2011
( em milhares de reais - r$ )
2011
2010
2009
2011 x 2010
2010 x 2009
receita Bruta
360.506
243.204
551.466
48,2%
-55,9%
receita Bruta com aluguéis
227.495
167.043
154.888
36,2%
7,8%
Escritórios
209,8
148,9
124,1
40,9%
20,0%
outros
7,3
6,1
14,0
19,1%
-56,2%
Lojas dE VarEjo
10,3
12,0
16,8
-13,9%
-28,3%
receita Bruta com Venda de
imóVeis
131.958
75.517
396.578
74,7%
-81,0%
receita líquida
344.191
231.237
531.083
48,8%
-56,5%
lucro Bruto
216.080
193.046
230.173
11,9%
-16,1%
eBitda
176.708
121.642
125.920
45,3%
-3,4%
MargEM EBitda
83,3%
78,1%
84,3%
5,1 p.p.
6,2 p.p
lucro líquido
96.359
91.934
133.385
4,8%
-31,1%
FFo*
100.087
62.470
80.316
60,2%
-22,2%
MargEM FFo
47,2%
40,1%
53,8%
7,1 p.p
- 13,7 p.p
grupo de imóVeis
(m
2de aBl própria)**
2011
2010
2009
2011 x 2010
2010 x 2009
Escritórios
319.013
319.709
240.634
-0,2%
32,9%
cEntros dE distriBuição
42.647
42.647
42.647
0,0%
0,0%
Lojas dE VarEjo
47.820
47.820
105.945
0,0%
-54,9%
outros
2.721
2.721
2.721
0,0%
0,0%
total
412.200
412.897
391.947
-0,2%
5,3%
*Funds From operations **Área Bruta LocÁveL
principais indicadores
são carlos empreendimentos e
participações s.a.
relatório anual
são carlos empreendimentos e participações s .a . | relatório anual 2 0 112011
( em milhares de reais - r$ )
2011
2010
2009
2011 x 2010
2010 x 2009
receita Bruta
360.506
243.204
551.466
48,2%
-55,9%
receita Bruta com aluguéis
227.495
167.043
154.888
36,2%
7,8%
Escritórios
209,8
148,9
124,1
40,9%
20,0%
outros
7,3
6,1
14,0
19,1%
-56,2%
Lojas dE VarEjo
10,3
12,0
16,8
-13,9%
-28,3%
receita Bruta com Venda de
imóVeis
131.958
75.517
396.578
74,7%
-81,0%
receita líquida
344.191
231.237
531.083
48,8%
-56,5%
lucro Bruto
216.080
193.046
230.173
11,9%
-16,1%
eBitda
176.708
121.642
125.920
45,3%
-3,4%
MargEM EBitda
83,3%
78,1%
84,3%
5,1 p.p.
6,2 p.p
lucro líquido
96.359
91.934
133.385
4,8%
-31,1%
FFo*
100.087
62.470
80.316
60,2%
-22,2%
MargEM FFo
47,2%
40,1%
53,8%
7,1 p.p
- 13,7 p.p
grupo de imóVeis
(m
2de aBl própria)**
2011
2010
2009
2011 x 2010
2010 x 2009
Escritórios
319.013
319.709
240.634
-0,2%
32,9%
cEntros dE distriBuição
42.647
42.647
42.647
0,0%
0,0%
Lojas dE VarEjo
47.820
47.820
105.945
0,0%
-54,9%
outros
2.721
2.721
2.721
0,0%
0,0%
total
412.200
412.897
391.947
-0,2%
5,3%
*Funds From operations **Área Bruta LocÁveL
principais indicadores
são carlos empreendimentos e
participações s.a.
relatório anual
são carlos empreendimentos e participações s .a . | relatório anual 2 0 111
São Carlos
relatório anual 2011PrinciPais indicadores
Contracapa
MensageM do Presidente
pag. 02
Perfil corPorativo
pag. 04
Missão e valores
pag. 06
linha do teMPo
pag. 08
01.
contexto setorial
pag. 11
02.
Modelo de negócios e estratégia
pag. 14
03.
recursos huManos
pag. 19
04.
sustentabilidade
pag. 22
05.
ativos intangíveis
pag. 25
06.
governança corPorativa
pag. 26
07.
gestão de risco
pag. 33
08.
deseMPenho econôMico financeiro
pag. 36
09.
Mercado de caPitais
pag. 45
anexos
Demonstrações Financeiras
Relatório dos Auditores Independentes
2
MENSAGEM
DO PRESIDENTE
São Carlos
relatório anual 2011Prezados senhores,
O ano de 2011 da São Carlos foi marcado por números recordes, que reafirmam a consistência do
nos-so modelo de negócios. Praticamente dobramos de tamanho entre 2007 e 2011: a receita bruta de locação
avançou de R$ 108 milhões para expressivos R$ 227 milhões em 2011, o EBITDA ajustado saltou de R$ 82
milhões para R$ 177 milhões e o valor de mercado do nosso portfólio de imóveis saiu do patamar de R$ 1,51
bilhão para R$ 2,98 bilhões.
Nosso crescimento foi impulsionado, principalmente, pela reduzida taxa de vacância, aliado ao êxito
na renovação de contratos de aluguéis a valores de mercado, reflexo da estratégia de focar em imóveis
corporativos com localização atrativa nos mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. A nossa taxa de
va-cância (física) atingiu os menores níveis históricos (0,9%), chegando a zero no Rio de Janeiro. A renovação
dos contratos de aluguéis a valores de mercado, considerando os mesmos imóveis, resultou em receitas
25% superiores na comparação com 2010, ou 5,7 vezes o IGPM, índice de correção padrão para este tipo
de contrato.
Encerramos o ano de 2011 com portfólio composto por 51 imóveis, totalizando Área Bruta Locável
(ABL) própria de 412.200 m
2, entre imóveis corporativos e lojas de varejo. Adquirimos dois novos imóveis,
ambos no Rio de Janeiro: o Edifício Generali, empreendimento de 17 andares de escritórios classe A, com
11.173 m
2de área locável total, no centro da cidade; e o Centro Administrativo Cidade Nova, no bairro de
mesmo nome, considerado a maior laje corporativa da capital fluminense (5.800 m
2), com 31.133 m
2de área
locável total, em construção e com previsão de entrega para o final de 2013.
O modelo de negócios da São Carlos consiste em adquirir, preferencialmente, imóveis ineficientes ou
que necessitem de investimentos, realizar as melhorias e modernizações necessárias para aumentar a sua
rentabilidade, com ganho no preço do metro quadrado alugado, e vender esses ativos depois de alcançado
o ponto máximo de maturação. Considerando essa estratégia, realizamos a venda de um imóvel em 2011, o
Centro Empresarial Guaíba, em Porto Alegre, e concluímos as obras, entregando a última das quatro torres
do Centro Administrativo Rio Negro, em Alphaville, vendida em 2010. O desinvestimento em Porto Alegre
foi oportuno, ainda, para nos concentrarmos em nosso foco geográfico – o eixo Rio-São Paulo.
No decorrer do ano, cerca de 10% de nosso portfólio estava em reforma ou em construção,
aumen-tando a nossa expectativa de desempenho futuro, quando esses empreendimentos passarem a gerar caixa.
A nossa expectativa é grande com relação ao Edifício Venezuela 43, localizado na região portuária
do Rio de Janeiro, junto ao centro da cidade, onde consideramos existir forte potencial de valorização, por
conta da revitalização que será feita na região visando às Olimpíadas de 2016. Adquirido em estágio
avan-çado de depreciação, o imóvel tem cerca de 4.200 m
2de área locável, distribuídos em nove andares, está
3
São Carlos
relatório anual 2011
passando por uma reforma completa, que consumiu R$ 7,6 milhões em 2011. Com previsão de entrega para
o final de junho de 2012, o imóvel já encontra-se pré-locado.
Se no plano econômico os resultados nos deixam entusiasmados, nas dimensões social e ambiental
não foi diferente. Demos um importante passo no sentido de certificar os nossos empreendimentos com o
LEED®, concedido pelo United States Green Building Council (USGBC) – que avalia e reconhece soluções
e tecnologias sustentáveis nos empreendimentos imobiliários. Os Edifícios Padauiri e Demini, do Centro
Administrativo Rio Negro, localizados em Alphaville (SP), foram contemplados com o “LEED® for Existing
Buildings: Operation & Maintenance (EB:O&M)” – certificação para prédios em operação, no segmento de
operações e manutenção. Esta foi a primeira certificação LEED® Silver no conceito Multiple Buildings do
Brasil, fato que nos dá grande orgulho.
Os nossos colaboradores, nosso principal ativo, passaram a contar com um programa ainda mais
estruturado de remuneração variável baseada em metas, o que se estende para todos os níveis na
Compa-nhia, incluindo os cargos operacionais. A possibilidade de obtenção de uma remuneração variável atrativa
relacionada aos resultados alcançados tem mostrado, historicamente, bons resultados, contribuindo para o
crescimento sustentável da Companhia e impactando positivamente no clima organizacional.
Estamos otimistas com o mercado de edíficios corporativos em 2012. Esperamos que as taxas de
va-cância mantenham os baixos patamares observados recentemente. Dado a existência no mercado de uma
demanda represada, a nossa expectativa é que esse segmento de imóveis para locação apenas venha a
alcançar níveis mais próximos ao ponto de equilíbrio a partir de 2013, por conta da entrega de novos
edifí-cios, o que vai contribuir para uma melhor relação entre oferta e demanda. Para acompanhar esse potencial
crescimento do mercado, contamos com caixa de R$ 300 milhões e buying power de R$ 1,0 bilhão.
Com foco nesses objetivos, buscando sempre o ganho de eficiência e a maior rentabilidade do capital
investido, continuaremos investindo na qualificação e retenção de nossos colaboradores, que são o motor
de todos os negócios realizados e aos quais aproveitamos para agradecer o envolvimento e o
comprome-timento na construção de uma empresa rentável e sólida. Também seguiremos revisitando processos e
analisando com responsabilidade, com base em critérios definidos, eventuais oportunidades de negócios com
potencial de gerar valor aos nossos acionistas, aos quais também agradecemos pela confiança ao longo de 2011.
Aos nossos conselheiros e diretores, cujo apoio foi fundamental para o crescimento no decorrer do exercício,
reafirmamos o compromisso de elevar a posição da Companhia, trabalhando com afinco e determinação.
felipe góes
___ Presidente4
PERFIL
São Carlos
relatório anual 2011
Com sede administrativa em São Paulo e
44 funcionários, foca suas atividades no
merca-do de imóveis comerciais merca-do eixo Rio-São Paulo,
cidades que reúnem 9,2% da população do País e
foram responsáveis por aproximadamente 17,4%
do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos,
segundo o IBGE.
Ao final de 2011, a Companhia contava com
51 imóveis comerciais, sendo 29 de escritórios
corporativos, 20 de varejo e dois de outros tipos
(um centro de distribuição, em Barueri, São
Pau-lo, e um edifício na Praça da Bandeira, no Rio de
Janeiro), totalizando 412.200 m
2de área bruta
locável (ABL) própria e valor de mercado. e
va-lor de mercado estimado em R$ 2,98 bilhões. A
São Carlos encerrou o ano de 2011 com receita
bruta de locações R$ 227 milhões, 36% superior
ao resultado do ano anterior, sendo que 92% da
receita provém do aluguel de imóveis
corporati-vos, enquanto 5% deriva de lojas de varejo e 3%
de outros imóveis.
A São Carlos atua, há 22 anos, na gestão patrimonial de
imóveis comerciais, sendo que, por diversos anos, foi a única
empresa listada em bolsa a operar neste segmento no Brasil.
Formada em 1989, como uma
controla-da controla-da empresa de varejo Lojas Americanas S.A.
responsável por seus ativos imobiliários, ao
lon-go dos últimos anos a São Carlos mudou o perfil
do seu portfólio, concentrando-se cada vez mais
em imóveis corporativos nos mercados de São
Paulo e Rio de Janeiro. O foco está em
empreen-dimentos de reconhecida qualidade, localização
privilegiada e com grande potencial de
valoriza-ção. Hoje, a locação dos ativos provenientes das
Lojas Americanas, e onde estão localizadas
uni-dades comerciais da mesma, representa menos
de 2% da receita.
Suas ações integram o Novo Mercado da
BM&FBOVESPA (ticker code: SCAR3), o que
confere à Companhia o nível mais elevado de
Governança Corporativa desse segmento
di-ferenciado de mercado. As ações ordinárias da
São Carlos integram o IGCX (Índice de Ações
com Governança Corporativa), o ITAG (Índice de
Ações com Tag Along Diferenciado), o IMOB
(Ín-dice Imobiliário) e o SMALL (Ín(Ín-dice Small Cap).
5
São Carlos
relatório anual 2011
composição dos imóveis - 51 imóveis comerciais
escritórios escritórios escritórios outros varejo varejo outros outros receita de Locação
distribuição geográfica (em termos de vaLor) abL própria:412.200 m2
29
92
79
2
5
11
3
10
»
»
»
»
»
»
»
»
% % % varejo20 »
sp rj outros58
41
1
»
»
»
Propiciar negócios de
sucesso no Brasil por meio
de imóveis corporativos e
comerciais que estimulem
a interação, o bem-estar e
a responsabilidade social e
ambiental, antecipando as
necessidades dos
nossos clientes.
MISSãO
Foco no resultado
trabalhaMos seMPre coM foco no resultado Para o acionista
e na valorização sisteMática do nosso Portfólio, nuMa estrutura
enxuta e coM controle PerManente de custos
Equipe
o nosso Maior ativo é gente boa, trabalhando eM equiPe.
Meritocracia
nossos Profissionais são reMunerados coM base nos
resultados gerados Para o acionista.
Relacionamento
relacionaMentos sólidos e duradouros coM nossos clientes e
fornecedores são a base do nosso cresciMento.
Ética
atuaMos coM ética eM tudo que fazeMos.
VALORES
1 9 8 5 - 1 9 8 9
1998
constituída eM 10 de outubro de 1985, a são carlos coMeçou a
oPe-rar efetivaMente no final de 1989, coMo uMa controlada da
eM-Presa de varejo lojas aMericanas s.a., resPonsável Pelos ativos
iMobiliários da varejista.
origeM do atual Modelo de
negócio, coM a transferência
Para a são carlos de todos os
ativos iMobiliários das lojas
aMericanas, na éPoca
consti-tuídos Por lojas de rua,
cen-tros de distribuição, edifícios
de escritório, iMóveis vagos e
terrenos.
1999
seParação da coMPanhia e dos
ativos iMobiliários do
restan-te do gruPo. a nova são carlos
Passou a ser uMa coMPanhia de
caPital aberto coM ações
lista-das eM bolsa de valores e seM
vínculo societário coM as lojas
aMericanas, PoréM ainda
contan-do coM essa eMPresa coMo uM de
seus PrinciPais locatários.
edifício ericsson – são pauLo (sp)
2009
2010
2011
torna-se Pioneira eM terMos de eMPreendiMentos sustentáveis no
brasil, coM a obtenção da certificação leed® core & shell (cs) na
categoria PlatinuM, Mais alto grau do conjunto de selos
con-cedido Pela united states green building council (usgbc), Para o
eldorado business tower, eMPreendiMento na cidade de são Paulo
desenvolvido eM Parceria coM a gafisa. foi o PriMeiro edifício na
aMérica latina a receber essa distinção.
registro de voluMe recorde
eM terMos de transações de
coMPra e venda de
eMPreendi-Mentos, que totalizou r$ 600
Milhões no ano. Pela PriMeira
vez, o Portfólio atingiu o
va-lor de Mercado estiMado eM r$
2,22 bilhões, suPerando os r$ 2
bilhões.
o valor de Mercado estiMado do Portfólio da coMPanhia
alcança r$ 3 bilhões. os edifícios Padauiri e deMini, do centro
adMinistrativo rio negro, eM alPhaville (sP), são os PriMeiros
no brasil a sereM conteMPlados coM o leed® for existing
buildings: oPeration e Maintenance (eb:o&M) silver, no
con-ceito Multiple Buildings.
2006
2008
adesão, eM 13 de dezeMbro, ao
novo Mercado, nível Mais alto
de governança corPorativa da
bM&fbovesPa, coM siMultânea
realização de oferta Pública
de ações, quando caPtou
aPro-xiMadaMente r$ 350 Milhões
Para investir na exPansão de
suas atividades.
Portfólio atinge valor de
Mer-cado estiMado r$ 1,51 bilhão,
ultraPassando Pela PriMeira
vez a Marca do r$ 1 bilhão.
condominio citytower - rio de janeiro (rj)
01.
CONTEXTO
SETORIAL
O mercado imobiliário brasileiro passou por uma
verdadeira revolução nos últimos dez anos.
Após o fim do BNH (Banco Nacional de
Ha-bitação) em 1986, o setor enfrentou um período
de praticamente 20 anos de estagnação. A
re-tomada se deu por uma série de fatores como o
controle da inflação, o fortalecimento da moeda, o
equilíbrio das contas públicas, o baixo risco fiscal
e, sobretudo, a criação de novos marcos
regula-tórios, que permitiram o reflorescimento do
cré-dito imobiliário e trouxeram maior segurança aos
agentes financeiros, empresários e compradores.
No ano de 2003, por exemplo, o Produto
Interno Bruto (PIB) da construção civil chegou a
registrar retração de 5,5%. Em 2010, esse
mes-mo indicador apresentou crescimento de 11,5% e,
em 2011, alta de 4,8%, de acordo com estimativa
da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC), que projeta ainda este mesmo percentual
para 2012.
O crescimento tem se mostrado
sustentá-vel, apoiado, sobretudo, no nível de crédito, que
ainda tem muito espaço para crescer no País.
O Banco Central indica que a percentagem do
mercado de crédito imobiliário em relação PIB é
de menos de 5%, muito inferior àqueles
registra-dos em mercaregistra-dos como o espanhol (61%),
norte--americano (70%) e chileno (20%). Portanto, a
disponibilidade do crédito imobiliário no Brasil
seguirá, por algum tempo, ainda muito pequena
quando comparada a outros países, mesmo
man-tendo o crescimento visto recentemente.
A tendência é positiva. Existe uma forte
de-manda reprimida por imóveis, tanto residenciais
quanto comerciais e, ao mesmo tempo,
observa--se a recente melhoria da renda média da
po-pulação com contínuo crescimento do nível de
atividade econômica no País. Por outro lado, há
uma forte vontade política no sentido de reduzir
o déficit residencial no Brasil. Ainda contribuindo
para as boas perspectivas do setor, a contínua
redução das taxas de juros tende a favorecer a
tomada de financiamentos imobiliários que, por
conta de seus prazos mais extensos, são mais
sensíveis à taxa de juros.
11
São Carlos
2011
O cenário em 2011 manteve-se positivo para
o setor imobiliário brasileiro. Os fatores que
aba-laram a economia mundial no ano, especialmente
representada pela crise fiscal de alguns países
pe-riféricos da Zona do Euro, não influenciaram de
forma contundente a trajetória de expansão do
mercado imobiliário no Brasil. Ainda que o nível
de crescimento tenha sido menor do que o do ano
anterior, o setor manteve crescimento,
impulsio-nado por baixos índices de desemprego, crédito
crescente e aumento do investimento estrangeiro.
O índice de desemprego atingiu o menor
nível, em dezembro de 2011, desde o início da
sé-rie do IBGE em 2002, alcançando 4,7%. Ao final
do ano, a taxa média era de 6,0%, sendo que em
2010 havia ficado em 6,7%. A qualidade do
em-prego também segue favorável, com 53,6% de
pessoas ocupadas com carteira assinada em
re-lação ao contingente total de ocupados em 2011,
ante 51,6% no ano anterior.
O crédito destinado às empresas cresceu
de maneira sólida, apesar de ter apresentado
rit-mo mais rit-moderado do que no ano anterior, com
elevação de 17,4% em 2011 (ante 19,2% em 2010),
de acordo com dados do Banco Central. Já os
investimentos estrangeiros diretos no Brasil
atin-giram o valor recorde de US$ 101,7 bilhões, 29%
maior do que o recorde anterior, registrado em
2010, quando US$ 78,6 bilhões ingressaram no
Brasil em forma de investimentos.
São Carlos
relatório anual 2011
12
centro administrativo rio negro - são pauLo (sp)
13
Mercado iMobiliário
de escritórios
Esse cenário emoldurou o desempenho do
mercado imobiliário de escritórios no Brasil. A
li-mitada oferta de novos espaços, aliada à
manu-tenção da forte demanda, valorizou o mercado,
apesar do ímpeto do crescimento ter suavizado
se comparado ao ano anterior. A procura por
la-jes corporativas, sobretudo em São Paulo e no
Rio de Janeiro, manteve-se em níveis elevados ao
longo de 2011.
Os investimentos na economia brasileira
le-vam as companhias a procurarem espaços para
escritórios que ofereçam elevada qualidade e
efici-ência, satisfazendo as necessidades de
investimen-tos e fortalecendo o mercado de lajes corporativas.
As cidades de São Paulo e do Rio de
Ja-neiro são os principais mercados para edifícios
corporativos do Brasil com, aproximadamente, 11
milhões e 6 milhões de m
2de Área Bruta Locável
(ABL), respectivamente. Enquanto São Paulo é
caracterizado por possuir espaços corporativos
mais espalhados pela cidade, o Rio de Janeiro
es-barra na escassez de terrenos que as barreiras
geográficas da cidade impõem.
A taxa de vacância atingiu os níveis mais
baixos do mercado, chegando a 2,1% no quarto
trimestre em São Paulo e 1,6% no Rio de Janeiro,
de acordo com a consultoria CB Richard Ellis.
O desequilíbrio entre a escassez de
ofer-ta e a demanda aquecida levou os reajustes de
contratos de aluguel a valores acima da inflação.
Ainda segundo a CB Richard Ellis, os preços
mé-dios pedidos de locação alcançaram R$ 140,0/
m
2/mês no 3º trimestre de 2011, em São Paulo e
no Rio de Janeiro. Na média das duas cidades, os
números são 17% superiores quando comparados
ao ano anterior.
A expectativa é que para os próximos anos,
devido ao atraso na entrega de
empreendimen-tos, especialmente corporativos, a vacância se
mantenha baixa e, à medida que os novos
em-preendimentos forem concluídos, a taxa de
va-cância deve se elevar gradativamente.
São Carlos
02.
MODELO DE NEGÓCIO
E ESTRATÉGIA
O objetivo da São Carlos é assegurar o
crescimento sustentável do seu portfólio, para
a maximização do retorno aos acionistas.
14
São Carlos
relatório anual 2011
A Companhia é uma das líderes em receitas
e rentabilidade em seu setor no Brasil, e cresce
anualmente a taxas superiores àquelas
registra-das pelo mercado.
Os três principais elementos de sua
estra-tégia incluem: adquirir imóveis bem localizados e
com potencial de valorização, maximizar a
renta-bilidade dos imóveis por meio de investimentos e
da eficiência na administração condominial e, por
fim, manter uma situação financeira responsável.
uMa eMPresa “oPortunística”
A São Carlos tem uma estratégia bem
de-finida de crescimento que busca oportunidades
de investimento em imóveis corporativos, focada
em empreendimento com localização
privilegia-da, em São Paulo e no Rio de Janeiro, em regiões
com potencial de valorização, antecipando
ten-dências de desenvolvimento urbano.
Identificadas as áreas prioritárias, a São
Car-los avalia oportunidades de aquisição de imóveis
depreciados e ineficientes, onde a Companhia
realiza as reformas necessárias para sua
moder-nização e as melhorias na gestão predial que
per-mitam aumentar a sua rentabilidade, com ganho
no valor de locação do metro quadrado. Depois
que os imóveis já alcançaram o ponto máximo
de maturação, a São Carlos desinveste e usa os
recursos oriundos da venda para reiniciar o ciclo.
Portanto, o negócio da São Carlos não é
apenas auferir renda de seu portfólio. Antes da
concretização de qualquer negócio, a Empresa
coloca em prática uma série de análises
merca-dológicas e financeiras criteriosas para
selecio-nar os empreendimentos com potencial de
agre-gar mais valor a seus objetivos estratégicos, por
meio de extensas pesquisas de mercado.
edifício pasteur 110 – rio de janeiro (rj)
16
Um outro exemplo notório deste modelo
é o empreendimento conhecido como Edifício
Mesbla (atual Edifício Passeio), antiga sede da
varejista, localizado na Rua do Passeio, 42 e 56,
na região central do Rio de Janeiro. Típico
pro-jeto de retrofit, o edifício passou por uma
revi-talização completa, ao mesmo tempo em que o
entorno se modificava. A reforma foi feita com
cuidado especial a fim de preservar sua memória
arquitetônica – o edifício passa por um
proces-so para se tornar patrimônio histórico municipal.
Hoje, o edifício está locado para uma grande
em-presa de call center.
gestão focada no resultado
Depois que o empreendimento é adquirido
e passa a fazer parte do portfólio, a Companhia
adota procedimentos de gestão imobiliária com
o objetivo de reduzir custos, maximizar
oportuni-dades de geração de receitas, otimizar a
utiliza-ção de seus ativos e mitigar riscos. Para tal,
ado-ta uma política rígida de planejamento e controle
que é aplicada em toda a gestão do ativo.
As medidas visam aumentar a geração de
caixa e melhorar as margens de rentabilidade. A
gestão dos imóveis é feita de forma ativa,
bus-cando a ampliação da área locável, a
identifica-ção de rendas acessórias, a realizaidentifica-ção de
inves-timentos em retrofit (reformas e melhorias) e a
otimização da administração condominial por
meio da introdução de rígido controle de
despe-sas e da eliminação de desperdícios.
A redução de custos de administração
con-dominial é importante fator para manter a
com-petitividade do empreendimento e suas margens.
Os custos condominiais podem ser reduzidos
renegociando-se os contratos de prestação de
serviços no imóvel, tais como manutenção de
elevadores, de ar condicionado, elétrica,
hidráu-lica, segurança predial, limpeza, dentre outros. A
redução do valor de condomínio por metro
qua-drado torna-se relevante, na medida em que
pos-sibilita ao longo do tempo o aumento do valor
do aluguel pago pelos inquilinos, sem acréscimo
do custo de ocupação total dos mesmos. O valor
total de desembolso por parte do inquilino é o
mesmo, mas a renda de locação da São Carlos
é maior, já que as despesas do condomínio são
pagas pelos locatários.
A São Carlos também investe
continuamen-te na excelência da administração predial, o que
inclui a adoção de rigorosos padrões referentes à
gestão e preservação de recursos naturais. Este é
um aspecto que, ainda que demande altos
inves-timentos, tende a gerar redução de custos para
o condomínio e suas unidades em relação a itens
como água e energia. Adicionalmente, propicia
maior valor de locação por metro quadrado, já
que as empresas cada vez mais estão dispostas a
pagar um adicional para contribuir com a
susten-tabilidade ambiental. Portanto, além de ser um
princípio adotado na Companhia, estando
inclu-ída na sua Missão, a responsabilidade ambiental
tem também relevância em termos econômicos.
São Carlos
situação financeira
resPonsável
O terceiro ponto que é foco no modelo de
negócio da São Carlos é a disciplina de capital. Em
sua política de gestão, a Companhia assume a
ma-nutenção de uma relação saudável entre dívida e
capital próprio. Ao adquirir um imóvel, a São
Car-los procura investir 30% com recursos próprios,
enquanto 70% provêm de capital de terceiros.
Cada projeto deve se autofinanciar, ou seja, as
re-ceitas de locação devem cobrir o pagamento de
juros e a amortização da dívida, sem a
necessida-de necessida-de comprometer as receitas necessida-de outros imóveis.
A utilização de capital próprio pode ocorrer
tanto na aquisição quanto na modernização e na
atualização tecnológica dos imóveis, sempre
le-vando em consideração a projeção de fluxo de
caixa de forma a não comprometer a liquidez. A
relação dívida/EBITDA, ao final de 2011, estava em
3,2 vezes e, com R$ 300 milhões em caixa, a
Com-panhia apresenta buying power de R$ 1,0 bilhão.
17
São Carlos
relatório anual 2011
centro empresariaL guaíba – porto aLegre (rs)
edifício mykonos – são pauLo (sp)
03.
RECURSOS
HUMANOS
Em 2011, a São Carlos investiu na estruturação
de sua política de recursos humanos.
Tais ações visam ampliar o nível de
comuni-cação interna, a satisfação entre a empresa e seus
colaboradores, e a identificação das principais
competências de cada colaborador.
A Companhia contratou uma consultoria
es-pecializada para avaliar as características de
remu-neração, enquanto outra consultoria aprimorou a
política de cargos e de avaliação dos colaboradores.
O empenho em ser reconhecida como um
ótimo lugar para se trabalhar é contínuo. Para
criar um ambiente estimulante, os colaboradores
não apenas têm liberdade, como são incentivados
a expressar ideias e opiniões que possam gerar
maior valor para a Companhia. Desde a sua
for-mação, a cultura da São Carlos é cunhada em
con-ceitos de meritocracia. A política de remuneração
variável é atrelada ao cumprimento de metas
agressivas de negócios, e se aplica para todos os
cargos, sem exceção. Tal modelo tem registrado
um histórico de sucesso.
Em 2011, a empresa investiu R$ 58 mil em
treinamentos, cursos internos, seminários e
finan-ciamentos total ou parcial de cursos.
Ao final do ano de 2011, a São Carlos contava
com 44 colaboradores, o que representa
cresci-mento de 30% em relação a 2010. Além de
supor-tar o crescimento orgânico recente, o aumento do
número de colaboradores dá apoio aos planos de
crescimento da Companhia nos próximos anos.
Com uma equipe formada, prioritariamente,
por profissionais com experiência no setor, a
mé-dia de idade é de 30 anos. Atualmente, 93% dos
profissionais possuem graduação e 34% são
pós--graduados. Com relação ao gênero, 59% são do
sexo masculino e 41% do feminino.
19
São Carlos
20
Meritocracia
A cultura da Companhia está focada em
resultados e baseia-se na meritocracia. O
de-sempenho dos funcionários é acompanhado em
relação a metas estabelecidas anualmente. Cada
um, incluindo aqueles colaboradores alocados
em cargos operacionais, tem um conjunto de
metas definidas a atingir. As conquistas de tais
metas individuais, além de metas coletivas
de-finidas, se constituem na base do programa de
compensações variáveis.
Para acompanhar o desempenho da equipe
de profissionais na execução de suas atividades,
foi introduzida uma ferramenta de
desempe-nho gerencial que mede o progresso das metas
mensalmente. A evolução com relação a cada
meta estabelecida é monitorada em reuniões
mensais. Todos os funcionários têm também seu
desempenho individual avaliado tanto por seus
pares, como por seu gestor. Este modelo
permi-te alinhar a cultura e os valores da Companhia
àqueles da equipe que conduz o seu dia a dia.
É também como uma ferramenta motivacional
proporcionando ao colaborador o
conhecimen-to de dois aspecconhecimen-tos fundamentais em termos
profissionais: como ele é visto pela Companhia e
o que esta espera de seu desempenho.
Plano de oPção de coMPra
de ações
Os profissionais da São Carlos em cargos de
diretoria e gerência recebem o benefício
adicio-nal de participar do plano de opções de compra
de ações concedido pela Companhia. O plano se
constitui em mais uma ferramenta para a
reten-ção desses profissionais, alinhando seus
interes-ses pessoais aos de todos os acionistas, uma vez
que reforça o senso de propriedade nesses
profis-sionais. Nove funcionários (69% do total dos
ges-tores) participaram do programa ao longo do ano
de 2011.
coLaboradores - por gênero
mascuLino
59 »
feminino41 »
São Carlos
relatório anual 2011 %edifício corporate pLaza - são pauLo-sp
04.
Ao reformar os imóveis que adquire a São
Carlos emprega uma política criteriosa de
responsabilidade ambiental baseada, entre outros
critérios, na construção sustentável, economia de
água, eficiência energética, seleção de materiais e
recursos, além de qualidade ambiental interna.
22
São Carlos
relatório anual 2011
A Companhia tem como meta certificar todos
os seus empreendimentos com o LEED®, selo
con-cedido pelo United States Green Building Council
(USGBC), organização sem fins lucrativos que avalia
condições e padrões de sustentabilidade em
empre-endimentos imobiliários.
A primeira certificação ambiental obtida por um
imóvel de seu portfólio foi em 2009, quando o
Eldo-rado Business Tower, empreendimento na cidade de
São Paulo desenvolvido em parceria com a construtora
Gafisa, recebeu o LEED® Core & Shell (CS) na
catego-ria Platinum, que é o mais alto grau. Este foi o primeiro
edifício da América Latina e também um dos três
pri-meiros do mundo a receber essa distinção fora dos
Es-tados Unidos. A Companhia tornou-se, assim, pioneira
em termos de empreendimentos sustentáveis no Brasil.
Do portfólio atual da São Carlos, dois
empreen-dimentos já são certificados, os edifícios Padauiri e
De-mini, ambos no Centro Administrativo Rio Negro, em
Alphaville, São Paulo. Eles foram contemplados em
2011 com o LEED® for Existing Buildings: Operation &
Maintenance (EB:O&M), na categoria Silver, conceito
Multiple Building para prédios já em operação. O
con-sumo de energia em tais edifícios, que foram os
pri-meiros a serem certificados na categoria Silver no
Bra-sil, é 41% inferior à média nacional de prédios similares.
Os edifícios contam também com 100% de economia
de água potável para irrigação.
Dando continuidade ao objetivo de certificar
todo o portifólio, em 2012 a empresa iniciará outros
processos de certificação. Trabalhando para os
em-preendimentos já em operação como são os casos
do Edifício Itaim Center e do Corporate Plaza, em São
Paulo, e do Condomínio CityTower, no Rio de Janeiro;
e para os empreendimentos em reforma e construção
como o Edifício Barros Loureiro, em São Paulo, e o
Centro Empresarial Cidade Nova, no Rio de Janeiro.
SUSTENTABILIDADE
edificio passeio - rio de janeiro (rj)
edifício serasa experian – são pauLo (sp)
05.
ATIVOS INTANGÍVEIS
As empresas são formadas por um conjunto de
valores e princípios que norteiam suas ações.
25
São Carlos
relatório anual 2011
As empresas são formadas por um conjunto
de valores e princípios que norteiam suas ações.
As atividades, por sua vez, são executadas por
pessoas que seguem tais preceitos, respeitados
a cultura e os valores. Em um horizonte de
tem-po, esse conjunto de ações, quando executado
com excelência, cria um histórico de atuação que
transmite aos stakeholders a essência
corporati-va expressa nos Valores.
Aspectos como este, que nem sempre
po-dem ser medidos em termos financeiros, ainda
que representem importante parcela na
percep-ção de valor, são os chamados ativos intangíveis.
Como pioneira no setor, com mais de 22
anos de atuação, a São Carlos traz consigo a
tradição e a experiência de ser uma Companhia
reconhecidamente séria e sólida. Sua marca,
his-tória e capital humano, fazem da São Carlos um
sinônimo de inovação e um diferenciado
prove-dor de soluções imobiliárias e financeiras.
Marca
A São Carlos é referência em seu
segmen-to de atuação, tendo em vista o sucesso de suas
operações desde a sua formação. A expertise de
sua equipe, somada ao seu perfil inovador de
ne-gócios, baseado na geração de valor, a colocam
a frente de seus potenciais pares. Como forma
de aumentar a exposição da marca, em 2011,
to-dos os empreendimentos do portfólio receberam
uma placa com a marca da São Carlos
Empreen-dimentos, de modo que locatários e usuários
sai-bam que o edifício está sob sua gestão e
respon-sabilidade. O objetivo é reforçar com o público
em geral, o conhecimento e a solidez da marca
como gestora de imóveis comerciais. A indicação
de que o imóvel está sob sua gestão
represen-ta um compromisso firmado pela Companhia de
que o mesmo receberá toda a atenção e
inves-timentos necessários para que esteja atualizado
com as mais modernas práticas de gestão.
Modelo e equiPe de gestão
O foco da São Carlos na criação de valor ao
acionista é a essência da atuação da Companhia.
A prática do discurso é confirmada pela atividade
diária que busca formar mais do que uma relação
comercial com seus inquilinos, mas uma relação
de confiança, baseada no conceito de parceria e
relacionamento de longo prazo.
A equipe de profissionais é também um
re-levante valor intangível da São Carlos, que tem
em seus quadros executivos experientes e
reco-nhecidamente competentes em suas funções.
06.
A São Carlos foi a primeira empresa de seu
segmento de atuação no Brasil a ter ações
listadas em Bolsa de Valores, em 1999.
26
São Carlos
relatório anual 2011
O pioneirismo e comprometimento com o
in-vestidor foi reforçado em dezembro de 2006, com
o ingresso da Companhia no Novo Mercado,
seg-mento que reúne seleto grupo de companhias que
atendem aos mais altos níveis de
comprometimen-to com as práticas de Governança Corporativa.
A política de negociação de ações e
divul-gação de informações, resultados e fatos
relevan-tes da Companhia baseia os procedimentos
ado-tados no dia a dia de sua comunicação com os
stakeholders, o que garante total cobertura de seus
passos por investidores institucionais, pessoa física
e analistas de mercado.
A ética na gestão e condução dos negócios é
a base do modelo adotado na São Carlos, desde a
sua criação.
conselho de adMinistração
O Conselho de Administração tem como
mis-são proteger os interesses dos acionistas, focando
a geração de valor a curto e longo prazo e zelando
para que as decisões e ações dos
administrado-res, na busca desses objetivos, estejam alinhadas
aos valores da Companhia. Ao Conselho, compete
definir as políticas gerais dos negócios, eleger os
diretores estatutários e monitorar o desempenho
empresarial da Companhia e dos diretores que
ele-geu, entre outras atribuições.
Atualmente, o Conselho de Administração da
São Carlos é composto por seis membros eleitos
em Assembleia Geral, sendo dois independentes,
eleitos por acionistas minoritários, com mandato
unificado de dois anos, podendo ser reeleitos e
destituídos a qualquer momento pelos acionistas,
reunidos em Assembleia Geral. A participação de
membros independentes representa atualmente
30% da composição total do Conselho.
De acordo com o Estatuto da Companhia,
que está disponível no site da Companhia (http://
www.scsa.com.br), nenhuma decisão que mude o
planejamento estratégico do Grupo pode ser
to-mada sem a anuência do Conselho de
Administra-ção. As reuniões ocorrem por meio de convocação
do presidente ou de qualquer conselheiro.
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
edifício generaLi - rio de janeiro (rj)
28
coMPosição do conselho de adMinistração
ROLANDO MIFANO
Presidente
ROGÉRIO ZIVIANI
Independente
RICARDO ARDUINI
CECÍLIA SICUPIRA
Suplente
JORGE FELIPE
LEMANN
MANUEL CALDAS
Suplente
ROBERTO THOMPSON
CLÁUDIO SZAJMAN
Suplente
ABRAM SZAJMAN
Independente
Presidente
Rolando Mifano – O Sr. Mifano trabalhou
na São Carlos Empreendimentos e Participações
S.A. até janeiro de 2012 como
Diretor-Presiden-te e PresidenDiretor-Presiden-te do Conselho da Administração,
quando deixou o cargo de Diretor-Presidente,
mas permanece na presidência do Conselho.
Anteriormente à São Carlos, o Sr. Mifano foi
Di-retor de crédito imobiliário do Comind no
pe-ríodo de 1970 a 1985, passando pelo Unibanco
como Superintendente de investimentos
imobi-liários em 1985 e 1986. O Sr. Mifano
transferiu--se para o Carrefour em 1987, onde exerceu o
cargo de Diretor de Desenvolvimento e
Expan-são para a América Latina até se transferir para
a São Carlos. Formou-se em Administração de
Empresas pela FGV - SP e cursou Informática
aplicada a empresas no CEPIA e Informática
Ge-ral no National des Arts et Offices, ambos em
Paris, França.
conselheiros
Jorge Felipe Lemann – O Sr. Jorge Felipe
Lemann possui OPM da Harvard Business
Scho-ol. É membro do Conselho Consultivo da Adeval
(Associação das Empresas Distribuidoras de
Va-lores) e membro do Conselho de Administração
da São Carlos Empreendimentos e Participações
S/A. Fundou em 2003, as empresas Flow
Corretora de Câmbio, Títulos e Valores
Mobi-liários S/A e Flow Corretora de Mercadorias
Ltda., onde exerce atualmente o cargo de
Di-retor. Antes de fundar a Flow CCTVM S/A e
Flow CM Ltda., trabalhou, desde o início da
década de 1990, em instituições financeiras
e de auditoria, a saber, na Price Waterhouse
Coopers, como Assistente de Auditoria; Célio
Pelajo CCV, como Operador de Cliente Junior;
Ativa S/A CCTV, como Operador de Bolsa; no
Banco Matrix, como Trainee, Gerente de
Pro-jeto na Andrade Gutierrez; Unibanco
Corre-tora, como Operador de Contas Especiais; e
na Link CCTVM como Sócio Responsável pela
área Internacional.
Roberto Moses Thompson Motta –
O Sr. Roberto Motta integrou o departamento
de finanças corporativas do Banco de
Investi-mentos Garantia S.A. de 1986 a 1992, quando
foi responsável pelas operações de fusões e
aquisições e emissões de dívidas externas para
clientes como Shell, Aracruz e IBM. Em 1993, em
conjunto com os sócios controladores do Banco
Garantia, fundou a GP Investimentos S.A., que
se tornou a maior companhia de private equity
da América Latina. Na GP foi responsável pela
São Carlos
29
São Carlos
relatório anual 2011
captação de fundos com investidores estrangeiros
num total de US$ 1,5 bilhão. Concretizou a compra
do controle de inúmeras companhias,
notadamen-te Gafisa S.A., Multicanal S.A., Supermercados Sé,
SuperMar S.A., Telemar S.A., ALL, Submarino S.A.
e Ferrovia Centro Atlântico. Em 2001, se retirou da
administração da GP, permanecendo como
conse-lheiro até 2010.
A partir de 1999, o Sr. Thompson Motta
con-centrou a sua atividade profissional em
ativida-des relacionadas aos conselhos da AmBev S.A.,
Anheuser-Busch InBev S.A. (Bélgica), Lojas
Ame-ricanas S.A. e São Carlos Empreendimentos e
Participações S.A. O Sr. Thompson Motta é
con-selheiro destas empresas e também membro do
comitê financeiro da Anheuser-Busch InBev,
Lo-jas Americanas e AmBev. Nestas funções liderou
diversas operações de aquisições feitas por estas
companhias, notadamente a fusão entre
Brah-ma e Antarctica para forBrah-mar a AmBev em 1999,
a aquisição da Quilmes (Argentina) pela AmBev
em 2002, a fusão da AmBev e Interbrew
(Bélgi-ca) em 2004 para formar a InBev S.A., a aquisição
do Submarino pela Americanas.com em 2006 e a
aquisição da Anheuser-Busch Inc pela Inbev em
2008 para formar a Anheuser-Busch InBev S.A.
O Sr. Thompson Motta é graduado em
En-genharia pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro - PUC/RJ (1981) e tem MBA pela
The Wharton School, Universidade da
Pennsylva-nia, EUA (1986).
Riccardo Arduini – O Sr. Arduini é membro
efetivo do Conselho de Administração da ALL -
América Latina Logística S.A. desde abril de 1999.
Ele também é diretor executivo da Cia. Industrial
de Peças para Automóveis - CINPAL. Formou-se
em engenharia mecânica e possui
pós-gradua-ção em administrapós-gradua-ção pela FGV - Fundapós-gradua-ção
Ge-túlio Vargas.
Abram Abe Szajman (membro independente)
– Nascido em julho de 1939, é formado em
Conta-bilidade pela Escola de Comércio Álvares
Pente-ado (FECAP). O Sr. Abram Szajman é presidente
do conselho de administração do Grupo VR;
pre-sidente da Federação do Comércio de Bens,
Ser-viços e Turismo do Estado de São Paulo
(Feco-mercio SP); presidente do Centro do Comércio do
Estado de São Paulo (Cecomercio SP); presidente
dos Conselhos Regionais do SESC e do SENAC
SP; vice-presidente da Confederação Nacional do
Comércio (CNC) e conselheiro titular do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE SP). Também atuou em entidades de
classe e entidades de ação comunitária, e recebeu
diversas condecorações e títulos de cidadania em
municípios. Desde maio de 2011, ocupa a posição
de membro-titular no conselho de administração
da São Carlos Empreendimentos.
Rogério Ziviani (membro independente) –
Nascido em novembro de 1956, é membro-titular
do conselho de administração da Marcopolo
des-de maio des-de 2010 e da São Carlos
Empreendimen-tos desde maio de 2011. Também foi conselheiro
da Duratex (2009/2011). Graduado em
Admi-nistração de Empresas pela Universidade
Ma-ckenzie (1980), possui MBA e especialização em
Administração Internacional, pela University of
Southern New Hampshire, nos EUA (1981 e 1983).
Atuou como Diretor Executivo da Suzano Papel
e Celulose de 2001 a 2008; Diretor Executivo da
Bahia Sul Celulose entre 1990 e 2001 e Gerente
da Aracruz Celulose entre 1983 e 1990.
30
diretoria
DIR. FINANCEIRO E RI
Fabio Russo
DIR. PRESIDENTE
Felipe Goés
DIR. COMERCIAL
Marcelo Scarabotolo
DIR. NOVOS NEGÓCIOS
Rubens Cardoso
diretoria executiva
Segundo o Estatuto Social da São Carlos,
a Diretoria Executiva pode ser composta de no
mínimo dois e no máximo cinco membros. Até
o final de 2011 a diretoria era composta de cinco
membros, cuja principal atribuição é zelar pela
administração cotidiana e pelas políticas e
dire-trizes gerais estabelecidas pelo Conselho de
Ad-ministração. O modelo de governança adotado
pela São Carlos prioriza a eficiência
administrati-va e a profissionalização de seus gestores.
Em 2011, uma das atribuições do presidente
da São Carlos, Sr. Rolando Mifano, foi preparar
sua sucessão, após 13 anos de serviços
presta-dos à Companhia. A partir de janeiro de 2012, ele
passou a exercer somente a posição de
Presiden-te do Conselho de Administração e o Sr. Felipe
Goés, até então diretor Superintendente,
assu-miu no início de 2012 a presidência da
Compa-nhia. Atualmente, após a sucessão, a diretoria é
composta de quatro membros.
Felipe Goés – O Sr. Felipe Goés entrou na
São Carlos Empreendimentos e Participações
S.A. em Junho de 2011 como Diretor
Superinten-dente e assumiu a posição de Diretor-PresiSuperinten-dente
em Janeiro de 2012. Anteriormente à São Carlos,
o Sr. Felipe Góes ocupava a posição de
Secretá-rio Municipal de Desenvolvimento da cidade do
Rio de Janeiro, onde foi responsável pelo
proje-to de revitalização da região portuária e pela
atração de investimentos para grandes
pro-jetos na cidade, além de acumular as
presi-dências do Instituto Pereira Passos, órgão de
planejamento da prefeitura, e do Conselho
Municipal de Desenvolvimento. Trabalhou
também na McKinsey, empresa multinacional
de consultoria, durante 10 anos, sendo os
últi-mos 4 anos como sócio, com atuação
desta-cada nos setores de infra-estrutura e
financei-ro no Brasil, Eufinancei-ropa e Estados Unidos. O Sr.
Felipe Goés é formado em Administração de
Empresas pela Pontifícia Universidade
Católi-ca do Rio de Janeiro - PUC/RJ e possui MBA
pela Universidade de Michigan.
Fábio Russo Corrêa – O Sr. Fabio
Rus-so é Diretor de Relação com Investidores da
São Carlos desde novembro de 2009. Antes
de ingressar na São Carlos foi executivo da
Companhia de Concessões Rodoviárias entre
1997 e 2009, tendo passado pelas áreas de
Engenharia da Concessionária NovaDutra, de
Planejamento da Concessionárias AutoBAn e
na área de estruturação de financiamentos da
CCR. Formou-se em Engenharia Civil na
Es-cola de Engenharia de São Carlos, tendo
cur-sado o CEAG da FGV e o programa de Master
in Financial Management na Rotterdam
Scho-ol of Managment na HScho-olanda.
São Carlos
São Carlos
relatório anual 2011
Rubens Eduardo Campos Cardoso –
O Sr. Rubens Cardoso é Diretor da São Carlos
des-de 1999. Atuou como diretor responsável pelas
áreas comercial e de operações entre 1999 e 2009
e, desde Novembro/2009, como diretor
respon-sável pela área de novos negócios. Foi Diretor do
Carrefour Comércio e Indústria de 1987 a 1999, na
área imobiliária, sendo responsável pela área de
shopping centers e galerias comerciais.
Formou--se em Comunicação Social pela Escola Superior
de Propaganda e Marketing - ESPM, com
especia-lização em Marketing e Matemática Financeira e
Pós-graduado em Negócios Imobiliários pela
Fa-culdade Armando Álvares Penteado - FAAP.
Marcelo Faria Scarabotolo – O Sr. Marcelo
Scarabotolo trabalha na São Carlos
Empreendi-mentos e Participações S.A. desde 1999, tendo já
ocupado os cargos de Superintendente de
Sho-pping Center, Gerente Administrativo-Financeiro
e Diretor Financeiro e de Relações com
Investi-dores. Atualmente ocupa o cargo de Diretor de
Operações da companhia, sendo responsável
pelas áreas comercial e de administração
imobi-liária. É formado em Administração Pública pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e
pós-gra-duado em Negócios Imobiliários pela Fundação
Armando Álvares Penteado (FAAP-SP).
31
braziLian financiaL center - são pauLo (sp)
centro empresariaL botafogo - rio de janeiro (rj)
07.
GESTãO DE RISCOS
A São Carlos utiliza e desenvolve processos
de gerenciamento de risco seguindo rigorosas
diretrizes, que a credenciam e a preparam de
forma eficaz para enfrentar os riscos inerentes
ao mercado em que opera.
33
São Carlos
relatório anual 2011
Profissionais especializados atuam
dire-tamente no monitoramento das operações, de
modo a identificar possíveis desvios e
desenvol-ver e adotar soluções que possam evitar a
exsição da Companhia a cada um dos riscos
po-tenciais, mesmo atuando em um segmento em
franco crescimento e com perspectivas positivas
de desempenho.
Os três principais riscos no mercado em que
a São Carlos atua são: vacância, inadimplência e os
riscos ligados à aquisição de imóveis. A partir da
avaliação e do monitoramento contínuo dos
prin-cipais riscos, são elaborados planos de ação
espe-cíficos. O objetivo é que oportunidades de
melho-ria sejam realizadas nas atividades de controle e
que eventuais desvios sejam corrigidos em tempo.
Além disso, para gerar um ambiente de
contro-le condizente com a importância dos negócios, a
Companhia investe no fortalecimento do processo
interno de comunicação, disseminando o conceito
de gestão de riscos entre os colaboradores.
O sistema de controle interno da São
Car-los é formado por elementos objetivos
estraté-gicos, gestão de riscos operacionais, atividades
de controle, comunicação interna e ambiente
de controle.
34
vacância
A existência de espaços locáveis sem
qual-quer remuneração por um período de tempo,
re-sulta em perda de rentabilidade para a
Compa-nhia. Para evitar tal risco inerente ao seu negócio,
a São Carlos gere seus contratos de locação de
forma ativa, procurando manter a vacância de
seu portfólio no nível mínimo. Como reflexo da
localização privilegiada e da política de
investi-mentos em melhorias nos empreendiinvesti-mentos, nos
últimos anos, a taxa de vacância da Companhia
vem diminuindo, encerrando 2011 em 0,9%, ante
2,6% no fim do ano anterior e 3,3% em dezembro
de 2009.
Ao final de 2011, a Companhia contava com
205 locatários. Seu pool de contratos de locação
têm prazo médio de vencimento de 3,9 anos e
são reajustados anualmente pela variação da
in-flação, medida, sobretudo, pelo IGP-M.
inadiMPlência
Os clientes da São Carlos são empresas
de grande porte, o que implica em baixos
ní-veis de inadimplência. A Companhia também
busca diversificar o portfólio de clientes de
acordo com diferentes segmentos de
atua-ção, de modo a minimizar variações sazonais.
A São Carlos tem atualmente contratos
de locação com empresas consideradas de
primeira linha e atuantes em diversos setores
da economia. O maior locatário da empresa,
a Sul América Seguros, contribui com
me-nos de 7% da receita recorrente de aluguel;
e os dez maiores locatários contribuem em
conjunto com 39% desta receita. Em 2010,
os dez maiores locatários contribuíram com
42% da receita de aluguel no mesmo
perío-do, ou seja, os esforços de diversificação
es-tão surtindo efeito.
São Carlos
relatório anual 2011
edifício spop x – são pauLo (sp)
35
São Carlos
relatório anual 2011
riscos de aquisição
Historicamente, as aquisições da
Compa-nhia têm sido integralmente ou em grande parte
financiadas com dívidas de longo prazo e baixo
custo, e são realizadas com locações já
pré-de-finidas. Nestas aquisições, a São Carlos busca o
modelo de autofinanciamento, ou seja, as
par-celas dos financiamentos são integralmente
co-bertas pelas receitas advindas do próprio imóvel
adquirido e não demandam capital de giro.
Após encontrar locatários para a
totalida-de dos imóveis, a Companhia tem conseguido
gerar um spread financeiro entre as receitas de
aluguel e o custo do financiamento para a
aqui-sição do respectivo imóvel. Ao final de 2011, 80%
dos financiamentos da Companhia em termos de
saldo eram corrigidos pela TR, 10% pelo IGP-M e
10% pelo CDI. Com relação as receitas de aluguel,
são corrigidas majoritariamente pelo IGPM, o que
garante um hedge natural contra o componente
variável do endividamento.
A São Carlos é administrada por executivos
experientes e especializados no mercado
imobili-ário, sendo tal Administração apoiada por
Conse-lheiros e controladores igualmente experientes.
A Companhia lança mão de processos éticos e
transparentes na aquisição de imóveis, o que
mi-nimiza eventuais riscos na negociação. A
Com-panhia mantém uma área de Novos Negócios,
especializada em buscar as melhores
oportuni-dades, de modo a assegurar a realização de
ne-gócios que agreguem valor dentro de uma visão
estratégica de longo prazo.
08.
DESEMPENHO ECONÔMICO
FINANCEIRO
O ano de 2011 foi marcante para o desempenho
da São Carlos.
36
São Carlos
relatório anual 2011
O ano de 2011 foi marcante para o
desem-penho da São Carlos. A Companhia se beneficiou
do bom momento do mercado de imóveis
co-merciais, valorizando seu portfólio e dando
con-tinuidade ao movimento de atualização de suas
receitas de locação a valor de mercado.
Essa estratégia resultou em aumento da
receita operacional líquida de 36% em relação
a 2010, refletindo, principalmente, os imóveis
adquiridos no período e os aumentos das
recei-tas de locação dos imóveis. O crescimento da
receita, por sua vez, se refletiu no desempenho
do EBITDA, que cresceu 45% em 2011, atingindo
R$ 177 milhões, e no FFO, que cresceu 60% no
ano, passando a R$ 100 milhões. Sobre a mesma
base de imóveis de 2010, as receitas tiveram
au-mento de 25%.
O portfólio da companhia que contava com
51 imóveis ao final de dezembro de 2011 alcançou
valor de R$ 2,98 bilhões, o que confirma a correta
estratégia da Companhia de sempre investir em
imóveis com potencial de valorização.
No exercício, a Companhia também
lo-grou dar continuidade aos incrementos de
va-lores de locação de seus imóveis, perseguindo
os padrões de mercado (tanto em
renovató-rias quanto em revisionais amigáveis), de
for-ma a capturar o upside de valor do seu
por-tfólio. Ao mesmo tempo, manteve reduzida a
taxa de vacância física no portfólio, que ficou
em 0,9% da área bruta locável (ABL) total em
dezembro de 2011.
top center towers - são pauLo (sp)
38
Portfólio de iMóveis
O valor de mercado do portfólio da São
Carlos aumentou 34% no ano, passando de
R$ 2,22 bilhões no encerramento do exercício de
2010 para R$ 2,98 bilhões em 31 de dezembro de
2011, de acordo com avaliação da consultoria CB
Richard Ellis.
Ao final de 2011, o portfólio da Companhia
contava com 51 imóveis comerciais e 412.200 m
2de área bruta locável (ABL) própria. Deste total,
29 eram imóveis corporativos, 20 de varejo, dois
de outros tipos (um centro de distribuição, em
Barueri-SP, e o edifício Praça da Bandeira, no Rio
de Janeiro) e 99% estavam concentrados entre
São Paulo e Rio de Janeiro.
O Net Asset Value (NAV) encerrou 2011 em
R$ 2,37 bilhões, o equivalente a R$ 41 por ação. A
ação SCAR3 encerrou 2011 negociada a R$ 24,2,
o que denota grande potencial de valorização. O
NAV representa o valor de mercado do portfólio
de imóveis, menos a dívida líquida.
taxa de vacância
Ao final de dezembro de 2011, o portfólio de
imóveis da Companhia apresentava vacância
físi-ca de 0,9% e vacância financeira de 0,5%.
Trata--se de taxa bastante baixa se comparada à taxa
média de vacância nos mercados de escritórios
em São Paulo e Rio de Janeiro, e mesmo se
com-parada ao próprio histórico da Companhia.
A taxa de vacância física é calculada
dividin-do a Área Bruta Locável (ABL) própria vaga pela
ABL própria total do portfólio, excluindo imóveis
não operacionais, ao final do período. A vacância
financeira é obtida dividindo uma estimativa de
receita potencial para as áreas vagas dos imóveis
por uma estimativa de receita total com locações
para aquele determinado mês.
São Carlos
relatório anual 2011 vaLor de mercado 2009 2010 2011 r$ biLhões1,47
2,22
2,98
nav - net asset vaLue
2009 2010 2011 r$ biLhões
1,31
1,71
2,37
34,2%
38,6%
taxa de vacância
dez/09 dez/10 dez/11