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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO COMPORTAMENTO DA VISCOSIDADE DE UM FLUÍDO PSEUDOPLÁSTICO.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA

ÁREA:

SUBÁREA: ENGENHARIAS

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): VICTOR GONÇALVES, MARCELA SIQUEIRA MIRANDA DA SILVA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DEOVALDO DE MORAES JÚNIOR, LUCAS BERNARDO MONTEIRO

ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): CRISTIANE MARQUINEZ DE ARAÚJO

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INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO COMPORTAMENTO DA VISCOSIDADE DE UM FLUÍDO PSEUDOPLÁSTICO.

RESUMO

O copo Ford é um viscosímetro que é utilizado amplamente para determinação da viscosidade de um fluído através do tempo de escoamento da amostra por meio de um orifício padronizado. Também influenciada pela temperatura, a viscosidade é uma propriedade a qual relaciona a movimentação de um fluído com o atrito existente. De acordo com o diagrama de tensão de cisalhamento por gradiente de velocidade, os fluídos podem ser newtonianos, não-newtonianos, dilatantes, pseudoplásticos, entre outros, apresentando comportamentos diferentes para cada classificação. Os equipamentos medidores denominados reômetros possuem várias formas e tamanhos projetados como, por exemplo, o viscosímetro Stokes, viscosímetro Capilar, viscosímetro Stormer e o copo Ford. O presente estudo teve por objetivo analisar o comportamento do detergente da marca Ypê, o qual foi depositado até preenchimento do copo e cronometrado seu tempo de passagem através do orifício do mesmo. Determinou-se o valor da viscosidade do produto de acordo com a equação estabelecida por sua ficha técnica e numeração referente ao instrumento, assim como notou-se ao longo do ensaio que este possui comportamento pseudoplástico.

Palavras-chave: viscosímetro, Copo Ford, comportamento.

1. INTRODUÇÃO

Caracteriza-se como viscosidade a propriedade do fluido capaz de influenciar no escoamento deste mesmo devido às forças de atrito, as quais acarretarão em perdas de carga ao sistema (PEREIRA & SEGUIM, 2012).

Esta pode ser subdivida em, por exemplo: a) viscosidade dinâmica, que é aquela onde um fluido sob um tensão tangencial constante de 1 Pa sofrerá a redução na velocidade de escoamento de 1 m.s-1 para cada metro deslocado, e viscosidade cinemática que é definida como sendo de um fluido com densidade igual a 1 kg.m-3 e viscosidade dinâmica igual a 1 pascal-segundo (MORAES JÚNIOR et al, 2011).

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Dentro da definição de viscosidade, salienta-se dois subgrupos de comportamentos distintos. O primeiro seriam os fluidos newtonianos, no qual o comportamento do cisalhamento é linear à força aplicada à substância e não-newtoniano, do qual a viscosidade de um fluido pode apresentar modificações quase nulas ou exponenciais à aplicação de força (GOMIDE, 1993).

A Figura 1 apresenta um gráfico do comportamento do cisalhamento em função da força aplicada.

Figura 1 – Comportamento dos tipos de fluido. Fonte: GOMIDE, 1993

É de grande importância conhecer a viscosidade do fluido, tendo em vista que quando aplicado a motores ou sistemas com peças móveis, um líquido com alta viscosidade pode aumentar o tempo de vida útil das peças em contato. No caso do transporte de fluidos, uma alta viscosidade pode acarretar

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em altos valores de perda de carga e consequentemente desperdício de energia e baixo rendimento do sistema de bombeamento (PEREIRA & SEGUIM, 2012; HILSDORF et al, 2004).

De modo a se obter numericamente os valores da viscosidade de cada material, utiliza-se um viscosímetro. A principal função desse tipo de equipamento é aplicar uma força na substância ou mensurar o tempo de escoamento desta em alguma determinada condição específica. Alguns reômetros utilizados com frequência são viscosímetro Saybolt, Redwood, Engler, Brookfield, Stokes, Stormer, copo Ford, entre outros (HILSDORF et al, 2004).

O copo Ford é um equipamento capaz de medir de maneira rápida e prática a viscosidade de um fluido através do tempo de escoamento do mesmo por um orifício padronizado. Seu emprego se dá com frequência na indústria devido a necessidade de uma alíquota pequena de amostra para se obter esta propriedade do produto (BERTOLIN et al, 2015).

2. OBJETIVO

O presente trabalho teve por objetivo medir a influência da temperatura na viscosidade de um fluido pseudoplástico utilizando um copo Ford n°4.

3. METODOLOGIA

Utilizou-se um copo Ford n°4, padronizado, com orifício de latão de 4 mm (Figura 2).

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Figura 2 – Copo Ford.

Também foi utilizado um medidor de nível por gravidade, com o intuito de nivelar o equipamento na bancada onde os ensaios foram realizados, permitindo assim uma aplicação fidedigna da norma pesquisada. Nesta mesma, obteve-se a Equação 1, utilizada para o cálculo da viscosidade no equipamento com orifício de 4 mm (ASTM, 2014).

v4 = 3,85 ∙ (t − 44) (01)

Sendo

v4 a viscosidade para o copo Ford n°4, em cSt; t o tempo de escoamento pelo orifício, em s.

O tempo foi medido com auxílio de um cronômetro com precisão de 1 centésimo de segundo e a temperatura foi obtida através de um termômetro de álcool com escala de -10°C até 100°C e precisão de 1°C (Figura 3).

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Figura 3 – Termômetro de álcool.

O produto selecionado para as análises foi o detergente líquido neutro da marca Ypê, com densidade de 1,02 kg.m-3 e viscosidade dinâmica entre 300 e 500 cP (ANVISA,2004)

4. DESENVOLVIMENTO

Aferiu-se o termômetro em gelo fundente (0 °C) e em água fervente (100 °C). Na sequência tampou-se o orifício do copo Ford de modo a impedir a passagem do fluido e preencheu-se o copo até transbordo do mesmo.

De modo a se acertar o volume no interior do copo, utilizou-se uma placa de acrílico para retirar o excedente do transbordo e garantir o volume de 100 mL.

O fluido e o equipamento foram colocados no interior de uma estufa com circulação forçada de ar de modo a se ajustar as temperaturas de ambos àquela desejada para o ensaio. Optou-se trabalhar com a temperatura ambiente local no dia, 25 °C por ser o valor padronizado na ficha técnica do produto, 30 °C e por fim 40 °C. Estes valores foram escolhidos visando operar dentro do limite imposto pelo equipamento e devido a temperaturas acima de 40 °C o produto começar a apresentar borbulhamento e, possivelmente, mudanças em suas características.

Foi posicionado um béquer de 250 mL abaixo do orifício e finalmente permitiu-se o fluxo do fluido através deste. Simultâneo à coleta do detergente, iniciou-se um cronômetro de modo a se saber o tempo de escoamento para cada condição estudada.

Ao final, com o tempo do escoamento, utilizou-se a equação 1 para se obter a viscosidade do fluido em cSt e a equação 2 para converter esta para cP.

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μ =νρ (2) Em que μ é a viscosidade dinâmica, em cP; ν é a viscosidade cinemática, em cSt; ρ é a densidade do fluido, em kg.m-3 5. RESULTADOS

A tabela 1 apresenta os resultados obtidos experimentalmente e seus respectivos valores calculados.

Tabela 1 - Resultados obtidos experimentalmente

Temperatura (°C) Tempo (s) Viscosidade (cST) Viscosidade (cP) 24 120,5 446,64 438 25 111 414,12 406,00 30 93 340,76 334,08 40 60 213,78 209,52

A figura 4 representa um gráfico da viscosidade em função da temperatura.

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Figura 4 – Influência da temperatura em relação a viscosidade.

Observa-se que com o aumento da temperatura houve uma redução da viscosidade do fluido, conforme citado em literatura. A mesmo tempo houve uma observação visual da redução significativa do fluxo do detergente através do orifício. Tal parâmetro pode ter ocorrido devido a característica do fluido pseudoplástico de ter sua viscosidade aumentada conforme redução da força aplicada ao mesmo.

De modo a tentar observar este fenômeno, realizou-se dois testes qualitativos com água e óleo (fluidos newtonianos). Em ambos os testes a redução de fluxo não foi significativa, mantendo-se aparentemente constante ao longo de todo o fluxo até o esgotamento do copo.

6. CONCLUSÃO

O presente experimento permitiu concluir que a viscosidade de um fluido pseudoplástico sofre alterações diretamente proporcionais às mudanças de temperatura.

Observou-se através da observação do comportamento do escoamento pelo orifício do copo Ford nº4 que o detergente é um fluido pseudoplástico, uma vez que quanto menor era a coluna de líquido acima do ponto de

y = -13,972x + 765,77 R² = 0,9895 0 100 200 300 400 500 600 15 20 25 30 35 40 45 V IS CO SIDA DE TEMPERATURA (°C) Viscosidade (cSt) Viscosidade (cP)

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escoamento, mais visível era a redução desse fluxo, se comparado com outros dois fluidos.

Sugere-se para a continuidade dos estudos o projeto e a instalação de um sistema de controle de temperatura, de modo a se garantir que tanto fluido como equipamento estejam com a mesma quantidade de energia e que o meio externo acarretará em influência mínima ou nula na medição desta propriedade.

É relevante também realizar os estudos com outros tipos de viscosímetros, de modo a se validar o tipo de líquido que se está trabalhando e ter parâmetros comparativos no método aplicado.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES JR, D. - Aplicações industriais de estática e dinâmica dos

fluídos.1ªEdição, Santos – SP, 2010.

GOMIDE, R. Fluidos na indústria - Vol II. São Paulo - SP, 1993.

HILSDORF, J.W. - Química Tecnológica, Pioneira Thomson Learning, 2004. PEREIRA, F.N.; SEGUIM, M.C. – Projetos Químicos e Petroquímicos: movimentação de fluídos. Communicar – Santos -SP, 2010.

BERTOLIN, M.T.; MURARO, M.A.; SILVA, C.H. – Análise da Degradação Térmica Sobre a Viscosidade de um Lubrificante Automotivo Contaminado por Combustível Diesel S-500 E S-50 . Salvador – BA, 2015.

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