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Competição de gramíneas forrageiras em relação a ervas invasoras de pastagens em Porto Velho-RO.

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Academic year: 2021

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IIfINISTERIO DA AGRlCU.TUAA -MA

~ Empresa Brasileir~ de Pesquisa Agropecu;jria - EMBRAPA

Lk'Iidade de Execuçao de Pesquisa de Arnbilo EstadJaI de PorIOvee-o

UEPAE de Porto Velho BR-364 . KmS,5 -CaixaPostal 406 78.900 - Porto VeM"lO-AO

N246. dez/86p p.1-6

COMPETIÇÃO DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS EM RELAÇÃO A ERVAS INVASORAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO-ROo

1 Carlos Alberto Gonçalves

2 Erivelton Scherer Roman

3 Newton de Lucena Costa

As plantas invasoras de pastagens constituem um seria problema no Trópico Úmido Brasileiro. Em Rondônia. o problema apresenta maior gravidade nas áreas·de pastagens cujos produtores exploram erromaior escala a pecuária de corte. Como a criação é feita extensivamente

é

necessário a utilização de gra~ des áreas. tornando-se dificil e oneroso o controle das invasoras. Nessas a reas. a infestação por dezenas de espécies de plantas déffiinhasdiminui a prod~ tividade e persistência da pastagem, e consequentemente, reduz a capacidade de suporte e o ganho de peso dos animais (GONÇALVES et a1i1. 1974).

Em virtude do exposto, o presente trabalho teve por finalidade tes tar métodos de central e e gramineas mais competitivas com as ervas invasoras, visando minimizar os custos de seu controle em sistemas integrados.

10 Eng. Agr., M.Sc., EMBRAPA/Unidade de Execução de Pesquisa de Ambito Estadual de Belém de 8el~m (UEPAE de 8elém), Caixa Postal 130, CEP 55.0CO - Belém, PA.

(UEPAE

2. Eng. Agr., EM8RAPA/Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT), Caixa Postal 569, CEP 99.100 -Passo Fundo, RS.

3. Eng. Agr., M.Sc., EHBRAPA/Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Porto (UEPAE de Porto Velho). Caixa Postal 406, CEP 78.900 - Porto Velho, RO.

Velho

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CT/46, UEPAE de Porto Velho, dez/86, p.2

o

ensaio foi conduzido no campo experimental da UEPAE de Porto Ve

. o

lho, municipio de Porto Velho-RO, situado a 96,3m de altltude, 8 46' de latitu de sul e 6305' de longitude ~este.

O clima

é

tropical ~mido do tipo Am, com precipitação pluviométrica

anual de 2.000 a 2.500 mm e com uma estação seca bem definida (junho a setem

, p o

bro). A temperatura media anual e de 24,9 C e a umidade relativa do ar em tor no de 89%.

O solo da area experimental e um Latossolo Amarelo, textura argil~

Sé, com as seguintes características quimicas: pH em água (1:2,5)= 5,0; AI+++

++ ++

2,8 mE%; Ca + Mg" = 1,25 mE%j P = 2 ppm e K 49 pI=m.

o

delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com parcelas subdivididas e tr~s repetições. As gramíneas (Paspalym guenoarum

FCAP-43, !:.:>ecans FCAP-12, !:.coryphaeum FCAP--8, !:. plicatu!-um FCAP--6, Andro

-pogon g~yanus cv. Planaltina e Brachiaria ~~~!"dicola) representavém a parcela

principal e os métodos de controle (Testemunha, capina mê.nual e aplicação de herbicida Picloram + 2,4 D a 2%) a subparcela.

O plantio das gramineas foi efetuado por sementes em sulcos de apr~ xí.madamen te 2 em de profundidade, cem espaçamento de 1,Om entre linhas. Os cor

tes para avaliação dê. produção de matéria seca (MS) foram realizados a interva

los de 42 dias durante o período chuvoso e a cada 56 dias durante o per Íodo

de estiagem.

A disponibilidade de MS das gramineas testadas, em função dos méto dos de controle, estão apresentados na Tabela 1. Os resulados são médias de seis cortes efetuados no período de setembro de 1984 a março de 1985. A análi se estatística revelou significância (p

<

0,05) apEnas para o efeito das gr~ míneas. As maiores produções de MS foram obtidas por"~. gayanus e B. humidico -Ia, vindo a seguir Paspalum guenoarum, P. coryphaeum e P. secans, ficando P.

plicatulu~ com os menores rendimentos.

Face ao ótimo estabelecimento das gramineas, os métodos de controle

-nao apresentaram efeitos significativos sobre a disponibilidade de MS. Contu

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CT/~G, UEPAE de Porto Velho, dc~/e6, p.3

do, verificou-se reduç;es na percentag~m de invasoras, principalmente com a

aplicaç~o de herbicida, sendo este fato bem mais acentuado em B. humidicola e

~. corYP0aeu~ . No caso de P. plicatulum, devido seu baixo potencial produtivo

e fraca capacidade competitiva, os m~todos de controle n~o apres~ntaram efeito

bcne f íco (Tabela 2). Tr:XEIR/\et alii (1973), em trabe.lho realizado sobr-e con

trole de invasora~ em pastagens na Amaz;nia, ccncluiraw pela utilizaç~o de Pi

cloram + 2,4 D, arranquio e sistema tradicional como m~todos de controle mais

efetivos em ordem decrescente, sendo o Gltimo v~lido por dois ou tres meses

apenas. O controle quimico foi recomendado para areas superiores a 4 ha.

Na Tabela 3 sao mostrados os dados da avaliaç~o agron;mica efetua

da no final do período experimental. Com exceç~o de P. plicatulum, que apresen

tou aspecto vegetativo ruim, o des demais esp~cies foi bom. A esp&cie que 2pr~

sentou menor' r-eduç ao em seu stand foi ~. humidicola, vindo a seguir ~ gaya:..:_

nus,

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secans e

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guenoarum. Todas as especí es apresentaram sintomas visuais

de defici~ncia nutricional. Observou-se, no período das aguas, um in1ensc ata

que de "cígar-ri.nhas das pastagens" em ~. humidicola e cupim das raizes em P.

plicatulum, enquanto que nas demais esp~cies, 60m exceç~o de ~. guenoarum e A.

gayanus, detectou-se a ocorr~ncia de insetos mastigadores, por~m com índices

de danos haixos.

Na Tabela 4 esta apresentado o tempo m~dio gasto nas operaçoes de

ccntrole das invasoras. Verifica-se que com a aplicaç~o de herbicida, o tempo

gasto foi em torno de 3,8 horas/ha, enquanto que com a capina manual o tempo

gasto foi em m~dia de 37,5 horas/ha, e, comparando-se os custos operacioanais/

ha tem-se: 2,5 OTN para a capina manual e 1,7 OTN para a capina quimica (m~o

de obra + preço do produto).

Os resultados obtidos indicam que as especies mais agressivas em re Laçao as ervas invasoras foram: B. humidicola,

!

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gayanus, ~. secans e P. gu e-noarum, vindo a seguir ~. coryphaeum. Os métodos de controle não afetaram a

disponibilidade de MS das gramí.neas, porem, provocaram reduçoe s na percentagem

de invasoras, sendo os maiores decr~scimos obtidos com a aplicaç~o de herbici

(4)

CT/46, UEPAE de Porto Velho, dez/86, p.4

REFERÊNCIAS

GONÇALVES, C.A.; PIMENTEL. D.M.

&

SANTOS FILHO, B.G. dos. Plantas invasoras

de pastagens do Estado do Pará. BoI. Téc. ~, Belém, 62:25-27. 1974.

TEIXEIRA, L.B.; CANTO, A.C.

&

HOMMA, A.K.O. Controle de ervas invasoras em

pastagens na Amazônia Ocidental. Manaus, IPEAAOC , 1973, 18p. (IPEAAOC.

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CT/46, UEPAE de Porto Velho, dez/86, p.5

TABELA 1 - Disponibilidade de forragem das gramineas em função dos métodos de

controle de invasoras (t/ha MS). Porto Velho-RO. 1984/86.

Gramineas Métodos de controle

Testemunha .Capina Herbicida Média

1. P. plicatulum FCAP-6 1,17 1,07 1,31 1,18 c 2. P. secans FCAP-12 2,52 2,22 2,96 2,57 b 3. P. guenoarum FCAP-43 3;68 3,58 3,47 3,54 b 4. P. coryphaeum FCAP-8 3,25 3,12 3,48 3,28 b 5. B. humidicola 4,69 3,99 4,48 4,39 a 6. A. gayanus cv. Planaltina 4,79 4,64 4,47 4,63 a Média 3,31 a 3,12 a 3,36 a

1 - Médias seguidas de mesma letra não diferem significamente entre si pelo

teste de Duncan ao nivel de 5% de probabilidade.

TABELA 2 - Participação de invasoras nas gramineas testadas, em função dos

todos de controle. Porto Velho-RO. 1984/86.

Métodos de Controle

Gramineas

-'I'e sternunha Capina Herbicida.

Percentagem de .invasoras

~~~~~~~

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Inicial Final Inicial Final Inicial Final

1. P. plicatulum FCAP-6 43 60 43 55 43 50 2. P. secans FCAP-12 13 25 13 10 13 O 3. P. guenoarum FCAP-43 10 15 10 10 10 5 4. P. coryphaeum FCAP-8 50 35 50 10 50 5

~

.

humidicola 70 30 70 25 70 10 6. A. gayanus cv. Planaltina 20 15 20 10 20 O

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(6)

CT/46, UEPAE de Porto Velho, dez/86, p.6

TABELA 3 - Avaliação agronômica das grarr.ineas testadas no final do periodo ex

,

perimental. Porto Velho-RO. 1984/86.

Gramineas Stand Aspecto Ataque de Deficiência

% Vegetativo insetos Nutricional

1. P. plicatulum FCAP-6 50 Ruim Sim Sim

2. P. secans FCAP-12 9G Bom Sim Sim

3. P. guenoarum FCAP-43 90 Bom Não Sim

4. P. coryphaeum FCAP-8 85 Bom Sim Sim

5. B. humidicola 95 Bom Sim Sim

6. A. gayanus cv. Planaltina 90 Bom Não Sim

TABELA 4 - Tempo m~dio gasto (horas/ha) nas operaç~es de controle de invasoras

em grarr.Ineas forrageiras. Porto Velho-RO. 1984/86.

M~todos de controle

Gramineas

Capina Manual Herbicida*

45,8 1. P. plicatulum FCAP-6 2. P. secans FCAP-12 3. P. guenoarum FCAP-43

4.

P. coryphaeum FCAP-8 5. B. humidicola 6. A. gayanus cv. Plana1tina 3,8 33,0 4,1 35,8 3,2 41,2 2,9 30,6 4,7 38,4 4,0

x

37,5 3,8

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