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COMPOSIÇÃO DO PERFIL PROFISSIONAL CONTÁBIL DA INICIATIVA PRIVADA DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA - RORAIMA

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R e s u m o

A

profissão e o profissional contábil adaptaram-se as “mudanças históricas” e as evoluções tecnológicas, do manuscrito ao informatizado, de guarda-livros a contador este profissional passou a ter uma posição mais ativa nas organizações. Abordando os conceitos teóricos a respeito da contabilidade e do profissional contábil propostos por Reis et al. (2015), IFAC (2010), AICPA (2010), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007) como forma de embasamento deste estudo, o objetivo foi de identificar os elementos que compõem o perfil do profissional contábil de Boa Vista, Roraima, para tanto serão abordadas as competências, habilidades, comportamentos e conhecimentos dos profissionais vinculados à atividade contábil. Sob o enfoque qualitativo, o estudo de caso foi realizado com 10 profissionais que exercem a atividade contábil na cidade de Boa Vista, selecionados por amostragem de conveniência, onde os dados foram levantados através de entrevistas semipadronizada e analisados pelo conteúdo das respostas, com base nos modelos teóricos estudados, a fim de representar a qualidade das informações e dados apresentados. A pesquisa permite concluir que os elementos de aspectos intelectuais, funcionais, pessoais, comunicação de negócios, tecnológicos e conhecimentos globais, comportamentais tradicionais, emocionais e marketing pessoal compõem o perfil do contador, estes elementos influenciam na forma como estes profissionais executam a contabilidade, atentando às novas mudanças que a profissão enfrenta, sejam estes relacionados a conhecimentos específicos ou tecnológicos.

A b s t r a c t

The profession and the accounting professional have adapted the historical changes and the technological evolutions, from the manuscript to the computerized, from bookkeeper to accountant this professional has taken a more active position in the organizations. The objective of this study is to identify, through the structure of analysis, the elements that make up the professional profile of Boa Vista, Roraima, which are the competencies, skills, behaviors and knowledge of professionals related to accounting activity. The study was carried out with 10 professionals who performed the accounting activity, selected by convenience sampling, where data were collected through semi-standardized interviews and analyzed by the content of the answers, based on the theoretical models studied, in order to represent the quality of the information and data presented. The research allows to conclude that the elements of intellectual, functional, personal, business communication, technological and global, behavioral, traditional, emotional and personal marketing aspects set up the profile of the accountant, these elements influence the way these professionals perform accounting and must be aware of the new changes that the profession faces, whether related to specific knowledge or technology.

Elementos que compõem o perfil do profissional

contábil da iniciativa privada do município de

Boa Vista - Roraima

Composing the profile of the accounting profession from the

private sector of the city Boa Vista - Roraima

*Eduardo Codevilla Soares **Marcelle Maria Vasconcellos da Silva ***André Lucas Rodrigues de Oliveira ****Thatiele dos Santos Tataira *****Augusto Codevilla Soares V. 12 – N. 2 – Dezembro de 2019 –

ISSN 2177-4986 versão eletrônica

Informações do artigo

Recebido em: 10/01/2019 Aprovado em: 04/11/2019

Palavras-chave:

Perfil profissional. Profissional contábil. Perfil do contador.

Keywords:

Professional profile. Professional accounting. Accountant profile.

Autores

*Doutorando em ciências contábeis pela Universidade Federal de Uberlândia

Mestre em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Graduado em administração pela Faculdade Atlântico do Sul do Rio Grande

eduardo.soares@ufrr.br

**Graduada em ciências contábeis pela Universidade Federal de Roraima

***Graduado em ciências contábeis pela Universidade Federal de Roraima

****Graduada em ciências contábeis pela Universidade Federal de Roraima

*****Mestrando em administração pela Universidade Federal de Río Grande Graduado em administração pela Universidade Federal de Pelotas

Como citar este artigo:

SOARES, Eduardo Codevilla et al. Elementos que compoêm o perfil do profissional contábil da iniciativa privada do município de Boa Vista - Roraima. Competência, Porto Alegre, v. 12, n. 2, dez. 2019.

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade é tão antiga quanto à existência do homem em atividade econômica, surgiu antes mesmo da moeda, escrita e números, em torno de 4.000 anos a.C., com as primeiras gravuras (desenhos, figuras e imagens), conhecida como fase empírica, devido à necessidade do controle dos rebanhos e plantios. Desde o princípio da civilização sua função é de avaliar a riqueza do homem, os acréscimos e decréscimos dessa riqueza, proporcionando grandes passos para o seu desenvolvimento como ciência (IUDÍCIBUS, 2009).

Ainda conforme Iudícibus (2009), no Brasil, até a década de 60 o profissional de contabilidade era chamado de “guarda-livros”, porém, a partir da década de 70, essa expressão foi se tornando sem uso e, assim, com as mudanças, passou a ser chamado de contador. Sua função devido à necessidade de controlar, medir e preservar o patrimônio se tornou importante à medida que há desenvolvimento econômico, aonde sua função vai além desses controles e registros, é uma ferramenta utilizada para auxiliar nas decisões.

O mesmo autor define como contador o profissional que constitui formação em Ensino Superior (Bacharel em Ciências Contábeis), tendo a finalidade de produzir e gerenciar informações fidedignas geradas pelos relatórios contábeis aos usuários internos e externos, para as tomadas de decisões mais adequadas dentro de uma empresa, rompendo com o paradigma de que sua função é exclusiva para atender as exigências do fisco.

Para Lemes e Miranda (2014), diante dos estudos sobre o papel do profissional contábil, faz-se necessário analisar suas competências e habilidades, por isso, se necessita observar que as empresas exigem dos profissionais uma capacitação que ultrapasse a questão técnica da Contabilidade, pois, suas ideias, visões ou conhecimentos devem estar de acordo com a realidade da organização ao qual estão inseridos.

Neste contexto, destaca-se que competência é a capacidade de tomar a frente e saber decidir sobre um determinado assunto; e a habilidade vem a ser a realização daquilo que se sabe fazer (REIS et al., 2015). Ou seja, de acordo com os autores, o profissional sendo competente e tendo tais habilidades, saberá, portanto, colocar em prática as suas funções.

Constata-se a relevância deste estudo dado à provável contribuição para o desenvolvimento científico da área contábil, buscando transversalizar e transmitir informação e conhecimento à sociedade, empresários e aos próprios profissionais contábeis (futuros, em formação e formados), sobre o perfil do contador da iniciativa privada frente ao trabalho desempenhado

cotidianamente, observando suas inerentes habilidades, competências, conhecimentos e comportamentos.

No contexto acadêmico, a pesquisa torna-se relevante, pois consiste na possibilidade de se inserir um novo elemento à pesquisa contábil, a humana; em especial por tratar o tema de maneira local, em que se buscam, através de uma estrutura de análise teórica, quais os elementos que compõem o perfil do profissional contábil, pretendendo oferecer à academia subsídios que formulem o contexto para novos estudos e pesquisas contábeis baseadas nas pessoas.

O trabalho torna-se oportuno em razão de inserir novos elementos a pesquisa contábil, pois, possui bibliografias sobre o assunto, porém, não há estudos ao se tratar do tema em nível local, no município de Boa Vista-RR. Com isso, trará parâmetros que poderão servir como fontes de pesquisas para acadêmicos do curso de contabilidade, profissionais contábeis e pesquisadores internos e externos. Tendo em vista o exposto, o presente estudo é um convite a seguinte reflexão: quais elementos compõem o perfil do profissional contábil da iniciativa privada no município de Boa Vista, Roraima?

Considerando a questão de pesquisa o objetivo deste estudo é identificar os elementos que compõem o perfil do profissional contábil de Boa Vista, Roraima. Os objetivos específicos que condu-ziram a pesquisa estão relacionados a (i) identificar das abordagens vinculadas as competências profissionais necessárias à profissão contábil; (ii) analisar as habilidades inerentes a este profissional na execução prática das suas atividades; (iii) descrever os comporta-mentos percebidos nas interações profissionais no seu cotidiano e; (iv) identificar os conhecimentos dos profissionais necessários para a realização da atividade contábil.

No presente estudo, além desta introdução será abordado no item 2 as questões teóricas pertinentes a atividade do contador e o perfil do profissional. No item 3 será apresentada os aspectos me-todológicos aplicados nesta pesquisa, no item 4 é realizada uma análise dos dados colhidos e no item 5, são apresentadas as consi-derações finais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste tópico serão abordados tanto a contabilidade, enquanto prática profissional quanto o profissional contábil em si, bem como alguns modelos que visam identificar o perfil do contador, ao final são apresentadas as possíveis relações entre as competências, habilidades, comportamentos e conhecimentos relacionados entre os modelos de análise abordados.

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2.1 A CONTABILIDADE E O PROFISSIONAL CONTÁBIL

Em uma época em que não existia a moeda, a escrita e tampouco os números, surgiu nos homens à necessidade de avaliar a sua riqueza, neste contexto, por volta de quatro mil anos antes de Cristo, surgiu-se também alguns indícios do que hoje conhecemos como a contabilidade. Tal como informa Iudícibus (2009), os primeiros passos aconteceram de forma rudimentar, na fase empírica da contabilidade, com os homens primitivos que se utilizavam de métodos arcaicos como: desenhos, figuras e imagens para controlar seus rebanhos, plantios e alimentos, para atender a necessidade de auferir suas riquezas.

Coelho e Lins (2010) afirmam que a contabilidade assume caráter de ciência no período do renascimento, marco esse que houve grandes mudanças culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas, proporcionando a expansão do comércio e o aparecimento de organizações empresariais com mais estruturas, o surgimento e desenvolvimento dessa ciência sempre está associada à expansão comercial e econômica.

A Contabilidade desenvolveu-se no decorrer em que o mundo foi se transformando, e sendo ela uma ciência social tornou-se necessário acompanhar essas mudanças e evoluções. Como salienta Coelho e Lins (2010), o patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade o qual também se vincula a uma expressão de riqueza, pois é o valor que uma pessoa detém para si e é de grande utilidade para os seus negócios, tal como uma necessidade remanescente de cerca de seis mil anos atrás.

Para Coelho e Lins (2010), durante a Revolução Industrial, observou-se o início da contabilidade de custos, onde as inerentes complexidades das novas organizações da época demandaram o desenvolvimento de novas habilidades por parte dos contadores, uma vez que a manutenção das máquinas, a reposição de peças que se diversificavam de tamanho, modelo e medida, e cálculos de registro de depreciações e provisões, tornavam-se uma constante atividade organizacional do período.

Ressalta-se também, tal como informa Montoto (2012) que as técnicas contábeis passaram a ser aplicadas ao registro de tudo que acontece, em especial dado a aplicação científica da contabilidade, sendo esse um marco condutor para que no século XX, o processo manual passasse para a aplicação de sistemas de informação capazes de aplicá-las com exatidão, promovendo maior fluência no processamento dos dados (COSENZA; ROCCHI, 2014).

Desta evolução contextual, o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que conforme Sebold et al. (2012), é um instrumento que une as atividades, validando e autenticando os livros contábeis

e documentos integrantes da escrituração comercial e fiscal das empresas, passa a serem utilizadas em massa pelos profissionais contábeis, mudanças essa que passaram a exigir novas habilidades frente a essa nova realidade.

É deste contexto de evolução tecnológica, agregada a necessidades latentes das organizações que os até então conhecidos como “guarda-livros”, cujo suas habilidades e competências contábeis restringiam-se a escrituração, passaram a ser conhecido como os Técnicos em contabilidade, profissionais que pela concretização do curso de técnico em contabilidade, e que além das atividades dos guarda-livros assumiam também responsabilidade mais complexas em âmbito organizacional.

Na atualidade, o profissional contábil, além de todas as competências e técnicas inerentes aos técnicos em contabilidade, ainda atendem a critérios formais de sua atuação, em essência aqueles ditados pela academia, tornando-se, portanto peça chave para a concretização das estratégias organizacionais, a profissão contábil é hoje regimentada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), onde de acordo com o art.1º da Resolução CFC nº 1.389/12, somente é possível exercer essa profissão mediante registro no respectivo Conselho Regional de Contabilidade.

Na atualidade a profissão contábil é bastante ampla e oferece inúmeras oportunidades para que o profissional se desenvolva e cresça de forma satisfatória, sendo exercidas em escritórios de contabilidade, através de autônomos, de instituições financeiras, órgãos públicos, universidades e em empresas privadas. Segundo Sá (2010), o profissional contábil contemporâneo reúne também conhecimentos em administração, economia, direito, sociologia, matemática e lógica, saindo de uma posição organizacional passiva para ser um ator de mudança, capaz de promover soluções aos problemas diários que envolvem os mais diversos aspectos organizacionais.

Sequencialmente serão abordados alguns modelos teóricos os quais apresentam elementos que compõem o perfil do profissional contábil, são eles: International Federation of Accountants (IFAC, 2010), American Instituteof Certified Public Accountants (AICPA, 2010), Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007).

2.2 INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS (IFAC) A estrutura de análise da IFAC (2010) busca promover padrões de qualidade para o profissional de contabilidade, visando sua con-vergência internacional bem como suas competências e tornando--o relevante a experiência da profissão. Enfatiza a capacidade dos

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indivíduos de executar esperados padrões, além de exigir um nível apropriado de conhecimento, habilidades e atitudes.

A formação da IFAC (2010) estrutura sua linha de pesquisa nas diretrizes de educação continuada para contadores profissio-nais para o processo de convergência. Resume-se no quadro 1, elementos de nível adequado de padrões de competências essenciais esperado para o perfil do profissional bacharelado no curso de ciências contábeis elencados pelo modelo IFAC (2010).

Quadro 1- Elementos IFAC

Competências

Descrição

Intelectuais

Contribuem para solucionar problemas, tomar

decisões e julgar situações complexas, assim

como está relacionada ao conhecimento e

en-tendimento cognitivo;

Técnicas e funcionais

Compreendem as habilidades gerais e

específi-cas de contabilidade, assim como a matemática,

estatística e conhecimento em tecnologia da

informação;

Pessoais

Permitem que o profissional interaja com outras

áreas de conhecimento, trabalhe em equipe,

re-ceba e transmita informações, forme

julgamen-tos, tome decisões;

Interpessoais de comunicação

São as habilidades relacionadas ao

funciona-mento da organização, planejafunciona-mento estratégico

e gestão de processo;

Conhecimentos

São as habilidades relacionadas aos

conhecimen-tos específicos da contabilidade, como finanças e

áreas afins, acerca dos negócios e das

organiza-ções e sobre a tecnologia da informação

.

Fonte: IFAC (2010)

2.3 AMERICAN INSTITUTE OF CERTIFIED PUBLIC ACCOUN-TANTS (AICPA)

A estrutura de análise da AICPA (2010) estuda um mapeamento de competências essenciais e habilidades testadas no Exame Cer-tified Public Accountants (CPA). As competências utilizadas nos modelos dividem-se em três categorias: competências funcio-nais, técnicas e pessoais; desta forma, as habilidades testadas no Exame CPA são: pesquisa relevante a contabilidade financeira, tributária, auditoria e literatura atestado; comunicar informa-ções de negócios; análise e interpretação de informainforma-ções de ne-gócios; prestação de julgamento com base em informações de negócios disponível; e ganhar uma compreensão de negócios, fatos e processos.

Ainda salienta sobre as competências necessárias pelas quais os profissionais contábeis precisam conter independente da área que escolherem. E, utiliza-se também de um recurso online chamado Framework que ajuda no desenvolvimento pessoal e funcional na profissão contábil. São apresentados no quadro 2, os elementos de cada competência central relacionada com as habilidades testadas no Exame CPA.

Quadro 2 - Elementos fundamentados na AICPA

Competências

Descrição

Competências funcionais

Corresponde às competências técnicas,

capacida-de capacida-de executar análise crítica, avaliar e fornecer

dados, desenvolver, analisar e implementar

sistemas de informação contábil e de controle

gerencial;

Competências pessoais

São a comunicação, os comportamentos e

atitu-de que contribuem para forma como indivíduos

se relacionam com os demais e facilidade de

aprendizagem individual;

Competências relacionadas aos negócios

São o conhecimento e compreensão sobre o

ambiente interno e externo dos negócios e das

organizações.

Fonte: AICPA (2010)

2.4 MODELO DE REIS

Conforme Reis et al. (2015), nos últimos anos a Contabilidade e a profissão contábil sofreram alterações. Essas mudanças decorrem da adoção das normas internacionais, porém, não só nas normas e nos procedimentos contábeis, mas também na forma de atuação dos profissionais contábeis. Com isso, buscou-se estudar a percepção dos discentes do curso de Ciências Contábeis relacionando às habilidades e competências necessárias para a atuação dos contadores.

O autor baseou sua linha de pesquisa nas diretrizes curriculares que são instituídas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) de nº 10/2004 para as Instituições de Ensino Superior (IES), art. 4º que discorre sobre as habilidades e competências inter e multidisciplinar necessárias para a formação do profissional (Brasil), e nas entidades International Education Standard 3 (IFAC), American Institute of Certified Public Accountants (AICPA). Resume-se no quadro 3, os principais elementos abordados por Reis et al. (2015).

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Quadro 3 - Elementos de Reis et al. 2015

Dimensão

Descrição e Variáveis

Habilidades e Competên-cias Técnicas e Funcionais

Corresponde às habilidades gerais e específicas

da contabilidade, com as competências técnicas

(análise de risco, mensuração, relatórios).

Termi-nologia contábil, termiTermi-nologia atuária, domínio

contábil, noções atuárias, desenvolver

informa-ção, analisar informação e implantar informação.

Habilidades e Competências Pessoais

Corresponde aos comportamentos e atitudes do

profissional contábil que proporcionam melhoria

no relacionamento profissional e aprendizado

individual. Liderança de captação, liderança de

disseminação, ética, atividades

complementa-res, práticas de estudo e práticas na comunidade.

Habilidades Intelectuais e do Conhecimento

Corresponde nas atribuições para solucionar

problemas, tomar decisões, julgar situações

complexas e conhecimentos em contabilidade

e áreas afins (contabilidade financeira,

geren-cial, auditoria entre outros) e relacionados aos

negócios. Visão sistêmica, legislação,

informa-ções patrimoniais, crítico – analítico, legislação

específica, conhecimento econômico, normas

internacionais e questões científicas.

Habilidades e Competên-cias Organizacionais e

Relação Interpessoal

São as habilidades relacionadas ao

funciona-mento da organização, planejafunciona-mento estratégico

e gestão de processo;

Fonte: Reis et al. (2015)

2.5 MODELO DE CORDEIRO E DUARTE

Os estudos de Cordeiro e Duarte (2006) demonstram que devido às modificações sociais que vem ocorrendo, a maioria das áreas profissionais também passou por mudanças, assim, se tratando do profissional da contabilidade, o mesmo necessariamente, terá que aperfeiçoar seus conhecimentos no processo da informação contábil frente às novas realidades, deixando seus conceitos tradicionais, passando a buscar os novos comportamentos e assim adaptando-se.

Conforme Cordeiro e Duarte (2006), a pesquisa trata ainda de algumas ferramentas indispensáveis para o processo da informação contábil que se referem aos termos técnicos e comportamentais que são chamados conhecimentos específicos, globais, emocionais, atuais e de atitudes. Resume-se no quadro 4 os elementos abordados por Cordeiro e Duarte (2006).

Quadro 4 - Elementos de Cordeiro e Duarte

Elementos

Descrição

Conheciment os Específicos r elacionados à ev oluç

ão da ciência contábil

A contabilidade atual foi sendo delineada ao

longo do tempo, à medida que a ciência foi

evo-luindo, em meio a um conjunto de fatores

faci-litados por períodos históricos diferenciados, a

partir do século XX com o desafio provocado pela

Revolução Industrial até os dias atuais. É época

de mudar, atualizar, identificar as necessidades

das entidades e fornecer informações objetivas,

compreensivas, confiáveis e tempestivas, de

for-ma que sejam úteis à administração interna, sem

se deter a uma mera rotina da escrituração

con-tábil e fiscal, vinculando apenas as informações

relativas ao aspecto econômico e financeiro para

fins administrativos externos das organizações.

Conheciment os Globais r elacionados à inf ormaç ão contábil

A contabilidade sofreu diretamente o impacto da

evolução e do avanço da tecnologia da

informa-ção, extremamente facilitada, requer maior vigor

na explicação e interpretação dos fenômenos

de-monstrados no desenvolvimento das atividades

empresariais. Os contadores geravam relatórios

para atender as necessidades do fisco, deixando

a desejar a produção de informações gerenciais

para o desempenho das atividades operacionais.

Ademais, a credibilidade dos profissionais da

contabilidade gira em torno dos conhecimentos

acumulados, pois a sua competência vai além da

capacidade técnica, em decorrência do volume

de informações que precisam ser monitoradas,

viabilizando o fornecimento de informações que

poderão dar suporte no processo de decisão.

Conheciment

os Emocionais

relacionados à int

eligência

emocional

Para que as pessoas desenvolvam bem suas

ati-vidades profissionais, não basta desenvolver o

intelecto, mas, sobretudo, lidar de maneira

equi-librada com as emoções. A inteligência

emocio-nal vem apresentar técnicas por meio das quais o

profissional reconheça as próprias emoções,

de-senvolvendo as habilidades intrapessoais como

conhecimento, autodomínio e automotivação,

bem como as interpessoais, que focalizam a

em-patia e as aptidões sociais.

Conheciment

os A

tuais

relacionados à necessidade do profissional contábil se adequar às no

vas f

ormas de geraç

ão

e análises das inf

ormações

contábeis

A responsabilidade do contador não está restrita

à operacionalidade das informações. É

importan-te ressaltar a divulgação da contribuição que a

entidade dá à sociedade em nível social. Neste

novo milênio, o profissional da contabilidade

terá de aprender a tomar decisões, visto o

traba-lho em clima de incertezas e mudanças rápidas,

para isso, deve avaliar sempre as decisões

to-madas no passado, presente e futuro e procurar

compreender os riscos das práticas profissionais.

(6)

2.6 MODELO DE TAVEIRA E MACIEL

Conforme pesquisa demonstrada por Taveira e Maciel (2007), o contador é uma figura importante para a sociedade e as empresas, considerando os seus estudos aprofundados na área contábil. Tratando-se deste século, o profissional tem que ter agilidade, confiabilidade, espírito competitivo e outras características que possam decidir sua empregabilidade no mercado.

Os mesmos autores ainda dizem que o profissional contábil precisa se familiarizar com a tecnologia, porque na atualidade, os sistemas de informação passaram a ser de grande importância na área contábil e de fundamental auxílio aos contadores, por antes trabalharem manualmente, tendo mais dificuldades em realizar seus trabalhos com mais agilidade.

Resume-se no quadro 5, os elementos abordados por Taveira e Maciel (2007).

Quadro 5 - Elementos de Taveira e Maciel 2007

Elementos

Descrição

Comportamentos Tradicionais

Recusa em avançar além do limite restrito da

apuração contábil, limitação aos aspectos

li-gados a questões fiscais, tributárias e jurídicas,

maior concentração em mudar o cliente,

se-gundo as orientações do poder público, em vez

de atender as suas necessidades e omissão na

intervenção em área de consultoria e de gestão.

Comportamentos Atuais

Corresponde a procedimentos mais proativos,

de forma a assimilar e apreciar as novas

tecno-logias e melhorar sua capacidade de absorção

de informações para a melhoria da sua própria

competência. Exigindo qualidade de trabalho,

melhor conhecimento, tecnicamente

inteligen-tes, capacidade criativa, alta integridade, não ter

medo de arriscar, capacidade de comunicação,

compreender a sistemática

econômico-finan-ceira, política e social em nível local, regional

ou mesmo internacional, entender os aspectos

técnicos dos negócios.

Fonte: Elaborado pelos autores com base Taveira e Maciel (2007) 2.7 SOBREPOSIÇÕES, LACUNAS E RELAÇÕES ENTRE OS MODELOS Considerando os modelos de análise do perfil do contador, que possuem enfoque nas habilidades, competências, conhecimentos e comportamentos necessários para a atuação deste profissional, no presente tópico busca-se analisar de maneira transversal os elementos abordados pelos autores empregados nesta pesquisa.

Assim sendo, fez-se um comparativo sobre as competências e habilidades referentes ao profissional contábil, relacionando como

base de pesquisa o IFAC (2010), AICPA (2010) e Reis et al. (2015); Cordeiro e Duarte (2006) com relação aos conhecimentos; e Taveira e Maciel (2007) sobre os comportamentos. Com isso, foi possível relacionar os elementos para assim saber do que se tratam cada um.

Com relação aos aspectos intelectuais que correspondem a conhecimentos da área de Contabilidade e de áreas afins, como a contabilidade financeira e gerencial, entendimentos cognitivos, noções econômico-financeira dos negócios tanto em nível local, regional e internacional, nas tomadas de decisões, nas soluções de problemas e capacidade de julgar situações complexas, o IFAC (2010) aponta em seu elemento “Intelectuais” questões similares, bem como no modelo de Reis et al. (2015) no elemento “Habili-dades intelectuais e do conhecimento”. Verifica-se também a pre-sença de questões teoricamente similares no modelo de Taveira e Maciel (2007) que trata dos “comportamentos atuais”, por outro lado, no modelo AICPA (2010), não foi possível verificar nenhum elemento que estivesse de acordo com o que fora apontados pelos demais autores.

Nos aspectos funcionais que correspondem às habilidades ge-rais e específicas de como se executa a contabilidade, assim como a matemática, estatística, leis e conhecimento em tecnologia da informação estão ligados às competências técnicas mais proativas, capacidade essa de executar análise crítica, avaliar e fornecer da-dos para melhor explicação e interpretação da-dos relatórios e possui conhecimento em programar sistemas de informação contábil e de controle gerencial.

O IFAC (2010) no seu elemento “Técnicas e Funcionais”, o AICPA (2010) em seu elemento “Competências Funcionais”, o Reis et al. (2015) no elemento dado por “Habilidades e Competências Técnicas e Funcionais”, Cordeiro e Duarte (2006) no seu elemento “Conheci-mentos Globais” e Taveira e Maciel (2007) com o elemento “Compor-tamentos Atuais”, verificou-se que em todos há questões similares.

Percebe-se que os aspectos pessoais são características relaciona-das por meio da interação do profissional com sua categoria e pro-fissionais de diferentes áreas, que receba e transmita informações, forme julgamentos, tendo assim, comunicação, ética, liderança, tra-balho em equipe, sigilo, integridade, atualidades complementares, práticas de estudo e práticas na comunidade, é possível verificar no IFAC (2010) em seu elemento “Pessoais” entendimentos semelhan-tes, tanto no AICPA (2010) em seu elemento designado “Competên-cias Pessoais” como também no modelo de Reis et al. (2015) no ele-mento dado por “Habilidades e Competências Pessoais”.

(7)

simi-lares no modelo de Cordeiro e Duarte (2006) que trata dos “Conhe-cimentos de atitudes relacionadas ao comportamento ético pro-fissional”, por outro lado, no modelo Taveira e Maciel (2007) não foi possível verificar nenhum elemento que estivesse de acordo com o que fora apontado pelos demais autores.

Em relação aos aspectos de Comunicação de Negócios com-preende as habilidades relacionadas ao entendimento e funciona-mento da organização sendo eles internos ou externos, planeja-mento estratégico e gestão de processo, sendo capaz de transmitir informações que auxiliem nas tomadas de decisão.

Assim verifica-se no IFAC (2010) em seu elemento “Conhecimen-tos” entendimentos semelhantes, tanto no AICPA (2010) em seu ele-mento designado “Competências Relacionadas aos negócios” como também no modelo de Reis et al. (2015) no elemento dado por “Ha-bilidades e Competências Organizacionais e Relação Interpessoal”, entretanto, no modelo de Cordeiro e Duarte (2006) e no modelo Taveira e Maciel (2007) não foram encontrados elementos que esti-vesse de acordo com o que fora mencionados pelos demais autores. Referente aos aspectos tecnológicos e conhecimentos globais que corresponde ao conhecimento em informática, em tecnologia da informação, sistemas, fornece informações e auxilia nas toma-das de decisões. Com a globalização, o contador teve a necessida-de necessida-de acompanhar a competitividanecessida-de do mercado, e assim, buscar especialidades e a educação continuada, houve uma similaridade entre os autores o IFAC (2010) no elemento “Conhecimentos”, no Reis et al. (2015) em seu elemento “Habilidades Intelectuais e do Conhecimento” e no Cordeiro e Duarte (2006) o elemento “Conhe-cimentos Globais”, porém, em Taveira e Maciel (2007) não se obteve nenhuma relação com os demais autores.

Os aspectos Comportamentais Tradicionais correspondem aos comportamentos técnicos operacionais, apuração e escrituração dos fatos contábeis, omissão na intervenção de conhecimentos voltados para áreas como de consultoria e de gestão. Mas percebe-se que com a crescente necessidade de informação e a globalização, o mercado está cada vez mais competitivo exigindo do profissional um comportamento diferenciado. Assim, nos aspectos comportamentais tradicionais por sua vez não há elementos presentes mencionados nos modelos IFAC (2016), AICPA (2016) e Reis et al. (2015) todavia se encontra nos modelos de Cordeiro e Duarte (2006) que trata dos “Conhecimentos Específicos relacionados à evolução da ciência contábil”, e no modelo Taveira e Maciel (2007) que trata dos “Comportamentos Tradicionais”.

Já os Aspectos Emocionais compreendem ao desenvolvimento

das atividades profissionais, onde além da capacidade intelectual, é necessário o equilíbrio, o domínio de suas emoções, desenvol-vendo habilidades intrapessoais como conhecimento, autodomí-nio e automotivação, assim como as habilidades interpessoais, que focalizam a empatia e as aptidões sociais. Citado exclusivamente no modelo de Cordeiro e Duarte (2006) que trata dos “Conheci-mentos Emocionais relacionados à inteligência emocional”. No Quadro 6 apresenta-se os elementos e suas descrições.

Quadro 6 - Conceituação dos elementos

Categ.

Descrição

Elementos

Autores

Aspec

tos Int

elec

tuais

Correspondem à conheci-mentos da área de Conta-bilidade e de áreas afins, como a contabilidade financeira e gerencial, entendimentos cogniti-vos, noções econômico--financeira dos negócios tanto em nível local, regional e internacional, nas tomadas de decisões, nas soluções de proble-mas e capacidade de jul-gar situações complexas.

Intelectuais, Habi-lidades Intelectuais e do Conhecimen-to, Conhecimentos Atuais e Comporta-mentos Atuais. IFAC (2016), Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007). Aspec tos F uncionais Correspondem as habili-dades gerais e específi-cas de como se executa a contabilidade, assim como a matemática, es-tatística, leis e conheci-mento em tecnologia da informação estão ligadas às competências técnicas mais proativas, capaci-dade essa de executar análise crítica, avaliar e fornecer dados para me-lhor explicação e inter-pretação dos relatórios e possui conhecimento em programar sistemas de informação contábil e de controle gerencial. Técnicas e Funcio-nais, Competências Funcionais, Habi-lidades e Compe-tências Técnicas e Funcionais, Conhe-cimentos Globais e Comportamentos atuais. IFAC (2016), AICPA (2016), Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007). Aspec tos P essoais

São características re-lacionadas por meio da interação do profissional com sua categoria e profissionais de diferen-tes áreas, que receba e transmita informações, forme julgamentos, ten-do assim, comunicação, ética, liderança, traba-lho em equipe, sigilo, integridade, atividades complementares, práti-cas de estudo e prátipráti-cas na comunidade. Pessoais, Compe-tências Pessoais, Habilidades e Com-petências Pessoais, Conhecimentos de Atitudes. IFAC (2016), AICPA (2016), Reis et al. (2015) e Cordeiro e Duarte (2006).

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Aspec tos de C omu -nic ão de N egócios Compreende as habili-dades relacionadas ao entendimento e funcio-namento da organização sendo eles internos ou externos, planejamento estratégico e gestão de processo, sendo capaz de transmitir informações que auxiliem nas toma-das de decisão.

Interpessoais de C o m u n i c a ç ã o, Competências Re-lacionadas aos Ne-gócios, Habilidades e Competências Organizacionais e Relação Interpes-soal. IFAC (2016), AICPA (2016) e Reis et al. (2015). Aspec tos T ecnológicos e Conheciment os Globais Corresponde ao conheci-mento em informática, em tecnologia da infor-mação, sistemas, fornece informações e auxilia nas tomadas de decisões. Com a globalização, o contador teve a neces-sidade de acompanhar a competitividade do mercado, e assim, buscar especialidades e a educa-ção continuada. Conhecimentos, Habilidades Intelec-tuais e do mento e Conheci-mentos Globais. IFAC (2016), Reis et al. (2015) e Cordeiro e Duarte (2006). Aspec tos Compor tamentais T radicionais Corresponde a com-portamentos técnicos operacionais, apuração e escrituração dos fatos contábeis, omissão na intervenção de conhe-cimentos voltados para áreas como de consul-toria e de gestão. Mas percebe-se que com a crescente necessidade de informação e a globaliza-ção, o mercado está cada vez mais competitivo exigindo do profissional um comportamento di-ferenciado. Conhecimentos Específicos e Com-portamentos Tradi-cionais. Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007). Aspec tos Emocionais Compreende ao desen-volvimento das ativida-des profissionais, onde além da capacidade intelectual, é necessário o equilíbrio o domínio de suas emoções, de-senvolvendo habilida-des intrapessoais como conhecimento, autodo-mínio e automotivação, assim como as habilida-des interpessoais, que focalizam a empatia e as aptidões sociais.

Conhecimentos

Emocionais. Cordeiro e Duarte (2006).

Fonte: Elaborado pelos autores com base na IFAC (2010), AICPA (2010), Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007)

Desta forma entende-se que o perfil dos contadores é por

uma série de elementos, os quais podem ser dispostos em sete categorias representativas para fins de realização de analises do perfil do profissional, sendo este conjunto formado pelas categorias Aspectos Intelectuais, que aborda os conhecimentos da área; Aspectos Funcionais, que compreende as habilidade especificas deste profissional; Aspectos Pessoais, elementos decorrentes da interação pessoal do profissional; Aspectos de comunicação de negócios, que atende a forma como os profissionais veem o funcionamento da organização; Aspectos tecnológicos e conhecimentos globais, compreendendo ao uso das tecnologias disponíveis a este tipo de profissional; Aspectos emocionais, sobre a maneira como o profissional equilibra suas emoções.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Neste trabalho será utilizada uma abordagem qualitativa, que de acordo com Santos, Molina e Dias (2007), são os estudos onde o pesquisador observa os fatos de forma direta, privilegiando o contato com o contexto estudado, procurando pesquisar e representar a qualidade dos discursos pesquisados; de cunho exploratório, como salienta Leite (2008), é uma pesquisa que aborda um assunto novo no campo científico e acadêmico e possui escassez em relação às referências sobre determinado tema, uma vez que o tema é pouco abordado com relação ao profissional contábil e existe pouca informação sobre o perfil deste profissional de Boa Vista, no Estado de Roraima e; do tipo estudo de caso conforme aponta Yin (2006).

Levando em observação a aproximação teórica realizada entre os autores Reis et al. (2015), IFAC (2010), AICPA (2010), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007) conforme demonstrado no item 2.7 foi possível desenvolver um instrumento de pesquisa, para a realização das entrevistas, o qual foi aplicado junto a 10 profissionais da área.

O principal objetivo da utilização do instrumento vincula-se a verificação prática, por profissionais que lidam com o contexto abordado no estudo no seu dia-a-dia, a respeito das construções teóricas abarcadas, para tanto, todas as sete categorias, suas descrições e elementos constituíram-se em questionamentos apresentados aos entrevistados, dado a natureza do instrumento utilizados em reunião com o caráter qualitativo do estudo, todos os questionamento apresentados aos entrevistados foram abertos, tal posicionamento permitiu obter respostas mais ricas em detalhes e de maior abrangência e relacionamento com o contexto do estudo.

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disponibilidade e acesso aos mesmos, aponta-se que ela ocorreu por conveniência, segundo Gil (2010) é aquela em que o pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, independente da representatividade dos mesmos para o universo em análise. Cumpre-se o destaque para o fato de que dada a característica qualitativa e exploratória do estudo, não se busca a extrapolação dos dados, tal como mencionado por Gil (2010), além disso, o autor aponta ainda que a amostragem por conveniência busca selecionar justamente casos típicos, capazes de oferecer insigths ao pesquisador qualitativo na busca de elementos exploratórios sobre o tema em análise.

No presente estudo foram entrevistados dez contadores de Boa Vista, Roraima, dos quais esses contadores foram escolhidos conforme o tempo de experiência profissional no mercado de trabalho, contendo entre 1 a 38 anos de carreira, assim, obtendo diferentes pontos de vista, verificando-se ainda que os mesmos exercem suas atividades em empresas da iniciativa privada e escritórios de contabilidade, além disso considerou-se para esta pesquisa aquele que possuíam título de bacharel ou especialista na área.

A coleta de dados foi realizada por entrevista semipadronizada (GIL, 2010), as quais duraram em média 60 minutos, conforme Flick (2009) as entrevistas semipadronizadas descrevem teorias subjetivas. Cumpre-se o destaque de que o instrumento de pesquisa utilizado neste trabalho foi verificado por dois especialistas e passaram por um pré-teste, com dois entrevistados antes de serem aplicados aos demais entrevistados, considerou-se após a aplicação do pré-teste, que o instrumento, tal como informado pelo parecer dos especialistas encontrava-se adequado para a os objetivos propostos. Quanto à análise de dados dar-se-á através da análise de conteúdo (BARDIN, 2011).

4 ANÁLISE DE DADOS

Considerando o objetivo desta pesquisa, e a necessidade de verificação de alinhamento entre os questionamentos subsequentes e a compreensão dos entrevistados sobre o assunto, inicialmente foi questionado aos entrevistados sobre as competências, as habilidades, os comportamentos e os conhecimentos vinculados ao profissional contábil da iniciativa privada do município de Boa Vista, no estado de Roraima

4.1 ALINHAMENTO DO INSTRUMENTO À COMPREENSÃO DOS ENTREVISTADOS

Em relação ao que se entende por competências e habilidades,

oito dos dez entrevistados acreditam que a competência está re-lacionada ao conhecimento teórico colocado em prática, dentre os oitos entrevistados, dois consideraram o aspecto de obter uma formação sólida na área, um acredita que é ter compromisso e de-dicação na execução da atividade profissional e outro identificou a busca pela informação para melhor transmissão de dados.

Em relação às habilidades, seis dos entrevistados analisaram que é a forma como se executa a atividade, devendo procurar a quali-ficação e especialização em uma determinada área, onde somen-te um dos seis, identificou o desenvolver de habilidades pessoais, de liderança e investimento em marketing pessoal, elemento esse que não foi abordado por nenhum autor utilizado na pesquisa, os outros quatro apresentaram opiniões que levaram em conta a ha-bilidade relacionada ao domínio sobre a atividade que está exer-cendo, tornando-se hábil a fazer determinada tarefa.

Desta forma, observa-se que os entrevistados percebem tanto nas competências quanto nas qualidades de maneira similar aos autores IFAC (2010), Reis et al. (2015) e Cordeiro e Duarte (2006), abordados nessa pesquisa, demonstrando alinhamento entre os mesmos e as questões elencadas na pesquisa.

Observa-se também que os entrevistados percebem no comportamento tradicional de maneira similar aos autores Taveira e Maciel (2007) abordados nessa pesquisa, com a execução de sua atividade contábil que para três entrevistados são limitados à parte técnica e operacional, já seis entrevistados destacam a atuação do profissional contábil no trabalho com a utilização por meio de papel e o nono entrevistado acredita ainda que “Contratam os serviços terceirizados porque muitos não sabem manusear os sistemas”.

Em relação aos comportamentos atuais do profissional na exe-cução de sua atividade contábil ainda de maneira similar aos au-tores Taveira e Maciel (2007), observa-se que a tendência é que os profissionais precisam se adaptar e acompanhar o avanço tecno-lógico voltado para a profissão, seis entrevistados acreditam que começam a trabalhar de forma informatizada, dois entrevistados falam sobre a rígida fiscalização na atividade contábil e outros dois voltados para a agilidade e veracidade na execução do trabalho, sendo que um alerta a importância da educação continuada e con-vergência internacional.

Todos os entrevistados afirmaram que os aspectos intelectuais influenciam dentre os elementos de competências, habilidades, conhecimentos e comportamentos que definem o perfil do con-tador de Boa Vista, sendo que sete deles falaram que este aspecto está diretamente ligado aos conhecimentos técnico e específico

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frente à área em que se atua, conforme o nono entrevistado “é pre-ciso ter um pouco de conhecimento de cada área”. Os outros três abordaram o mesmo assunto, porém, na visão de educação con-tinuada devido à convergência dos padrões internacionais. Com isso, é relevante com o que diz o autor Reis et al. (2015) em seu ele-mento “Habilidades intelectuais e do conheciele-mento” quando trata de conhecimentos em contabilidade e áreas afins (contabilidade financeira, gerencial, auditoria entre outros).

4.2 ASPECTOS FUNCIONAIS

Todos os entrevistados afirmaram que os aspectos funcionais in-fluenciam dentre os elementos de competências, habilidades, co-nhecimentos e comportamentos que definem o perfil do conta-dor de Boa Vista-RR, onde seis deles expressam que os aspectos funcionais englobam o conhecimento de interpretação dos dados estatísticos. Na mesma linha de raciocínio quatro entrevistados tra-tam a matemática e a estatística como subsídios importantes para a área contábil, “é uma ferramenta muito importante e vai melhorar a informação para auxiliar na tomada de decisões” citado pelo pri-meiro entrevistado. Os outros quatro dão enfoque a competência no exercício da profissão contábil. As afirmações dos entrevistados estão de acordo com o informado pelo IFAC (2010) quando infor-mou que os aspectos funcionais deveriam conter também elemen-tos relacionados à matemática e a estatística.

4.3 ASPECTOS PESSOAIS

Com relação aos aspectos pessoais todos os entrevistados conside-raram que há influência deste elemento no que tange as caracterís-ticas necessárias para compor o perfil do profissional contábil, sen-do que quatro desses avaliaram a interação da contabilidade com outras áreas como um fator essencial para o bom funcionamento do sistema, principalmente áreas ligadas ao direito e um dentre os quatro considerou a qualidade no serviço para a permanência do profissional no mercado.

Já quatro dos entrevistados avaliaram a ética profissional como fator integrante do aspecto pessoal, regulamentada pelo Código de ética do profissional contábil, levando em conta os padrões morais, para que mesmo quando certas atitudes não estejam proi-bidas em lei, se utilize do bom senso para desenvolver um bom trabalho em equipe e outros dois relacionaram ao atendimento ao público, clientes ou órgãos, empreendedorismo e estratégias.

As abordagens dos entrevistados demonstram alinhamento

com IFAC (2010) e Reis et al. (2015) ao passo em que os mesmos acreditam que os aspectos pessoais constituem uma interface de relacionamento entre o contador e outras áreas.

4.4 ASPECTOS DE COMUNICAÇÃO DE NEGÓCIOS

Sobre os aspectos de comunicação de negócios, não foi encontra-do nenhuma influência dentre os elementos que compõem o perfil do contador de Boa Vista, o entrevistado três relata que “depende do trabalho que se vai fazer e da função dentro da organização. Mas em nível local não acontece como tem que ser feito por falta de estrutura de mercado”.

Três entrevistados perceberam que os aspectos de comunicação de negócios influenciam nas habilidades e competências do con-tador, pois, como informa o entrevistado quatro “no meu entender auditoria boa mesmo é aquela preventiva, não a que está ali para punir, mas para evitar que erros aconteçam”.

Os demais entrevistados justificam a relação de influência por meio dos elementos de conhecimentos e comportamentos do pro-fissional contábil, quando o entrevistado seis trata esta realidade ao afirmar que “O profissional deve estar capacitado para transmitir informações que ajudem o empresário nas tomadas de decisões”. Cabe o destaque, que esta visão é corroborada pelo AICPA (2010) e Reis et al. (2015).

4.5 ASPECTOS TECNOLÓGICOS E CONHECIMENTO GLOBAIS Os dez entrevistados afirmaram que os aspectos tecnológicos e conhecimentos globais influenciam dentre os elementos de com-petências, habilidades, conhecimentos e comportamentos que de-finem o perfil do contador de Boa Vista-RR, onde cinco dos entre-vistados acreditam que o profissional contábil deve acompanhar e absorver as inovações tecnológicas para manter-se atualizado no mundo globalizado a fim de prestar informações relevantes e tem-pestivas aos usuários interessados.

Os outros cinco entrevistados relatam a importância do próprio sistema contábil digital, o sexto entrevistado informa ainda que “O contador tem que estar apto e absorver as inovações tecnológicas para manter-se atualizado no mundo globalizado”. As afirmações dos entrevistados estão de acordo com Cordeiro e Duarte (2006) ao passo em que os autores informam que a tecnologia é uma manei-ra de desenvolvimento do tmanei-rabalho do contador e aproximação do mesmo com a realidade contemporânea da sociedade.

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Dos entrevistados, seis justificaram que os aspectos comporta-mentais tradicionais influenciam nos comportamentos e conheci-mentos dos contadores, referindo-se a questão das técnicas con-tábeis. O entrevistado quatro, sobre este aspecto relatou que “Eu acho que influencia de forma negativa. Tem profissional que não quer evoluir e vai ter sempre aquele escritório que só executa as técnicas contábeis”.

Os demais entrevistados justificaram dizendo que não havia influência mediante os aspectos comportamentais tradicionais perante os comportamentos e conhecimentos do contador em re-lação que “o profissional contábil tradicional, mesmo que tenham competências, habilidades, comportamentos e conhecimentos somente sobre técnicas contábeis, não quer dizer que vão deixar de serem hábeis, competentes e terem conhecimentos e compor-tamentos frente à área, porém, se os contadores se limitarem a isso, não poderiam fazer gerenciamentos e nem auxiliar nas tomadas de decisões. Há não ser que seu contrato seja para executar somente as técnicas contábeis” conforme o quinto entrevistado. Todavia tem--se relevância com os teóricos Cordeiro e Duarte (2006) que trata dos “Conhecimentos Específicos relacionados à evolução da ciência con-tábil” onde o profissional contábil tem que estar atento aos novos paradigmas que surgem; e no modelo Taveira e Maciel (2007) que trata dos “Comportamentos Tradicionais” onde diz que é a recusa em avançar além do limite restrito da apuração contábil, limitando-se aos aspectos ligados as questões fiscais, tributárias e jurídicas.

4.6 ASPECTOS EMOCIONAIS

Todos os entrevistados acreditam que os aspectos emocionais in-fluenciam diretamente nos comportamentos que agregam os ele-mentos que compõe o perfil do profissional contábil da iniciativa privada, por considerarem necessária a motivação para se apresen-tar apto ao mercado e distinguir a vida pessoal, relações externas do seu ambiente de trabalho da vida profissional, onde muitas ve-zes é preciso conviver com situações que nem sempre é agradável, mas que é preciso se adaptar, buscando desenvolver habilidades como o autocontrole, domínio e equilíbrio emocional.

No entanto, se observou a importância de se respeitar as limita-ções do ser humano, tal como relatado pelo entrevistado cinco “O ser humano é passivo de erros, de momentos e acontecimentos da vida, dependendo da situação, acaba impactando no seu ambien-te profissional”, assim, percebe-se a necessidade de se desenvolver habilidades como a empatia. As afirmações dos entrevistados es-tão conforme o informado pelo Cordeiro e Duarte (2006) quando relata que os aspectos emocionais devem conter também

elemen-tos relacionados à empatia e aptidões sociais.

4.7 ELEMENTOS QUE EMERGEM DA PRÁTICA

Questionados aos entrevistados sobre a possibilidade de inserir no-vos elementos na estrutura proposta, dois ofereceram sugestões, sendo que um sugeriu a categoria “educação continuada”, contudo, observou-se que essa categoria já estava contemplada pela catego-ria “Aspectos Tecnológicos e conhecimentos globais”, uma vez que essa categoria aborda a globalização como fator primordial para que a contabilidade acompanha-se os avanços tecnológicos, fazendo com que o contador acompanhasse a competitividade do mercado, através da busca por especialidade e educação continuada.

Já o segundo entrevistado sugeriu os elementos de liderança, conhecimentos de outras áreas e Marketing pessoal, também já estava cobertos pela categoria aspectos pessoais, que diz que são características relacionadas por meio da interação do profissional, com outros profissionais de diferentes áreas, tendo assim, comu-nicação, ética, liderança, trabalho em equipe, competência, sigilo, integridade, objetividade e alto grau de qualidade nos serviços, porém, o elemento de marketing pessoal não fazia parte de ne-nhuma das categorias levantadas, contudo passa ser inserido na estrutura proposta, uma vez que a mesma verifica-se na realidade do contador de Boa Vista- RR.

4.8 HIERARQUIZAÇÃO ENTRE OS ELEMENTOS

Sobre o grau de importância através dos elementos de análise das competências, habilidades, comportamentos e conhecimentos do contador, oito dos entrevistados classificaram os aspectos intelectuais que são representados pelo numeral 1, como sendo o mais importan-te, pois são conhecimentos específicos da Contabilidade e suas áreas afins. Com isso, tem-se relevância com os teóricos IFAC (2010), Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007).

Em seguida foram classificados por quatro dos entrevistados, como segundo grau, os aspectos emocionais que discorre sobre o equilíbrio de suas emoções, autodomínio e automotivação. Como mencionado pelo autor Cordeiro e Duarte (2006).

Posteriormente, oito dos entrevistados avaliaram como quarto grau os aspectos funcionais: forma essa de como a contabilidade é executa na prática; e os aspectos tecnológicos e globais: conhecimen-to em informática, tecnologia da informação e sistemas. Por isso, per-cebe-se um alinhamento com o que diz IFAC (2010), AICPA (2010),

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Reis et al. (2015), Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007). Sequencialmente foram elencados por seis dos entrevistados como quinto grau os aspectos pessoais: interação com profissionais de sua categoria e de diferentes áreas; e os aspectos de comunicação de ne-gócios: habilidades relacionadas ao entendimento e funcionamento da organização. Estes estão relacionados com os autores IFAC (2010), AICPA (2010), Reis et al. (2015) e Cordeiro e Duarte.

E por último, nove dos entrevistados analisaram como sétimo grau de importância os aspectos comportamentais tradicionais que correspondem a comportamentos técnicos operacionais, apuração e escrituração de fatos contábeis; sendo assim, os aspectos menos importantes. Contudo, faz-se menção com Cordeiro e Duarte (2006) e Taveira e Maciel (2007).

4.9 MODELO APÓS ANÁLISE

Considerando a aproximação teórica proposta e as verificações junto aos profissionais que atuam cotidianamente no locus da pesquisa, os elementos que compõem o perfil do profissional contábil da iniciativa privada do município de Boa Vista – Roraima, podem ser resumidos conforme o quadro 7.

Quadro 7 - Elementos que compõem o perfil do profissional da iniciativa privada do município de Boa Vista - Roraima

Categ.

Elementos

Aspectos Intelectuais

Intelectuais, Habilidades Intelectuais e do Co-

nhecimento, Conhecimentos Atuais e

Comporta-mentos Atuais.

Aspectos Funcionais

Técnicas e Funcionais, Competências Funcionais,

Habilidades e Competências Técnicas e

Funcio-nais, Conhecimentos Globais e Comportamentos

atuais.

Aspectos Pessoais

Pessoais, Competências Pessoais, Habilidades

e Competências Pessoais, Conhecimentos de

Atitudes.

Aspectos de Comunicação de Negócios

Interpessoais de Comunicação, Competências

Relacionadas aos Negócios, Habilidades e

Competências Organizacionais e Relação

In-terpessoal.

Aspectos Tecnológicos e

Conhecimentos Globais

Conhecimentos, Habilidades Intelectuais e do

Conhecimento e Conhecimentos Globais.

Aspectos

Comportamen-tais Tradicionais

Conhecimentos Específicos e Comportamentos

Tradicionais.

Aspectos Emocionais

Conhecimentos Emocionais.

Fonte: Os autores (2019)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido às grandes mudanças no decorrer da história, o profissional tábil teve a necessidade de acompanhar tais transformações, o que con-sequentemente impactou na sua visão de trabalho devido à nova forma de mercado que surgia e, na sua forma de exercer a profissão, uma vez que atividades que eram executadas em um processo mais lento, com a informatização dos sistemas, trouxeram agilidade e rapidez desses pro-cessos, proporcionando maiores informações, incidindo nas revoluções que agregam as competências, habilidades, comportamentos e conhe-cimentos do profissional contábil.

Assim, através dos modelos apresentados no referencial teórico, com base em elementos que abordam as competências, habilidades, com-portamentos e conhecimentos, foi elaborada uma entrevista que de acordo com os dados levantados percebeu-se que esses elementos pro-postos influenciam diretamente na composição do perfil do profissional contábil situado na iniciativa privada de Boa Vista, no estado de Roraima, uma vez que a ausência desses elementos modifica a forma de execu-tar a contabilidade, sendo eles relacionados aos aspectos intelectuais, funcionais, pessoais, comunicação de negócios, tecnológicos e conheci-mentos globais, comportamentais tradicionais e emocionais.

No entanto, percebe-se que apesar da influência desses elementos, para os profissionais contábeis existem barreiras na forma de executar a contabilidade em Boa Vista - Roraima, quando se trata de áreas como de Consultoria e Gestão, ou seja, atividades voltadas para partes geren-ciais dentro de uma organização, pois os entrevistados consideraram não estar de acordo com a realidade local, onde essas são ferramentas da contabilidade que geralmente são desenvolvidas em grandes empresas como multinacionais, o que difere da realidade, já que no Estado predo-mina a atividade de pequenos comércios. Já outro ponto que restringiria o desenvolvimento dessas áreas seria o próprio bloqueio dos empresá-rios em procurar implantar atividades como estas em suas empresas, por considerarem desnecessárias.

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O objetivo proposto no estudo foi atendido uma vez que foi possível apresentar uma proposta de estrutura de análise relacionando os dados teóricos e as observações da realidade local do município de Boa Vis-ta, Roraima. E, ainda no decorrer da análise de dados, inclui-se um novo elemento caracterizado como “marketing pessoal” relatando que esse elemento compreende a transparência de suas qualidades, habilidades e competências, através da venda de sua própria imagem como profis-sional.

Como a pesquisa foi aplicada somente com contadores da iniciativa privada do município de Boa Vista, Roraima e, o intuito deste trabalho não é de extrapolar os dados, ou seja, não é definitivo como forma única de pesquisa, sugere-se diante do exposto, como sugestão de pesquisas futuras, que a mesma seja reaplicada utilizando-se uma abordagem me-todológica quantitativa.

Compreende-se que os profissionais da contabilidade devem estar atentos às novas mudanças que a profissão enfrenta, buscando desen-volver competências e habilidades na execução da atividade, manten-do-se atualizados em relação às informações, sendo elas relacionadas aos conhecimentos específicos e gerais da contabilidade, e aos novos sistemas tecnológicos, e conforme aos seus comportamentos, onde procurem ser mais proativos, buscando a educação continuada frente à competitividade do mercado de trabalho.

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