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DOGLAS HENRIQUE FANK- TCC I

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO – UNEMAT

DOGLAS HENRIQUE FANK

REFORÇO DE FUNDAÇÃO RASA COM CASCALHO

SINOP

2015/2

(2)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO – UNEMAT

DOGLAS HENRIQUE FANK

REFORÇO DE FUNDAÇÃO RASA COM CASCALHO

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Dr. Flávio Alessandro Crispim.

SINOP

2015/2

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Recursos materiais...24 Tabela 2 – Cronograma...25

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LISTA DE EQUAÇÕES

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fundação superficial e fundação profunda...12

Figura 2 – Modelo de ensaio de prova de carga...14

Figura 3 – Diferença entre os bulbos de tensão...15

Figura 4 – Correlação entre placas no solo...16

Figura 5 – Modelos de rupturas...16

Figura 6 – Perfis de solos não homogêneos de dupla camada...17

Figura 7 – Analise de rupturas em solos...18

Figura 8 – Campus UNEMAT Sinop...19

Figura 9 – Vigas metálicas...20

Figura 10 – Placa de aço...21

Figura 11 – Macaco hidráulico cilindrico...21

Figura 12 – Corte esquemático do ensaio...22

Figura 13 - Compactador tipo “sapo”...22

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LISTA DE ABREVIATURAS

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Reforço de fundação rasa com cascalho 2. Tema: 30103010 – Fundações e escavações 3. Delimitação do Tema: Fundações

4. Proponente(s): Doglas Henrique Fank

5. Orientador(a): Prof. Orientador: Dr. Flávio Alessandro Crispim

6. Estabelecimento de Ensino: UNEMAT, Universidade do Estado de Mato Grosso

7. Público Alvo: Acadêmicos e profissionais da área

8. Localização: UNEMAT; Avenida dos Ingás, n° 3001, Centro, CEP: 78550-000, Sinop-MT, Tel: 66 3511 2128.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ... I LISTA DE EQUAÇÕES ... II LISTA DE FIGURAS ... III LISTA DE ABREVIATURAS ... IV DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... V 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8 3 JUSTIFICATIVA... 9 4 OBJETIVOS ... 11 4.1 Objetivo Geral ... 11 4.2 Objetivos Específicos ... 11 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 12

5.1 CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS ... 13

5.2 ANÁLISES DE RUPTURAS ... 16

5.3 TÉCNICAS DE REFORÇO PARA FUNDAÇÃO RASA ... 19

6 METODOLOGIA ... 20

6.1 LOCALIZAÇÃO DO ENSAIO ... 20

6.2 MATERIAIS E TÉCNICAS ... 21

6.2.1 Ensaio de prova de carga em placa ... 21

7 RECURSO MATERIAIS ... 25

8 CRONOGRAMA ... 26

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1 INTRODUÇÃO

A construção civil a cada dia vem se tornando uma das atividades mais importantes para a economia brasileira.

No momento em que se faz uma edificação é necessário é conhecer o solo, superfície constituída por um conjunto de partículas sólidas de diversos tamanhos, compostos químicos e vazios que podem ser preenchidos por ar e água que se interconectam e se completam, e ter a noção de sua capacidade de carga e de como ele irá se comporta em determinados períodos do ano.

Para ser possível às implantações de obras de engenharia civil construídas sobre fundações rasas o solo terá que ter uma boa capacidade de carga. Porém as vastas áreas que apresentam solos de baixa capacidade de carga são muito comum, o que muitas vezes torna inviável um projeto de fundações superficiais.

Geralmente as soluções empregadas para essas áreas são a utilização de fundações profundas, que transmitem a carga proveniente da estrutura ao terreno pela base e por sua superfície lateral (ABNT, 2010), o que nem sempre é viável economicamente pelo seu custo ser elevado. A remoção e substituição do material por outro de melhor qualidade ou até mesmo a modificação das propriedades geotécnicas do solo existente são outras formas utilizadas.

O presente estudo irá visar à alteração da propriedade mecânica do solo, para o melhoramento do mesmo, através do processo mecânico do solo tendo como objetivo obter resultados em relação à capacidade de carga e analisar quanto o solo irá recalcar após a aplicação de uma carga.

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2 PROBLEMATIZAÇÃO

Os solos, devido a sua estrutura apresentam uma grande variedade de propriedades e resistência ao cisalhamento.

As propriedades relativas ao cisalhamento são de fundamental importância para a manutenção da estabilidade do solo.

A fundação é uma das partes mais onerosas de uma edificação com seu custo variando de 3 a 7% do custo total da obra, porém os erros de projeto e execução podem comprometer a estabilidade de uma obra. Logo deverá ser feita uma escolha correta da fundação através de uma boa inspeção sobre a geotécnica do local aliada a melhor solução técnica e econômica. (JOPPERTJÚNIOR, 2007)

Observa-se que o solo, da cidade de Sinop, apresenta característica de baixa resistência e capacidade de carga baixa o que muitas vezes inviabiliza a realização de uma boa fundação em determinados empreendimentos. A fundação superficial utilizada em larga escala na cidade não é adequada a este tipo de solo e o uso de fundação profunda ainda está restrito a poucas obras (CONCIANI, 2006).

Alguns autores como: Minkov (1981), Sales (1998), Vendruscolo (1996) entre outros, obtiveram resultados positivos aumentando a tensão admissível do solo melhorando as carcterísticas de uma camada fina de solo imediatamente abaixo da fundação superficial. A colocação de uma camada de cascalho laterítico (de uso comum para fins de pavimentação na região) poderia melhorar a distribuição de tensões no solo e consequentemente melhorar a capacidade de carga da fundação.

Logo, o trabalho em questão segue com o seguinte questionamento. A baixa resistência e capacidade de carga do solo da cidade de Sinop-MT pode ser sanada através da utilização de cascalho como camada de reforço para fundação rasas?

(11)

3 JUSTIFICATIVA

A realização de estudos e conhecimento geotécnico do solo é de fundamental importância para o sucesso de qualquer projeto na área da construção civil. Quanto maior for à quantidade e variedade dos resultados obtidos melhor e com menos falhas o projeto será, resultando em uma obra com menos riscos e mais controle tanto técnico quanto financeiro (NILSON, 2004).

Segundo Pinto (2012), Soares e Weber (2013), Sinop-MT, apresenta um solo argilo-arenoso com um lençol freático raso, em torno de 0,80 m em períodos chuvosos e 2,50 m em períodos de estiagem e baixa capacidade de carga. Estas características podem dificultar a escolha do tipo de fundação e o dimensionamento, por não atender as características um bom solo.

Segundo Araújo (2010), e de acordo com as recomendações de Alonso (2010) as fundações rasas do tipo sapata são indicadas onde o solo já tem uma característica satisfatória de capacidade de carga, além de apresentar vantagens econômicas quando as mesmas apresentam uma ocupação de menos de 50% da área disponível do terreno. Entretanto verifica-se que na cidade de Sinop mesmo não tendo um solo com uma boa característica de capacidade de carga, as fundações superficiais, do tipo sapata, são os métodos mais utilizados nas construções. Isso ocorre por esse tipo de fundação ter maior facilidade executiva, baixos custos, por não apresentar uma elevada demanda de obras de grande porte no município além de não apresentar uma mão de obra qualificada para a realização de fundações profundas na região.

Silveira e Silveira (1963 apud Vendruscolo 1996) relatam sobre a vantagem do uso de fundações superficiais em comparação as fundações profundas por meio de uma experiência realizada, em um edifício construído em São Carlos, onde o solo não apresentava capacidade de carga necessária e a hipótese de ser utilizada uma fundação profunda foi descartada. Logo feito um reforço para fundação superficial através da recompactação do solo com energias diferentes, o que gerou um aumento na capacidade de carga em uma proporção de 100% há 200%. Minkov (1981) fez análises de comportamento mecânico de solo para reforços de fundações superciais, e chegou à conclusão que a estabilização também muda e aumenta a capacidade de suporte de um solo.

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A utilização de ensaios de prova de carga para fundações reforçadas trará dados importantes relacionados às características do solo do município de Sinop, o que ocasionará na utilização de valores uteis para realizações e dimensionamento de projetos além a escolha da fundação.

Deste modo, a pouca demanda por edificações de grande porte na região de Sinop, além da ausência de mão-de-obra e empresas qualificadas, tonar-se justificado o presente estudo sobre o reforço para fundação rasa com cascalho para que se possa dimensionar uma fundação reduzindo custos, materiais e trazendo mais segurança para uma edificação.

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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo verificar o comportamento do solo de Sinopmelhorado com cascalho e analisar a sua capacidade de suporte feita através de uma prova de carga em placa.

4.2 Objetivos Específicos

 Estudar uma nova forma para o melhoramento do solo que tenha baixo custo e que melhor se adeque a nossa região;

 Analisar a influência da adição de cascalho no comportamento carga x recalque do solo do município de Sinop através de uma prova de carga em placa;

 Determinar a capacidade de suporte de um solo puro;

 Análisar os resultados da capacidade de suporte de um solo puro;  Determinar a capacidade de um solo melhorado através de um ensaio

de prova de carga em placa e determinar o parâmetro de resistência da camada compactada;

 Comparar os resultados, da capacidade de suporte, que se obtém tanto de um solo puro quanto de um solo melhorado;

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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fundação é um elemento estrutural que transfere ao solo as cargas de uma edificação, e ela pode ser classificada em dois tipos: fundações superficiais (Fig. 1A) e fundações profundas (Fig. 1B). (ABNT, 2010).

A Figura 1 traz um exemplo de fundações superficiais e profundas.

Figura 1 - Fundação superficial (a) e fundação profunda (b). Fonte: Velloso (2010).

As fundações superficiais são elementos de fundações em que a carga é transmitida ao terreno pela pressão distribuída sob base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Incluem-se nesse tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radiers, as sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas. (ABNT-NBR 6122, 2010, p.2).

Sapata é um elemento feito de concreto armado que tem por prioridade a resistência à flexão e tendo suas tensões internas de tração sendo resistidas pelo aço das armaduras. As sapatas podem assumir qualquer forma em projetos, tendo como uso mais frequente as sapatas quadradas, retangulares e corridas (TEIXEIRA e GODOY, 1998).

Os blocos são elementos de fundação constituídos de concreto simples, sem a necessidade de armadura. Podem se apresentar com espessura constante, de forma escalonada, pedestal ou de tronco de cone, sendo sua base de forma circular ou quadrada (TEIXEIRA e GODOY, 1998).

O radier é caracterizado por transmitir todos os esforços provenientes dos pilares das edificações para o solo por meio de uma única sapata. Este tipo de fundação é pouco utilizado, pois seus custos são muito altos, ocasionados pelo grande volume de concreto armado utilizado (TEIXEIRA e GODOY, 1998).

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Fundações profundas são aquelas responsáveis por transmitirem os esforços pela base, superfícies laterais ou ambas. Elas se caracterizam também por possuir a base assentada em uma profundidade superior a duas vezes a sua menor dimensão (ABNT, 2010).

Velloso e Lopes (2010) dizem que as fundações profundas são divididas em 3 tipos: estaca, tubulão e caixão.

As estacas são elementos de fundação inteiramente executada por equipamentos e sem a necessidade que haja a decida de pessoal para a realização da mesma. Os materiais que são utilizados nesse tipo de fundação são madeira, aço, concreto pré-moldado, moldado in situ ou misto (ABNT, 2010)

Os tubulões são elementos de fundação profunda de formato cilíndrico, e que na sua etapa final ao contrário das estacas há decida de operário. Este tipo de fundação pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido tendo ou não sua base alargada e tendo ou não sua execução com revestimento. Esse revestimento pode ser de aço, sendo utilizada camisa metálica (ABNT, 2010)

Os caixões são elementos de fundação de formato prismático que são concretados nas superfícies e instalados por escavações internas podendo ou não usar ar comprimido e ser alargado em sua base (ABNT, 2010)

5.1

CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

Segundo Vargas (1977 apud SALES 1998) a capacidade de carga de uma fundação é definida pela tensão de cisalhamento quando igualada a resistência ao cisalhamento do solo em todos os que são denominados vizinhos ao elemento de fundação.

Segundo ABNT (1994) os métodos de cálculo para a obtenção da capacidade de carga para fundações superficiais podem ser divididos através dos critérios de prova de carga em placa, métodos empíricos, semi-empíricos e métodos teóricos.

“Os métodos empíricos são aqueles pelos quais se chega a uma tensão admissível com base na descrição do terreno (classificação e determinação da compacidade ou consistência através de investigações de campo e/ou laboratoriais)”. (ABNT-NBR 6122, 2010, p.8).

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Os métodos semi-empíricos são aqueles que as propriedades dos solos são estimadas com bases em correlações e em seguida inseridas nas fórmulas teóricas (TEIXEIRA E GODOY, 1998).

Os métodos teóricos estão relacionados às características de compressibilidade e resistência ao cisalhamento do solo além de outros parâmetros eventuais necessários determinados através das teorias desenvolvidas na mecânica dos solos (ABNT, 2010).

O ensaio de prova de carga em placa é um dos métodos mais utilizados para a realização da capacidade de carga de fundações superficiais. Nela os carregamentos são divididos em estágios tendo sempre um acréscimo de cargas (ABNT, 2010). A Figura 2 representa o modelo de ensaio de prova de carga.

Figura 2 - Modelo de ensaio de prova de carga. Fonte: Duarte (2006).

O objetivo do ensaio é fazer com que cause recalque em baixo da sapata através do desarranjo do elemento estrutural do solo. Logo os dados obtidos com esse desarranjo são monitorados e coletados para que se tenha um conhecimento do comportamento da curva de tensão x recalque.

Segundo Teixeira e Godoy (1998) os resultados obtidos através do ensaio de prova de carga em placa deverão ser interpretados de modo que atenderá os critérios de ruptura e recalque do solo.

Desde modo para níveis de comparação, entre ensaio de placa e sapata, se forem encontradas no subsolo camadas compressíveis em profundidades diferentes, que não seja solicitado, o resultado do ensaio será desconsiderado, salvo que se aumente o tamanho da placa para compreender em seu bulbo a camada compressível (ALONSO, 2009).

A Figura 3 mostra a diferença entre os bulbos de tensão entre uma placa e uma fundação.

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Figura 3 - Diferença entre os bulbos de tensão. Fonte: Alonso (2009).

Segundo Alonso (2009) a correlação do bulbo de tensões podem ser feitas assumindo como base o coeficiente de reação. Logo se define que a largura da fundação é n vezes a largura da placa e a profundidade do seu bulbo de pressões também será n vez maior.

Bf=n.Bp Equação (1)

Onde:

Bf = bulbo de tensão da fundação:

n = n.z, onde z é a profundidade do bulbo de tensão da placa, e n é a proporção de quando o bulbo da fundação é maior:

Bf = bulbo de tensão da placa:

rf = cota onde a fundação está localizada: rp = cota onde a placa está localizada: A Figura 4 representa a correlação:

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Figura 4 - Correlação entre placas no solo. Fonte: Alonso (2009).

Os esforços advindos das cargas aplicadas podem ser classificados como tensões verticais. Logo, no caso dos esforços das advindos das cargas concentradas são gerados bulbos de tensões, como representado na Figura 4.

5.2 ANÁLISES DE RUPTURAS

Segundo Velloso e Lopes (2010), perfis de solos homogêneos apresentam características geralmente bem definidas sobre as questões da forma da superfície de ruptura do solo, que apresenta os três modelos clássicos de ruptura: ruptura generalizada (Fig. 5a), localizada (Fig. 5b) ou por puncionamento (Fig. 5c).

A Figura 5 representa as características do solo.

Figura 5 - Modelos de rupturas, (a) generalizada, (b) localizada, (c) por puncionamento. Fonte: Velloso (2010).

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Por outro lado perfis de solo não homogêneos apresentam caraterísticas distintas na forma de superfície de ruptura, tendo as propriedades geotécnicas de cada camada, as dimensões e condições de carregamento como algumas das variáveis que dificultam a identificação e previsão da superfície de ruptura.

Sales (1998) ainda diz que para os solos com perfis não homogêneos, geralmente são feitas análises de comportamentos distintos quanto tem-se uma camada de menor resistência sobreposta a uma camada de maior resistência (Figura 6. a) e quando tem-se esta camada de menor resistência subjacente a camada de maior resistência (Figura 6. b).

Figura 6 - Perfis de solos não homogêneos de dupla camada. Fonte: (Vesic, 1975 apud Sales 1998).

A situação (a) ocorre quando uma sapata rígida ou flexível é assentada em um solo com uma camada mole sobreposta a uma camada rígida, por conseguinte a segunda situação (b) ilustra uma sapata assentada sobre uma camada de solo rígido subrejacente a uma camada mole (Sales, 1998).

Segundo Vesic (1975 apud SALES 1998) a forma de ruptura para a primeira situação ocorre em partes, por um fluxo plástico lateral similar a forma que ocorre em um sólido comprimido entre duas placas paralelas e rugosas. Logo para a segunda situação é dito que sua forma de ruptura se da por puncionamento com superfícies de deslizamentos verticais.

Dembicki e Odrobinski, (1973 apud Tejchamn, 1977) exibem análises das deformações e os modelos de ruptura dos perfis dos solos, através de estudos baseados nos resultados quantitativos obtidos através dos ensaios de carregamento em modelos reduzidos. Nesse estudo foram realizados quatro tipos de ensaios, no

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qual a camada mole de solo de espessura h= 0,5B, onde B é o lado menor da placa, foi colocada em diferentes níveis de profundidade z. Ainda neste mesmo solo foi sobreposta uma camada de areia mais resistente que o mesmo. Uma placa metálica, simulando uma sapata, de lado B foi coloca sobre o solo e carregada axialmente com uma carga Q, fazendo com que formasse para cada condição linhas de deslizamento ou superfícies de ruptura. A Figura 7 representa os dados em questão. O primeiro ensaio (Fig. 7. a), onde o solo mole tem uma profundidade igual a 2B, apresenta as tensões transmitidas para a fundação concentrada basicamente na primeira camada, constituída de um solo mais resistente. Neste caso o modelo de ruptura analisado é generalizado. Já quando uma camada de solo mole encontra-se a uma profundidade de 0,5B<z<2B (Fig. 7. b e c), o cisalhamento do solo ocorre na camada superior, onde causa uma ruptura por puncionamento e consideráveis deformações no solo mole. Logo quando encontra-se uma camada de solo mole a uma profundidade z≤0,5B (Fig. 7. d), ocorre uma deformação simultânea no corpo das duas camadas ocasionando suas rupturas. Tejchman (1977) ainda diz que quando z≤0,5B, em princípio a resistência da camada de solo fraco controla a capacidade de suporte do subsolo sob a fundação. A redução máxima dos valores da capacidade de carga, devido a estratificação do solo encontrado, se dão através de cargas verticais, cargas excêntricas e a inclinação.

A Figura 7 ilustra a teoria aplicada.

Figura 7 - Analise de rupturas em solos. Fonte: (Tejchman, 1977).

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5.3 TÉCNICAS DE REFORÇO PARA FUNDAÇÃO RASA

As técnicas que são utilizadas para a realização de um reforço de fundação rasa variam conforme os seus vários tipos de materiais, que podem são escolhidos através de alguns aspectos. Dentre eles estão o aspecto econômico, o aspecto de disponibilidade do material na região, o aspecto de facilidade de execução entre outros.

Alguns autores como Vendruscolo (1996), (2003), e Sales (1998) relatam sobre a escolha do seu material para o reforço da base de uma fundação rasa e dos resultados positivos que obtiveram. Logo eles concluem que para ensaios realizados com os materiais dos tipos fibrosos e solo cimento houve um aumento da resistência de pico em torno de 50 a 100% quando comparado ao solo natural.

Não deixando de ser citados, autores como Silveira e Silveira (1963) que fizeram um reforço através da recompactação do solo com energias diferentes, obtiveram resultados positivos aumento na capacidade de carga em uma proporção de 100% há 200%. Minkov (1981), também obteve resultados positivos com relação de um reforço através da utilização de cimento.

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6 METODOLOGIA

A pesquisa em questão será realizada na área urbana do município de Sinop-MT, sendo realizada um ensaio de prova de carga sobre solo melhorado. Os ensaios serão realizados de acordo com as normas vigentes:

 NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundação.

 NBR 6486/1984 – Prova de carga direta sobre terreno de fundação.

6.1 LOCALIZAÇÃO DO ENSAIO

O local que será utilizado para a realização do ensaio de prova de carga será na cidade de Sinop-MT no campus da Universidade do Estado de Mato Grosso-Unemat com localização geográfica 11°51’03.40” S / 55°30’53.10”, conforme ilustrado na Figura 8.

Figura 8 - Campus UNEMAT Sinop. Fonte: (Google Earth, 2013).

Os ensaios de prova de carga em placa serão realizados entre os meses de fevereiro e abril de 2016, período em que o solo está com um alto grau de saturação por causa das intensas chuvas que ocorrem na região, ocasionando, uma situação mais crítica para a análise do ensaio.

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6.2 MATERIAIS E TÉCNICAS

6.2.1 Ensaio de prova de carga em placa

O ensaio de prova de carga em placa é um dos ensaios mais utilizados, nele tem-se o objetivo de determinar as características de resistência do solo através da aplicação de um esforço estático crescente à estaca, com placas circulares rígidas de 0,80 m de diâmetro. (CINTRA et al., 2010).

Para a realização de um ensaio de prova de carga em placa será necessário instalar um sistema de reação. Logo serão utilizadas vigas de reação (Figura 9) de 3,5 m e 5 m, de aproximadamente 200 Kg, posicionadas sobre uma estrutura escavada em uma abertura feita no solo.

Figura 9 - Vigas metálicas. Fonte: (Martins, 2014).

Segundo a exigência da norma (ABNT, 6489), o solo deverá estar regularizado para que se possa assentar uma placa de aço com área mínima de 0,5 m², sendo representada por uma placa de, 080 m de diâmetro (Figura 10).

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Figura 10 - Placa de aço. Fonte: (Souza, 2014).

Após a conclusão da etapa de escavação, regularização do solo e travamento, a viga terá sua base apoiada em um macaco hidráulico cilíndrico com uma capacidade de 30 t.f (Figura 11), equipado de um manômetro com capacidade de 10 t.f, para que possa ser efetuadas leituras das pressões além da instalação de extensômetros para que possa ser medido os recalques provocadas pelas cargas aplicadas.

Figura 11 - Macaco hidráulico cilíndrico. Fonte: (Nowak, 2013).

Para o ensaio, será necessário ser feito uma abertura de 1,30 m de profundidade por 1,20 m de largura (Figura 12), sendo que 0,30 m são destinados

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para a colocação e compactação do cascalho, espessura estipulada através da questão sobre a viabilidade econômica. Para a compactação, será aplicada uma pré-compactação com soquetes manuais com o objetivo de se obter uma base mais firme, e posteriormente serão realizadas três passagem com compactador a percussão do tipo “sapo” (Figura 13).

Figura 12 - Corte esquemático do ensaio. Fonte: (Autoria própria).

Figura 13 – Compactador tipo “sapo”. Fonte: (Biglok 2015).

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A viga de reação será fixada através de fundações, blocos e estacas tirantes com dimensões de 0,80x1,20 m para os blocos que serão compostas por 8 estacas com 0,30 m de diâmetro e 3 m de profundidade, feitas nas laterais das aberturas para que possam permanecer travados (Figura 14).

Figura 14 - Layout do ensaio de prova de carga. Fonte: (Autoria própria).

Segundo a ABNT (1984), os valores das tensões nos estágios de carregamentos são no máximo de 20% da tensão admissível provável do solo, os tempos de leitura dos recalques ocorrerão logo após a aplicação da carga e após intervalos de tempo sucessivamente dobrados (1, 2, 4, 8,15 minutos, etc). O ensaio ainda deve ser executado até que se observe um recalque total de 25 mm ou até que se atinja o dobro da taxa admitida pelo solo, ainda sua carga máxima alcançada deverá ser mantida por 12 horas caso não haja a ruptura do solo.

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7 RECURSO MATERIAIS

Segue na tabela 1 a lista de equipamentos e recursos usados para a realização do ensaio de prova de carga do solo de Sinop.

Tabela 1 – Recurso materiais envolvidos. Fonte: (Autoria própria).

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8 CRONOGRAMA

ATIVIDADES DEZ. JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. Escavação das estacas Concretagem Arranjos dos equipamentos Montagem do ensaio Realização do ensaio Análise do ensaio Redação e defesa do artigo Tabela 2 – Cronograma. Fonte: (Autoria Propria).

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9 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e execução de fundações. Rio de janeiro: ABNT, 2010.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6489: Prova de carga direta sobre terreno de fundação. Rio de janeiro: ABNT, 1984.

ALONSO, R. U., Previsão e Controle das fundações: uma introdução ao controle de qualidade em fundações, São Paulo, Editora Blucher, 2009.

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BIGLOK. Compactador tipo sapo. Disponivel em: <

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CINTRA, J. C. A.; AOKI, N. Fundações por Estacas: Projeto Geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

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Manual de Pavimentação. 3ª ed. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias,

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Referências

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