Qualidade das Técnicas Analíticas
Por José André Teixeira Azevedo, Químico, DSc.
04 de setembro de 2012Apresentação do palestrante
2 • Formação acadêmica: Química – UFRJ
• Doutorado: Físico-Químca – UFRJ
• Professor e pesquisador: UFRJ, UFF e Souza Marques • Químico e Analista no Laboratório Analytical Solutions
• Gerente da Qualidade e Pesquisa e Desenvolvimento da Analytical Solutions
• Gerente da Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente do Bureau Veritas do Brasil
• Gerente de Grande Contratos e Projetos no Bureau Veritas do Brasil • Diretor Geral no Bureau Veritas do Brasil – Divisão de Laboratórios
• Gerente Sênior de Unidades Região Sul e Rio de Janeiro na Bioagri Ambiental
– Meriéux NutriSciences
• 17 anos de experiência profissional com 14 artigos publicados e diversas
participações em orientações acadêmicas, bancas, cursos, eventos e congressos no Brasil e no Exterior
1995
Assuntos a serem abordados
Pilares dos resultados analíticos com qualidade.
Laboratório com sistema de gestão convencional e integrado: diferenças e complexidades. Qualidade nos boletins de análise.
Complexidade e requisitos em laboratórios. Forças incidentes nos preços.
Necessidade de refinamento de discussão mais técnica e menos protocolar. O quanto custo um erro analítico?
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Pilares do Resultado com Qualidade
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Resultado com Qualidade
Amostragem
Equipamentos
Condições ambientais
Pessoal
Metodologias
5 Resultado com Qualidade
Amostragem
Acreditada Metodologia reconhecidaUnidades de apoio – capilaridade Equipamentos calibrados
Equipamentos apropriados Uso de EPIs
Preservação de amostras Registro correto de dados
Equipamentos
Tecnologia – última geração Calibração pela RBC
Verificações antes dos ensaios Manutenções corretivas
Manutenções preventivas Boas condições de uso
Quantidade adequado para o serviços Identificados e codificados - rastreáveis
Condições ambientais
Gerador de energia / outro
Área adequada e separada por compatibilidade Controles de acesso
Monitoramento (temperatura e umidade) Rastreabilidade das condições ambientais Registros de análises críticas
Tomada de ação de controle
Pilares do Resultado com Qualidade
6 Resultado com Qualidade
Pessoal
Signatários entrevistados – INMETROInformações por nível de acesso Setor de atendimento aos clientes Seleção e contratação
Qualificação interna
Programa anual de treinamento
Metodologias
Referências internacionais e normas Equipe de estudo e metrologia
Procedimentos validados Menor geração de resíduos Incerteza calculada e expressa Inter e intralaboratoriais
Amostras de referência certificadas Necessidades dos clientes
Comparação de metodologias
Suprimentos
Inspeção de recebimento
Processos de aquisição rastreados e automáticos Estoque mínimo sem perdas por vencimento
Padrões rastreáveis ao NIST
Verificação com padrões de marcas distintas Condições de armazenamento controladas Estrutura que evita contaminação
Pilares do Resultado com Qualidade
Procedimento
analítico
Coleta /
Recebimento de
amostra
Laudo
Cliente
LABORATÓRIO COM SISTEMA
CONVENCIONAL
Procedimento analítico Coleta / Recebimento de
amostra Laudo Cliente
LABORATÓRIO COM SISTEMA
DE GESTÃO INTEGRADA
Análise Crítica do
Sistema
Destinação correta de resíduos
Interlaboratorial Intralaboratorial Auditoria Interna Calibração de Equipamento s Ensaios de Campo Calibração de Equipamentos Verificação das condições da amostra Registro de dados Treinamento Confidencialidade Uso de material de referência certificado Uso de Padrões rastreáveis Garantia dos resultados Controle de qualidade analítica Treinamento Tratamento de dados Treinamento Treinamento Registro de dados Arquiva histórico Identifica e monitora aspectos críticos
Qualidade nos Boletins de Análise
Interpretação de Resultados
- Procedimentos de QA/QC: Visam garantir a qualidade dos resultados
reportados no boletim de análises. Incluem: Brancos / Padrões / Amostras de Controle / Surrogate / Spikes / MS-MSD;
- Corridas Analíticas: grupo de amostras, normalmente de 10 ou de 20 delas, que são associadas a um branco e a uma amostra de controle.
- Branco é uma amostra de água destilada ou Sulfato de Sódio no caso de amostras sólidas, onde são analisados todos os parâmetros dos métodos das amostras – LQ como referência;
- Amostras de Controle (LCS) é uma amostra como o branco porém contendo alguns analitos dos métodos das amostras. Estes analitos representam a corrida pois estão “dispersos” ao longo dos item
quantificáveis da corrida. Estabelecido uma faixa para recuperação destes analitos.
Qualidade nos Boletins de Análise
Liberação dos resultados das amostras pertencentes a corrida:
- O LIMS (Laboratory Information Management System - ideal) só permite a
liberação dos resultados das amostras da corrida analítica após avaliação dos resultados dos brancos e LCS.
- Quem não usa LIMS efetivamente? Surrogates:
- São substâncias normalmente sintéticas ou não encontradas facilmente na
natureza mas que são quantificáveis da mesma forma que os analítos da amostra.
- Garantem que não houve algum problema específico com a análise da
Qualidade nos Boletins de Análise
- Spikes: Adição extra dos analitos alvo na amostra: Medição de interferência de matriz.
- Fazem parte deste controle as amostras MS (matriz spike) e MSD (Matriz Spike Duplicata).
- Para uma avaliação correta, a quantidade de analito adicionada deve ser compatível com a existente naturalmente na amostra. A MSD pode ser uma amostra semelhante a MS ou a amostra original, dependendo da presença em concentração quantificável ou não dos analitos na amostra.
Qualidade nos Boletins de Análise
Limite de Detecção: O limite de detecção do equipamento (LDE) é definido como a concentração do analito que produz um sinal de três a cinco vezes a razão ruído/sinal do equipamento.
O limite de detecção do método (LDM) é definido como a concentração mínima de uma substância medida e declarada com 95% ou 99% de confiança de que a concentração do analito é maior que zero. O LDM é determinado através de análise completa de uma dada matriz contendo o analito.
O Limite de Quantificação é a menor concentração do analito que pode ser determinada com um nível aceitável de precisão e veracidade. Pode ser
considerado como sendo a concentração do analito correspondente ao valor da média do branco mais 5, 6 ou 10 desvios padrão.
Na prática, corresponde normalmente ao padrão de calibração de menor concentração (excluindo o branco).
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Complexidade e Requisitos
Laboratório simples – Baixo custo – Baixo preço – Qualidade menor
Laboratório complexo – Alto custo – Preço mais alto – Qualidade maior
• Sem SGQ
• Com SGQ
• Com SGQ com CEP
• Certificação
• Credenciamento
• Acreditação
• Interlaboratoriais
• Métodos simples
• Métodos não normalizados
• Métodos adaptados
• Métodos normalizados
• Métodos verificados
• Métodos validados
• Métodos normalizados – EPA
• Capítulos balizadores – Cap. 4
• Amostragem • Preparação • Determinação • CQ / GC preconizados Baixa Confiabilidade Alta Confiabilidade
Forças incidentes no preço
Relação Preço – Qualidade – Entrega
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PREÇO
[R$]
Mercado
Margens – define o LUCRO
Diferentes níveis de qualidade (CUSTOS)
Diferentes níveis de entrega (CUSTOS)
Necessidade de refinamento de discussão
mais técnica e menos protocolar
Precisamos nos perguntar o que queremos!
Matrizes agronômicas – escopo do INMETRO – o que seriam?
Um alface possui a mesma metodologia analítica que um grão ou uma fruta no caso de compostos orgânicos?
Escopo com “músculo animal”...músculo de frango possui a mesma textura, efeito de matriz e características que possibilitam interferências que a de um equino? Escopos com Carnes e Pescados – uma análise de metabólitos de antibióticos em tecido bovino possui o mesmo limite de quantificação que um peixe com alto teor de gordura? E com baixo teor de gordura?
Limites analíticos iguais ou até menores para metais e ânions em águas salinas e salobras em comparação com água subterrânea, está correto?
Somos responsáveis pelas ações no presente para garantir a eficácia das mesmas e um legado saudável para o futuro!
O quanto custo um erro analítico?
No caso de ações judiciais ou até mesmo questões envolvendo o Ministério Público que resultado terá maior credibilidade? O que trabalha sem acreditações e
credenciamentos ou os laboratórios que possuem acreditação junto ao INMETRO e seguem protocolos de agências internacionais na íntegra?
Quanto um erro analítico pode fazer variar um terreno de um grande empreendimento imobiliário?
Quanto pode valer um erro analítico ou uma análise de baixa qualidade? Algumas UFs temos:
Resíduo Classe 1 – R$ 850,00 / tonelada Resíduo Classe 2 – R$ 200,00 / tonelada
Essa diferença muitas vezes tem por base uma simples análise laboratorial
Para pensarmos!
“O progresso técnico deixará apenas um problema: a
fragilidade da natureza humana.” (Karl Kraus)
“Quando novas informações surgem e as circunstâncias
mudam já não é possível resolver os problemas com as
soluções de ontem." (Roger von Oech)
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Obrigado!
José André Teixeira Azevedo
j.azevedo@bioagriambiental.com.br 21-7510-0725