadas do Censo Demográfico de 1991, referente às microrregiões nordestinas, é a técnica de Analise de Conglomerado, ou Análise Cluster (Aldenderfer & Blashfield, 1984).

Esse procedimento permite, através de algoritmos heurísticos, classificar elementos em relação a um conjunto de variáveis em conglomerados não definidos à priori mas que surgem ao longo do tratamento matemático. Em geral, esses algoritmos geram uma medida de similaridade entre os elementos, uma das mais utilizadas é a distância euclidiana entre os elementos, dispostos em um plano multidimensional. Pode-se Pode-se dizer, assim, que Pode-se trata de um procedimento estatístico multivariado que visa identificar elementos homogêneos a partir da combinação dos valores das variáveis a eles relacionados.

Essa conhecida técnica mostrou-se, como se verá nas próximas seções, de grande valia na “reclassificação” das microrregiões do Nordeste.

A partir da manipulação das variáveis selecionadas através dessas técnicas, elaborou-se uma tipologia de modernização composta de cinco tipos puros e quatro tipos híbridos. Na próxima seção, descrever-se-á as características de cada um dos tipos puros. Uma vez que não se dispões de parâmetros estruturais para os tipos híbridos,

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esses serão interpretados como mesclas ponderadas dos puros de acordo com seus graus médios de pertinência, como se verá a seguir.

Os Tipos Puros

O tipo puro número 1 caracterizou-se por apresentar percentuais das variáveis de industrialização acima da mediana das microrregiões. Apresentou, também, elevados percentuais das variáveis de produção e de consumo e baixos percentuais das variáveis de reprodução - sua a taxa de fecundidade total foi a menor entre todos os outros tipos (TFT inferior à 3,29; λ = 78%). No tocante às variáveis de urbanização, esse tipo caracterizou-se por apresentar elevados percentuais das variáveis de Intensidade e de infra-estrutura urbana. Em relação às variáveis de desenvolvimento e acesso a meios de comunicação de massa, o tipo puro número 1 apresentou elevados percentuais de domicílios com rádio, com televisão e com telefone. Dadas as conformações provenientes das categorias das variáveis que compuseram esse perfil, o tipo puro número 1 foi rotulado de Tipo Urbano Industrial Terciarizado.

O tipo puro número 2 também se caracterizou por apresentar percentuais das variáveis de industrialização acima da mediana das microrregiões, embora abaixo daqueles encontrados no tipo puro anterior. Apresentou, ainda, elevados percentuais das variáveis de produção e de consumo e baixos percentuais das variáveis de reprodução - sua a taxa de fecundidade total foi baixa (TFT entre 3,29% e 4,22%; λ = 72%). Em relação às variáveis de urbanização, esse tipo caracterizou-se por apresentar elevados percentuais das variáveis de Intensidade e de infra-estrutura urbana. No que tange às variáveis de desenvolvimento e acesso a meios de comunicação de massa, o tipo puro número 2 apresentou elevados percentuais de domicílios com rádio, com televisão e com telefone. Pelas conformações provenientes das categorias dessas variáveis, o tipo puro número 2 foi rotulado de Tipo Urbano Industrial.

O tipo puro número 3 caracterizou-se por apresentar percentuais das variáveis de industrialização em torno da mediana das nordestinas. Apresentou, também, percentuais baixos das variáveis de produção e moderados percentuais das de consumo e reprodução - sua a taxa de fecundidade total foi moderada (TFT entre 3,6% e 4,22%; λ = 43%). Em relação às variáveis de urbanização, esse tipo caracterizou-se por apresentar moderados percentuais das variáveis de Intensidade e percentuais de infra-estrutura urbana acima da mediana. No tocante às variáveis de desenvolvimento e acesso a meios de

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comunicação de massa, o tipo puro número 3 apresentou percentuais moderados de domicílios com rádio, com televisão e com telefone. A partir da análise dos resultados das variáveis que compuseram esse perfil, o tipo puro número 3 foi rotulado de Tipo

Rural Industrializado.

O tipo puro número 4 caracterizou-se por apresentar percentuais das variáveis de industrialização abaixo da média das microrregiões, embora acima daqueles encontrados no tipo puro número 5. Apresentou, também, moderados percentuais das variáveis de produção e de consumo e altos percentuais das varáveis de reprodução - sua a taxa de fecundidade total foi relativamente alta (TFT entre 3,6% e 5,62%; λ = 90%). Em relação às variáveis de urbanização, esse tipo caracterizou-se por apresentar moderados percentuais das variáveis de Intensidade e baixos percentuais das de infra-estrutura urbana. No que tange às variáveis de desenvolvimento e acesso a meios de comunicação de massa, o tipo puro número 4 apresentou também moderados percentuais de domicílios com rádio, com televisão e com telefone. Dadas as conformações provenientes das variáveis que compuseram esse perfil, o tipo puro número 4 foi rotulado de Tipo Rural parcialmente Industrializado.

O tipo puro número 5 caracterizou-se por apresentar percentuais das variáveis de industrialização bem abaixo da mediana das microrregiões. Apresentou, também, baixos percentuais das variáveis de produção e de consumo e altos percentuais das varáveis de reprodução - suas a taxas de fecundidade total foram as maiores entre todas as outras (TFT superior à 4,67; λ = 62%). No tocante às variáveis de urbanização, esse tipo caracterizou-se por apresentar baixos percentuais das variáveis de Intensidade e de infra-estrutura urbana. Em relação às variáveis de desenvolvimento e acesso a meios de comunicação de massa, o tipo puro número 5 apresentou baixos percentuais de domicílios com rádio, com televisão e com telefone. Da mesma forma que os outros tipos receberam apelidos, dadas as conformações provenientes das categorias das variáveis que o compuseram, o tipo puro número 5 foi rotulado de Tipo Rural

Tradicional.

Os Índices de Modernização

Os índices gerais de modernização,5 isto é, a média dos índices de todas as variáveis analisadas, bem como os índices parciais referentes às componentes da

5

Como cada variável foi categorizada em 10 intervalos ascendentes de acordo com os decis das variávies, optou-se por calcular um índice relativo de modernização a partir da média do somatório do produto dos

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dimensões que compuseram essa medida geral para os tipos puros, estão representadas no gráfico 10.

Verificou-se grandes variações tanto de nível quanto de composição da medida de modernização entre os tipos analisados. Em relação à dimensão Industrialização, os índices gerais foram: 9,27 para o tipo 1 (urbano industrial terciarizado ); 7,49 para o tipo 2 (urbano industrial ); 5,07 para o tipo 3 (rural industrializado); 4,65 para o tipo 4 (rural parcialmente industrializado ); e 2,78 para o tipo 5 (rural tradicional ). Na dimensão Urbanização: 9,02 para o tipo 1; 7,02 para o tipo 2; 5,24 para o tipo 3; 5,00 para o tipo 4; e 2,75 para o tipo 5. Tais índices geraram os seguintes valores para o índice de modernização: 9,19 para o tipo urbano industrial terciarizado ; 7,24 para o tipo urbano industrial; 4,99 para o tipo rural industrializado; 4,74 para o tipo rural parcialmente industrializado; e 3,08 para o tipo rural tradicional .

número inteiro correspondentes à cada categoria e seu λ. em cada variável de cada perfil, ou seja, esse

índice é simplesmente a média das categorias ponderada pelos seus respectivos parâmetros. Cabe ainda ressaltar que, de acordo com os critérios para a categorização das variáveis, pode-se dizer que índices acima de 5,5 revelam prevalências a cima da mediana dos municípios mineiros e índices abaixo de 5,5 revelam prevalências a abaixo da mediana das microrregiões do Nordeste. Alem disso, esses índices indicam a posição de uma microrregião em relação às outras, dado que o procedimento para a categorização das variáveis foram os seus respectivos decis..

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15

Gráfico 1

Re giã o Nor de s te : 1 9 9 1

Índic e s Ge r a is de M ode r niz a ç ã o da s m ic r or r e giõe s nor de s tina s s e gund o s ua T ipo log ia (P e r fis P ur os )

9 ,2 0 7 ,2 5 5 ,0 0 4 ,7 4 3 ,0 8 7 ,4 9 5 ,0 7 4 ,6 5 2 ,7 8 9 ,3 5 7 ,6 0 3 ,6 1 5 ,0 8 3 ,1 4 9 ,3 1 7 ,3 3 5 ,1 7 4 ,6 1 3 ,1 1 8 ,9 1 6 ,9 6 5 ,3 3 3 ,9 9 4 ,1 3 9 ,0 2 7 ,0 2 5 ,2 4 5 ,0 0 2 ,7 5 8 ,9 1 6 ,9 7 4 ,2 0 5 ,5 2 3 ,2 5 8 ,9 6 7 ,0 1 5 ,9 6 4 ,6 1 2 ,5 7 9 ,3 5 7 ,1 2 4 ,4 9 5 ,4 5 2 ,6 5 9 ,2 7 -1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Perf il 1: U rb an o In d u st rial e T erci ariz ad o

Perf il 2: U rb an o In d u st rial Perf il 3: R u ral In d u st ri aliz ad o Perf il 4: R u ral P ar cial m en t e In d u st rializad o

Perf il 5: R u ral T r ad icio n al

T ip o lo g ia

Índic e ge ra l de m oderniza ç ã o

Índic e ge ra l Industria liza çã o

Índic e ge ra l de c onsumo

Índic e ge ra l de produç ã o

Índic e ge ra l de re produç ã o

Índic e ge ra l de U rba niza çã o

Índic e ge ra l de Inte nsida de

Índic e ge ra l de infra -e strutura urba na

Índic e ge ra l de de se nvolvime nto dos me ios de c omunica çã o de ma ssa

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 1991. (Tabulações Especiais Cedeplar/UFMG)

Por meio da análise de conglomerado, chegou-se a nove tipos de microrregiões com distintos índices de modernização: o primeiro, Urbano Industrial Terciarizado, com um índice médio de modernização de 9,2%; o segundo, Urbano Industrial, cujo índice médio de modernização foi de 6,87; o terceiro, Urbano Agro-industrial, com um índice de 6,72; o quarto, Urbano Parcialmente Industrial, com 6,03; o quinto, Rural Industrializado, com 5,44; o sexto, Rural moderadamente Industrializado, com 5,25; o sétimo, Rural Parcialmente Industrializado, com 4,89; o oitavo, Rural Parcialmente Tradicional, com 4,09; e, finalmente, o nono, Rural Tradicional, com um índice médio de modernização de apenas 3,34, conforme pode ser observado na tabela 1.

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16

Tabela 1

Região Nordeste:1991

Tipologia de Modernização das Microrregiões Nordestinas: Índices de Modernização dos tipos puros e Híbridos

TIPOS PUROS TIPOS HIBRIDOS

TIPOS PÚROS índice de modernização Urbano industrial Terciarizado Urbano Industrial Rural Industrializado Rural Parcialmente Industrializado Rural Tradicional Urbano Agro-industrial Urbano Parcialmente Industrial Rural moderadamente Industrializado Rural Parcialmente Tradicional Urbano industrial Terciarizado 9,197 100% 5% 1% 40% 0% 3% 0% Urbano Industrial 7,246 87% 1% 7% 3% 3% 53% 20% 4% Rural Industrializado 4,996 10% 93% 3% 57% 4% 46% 1% Rural Parcialmente Industrializado 4,740 0% 86% 6% 1% 38% 29% 49% Rural Tradicional 3,082 2% 4% 90% 4% 2% 46% Índice geral de modernização - Médio 9,2 6,92 5,44 4,89 3,34 6,72 6,03 5,25 4,09 Índice geral de modernização - Mínimo 9,2 5,74 4,84 4,39 3,08 6,03 5,39 5 3,67 Índice geral de modernização - Máximo 9,2 7,25 6,22 5,52 4,62 7,31 6,8 5,95 4,84 Número de Microrregiões 15 20 22 21 32 13 21 22 22

Fonte: IBGE. Censo Demográfico de 1991. (Tabulações Especiais Cedeplar/UFMG)

A Região Nordeste, indubitavelmente, em 1991, apresentava grandes contrastes: 63% de suas microrregiões eram de caráter rural, sendo que dessas, 27% eram do tipo rural tradicional ; e das 47% restantes, 17% eram do tipo urbano industrial terciarizado .

Distribuição Espacial dos Perfis de Modernização das Microrregiões Nordestinas

A distribuição espacial dos índices de modernização das microrregiões nordestinas pode ser observada na figura 1. Nota-se que existem “ilhas” de alta modernização nas proximidades das capitais dos estados da Região, embora também se verifiquem índices elevados de modernização no interior e, tal como pode ser observado na figura 1, os menores índices de modernização foram encontrados entre às regiões fronteiriças e o litoral nordestino.

Por fim, a figura 2, apresenta a distribuição espacial dos perfis de modernização das microrregiões nordestinas. Nessa figura, pode-se perceber, nitidamente, o quão diversificada e heterogênea são as pequenas áreas que compõem essa grande Região do país. Os estados que mais apresentaram microrregiões do tipo rural tradicional são os estados do Maranhão (66,7%), Piauí (46,7%), Alagoas (15,4%), Bahía (12,5%) e Paraíba (8,7%); por outro lado, os Estado do Rio Grande do Norte, Pernabuco e Sergipe,

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não apresentaram microrregiões com esse perfil. O Estado do Rio Grande do Norte, nesse sentido, foi o que mais se destacou por apresentar microrregiões de elevados índices de modernização. Por fim, os estados mais heterogêneos foram o Ceará e a Bahia. Figura 1

”

0 100 Kilometers 200

microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

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microrregiões

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microrregiões

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microrregiões

microrregiões

microrregiões

microrregiões

Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

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Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

Região Nordeste:1991

MOSSORO FORTALEZA NATAL CARIRI PETROLINA FEIRA DE SANTANA ARACAJU SALVADOR

PAULO AFONSO MACEIO TERESINA

PINDARE

ALTO MEARIM E GRAJAU

IMPERATRIZ

AGLOMERACAO URBANA DE SAO LUIS

PORTO SEGURO ILHEUS-ITABUNA RECIFE JOAO PESSOA ÍN D IC E S D E M O D E R N IZA Ç Ã O 3,0 8 a 4 ,3 4,3 a 5 ,5 2 5,5 2 a 6 ,7 4 6,7 4 a 7 ,9 6 7,9 6 a 9 ,2

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18 Figura 2 0 150 Mil es 300

R eg iã o N or de s te:1 9 91

R eg iã o N or de s te:1 9 91

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M ic ro rr e giõ es

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P erfis das M icrorre giões N ordestina s

T ip o l og ia d e M od e rn i z aç ã o

R ural Tradicio nal de Alta Fecu ndida de

R ural P arcialm e nte Tradic iona l de Fec undidade Mé dia/A lta R ural P arcialm e nte Indus trializado de Fecu ndida de M édia/A lta R ural M o deradame nte Indus trializado de M édia Fecu ndida de R ural Ind ustrializa do de M é dia Fec undidade

U rbano P arcialm e nte Indus trial d e Média Fecun didad e U rbano A gro-ind ustrial de Fec undid ade M éd ia/B aix a U rbano Ind ustrial de Fec undid ade M éd ia/B aix a U rbano industrial Terciariza do de B aixa Fec undid ade

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entre todos os resultados, os que mais divergiram do que preconiza a literatura foram os da componente nuclearização familiar. Ao se observar a distribuição das categorias dessas variáveis, verifica-se que o percentual de famílias nucleares foi muito superior ao percentual de famílias compostas ou estendidas, o que poderia indicar que a

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tendência de nuclearização familiar é evidente, seja no campo ou na cidade. Entretanto, foram encontrados percentuais mais elevados famílias compostas ou estendidas em áreas mais modernas, ou seja, nas microrregiões tipo urbano industrial terciarizado, isso não indica necessariamente que as famílias dessas regiões são menos nucleares do que as de outras, uma vez que essas famílias são as predominantes em todas as microrregiões; o fato sugere apenas que, em áreas mais modernas, os arranjos familiares podem apresentar uma maior diversidade.

Do ponto de vista metodológico, em primeiro lugar, salienta-se que a técnica “Grade of Membership” mostrou-se eficaz no trato de um grande número de variáveis provenientes de um número relativamente pequeno de observações, na classificação das microrregiões e na construção de uma medida sintética de modernização; e em segundo, o geo-referenciamento dos índices de modernização permitiu que se tivesse acesso à distribuição espacial desses resultados, facilitando sua análise.

Com relação ao principal objetivo desse estudo, é possível dizer que, pelo menos em nível macro, pôde-se inferir a respeito do grau de modernização das microrregiões e verificar que sua distribuição é afetada geograficamente pela proximidade das áreas de fronteira e do litoral, onde se localizam as áreas metropolitanas da Região Nordeste.

Assim, mesmo se tratando de um estudo tipo cross-section de um processo multideterminado, como o é a modernização das sociedades nordestinas, o quadro que se procurou pintar, a partir das informações disponíveis, permitiu que se conhece-se, ao menos em parte, um pouco mais sobre essa região brasileira.

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20

BIBLIOGRAFIA

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(21)

21

ANEXO

Os Perfis de Modernização das Microrregiões Nordestinas

Segue abaixo a relação das microrregiões nordestina, segundo sua UF, e seus respectivos perfis de modernização dados pela tipologia:

Maranhão

LITORAL OCIDENTAL MARANHENSE Rural Tradicional

AGLOMERACAO URBANA DE SAO LUIS Urbano industrial Terciarizado ROSARIO Rural Tradicional

LENCOIS MARANHENSES Rural Tradicional BAIXADA MARANHENSE Rural Tradicional ITAPECURU MIRIM Rural Tradicional GURUPI Rural Tradicional PINDARE Rural Tradicional IMPERATRIZ Urbano Agro-industrial MEDIO MEARIM Rural Parcialmente Tradicional ALTO MEARIM E GRAJAU Rural Tradicional

PRESIDENTE DUTRA Rural Tradicional BAIXO PARNAIBA MARANHENSE Rural Tradicional CHAPADINHA Rural Tradicional CODO Rural Tradicional

COELHO NETO Rural Parcialmente Tradicional CAXIAS Rural Industrializado CHAPADAS DO ALTO ITAPECURU Rural Tradicional PORTO FRANCO Rural Industrializado GERAIS DE BALSAS Rural Parcialmente Tradicional CHAPADAS DAS MANGABEIRAS Rural Tradicional

Pia í

BAIXO PARNAIBA PIAUIENSE Rural Parcialmente Tradicional LITORAL PIAUIENSE Rural moderadamente Industrializado TERESINA Urbano industrial Terciarizado CAMPO MAIOR Rural Parcialmente Tradicional MEDIO PARNAIBA PIAUIENSE Rural Tradicional

VALENCA DO PIAUI Rural Tradicional

ALTO PARNAIBA PIAUIENSE Rural Parcialmente Tradicional BERTOLINIA Rural Tradicional

FLORIANO Rural Industrializado ALTO MEDIO GURGUEIA Rural Parcialmente Tradicional SAO RAIMUNDO NONATO Rural Tradicional

CHAPADAS DO EXTREMO SUL PIAUIENSE Rural Tradicional PICOS Rural Industrializado PIO IX Rural Tradicional ALTO MEDIO CANINDE Rural Tradicional

(22)

22

Ceará

LITORAL DE CAMOCIM E ACARAU Rural Parcialmente Industrializado IBIAPABA Rural Parcialmente Industrializado COREAU Rural Tradicional

MERUOCA Rural Parcialmente Tradicional SOBRAL Rural moderadamente Industrializado IPU Urbano parcialmente Industrial SANTA QUITERIA Rural Parcialmente Tradicional ITAPIPOCA Rural Parcialmente Industrializado BAIXO CURU Rural Industrializado

URUBURETAMA Rural Industrializado MEDIO CURU Urbano Industrial

CANINDE Urbano parcialmente Industrial BATURITE Urbano Industrial

CHOROZINHO Urbano Industrial CASCAVEL Rural Industrializado FORTALEZA Urbano industrial Terciarizado PACAJUS Rural moderadamente Industrializado SERTAO DE CRATEUS Rural Parcialmente Industrializado SERTAO DE QUIXERAMOBIM Rural Parcialmente Industrializado SERTAO DE INHAMUNS Rural Parcialmente Tradicional SERTAO DE SENADOR POMPEU Rural Parcialmente Industrializado LITORAL DE ARACATI Rural moderadamente Industrializado BAIXO JAGUARIBE Rural moderadamente Industrializado MEDIO JAGUARIBE Urbano Industrial

SERRA DO PEREIRO Rural Parcialmente Industrializado IGUATU Rural Industrializado

VARZEA ALEGRE Rural Tradicional

LAVRAS DA MANGABEIRA Rural Parcialmente Tradicional CHAPADA DO ARARIPE Rural Parcialmente Tradicional CARIRIACU Rural Tradicional

BARRO Rural Parcialmente Tradicional CARIRI Urbano Agro-industrial BREJO SANTO Rural Parcialmente Industrializado

Rio Grande do Norte

MOSSORO Urbano industrial Terciarizado CHAPADA DO APODI Urbano Industrial

MEDIO OESTE Urbano Industrial

VALE DO ACU Rural moderadamente Industrializado SERRA DE SAO MIGUEL Urbano parcialmente Industrial PAU DOS FERROS Urbano parcialmente Industrial UMARIZAL Urbano parcialmente Industrial MACAU Urbano Agro-industrial ANGICOS Urbano Industrial

SERRA DE SANTANA Urbano parcialmente Industrial SERIDO OCIDENTAL Urbano industrial Terciarizado SERIDO ORIENTAL Urbano Agro-industrial BAIXA VERDE Urbano Industrial BORBOREMA POTIGUAR Urbano Industrial AGRESTE POTIGUAR Urbano Industrial

LITORAL NORDESTE Urbano parcialmente Industrial MACAIBA Rural moderadamente Industrializado NATAL Urbano industrial Terciarizado LITORAL SUL Urbano Industrial

Paraíba

CATOLE DO ROCHA Urbano parcialmente Industrial CAJAZEIRAS Urbano parcialmente Industrial SOUSA Urbano Industrial

PATOS Urbano Agro-industrial PIANCO Rural Parcialmente Tradicional ITAPORANGA Rural Parcialmente Tradicional SERRA DO TEIXEIRA Rural Tradicional

SERIDO OCIDENTAL PARAIBANO Urbano Industrial SERIDO ORIENTAL PARAIBANO Urbano Industrial CARIRI OCIDENTAL Urbano Industrial

CARIRI ORIENTAL Urbano parcialmente Industrial CURIMATAU OCIDENTAL Urbano Industrial

CURIMATAU ORIENTAL Rural Parcialmente Tradicional ESPERANCA Urbano parcialmente Industrial BREJO PARAIBANO Urbano parcialmente Industrial GUARABIRA Urbano Industrial

CAMPINA GRANDE Urbano industrial Terciarizado ITABAIANA Urbano Industrial

UMBUZEIRO Rural Tradicional LITORAL NORTE Urbano Industrial SAPE Urbano Industrial

JOAO PESSOA Urbano industrial Terciarizado LITORAL SUL Urbano parcialmente Industrial

(23)

23

Pernamb co

ARARIPINA Rural Parcialmente Industrializado SALGUEIRO Rural Parcialmente Industrializado PAJEU Urbano parcialmente Industrial SERTAO DO MOXOTO Rural moderadamente Industrializado PETROLINA Urbano Agro-industrial

ITAPARICA Rural Industrializado VALE DO IPANEMA Rural Parcialmente Tradicional VALE DO IPOJUCA Urbano Agro-industrial

ALTO CAPIBARIBE Rural moderadamente Industrializado MEDIO CAPIBARIBE Rural Industrializado

GARANHUNS Rural Industrializado BREJO PERNAMBUCANO Urbano parcialmente Industrial MATA SETENTRIONAL PERNAMBUCANA Urbano Agro-industrial

VITORIA DE SANTO ANTAO Rural moderadamente Industrializado MATA MERIDIONAL PERNAMBUCANA Rural Industrializado

ITAMARACA Urbano industrial Terciarizado RECIFE Urbano industrial Terciarizado SUAPE Urbano industrial Terciarizado FERNANDO DE NORONHA Urbano industrial Terciarizado

Alagoas

SERRANA DO SERTAO ALAGOANO Rural Tradicional

ALAGOANA DO SERTAO DO SAO FRANCISCO Rural moderadamente Industrializado SANTANA DO IPANEMA Rural Parcialmente Tradicional BATALHA Urbano parcialmente Industrial PALMEIRA DOS INDIOS Rural Parcialmente Industrializado ARAPIRACA Rural Industrializado

TRAIPU Rural Tradicional

SERRANA DOS QUILOMBOS Urbano parcialmente Industrial MATA ALAGOANA Rural Parcialmente Industrializado LITORAL NORTE ALAGOANO Rural Parcialmente Tradicional MACEIO Urbano industrial Terciarizado SAO MIGUEL DOS CAMPOS Rural Industrializado PENEDO Rural Industrializado

Sergipe

SERGIPANA DO SERTAO DO SAO FRANCISCO Rural Parcialmente Tradicional CARIRA Urbano parcialmente Industrial NOSSA SENHORA DAS DORES Urbano parcialmente Industrial AGRESTE DE ITABAIANA Rural moderadamente Industrializado TOBIAS BARRETO Rural Industrializado

AGRESTE DE LAGARTO Rural moderadamente Industrializado PROPRIA Rural moderadamente Industrializado COTINGUIBA Rural Industrializado

JAPARATUBA Urbano parcialmente Industrial BAIXO COTINGUIBA Urbano Agro-industrial ARACAJU Urbano industrial Terciarizado BOQUIM Rural Industrializado

ESTANCIA Rural moderadamente Industrializado

Bahia

BARREIRAS Rural moderadamente Industrializado COTEGIPE Rural Tradicional

SANTA MARIA DA VITORIA Rural Parcialmente Industrializado JUAZEIRO Rural moderadamente Industrializado PAULO AFONSO Urbano Agro-industrial

BARRA Rural Parcialmente Industrializado BOM JESUS DA LAPA Rural Parcialmente Tradicional SENHOR DO BONFIM Rural Parcialmente Industrializado IRECE Rural Parcialmente Industrializado JACOBINA Rural Parcialmente Industrializado ITABERABA Urbano parcialmente Industrial FEIRA DE SANTANA Urbano Agro-industrial JEREMOABO Rural Tradicional EUCLIDES DA CUNHA Rural Tradicional

RIBEIRA DO POMBAL Rural Parcialmente Industrializado SERRINHA Rural Industrializado

ALAGOINHAS Rural moderadamente Industrializado ENTRE RIOS Rural Industrializado

CATU Urbano Agro-industrial

SANTO ANTONIO DE JESUS Rural moderadamente Industrializado SALVADOR Urbano industrial Terciarizado BOQUIRA Rural Tradicional

SEABRA Rural Parcialmente Industrializado JEQUIE Rural Industrializado

LIVRAMENTO DO BRUMADO Rural Parcialmente Tradicional GUANAMBI Rural Parcialmente Industrializado BRUMADO Rural Parcialmente Industrializado VITORIA DA CONQUISTA Rural moderadamente Industrializado ITAPETINGA Rural moderadamente Industrializado

(24)

24 VALENCA Rural Industrializado

ILHEUS-ITABUNA Urbano Agro-industrial

PORTO SEGURO Rural moderadamente Industrializado SEABRA Rural Parcialmente Industrializado JEQUIE Rural Industrializado

LIVRAMENTO DO BRUMADO Rural Parcialmente Tradicional GUANAMBI Rural Parcialmente Industrializado BRUMADO Rural Parcialmente Industrializado VITORIA DA CONQUISTA Rural moderadamente Industrializado ITAPETINGA Rural moderadamente Industrializado VALENCA Rural Industrializado

ILHEUS-ITABUNA Urbano Agro-industrial

PORTO SEGURO Rural moderadamente Industrializado GUANAMBI Rural Parcialmente Industrializado BRUMADO Rural Parcialmente Industrializado VITORIA DA CONQUISTA Rural moderadamente Industrializado ITAPETINGA Rural moderadamente Industrializado VALENCA Rural Industrializado

ILHEUS-ITABUNA Urbano Agro-industrial

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