HistoriaIdentidadeGuarulho

(1)

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CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS Organização e Pesquisa: Organização e Pesquisa: Organização e Pesquisa:

Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos SantosProf. Dr. Carlos José F. dos SantosProf. Dr. Carlos José F. dos SantosProf. Dr. Carlos José F. dos Santos

Colaboração: Colaboração:Colaboração:

Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro Prof. Mestre Maurício Pinheiro Prof. Mestre Maurício Pinheiro Prof. Mestre Maurício Pinheiro Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação:

- Livro: Livro: Livro: Livro: SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza na Virada do Século XIX/XX (1890

na Virada do Século XIX/XX (1890na Virada do Século XIX/XX (1890

na Virada do Século XIX/XX (1890----1915)1915)1915). S.P: 1915). S.P: . S.P: . S.P: AnnablumeAnnablumeAnnablumeAnnablume / Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)

- Livro:Livro:Livro:Livro: SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em

dos territórios em dos territórios em

dos territórios em Guarulhos/SPGuarulhos/SPGuarulhos/SPGuarulhos/SP. S.P: . S.P: . S.P: . S.P: Annablume/SinproAnnablume/SinproAnnablume/SinproAnnablume/Sinpro, 2006, 2006, 2006, 2006

-Tese de Doutorado:Tese de Doutorado:Tese de Doutorado:Tese de Doutorado: SANTOS, Carlos José F.SANTOS, Carlos José F.SANTOS, Carlos José F.SANTOS, Carlos José F. ““““Guarulhos Guarulhos Guarulhos Guarulhos –––– Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob a

a a

a MundializaçãoMundializaçãoMundialização””””. S.P: FAUMundialização . S.P: FAU. S.P: FAU. S.P: FAU----USP, 2004USP, 2004USP, 2004USP, 2004

- Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado: PINHEIRO, Maurício. “PINHEIRO, Maurício. “Santuário de Nossa Senhora do PINHEIRO, Maurício. “PINHEIRO, Maurício. “Santuário de Nossa Senhora do Santuário de Nossa Senhora do Santuário de Nossa Senhora do Bonsucesso

Bonsucesso Bonsucesso

(3)

Esta apresentação também é parte do Esta apresentação também é parte do Esta apresentação também é parte do

Esta apresentação também é parte do Curso de Extensão “História de Guarulhos: Curso de Extensão “História de Guarulhos: Curso de Extensão “História de Guarulhos: Curso de Extensão “História de Guarulhos: Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e

Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e

Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Conflitos”Conflitos”Conflitos”Conflitos”, , , , promovido pelo

promovido pelo promovido pelo

promovido pelo SINPROSINPROSINPRO----GuarulhosSINPRO GuarulhosGuarulhosGuarulhos (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José

Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José

Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro.

contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m

Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, mas como as como as como as como reconhecimento do trabalho realizado.

reconhecimento do trabalho realizado. reconhecimento do trabalho realizado. reconhecimento do trabalho realizado.

DESEJO A TODOS UMA BOA EXIBIÇÃO.

Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos

Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea

Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e realização do curso de lização do curso de lização do curso de lização do curso de extensão:

extensão:extensão: extensão: Telefone/Contato

Telefone/ContatoTelefone/Contato

(4)

“Em vários momentos de suas histórias, as cidades passam pela

construção de identidades diferenciadas. Ítalo Calvino explica q

construção de identidades diferenciadas. Ítalo Calvino explica que

ue

não deveríamos confundi

não deveríamos confundi----las com os discursos que as descrevem, pois

las com os discursos que as descrevem, pois

é possível ‘construir’ cidades diferentes conforme acentuamos

determinadas dimensões.

Cada sujeito, individualmente e em seu grupo sociocultural, com

Cada sujeito, individualmente e em seu grupo sociocultural, com sua

sua

maneira de refletir e experimentar suas vivências, constrói e

reconstrói as cidades. Isso não exclui a idéia de que existam

identidades coletivas, mas ressalta a possibilidade da diversida

identidades coletivas, mas ressalta a possibilidade da diversidade e da

de e da

diferenciação.”

Carlos José Ferreira dos Santos

(SANTOS, C. J. F. “Várzea do Carmo - Lavadeiras, caipiras e ‘pretos véios’”. In: Memória

Memória Memória

Memória ---- Energia Energia Energia Energia ---- 28. 28. 28. 28. São Paulo: Fund. Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo, Out./2001.)

(5)

Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos Santos

Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro

2006

“História de Guarulhos: Identidades, Territórios,

Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Conflitos”

SINPRO GUARULHOS

APRESENTA

(6)

I PARTE

A

(7)

(8)

Atualmente Guarulhos possui área de 341 quilômetros

quadros, fazendo fronteira com:

- Arujá (ao Leste);

- Itaquaquecetuba (Sudoeste);

- Mairiporã (Noroeste);

- Nazaré Paulista (Norte);

- Santa Izabel (Nordeste);

- e com bairros da cidade de São Paulo (Sul, Sudoeste e

Oeste) bairros como: São Miguel, Penha, Jaçanã,

(9)

O município está localizado entre duas das principais

rodovias nacionais que cortam territorialmente a cidade:

-Via Dutra

(eixo de ligação São Paulo - Rio de Janeiro)

- Rodovia Fernão Dias

(ligação São Paulo a Belo Horizonte).

Conta ainda com a Rodovia Ayrton Senna que também

passa por seu território e facilita a ligação de São Paulo

diretamente ao Aeroporto Internacional de São

Paulo/Guarulhos (AISP/GRU)

A imagem a seguir representa bem esta leitura sobre o

município.

(10)

(11)

Partimos da seguinte hipótese: Guarulhos apresenta

situação geográfica, urbana e econômica estratégica

para as relações entre o Brasil e o atual contexto

econômico internacional, sobretudo pela presença do

Aeroporto, das rodovias e do grande número de

empresas estrangeiras estabelecidas no município.

Esta condição faz da cidade um importante pólo

potencial de atração para futuros e presentes

investimentos de capitais nacionais e estrangeiros.

(12)

Tanto o poder público e a historiografia tradicional local

ressaltam esta condição espacial como uma das

características mais marcantes (quando não a principal)

do município em seu desenvolvimento histórico.

A imagem anterior e as que seguem, somadas à forma

como tradicionalmente é apresentada a história do

(13)

(14)

(15)

Fundado como aldeamento indígena-jesuítico por volta

de 1555 e 1560 a partir da Capela de Nossa Senhora da

Conceição dos Guarulhos (além do Aldeamento de São

Miguel) e com partes do seu território exploradas no

sistema de lavras de ouro, o atual município e suas

adjacências estavam desmembrados inicialmente em

povoados e núcleos avançados entre São Paulo e os

focos populacionais do sertão.

Esses espaços tornaram-se pontos de passagem,

comércio e pouso para as lavras e, posteriormente, para

viajantes, tropeiros de longa distância, bem como para o

escoamento da produção agrícola ou oleira local,

conforme discutiremos no segundo capítulo.

(16)

As imagens e planta que seguem com as estradas

cortando o município, assinalando as áreas de lavras de

ouro e alguns dos pontos de passagem e pouso como o

núcleo centro de Guarulhos e Bonsucesso, entre outros.

(17)

(18)

(19)

(20)

(21)

Em 24 de março de 1880, a antiga “Freguesia de Nossa

Senhora da Conceição dos Guarulhos” foi elevada à categoria

de “Vila” com a denominação de “Conceição dos Guarulhos”

pela

Lei Provincial n.º 34

. A nova “Vila” abrangia também as

“Freguesias” de Nossa Senhora da Penha de França e a de

Juqueri (atual Mairiporã).

O texto da seção que decretou a elevação foi:

A Assembléia Legislativa Provincial de S. Paulo Decreta: Art. 1 o

Fica elevada à categoria de Vila a Freguesia de Nossa Senhora da

Conceição dos Guarulhos, compreendendo as Freguesias de Nossa

Senhora da Penha de França e a de Juqueri com suas atuais divisas.

Art. 2 o= Ficão revogadas as disposições em contrário. (...)

(22)

(23)

A “sede municipal” recebeu foros de cidade em

19/12/1906, por força da Lei Estadual n. 1038

Uma época marcada pela forte presença das olarias,

lavoura, chegada das primeiras fábricas (de bens de

consumo) e início da imigração, principalmente italiana,

que somou à já forte presença portuguesa, constituindo

(24)

(25)

(26)

(27)

(28)

(29)

A presença dos imigrantes pode ser percebida nos nomes das fábricas e do comércio local. Famílias que, por vezes, ocuparam

(30)

(31)

(32)

Pelos nomes dos intendentes, prefeitos e vereadores municipais é possível perceber a forte presença dos imigrantes, particularmente

(33)

(34)

(35)

(36)

(37)

(38)

(39)

(40)

2005 a Elói Pietá, Eleição direta. Pietá foi reeleito para seu

(41)

(42)

(43)

(44)

O “caminho” do Trem em Guarulhos – veja a linha mais escura.

(45)

(46)

Foi neste contexto que inaugurou-se em 5 de julho de 1931 o “Sanatório”, que possuía uma colônia de hansenianos. Pertencente ao Governo do Estado, essa colônia ficava em uma área de 20 alqueires e chegou a abrigar na década de 1930 cerca de 600 pessoas entre crianças, adultos e idosos. A colônia era constituída pelo hospital (à esquerda e no alto na foto), casas para os pacientes, residência do diretor, complexo esportivo (com campo de futebol, piscinas, quadra de tênis e pista de corrida), clube social (salão de baile, salão de jogos e sala de cinema – edificação que aparece à esquerda da Igreja na foto).

O Sanatório foi extinto na década de 1960 e atualmente funciona como “Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos”, administrado pela Secretaria Estadual da Saúde e outra parte pertence a CDHU.

(47)

(48)

Guarulhos tornou-se Comarca pela Lei Estadual 2456, de

30/12/1953 – mesma época da construção da Via Dutra e

Fernão Dias

Em 8/6/1973 o município irá compor a Região

Metropolitana da Grande São Paulo – época na qual a

cidade, “apesar” de sofrer um processo de periferização e

ocupação irregular com a chegada dos migrantes,

(49)

Dutra

e

(50)

No dia 19 de janeiro de 1951, o Presidente Eurico Gaspar

Dutra inaugurava a “nova” Estrada de Rodagem entre o

Rio de Janeiro e São Paulo, que recebeu seu nome: a Via

Dutra.

Ao findar da mesma década de 1950, era implantada pelo

presidente Juscelino Kubitscheck a Rodovia Fernão Dias,

(51)

(52)

Reconhecemos assim duas fases de desenvolvimento

industrial em Guarulhos.

A primeira, datada entre o final do século XIX até meados

da década de 1940, marcada pela produção na Ponte

Grande, Vila Augusta, Porto da Igreja e região, quase

toda enviada para São Paulo e com uma forte presença

italiana.

A outra fase, a partir da segunda metade dos anos 40,

com o predomínio desse tipo de indústria na Zona Norte

e, principalmente, Leste do município, vinculada à

construção da Dutra e à periferização da população

municipal e paulistana, com a participação de outros

contingentes populacionais, destacadamente migrantes

nordestinos e mineiros.

(53)

O gráfico e as imagens que seguem reforçam nossa

análise.

Comparando ambos acompanha-se que a área central e

seus arredores sofreu poucas alterações com o

(54)

(55)

Rua D. Pedro II. Ao fundo da imagem aparece a Igreja Matriz

(56)

Detalhe da Imagem anterior da Rua D. Pedro II

(57)

Vista do Centro em 1959. Destaque para a Igreja do Rosário abaixo e à direita. Também à direita e um pouco acima, o Cemitério Central de Guarulhos

(58)

Detalhe da Imagem anterior, destacando o Cemitério Central do MunicípioFonte:

(59)

(60)

(61)

(62)

A partir dos anos de 1950, 1960, 1970, 1980 e 1990 o

município recebeu um expressivo número de instalações

industriais, tornando-se um dos pólos de industrialização

nacional, como permitem acompanhar as imagens que

seguem

(63)

(64)

(65)

(66)

(67)

Um Aeroporto Internacional

em Guarulhos

(68)

O Aeroporto Internacional de São

Paulo/Guarulhos (AISP/GRU) ocupa uma área

de 14 Km2.

Além disso, está prevista a construção de um

trecho do Rodoanel no município.

A população da cidade é de 1.072.717 pessoas

(censo 2000), segundo maior município do

(69)

Via Dutra

Rod. Ayrton Senna Fernão Dias Localização aproximada do Trecho do Rodoanel em Guarulhos Mairiporã São Paulo São Paulo Itaquaquecetuba Santa Izabel Nazaré Paulista

MAPA DE INFLUÊNCIA DA 3a_PISTA

200 0 2000 4000m

Prefeitura Municipal de Guarulhos

Plano Diretor – março 2002 Secretaria de Economia e Planejmanto ZONA AEROPORTUÁRIA 1 ZONA AEROPORTUÁRIA 2 ZONA AEROPORTUÁRIA 3 ZONA AEROPORTUÁRIA 4 ZONA AEROPORTUÁRIA 5 ZONA AEROPORTUÁRIA 6 – ÁREA A SER DESAPROPRIADA

Arujá

(70)

(71)

II PARTE

A

A ““““CIDADE

CIDADE

CIDADE”””” DAS M

CIDADE

DAS M

DAS MÚ

Ú

ÚLTIPLAS

Ú

LTIPLAS

IDENTIDADES E TERRIT

(72)

(73)

(74)

Em nosso tese de doutorado, a pesquisa realizada

permitiu acompanhar que a atuação

político-administrativa local, no transcorrer da história do

município, concebe Guarulhos como um

“apêndice e prolongamento” de São Paulo

determinado por sua localização geográfica.

Não consideramos adequado e satisfatório o conceito

de que Guarulhos possui um único caráter e que este

é determinado por sua função de “periferia”

e/ou “prolongamento” da metrópole?

(75)

Ao estudarmos a história social do município

compreendemos um quadro de heterogeneidade

sociocultural e urbanística de múltiplas identidades,

dificultando o reconhecimento de um caráter único ou

preponderante para Guarulhos e seus moradores.

Esse quadro, por sua vez, diante da valorização da

“modernização” trazida pelo aeroporto internacional

no contexto local e da globalização, atualmente vem

criando uma situação de crise de auto-identificação

para os que buscam uma unicidade identitária para

caracterizar o município.

(76)

(77)

(78)

Compreendemos que a forma de administrar o

município e de descrevê-lo impondo uma

identidade vem deixando à margem sujeitos,

localidades e identidades de longa tradição

(Bonsucesso, Cabuçu, região do antigo

aldeamento de São Miguel nas proximidades

do atual bairro dos Pimentas e as áreas da

lavras) que vivenciaram a partir da segunda

metade do século XX um forte processo de

periferização junto com novos bairros

constituídos mais recentemente (Presidente

Dutra, Sadokim, Aracília, Fortaleza entre

outros).

(79)

(80)

(81)

Deste modo, política e administrativamente considerada

uma “cidade”, Guarulhos constituiu-se para esta pesquisa

como um município que, ao procurar auxiliar a

metropolização paulistana, desenvolveu em seu território

bairros que se caracterizaram como verdadeiros:

- subúrbios paulistanos (Vila Agusta, Vila Galvão,

Gopoúva. Ponte Grande, entre outros, incluindo sua área

central);

- e outros como periferias metropolitanas (Bonsucesso,

Cabuçu, Pimentas, Presidente Dutra, Sadokim, Aracília,

Fortaleza entre outros), guardados os devidos cuidados

com as especificidades de cada lugar.

(82)

(83)

(84)

(85)

(86)

(87)

Da mesma forma, vale afirmar que:

-o munic

í

pio foi criado pela Lei Provincial n. 34, de

24/03/1880, como Concei

çã

o de Guarulhos;

- e depois a

“

sede municipal recebeu foros de cidade em

19/12/1906, por for

ç

a da Lei Estadual n. 1038

- a

é

poca marcada pela forte presen

ç

a das olarias, lavoura,

chegada das primeiras f

á

bricas e in

í

cio da imigra

çã

o,

principalmente italiana

.

No entanto, vale ressaltar a forte presen

ç

a negra,

caipira e cabocla na constitui

çã

o do munic

í

pio.

(88)

(89)

(90)

(91)

(92)

Porém, como permitem compreender as fotografias

a seguir, o núcleo central da cidade (Praça Tereza

Cristina, a Rua Dom Pedro II e a antiga Igreja do

Rosário ao fundo. Pela imagem) era ocupado por

barracas e tabuleiros típicos do comércio popular

durante as datas comemorativa e/ou religiosas.

Segundo depoimentos, as fotos que seguem

mostram, provavelmente, a “Festa do Divino”.

Ou seja, as imagens mostram tradições de uso do

espaço público que, por vezes, não são

consideradas pelos projetos de intervenção.

(93)

(94)

(95)

(96)

(97)

(98)

(99)

(100)

As imagens que seguem (sequência das imagens

anteriores) assinalam a presença da Igreja Nossa

Senhora do Rosário da Irmandade dos Homens

Pretos. A Igreja do Rosário, localizada na atual Praça

Conselheiro Crispiniano, bem no centro da área

central do município, a “Igreja dos Homens Pretos”

ficava em frente à “Igreja Matriz”.

Segundo Ranali e Romão, a “Igreja do Rosário” foi

edificada anteriormente à data considerada pelo

Padre Celestino como a de sua fundação, em 1862.

Ao mesmo tempo, a destruição daquela Igreja do

Rosário, provavelmente entre as décadas de 1920 –

1930, demonstra a tentativa de apagar esta presença.

(101)

Igreja Nossa Senhora do Rosário da

Irmandade dos Homens Pretos

(102)

(103)

(104)

(105)

(106)

(107)

Nossa Senhora de Bonsucesso,

Carpição

e

(108)

(109)

(110)

(111)

Bom Jesus da Cabeça do Cabuçu

e

(112)

(113)

Capela do Bom Jesus da Cabeça do Cabuçú entre

1950-1960. Segundo Affonso A. de Freitas, o ano de 1724 foi

quando, possivelmente, a imagem que deu origem ao nome

da Capela apareceu. Ainda de acordo com Freitas, em 1850

a Capela foi erguida pelo Mestre Raymundo Fortes

(ex-escravo). No ano de 1922 a edificação sofreu um restauro.

Na década de 90 foi construída ao lado da Capela uma

nova Igreja.

Atualmente as Irmãs Servas do Sagrado Coração de Jesus

Agonizante cuidam da Capela junto com a comunidade.

Todo mês de agosto realiza-se a tradicional festa em

devoção ao Bom Jesus da Cabeça, reunindo pessoas de

várias regiões do estado.

(114)

Uma segunda história, da mesma forma recolhida por

Affonso A. Freitas, narra que a cabeça da imagem do Bom

Jesus desceu de um córrego da Vila de Pirapora até o

Cabuçu. Porém, como esclarecem Ranali, Romão e

Noronha, esse córrego não foi encontrado.

Uma terceira história, ainda conforme os três pesquisadores,

narra que um capelão do Santuário de Pirapora, com a

“consciência pesada” por cometer “desvios”, mandou “três

oficias carapinas cerrarem a cabeça do Bom Jesus” pelo

“incômodo” que causava, substituindo-a por outra. Essa

mesma cabeça foi a que apareceu “misteriosamente” no

Cabuçu.

(115)

Uma quarta história conta que a imagem do Bom Jesus de

Pirapora foi substituída por ser considerada uma obra

“grosseira”, sendo a cabeça dessa imagem encontrada, “em

1724, por um pesqueiro do Rio Tietê (segundo o Livro do

Tombo da Paróquia de Parnaíba). Foi então que, por

sentimentos piedosos de D. Joaquina Fortes Rendon de

Toledo e a devoção dos dois Raymundos Fortes (um

Raymundo era escravo de D. Joaquina e o outro, neto do

primeiro), “surgiu a Capela, restaurada em 1922”

.

(RANALI

& ROMÃO, 1985: p. 18-19 / NORONHA, 1960: p. 28-29.)

.

(116)

(117)

(118)

Dutra,

CECAP

e

(119)

Ainda na mesma dire

çã

o da cr

í

tica, se:

- entre as d

é

cadas de 1950 1980 ocorreu a constru

çã

o da

Via Dutra, Fern

ã

o Dias, a constitui

çã

o do expressivo

parque industrial municipal e a posterior constru

çã

o do

Aeroporto Internacional

- ao mesmo tempo, a entrada de um expressivo

contigente de migrantes,a periferização e ocupação

irregular tornaram-se marcas do município.

Antigas e novas tradições populares formam hoje a

cidade que também é palco de lutas sociais.

(120)

(121)

(122)

Aeroporto

e

(123)

(124)

(125)

(126)

(127)

(128)

(129)

Com a construção da “terceira pista” do Aeroporto

Internacional serão 5.250 desapropriações (dado fornecido

pelo escritório da Urbaniza contratado pela Infraero para

realizar as desapropriações} e a remodelação viária em todo

o entorno da área aeroportuária.

Segundo o Movimento de Luta por Moradia de Guarulhos

(MLM) e o Movimento Contra a Terceira Pista, esse

quadro pode produzir a desapropriação de cerca de 30.000

pessoas e o desaparecimento de três bairros do município,

além de efeitos socioambientais parciais em pelo menos

outros dezoito, afetando 54 mil imóveis.

(130)

Conforme cálculos da Secretaria de Planejamento da

municipalidade, as desapropriações atingirão 7.300 famílias,

sendo necessária uma área de 940 mil m2 para reassentá-las.

É visível um potencial conflito entre novas e antigas

identidades refletidas na ocupação e uso dos espaços,

conforme mostra o “Mapa de Influência da 3a Pista”.

A seqüência de fotos adiante mostra as dimensões de um

quadro de conflitos iminentes.

De acordo com os dados da Prefeitura, no ano de 2000

existiam 300 mil imóveis cadastrados em Guarulhos, sendo

57 mil (20%) vagos. Ao mesmo tempo, no município existem

cerca de 320 favelas.

(131)

(132)

(133)

(134)

(135)

(136)

(137)

(138)

(139)

Festa de Nossa Senhora de Bonsucesso

e

Carpição:

(140)

(141)

(142)

(143)

(144)

(145)

(146)

(147)

(148)

Pensamos assim que a posição do poder público local

em administrar o município como um território auxiliar,

preparando somente para acompanhar e atender aos

interesses da metropolização paulistana e,

atualmente, ao processo de “mundialização”, inibiu a

constituição de Guarulhos como uma “cidade” capaz

de reconhecer seus diferentes núcleos e

sociabilidades na construção de sua identidade.

As áreas aqui descritas, incluindo o núcleo central do

município, constituíram-se como cercanias

suburbanas, periferias e/ou arredores metropolitanos

da “cidade” de São Paulo; ou ainda “lugares

globalizados” como as Vias Dutra, Fernão dias, Via

Leste e AISP/GRU.

(149)

(150)

(151)

““““O processo de modernização, ao mesmo tempo que nos explora e

O processo de modernização, ao mesmo tempo que nos explora e

nos atormenta, nos impele a apreender e a enfrentar o mundo que

a modernização constrói e a lutar para torná

a modernização constrói e a lutar para torná----lo o nosso mundo.

lo o nosso mundo.

Creio que nós e aqueles que virão depois de nós continuarão

lutando para fazer com que nos sintamos em casa neste mundo,

mesmo que os lares que construímos, a rua moderna, o espírito

moderno continuem a desmanchar no ar”

Marshall

(152)

FIM

Porém, a História continua

...

(153)

CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS CRÉDITOS

Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos Santos Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos Santos Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos Santos Organização e Pesquisa: Prof. Dr. Carlos José F. dos Santos

Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro Colaboração: Prof. Mestre Maurício Pinheiro Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação: Baseado nos seguintes Livros, Tese e Dissertação:

- Livro: Livro: Livro: Livro: SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. SANTOS, Carlos José Ferreira. Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza Nem Tudo Era Italiano: São Paulo e Pobreza na Virada do Século XIX/XX (1890

na Virada do Século XIX/XX (1890na Virada do Século XIX/XX (1890

na Virada do Século XIX/XX (1890----1915)1915)1915). S.P: 1915). S.P: . S.P: . S.P: AnnablumeAnnablumeAnnablumeAnnablume / Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)/ Fapesp, 2004 (3 edições)

- Livro:Livro:Livro:Livro: SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. SANTOS, Carlos José F. Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em

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- Tese de Doutorado:Tese de Doutorado:Tese de Doutorado:Tese de Doutorado: SANTOS, Carlos José F.SANTOS, Carlos José F. ““““Guarulhos SANTOS, Carlos José F.SANTOS, Carlos José F. Guarulhos Guarulhos Guarulhos –––– Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob Espaços Identitários Sob a

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a MundializaçãoMundializaçãoMundialização””””. S.P: FAUMundialização . S.P: FAU. S.P: FAU. S.P: FAU----USP, 2004USP, 2004USP, 2004USP, 2004

- Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado:Dissertação de Mestrado: PINHEIRO, Maurício. “PINHEIRO, Maurício. “Santuário de Nossa Senhora do PINHEIRO, Maurício. “PINHEIRO, Maurício. “Santuário de Nossa Senhora do Santuário de Nossa Senhora do Santuário de Nossa Senhora do Bonsucesso

Bonsucesso Bonsucesso

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Esta apresentação também é parte do Curso de Extensão “História Esta apresentação também é parte do Curso de Extensão “História Esta apresentação também é parte do Curso de Extensão “História

Esta apresentação também é parte do Curso de Extensão “História de Guarulhos: de Guarulhos: de Guarulhos: de Guarulhos: Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e

Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e

Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Conflitos”, Conflitos”, Conflitos”, Conflitos”, promovido pelo

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promovido pelo SINPROSINPROSINPRO----GuarulhosSINPRO GuarulhosGuarulhosGuarulhos (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de (Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José

Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José

Guarulhos), organizado e ministrado pelo Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, Ferreira dos Santos, contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro.

contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. contando com a colaboração do Prof. Mestre Maurício Pinheiro. Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, m

Estes créditos não são como defesa da propriedade intelectual, mas como as como as como as como reconhecimento do trabalho realizado.

reconhecimento do trabalho realizado. reconhecimento do trabalho realizado. reconhecimento do trabalho realizado.

Prof. Dr. Carlos José Ferreira dos Santos

Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e rea

Para solicitação da presente exposição, dos livros citados e realização do curso de lização do curso de lização do curso de lização do curso de extensão:

extensão:extensão: extensão: Telefone/Contato

Telefone/ContatoTelefone/Contato

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Agradecimentos:

Agradeço, em especial, à orientadora da minha Tese de Doutorado Profa. Dra. Maria Irene Szmrecsanyi da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU/USP

Agradeço pelos depoimentos, informações, fotografias e apoio aos integrantes das Companhias de Santo Reis: “Estrela do Oriente da Vila Nhocuné”/SP

(Mestre/Responsável: Ditão); “Santo Reis do Bom Clima”/Guarulhos

(Mestres/Responsáveis: Macuco & Oliveira); “Estrela Guia” (Vila Barros/Guarulhos Mestre/Responsável: João Peão e Cirilo); “Divina Luz” (Jardim Adriana/Guarulhos -Mestre/Responsáveis: Xavier, Caiçara, Paulão e Papú); “Três Reis do Oriente de

Cajamar” (Mestre: Jorginho) / “Favoritos da Catira” (Cantores/Responsáveis: Oliveira, Olivaldo e Edson) / Moçambiques e Congadas de S. Benedito e N.ª Sr.ª do Rosário de: Santa Izabel; Mogi das Cruzes; Ferraz de Vasconcelos / Violeiros, Cantadores,

Cavaleiros, Comunidade e aos que participam das Festas de N.ª Sr.ª de Bonsucesso, Carpição, Cabuçu e N.ª Sr.ª do Rosário dos Homens Pretos da Penha; ao Geraldo José e funcionários do Alambique Castelucchi.

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Agradecimentos continuação:

Aos moradores e ex-moradores da ocupação “Anita Garibaldi”, especialmente, aos

amigos Miguel Sorana, Meire de Oliveira e Elvis Vieira. Aos moradores de Guarulhos e região que ofereceram seus depoimentos, citados ou não neste trabalho. Aos militantes dos movimentos socais do município, particularmente, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto-MTST, Movimento de Luta por Moradia de Guarulhos-MLM, Movimento Contra a Terceira Pista e S.O.S. Serra da Cantareira. Aos funcionários da Prefeitura Municipal de Guarulhos e das instituições onde realizei a pesquisa. Aos professores, alunos e funcionários das faculdades onde lecionei durante a realização deste estudo (Faculdades de Guarulhos, UniFMU, Unicastelo, UNESP e UEL).

Agradeço pelas leituras, revisões, subsídios, auxílio na pesquisa e amizade à: Mauricio Pinheiro, Tânia M. Salomão, Marli Araujo, Lucimar Araújo, Renata Simões, Divanize, Fábio Fredini, Stefania Heren, Ana Belangelo, Antonio Moura, Expedito Leandro, Vanessa Aparecida, Luciana Vico, Washington Macedo, Vicente Ignácio, Carlos

Henrique, Moacir, Rafael, Rita, Givaldo, Batistuta e a todos estudantes que de alguma forma colaboraram com este trabalho.

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Agradecimentos finais:

Aos alunos da primeira turma do Curso de Extensão “História de Guarulhos: Identidades, Territórios, Patrimônios Culturais, Meio Ambiente e Conflitos”, promovido pelo SINPRO-Guarulhos.

Ao decisivo apoio institucional-editorial do SINPRO-Guarulhos (Sindicato dos Professores e Professoras de Guarulhos) que possibilitou a publicação deste estudo. Sou profundamente grato ao ser alado que despertou o sol para viver o mais lindo dos sonhos jamais imaginado, mas sempre sonhado: “o sol da manhã lhe tinge de chamas o puro horizonte” (Goethe).

Por fim, de modo muito especial, agradeço ao preciso apoio e confiança da minha

família, particularmente da minha mãe, Aparecida Bueno Camargo e meu falecido pai, Arthur Ferreira dos Santos: “quando penso no meu futuro, não esqueço meu passado”.

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