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Academic year: 2021

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TÍTULO: IMPLANTAÇÃO DE BANCO DE TECIDOS DO HOSPITAL DE CÂNCER DO MATO GROSSO TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: MEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): VIVIANE CRISTINA DE OLIVEIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUCIANA MARQUES, ROSA MARIA ELIAS ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): DAYANE FERNANDA AZEVEDO, LAYSSA AMORIM MARQUEZINI, RODRIGO FIRMINO SHIRMBECK MORAES, ROGÉRIO LEITE SANTOS, THAMIRIS SILVA BALDRIGHI, VALERIA ALMEIDA DE FREITAS

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Resumo

Um Banco de Tumores (BT) tornou-se uma necessidade atual da medicina moderna, diante dos avanços necessários no conhecimento da biopatologia de lesões pré-neoplásicas e tumores, tendo em vista a contínua progressão da intervenção médica com as terapêuticas adequadas. A investigação translacional visa a aplicação prática das descobertas científicas e, neste contexto, um BT com organização sistematizada das informações permite a elaboração de pesquisas científicas em câncer com conclusões sólidas e aplicáveis. A principal vantagem de um BT é a de agregar informações qualificadas referentes ao histórico do doador às amostras utilizadas na pesquisa, e para isso está sendo realizada a catalogação, que consiste na informatização dos dados clínicos indispensáveis para registro da doença e do respectivo material biológico, mantendo o anonimato do doador (confidencialidade) e tendo o prévio consentimento informado do paciente por escrito (ou de quem o representa legalmente). Atualmente o BT do Hospital de Câncer de Mato Grosso (BT–HCMT) conta com um total de 81 amostras sendo 55 de tecidos tumorais e 27 tecidos normais. Os tecidos tumorais estão divididos em 23 Tireóide, 12 pele, 1 estômago, 5 próstata, 3 laringe, 5 ovário e 5 boca. Entre os tecidos normais as amostras estão divididas em 10 Tireóide, 9 pele, 5 próstata, 1 laringe, 1 ovário e 1 boca. O banco de tecidos terá impacto sobre as investigações em biologia e patologia molecular. Alem disso, este banco reunirá informações necessárias para a elaboração do heterogêneo perfil genético da população Matogrossense, possibilitando estudos que permitirão o aprimoramento do diagnóstico e do tratamento da doença, com o objetivo de, no futuro, produzir tratamentos individualizados aos pacientes. O BT também poderá incentivar a investigação científica de alta qualidade, seguindo a objetividade de aplicação prática na clínica, com benefício para os doentes, conhecimento mais profundo da biologia tumoral e progresso de um Estado e consequentemente de um País

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Um BT é uma organização local, nacional ou internacional, onde médicos e investigadores responsáveis recolhem, catalogam, armazenam e disponibilizam amostras de tecidos normais, tumorais e líquidos biológicos para utilização nas investigações fundamentais do cancro, depois de cumpridos os protocolos habituais de diagnóstico (Lina et al., 2007). O BT permite uma maior proximidade entre investigadores e clínicos o que torna esta tarefa mais fácil. Por exemplo, quando um investigador descobre um marcador biológico na superfície de determinada célula tumoral, o clínico pode usar este conhecimento para o rastreio da patologia, para o diagnóstico precoce, para a utilização de terapêuticas mais adequadas, para a monitorização terapêutica e para definir prognósticos (Oosterhuis et al., 2003; Teodorovic et al 2003), que decorrem da aplicação das novas tecnologias, sempre em desenvolvimento. Este banco deve ser aprovado por uma Comissão de Ética e o material biológico deve ser registrado de forma a não permitir a identificação do paciente, sendo sujeito a condições particulares de registro e disponibilidade. A transferência de material para outro País só deve ser possível se o País receptor tiver um regulamento com um nível de proteção semelhante ao País que envia (Grizzle et al.,1998). A informatização permite igualmente organizar e apresentar a informação registrada, definir a capacidade da base de dados e do BT, ajudar no cumprimento do Consentimento Informado Institucional para criar inventários no BT e responder aos pedidos dos investigadores, garantindo a disponibilidade das amostras com segurança e preservando o respeito pelos pacientes, cumprindo-se os princípios éticos definidos. Os registros que o sistema informático assegura devem ser: Acessíveis por um período de tempo longo; Mantidos num formato padrão; Divulgados a outros BT, se necessário; Colhidos de recursos (centros) colaboradores e combinados. Os dados devem ser comuns para instituições médicas que fornecem amostras para o BT, comissões científicas de revisão, investigadores receptores de amostras e responsáveis pelos resultados e centros estatísticos (Qualmann et al., 2004; Teodorovic et al., 2003).

Objetivos

Objetivo Geral: Estabelecer um banco de tecidos a partir de materiais biológicos dos pacientes em tratamento cirúrgico no Hospital do câncer de Cuiabá - Mato Grosso.

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Específicos 1. Traçar um perfil epidemiológico dos pacientes incluídos no estudo; 2. Realizar pesquisas patológicas, genéticas e moleculares a partir dos tecidos tumorais coletados.

Metodologia

Este estudo reune amostras dos pacientes tratados cirurgicamente no Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCMT), independente do sexo, idade, tipo e estadiamento tumoral. Anteriormente a sua internação eles recebem um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) onde está declarado que será mantido o anonimato do doador (confidencialidade). Trata-se de um projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do estado de Mato Grosso em 30 de agosto de 2012, registro número 106/CEP/UNIC - Protocolo 2012/106. De todos os voluntários são coletadas amostras de peças operatórias ou biópsias, diretamente no centro cirúrgico, sendo a coleta realizada pelos médicos e/ou residentes das equipes de cirurgia oncológica do Hospital de Câncer de Mato Grosso. Estas amostras são armazenadas em criotubos previamente identificados e acondicionadas imediatamente no freezer - 80 ºC para manter a integridade do material genético.

Desenvolvimento

As amostras armazenadas posteriormente serão processadas, com a separação do material genético (DNA, RNA e proteína), e o acondicionamento em criotubos que serão transferidos para um freezer - 80 C (armazenamento definitivo), para utilização em pesquisas futuras. O material sólido (fresco) Após o armazenamento das amostras, é feita a catalogação que consiste na informatização dos dados clínicos, indispensáveis, como dados do doador, relatório anatomopatológico, dados do

material biológico e antecedentes de tratamento. Esta informatização

computadorizada possibilitará também o registro do paciente, a localização da amostra, a catalogação do tecido, o certificado de qualidade e a viabilidade e disponibilidade da amostra.

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Resultados Preliminares

Atualmente no Hospital de Câncer de Mato Grosso, entre as neoplasias mais freqüentes estão: pele, próstata, colo do útero, mama, boca, glândula tiróide, estômago, brônquios e pulmões, laringe e esôfago. A partir destes dados, verifica-se uma alta incidência de casos e, consequentemente, uma variedade de tecidos que até o momento não estavam sendo armazenados, organizados e utilizados para a realização de pesquisas científicas. Sendo assim, o banco de tecidos poderá suplementar estas pesquisas com amostras de tumor ou outros tecidos com câncer ou suspeita deste, além da organização dos dados epidemiológicos. Um BT com organização sistematizada das informações possibilitará a elaboração de pesquisas em câncer com conclusões sólidas, cuja principal vantagem seria a de agregar informações quantitativas e qualitativas do paciente com as amostras utilizadas para a pesquisa. A padronização eficiente deste protocolo permitirá análises variadas das amostras de tecido normal e neoplásico, além do registro de características essenciais para pesquisas epidemiológicas. O BT –HCMT conta com um total de 81 amostras sendo 55 de tecidos tumorais que estão divididos em 23 Tireóide, 12 pele, 1 estômago, 5 próstata, 3 laringe, 5 ovário e 5 boca. Entre os tecidos normais, há um total de 27 amostras divididas em 10 Tireóide, 9 pele, 5 próstata, 1 laringe, 1 ovário e 1 boca. Entre os benefícios, destacam-se a identificação de polimorfismos genéticos, rearranjos clonais de genes e a sobre-expressão de alguns oncogenes. O desenvolvimento de técnicas como, por exemplo, as de Biologia e Patologia molecular a partir de tecidos em condições ideais de armazenamento, será o início de um novo cenário para a solidificação de grupos de pesquisa com ênfase no prognóstico, diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com câncer no estado de Mato Grosso.

Fontes consultadas

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Referências

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