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Um estudo sobre a agressividade na escola atual: casos de bullying

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Academic year: 2021

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(1)1. DEPARTAMENTO DE LETRAS E EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA. SUSY ALVES SOARES. UM ESTUDO SOBRE A AGRESSIVIDADE NA ESCOLA ATUAL: CASOS DE BULLYING. GUARABIRA – PB 2012.

(2) 2. SUSY ALVES SOARES. UM ESTUDO SOBRE A AGRESSIVIDADE NA ESCOLA ATUAL: CASOS DE BULLYING. Artigo apresentado à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Estadual da Paraíba – Campus III – Guarabira, em cumprimento dos requisitos necessários para obtenção do Grau de Licenciatura em Pedagogia sob orientação da Professora Ms. Mônica de Fátima Guedes de Oliveira.. GUARABIRA – PB 2012.

(3) 3. FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA SETORIAL DE GUARABIRA/UEPB S676e. Soares, Susy Alves Um estudo sobre a agressividade na escola atual: casos de bullying / Susy Alves Soares. – Guarabira: UEPB, 2012. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual da Paraíba. “Orientação Prof. Ms. Mônica de Fátima Guedes de Oliveira”. 1. Bullying I. Título.. 2. Violência Escolar 3. Agressividade. 22.ed. CDD 371.58.

(4) 4. SUSY ALVES SOARES. UM ESTUDO SOBRE A AGRESSIVIDADE NA ESCOLA ATUAL: CASOS DE BULLYING. Aprovada em _____ de ____________ de 2012.. BANCA EXAMINADORA. ______________________________________________________________________ Profª. Ms. Mônica de Fátima Guedes de Oliveira - UEPB (Orientadora). ______________________________________________________________________ Profª. Ms. Silvania Lúcia de Araújo - UERN (Examinadora). ______________________________________________________________________ Profº Ms. José Otávio da Silva - UEPB (Examinador). GUARABIRA – PB 2012.

(5) 5. Dedico este trabalho a minha mãe, sempre presente nas dificuldades, um baluarte na minha vida. Ao meu esposo, pelo incentivo no decorrer do meu curso..

(6) 6. AGRADECIMENTOS. A Deus, pois sem Ele nada sou, nada realizo;. A minha orientadora, Mônica Guedes, pelas dicas valiosas e pela paciência com minhas inseguranças;. Às minhas irmãs, pois, nelas sempre me espelhei e por fazerem da educação um marco de sabedoria;. A todos que, de alguma forma, ajudaram-me na conclusão desse curso..

(7) 7. Nunca esquecer este esquecido princípio: de minha casa ao meu país, os mundos sociais em que vivo são os mesmos de cuja construção – para o bem ou para o mal – eu participo.. (BRANDÃO, 2006, p. 186)..

(8) 8. RESUMO Este artigo trata de uma investigação sobre a agressividade na escola atual, sob a perspectiva do bullying; busca como objetivo geral identificar as possíveis causas do comportamento agressivo dos alunos e a forma como se apresenta na sala de aula: o Bulliyng. Incursiona sobre a agressividade e sobre os fatores que levam os alunos a se comportarem agressivamente no âmbito escolar, procurando reconhecer as causas e consequências da agressividade e em que nível ela pode se caracterizar entre as crianças. Apresenta, ainda, a importância do comprometimento tanto da escola, da família quanto da sociedade com o problema, buscando maneiras de esclarecer e informar de forma que todos se sintam responsáveis pela erradicação dessa prática nefasta em nossas escolas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de uma revisão de literatura a respeito do tema, e uma pesquisa de campo com docentes do Ensino Fundamental de primeira fase que lecionam no Educandário Sonho Meu, localizado em Guarabira-PB. As principais referências teóricas foram os trabalhos de Regra (2000), Candreva et al (2009), Itani (1998), Aquino (1998), Camargo (2010) e demais estudiosos. A metodologia é de natureza aplicada e de abordagem qualitativa. Os resultados demonstram que uma série de autores concorda que o bullying é repetido, intencional, de natureza física ou psicológica e que a prática do Bullying é assunto corrente quando se trata de desrespeito à criança, enquanto cidadã; a pesquisa de campo demonstra que são perceptíveis situações de agressividade na escola pesquisada, mas não são verificados casos de bullying. Isso nos leva a concluir que a agressividade percebida pelas professoras é inerente à fase das crianças, é saudável e eventual, mas não configura bullying. PALAVRAS-CHAVE: Agressividade, Bullying, Escola..

(9) 9. ABSTRACT This article deals with an investigation of aggression in the early grades of elementary school: bullying in school, trying to aim at identifying the possible causes of aggressive behavior of students and how it presents in the classroom: the Bulliyng. Moves into on aggression and the factors that lead students to behave aggressively in the school, trying to recognize the causes and consequences of aggression and at what level it can be characterized among children. It also presents the importance of commitment from both the school, family and society with the problem, looking for ways to clarify and inform so that everyone feels responsible for the eradication of this harmful practice of our schools. To this end, a literature search was performed through a literature review on the subject, and a field survey of elementary school teachers with the first phase in which they teach Educandário Sonho Meu, located in Guarabira-PB. The main theoretical references were the work of Regra (2000), Candreva et al (2009), Itani (1998), Aquino (1998), Campbell (2010) and other scholars. The methodology was applied and qualitative approach. The results show that a number of authors agree that bullying is repeated, intentional, physical or psychological in nature and that the practice of the current topic Bullying is when it comes to disrespect the child as a citizen; field research shows that they are perceived situations aggression in the school studied, but are not verified cases of bullying. This leads us to conclude that aggression is perceived by the teachers of children inherent in the phase, is healthy and possible. But does not constitute bullying. KEYWORDS: Aggression, Bullying, School..

(10) 10. SUMARIO. 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 01. 2 AGRESSIVIDADE ...................................................................................................... 02. 2.2 DESENVOLVIMENTO DA CONDUTA AGRESSIVA NA CRIANÇA ............... 04. 2.2.1 Fatores implicados na agressão e violência da criança ........................................... 06. 2.2.2 Agressividade no contexto escolar .......................................................................... 08. 3 AGRESSIVIDADE E BULLIYNG NA ESCOLA ATUAL ..................................... 10. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 13. 4.1 METODOLOGIA ....................................................................................................... 33. 4.1.1 Sujeitos da pesquisa ................................................................................................. 14. 4.1.2 Método de procedimento ......................................................................................... 14. 4.1.3 Discussão dos resultados da pesquisa feita com os alunos ..................................... 15. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 20. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 21.

(11) 1. 1 INTRODUÇÃO. Na atualidade, as questões que envolvem o tema da agressividade nas escolas têm motivado numerosas discussões e reflexões de educadores de várias partes do mundo. Há um clima de perplexidade diante das atitudes cruéis que ferem diretamente um indivíduo porque, indiretamente, ferem a sociedade. O comportamento agressivo é inerente ao ser humano, não havendo como fugir dele, mas sim controlá-lo e buscar reduzi-lo, permitindo que se manifeste de maneira adequada. A relevância desse estudo se pauta nas queixas de professores, pais e alunos com relação ao comportamento agressivo e o baixo rendimento das crianças em séries iniciais da vida escolar. Assim, a pesquisa que se empreende se mostra de grande relevância, visto que se caracteriza como científica, saindo de uma mera especulação de uma professora para assumir um caráter científico. Outra importância deve-se ao fato do trabalho se constituir como base para novas pesquisas e uma nova reflexão, além de trazer à tona as possíveis causas do problema da agressividade e do bulliyng no âmbito da escola, o que poderá ser útil para o próprio sistema educacional. Hoje, a agressividade está estampada nos grandes centros do nosso país e se manifesta de diferentes formas, daí devermos trabalhar muito sobre esta problemática com nossos alunos porque, sem dúvida, ela está presente nos relatos de educadores, pais e também de alunos. É necessário salientar a importância do tipo de comunicação existente entre aluno e professor e a necessidade de mais estudos nesta área que poderão facilitar a compreensão da realização do desempenho dos alunos reduzindo a agressividade no âmbito escolar e, por consequência, dos casos de manifestação de Bulliyng. Quando se observa que a criança não consegue se concentrar e se adaptar na escola, tornando-se agressiva, isso na verdade pode ser indício de que algo não vai bem com ela; quando essa agressividade se torna sem motivos no colégio, é bom se verificar os significados do comportamento. Também as preocupações que levaram a este estudo foram geradas em conversas informais com professores, pais e alunos que, de uma forma ou de outra, sentem-se vítimas de alunos agressivos, uma vez que é uma situação delicada para a escola e a família. Assim, pretende-se com esta pesquisa, compreender como enfrentar tal problemática, buscando as suas causas e estratégias que o professor poderá dispor no sentido de contornar tais situações..

(12) 2. Nesse sentido, construímos o nosso referencial teórico e definimos como objetivo geral: identificar as possíveis causas do comportamento agressivo dos alunos e a forma como se apresenta na sala de aula, o bulliyng; e os específicos seriam: identificar os fatores que levam os alunos a se comportarem agressivamente na escola; reconhecer as causas e consequências da agressividade de crianças em idade escolar e em que nível ela pode se caracterizar; apresentar possíveis estratégias para a sua diminuição. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa contou com dados bibliográficos e de campo. A pesquisa bibliográfica buscou os aportes teóricos disponíveis sobre o assunto utilizando-se como referência os seguintes autores: Aquino (1998), Ferreira (1999) e Lucinda (1999). A pesquisa de campo tratou-se de um estudo de caso no Educandário Sonho Meu, localizado na cidade de Guarabira-PB, tendo como sujeitos, as professoras que lecionam na respectiva escola. A revisão de literatura apresenta o conceito de agressividade e suas manifestações, abordando temas como indisciplina, influência da mídia e agressividade infantil. A seguir, é apresentada a metodologia utilizada para a realização deste trabalho. Finalmente, relata-se a problemática do Bulliyng nas séries iniciais do Ensino Fundamental e as diversas modalidades de prejuízos causados pelo problema, destacando a importância do comprometimento tanto da escola, da família quanto da sociedade com a questão. Nas considerações finais são apresentados os ganhos obtidos com a presente pesquisa na vida da acadêmica, bem como as possibilidades de continuação deste estudo.. 2 AGRESSIVIDADE. Agressão é qualquer forma de conduta direcionada visando prejudicar ou ferir outra pessoa (KAPLAN; SADOCK, 1993). Porém, agressão não significa necessariamente, agressividade. Alguns psicólogos do passado mantiveram posição claramente instintivista ao considerarem a agressividade como um instinto estritamente ligado à nutrição e à sobrevivência, sendo um instinto primitivo, tanto quanto o da reprodução, este último mais ligado à sobrevivência da espécie (MORAIS, 1995). Nesse mesmo sentido, pondera Guimarães (2004), ao afirmar que a agressividade vem sendo entendida pelos psicólogos e psiquiatras como a força vital de cada pessoa, necessária para superar os obstáculos e limitações próprias do cotidiano..

(13) 3. Nesse sentido, a agressividade faz parte do processo de conhecer, pode mediatizarse, está dentro do nível simbólico, ao passo que a agressão não está mediatizada e, muitas vezes, encontra-se a serviço da destruição do pensamento (FERNANDEZ, 1992). Aquino (1998) menciona que alguns estudiosos reservam essa palavra para as atividades de caráter hostil, destrutivo, enquanto outros a aplicam a todas as tendências ativas, possessivas e construtivas voltadas para o mundo exterior, à afirmação de si. Como se percebe, os conceitos de agressão e agressividade envolvem múltiplos enfoques e direcionamentos. Podem estar inseridos dentro de marcos referenciais biologicistas, comportamentalistas, dentro de modelos exclusivamente psiquiátricos ou de abordagens mais amplas, como a da agressividade estrutural, proporcionada pelo próprio sistema social com suas iniqüidades. Autores adeptos das doutrinas biologicistas e comportamentalistas da agressão percebem-na como “instintiva à natureza humana, tão natural e irresistível como a fome e o instinto sexual. Eles tendem a transferir as regularidades do nível biológico para o social e a extrapolar os dados referentes aos animais para as relações humanas em sociedade” (MINAYO, 1990, p.19). Assim, a agressividade humana seria mediada geneticamente, resultante da natureza instintiva do homem que teria uma tendência irreprimível à violência e ao domínio dos outros, numa analogia à teoria da seleção natural. A agressividade, a partir desse ponto de vista é natural ao homem, pois, segundo Train (apud BITTENCOURT, 2004, p.45) “se nascêssemos sem agressividade, seríamos incapazes de sobreviver durante os primeiros estágios de vida e, posteriormente, não poderíamos progredir em nosso desenvolvimento”. De acordo com Landau (2002, p. 136), Já nascemos agressivos. O primeiro grito é agressivo, o primeiro movimento de um bebê é agressivo, [...]. a primeira comunicação é agressiva: chorando o bebê informa que está com fome, que se sente desconfortável com a fralda molhada, enfim que alguma coisa o perturba. E as mães sabem o que é sentir uma pequena e agressiva boca no seio.. Bittencourt, citando Storr (2004, p. 45) ainda complementa que os mecanismos da agressão seriam institivos, uma vez que a agressividade seria necessária “[...] para a preservação da vida e da espécie, bem como para o desenvolvimento amplo do indivíduo, citando como exemplos a cognição e a afetividade”. Outro grupo de pensadores percebe as condutas agressivas como estratégia de sobrevivência das classes populares, vítimas das contradições do capitalismo no país. Nesta pesquisa optou-se pelo conceito que caracteriza a agressividade como um fenômeno em rede,.

(14) 4. entendendo-a, nesta dimensão, em suas múltiplas facetas, onde cada manifestação particular se articula com as outras (MINAYO, 1990). Enquanto fenômeno em rede, a agressividade, por si só, não pode ser considerada um transtorno psiquiátrico específico, ela é, antes disso, sintoma que reflete uma conduta desadaptada. Podemos dizer até, que a conduta agressiva costuma ser normal em certos períodos do desenvolvimento infantil, vinculando-se ao crescimento e cumprindo uma função adaptativa. Nesse sentido, a agressividade, em princípio, não se oporia à paz, mas sim, necessária a esta como expressão da vontade de torná-la mais presente. Na realidade, o oposto da agressividade não seria a paz, mas a passividade, a resignação e o conformismo diante de um cenário em que o indivíduo se sente deslocado (GUIMARÃES, 2004). De acordo com o autor, é, no entanto, a sua manifestação indisciplinada, mediante condicionamentos socioculturais, como educação, trabalho, sistema social, entre outros, que provocam fracassos e/ou frustrações que desencadeiam o comportamento destrutivo por meio da agressão. Landau (2000), esclarece bem esse argumento, afirmando que, a frustração em não corresponder a algo idealizado pelo indivíduo e/ou o fracasso frente a uma ação ou atividade sem sucesso gera a culpa, sentimento que gera a agressividade e, se reprimida, provoca a insegurança que pode manifestar-se contra si e contra o meio através da agressão. Para a autora, o indivíduo acredita que “[...] é melhor acusar a si ou aos outros do que sentir-se abandonado ou impotente” (LANDAU, 2002, p. 137). Pelo exposto, pode-se perceber que a agressividade, a princípio, não se trata de uma reação cujos objetivos sejam destrutivos ou violentos, mas sim, de um alicerce para qualquer realização em qualquer atividade. A agressão, por sua vez, é a expressão da agressividade de um indivíduo frente a situações geradoras de fracassos e frustrações manifestada de maneira destrutiva.. 2.2 DESENVOLVIMENTO DA CONDUTA AGRESSIVA NA CRIANÇA. Não devemos acreditar que a agressividade restringe-se a alguns grupos de crianças ou às classes menos favorecidas da sociedade. Existe um bom número de crianças em outras classes sociais mais protegidas, seja pelos muros dos condomínios de luxo, seja por estatutos sociais não-escritos que zelam dos bons hábitos familiares, enfim, existe uma população que raramente é punida e cujos atos nunca chega aos nossos ouvidos..

(15) 5. As crianças, adolescentes e jovens que se destacam pela hostilidade exagerada, podem ter um histórico de condutas agressivas que remonta a idades muito mais precoces, como no período pré-escolar, por exemplo, quando os avós, pais e "amigos" achavam que era apenas um excesso de energia ou uma travessura própria da infância. A conduta agressiva entre os pré-escolares e escolares é influenciada por fatores individuais, familiares e ambientais. Entre os fatores individuais, encontramos a questão do temperamento, do sexo, da condição biológica e da condição cognitiva. A família influi através do vínculo, do contexto interacional (das interações entre seus membros), da eventual psicopatologia e/ou desajuste dos pais e do modelo educacional doméstico. A televisão, os videogames, a escola e a situação sócio-econômica podem ser os elementos ambientais relacionados à conduta agressiva. Embora esses três fatores (individuais, familiares e ambientais) sejam inegavelmente influentes, eles não atingem todas as pessoas por igual e nem submetem todos à mesma situação de risco. O que se sabe, estatisticamente, é que a agressividade manifestada em idade préescolar, infelizmente evolui de forma negativa. Precisamos estudar e esclarecer os limites entre a "personalidade forte" da criança, relatada pelo pai com certa ponta de orgulho, das condutas completamente desadaptadas da infância e com enorme possibilidade de evoluir para um quadro mais grave. Segundo Minayo (1990), para definir a criança agressiva, ou melhor, para conceituarmos a criança agressiva, temos que compreender o conceito de Reação Vivencial. Dentro desse conceito, criança agressiva seria aquela que apresenta Reações Vivenciais hostis, recorrentes e desproporcionais aos estímulos para a resolução de conflitos ou consecução de objetivos. Esse conceito de Reação Vivencial (não normal) ressalta o aspecto da frequência excessiva, da desproporção e da dificuldade adaptativa. Quando a conduta agressiva está combinada com outras alterações de condutas desadaptadas, como, por exemplo, com a Hiperatividade Infantil, ela apresenta um quadro mais grave, com mais problemas de interação e pior prognóstico. As crianças agressivas e hiperativas são mais problemáticas que as crianças só agressivas ou só hiperativas, e mais problemáticas que as crianças do grupo controle (SANSOM; SMART, 1993). Outra observação relevante é sobre a agressividade associada a alguns traços básicos da personalidade. As crianças agressivas e simultaneamente retraídas, por exemplo, têm pior adaptação que as crianças só agressivas ou só retraídas. Dessa forma, somos inclinados a pensar que a combinação de várias condutas desadaptadas aumentaria a vulnerabilidade para problemas mais sérios de agressividade..

(16) 6. De qualquer forma, hoje, acredita-se que a agressividade já pode aparecer em idades pré-escolares e, quando se manifesta, tende a continuar. Além disso, quando a agressividade é combinada com outras condutas problemáticas e desadaptadas, a evolução será muito pior.. 2.2.1 Fatores implicados na agressão e violência da criança. Os fatores implicados na gênese da agressão devem ser considerados sob dois aspectos: a pessoa e o meio. Quanto ao primeiro, os aspectos próprios da criança são basicamente o temperamento (e caráter), as diferenças de sexo e as condições neurológicocognitivas. Tradicionalmente, observa-se que as crianças agressivas costumam ter algum traço difícil na personalidade. Tal observação tem se traduzido, popularmente, por termos como personalidade forte, genioso, temperamental ou coisas assim. Esses adjetivos podem dissimular (demagogicamente) a opinião dos pais e dos avós sobre essas crianças, tentando minimizar alguma coisa que eles vêem (intimamente) como eventualmente problemática (BARRETT, 1993). O temperamento, responsável pela maneira como a pessoa se relaciona com a realidade, pode ser entendido como uma espécie de moderador das relações interpessoais das crianças com seus cuidadores. Através desse conceito, as crianças com um temperamento mais ativo, intenso, irritável, têm maior probabilidade de reagir de forma inapropriada ou exagerada diante de pequenas dificuldades. Somando-se a isso, as crianças com problemas de conduta podem ter dificuldades na leitura e déficits nas habilidades verbais (MOFFITT, 1993). Tem-se dito sempre que os meninos são mais agressivos que as meninas, que há mais casos de meninos agressivos que de meninas. Ultimamente, entretanto, essas diferenças estão diminuindo, provavelmente, devido às mudanças socioculturais. As eventuais diferenças de conduta entre os sexos emergem na idade escolar com o processo de socialização da criança. Os meninos, quem sabe por uma questão de maior imaturidade psicológica e emocional, estão menos preparados psicologicamente que as meninas para a socialização, vida em grupo, participação cooperativa e, por isso, costumam ter mais problemas de adaptação e de orientação. Alguns autores afirmam que as meninas tendem a desenvolver condutas cooperativas mais precocemente, modelo que logo se aplica à situação escolar. Também se sugere que os meninos possam desenvolver, ao invés de condutas cooperativas, condutas.

(17) 7. competitivas. E isso favoreceria um modelo mais agressivo de comportamento (PRIOR apud DELFINA, 2003). De acordo com Regra (2000), diversos fatores favorecem o aparecimento e manutenção do comportamento agressivo, tais como: dificuldades dos pais em lidar com o desamparo em situações difíceis, frustração, castigo físico, determinantes ambientais e comportamento autolesivo. Candreva et al (2009) nos informa, também, que outro fator implicador da violência infantil se encontra no seio familiar. Para esses autores, no período pré-natal, a criança já sente se é aceita ou não podendo ter consequência no comportamento do bebê, a exemplo de gestações não desejadas. Somando-se a isso, uma criança com menos de 5 anos, internada em orfanatos, creches, hospitais ou em qualquer outro lugar, privada da companhia materna, poderá vir a ter problemas na estruturação de sua personalidade. Isso porque, geralmente nesses lugares, são poucas as pessoas responsáveis por cuidar de várias crianças ao mesmo tempo, quebrando o vínculo natural mãe-criança. Além disso, Candreva et al (2009) pontuam que a agressividade também se desenvolve em lares coercivos e em que não há demonstrações de aprovação e afeto. Citando Lisboa (2006, p. 55), os autores exemplificam tal afirmação: Eis como você cria uma criança violenta: ignore-a, humilhe-a e provoque-a. Grite um bocado. Mostre sua desaprovação a tudo o que ela fizer. Encorajea a brigar com irmãos e irmãs. Brigue bastante, especialmente no sentido físico, com seu parceiro conjugal na frente da criança. Bata-lhe bastante. Eu adicionaria: ameace-a, castigue-a, engane-a, minta-lhe, seja permissivo, ensine-a que o mundo é dos ‘vivos’, vangloriando-se diante dela de atos dos quais deveria se envergonhar [...].. Como é possível perceber na citação acima, a família influi através do vínculo, do contexto interacional (das interações entre seus membros), da eventual psicopatologia e/ou desajuste dos pais e do modelo educacional doméstico. Conforme Steiner (1986), no caso da criança pequena, a família é, sem dúvida, o principal agente socializador. Os pais têm a responsabilidade de fazer com que os filhos desenvolvam características de personalidade e de comportamento que sejam consideradas adequadas a seu sexo e aos vário grupos culturais a que pertencem. As crianças mais saudáveis psicologicamente são aquelas cujos pais adotam práticas consideradas democráticas. Isto é, usam explicação e reforço positivo com atitudes predominantes, evitam os castigos físicos, solicitam a participação da criança em decisões familiares que lhe dizem respeito, procuram fazer com que os filhos se tornem competentes e independentes, levando em consideração a idade da criança, sexo, habilidades etc..

(18) 8. Já os pais autoritários, que frequentemente usam a punição (alguns até espancamentos violentos), impondo aos filhos seus próprios pontos de vista sem qualquer explicação, embora possam diferir no grau de afeto dedicado às crianças. Essa atitude pode desenvolver na criança o conformismo e uma personalidade infeliz. Embora seja fácil reconhecer que o ideal é uma atmosfera doméstica democrática, não é fácil chegar a ela, especialmente em nossa cultura, onde apenas recentemente abandonase um padrão rigidamente patriarcal. O que se vê, na maioria da vezes são tentativas de se criar essa atmosfera democrática, gerando conflitos com os pais que sofreram uma educação autoritária e repressiva. Isto quando pensa-se em pais de classe média, com nível educacional elevado, porque, na classe baixa continua-se a ter, na maioria da famílias, uma educação autoritária e rígida, mais voltada para o compromisso do que para o desenvolvimento pessoa e intelectual da criança (STEINER, 1986). Além do que já foi apresentado, a televisão, os videogames, a escola e a situação sócio-econômica podem, também, configurar como elementos ambientais relacionados à conduta agressiva. Embora esses fatores (individuais, familiares e ambientais) sejam inegavelmente influentes, eles não atingem todas as pessoas por igual e nem submetem todos à mesma situação de risco.. 2.2.2 Agressividade no contexto escolar. A estabilidade da conduta agressiva tem sido um dos aspectos mais estudados da personalidade. Os professores gastam mais tempo na classe com conflitos agressivos do que com o próprio ensino. Itani (1998) comenta que os profissionais devem estar alertas aos modos pelos quais a hostilidade é expressa, pois, existem as manifestações públicas violentas e as cobertas de hostilidade. Os professores conhecem bem os impulsos agressivos de seus alunos, sejam latentes ou manifestos e, às vezes, vêem-se obrigados a enfrentar explosões agressivas ou uma criança que é agressiva. Itani (1998) enfatiza, ainda, uma forma de violência legalizada e institucionalizada que é a ação dos agentes educativos em reproduzir a desigualdade e impor regras coletivas. Na verdade, a autora busca demonstrar que sempre se relaciona violência a algo “externo”, exercida pelos outros ou do lado de fora das nossas casas, escolas, quando, na verdade, a violência está presente em nosso imaginário e se traduz em nossas ações e decisões do dia a dia, deixando marcas na vida do indivíduo desde muito cedo. Itani (1998) pretende, assim, refletir sobre o papel do educador e das práticas pedagógicas que, muitas vezes,.

(19) 9. justificam a violência como algo de fora, praticada por pessoas menos favorecidas, deixando de exercer a necessária “ação socializadora”. A forma com que a autora trata o problema, buscando identificar na ação do educador as raízes da agressividade, aproxima-se da abordagem institucional que realizam outros autores, como Foucault (1987, p.125), que mostra, a partir do século XVIII, a ordenação dos alunos por fileiras: [...] começa a definir a grande forma de repartição dos indivíduos na ordem escolar: filas de alunos na sala, nos corredores, nos pátios; colocação atribuída a cada um em relação a cada tarefa e cada prova; colocação que ele obtém de semana em semana, de mês em mês, de ano em ano; alinhamento das classes de idade umas depois das outras; sucessão dos assuntos ensinados, das questões tratadas segundo uma ordem de dificuldades crescente [..], fez funcionar uma máquina no espaço escolar como uma máquina de ensinar, mas também de vigiar, de hierarquizar, de recompensar.. Morais (1995) demonstra que a preocupação, nesse tipo de organização, não é apenas a aprendizagem, mas de controlar comportamentos, ou seja, uma forma de autoritarismo. Aquino (1998), por sua vez, critica as abordagens geralmente utilizadas para explicar a questão da agressividade na escola: a “sociologizante”, que persegue as consequências das determinações macroestruturais sobre o âmbito escolar (a agressividade como resultado das perversas relações sociais) e a “clínico-psicologizante”, que pontifica um diagnóstico de “quadros” agressivos ou personalidades violentas, que contaminam seus pares e difundem a prática da violência. Explica essa sua posição, em primeiro lugar, por considerar que tais leituras concebem a existência de um protótipo individual padrão, uma personalidade “ideal”, em que qualquer diferença seria considerada anomalia ou distúrbio. Nesse sentido, é importante mencionar o que Lajonquière (1998, p.34) considera sobre Freud, o qual afirmara sobre os caminhos da eleição de objeto narcisista, ou seja: “amase o que se é enquanto ideal; ama-se o que se foi para um outro; ama-se o que se gostaria de ser; e, por último, ama-se a pessoa que foi parte de nós mesmos, isto é, o perdido”. Assim, parece que os adultos gostam das crianças na medida em que fazem parte de um circuito narcísico, no qual está em jogo a sustentação de um ideal de plenitude. No cotidiano escolar, deve-se evitar a patologização do desvio que é a grande armadilha que aprisiona aqueles que se colocam (ou são colocados) no desvio, quer por suas características, quer por seus comportamentos. Não se pode transformar a pessoa com deficiência (diferente) na própria condição de deficiência, na ineficiência total (AQUINO,1998)..

(20) 10. A partir da assertiva de que é praticamente impossível negar as diferenças individuais entre as pessoas, chegamos à constatação da singularidade humana. O que fazer, então, com as diferenças encontradas? Essa resposta passa pelo modo de pensar do educador sobre a origem das características individuais e esse fato irá interferir na sua atuação prática. Passa também pela visão de homem e de mundo que possui esse educador e pelas suas concepções a respeito do processo de desenvolvimento e aprendizagem (MORAIS, 1995). Muito teremos que caminhar para desmistificar a máxima de que o sucesso na educação será somente dos alunos que tiverem alguma qualidade, aptidão ou pré-requisitos básicos. O comportamento agressivo é o caminho mais imediato para a criança comunicar seus desejos e necessidades e os professores podem auxiliar o aluno entendendo o que ele quer comunicar (ITANI, 1998). Aquino (1998), aliás, detém-se cuidadosamente na análise da relação professoraluno. Mais do que isso, propõe tomar a relação professor-aluno como foco principal do trabalho pedagógico, pois conclui pela existência de uma “crise na autoridade docente” embutida nessa relação. Para o autor, a autoridade docente, na sua visão, constitui “condição sine qua nom para o funcionamento e a efetivação da instituição escolar” (AQUINO, 1998, p.15). Essa citação nos remete à reflexão de uma proposta de Aquino (2000) sobre a suspeita de uma carência ou deterioração moral alojada no aluno, ou seja, [...] por meio do legado específico de seu campo de conhecimento, o professor pode, sim, criar condições de sedimentação dessa infra-estrutura quando ela se apresentar ainda de modo fragmentário e disruptivo. (...) ele certamente será capaz de (re)inventar a moralidade discente (AQUINO, 2000, p. 95).. As reflexões teóricas mencionadas anteriormente mostram que as manifestações de agressividade no interior da escola poderão ser, no mínimo, compreendidas e trabalhadas se agentes, clientela e comunidade estiverem juntos abrindo um mesmo caminho, participando coletivamente de uma ação escolar voltada para a inclusão e para uma cidadania ativa.. 3 AGRESSIVIDADE E BULLIYNG NA ESCOLA TUAL. Entre crianças menores, em fase pré-escolar, é comum que a agressividade apareça por fatores como desejo ou possessão de um espaço ou brinquedo ou mesmo na busca pela atenção de um adulto. Isso ocorre pelo fato dela apresentar características egocêntricas e ainda.

(21) 11. não possuir consciência clara das regras sociais impostas pelo ambiente. Porém, é possível que uma criança seja alvo ou vítima de bullying já neste período. De acordo com Camargo (2010), a agressividade na educação infantil é observada a partir de inúmeros episódios cotidianos na escola e em casa. Para a autora, durante o tempo em que a criança se encontra na educação infantil seu desenvolvimento cognitivo se enquadra nas duas primeiras fases apresentadas por Piaget: a Sensório-Motora e a Pré-Operatória. A primeira etapa se estende do nascimento até os dois anos de idade e a segunda, abrange dos dois a sete anos de idade. No primeiro estágio, o Sensório-Motor, as crianças: agem por meio dos reflexos neurológicos, participam do mundo de forma direta, objetiva sem formular reflexões e pensamentos, conhecem o mundo pelos sentidos, levando os objetos até a boca e prestam atenção em cada ruído ocorrido a sua volta, desenvolvem-se emocionalmente e criam a noção do tempo, espaço e objeto por meio da ação. Também é nessa fase que as crianças assimilam o mundo a sua volta, percebendo-se parte de um conjunto, no qual ações e interações acontecem. Camargo (2010) ainda acrescenta que, A fala é construída neste estágio e justamente por não dominá-la a criança opta por comunicar-se principalmente pela linguagem corporal, utilizando o choro, a mordida, a birra, a manha, as expressões faciais e os gestos para interagir com o meio. Neste estágio de desenvolvimento cognitivo, os conflitos que ocorrem entre as crianças em casa e também na escola são iniciados, geralmente, pela disputa de um brinquedo, de um livro, pela posição ao sentar-se na roda ou mesmo pela atenção do professor, avôs, pais.. A criança não morde o colega da turma, por exemplo, porque tem a intenção de machucá-lo, de feri-lo gratuitamente como ocorre no bullying. Essas agressões ocorrem por ser o caminho mais curto para alcançar o seu objetivo. No que se trata do segundo estágio, é nesta fase que ocorre o despertar da comunicação, a criança passa a brincar com outras, interagindo e se comunicando, o que promove um acentuado avanço do desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. Nesta etapa ela tende a não relacionar fatos e, embora haja um avanço no desenvolvimento social da criança, o egocentrismo, ainda assim, é marca registrada desta etapa uma vez que, a criança, não concebe a existência de outras realidades na qual ela não faça parte (CAMARGO, 2010, p. 42). Candreva (2009) nos informa que a criança em fase pré-escolar apresenta desejo por um espaço ou brinquedo ou mesmo por atenção de um adulto. Isso ocorre pelo fato dela apresentar características egocêntricas e ainda não possuir consciência clara das regras sociais. É nesse contexto que os conflitos entre os colegas da classe passam a existir na escola..

(22) 12. Verificando a etapa que Camargo (2010) nos fala, podemos destacar que uma criança que morde outra criança até os dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Segundo Sacchetto (2006), ela ainda não sabe usar a linguagem verbal. Uma das primeiras maneiras de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo, já que não consegue verbalizar com fluência. pois as crianças ainda não conseguem entender que estão machucando. Também Camargo (2010) argumenta, nesse sentido, que na escola, durante a fase Sensório-Motora o melhor e mais rápido mecanismo para a criança alcançar o seu objetivo é por meio da linguagem corporal, podendo utilizar-se da mordida com essa finalidade. A criança não entende que está machucando, já que o seu estágio atual do desenvolvimento cognitivo não permite que esta se coloque no lugar do outro. Entretanto, Fante e Pedra (2008, p.45), já afirmam que comportamento bullying pode ser identificado em qualquer faixa etária e nível de escolaridade. “Entre os 3 e os 4 anos de idade podemos perceber o comportamento abusivo, manipulador, dominador e, por outro lado, passivo, submisso e indefeso”. Por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e de se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e começa a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente e, via de regra, não apresentam uma continuidade. É nessa fase que se percebe o segundo estágio de desenvolvimento, o PréOperatório, quando a criança já é capaz de agredir intencionalmente e, por volta dos cinco anos de idade, é capaz de inventar apelidos, formar panelinhas e até mesmo fazer “brincadeiras” de mau gosto. Para Camargo (2010), os conflitos existentes nesta etapa da educação infantil são fáceis de serem observados, pois, se antes a agressão acontecia pela disputa de um objeto, agora ela pode ser verbal e intencional. Para a autora, é neste momento que o papel dos pais no combate e prevenção ao bullying é importante. É preciso que os pais e professores da Educação Infantil trabalhem tanto com a criança que inventa apelido e faz gozações, quanto com aquela que recebe estas ações e não sabe como sair destas situações constrangedoras. “É nesta fase que os comportamentos de agressões físicas e morais e a baixa auto estima devem ser trabalhados evitando que tais características se acentuem” (CAMARGO, 2010, p. 45). Para Fante e Pedra (2008):.

(23) 13. Entre os 2 e os 3 anos, as crianças precisam ter alguém que intervenha a fim de conter adequadamente o impulso e a ânsia que o provoca. Caso isso não aconteça, esse tipo de comportamento passa a fazer parte do seu repertório comportamental. Uma vez adotado esse comportamento, muitas crianças passam a desempenhá-lo em suas relações sociais, através de atitudes intimidatórias, abusivas e agressivas, como forma de manipular e conseguir seus intentos (FANTE; PEDRA, 2008, p. 99).. O bullying pode levar à dor, angústia e baixa auto-estima para aquelas que são intimidadas. Pode criar problemas sociais e de desenvolvimento e afetar o trabalho da escola. As crianças que intimidam também precisam de ajuda (LOPES NETO, 2005). A pesquisa atual mostra que as crianças que diminuiram a agressão nos anos pré-escolares tendem a posterior adaptação social. As crianças pequenas, cuja agressão mantém um padrão estável pode ter sérios problemas sociais em curso. Ser pai de uma criança que é intimidado ou que intimidadores também pode ser extremamente difícil. Educadores do Ensino Infantil devem ajudar as crianças e os pais com o bullying, executando um trabalho de prevenção já na idade pré-escolar. Sacchetto (2006), afirma que quando as crianças começam a frequentar o jardim ou a escola a professora precisa estar atenta para que essas crianças não recebam apelidos relacionados a aspectos físicos e desempenho. Pois se isso acontecer a criança pode se sentir rejeitada e assim se tornar agressiva com os coleguinhas que a “humilham”. Portanto deve-se trabalhar com os valores morais éticos como solidariedade, compartilhamento, cooperação, respeito, amizade, reciprocidade dentre outros. “Se o professor cria um ambiente com atividades prazerosas durante todo o período de aula, a probabilidade de que comportamentos agressivos surjam é muito menor.” (SACCHETTO, 2006, p. 25). Conforme Sacchetto (2006), podemos dizer que é muito importante detectar e combater o comportamento agressivo das crianças ainda na primeira infância, pois quando criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro provavelmente se tornara uma pessoa violenta. Isso, porque o fenômeno do bullying, ou como muitos pesquisadores denominam de violência moral, tem sido constante nas escolas. Segundo Fante (2002), o bullying não se trata de um episódio esporádico ou de brincadeiras próprias de crianças; é um fenômeno violento que se dá em todas as escolas, e que propicía uma vida de sofrimento para uns e de conformismo para outros. Para a autora, os danos físicos, morais e materiais, os insultos, os apelidos cruéis e as gozações que magoam profundamente, as ameaças, as acusações injustas, a atuação de grupos que hostilizam a vida de muitos alunos levando-os à exclusão, tudo isso.

(24) 14. são algumas das condutas que observa em relação ao bullying escolar. Tal problemática tem muitas implicações do ponto de vista da prática educativa, e suas diferentes manifestações têm preocupado de forma especial pais e educadores.. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO. 4.1 METODOLOGIA. O estudo se inscreve numa abordagem qualitativa e a metodologia adotada é de cunho exploratório com a qual se procurará detalhar e conhecer criticamente o tema em estudo. A metodologia exploratória proporcionará maiores informações sobre o objeto estudado. Procura facilitar a delimitação da temática, dos objetivos e da formulação de possíveis hipóteses. Segundo Gil (1999) a pesquisa exploratória habitualmente envolve levantamento bibliográfico, procurando dar uma visão geral do objeto estudado. O levantamento bibliográfico consistiu basicamente na recuperação dos dados impressos, obras de divulgação técnica e científica (livros científicos, artigos publicados em jornais e revistas, periódicos, teses) e demais fontes que se fizeram necessárias ou dos arquivos eletrônicos, internet. A pesquisa de campo, por sua vez, enriqueceu o estudo científico devido a seu método diretivo e facilitador na identificação ou resolução de problemas, conforme Prestes (2003). Assim, levando em consideração à temática da pesquisa, optou-se como instrumento de coleta de dados o questionário. De acordo com Vergara (2005) o questionário é caracterizado por uma série de questões apresentadas ao respondente, por escrito, as quais podem ser abertas, onde as respostas livres são colocadas pelo respondente e/ou fechadas, onde o respondente escolhe entre as alternativas que lhes são propostas. Quanto à abordagem, a pesquisa é qualitativa. A pesquisa de ordem qualitativa é uma abordagem que se preocupa mais com o aprofundamento e abrangência da compreensão do grupo social em estudo do que com a generalização dos conceitos teóricos testados. Portanto, não privilegia o critério numérico, mas sim a capacidade de refletir a totalidade nas suas múltiplas dimensões. (MINAYO, 1996).

(25) 15. 4.1.1 Sujeitos da pesquisa. Foram entrevistados 05 (cinco) docentes do gênero feminino que lecionam a primeira fase do Ensino Fundamental no Educandário Sonho Meu, Guarabira – PB. O educandário, pertencente à rede privada, atende a crianças do Ensino Infantil e Ensino Fundamental de primeira fase, atuando há dez anos na cidade de Guarabira.. 4.1.2 Método de procedimento. O presente trabalho traz como objetivo conhecer as concepções das professoras a respeito do comportamento agressivo dos alunos e a forma como se apresenta na sala de aula, tendo especial destaque para as manifestações de bulliyng. Para a coleta dos dados, utilizamos um questionário contendo perguntas abertas e fechadas, acerca do comportamento dos alunos em relação aos outros colegas e as atitudes tomadas pela escola quando verificados comportamentos agressivos. Trata-se, portanto, de um estudo comparativo, a partir da análise dos dados.. 4.1.3 Discussão dos resultados da pesquisa feita com os alunos. Esta seção trata da discussão dos resultados obtidos por meio de pesquisa de campo no Educandário “Sonho Meu”. Apresentaremos os resultados obtidos em quadros, tentando ampliar o campo de reflexões sobre o tema, e apresentaremos também uma parte da teoria que diz respeito ao conceito de bullying e o modelo de sujeito agressivo, que juntos possibilitarão uma visão mais abrangente do sujeito e de suas relações. Os resultados estão dispostos em quadros e os sujeitos entrevistados estão identificados como P1 para professora 01, P2 para professora 02 e assim por diante. O primeiro questionamento trata da percepção das professoras sobre a manifestação da agressividade da criança na escola. Quadro 01 – Resposta das professoras sobre a manifestação da agressividade da criança na escola. ENTREVISTADAS Em sua realidade, como a criança manifesta sua agressividade na escola? Dentro do espaço de minha sala de aula, as crianças não P1 expressam momento de agressividade que venham a atrapalhar o andamento do processo de ensino e aprendizagem..

(26) 16. P2 P3 P4. Os alunos insultam os colegas com apelidos que os ofendem. Através de brincadeiras maldosas que levam a briguinhas uns com os outros. Na maioria dos casos, a criança torna-se agressiva quando outro colega começa a lhe ofender ou quando o mesmo pega em algo que lhe pertence. Em outros, a agressividade já vem ensinada por alguns pais.. P5. Através de apelidos, de comentários maldosos, ofensas e até mesmo agressão física.. É perceptível, em suas respostas, que o fenômeno do bullying escolar se encontra presente em suas relações diárias através de atitudes negativas como insultar e gozar os colegas, chamar os colegas por nomes ofensivos que ridicularizam (apelidos) ou falar mal dos colegas. Além disso, atitudes de ofensa física foi apontada por uma professora na pesquisa efetuada. Segundo Fante (2002), os atos de bullying entre alunos apresentam determinadas características comuns: comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima; apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais (apelidar de maneira pejorativa e discriminatória, insultar, constranger). De forma indireta, caracteriza-se pela disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social. Essa caracterização pode ser detectada no grupo entrevistado, comprovando, portanto, a existência da problemática no Educandário Sonho Meu, Guarabira – PB. A seguir, foi questionado às professoras sobre os fatores que contribuem para que a criança seja agressiva na escola. Os dados se encontram no quadro 02, a seguir Quadro 02 – Resposta das professoras sobre os fatores que contribuem para que a criança seja agressiva na escola ENTREVISTADAS Na sua opinião,quais os fatores que contribuem para que a criança seja agressiva na escola? P1 P2 P3. P4. A indisciplina que já provem da falta de obediência, da falta de diálogo com os adultos que convivem com essa criança. Jogos, arma de brinquedo e televisão com desenhos de luta. No meu ponto de vista, isto já começa em casa quando a criança chega irritada com os problemas de casa, ela começa a fazer intrigas e briguinhas com seus amigos da sala. Os fatores que contribuem para a agressividade são: falta de diálogo e carinho dos pais, brinquedos, filmes e programas de TV que incentivam a violência como uma coisa correta a seguir. E até em certos casos, uma forma de defesa em relação a outro colega que lhe persegue..

(27) 17. P5. O convívio com pessoas agressivas e a falta de diálogo.. Sobre possíveis fatores que levam a agressividade infantil, foi unânime a questão envolvendo problema familiar seguido da influência da televisão, talvez decorrente de programas violentos, além de serem citados, ainda, brinquedos e jogos de caráter violentos levando à constância de brincadeiras violentas. Além disso, a primeira professora alegou a falta de limites por parte da família que promovem reflexos exteriores à escola. A compreensão do comportamento agressivo da criança deve ser explicada dentro do contexto em que ela se encontra. As crianças de 4 e 5 anos, geralmente, fazem parte de dois grupos sociais, a família e a escola. Por sua vez, elas refletem na escola com seus companheiros atitudes que imitam de seus familiares, professores, além de personagens de televisão. Baseando-nos neste pensamento, acreditamos que as principais causas da agressividade que concorre ao bullying nas escolas atuais podem ser: pessoais, familiares, os meios de comunicação e a própria escola. Quanto aos meios de comunicação, segundo Lucinda et al (1999, p.45), a mídia tem uma grande influência nas diferentes manifestações de violência que ocorrem nas escolas, pois as cenas de violência estão em destaque nos jornais e na televisão. As propagandas de massa, as novelas também influenciam muito os jovens, pois divulgam e valorizam os padrões de vida das classes mais favorecidas, isso tem influenciado os padrões de consumo da sociedade como um todo, mas não estão presentes apenas nas classes baixas, mas também em classes médias e nas mais favorecidas. Ainda Lucinda et al (1999) citam que a violência perpassa as diferentes relações sociais e aparece de forma explícita nos meios de comunicação, principalmente na mídia televisiva. São vários os programas que enfatizam e reproduzem, com veemência, atos de violência que acontecem frequentemente nas sociedades em geral. Além disso, a televisão comumente apresenta programas com “brincadeiras” desrespeitosas em que os indivíduos são usados como objetos sarcásticos, até programas infantis não fogem a essa conotação violenta. No terceiro questionamento, perguntou-se às professoras quais as atitudes tomadas quando ocorrem situações de agressividade na escola. Os resultados encontram-se no quadro 03. Quadro 03 – Resposta das professoras sobre as atitudes tomadas quando ocorrem situações de agressividade na escola. ENTREVISTADAS Quais as atitudes tomadas quando ocorrem situações de agressividade na escola?.

(28) 18. P1. P2 P3 P4. P5. No contexto da sala de aula, quando ocorrem situações mais difíceis, dialoga-se com a criança, embora não tenhamos enfrentado situações agressivas entre os alunos. Muitas vezes levamos à diretoria e em casos extremos comunicamos aos pais. O diálogo é a melhor maneira de resolver qualquer situação em sala de aula. Primeiro, conversa com a criança mostrando-lhe que aquilo é uma atitude errada, que não deve se repetir, chamar a atenção dos pais para uma conversa e explicar certas atitudes do filho. Intervir e conversar individualmente com cada aluno, mostrando através do diálogo que a agressão verbal ou física é algo ruim e que violência só gera violência.. Sobre as atitudes tomadas quando ocorrem situações de agressividade na escola, as professoras consideram o diálogo com o aluno como sendo o primeiro passo a ser dado, seguido na reincidência da atitude do aluno, há uma conversa com os pais na tentativa de resolução do problema. Acreditamos que se faz necessário um momento reflexivo com a criança sobre sua atitude. E dependendo da gravidade e frequência, a comunicação com os pais é de extrema importância. Somando-se a isso, seria interessante uma estratégia que possibilitasse se fazer um trabalho para a agressora se sentir no lugar do outro, agredido, estudando as razões e os motivos que a levaram a cometer determinada ação. A criança agressiva precisa de ajuda para enfrentar o acúmulo de impulsos agressivos e a escola em sintonia com os pais precisa trabalhar o ego desses alunos que podem apresentar deficiência emocional. O quadro 04, a seguir, trata do questionamento referente à relação comportamento agressivo e dificuldades de aprendizagem Quadro 04 – Respostas sobre a relação comportamento agressivo e dificuldades de aprendizagem. ENTREVISTADAS As crianças que apresentam comportamento agressivo, também apresentam dificuldades de aprendizagem? Não tenho crianças que apresentam comportamento agressivo. P1 Não. P2 Na maioria das vezes, sim. P3 Algumas, sim; outras, não. P4 Nem sempre. Já observei crianças que têm uma ótima P5 aprendizagem serem também agressivas..

(29) 19. Como se percebe no quadro 04, os dados não nos permitem concluir se crianças que apresentam comportamento agressivo, também apresentam dificuldades de aprendizagem. A professora 05, faz uma observação até interessante, afirmando que há crianças agressivas que têm ótima aprendizagem. Esse resultado confirma o estudo de Stevanato et al (2003), com 58 crianças na fase escolar não detectando-se diferença entre as crianças com dificuldade de aprendizagem e problemas de comportamento. Em relação às respostas das professoras sobre a timidez ou caráter extrovertido das crianças, elas também apresentam respostas diversas, conforme quadro 05. Quadro 05 – Resposta das professoras sobre o caráter tímido ou extrovertido das crianças que apresentam agressividade. Essas crianças são tímidas ou extrovertidas? ENTREVISTADAS Algumas são tímidas, mas na sua maioria são extrovertidas: P1 conversam, brincam, são crianças. Tímidas. P2 São extrovertidas. P3 Geralmente extrovertidas. P4 Sempre são bem extrovertidas. P5 De acordo com Train (1997), há duas modalidades de agressividade: a eventual e a patológica. A primeira, é saudável e promove o desenvolvimento infantil, a segunda, geradora de problemas, dentre eles, o bullying. Para o pesquisador, a criança extrovertida se manifesta espontaneamente, é irrequieta e desobediente, agindo impulsivamente. Por ter esse comportamento, geralmente é rotulada como agressiva, entretanto, essa agressividade é saudável. Para o autor, essa inconstância da criança funciona como uma importante válvula de escape para suas inquietações, não se podendo confundir com uma agressividade realmente característica da personalidade que acarreta problemas de aprendizado. Em relação às respostas das professoras sobre a participação destes alunos em eventos da escola, os dados revelam que essas crianças têm participado das atividades conforme quadro 06. Quadro 06 – Resposta das professoras sobre a participação destes alunos em eventos da escola. ENTREVISTADAS Essas crianças participam dos eventos da escola? A maioria sim. P1 Sim P2 Com bastante frequência. P3 Algumas vezes sim. P4 Sim. P5.

(30) 20. Conforme o quadro 06, os alunos percebidos como agressivos participam dos eventos escolares. Esse resultado demonstra que as crianças percebidas pelas professoras não configuram casos de crianças com predisposição à agressividade patológica que levaria ao bullying. De acordo com Ladd (2012), uma criança com essa predisposição não desenvolve atitudes e sentimentos positivos em relação à escola e à aprendizagem; não estabelece vínculos sociais não se sente confortável e relativamente feliz em sala de aula, não está interessada e motivada para aprender e tomar parte nas atividades de sala de aula (participação, envolvimento), abstraindo-se das tarefas escolares. O quadro 07, a seguir, demonstra os resultados obtidos ao questionamento sobre a participação dessas crianças em grupos e como esses grupos se caracterizam. Quadro 07 – Resposta das professoras sobre a participação dessas crianças em grupos e características dos grupos. ENTREVISTADAS Essas fazem parte de grupos? Caracterize os grupos Sim, mas basicamente de dois: grupo de meninas e grupo de P1 meninos. Não. P2 Sim. Aqueles grupos que se destacam de maneira imprópria na P3 sala de aula de mal comportamento, sempre tentando chamar a atenção. P4. Algumas vezes sim.. P5. Sim. Só gostam de fazer grupos com crianças do mesmo sexo.. Conforme os dados obtidos, apenas uma professora não percebe a participação das crianças agressivas em grupos. Quanto às demais professoras, uma caracterizou o grupo a qual pertencem como aquele que apresenta mal comportamento e que deseja chamar a atenção. Duas professoras, caracterizam como grupos diferenciados pelo sexo, tendo o grupo de meninas e o grupo de meninos.. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Dada a consciência pública crescente do bullying e suas consequências sociais, muitos professores e famílias têm expressado preocupação com a sua presença na escola atual. Este estudo buscou identificar as possíveis causas do comportamento agressivo dos alunos e a forma como se apresenta na sala de aula, através de uma pesquisa sobre o bulliyng, buscando por meio de pesquisa bibliográfica e de campo, identificar os fatores que levam os alunos a se comportarem agressivamente na escola; reconhecer as causas e consequências da.

(31) 21. agressividade de crianças em idade escolar e em que nível ela pode se caracterizar. Esperamos aqui ter compartilhado alguns conhecimentos que acreditamos serem indispensáveis ao tema, bem como ter atingido o objetivo principal da pesquisa. Os dados obtidos em pesquisa de campo e comparados à literatura sobre o tema, permitem inferir que, no Educandário Sonho Meu, campo da pesquisa, são percebidos comportamentos agressivos entre os alunos, porém estes comportamentos não estão vinculados a casos de bullying, uma vez que tais crianças não apresentam problemas de aprendizagem, participam de eventos escolares, são extrovertidas e participam de grupos entre pares, tendo, portanto relacionamento sócio-efetivo saudável e comum entre crianças nesta fase escolar. Como toda pesquisa, este estudo apresenta limitações. Todavia, esse é um campo aberto, sobre o qual pouco se sabe, e muito ainda há para ser pesquisado, discutido e analisado a respeito do assunto. Assim, finalizamos este estudo que não pretende esgotar a discussão sobre o bullying na escola, mas provocar reflexões que suscitem novas questões ao entendimento e superação do mesmo, e contribuir com a escola para a elaboração de propostas de programas educativos para subsidiar os professores a trabalharem com esta temática.. REFERÊNCIAS. AQUINO, Júlio Groppa. Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1999. ______ . Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. BARRET, J. Comportamento de agressividade e correlação da agressão na escola préprimária. 1993. Disponível em http//www.elogica.br.inter.br. BITTENCOURT, C. B. F. Violência sexual contra crianças: Implicações psicológicas. Pediatria Moderna, Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2004. CAMARGO, Carolina Giannoni. Brincadeiras que fazem chorar! Introdução ao Fenômeno Bullying. São Paulo: All Print, 2010. DELFINA, M. Violência e Agressão: da criança, do adolescente e do jovem. In: BALLONE G. J. Psiqweb, 2003. Disponível em http//www.psiqweb.med.br..

(32) 22. FANTE, Cleo. Estudos realizados em uma escola da Rede Pública em São José do Rio Preto. Jornal Diretor udemo, ano V, n.º 02, agosto/2002. FANTE, Cléo. E PEDRA, José Augusto. Bullying Escolar Perguntas e Respostas. São Paulo, Artemed, 2008. FERNANDEZ, Alícia. Agressividade: qual o teu papel na aprendizagem? Petrópolis: Vozes, 1992. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Nova Fronteira, 2001. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: a história da violência nas prisões. Petrópolis, Vozes, 1987. GUIMARÃES, Marcelo Rezende. Um novo mundo é possível: dez boas razões para educar para a paz, praticar a tolerância, promover o diálogo inter-religioso, ser solidário, promover os direitos humanos. São Leopoldo: Sinodal, 2004. ITANI, A. A violência no imaginário dos agentes educativos. In: ITANI, A. Na mira da violência: A escola e seus agentes. São Paulo: Unicamp, 1998. KAPLAN, H. & SADOCK, B. Condições não atribuíveis a um transtorno mental. In: Compêndio de Psiquiatria, 6 a ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. LADD, Gary W. Transições escolares/prontidão escolar: um resultado do desenvolvimento na primeira infância. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância. CEECD / SKC-ECD. 2012. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991. LANDAU, Erika. A coragem de ser superdotado. São Paulo: Arte e Ciência, 2002. LAJONQUIÈRE, L. de. A criança, “sua” (in)disciplina e a psicanálise. In AQUINO, J. G. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. LOPES NETO, Aramis A. Bullying: Comportamento agressivo entre estudantes. Jornal do Pediatra, vol 81, nº 5. Porto Alegre, Nov. 2005, p. S164 – S172. Disponível em:www.cielo.br/jped/v81n5s0.pdf. Acesso em 15 de março de 2012. LUCINDA, Maria da Consolação; CANDAU, Vera Maria; NASCIMENTO, Maria das Graças. Escola e violência. Rio de Janeiro: DP&A, 1999. MINAYO, Maria Cecília de S. (Org.). A violência na adolescência – em foco a adolescência descamisada. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1990. MORAIS, Régis de. O que é violência urbana. SP, Brasiliense, 1995..

(33) 23. REGRA, Jaíde A. Gomes. A agressividade infantil. In: SILVARES, Edwiges Ferreira de Mattos. (Org.). Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil. Campinas, SP: Papirus, 2000. SACCHETTO, Karen Kaufmann. Comportamento, Agressividade Infantil. Disponível em: http://guiadobebe.uol.com.br/bb5a6/a_agressividade_infantil__bullying.htm. Acesso em 15 de março de 2012. STEVANATO, Indira Siqueira et al . Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo. Maringá, v. 8, n. 1, Junno de 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sc. Acesso em 21 de abril de 2012. TRAIN, Alan. Ajudando a criança agressiva: como lidar com crianças difíceis. Campinas: Papirus, 1997..

(34) 24. APÊNDICE.

(35) 25. APÊNDICE A - MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO. QUESTIONÁRIO PARA AS PROFESSORAS. Tendo em vista que o tema de meu estudo trata-se do bullying na escola, surge a necessidade de selecionarmos formas de investigar esse objeto. Por se tratar de uma pesquisa que tem característica qualitativa, pretendemos efetivar uma aproximação, por meio desse instrumento de coleta de dados, com a realidade que desejamos conhecer e estudar o que contribuirá para um conhecimento mais aprofundado dessa realidade. Assim sendo, solicitamos a sua contribuição para esse estudo, respondendo as perguntas que se seguem. Desde já agradecemos a sua colaboração.. QUESTIONÁRIO. Gostaria que comentasse as seguintes indagações: 1. Em sua realidade, como a criança manifesta sua agressividade na escola? 2. Na sua opinião, quais os fatores que contribuem para que a criança seja agressiva na escola? 3. Quais as atitudes tomadas quando ocorrem situações de agressividade na escola? 4. As crianças que apresentam comportamento agressivo, também apresentam dificuldades de aprendizagem? 5. São tímidas ou extrovertidas? 6. Participam dos eventos da escola? 7. Fazem parte de grupos? Caracterize os grupos. 8. Marque as situações que você já presenciou em sua sala de aula: ( ) Os colegas insultam e gozam outras crianças ( ) Os colegas rejeitam outras crianças ( ) Os colegas chamam nomes que ofendem e ridicularizam outras crianças ( ) Os colegas falam mal de outras crianças ( ) Os colegas impedem outras crianças de participar nas atividades ( ) Os colegas obrigam outras crianças a fazer coisas que não querem com ameaças ( ) Os colegas estragam objetos de outras crianças ( ) Os colegas escondem coisas de outras crianças.

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