• Nenhum resultado encontrado

Relatório do estágio curricular supervisionado em medicina veterinária

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório do estágio curricular supervisionado em medicina veterinária"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

0

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Jaqueline Veeck Pautz

Ijuí, RS, Brasil

2016

(2)

1

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Jaqueline Veeck Pautz

Relatório do Estágio Curricular Supervisionado na Área de Clínica

Médica e Cirúrgica de Grandes Animais apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado

do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito

parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária.

Orientador: Prof. Med. Vet. Dr. Felipe Libardoni

Ijuí, RS, Brasil

2016

(3)

2

Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório do

Estágio Curricular em Medicina Veterinária

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Jaqueline Veeck Pautz

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA:

_____________________________________

Felipe Libardoni (UNIJUÍ)

(Orientador)

_____________________________________

Denize da Rosa Fraga (UNIJUÍ)

(Banca)

(4)

3

DEDICATÓRIA

À minha família, por sua capacidade de acreditar em mim. A minha Mãe, pelo seu cuidado е dedicação e que em alguns momentos me deu força e esperança para seguir. Pai, sua presença significou segurança е certeza de que não estou sozinha nessa caminhada. E a todos aqueles que de alguma forma estiveram е estão próximos de mim.

(5)

4

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada.

Dedico esta conquista, bem como as demais, aos meus amados pais Lindolfo Pautz e Toni Pautz, aos meus irmãos, Carlito Pautz e Carin Pautz e meus preciosos sobrinhos Eduarda Fahl, Carlito Pautz Jr e Carlos Eduardo Pautz, meus melhores e maiores presentes.

Agradeço aos meus bichos de estimação que alegram a minha casa e estiveram comigo nas noites em claro. Em especial o Kinzinho, Urso, Neguinha, Foguinho e ao meu gatinho Phedah.

Agradeço ao meu padrinho, Alderi Habitzreiter, ao incentivo, apoio e estímulo para enfrentar as barreiras da vida.

Agradeço também a todos os professores que me acompanharam durante a graduação, em especial a Prof. Mestre. Denize da Rosa Fraga.

A equipe da Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, por estarem sempre dispostos a me ajudar, que me acolheram tão bem durante o período do meu estagio, pelos ensinamentos que adquiri meu muito obrigada, em especial a minha supervisora Anelise Döwich Decian por estar sempre disposta a retirar minhas dúvidas. Agradeço também aos médicos veterinários Rodrigo Coppetti Adams, Vilson Land e Jordano da Rocha. E também aos técnicos Alan Silva Martins, Pedro Hatje e Maiqueli Martins. Pelos conhecimentos passados.

Aos meus grandes amigos, que na verdade são considerados irmãos, em especial Ana Meller, Caroline Pertile, Helin Keller, Jaqueline Staziacki, Juliana Almeida, Marcisa Ludwig, Melissa Medina, Rodrigo Schmalz, Tábata Streppel, certamente sem vocês a faculdade não seria a mesma.

A minha melhor amiga, Sonia Silva saiba que você faz parte da minha vida, mesmo nesses últimos tempos que estamos distantes.

Aos meus amigos e conselheiros, durante a realização deste trabalho, Juliana Almeida, Melissa Medina e Rodrigo Schmalz, muito obrigado por todas as dicas e sugestões durante a elaboração do TCC. Certamente sem a sua ajuda eu teria muito mais dificuldades.

(6)

5 E, por fim, ao meu orientador, Felipe Libardoni obrigada pela paciência, pelos ensinamentos, pelas conversas e por ser esse grande profissional que és!

(7)

6

Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e Corra riscos para executar seus sonhos.

(8)

7

RESUMO

Relatório do Estágio Curricular Supervisionado

Curso de Medicina Veterinária

Departamento de Estudos Agrários

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA – ÁREA DE CLÍNICA, CIRURGIA E

REPRODUÇÃO DE GRANDES ANIMAIS

AUTORA: JAQUELINE VEECK PAUTZ

ORIENTADOR: FELIPE LIBARDONI

Data e local da defesa: Ijuí, 03 de dezembro de 2016.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais, na cooperativa Cotripal (Agropecuárias Cooperativa Cotripal), localizada na cidade de Panambi/RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016 com duração de 150 horas. O estágio teve supervisão interna da Médica Veterinária Anelise Döwich Decian sob orientação do professor Felipe Libardoni. Durante o estágio foram realizadas diversas atividades, como acompanhamento e auxílio em atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, ultrassonografias, coletas de sangue, e aplicação de medicamentos, que serão explanadas nas tabelas. Nesse relatório serão descritos e discutidos dois casos, sendo que um é Mastite ambiental por Escherichia coli em uma vaca da raça holandesa e outro Torção de útero seguido de Cesariana em vaca da raça Holandesa os quais foram acompanhados durante o período do estágio. O estágio curricular é de suma importância para que o acadêmico tenha a oportunidade de vivenciar de forma prática os ensinamentos teórico-práticos vivenciados em sala de aula durante a graduação.

Palavras-chave: Graduação. Estágio Final. Grandes Animais. Clínica. Médico

(9)

8

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

ºC = Graus Celsius % = Porcentagem ® = Marca registrada

Bpm = Batimentos por minuto

CCS = Contagem de células somáticas E. coli = Escherichia coli

ECC = Escore de condição corporal g = Grama IM = Intramuscular IV = Intravenoso Kg = Quilograma L = Litro Mcg = Micrograma mEq/L = Microequivalente/litro mg = Miligramas

mg/kg = Miligrama por quilograma ml = Mililitros

ml/kg = Mililitros por quilograma mpm = Movimentos por minuto n° = Número

NaCl = Cloreto de sódio RS = Rio Grande do Sul UI = Unidades internacionais

(10)

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016... 13 Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016... 13 Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016... 14 Tabela 4 – Atividades relacionadas à reprodução, tratamentos reprodutivos

e protocolos de sincronização de cio em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016... 14 Tabela 5 – Atendimentos de manejo sanitário em fêmeas bovinos

acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016... 14

(11)

10

LISTA DE ANEXOS

(12)

11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 13

3 RELATO DE CASO ... 15

3.1 Mastite ambiental por Escherichia coli em uma vaca da raça holandesa ... 15

3.2 Torção de útero seguido de cesariana em vaca da raça holandesa ... 24

4 CONCLUSÃO ... 32

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 33

(13)

12

1 INTRODUÇÃO

A Cotripal Agropecuária Cooperativa foi fundada em 21 de setembro de 1957, iniciou a sua atividade com 29 associados no município de Panambi – RS, hoje a Cotripal conta com 3.679 associados. A Cotripal abrange suas atividades nos municípios de Panambi, Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Condor, Ijuí, Santa Bárbara do Sul e Pejuçara.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na Cotripal Agropecuária Cooperativa em Panambi – RS, localizada na rua Gaspar Martins, nº 355 no período de 23/08/2016 a 16/11/2016, totalizando 150 horas, sob a supervisão da Médica Veterinária Anelise Döwich Decian e orientação da Médico Veterinário Felipe Libardoni.

Durante o estágio foram realizadas diversas atividades, como acompanhamento e auxílio em atendimentos clínicos, procedimentos cirúrgicos, exames de ultrassonografias, coletas de sangue, e aplicação de medicamentos.

Os médicos veterinários prestam assistência a propriedades rurais, principalmente nas áreas de clínica, cirurgia e reprodução de grandes animais. O setor da veterinária conta com quatro médicos veterinários, sendo que dois atuam na área da reprodução e dois na área de clínica e cirurgia, conta também com três técnicos agrícolas, sendo responsáveis pelo controle das inseminações artificiais e vacinação da brucelose.

Serão descrito e discutidos dois casos, sendo que um é sobre Mastite ambiental por Escherichia coli em uma vaca da raça holandesa e outro intitulado Torção de útero seguido de Cesariana em vaca da raça Holandesa os quais foram acompanhados durante o período do estágio.

(14)

13

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas na Tabela 1. As descrições de cada atividade realizada estão especificadas nas Tabelas de 2 a 5.

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016

Resumo das Atividades Total %

Atividades relacionadas à reprodução 215 39,16

Atendimentos clínicos 28 5,10

Atendimentos sanitários 300 54,64

Atendimentos cirúrgicos 6 1,10

Total 549 100

Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016

Procedimento Total %

Mastite clínica 8 28,57

Casqueamento corretivo 5 17,86

Suspeita tristeza parasitaria bovina 4 14,29

Hipocalcemia 3 10,71

Cetose 2 7,14

Retenção de placenta 2 7,14

Transfusão de sangue 1 3,57

Suspeita de intoxicação 1 3,57

Suspeita pneumonia aspirativa 1 3,57

Mastite subclínica 1 3,57

(15)

14 Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016

Procedimento Total %

Deslocamento de abomaso à esquerda 4 66,67

Cesariana 1 16,66

Torção de útero seguido de cessaria 1 16,66

Total 6 100

Tabela 4 – Atividades relacionadas à reprodução, tratamentos reprodutivos e protocolos de sincronização de cio em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016

Procedimento Total %

Palpação retal 50 23,25

Ultrassonografia via transretal para diagnóstico de gestação(90dias) 150 69,77

Protocolo de inseminação artificial 15 6,98

Total 215 100

Tabela 5 – Atendimentos de manejo sanitário em fêmeas bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais na Cotripal – Agropecuária Cooperativa Cotripal, Panambi, RS, no período de 23 de agosto a 16 de novembro de 2016

Procedimento Total %

Teste tuberculose e brucelose 250 83,33

Vacinação para IBR, BVD e leptospirose (CattleMaster®) 50 16,67

(16)

15

3 RELATO DE CASO

3.1 Mastite ambiental por Escherichia coli em uma vaca da raça holandesa

Introdução

De acordo com Ogilvie (2000), a mastite caracteriza-se por um processo inflamatório da glândula mamária alterando o aspecto e a coloração do leite. O processo inflamatório, caracteriza-se por edema, febre, calor, dor, rubor, perda da função e queda na produção além de alterações na composição do leite (LINDBERG; PARK, 2006). Normalmente, essa enfermidade resulta da ação de agentes infecciosos, podendo estar envolvidas diferentes espécies de vírus, fungos, e principalmente bactérias (COSTA, 2014).

Etiologicamente, a mastite trata-se de uma doença complexa de caráter multifatorial, envolvendo diversos patógenos, o ambiente e fatores inerentes ao animal. A mastite é uma das mais frequentes infecções que acometem os rebanhos leiteiros, levando a perdas econômicas pela diminuição na produção e na qualidade do leite, à elevação dos custos com mão de obra, medicamentos e serviços veterinários, além de descarte precoce de animais (COSTA, 2014).

Esta patologia divide-se em mastite contagiosa e ambiental, a mastite contagiosa é caracterizada pela forma de transmissão de animal para animal principalmente durante a ordenha, possui como reservatório o próprio animal e a localização do patógeno é intramamária. Já a mastite ambiental é causada por agentes sendo que o principal reservatório é o ambiente em que a vaca se encontra. Ainda, as mastites podem ser caracterizadas como clínicas ou subclínicas, na forma subclínica o leite infectado tem um aumento no número de leucócitos (células somáticas), não ocorrendo sinais visíveis de inflamação da glândula mamária. Já na forma clínica é encontrado alterações na glândula e no leite. Na mastite aguda podemos encontrar inflamação no úbere ocasionando reações sistêmicas discretas a moderadas. Já na mastite crônica pode não apresentar sinais clínicos durante um período de tempo, normalmente a contagem de células somáticas (CCS) vão estar

(17)

16 elevadas, levando a destruição dos alvéolos e ductos da glândula mamária (OGILVIE, 2000; TYLER; CULLOR, 2006).

Os principais patógenos causadores de mastite são estafilococos aureus,

estreptococos agalactiae e o grupo dos coliformes. A mastite ocorre em quase todos

os mamíferos domésticos e tem distribuição geográfica mundial (LINDBERG; PARK, 2006; KAHN, 2008). A mastite ambiental representa um dos principais problemas para a bovinocultura leiteira, devido aos prejuízos econômicos desencadeados (TYLER; CULLOR, 2006). Dentre os principais agentes causadores de mastite ambiental, destaca-se a Escherichia coli que ocorre de forma oportunista, sendo a principal fonte de infecção a contaminação fecal da pele da glândula mamária. Geralmente a E. coli está presente no meio ambiente e por isso frequentemente é isolada em mastite clínica (QUINN et al., 2005).

É importante ressaltar a importância da mastite, no que se refere à saúde pública, devido ao envolvimento de bactérias patogênicas que podem colocar em risco a saúde humana. A incidência da mastite refere-se aos fatores ambientais, de manejo, como equipamentos de ordenha, instalações, manejo alimentar, qualidade da água, limpeza das vacas e condições do tempo. No Brasil a ocorrência da mastite clínica e aumento de CCS geralmente são mais frequentes no verão (COSTA, 2014). A ocorrência de mastite está relacionada principalmente pelo manejo dos animais antes, e após a ordenha, onde deve-se realizar os procedimentos adequados de ordenha, higienização dos equipamentos da ordenha e desinfecção do ambiente e dos tetos do animal (TYLER; CULLOR, 2006).

Quanto ao tratamento dessa enfermidade, devem ser considerados fatores tais como a etiologia do caso, escolha do correto antimicrobiano intramamário, e/ou sistêmico, e uso de anti-inflamatório e fluidoterapia. Tyler e Cullor (2006) destacam que o controle da mastite bovina é essencial para a produção de leite de boa qualidade.

Devido a importância dessa enfermidade, o presente estudo tem como objetivo relatar um caso de mastite ambiental por E. Coli em uma vaca, acompanhado durante a realização do estágio curricular supervisionado em medicina veterinária.

(18)

17

Metodologia

Foi realizado um atendimento no interior da cidade Condor/RS, de uma fêmea bovina da raça Holandesa, de 4 anos de idade, multípara, com aproximadamente 500 kg de peso, no período de início de lactação. Durante a anamnese e o exame clínico a proprietária relatou que a vaca não estava se alimentando, possuía edema em um quarto mamário e sua temperatura corporal aumentada. Também foi observado que o animal é criado em sistema compost barn. Ainda foi observado durante o exame clínico que o animal apresentava escore de condição corporal (ECC) 3,0, frequência cardíaca de 80 batimentos por minuto (bpm), respiratória de 25 movimentos por minuto (mpm), 2 movimentos ruminais por minuto e a temperatura retal de 39,8ºC. Também foi observado o edema de úbere no quarto anterior direito, após foi retirado três jatos de leite de todos os tetos, onde foi possível observar alteração na cor e aspecto, somente no quarto anterior direito.

Para diagnóstico do agente etiológico realizou-se o pré-dipping a base de iodo seguido de uma limpeza com papel toalha. Então o esfíncter do teto foi higienizado com algodão embebido em álcool 70%. Em seguida coletou-se uma amostra de leite do teto afetado em frasco estéreis e acondicionado em uma caixa de isopor com gelo e encaminhado ao laboratório de microbiologia da Unijuí para cultura e antibiograma.

Após o diagnóstico clínico, foi instituído tratamento antibacteriano com enrofloxacina no volume de 40 mL intramuscular (IM) equivalente a 8 mg/kg, repetir após 72 horas, e Flunexin meglumine no volume de 15 ml intramuscular (IM) equivalente a 2,5 mg/kg, durante 3 dias. Também foi administrado Fortemil® por via intravenosa (IV) no volume de 500 mL, Mercepton® por via intravenosa no volume de 100 ml, e Ringer Lactado® (2000 mL). Ainda, foi realizado tratamento intramamário com Ciprolac® (Cloridrato de ciprofloxacino) sendo aplicado durante 3 dias, a cada 12 horas.

Resultados e discussões

A maior incidência de mastite ocorre início da lactação, em vacas de alta produção e vacas multíparas, pois apresentam maior risco de desenvolver essa enfermidade (COSTA, 2014). Geralmente, a maior incidência dessa enfermidade é

(19)

18 na raça holandesa do que na jersey (RADOSTITS et al., 2010). Conforme o caso relatado e como cita Costa (2014) essa enfermidade ocorre em uma vaca pós-parto, com alta produção. Estes animais no início da lactação tendem a entrar em balanço energético negativo e consequentemente diminui a imunidade e ficam mais susceptíveis a algumas doenças, principalmente a mastites. No caso relatado a vaca era multípara, pós-parto, e da raça holandesa sendo que a mesma apresentava mais chances de desenvolver essa patologia devido à alta produção de leite.

A mastite resulta da introdução de microrganismos pelo esfíncter do teto, e a ocorrência ou severidade da doença, variam de acordo com a capacidade da bactéria em colonizar e se desenvolver nas secreções da glândula mamária, nem sempre ocorrendo alterações visíveis no úbere ou no quarto afetado. O órgão apresenta sinais clássicos da inflamação que são caracterizados como aumento da temperatura, vermelhidão, inchaço, aumento da sensibilidade e dor (NERO; MOREIRA, 2015). Neste caso teve alteração no quarto mamário afetado e os sinais clínicos eram condizentes com a literatura, pois o animal se apresentava com dor, inchaço do úbere devido a inflamação e irritação que o patógeno causa no quarto mamário afetado, também com o aumento da inflamação o fluxo sanguíneo tende aumentar para o local inflamado consequentemente ocorre a vinda de células de defesa para tentar combater os patógenos ali presentes. No processo inflamatório do úbere há aumento CCS no leite, sendo um reflexo da resposta inflamatória da glândula mamária.

A vaca apresentava o escore de condição corporal (ECC) 3,0 numa escala de 1 a 5, onde 1 é magra e 5 é obesa. A frequência cardíaca de bovinos é de 65 a 80 bpm e a frequência respiratória é de 24 a 36 mpm, a temperatura corporal deve estar entre 38,0º a 39,0ºC (DIRKSEN et al., 2008). Em relação a estes parâmetros, a frequência cardíaca e respiratória estavam dentro do fisiológico, porém a temperatura corporal estava elevada e a condição de escore corporal estava bom. Segundo Ogilvie (2000), em casos de mastite clínica a vaca apresentar sinais sistêmicos como taquicardia, taquipneia e anorexia. Sendo que no caso relatado a vaca não estava se alimentando normalmente.

Outro importante fator predisponente observado nesse caso é o manejo de vacas criadas em compost barn, pois mesmo quando o processo de compostagem está em ótimo funcionamento, também há um elevado nível de patógenos causadores de mastite na superfície das camas, dentre eles os coliformes (SILVA et

(20)

19 al., 2014). Segundo a literatura os casos de mastite podem aumentar neste sistema de criação, sendo que o espaço destinado aos animais deve aumentar gradativamente com a sua produção de leite.

O diagnóstico de mastite aguda é bastante simples e inconfundível (JARDIM, 1973). Segundo Nero e Moreira (2015), o diagnóstico é verificado pelos sinais clínicos através do exame físico. Para tanto, é utilizado o teste de caneca de fundo preto, onde os três primeiros jatos de leite são eliminados numa superfície escura afim de visualizar as alterações macroscópicas do leite. No caso aqui relatado, nesse teste o aspecto do leite apresentava alterações e ainda o animal demonstrou alterações sistêmicas, condizendo com um caso de mastite clínica.

Nesses casos, recomenda-se a coleta do leite mastítico para diagnóstico bacteriológico. Para tanto, primeiramente realiza-se a limpeza e a antissepsia com

pré-dipping a base de iodo afim de evitar a contaminação da amostra (COSTA,

2014). Após a antissepsia faz se a secagem dos tetos com papel toalha descartável. Depois da secagem utiliza-se um algodão embebido em álcool 70% para a realização da assepsia da extremidade dos tetos. Em seguida coleta-se uma amostra de leite de cada teto em frascos estéreis individuais com capacidade de no mínimo 15 ml sendo coletado aproximadamente 10 mL, em seguida deve ser bem fechado. Por último deve ser encaminhado ao laboratório para cultura e antibiograma, caso ultrapassar o tempo de 15-30 minutos as amostras devem ser refrigeradas a 4º a 5ºC até a realização da cultura (TYLER; CULLOR, 2006). O protocolo de antissepsia utilizado está correto, condizendo com Tyler e Cullor (2006), sendo que a limpeza dos tetos é de suma importância para que não ocorra contaminação da amostra do leite.

O resultado do laudo microbiológico demostrou a presença do Bacillus cereus

e Escherichia coli (ANEXO A). Segundo Biberstein e Hirsh (2009) o Bacillus cereus é

capaz de causar infecções oportunista, podendo causar mastite bovina. Porém, os sinais clínicos apresentados pelo animal não eram condizentes a esse patógeno sendo eles edema, endurecimento do quarto afetado, dor na glândula mamaria e alteração no leite, condizendo com os sinais de mastite por Escherichia coli, já o

Bacillus Cereus causa a mastite gangrenosa com curso agudo levando quase

sempre a morte do animal. O Bacillus Cereus pode ser um meio de contaminação da amostra laboratorial (QUINN et al., 2005). No caso da Escherichia coli, pertence à família enterobacteriaceae, ocorrendo de forma oportunista. Em bovinos leiteiros, a

(21)

20 forma de contaminação é fecal do teto da glândula mamária. A patogenia da mastite por coliformes do tipo Escherichia coli é amplamente destinada aos efeitos de endotoxemia. Lesão endotóxica na microvasculatura da parede alveolar e do tecido intersticial da glândula mamária leva a hiperemia, hemorragia e edema do quarto afetado. As bactérias coliformes em geral não invadem os tecidos, mas caso a vaca sobreviva aos efeitos ocorridos, o quarto afetado pode voltar a produção parcial da lactação (QUINN et al., 2005).

O tratamento da mastite deve ser realizado precocemente, evitando os sinais inflamatórios intensos, e com isso tendo uma maior probabilidade de cura do animal acometido (COSTA, 2014). Segundo Tyler e Cullor (2006) o tratamento consiste em fluidoterapia, antiinflamatórios, antibióticos sistêmicos e antimicrobianos intramamários. No caso relatado foi utilizado antibiótico, anti-inflamatório e ainda por via endovenoso ringer lactato, antitóxico e um hidratante, enérgico, polivitamínico, sendo que o tratamento utilizado está parcialmente adequado com o que é citado na literatura.

O antibiótico utilizado foi enrofloxacina na dose de 8mg/kg que é um agente antibacteriano, fluoroquinolona, de amplo aspectro, especialmente contra bactérias gram-negativas e positivas (PAPICH, 2012). Léa, 2006 relata que esse medicamento atua contra mastites causadas por Escherichia coli. Segundo o resultado do antibiograma a bactéria era sensível o este princípio ativo sendo que o animal demonstrou melhora após o tratamento. Portanto a escolha do antibiótico foi adequada.

O Flunexin meglumine é um anti-inflamatório não esteroidal mais frequentemente utilizado no tratamento de mastite aguda sendo que foi utilizado 2,5 mg/kg (TYLER; CULLOR, 2006). Ele produz efeito analgésico e antipirético indicado no tratamento de dor e inflamação (PAPICH, 2009). No caso relatado o flunexin meglumine foi utilizado, onde auxilio na redução da inflamação, diminuindo a temperatura corpórea do animal e ainda auxiliou na eliminação da endotoxemia causada pela morte da bactéria. É importante para as mastites agudas causando um alto efeito nessa patologia. Então resolveu-se a utilização do mesmo pelo efeito da redução dos sinais clínicos associados a mastite por coliformes em bovinos como cita Papich (2012).

A vaca apresentava-se em um estado debilitado, com baixo consumo de alimento por isso optou-se por utilizar essa solução energética e polivitamínica com

(22)

21 o intuito de suprir o déficit alimentar, foi instituído o Fortemil® (Cada 500mL contém: Riboflavina B12 20,0 mg; Cloridrato de piridoxina (B6) 15,0mg; Nicotinamida 1.000mg; Acetil d-l-metionina 660mg; Cloreto de sódio 3.500mg; Cloreto de potássio 250mg; Cloreto de cálcio 150mg; Cloreto de magnésio 90mg; Dextrose 25.000mg; Cada ampola de 3 mL contém: Vitamina B12-10.000mcg). É um hidratante, energético, antitóxico e polivitamínico. Indicado em casos de anorexia, desidratação em vacas pós-parto (TOMA, 1998).

No caso relatado a utilização do mercepton® não foi especificamente para a mastite, mas sim para não sobrecarregar o fígado pela quantidade de medicação utilizada, Mercepton® antitóxico100mL (Acetil D-L-metionina 5,00g; Cloreto de colina 2,00g; Cloridrato de tiamina 1,00g; Cloridrato de piridoxina 0,04g; Cloridrato de L-arginina 0,60g; Riboflavina 0,02g; Nicotinamida 0,50g; Pantotenato de cálcio 0,20g; Glicose 20,00g). Tem ação estimulante e também protetora do parênquima hepático como cita Faria (1970). A glicose ajuda na reposição energética, e em altas doses tem ação diurética.

Segundo a literatura o volume de fluidoterapia de manutenção do bovino adulto é de 40-110 ml/kg e deve ser administrado na dose de 5-10 litros por hora (TYLLER; CULLOR, 2006). No caso foi administrado, ringer lactato® (cloreto de sódio 0,600 g, cloreto de potássio 0,030 g, cloreto de cálcio 0,020 g, lactato de sódio 0,300 g, conteúdo eletrolítico) (BADARÓ, 2014). Sendo utilizado apenas 2 litros, o que não condiz com a literatura, onde a dose mínima para tratar a desidratação seria de 20 litros para este animal.

O Ciprolac® (cloridrato de ciprofloxacino) é um antibacteriano da classe das fluroquinolonas, é um bactericida de amplo espectro, ativo contra bactérias gram-negativos e gram-positivos (PAPICH, 2012). A escolha do antibiótico foi adequada pois além de atuar contra a bactéria E. coli isolado no antibiograma, ainda a mesma se demonstrou sensível a esse princípio ativo, sendo que este auxiliou no combate do patógeno, ocorrendo a melhora clínica do animal.

Conclusão

Conclui-se que a mastite foi causada pela bactéria Escherichia coli isolada, e a melhora clínica do animal ocorreu devido a sensibilidade das bactérias sobre o

(23)

22 princípio ativo enrofloxacina. E ainda contando com o auxílio do anti-inflamatório e os polivitamínicos energéticos auxiliando na melhora sistêmica do animal.

Referências bibliográficas

BIBERSTEIN, E. L.; HIRSH, D. C. O gênero bacillus. In: HIRSH, D. C.; ZEE, Y. C.

Microbiologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. cap. 45.

COSTA, G. M. Mastite bovina. In: SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo e administração

em bovinocultura leiteira. 2. ed. Viçosa: Suprema, 2014. cap. 19.

DIRKSEN, G.; GRUNDER, H.; STÖBER, M. Exame clínico dos bovinos. In: DIRKSEN, G.; GRUNDER, H.; STÖBER, M. Rosenberger: exame clínico dos bovinos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

FORTEMIL: intravenoso. Responsável técnico Sandra B. Toma. Cravinhos: Ouro Fino, 1998. Bula de remédio.

JARDIM, V. R. Curso de bovinocultura. 4. ed. Campinas: Instituto Campeneiro de Ensino Agrícola, 1973.

KAHN, C. M. Manual Merck de veterinária. 9. ed. São Paulo: Roca, 2008.

KINETOMAX: intramuscular. Responsável técnico Léa B. H. Lucas. São Paulo: Bayer S.A., 2006. Bula de remédio.

LINDBERG, G. L.; PARK, C. S. Glândula mamária e lactação. In: REECE, W. O.

Fisiologia dos animais domésticos. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2006. cap. 40.

MERCEPTON: intravenosa. Responsável técnico Valéria S. D. Faria. Rio de Janeiro: Bravet, 1970. Bula de remédio.

NERO, L. A.; MOREIRA, M. A. S. Mastites. In: BELOTI, V. Leite: obtenção, inspeção e qualidade. Londrina: Planta, 2015. cap. 7.

OGILVIE, T. H. Medicina interna de grandes animais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. cap. 17.

PAPICH, M. G. Manual Saunders de terapia veterinária: pequenos e grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PAPICH, M. G. Manual Saunders terapêutico veterinário. 2. ed. São Paulo: MedVet, 2009.

QUINN, P. J. et al. Microbiologia veterinária e doenças infecciosas. Porto Alegre: Artmed, 2005. cap. 18 e 81.

(24)

23 RADOSTITS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 15.

SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo de vacas leiteiras em sistema de confinamento. In: SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo e administração em bovinocultura leiteira. 2. ed. Viçosa: Suprema, 2014. cap. 17.

SOLUÇÃO DE RINGER LACTATO: intravenosa. Responsável técnico Sônia A. Badaró. Ribeirão Preto: Eurofarma, 2014. Bula de remédio.

TYLLER, J. W.; CULLOR, J. S. Sanidade e distúrbios da glândula mamária. In: SMITH, P. B. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. Barueri: Manole, 2006. cap. 34.

(25)

24

3.2 Torção de útero seguido de cesariana em vaca da raça holandesa

A torção uterina é uma distócia de origem materna. Essa patologia acomete todas as espécies de animais, sendo mais comumente acometidos os bovinos leiteiros (NOAKES, 1991; NASCIMENTO, 2003). Ocorre em condição no qual o corno uterino gestante gira em torno do eixo do útero, não retornando a sua posição normal, sendo uma das principais causas de distócia em ruminantes (NASCIMENTO, 2003).

A etiologia dessa doença ainda não é bem compreendida, embora existam algumas condições as quais predisponham a torção de útero, que podem ser de origem fetal, ambiental ou materna (REBHUN, 2000; NOAKES, 1991). Noakes (1991) ainda cita que vacas estabuladas são mais predispostas a torção de útero, devido a quedas, escorregamento súbitos e abdômen pendular.

A ocorrência da torção tem maior frequência no terço final da gestação, sendo difícil acontecer nos primeiros meses de gestação (NASCIMENTO, 2003). O primeiro estágio do parto é fase preparatória, relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilatação de cervix, já o segundo refere-se a expulsão do bezerro e o terceiro estágio é a expulsão dos envoltórios fetais. Entretanto Rebhun (2000) cita que as torções ocorrem mais frequentemente no final do primeiro estágio ou no início do segundo estágio do parto. Os bovinos acometidos nesse período apresentam dor ou desconforto abdominal, e já numa gestação adianta pode se verificar pulso aumentado, inquietação, ansiedade, anorexia e taquicardia (REBHUN, 2000; NOAKES, 1991).

O diagnóstico confirmatório segundo SCOTT (2000) de torção uterina é pela palpação retal. Já Noakes (1991) cita que o diagnostico pode ser realizado por palpação vaginal ou retal. Quando positivo, o tratamento tem diferentes métodos disponíveis para correção da torção uterina, sendo elas, distorção mecânica ou manual, rolamento da vaca, e laparotomia seguida por cesáriana (NOAKES, 1991).

Devido a importância dessa patologia gestacional, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clinico cirúrgico de cesariana devido a torção de útero, em uma fêmea bovina da raça holandesa, acompanhado durante o Estágio Curricular supervisionado em Medicina Veterinária.

(26)

25

Metodologia

Foi atendida uma fêmea bovina da raça holandesa, multípara, de peso aproximado 600 kg (quilos), no período pré-parto no interior do município de Panambi - RS. Ao chegar à propriedade o proprietário relatou na anamnese que a vaca tinha previsão de parto para aproximadamente dois dias anteriores, o qual até o momento não havia ocorrido. A fêmea permanecia alternando sua posição em estação e decúbito a todo o momento, estava inquieta, se isolava do rebanho, havia contrações abdominais e ainda foi relatado que no dia anterior a consulta uma vaca na propriedade entrou em cio, a qual estava montando na vaca que estava com parto previsto.

No exame clínico, não foram aferidos os paramentos fisiológicos, foi realizado a palpação retal, observado os sentidos das pregas vaginais e rotação do útero de 360° no sentido anti-horário e após se realizou o toque vaginal verificando estreitamento do canal do parto. O diagnóstico foi através dos sinais clínicos associado ao exame físico. Optando-se então pela laparotomia pelo flanco esquerdo seguido de cesariana.

Para realização do procedimento cirúrgico, a vaca foi contida no canzil de alimentação, e ficou em estação durante a cirurgia. O flanco esquerdo foi lavado com água e sabão para o procedimento. Em seguida foi realizada tricotomia ampla e antissepsia com uma sequência de uso de iodo, álcool, iodo e novamente álcool. Em seguida foi realizada anestesia paravertebral em L invertido em três camadas, com anestésico local Lidocaína®, (Cloridrato de Lidocaína 2% e Epinefrina 0,002g) no volume de 100 mL.

Após, incidir a pele, músculo oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno, transverso do abdômen e peritônio, inspecionou-se a cavidade abdominal e observou-se a presença do útero grávido. Realizou-se a exposição do útero até a abertura cirúrgica. Procedeu-se a incisão no útero, posterior a esse procedimento se expos o bezerro e iniciou sua tração. Observando que o bezerro já estava sem vida.

Após a retirada do bezerro foi exposto o útero para sutura que foi realizado com fio categute n° 4 em sutura cusching. E na segunda camada em sultan. Então foi reposicionado o útero na cavidade abdominal, e realizado a rotação do mesmo no sentido horário recolocando-o em posicionamento anatômico.

(27)

26 As três camadas musculares foram suturadas separadamente primeiro peritônio com o músculo abdominal transverso, em sutura contínua simples usando categute cromado nº 3, músculos abdominais externo e interno e subcutâneo fechados com contínua simples e categute nº 3. Já na pele foi utilizada sutura wolff e fio não absorvível (nylon). Após o fechamento da cavidade abdominal foi administrado por via intramuscular (IM), o volume de 50 mL de Shotapen LA®, na dose de 5.000.000 UI de benzilpenicilina procaína e ainda benzilpenicina benzatina na dose de 5.000.000 UI e a dihidroestreptomicina na dose de 20 mg/kg num período de 5 dias e ainda aplicado 20 mL de dipirona sódica, via intramuscular na dose de 0,2 mg/kg a cada 24 horas, por três dias. O prognóstico para esse procedimento é reservado.

Resultados e discussões

A torção uterina é considerada uma emergência obstétrica, sendo uma das causas mais comuns de distócia que acomete principalmente ruminantes, normalmente vacas leiteiras, podendo ocorrer à morte do feto e da mãe se não for realizado um diagnóstico e tratamento precoce (SCOTT et al., 2011). No caso acompanhado, a vaca era multípara, se encontrava no final da gestação ocorrendo o aumento da relaxina em função sinérgica com estrógeno, prostaglandina e ocitocina consequentemente promovendo a elasticidade dos ligamentos, predispondo a torção de útero, devido à instabilidade do mesmo, em decorrência de ser uma vaca idosa. Como foi relatado pelo proprietário, que um dia antes da consulta, havia uma vaca no cio que montava sobre a vaca que estava por parir, e a mesma ainda montava sobre a vaca que estava em cio, presume-se que isso também possa ter auxiliado na torção do útero. Sendo sugerido que o proprietário alocasse os animais pré-parto em piquetes, onde provavelmente não iria ocorrer movimentos severos.

De acordo com o relato do proprietário durante a anamnese, o animal já tinha passado da data prevista do parto, onde a vaca apresentava sinais como inquietação, dor e isolamento, porém o parto não acontecia. Ao exame clínico, frequência cardíaca, respiratórias e temperatura corpórea não foram aferidas. Pelo fato de que a fêmea se encontrava em trabalho de parto não se aferiu os parâmetros fisiológicos. Segundo Noakes (1991) quando há dor ou desconforto abdominal em

(28)

27 vacas com gestações avançadas e pulso elevado, deve ser considerado como uma possível causa de torção uterina, devido a vaca não conseguir expulsar o bezerro.

Através da palpação retal foi possível avaliar tensão e o posicionamento das pregas vaginais, e pela palpação vaginal notou-se o estrangulamento do eixo do canal do parto. O exame retal é o diagnóstico definitivo segundo Rebhun (2000), que também descreve que pela palpação retal pode-se identificar o sentido da torção (horário ou anti-horário). No caso relatado a torção era no sentido anti-horário sendo diagnosticado pela palpação retal. Segundo Rebhun, (2000) as torções que ocorrem durante a prenhez normalmente são de mais de 180º, concordando com o caso acompanhado, o qual apresentava grau de torção de 360º.

A torção uterina é caracterizada de acordo com o sentido, grau e localização da torção (NOAKES, 1991). A rotação ocorre ao redor do mesométrio e tende a acontecer na região da cervix (FOSTER, 2009). O grau de torção pode variar entre 90º a 360º, de forma que o canal do parto se apresenta ocluído ou parcialmente ocluído. Segundo Noakes (1991) torções de 180º é possível realizar a palpação vaginal seguindo o sentido da torção, já se a torção for de 360º será difícil explorar a vagina, pois o lúmen estará ocluído. Em relação ao caso relatado a torção era de 360º onde a mesma se encontrava na posição de rotação conforme citado pela literatura. Por isso, não foi possível a realização da palpação vaginal, mas com a palpação retal foi identificado à rotação da torção uterina no sentido anti-horário, o que conforme cita Rebhun (2000), o diagnóstico confirmatório se da através da palpação retal.

Torções uterinas acima de 180º trazem graves danos em virtude da rotação do órgão, tal como o comprometimento da circulação sanguínea causando infarto venoso. Ainda, a parede uterina se torna congesta e edematosa, necrose da parede do órgão e consequentemente a morte do feto (NOAKES, 1991). Em relação ao caso acompanhado o motivo que levou a morte do bezerro pode ter sido pela rotação do órgão o que interrompeu a circulação sanguínea, concordando com a literatura que descreve este como um fator predisponente para a morte fetal.

Uma das principais causas de distócia são decorrentes de torção uterina que é a não expulsão do feto, onde ocorre a falha da contração uterina, devido um desequilíbrio eletrolítico de cálcio, acomete principalmente vacas idosas, com ligamentos flácidos. No entanto, a prevenção, deve ocorrer com a correta seleção do touro, evitar animais com histórico de distócia, uma correta nutrição durante o

(29)

28 período pré-parto, devido que no último trimestre de gestação o feto ganha 80% do seu peso, por isso deve se diminuir os níveis de energia neste período para que não ocorra um aumento exagerado do bezerro (NOAKES, 1991).

Segundo Noakes (1991) método de tratamento mais simples e bem sucedido é o rolamento do animal no sentido horário. Nesse caso este método não foi realizado devido ao fato de ser necessário o auxílio de várias pessoas para sua realização, devido ao tamanho do animal atendido. Por esse motivo o médico veterinário optou por realizar imediatamente laparotomia, seguida de cesariana.

A cesariana é indicada para vários tipos de distócias entre elas mal posicionamento fetal, fetos relativamente grandes, torção de útero e fetos enfisematosos (TURNER; MCILWRAITH, 2002). Para tal procedimento, Tuner e Mcilwraith (2002) indica que deve ser realizada a imobilização do animal com auxílio de cordas, com ou sem sedação. Após deve ser realizado tricotomia ampla e depois antissepsia. Em seguida, a anestesia é realizada com anestésico local, realizando bloqueio paravertebral em L invertido ou linear ainda ele cita, pela paramediana que pode ser empregado a epidural alta, L invertido ou linear. No caso relatado foi realizado apenas a contenção do animal no canzil. Após foi realizado a tricotomia e antissepsia da fossa paralombar esquerda da vaca. A anestesia aplicada coincidiu com o que a literatura indica que é a paravertebral em L sendo então que a técnica utilizada pelo veterinário estava adequada para realizar o procedimento cirúrgico.

Segundo Hendrickson (2010) a cesariana pode ser realizada com a vaca em estação ou em decúbito. No caso relatado o animal ficou em estação durante todo o procedimento. Após a incisão pele, subcutâneo, musculatura e peritônio deve se realizar a exteriorização do útero, mas isso nem sempre é possível (HENDRICKSON, 2010). Devido bezerros muito grandes, útero aderido ao abdômen ou útero contraído. No caso relatado foi realizada a exposição do útero para o procedimento cirúrgico obtendo então um resultado satisfatório. A incisão uterina geralmente é feita sobre um membro do bezerro, então é retirado o bezerro do útero com auxílio de correntes onde ficam fixadas aos membros do bezerro e em seguida tenta-se reter o útero para que assim os líquidos fetais não extravasem para o interior da cavidade peritoneal (TURNER; MCILWRAITH, 2002).

Segundo Hendrickson (2010), o método de Uterecht é o mais indicado para o fechamento do órgão, pois isso melhora a fertilidade dos animais após a realização de cesáreas, no procedimento realizado optou-se pela sutura cushing e sultan. Não

(30)

29 sendo realizado o que Hendrickson (2010) indica, mas utilizou-se a sutura para órgãos ocos que se analisou ser a mais apropriada para o momento. Após o fechamento, foi colocado sobre o útero gentamicina. Não havendo literatura que falem sobre o uso de gentamicina tópico. Após deve se realizar a reposição do útero e realizar o fechamento da cavidade abdominal. Segundo Hendrickson (2010), deve se realizar a sutura em três camadas, peritônio com o músculo abdominal transverso, em sutura contínua simples usando categute cromado nº 3, músculos abdominais externo e interno e a fáscia subcutânea podem ser fechados em uma segunda camada contínua simples e categute nº 3. Por último a pele é fechada com padrão de sutura interrompida e fio não absorvível (TURNER; MCILWRAITH, 2002).

No pós-operatório segundo a literatura é indicado o uso de antibióticos, e ocitocina para acelerar a involução uterina e em alguns casos o uso da terapia hídrica (HENDRICKSON, 2010). Como tratamento no pós operatório foi utilizado Shotapen LA® um antibiótico que contém em sua composição dois princípios ativos sendo eles benzilpenicilina procaína, benzilpenicilina benzatina, sendo da classe dos beta lactâmicos atuando contra bactérias gram positivas e ainda compondo o medicamente a dihidroestreptomicina que pertence à classe dos aminoglicosideos atuando contra bactérias gram negativas sendo então que o medicamento é considerado bactericida de amplo espectro de ação (PAPICH, 2012). A utilização do antibiótico foi com intuito de evitar uma futura peritonite, devido ao procedimento cirúrgico, instituiu-se o tratamento por cinco dias.

Basso (2013) afirma que a utilização do Shotapen La® em casos graves a dose deve ser reaplicada em 48 horas após o início do tratamento. Apesar da dose da penicicilina não estar de acordo com a literatura, o animal apresentou melhora do quadro clinico. Por não ser escolha do médico veterinário, não foi utilizada a ocitocina que segundo Hendrickson (2010) indica utilizar este medicamento para auxiliar na involução uterina, auxiliando na melhora do animal. A dipirona sódica na dose de 0,2 mg/kg, equivale ao volume de 20 mL, via intramuscular, a cada 24 hs, por três dias, foi o anti-inflamatório de escolha devido a capacidade antipirética, analgésica e antiespasmódica com fraca ação anti-inflamatória (TASAKA, 2010; FERREIRA, 1981). Devido a dipirona ter mais ação antipirética deve se associar um anti-inflamatório como o meloxicam® para auxiliar na dor visceral. O prognóstico para esse caso deve ser considerado de reservado a ruim, devido ao procedimento que é realizado onde pode ocorrer contaminação (HENDRICKSON, 2010). No

(31)

30 presente caso relatado, o proprietário comentou após 10 dias do procedimento cirúrgico que a vaca apresentava melhora clínica, e constante aumento na produção de leite.

Conclusão

A partir do relato de caso descrito, conclui-se que após um exame clínico minucioso a cesariana com reversão da torção, e o pós-operatória foram de fundamental importância para recuperação da fêmea bovina.

Referências bibliográficas

D-500: intramuscular. Responsável técnico Renato Beneduzzi Ferreira. Campinas: Zoetis, 1981. Bula de remédio.

FOSTER, R. A. Sistema reprodutivo da fêmea. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F.

Bases da patologia em veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 18.

GRUNERT, B.; STOPIGLIA, A. V. Manual de obstetrícia veterinária. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 1977.

HENDRICKSON, D. A. Técnicas cirúrgicas em grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 14.

NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Patologia da reprodução dos animais

domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. cap. 5.

NOAKES, D. E. Fertilidade e obstetrícia em bovinos. 1. ed. São Paulo: Varela, 1991. cap. 8-9.

PAPICH, M. G. Manual Saunders de terapia veterinária: pequenos e grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

REBHUN, W. C. Doenças do gado leiteiro. 1. ed. São Paulo: Roca, 2000. cap. 9. SCOTT, P. R.; PENNY, C. D.; MACRAE, A. I. Cattle medicine. Barcelona: Grafos AS, 2011. cap. 2.

SHOTAPEN LA: intramuscular. Responsável técnico Oneide Francisco Basso. Nova Alvorada: Virbac, 2000. Bula de remédio.

(32)

31 TASAKA, A. C. Anti-inflamatórios não esteroidais. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 21.

TURNER, A. S.; McILWRAITH, C. W. Técnica cirúrgica em animais de grande

(33)

32

4 CONCLUSÃO

Na realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, me proporcionou um grande aprendizado junto à formação acadêmica, promovendo o crescimento pessoal. O desafio de promover a melhora da qualidade de vida dos animais exige uma conduta ética frente à tomada de decisões dos casos clínicos.

O estágio proporcionou vivenciar o dia a dia, permitindo ver a realidade do cotidiano dos profissionais e dos produtores rurais que trabalham nesse meio, havendo uma troca de conhecimento da rotina juntamente com o que aprendemos em sala de aula.

Ao término do estágio, além de levar uma experiência para o futuro, aprimorando meu conhecimento, levo também a amizade de muitos profissionais que contribuíram diretamente e indiretamente para ampliar a visão de um médico veterinário, ainda levo o legado de que jamais saberemos tudo, porém a dedicação, o estudo e a busca por novos conhecimentos juntamente com a humildade, poderemos aprender e nos adaptar a diversas situações.

(34)

33

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIBERSTEIN, E. L.; HIRSH, D. C. O gênero bacillus. In: HIRSH, D. C.; ZEE, Y. C.

Microbiologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. cap. 45.

COSTA, G. M. Mastite bovina. In: SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo e administração

em bovinocultura leiteira. 2. ed. Viçosa: Suprema, 2014. cap. 19.

D-500: intramuscular. Responsável técnico Renato Beneduzzi Ferreira. Campinas: Zoetis, 1981. Bula de remédio.

DIRKSEN, G.; GRUNDER, H.; STÖBER, M. Exame clínico dos bovinos. In: DIRKSEN, G.; GRUNDER, H.; STÖBER, M. Rosenberger: exame clínico dos bovinos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

FORTEMIL: intravenoso. Responsável técnico Sandra B. Toma. Cravinhos: Ouro Fino, 1998. Bula de remédio.

FOSTER, R. A. Sistema reprodutivo da fêmea. In: McGAVIN, M. D.; ZACHARY, J. F.

Bases da patologia em veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 18.

GRUNERT, B.; STOPIGLIA, A. V. Manual de obstetrícia veterinária. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 1977.

HENDRICKSON, D. A. Técnicas cirúrgicas em grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 14.

JARDIM, V. R. Curso de bovinocultura. 4. ed. Campinas: Instituto Campeneiro de Ensino Agrícola, 1973.

KAHN, C. M. Manual Merck de veterinária. 9. ed. São Paulo: Roca, 2008.

KINETOMAX: intramuscular. Responsável técnico Léa B. H. Lucas. São Paulo: Bayer S.A., 2006. Bula de remédio.

LINDBERG, G. L.; PARK, C. S. Glândula mamária e lactação. In: REECE, W. O.

Fisiologia dos animais domésticos. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2006. cap. 40.

MERCEPTON: endovenosa. Responsável técnico Valéria S. D. Faria. Rio de Janeiro: Bravet, 1970. Bula de remédio.

NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Patologia da reprodução dos animais

domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. cap. 5.

NERO, L. A.; MOREIRA, M. A. S. Mastites. In: BELOTI, V. Leite: obtenção, inspeção e qualidade. Londrina: Planta, 2015. cap. 7.

(35)

34 NOAKES, D. E. Fertilidade e obstetrícia em bovinos. 1. ed. São Paulo: Varela, 1991. cap. 8-9.

OGILVIE, T. H. Medicina interna de grandes animais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. cap. 17.

PAPICH, M. G. Manual Saunders de terapia veterinária: pequenos e grandes animais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PAPICH, M. G. Manual Saunders terapêutico veterinário. 2. ed. São Paulo: MedVet, 2009.

QUINN, P. J. et al. Microbiologia veterinária e doenças infecciosas. Porto Alegre: Artmed, 2005. cap. 18 e 81.

RADOSTITS, O. M. et al. Clínica veterinária: um tratado de doenças dos bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 15.

REBHUN, W. C. Doenças do gado leiteiro. 1. ed. São Paulo: Roca, 2000. cap. 9. SCOTT, P. R.; PENNY, C. D.; MACRAE, A. I. Cattle medicine. Barcelona: Grafos AS, 2011. cap. 2.

SHOTAPEN LA: intramuscular. Responsável técnico Oneide Francisco Basso. Nova Alvorada: Virbac, 2000. Bula de remédio.

SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo de vacas leiteiras em sistema de confinamento. In: SILVA, J. C. P. M. et al. Manejo e administração em bovinocultura leiteira. 2. ed. Viçosa: Suprema, 2014. cap. 17.

TASAKA, A. C. Anti-inflamatórios não esteroidais. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia aplicada à medicina veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. cap. 21.

TURNER, A. S.; McILWRAITH, C. W. Técnica cirúrgica em animais de grande

porte. São Paulo: Roca, 2002. cap. 14.

TYLLER, J. W.; CULLOR, J. S. Sanidade e distúrbios da glândula mamária. In: SMITH, P. B. Medicina interna de grandes animais. 3. ed. Barueri: Manole, 2006. cap. 34.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Estrutura e apresentação de

(36)

35

(37)

36

Referências

Documentos relacionados

A proporção de alunos que considera a vacina como “cura para a doença”, poderá estar relacionada com o facto de no 1.º CEB esta temática ser mais valorizada no que

Relativamente aos manuais escolares do 1.º CEB analisados, verificámos que, tal como no respetivo programa curricular, os microrganismos não são abordados e, consequentemente, não

O blog publicado no endereço: <https://os-caminhos-da-romaria-em-campos-novos- sc.webnode.com> contém quatro seções: o início, que narra brevemente a história de Nossa

Como foi referido, para que se tenha a representação em Série de Fourier o mais fidedigna possível entre a curva de aproximação e ajuste à curva resultante dos dados

Estudantes desbloqueiam acessos a UFSC e IFSC, em Florianópolis UFSC de Joinville realiza dia de conscientização sobre cortes

Based on the forecast of movement of clouds and the energy consumption of the tracking system, the solar elevation and azimuth angle were determined in order to achieve maximum power

Prevalence and severity of traumatic dental injuries among young amateur soccer players: a screening investigation Ranalli, D.. 1991 Prevention of craniofacial

Todas estas características fisiológicas da IC comprometem o desempenho e eficácia do treino de EF, contudo sabe-se que a realização de treino de EF regular promove