UNIYERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
~PROGRAMA
DE POS-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA
DA
PRODUÇAO
~
IMPLANTACAO
DO
CUSTEIO
BASEADO
EM
ATIVIDADES
EM
FABRICA
DE
RECICLAGEM
DE
PAPEL:
UM
ESTUDO DE
CASO.
JACOB CARREIRA BENAION
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação
em
Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Mestreem
Engenharia de Produção.JACOB CARREIRA BENAION
IMPLANTACAO
DO
CUSTEIO
BASEADO
EM
ATIVIDADES
EM
FABRICA
DE
RECICLAGEM
DE
PAPEL:
UM
ESTUDO DE
CASO.
Esta dissenaçao foi julgada
adequada
para obtençaodo
Título de “Mestreem
Engenharia”, Especialidade
em
Engenharia deProdução
e aprovadaem
sua forma final peloPrograma
dePós-Graduação
em
engenharia de Produção.Florianópolis,
novembro
de 2001
A
Prof.
Ricardo
randa
Barci Ph.D.Coor
~«'
ordo
Cu
oBANCA
EXAMINADORA:
Prof. Dr. Dãfifio Ferrari
Tubino
Orientador
i
/í/PL
M6
i-ÕÕL
Prof.
AGRADECINIEN TOS
À
Deus, queme
concedeu a graça da inspiração, a sabedoria e a força interna eespiritual para prosseguir e vencer.
Ao
Prof. Dr. Dalvio Ferrari Tubino, pela orientação segura e firme nacondução
dostrabalhos e pelas demonstrações inequivocas de confiança, apreço e amizade.
À
minha
esposaADRIANA
BENAION,
pelo apoio incondicional, paciência eincontáveis horas dedicadas a incentivar-me a continuar o trabalho,
além do
sacrificio definais de
semana
e noites a fio para que este trabalho fosse concluído.Aos
professoresdo
Curso de Mestrado, pelos valiosos ensinamentos colhidos eexcelência
na
transmissão dos conhecimentos.Aos
colegasdo
mestrado, pela solidariedade, irrestritocompanheirismo
e seguidasdemonstraçoes de consideraçoes e amizade.
Aos
funcionáriosdo
curso,em
especial ao professorVALDEMAR,
coordenadorem
Manaus
do
Ciesa, pelo apoio, incentivo, atenciosa assistência administrativa, tornando maisamena
e agradável a jornada a ser cumprida.Ao
amigo
NASCIMENTO,
peloamplo
suporte técnicoem
questoes de informática e pela forma sempre solicita e gentil de prestar o seu apoio na digitação deste trabalho.A
BIPACEL,
pela providencial ajuda financeira que tornou possível a elaboraçãodeste trabalho
em
bases mais confortáveis.E
aosmeus
paisMoYsÉs
eDIQNÉA
BENAION,
meus
fiihssMoYsÉs
eSUENY
LISTA
DE FIGURAS
... .. viiLISTA
DE
QUADROS
... .. viiiLISTA
DE
SIGLAS
... .. ixRESUMO
... .. xiABSTRACT
... .. xiiCAPÍTULO
1 1.1ORIGEM
DO
TRABALHO
... .. 01 1.2IMPORTÂNCIA
DO
TRABALHO
... ..02
1.3JUSTIFICATIVA
E
RELEVÂNCIA
... .. os 1.4OBJETIVOS
DO
TRABALHO
... .. os 1.4.1OBJETIVO
GERAL
... .. os 1.4.2OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
... ..04
1.5ESTRUTURA
DO
ESTUDO
... ..04
CAPÍTULO
2 2.1INTRODUÇÃO
... ..oó
2.2MAPEAMENTO DO
PROCESSO
... .. oó 2.3INDICADORES
DE DESEMPENHO
... ..09
2.4.1
A
ANÁLISE
DE
VALOR
COMO
TECNICA PRELIMIAR
... .. 172.5
CUSTEIO
BASEADO
EM
ATIVIDADES
... .. 192.6
CUSTOS
DA
QUALIDADE
... .. 21 2.7TRABALHOS
NA
ÁREA
... ..24
2.8CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..29
CAPÍTULO
3METODOLOGIA
DA
PESQUISA
... .. 31 3.1CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
... .. 31 3.2PROBLEMA
DA
PESQUISA
... .. 33 3.3CLASSIFICAÇÃO
DA
PESQUISA
... ..34
3.4POPULAÇÃO
E
AMOSTRA
... .. 35 3.5COLETA
DE
DADOS
... .. 3ó 3.6LIMITAÇOES
DA
PESQUISA
... ..37
3.7CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..37
CAPÍTULO
4ANÁLISE
DA
IMPLEMENTAÇÃO
DO
CUSTEIO
ABC PARA
O
39
LEVANTAMENTO
DOS CUSTOS
OCULTOS DA
QUALIDADE
... .. 4.1INTRODUÇÃO
... ..39
4.2
FORMAÇÃO
DA
EQUIPE
E
NIVELAMENTO DOS CONHECIMENTOS
.... .. 414.3
IDENTIFICAÇÃO
DOS CENTROS DE
ATIVIDADES
E
43DIRECIONADORES
DE
CUSTOS
... .. 4.4IDENTIFICAÇÃO
DAS
ATIVIDADES
... .. 434.5
DESENVOLVIMENTO
DO
SISTEMA
ABC
...44
4.6
DISTRIBUIÇÃO
DOS
CUSTOS
... ..48
4.7
CÁLCULO
E ANÁLISE
DOS
CUSTOS
DA
QUALIDADE
... _.49
4.7.1CUSTOS
DOS
DESPERDÍCIOS
... ..49
4.7.2
CUSTOS
DO
RETRABALHO...
... ..49
CONCLUSÕES
E
RECOMENDAÇÕES
5.1
CONCLUSOES
... ._5.2
RECQMENDAÇÕES
... ..REFERÊNCIAS
B1;BL1oGRÁF1CAS...
FIGURA
2.1FIGURA
2.2FIGURA
4.1FIGURA
4.2FIGURA
4.3FIGURA
4.4FIGURA
4.5FIGURA
4.6FIGURA
4.7FIGURA
4.8FIGURA
4.9LISTA
DE FIGURAS
~Visao de processos
x
departamentos ... ._ 15Relação entre custeio baseado
em
atividades e a análisedo
processodo
negócio ... .. 18
Estrutura organizacional
da empresa
estudada ... .. 41Visão geral
do
modelo
aplicado ... ..42
Sistema contábil tradicional e sistema
ABC
... .. 45Impacto da análise
com
o sistemaABC
... ..47
Relação entre os custos departamentais ... ..
48
Análise da Variação dos custos de inspeção e linha de produção ... .. 51
Análise dos custos de setup por produto ... ._ 51 Análise de Pareto
com
informações de custos tradicionais ... .. 53LISTA
DE
QUADROS
QUADRO
4.1 Alocação dos custos indiretos através de direcionadores ... ..46
QUADRO
4.2 Cálculo da taxa de conversão das atividades ... ..QUADRO
4.3 Variaçõesno
custo devido aométodo
contábil ... ..... ..
47
ABNT
ABC
PIB
SCQ
P&D
AHP
IGD
PCP
Kanban
SIGLAS
UTILIZADAS
NO TRABALHO
Associação Brasileira de
Normas
Técnicas.Activity
Based
Costing: CusteioBaseado
em
AtividadesProduto Interno Bruto
Sistema de Custos da Qualidade
Pesquisa e Desenvolvimento
Analytical Hierarchic Process: Processo de Análise Hierárquica. Indicador Global de
Desempenho
Planejamento e Controle da
Produção
(do Japonês) significa cartão.
É um
sistemapuxado
deprogramação
eacompanhamento
da produçãoLead
Time
Tempo
depassagem
ou
atravessamentoJust in
Time
Justono
tempo
IBGE
DIEESE
BPA
TCM
PVA
CIF
CMS
TQC
GT
12ANAVE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos SócioEconômicos
Business Process Analisys
Total Coast
Management
Process Value Analysis
Custo Indireto de Fabricação
Coast
Management
SystemsTotal Quality Control
Guia
de pesquisa de fabricantes de papel e celuloseIso
BRTÚV
ACR
CQ
Por
Activity Conversion Rate Centro de Qualidade
RESUMO
BENAioN,
Jacob carreira.DEMONSTRAR
A
APLICAÇÃO
DA IMPLANTACÃQ
Do
CUsTE1o
BAsEADo
EM
ATIVIDADES
EM
FABRICA DE
RECICLAGEM
DE
PAPEL.
Florianópolis, 2001. 65 f. Dissertação (Mestradoem
Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção, UFSC, 2001.Toda
empresa realizaum
esforço significativo paratomar
o investimentoem
qualidade auto-sustentável.
Em
linha gerais, a metodologia neste estudo procura apresentaruma
estratégia que pretende servircomo
guia prático e eficaz para que as empresaspossam
conduzir os seus esforços na redução de custos,
aumento
damargem
de lucro e melhoriado
fluxo de caixa, por intermédio da melhoria da qualidade
-
O
texto CusteioBaseado
em
Atividades
~
apoiado por uma-prévia Análise de Valordo
Processo-
com
os conceitos demelhoria da qualidade
~
a fim de acrescentaruma
dimensão
financeira ao processo, demodo
a identificar e quantificar os custos das atividades que não
agregam
valor eo
desperdíciocausado pela
má
qualidade.São
apresentadascomo
ferramentas e técnicas complementares,uma
importanteabordagem
aomapeamento
do processo, aos sistemas de medição, econduzida
uma
ligeira análise sobre os direcionadoresdo
impacto financeiroda
melhoriado
processo e para seleção das melhores opções
em
termos de retorno, performance financeira e...-›‹....
ABSTRACT
BENA1oN,
Jacob czmzmz.DEMDNSTRAR A
APLICAÇÃQ
DA
IMPLANTACÃQ
Do
CUsTEro
BAsEADo
EM
ATIVIDADES
EM
FABRICA DE
RECICLAGEM
DE
PAPEL.
Florianópolis, 2001. 65 f. Dissertação (Mestradoem
Engenhana de Produção) - Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia de Produção, UFSC, 2001.\
Every
company
developes a hardwork
tomake
the investment in quality pay off.Broadly speaking, this
methodology
the study looking for to developes a strategy that intendsto be a practical and effective guide for enterprises to use in their efforts to lower costs, increase profits, and improve cash
flow
through quality.The
text blends Activity-BasedCosting
-
supportedby
previous Process Value Analysis~
With qualityimprovement
concepts
-
to add a financial dimension to the quality process andmoreover
to identify andquantify nonvalue-added activities and waste caused
by
poor quality. Importantmapping
work
process andmesasurement
sustems approach, and techniques for determining thefinancial impact of potential
improvement
projects and for settingimprovement
project priorities os the basisof
playback, financial performance and increase competitiveness in this1.1
ORIGEM
DO TRABALHO
No
cenário globalizadonenhuma
empresapode
mais se dar ao luxo de contar apenascom
a sua estrutura para alavancar o seu desenvolvimento e crescimento na busca pelaQualidade e Produtividade. Faz-se necessário repensar e tomar medidas estratégicas de forma
a assegurar o filturo da organização.
O
sucesso das empresas está não apenas natomada
de decisãoem
escolher osespecialistas para o
aumento
da competitividademas também
em
estabelecerum
bom
programa
demedição
em
estratégias de açãodo
seu negócio, que permita conhecerverdadeiramente os seus custos e exerça
um
controle eficaz. Para tanto,uma
alternativa é aimplantaçao
do
sistema de custeio por atividade, conhecido porABC.
A
propósito da importânciado
custeio por atividade, Brunstein (1994, p. 07)afirma
que:
“O Método de Custeio por Atividades, ABC,
um
elemento-chave na gestão por atividades, tem chamado a atenção de forma mais intensa, por sua capacidade de medir oconsumo de atividades por produtos
em
nivel de unidades,lotes grandes ou pequenos, projeto do produto e utilização dos recursos gerais da fábrica.
O
conceito de atividades consumindo recursos e de produtos consumindo atividades é fundamental parauma
visualização de como o sistema de operações se desenvolve e o que e como adiciona valor no sistema produtivo, o que acaba por tornar as operações mais eficientes e a empresa mais competitiva a longo prazoorganizações.
A
importância dasmedidas
pode
ser estabelecida, parafraseando Peter Diucker,citado por Davis et al (2001),
quando
afirma que se não é possível medir,também
nao é possível gerenciar.Neste sentido, a presente pesquisa originou-se na proposição de identificar e analisar a
utilização
do
método
ABC
para levantar os custos da qualidadeem uma
empresa
dereciclagem de papel sanitário.
1.2
JMPORTÂNCIA
Do TRABALHO
As
organizações para serem competitivas necessitam deum
monitoramento constanteem
seus esforçoshumanos
e organizacionais, o que possibilita afirmar que o sucesso requer oconhecimento dos verdadeiros custos para construir e implementar
uma
estratégia viável.Contudo não
sepode
medir os custossem
saber o que ele é.O
sistema de custeioABC
surge
como
uma
nova
arma
estratégica para o gerenciamento dos custos. Atribuindo corretamente os custos das atividades aos produtos que realmente asconsomem,
mediante otratamento
adequado
das informações de custos, o sistemaABC
oferece oportunidades demelhorias significativas por apontar as atividades que realmente
agregam
valor para o clientee
como
desempenhar
estas atividades de maneira mais eficiente.O
custeio baseadoem
atividades é o instrumento que acrescentauma
dimensao
financeira ao processo e constitui elemento chave para a gestão total dos custos, fornecendo a
base para conciliar a melhoria da qualidade
do
processocom
a satisfaçãodo
cliente e o lucro.O
custeio baseadoem
atividades facilita o entendimentocomum
para atomada
de decisõesbaseadas
em
fatos e o imprescindível entendimento das relações de causa e efeito entrequalidade e lucro.
Neste sentido, o presente estudo
tem
a pretensão de investigarem uma
situaçãoconcreta, o seguinte
problema
de pesquisa:A
técnicade
custeioABC
pode
levantar os verdadeiros custosda
qualidadeem
Diante da hipótese de
que
a aplicaçãodo
sistema de custeioABC
irá levantar os verdadeiros custos da qualidadeem
empresas de papel e celulose, este trabalho irá procurarverificar sua validação via estudo de caso
em uma
empresa
de reciclagem de papeldo
Estadodo
Amazonas -
Benaion
Indústria de Papel e CeluloseS/A
(BIPACEL)
deManaus.
1.3
JUSTIFICATIVA
E
RELEVÂNCIA
No
contexto de que todo trabalho requer motivação para realizá-lo, esta pesquisa foimotivada pela busca permanente e constante
do
conhecimento intelectual e acadêmico,norteando-se pelo interesse
em
contribuir,mesmo
que modestamente, para o conhecimento eentendimento do assunto proposto.
Este trabalho toma-se relevante à
medida que
há necessidade de maiores pesquisas relacionadas aométodo
de custeio por atividade, especialmente voltadas à reciclagem depapel,
como
é o caso daBIPACEL,
uma
vez quepoucos
estudos sobre estaabordagem foram
realizados na área. Portanto, dentro desta linha de raciocinio, os resultados deste estudopodem
contribuir para que os dirigentes de setores papeleirospercebam
o nível deimportância
do
assunto tratado neste trabalho.1.4
OBJETIVOS
DO
TRABALHO
Considerando os aspectos mencionados, este trabalho
tem
um
objetivo geraldesdobrado
em
alguns objetivos específicos.l.4.l
OBJETIVO
GERAL
Analisar a viabilidade de implantação
do
custeio/AP¿C__ 7 'C /.em
._-__,-¶'_`*"~ empresas de reciclagem de1.4.2
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
A
partir deste objetivo geral propõem-se os seguintes objetivos específicos:>
Demonstrar
a aplicaçãodo
sistema de cpsteig i{i_B_Cno
sentido de identificar a suaimportância e aplicabilidade à questão de pesquisa através da revisão
bibliográfica;
>
Proporuma
metodologia científica para direcionar a pesquisa decampo;
>
Constatar na práticacomo
o
sistema de custeio ,AB~Ç foi implantadoem
uma
~i›ndústria, de reciclagem de papel sanitário_e
como
está sendoempregado
para gerira empresa e levantar os custos ocultos da qualidade.
\
1.5
ESTRUTURA
DO
ESTUDO
Para que os objetivos da presente pesquisa sejam atingidos este trabalho está
estruturado
em
cinco capítulos. Este primeiro capítulo,como
visto, écomposto
poruma
introdução aotema
que abrange a apresentação da origemdo
trabalho, a importância de sebuscar
uma
resposta à questão de pesquisa, sua justificativa e delineando dos objetivos geral eespecificos, sendo limitado à reciclagem de papel sanitário, não tratando de reciclagem de
papel plano
ou
papelão.O
capítulo 2 consisteno
referencial teórico,com
abordagens sobre utilização datécnica para O
mapeamento
do
processo, indicadores de desempenho, análise de processo denegócio, o sistema de custeio
ABC
e tópicos sobre qualidade.O
capítulo terminacom
alguns trabalhos desenvolvidosna
área de indicadores de desempenhos, processodo
negócio e qualidade.A
metodologia é expostano
terceiro capitulo, que apresenta inicialmente aespecificação
do
problema e a definição dos termos utilizados. Neste capítulo, apresentam-se ainda o delineamento e perspectiva da pesquisa, população e amostra da pesquisa, seleção dosresultados esperados
com
a pesquisa.O
quarto capítulo apresenta o estudo de caso propostocomo
fonna
de validação dahipótese trabalhada. Inicialmente faz-se
uma
introdução apresentando a empresaonde
foiestudado o problema, e, na seqüência, descrevem-se os passos de implantação
do
sistema decustos, quais sejam: formação da equipe e nivelamento dos conhecimentos, identificação dos
centros de atividades e direcionadores de custos, identificação das atividades,
desenvolvimento
do
sistemaABC,
distribuição dos custos, e cálculo e análise dos custos daqualidade.
O
quinto e último capítulo apresenta as conclusões referentes ao estudo realizado e assugestões para estudos fiituros. Estas sugestões permitirão
uma
visão de alternativas para estudos futuros nas empresas de reciclagem de papel,bem como
para pesquisadores envolvidoscom
o sistema de custeioABC.
2.1
INTRODUÇÃO
Pode-se considerar
como
temas chave deste trabalho omapeamento
do
processo, osindicadores de
desempenho,
a análisedo
processodo
negócio e o custeio baseadoem
atividades
(ABC)
e custos da qualidade.Todos
abordados e tratados por vários autores, aolongo
do
tempo.A
proposta deste trabalho é reunir elementos necessários e suficientes para seremintegrados dentro de
uma
organização, seguindoum
caminho
para descobrirem as rotas deconsumo
de recursos, colocandoem
disponibilidade importantes informações,com
indicadores adequados e úteis para a gestão do negócio.
Neste capítulo serao apresentados alguns conceitos acerca de
mapeamento,
medidasde
desempenho,
processo e custeio por atividades,Em
seguida, os principais trabalhosno
mapeamento
do
processo, indicadores de desempenho, e análisedo
processodo
negócio,ABC
e qualidaderepresentaçao visual das atividades necessárias, cruzando barreiras interfuncionais da
organização para produzir
um
bem
ou
serviço. Pelomapeamento
do
processo, pode-se verquando,
onde
ecomo
melhorá-los.O
mapeamento
do
processo criauma
basecomum
de focoe comunicação,
bem como
identifica oportunidades para simplificaçãodo
processo,eliminando atividades que não acrescentam valor ao produto e/ou reduzindo sua
complexidade.
Segundo
HRONEC
(1998), omapeamento
do
processo éum
tema
polêmico e a maioria das empresas não o fazem, sendo identificadas as seguintes causas:0
As
empresasnão
se organizampor
processos. Elas organizam-se por funções.A
especialização defendida por Taylor,no
iníciodo
século, defendiauma
tesebastante simples: quanto mais se executa
uma
tarefa,melhor
ela é executada.0
Ninguém
e' responsável pelos processos.Os
executivos de primeiro escalaodetêm
títulos organizacionais associados às suas fiinções e especialidades.O
fato de geralmente não possuírem orientação para o processo é suficiente para passar aos funcionários aimagem
de que a administraçao nao se importacom
os processos.
0
A
administraçãonão
entende os processosda
organização. Estes sedesenvolvem
casuisticamente, àmedida
que a empresa evoluicom
o tempo.O
que a administração julga estar acontecendoem
determinada área operacionalou
administrativa já não e mais novidade,nem
corretoou
relevante.Os
processos já
mudaram.
0
O
mapeamento do
processo é trabalhoso.Na
maioria das situações osprocessos não foram documentados, e é dificil
começar do
zero.O
mapeamento
do
processoenvolve a todos
com
detalhes específicos da organização; aborda os bastidoresdo
negócio.É
muito fácil,
também,
perder-se entre os detalhes deum
processo.O
mapeamento
do processo abre o diálogo entre a administração e os funcionários,tornando
uma
compreensão
comum
sobre o que realmente ocorreno
negócio.As
pessoas queefetivamente trabalham
no
processodevem
definir suas atividades-chave e criar medidas dedesempenho
para elas e para as junções entre elas.Após
serem entendidos os desejos dosclientes e desenvolvida a estratégia para abordá-los, o
mapeamento
do
processo é a primeira etapano
desenvolvimento de medidas efetivas de desempenho.Com
omapeamento
do
processo, a administração identificaonde
e por que os recursos são consumidos.O
processomapeado
serve de base para o treinamento dos novosfuncionários
sem
quaisquer subsídios auxiliares.A
documentação
do processo permite à administração comparar o que realmente está ocorrendo na organização e o que deveria acontecerem
cada tarefa.Os
funcionáriosvêem
claramentecomo
suas atividades encaixam-se
em
processos mais gerais.Mapeamento
do
processo é a representação visual das atividades necessárias daorganização para produzir
um
bem
ou
serviço e identifica oportunidades para simplificação emelhoria
do
processo, eliminando atividades que não acrescentam valor (nãoagregam
valor)ao produto.
De
acordocom
HRONEC
(1998),o
mapeamento
do
processo exige diversas etapas:1 Identi icar o
P
roduto/servi o e os rocessos relacionados. Isso inclui a escolhados pontos “saída” e “chegada”, limites
do
processo, consensualmente demodo
que todos
possam
discutir os parâmetros do processo.(2)
Documentar
o
processopor meio
de entrevistas e conversações.Ninguém
isoladamente conhece todo o processo. Muitas pessoas
devem
contribuircom
seu conhecimento
-
sozinhasou
em
grupo-
para revelar todas as atividadesdos processos.
(3)
T
ransƒerir as informaçõespara
uma
representação visual. Freqüentemente é~
útil
-
e necessário-
que a equipe desenhe o processo, principalmentecom
oobjetivo de identificar atividades redundantes e que
não
acrescentam valor -gargalos, atrasos, atividades desperdiçadas e duplicações de esforços - a fim de
serem eliminadas.
(4)
O
mapeamento
do
processo é trabalhoso.Na
maioria das situações osprocessos não foram documentados, e é dificil
começar do
zero.O
mapeamento
do processo envolve a todoscom
detalhes específicos daorganização; aborda os bastidores
do
negócio.É
muito fácil,também,
perder-seentre os detalhes de
um
processo.A
chave para transferir os valores da qualidade,filosofia
e princípiosem
resultadosmensuráveis requer,
em
parte,um
amplo
e profundo entendimento pelos funcionários sobre oUm
diagramacom
amplo
formato visual talvez fosse omeio
mais indicado para representar o processo de trabalho.Ao
longo dos anos,GALLOWAY
(1998) procuroudesenvolver
um
método
passo a passo-
mais tardedenominado
de*mapeamento -
queconseguisse colocar
no
papel o que as pessoas tinhamem
mente, demodo
que fosserapidamente percebido pelo trabalhador, fosse atraente e estimulante, e fosse largamente
utilizado,
O
mapeamento
abandona
um
pouco
da tradicional inspiraçãona
elaboração dediagramas para
melhor
servir às metascom
simplicidade e objetividade.Muitas pessoas
reconhecem
que o resultado finaldo
mapeamento
constituiuma
grande ferramenta,
porém no
exercício da sua criação está o valor realdo
trabalho.As
discussões exigidas favorecem o entendimento crescente entre as pessoas e a conciliação dos
diferentes pontos de vista,
com
o objetivo de reunir as principais e mais eficazes técnicas demapeamento comumente
empregadas, às vezesmesmo
sem
o
perceber, para a melhoria dosprocessos e da qualidade que faz a diferença de
um
produtoou
serviçono mercado
globalizado.
2.3
INDICADORES
DE
DESEMPENHO
O
mundo
vem
mudando
rapidamente, transferindo para o cliente o poder que estavacom
o fabricante e o fornecedor.De
acordocom
HAMMER
&
CHAMPY
(1999), “a únicaconstante previsível passou a ser a
mudança
rápida e implacável”.As
organizações estãotentando se adaptar a essa mudança, utilizando muitos conceitos diferentes.
Um
desses conceitos envolve o focono
cliente, encarando o negócio de fora paradentro. Esse conceito
pode
receber muitos nomes: Gerenciamento da Qualidade Total,Controle de Qualidade Total, Melhoria Contínua, todos eles
com
o propósito de entender ocliente e alterar os processos
do
negócio para alinhá-los aos seus desejos.As
novas estruturasorganizacionais na área de recursos
humanos -
como
maior delegação de poder e trabalhoem
equipe
-
eapoiam
um
estilo de gestão mais participativo.Novas
tecnologias de produção e entrega-
como
Just inT
íme, compressãodo
tempo
aumento
da concorrência global e regulamentaçõesem
mudança _
acrescentamdesafio
ecomplexidade à noção de
vantagem
competitiva.O
último fator que a maioria das empresasmuda
é amedição
de desempenho.No
entanto, esta deveria ser a primeira coisa a ser mudada.
A
medição
dedesempenho -
o tipo certo das medidas-
pode
impulsionar amudança
em
toda a organização.Como
demonstradoem
inúmeros estudos, as pessoasagem
de acordocom
aforma
com
que são avaliadas.Mudar
um
sistema demedição
dedesempenho
émudar
o entendimento das pessoas quanto à sua contribuição para a visão, missão e estratégia da empresa.As
medidas dedesempenho
revelam às pessoas o que estão fazendo ecomo
estão sesaindo
como
partedo
todo. Elascomunicam
aquiloque
é importante a toda organização: a estratégia da gerência,do
primeiro escalãopara
baixo, resultadosdo
processo dos niveis inferiorespara cima
e o controle e melhoria dentro dos processos.A
primeira regra demedição
dedesempenho
é assegurar100%
de entendimento de seus conceitos objetivosem
toda empresa.
A
maioria das empresas nãomede
as coisas certas de maneira certa, enfocando quasesempre
a parcelamenor
da questão.Embora
não incorretas, aomenos
incompletas, medidastradicionais
como
lucro por ação, retornodo
investimento, orçamento versus efetivo, eficiência de mão-de-obra, desviosem
relação aos padrões, níveis de estoque e utilização demaquinário,
podem, quando examinados
separadamente, provocar a concentraçao de esforços nas coisas erradas.Não
se consegue medir performanceou
melhoria de performance se não tiverum
conceito operacional de performance.
Na
concepção deSINK
&
TUTTLE
(1997),um
desenho ampliado
do
departamentocomo
sistema gerencial, estabelece operacionalmentecada
um
dos sete critérios de performance e seus atributos (subcritérios)-
respectivamente:eficácia, eficiência, qualidade, produtividade, qualidade de vida
no
trabalho, inovação ebudgetabílídade
-
em
relação ao departamento.O
desenvolvimento deum
sistema demedição
e avaliação da performance deve serantecedido por
um
minucioso processo de planejamento.Caso
contrário, corre-se o risco, porexemplo, de acabar
medindo
A
enquanto se necessita de B,ou
de acabar obtendo sistemas deperformance, muito provavelmente será ineficaz, ineficiente, e produzirá resultados de baixa
qualidade.
As
organizaçõestendem
a medir aquilo que é mais fácil de ser medido, e não o que érealmente importante.
A
medição consome
recursos dispendiosos.Se
a organização (todos ossistemas organizacionais e as pessoas dentro deles) não
compreende
enão
estácomprometida
com
aquiloque
é importantedo
ponto de vista estratégico, qualquermedida
serve.De
fato,como
amedição pode
ser ameaçadora, amedição
de aspectos triviais e fáceis de medir,que
podem
ser facilmente manipulados, muitas vezes faz sentido, politicamente.Medir onde
estáclaro é
um
modo
de ficar longe de problemas.Na
maioria das organizações, raramente os gerentes são condenados por estaremmedindo
as coisas erradas. Sofrem,no
entanto, conseqüências negativascom
aqueda
deperformance evidenciada por indicadores que são
comunicados
aos níveis superiores.Dois conceitos, fatores críticos de sucesso e indicadores-chave de performance,
usados operacionalmente
no
desenvolvimento de sistemas de medição, são fundamentais edevem
ser registrados por estarem vinculados à estratégia daempresa
e relacionados a áreas-chave, nas quais o alto
desempenho
é essencial para que os objetivos sejam atingidos.Os
Fatores Críticos de Sucesso refletem as questões competitivas daempresa
etambém
seus próprios e únicos objetivos.Os
Indicadores-chave deperformance
são medidasde
eficácia, eficiência equalidade, para os objetivos resultantes
do
processo de planejamento para melhoria daperformance.
A
qualidade, por sua vez, éum
conceito mais difuso e não existeuma
definição convencional.Há
duas décadas atrás já alertavaCROSBY
(2000) para aampla
liberdade nosconceitos relativos à qualidade.
Para identificar os processos
-
críticosou
não -,o
cliente ésempre o
ponto departida. Partindo
do
cliente-
vendo
a organizaçãocom
os olhos dele -, as pessoasobtêm
acompreensão
exata dos processosque atendem
o cliente.Os
processos críticostêm
impactosdiretos na consecução das estratégias e das metas. Esses processos críticos
exigem medidas
eindicadores de
desempenho
para realizar metas simultâneas de custo, qualidade e tempo,em
especial aos olhos
do
cliente.A
metodologia Geral daMedição
proposta porSINK
&
TUTTLE
(1997),começa
Essa metodologia impulsiona a
medição
a partir deum
enfoqueem
melhoria.Defendem
SINK
&
TUTTLE
(1997) que:“criar
uma
cultura e clima que compreenda epromova a medição para a melhoria é
um
desafio. Superar aresistência à medição e eliminar seu aspecto ameaçador é algo que exige paciência, persistência, conhecimentos e habilidade.
Como
desenvolver princípios orientadores que irão modelar comportamentos apropriados em relação à medição é algopara ser estudado ”.
A
importância das medidas dedesempenho
é grande. Quatro delas, abaixoregistradas,
resumem
os seus principais beneficios:0 Satisfação dos clientes;
0
Monitoração do
progresso;0
Benchmarking de
Processos e Atividades;0
Mudanças
Consistentes. as medidas corretasdo
desempenho ajudam
asorganizações a
mudar
com
sucesso.As
medidas dedesempenho
associam missão, estratégia, metas e processos daorganização.
Num
verdadeiro efeito cascata, amedida
de processo deuma
unidadeempresarial
pode
ser amedida do
output para a unidade imediatamente inferior.Como
esse efeitocomeça
de cima, a administração precisa informar aos funcionários de níveis inferiores,o
que é importante.Por
sua vez, somente as informações estratégicas são repoitadas ao nível superior, eliminando assim acomunicaçao
desnecessária tãocomum
nos dias de hoje.Pode-se dizer que são três os tipos de
mudanças
necessárias na maior parte dossistemas de medição.
O
primeiro éum
alinhamentocom
os fatores críticosdo
sucesso daempresa. Fatores críticos de sucesso são os atributos que
uma
empresa
precisa possuir,ou
asações que precisa
desempenhar
especialmentebem,
para sobreviver e prosperar.Em
qualquernível de desdobramento alcançado, é vital
que o
sistema demedição do
desempenho
deuma
empresa
reflita fatores críticos de sucesso.O
segundo tipo demudança
necessária nos sistemas demedição do desempenho
émedidas
sozinhas não são suficientes.São
necessárias medidas operacionais,ou
nãofinanceiras, para se gerenciar a empresa
no
nível de processo,onde
se incorreem
custos eonde
estesdevem
ser controlados.Com
muita freqüência, mede-se eficiência (que éuma
medida do quão
se está indobem)
sem
medir a eficácia (quemede
se está se fazendoou
não as coisas certas).Consequentemente, pode-se estar indo muito
bem
nas coisas erradassem
sabê-lo.estabelecimento de medidas de produtividade (a
medida
da produção paraum
determinadoconjunto de insumos), capacidade (ou uso dos recursos), responsividade e qualidade
vêm
completar as medidas não-financeiras necessárias para conferir abrangência e relevância a
um
sistema de medição.
O
terceiro tipo demudança
necessária nos sistemas de indicadores dedesempenho
éa configuração de
um
esquema
que reflita o espirito de aperfeiçoamento contínuo. Para que asmedidas
dedesempenho ajudem
apromover
as metas de aperfeiçoamento contínuo, precisamser calculadas e apresentadas de
forma
a mostrar o progresso ao longodo
tempo. Para tanto,precisam ser
bem
definidas eacompanhadas
sistematicamente.Não
basta mostrar somente odesempenho do
períodoem
curso.Cada
medida
precisa ser relatadano
contexto deuma
tendência.
É
necessárioque
se possa ver se odesempenho
corrente é melhor, piorou
igualàquele
em
períodos anteriores. _Uma
empresa
pode
cair na armadilha de se comparar somente consigomesma,
alémde
acompanhar
seu própriodesempenho
ao longodo
tempo, devetambém
secomparar
aodesempenho
de outras organizações. Estaabordagem
é conhecidacomo
benchmarking,comparação
com
as melhores práticasou comparação
com
o melhor da classe.Não
existe fórmula genérica de medição.É
necessário definirum
método
particularpara a definição dos critérios básicos que acrescentam valor à cadeia produtiva para cada
situação especifica. Fatores subjetivos
podem
sermedidos
pela “falta”,como
por exemplo:falta de segurança
=
número
de acidentes.Da
mesma
forma, as caracteristicas abstrataspodem
ser desdobradas e transformadasem
subcaracterísticas mensuráveis.Com
base namediçao
feita através de indicadores dedesempenho
pode-se avaliar,em
termos de custos, tanto as melhorias geradas pormodificações
nos processos, quanto oscustos gerados pela não-qualidade, tais
como:
perda do cliente, insatisfação dos executores,A
confiabilidade nas informações fornecidas pelos indicadores depende da exataidentificação dos custos envolvidos nos processos,
com
este objetivo, a principal ferramentaempregada
é Activity-Based Casting- ABC,
em
aplicação subsequente aomapeamento
doprocesso,
em
que todas as atividades são levantadas, e àcondução
apropriada deuma
Análisede Processo
do
Negócio,com
respectiva análise de valor.2.4
ANÁLISE
DE
1>Roc1‹:sso
Do
NEGÓc1o
À
primeira vista, a orientação para processospode
pareceruma
maneiraconceitualmente fácil de se ver a organização.
Na
prática, porém, não ébem
assimque
aspessoas
pensam
e secomportam
nas organizações.Os
gerentes adquirem mais autoridade epoder
em
torno da hierarquia.As
pessoas constroem suas carreiras construindo seus papéisfuncionais nos departamentos
-
aumentando o
quadro, o orçamento e a extensão daresponsabilidade que controlam.
O
trabalhoem
si, contudo, flui entre os departamentos.Somente quando
se vê o trabalhoem
sua totalidade é que sepode
identificar os pontos dealavancagem
para simplificá-lo.O
princípio básico da Análise de Processo (Business Process Anabfsis-
BPA)
éeliminar desperdícios que não
agregam
valor, através daremoção
dosimpedimentos
e restrições à melhoriado
fluxo
do
trabalho.Na
prática porém, aabordagem
a taismelhoramentos
nas empresastem
sido muito mal orientada, levando muitas empresas ainvestir
em
equipamentosou
sistemas, na tentativa de reduzir seus custos.É
muito melhoreliminar (o
máximo
possível) as causas de desperdícios quenão agregam
valor, simplificar oprocesso, estabilizar os insumos, e então, somente então, automatizar. Este é
um
enfoqueimportante,
com
implicações a longo prazo, pois demonstra claramente o desejo de livrar a organizaçao das atividadessem
valor agregado, ao invés de simplesmente toma-las maisrápidas
ou
baratas.Conforme
o conteúdo da Figura 2.1, a organizaçãopode
ser vista sob dois aspectos:o ponto de vista funcional e o ponto de vista
do
processo.A
visão funcional se baseiano
organograma
como
modelo
elementardo
negócio,com
departamentos estruturadosde melhoramentos
enfocam
oaumento
da eficiência e da eficácia de fiinções e unidades organizacionais especificas.DEPARTAMENTQS
- f' ' i .. . i . iiPR0CESSOS1
Vendas { Marketingi Ggäâlâsde P Engenharia i Compras C¡,¡¡¡ab¡¡¡dade,
X
X
l i l PYÍ
l LX
\ . __ __7___ _ __gi
_ _*ti
__ __
_XFX
___ _____ä}____________ _ "AX
Negociação `×
l s‹›.fl¿<1ii°I1f¢ ____;
t "Entrada do Z' Z“Ê
W_w_
zw
Ú*
ZÍMMMP-
7ñi
X
4 Pedido l _ _? ç Engenharia 7 '_ _ ` do PcdidoÍ___ _g_ Aquisição de `×
`×
×
i Insumos _ ë __L _ _ i _ _Íigura 2.1 -A Visão
de
processos x departamentos.Fonte:
OSTRENGA
et al (1997).XX
XX
X
X
X
Em
contraste,a
visãodo
processo enfoca o próprio trabalhocom
a finalidade degerencia-lo. Esta visão identifica,
em
nivel mais alto, os principais elementosdo
trabalho queos funcionários precisam executar para que a empresa funcione.
Nesse
nível, os insumos sãocapital, recursos
humanos,
materiais e informações e tecnologia.Os
seis processosem
nívelempresarial são:
l. Processos executivos;
2. Processos de apoio;
3. Processo de obtenção de novos negócios;
4. Processos de projetar novos produtos e serviços,
5. Processos operacionais;
6. Processo de apoio pós-venda.
A
Ótica de processo proporciona forma tão poderosa de analisaruma
empresa
porque
essa é
a maneira
pela qualum
clientea
vê.Um
cliente interagecomo
organização através deseus processos
do
negócio-
aderindo a contratos, recebendo bens e serviços,pagando
porEsta visão de processo proporciona a base para
uma
Gestão Total de Custos (TotalCos/
Management
~TCM)
da empresa.A
razão pela qual oTCM
enfatiza a visão de processoao inves da funcional e que a
abordagem do
processo permite que a organização projete otrabalho
em
torno deuma
meta
gerencialou
deum
requisitodo
cliente.sem
necessariamentemudar
a estrutura da organização.As
técnicas envolvidasnuma
análise de processodo
negocio são essencialmente asmesmas.
A
análise de processo basicamente identifica processos e os divideem
atividades;isto, por sua vez, cria
uma
base para se gerenciar os custos a partir de varios ângulos eobjetivos.
Existem duas razões principais para se executar este tipo de analise:
l. Para guiar programas de redução de custos e de
tempo
de ciclos, de melhoriada qualidade
do
processoou
outros esforços a fim de melhorar odesempenho
organizacional;
2.
Como
etapa preliminar paracomplementar
outras técnicas deTCM,
entre asquais
temos
o custeio baseadoem
atividades. aperfeiçoamentos nos indicadoresde
desempenho
eno
apoio às decisões.A
análise de processo do negócio representa o instrumento analítico fundamental deapoio aos gerentes na realização dessa melhoria de desempenho. Isto é feito associando
identificação
do
processo/atividade, necessidadesdo
cliente e análises de valor,do
tempo
deciclo,
do
custo, da qualidade, da organização e as causas básicas dos problemas.Dentro da análise de processo do negócio. a Análise de Valor
do
Pr‹›ce.s¬so(PVA
zProcess Value Analysis) e
uma
técnica de vital importância.A
aplicação daPVA
questionacada atividade
em
termos de seu papel na satisfação das necessidades dos clientes internos eexternos (isto é, criação de valor). Este questionamento é executado segundo
um
movimento
retrógrado. a partir das necessidades
do
cliente externo, para documentar o relacionamento detodas as atividades
com
seus clientes.Cada
atividade, então, é classificadacomo
sendo deagregar valor (cuja execução os clientes consideram importante)
ou
não agregar valor (que osclientes consideram
sem
importânciaou
pela qual não estão dispostos a pagar). Atividadesque não
agregam
valor são aquelas que não afetam a qualidade. odesempenho ou
a2.4.1
A ANÁLISE
DE
VALOR
COMO
TÉCNICA
PRELIMIAR
A
análise de valor servirácomo
ponto de partida para muitas outras técnicas, dentreas quais destacam-se: custeio baseado
em
atividades, indicadores de desempenho, e apoio àsdecisões.
A
Figura 2.2 ilustra a interação da análise de processocom
o custeio baseadoem
atividades.
A
técnica quecomumente
interagecom
BPA
e' a de indicadores de desempenho.Os
sistemas tradicionais de indicadores de
desempenho
usam
a Ótica fimcional para determinar e registrar o desempenho.As
demonstrações de lucros e perdas departamentais são preparadas todos osmeses
ecomparadas
com
os orçamentos departamentais. Elas são resumidas para a alta gerência“acumulando”
as cifras ao longo da hierarquia organizacional acima.Entretanto, os fatores críticos de sucesso da empresa
têm
muito mais probabilidadede estarem relacionados aos seus processos do que ao seu organograma.
Isto significa que
um
só departamento nãopode
atingir, isoladamente, a imensamaioria dos “fatores críticos de sucesso”.
Na
verdade, cadaum
desses fatores está associado aum
processo de alto nivel. que é melhor gerenciado e monitorado através da concentraçãoem
seus subprocessos e atividades.
Apoio
às decisoes, éuma
das categorias de técnicas deTCM
que interagemcom
oBPA
-
Técnicas para Melhorar oApoio
às Decisões-
baseia-se na melhorcompreensão
daquilo que causa os custos
em
uma
organização.A
Ótica de processo e fundamental para seentender as dinâmicas de tempo, qualidade e custo.
Além
disso, provêuma
base para avaliarCusteio Baseado
em
AtividadesI
Análise do Processo CQmabi|idz,d¢
{ do Negócio \ . t U» i t Oportunidades Processos Atividades de
Aperfúçoamemo
Objetos
Figura 2.2 - Relação entre custeio
baseado
em
atividades e a análisedo
processodo
negócio.
Fonte:
OSTRENGA
et al (1997).A
análise de processodo
negócio e'uma
poderosa técnica que integra a solução doproblema e as ferramentas para análise da qualidade
do
processocom
a respectivacondução
da análise de valor. Através da divisão dos processos
em
atividades, a análise de processoconsegue suprir a carência de informações da administração
com
o
objetivo de priorizar asalternativas que implicam
em
melhoria de performance financeira.A
análise de Valordo
Processo euma
abordagem
bastante direta que envolve oestudo dos
componentes
e atividades dos processos para compreender o seu fluxo.Tomando
oprocesso existente
como
ponto de partida, o valor da visão interfuncional da empresa, atravésdos olhos dos clientes é inestimável. Abrir
mão
desta visão significa abrirmão
de obtervantagem
competitiva e, atémesmo,
da capacidade de continuar sendo viável.A
abordagem
deOSTRENGA
et al (1997) atribui a Análise de Processodo Negócio
a condição de técnica fundamental para a compreensão, análise e aperfeiçoamento
do
explícita das necessidades dos clientes. Ela permite estruturar a definição dos problemas da
empresa
de forma a identificar e atacar suas causas básicas.E
prover a base para melhorar a qualidade, reduzir otempo
de ciclo e os custos.A
Análise de Processo doNegócio
éuma
técnicacom
beneñcios duplos, prossegueOSTRENGA
et al (1997), ela permite a obtenção de resultados a curto e longo prazo, identificando oportunidades paramelhoramentos
importantes.Ao
mesmo
tempo, serve debase para outras técnicas contábeis,
como
o ActivityBased
Costíng (ABC), quepodem
mantera empresa
no caminho do
aperfeiçoamento contínuo.2.5
CUSTEIO
BASEADO
EM
ATIVIDADES
Os
impactos estratégicos das imprecisõesno
custeio levaram muitas empresas areverem suas decisões a respeito de preços,
mix
de produtos e promoções, além derepensarem seus planos táticos
com
bases supostamente erradas a respeito da lucratividaderelativa dos seus clientes.
Antigamente o custo
do
produto eradominado
pelo alto custo da mão-de-obraem
relação às despesas gerais, e
uma
simples base direcionada pelovolume
vinculada ao custo dessa mão-de-obra era suficiente para a locação das despesas gerais.O
custo da mão-de-obra,hoje, é visto cada vez
menos
como
um
custo que variaquando
ovolume
de produção varia.Um
número
cada vez maior de empresas está se debatendocom
os custos indiretos defabricação.
O
custo indireto (CIF) é agora parte dominantedo
custo, e as empresas estãobuscando desesperadamente formas para
compreender
porque seu crescimentomina
tantoseus esforços de gerar lucros adequados.
Na
fábrica flexível, a matéria-prima é o único custodependendo
dovolume
e,também,
o único custo quepode
ser relacionado diretamente aosprodutos individuais.
Ao
final da década de 80 e princípio dos anos 90, pesquisadores da Universidade deHarvard, os professores
Kaplan
e Cooper, conduziram alguns estudos de casos utilizandocustos a produtos através dos dados de “transações”
como
causa dos custos indiretos.Os
resultados foram surpreendentes. Distorções significativas foram identificadas nos custos demuitos produtos.
Ora
excediamem
muito seus preços de venda (subcusteados), oraarcavam
com
as pequenasmargens ou
mesmo
prejuízos dos primeiros (supercusteados).Apontavam
ainda para importantes produtos de alto
volume
que possuíam custos significativosmenores
do
que era praticado.O
custeio baseadoem
atividades éuma
metodologia de custeio que procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.A
crença fundamental portraz dessa
abordagem
ao custeio é que o custo é causado e as suas causaspodem
sergerenciadas.
Quanto
mais perto se chega de relacionar os custos às suas causas, mais úteisserão as informações contábeis para orientar as decisões gerenciais da empresa.
Ao
implementar este conceito, certamente haverá
uma
forte integração entre a análisedo
processodo
negócio e o custeio baseadoem
atividades.Um
dos mais importantes beneficios das informaçõesdo
ABC
é o foco quepodem
dar aos programas de melhoria contínua da empresa.
As
análisesABC,
especialmentequando
acopladas a análises
do
processodo
negócio e identificação das causas básicas,podem
ajudara fixar prioridades e monitorar o processo dos esforços de melhoria. Através da agregação
do
custo de todas as atividades que
tem
amesma
causa básica, pode-se selecionar quais questões operacionais são mais importantes para que a empresa asexamine
primeiro.Da
mesma
forma
que os programas de melhoria de qualidade
chamam
a atençãoquando
os custos damá
qualidade se
tornam
conhecidos, os programas de simplificação são valorizados pela altagerência
quando
os executivostomam
conhecimento dos custos da diversidade e dacomplexidade dos produtos.
Para
ROBLES
JR
(1997) as empresasdependem
de recursos para executaratividades. Elas
executam
atividades para beneficiar produtos, serviçosou
outros objetosdo
custo.
À
primeira vista a técnicaABC
parece exigir sistemas de coleta de dadosextremamente elaborados. Isso não é necessariamente verdade.
Confonne
OSTRENGA
et al(1997) os dados de custos departamentais
do
sistema contábil daempresa
devem
serreorganizados
em
Centros de Custos por funções- ou
Centros de Atividades, de acordocom
NAKAGAWA(1994)
-
e,em
seguida os valoresacumulados
nesses centros são distribuídos aDirecionadores de Custos.
O
sistema de custeio baseadoem
atividades tem-sefirmado
pelo reconhecimento de que a lucratividade dos produtos éuma
questão estratégica e não somenteum
problema
contábil.
É
hoje principal elo entre o custeio de processos e produtos,mensuração
e justificação de desempenhos.As
empresasnormalmente
investemem
projetos deABC
porque seus responsáveisacreditam, intuitivamente, que os custos que
usam
na
tomada
de decisões importantesou
são seriamente incompletos e distorcidosou
inteiramente inexistentes.Um
dos usos mais importantes das informaçõesdo
ABC
é o foco quepodem
dar aosprogramas de melhoria contínua.
As
análisesABC,
especialmentequando
acopladas aanálises
do
processodo
negócio e à identificação de causas básicas,podem
ajudar na fixaçãode prioridades e
no
monitoramento dos esforços de melhoria.Nao
causa espanto o interesse que o custeio baseadoem
atividadesvêm
despertandojunto às empresas brasileiras devido, especialmente, às preocupações
com
a questão dacompetitividade global. Através
do
custeio baseadoem
atividades as empresaspodem
ver adinâmica de seus custos indiretos.
Mais
importante ainda é quefinalmente
elaspodem
estruturar programas de ação para explorar os beneficios
do método
em
apoio às metas demelhorias da qualidade, satisfação dos clientes e à velocidade e flexibilidade operacionais.
2.6
CUSTOS
DA
QUALIDADE
Os
custos da qualidade sãoum
caminho
para transformar medidasem
valores monetários. Eles fornecem a retrospectiva financeira dos esforços dacompanhia
naimplementação de programas de melhoria da qualidade,
em
análise conjuntacom
oretomo
dos investimentos.
O
eterno dilema da limitação de recursosdemanda
que
todo investimentopague por si só.
Um
dos melhorescaminhos
para medir o retorno dos investimentosem
qualidade é
acompanhar
os custos da qualidade, e,em
particular,como
os custos das falhasdecrescem
com
o tempo.primeira vez, foi a base para o entusiasmo inicial
que
tomou
conta do setor industrial e olevou a levantar a bandeira da melhoria
da
qualidadedo
processo.A
influência dos trabalhosde
Deming
eJuram
orientaram o foco inicial para osmétodos
de controle dos processos quehabilitavam as indústrias a detectar
no
início os problemas de qualidadeno
processo,poupando, desse
modo,
despesascom
retrabalho e o desperdício.A
eliminação dessasdespesas
pode
terum
efeito significativo nos lucros.Um
dosmodos
pelo qual a melhoria da qualidadeconduz
ao lucro é através daseconomias de custos oriundas
do aumento
da eficiência. Antes deuma
empresa
calcular o seuretorno
em
qualidade, elatem
que determinar os custos associados àmá
qualidade e quais asreduções de custos, se alguma, ela
pode
esperar de seus esforçosem
melhoria da qualidade.A
aceitação de queum
elevado nível de qualidadepode
conduzir àeconomia
decustos exigiu
uma
mudança
no pensamento
gerencial. Era costume acreditar que, paraqualquer processo, havia
uma
relação não muito direta entreo
seu custo eo
nível de qualidadeobtido para o produto
ou
serviço. Acreditava-se que era anti-econômico reduzir os defeitos azero.
Mais
precisamente, para todo o processo existiaum
ponto ótimo (ponto de equilíbrio)onde
os beneñcios marginais da melhoria da qualidadeeram menores
que seu custo marginal.O
problemacom
essa visão tradicional, entretanto, é que ela subestimavaou
falhavana identificação de todos os custos associados
com
amá
qualidade.Na
verdade, os custos deum
modo.
geral tornavam-se muito maioresdo que
se acreditava~
segundo algumasestimativas, atingem de
20
a30%
do
faturamento do setor industrial e de30
a50%
no
ramo
de serviços.
Como
resultado, os empresários quehaviam
estabelecido programas de qualidadetotal concluíram que, levantados os custos da
má
qualidade, os processos maiseconômicos
eram
aqueles nos quais todos os produtos produzidos atendiam as especificações.Embora
os executivostenham
reconhecidoque
de fatoum
alto padrão de qualidaderesulta
em
custos mais baixos, o valor exigido para se implementar programas demedição
destes custos constituem
um
sério entrave e ainda é objeto de polêmica.O
assunto é controvertido atémesmo
entre os mestres da qualidade.Enquanto
JURAN
(1992) eCROSBY
(2000)defendem
amedição
de tais custos,DEMING
(1990)considera a idéia
um
desperdício de tempo.Como
parte integrantedo
processo decisório, os Custos da Qualidadepodem
serelevância
no
levantamento dos custos,fomecendo
a base para atomada
de decisões deinvestimentos
em
qualidade, revelando os parâmetros e evidenciando deforma
clara etransparente as vantagens e os beneficios desse tipo de decisão.
Os
custos da qualidade deuma
empresa sao geralmente bastante elevados echegam
a superarcom
freqüência amarca
dos20%
do
faturamento.É
de talordem
adimensão
desses custos que atraemcom
facilidade a atenção da gerência sobre a necessidade de se investirem
melhoria da qualidade.
A
administração deveria entrarem
estado de alerta permanente contraos custos da empresa que
possam
gerarou
estarem relacionadoscom
resultados damá
qualidade.
O
levantamento dos custos da qualidade deve seracompanhado
duranteum
razoávelperíodo de
tempo
antes de se chegar a qualquer conclusão.Os
resultados, então, teriamchance de revelar potenciais oportunidades de melhoria.
À
direção da empresa, caberia apenasselecionar e investir nas atividades e processos mais promissores.
Os
resultadosdo programa
piloto
devem
ser formalmente apresentados, tanto à administração quanto aos funcionários.Nessa
oportunidade, seria considerada, então, a proposta de implementação doprograma
em
toda a empresa, optando-se por
um
processo gradual, deforma
a explorar os ensinamentoscolhidos
em
cada área da empresa.i
Conquanto
seja o custo da qualidadeuma
ferramenta eficaz de convencimento sobrea necessidade de se implementar programas de melhoria da qualidade e isolar oportunidades
de real
economia
de custos, a técnica nãopode
ser considerada o instrumento básico nacondução
do esforço da qualidade na empresa.É
extremamente importante a utilização demétodos
não financeiros para monitorar esses esforços.Em
termos dinâmicos, a qualidadedo
projeto, os esforços de melhoria da qualidade,as
mudanças
nos requisitos de avaliação e asmudanças
nas expectativas da qualidade limitamo
campo
de aplicação domodelo
estático dos Custosda
Qualidade proposto porJURAN
(1992)
como
instrumento de melhoria.Pode
ocorrer queum
produto de qualidade aceitávelnum
determinado ano, jánão
o seja maisno
ano seguinte.KAPLAN
(1997) reporta-se aosdados de
uma
pesquisa, a qual revela que a expectativa de qualidadedo
cliente está crescendoa
uma
taxa de 5 a7%
ao ano.Caso
providências não sejamtomadas
em
termos de melhoria daqualidade, o cliente irá “perceber” a degradação da qualidade