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V Encontro de Pesquisa em Educação Física 1ª Parte LINGUAGEM, CORPO E ESCOLA: A INSERÇÃO DA METODOLOGIA DE ENSINO ATRAVÉS DAS VIVÊNCIAS CORPORAIS

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Academic year: 2021

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ARTIGO DE REVISÃO

ESTUDOS E REFLEXÕES

1ª Parte

1ª Parte

1ª Parte

1ª Parte

1ª Parte

V 5 - Nº 9 PÁGS. 103 A 107

LINGUAGEM, CORPO E

ESCOLA: A INSERÇÃO DA

METODOLOGIA DE ENSINO

ATRAVÉS DAS VIVÊNCIAS

CORPORAIS

Sandra Salete Neuberger DÖRNER, Jorge BOTH e Iolanda Emíla de AGUIAR UNIOESTE/GEPEFE

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O QUE É LINGUAGEM CORPORAL O QUE É LINGUAGEM CORPORALO QUE É LINGUAGEM CORPORAL O QUE É LINGUAGEM CORPORALO QUE É LINGUAGEM CORPORAL

O ser humano é uno, indivisível, não fracionado. Ele sente, percebe e expressa através do seu corpo que é veículo e meio de comunicação com o mundo. Pela sensibilidade e percepção, podemos detectar a linguagem que o corpo produz como sentir emoções, vontades, decidir, explorar e agir. O educador em atividades físicas tem o privilégio de trabalhar com corpos em movimento que transmitem a sensação de liberdade do pensa-mento e da expressão. O corpo sente, expressa, comunica, cria e significa e no foco das atenções é utilizado pelo sistema publicitário, manipulado, reduzido a forma de mercadoria. A sociedade moderna tem distanciado a participação deste na comunicação. A espontaneidade e a expressividade corporal são menores, o corpo vive num contexto social onde interage e modifica a realidade, e, esta por sua vez atua sobre ele, influenciando e direcionando sua forma de pensar, sentir e agir (GONÇALVES, 1994).

Movimentos corporais expressivos tem como indicadores a velo-cidade da fala, o tremor da voz, a postura, o gesto, a expressão facial entre outros que são características próprias da comunicação não verbal vistas no esporte, na dança, no teatro, na mímica, etc.

Sempre soubemos que as posturas, as atitudes, os gestos e sobretu-do o olhar exprimem melhor sobretu-do que as palavras as tendências e pulsões, bem como as emoções e os sentimentos da pessoa que vive numa deter-minada situação, num determinado contexto. (VAYER, 1985).

A linguagem apóia o processo comunicacional em uso na socie-dade, porém, encontramos obstáculos à expressão pessoal como os de ordem fisiológica: surdez, mudez, defeitos de pronúncia devidos a má formação física; de ordem psicológica: timidez, bloqueios, distúrbios mentais de sensações que não se consegue explicar; e de ordem lingüísti-ca: aprendizagem insuficiente e vocabulário pobre.

A ESCOLA E AS FORMAS DE LINGUAGEM CORPORAL A ESCOLA E AS FORMAS DE LINGUAGEM CORPORALA ESCOLA E AS FORMAS DE LINGUAGEM CORPORAL A ESCOLA E AS FORMAS DE LINGUAGEM CORPORALA ESCOLA E AS FORMAS DE LINGUAGEM CORPORAL

Através dos tempos, o corpo foi negado e tornou-se símbolo do pecado e das coisas mundanas que há em nossa sociedade. No que con-diz a formas de linguagem o mesmo teve uma série de restrições na escola, levando o aluno a ver uma pedagogia do “traseiro”, através dos métodos tradicionais de ensino. (FREIRE, 1987).

Mas WEILL (1995), escreve que o corpo também é uma fonte de expressão que sente, age. Para ele, as comunicações não-verbais estão caracterizadas através de quatro formas de comunicações, que são:

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•Mímicas:Mímicas:Mímicas: gestos expressados pelas mãos, do corpo, da face.Mímicas:Mímicas: Exemplo: caretas;

• • • •

•Olhares:Olhares:Olhares: são expressões que advém do olhar, onde essa expres-Olhares:Olhares: são é fonte de comunicação com outra pessoa. Exemplo: a troca de olhares de um casal;

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•Posturais:Posturais:Posturais: a postura pode passar uma mensagem do que oPosturais:Posturais: corpo está sentindo. Exemplo: uma pessoa curvada dá a impres-são cansaço;

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•Conscientes e inconscientes:Conscientes e inconscientes:Conscientes e inconscientes: no momento em que estamosConscientes e inconscientes:Conscientes e inconscientes: falando podemos descaracterizar o que queremos expressar atra-vés da expressão verbal. Exemplo: dizer que é uma pessoa calma e ao mesmo tempo roer as unhas.

Assim como podemos perceber o corpo é uma fonte de expressões corporais, sendo que o mesmo deve viver o mundo através de suas manifesta-ções no meio ambiente em que está inserido, não vivendo a pedagogia do “traseiro” que a sociedade nos impõem. Devemos também ter cuidado no que refere-se ao meio escolar, pelo fato de que o mesmo é um local apropriado para o ser humano no que condiz a aprendizagem do expressar-se para o mundo. A LINGUAGEM E O PROCESSO DE INFORMAÇÃO NA A LINGUAGEM E O PROCESSO DE INFORMAÇÃO NA A LINGUAGEM E O PROCESSO DE INFORMAÇÃO NA A LINGUAGEM E O PROCESSO DE INFORMAÇÃO NA A LINGUAGEM E O PROCESSO DE INFORMAÇÃO NA I N F Â N C I A

I N F Â N C I A I N F Â N C I A I N F Â N C I A I N F Â N C I A

Considerando o processo de aprendizagem e o desenvolvimento global na infância, faz-se necessário que nós, enquanto pais e educado-res, conheçamos a seqüência destes processos, já que a criança necessita de orientação adequada. Só assim estaremos atendendo as reais necessi-dades e expectativas dos infantes.

MATTOS e NEIRA (1999), enfatizam a importância de se conhe-cer a criança sobre todos os seus aspectos, com ênfase nos domínios cognitivos e o afetivo-social, devido à dificuldade de se elaborar um tra-balho voltado à estes objetivos.

HASSENSTEIN (1977) fala que as crianças que não tiveram os devidos cuidados na fase do 2º ao 18º mês (afeto, segurança, troca de pessoas nos cuidados com o bebê) podem apresentar retardo de vários anos no desenvolvimento da linguagem, da motricidade e do brincar.

Conforme LE BOULCH (1988 p.13): “A educação psicomotora concerne uma formação de base indispensável a toda criança quer seja normal ou com problemas”. Responde a uma dupla finalidade:

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assegu-rar o desenvolvimento funcional tendo em conta possibilidades da cri-ança e ajudar sua afetividade a expandir-se e a equilibrar-se através do intercâmbio com o ambiente humano.

Segundo FREIRE (1987, p 81), “não se passa do mundo concreto à representação mental senão por intermédio da ação corporal. A criança transforma em símbolos aquilo que pode experenciar corporalmente”.

VELASCO (1996) diz que a realidade infantil é constituída a partir da magia. O jogo, as brincadeiras e o faz-de-conta para as crianças são como os sonhos para os adultos. Quando a criança brinca é coisa séria, é como a criança constrói a si mesma, a sua a identidade e o mundo que a rodeia. A autora ainda complementa que o infante que vive a seu “mundo” de criança, no futuro tornar-se-á um adulto equilibrado, assim suportando as situações reais de cada dia, e também terá maior facilidade de solucio-nar problemas através da criatividade vivênciada na infância.

CONSIDERAÇÕES FINAIS CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

A criança deve aprender na escola através da linguagem da ação, fazendo e não simplesmente através de conceitos verbais repetidos oral-mente ao longo das horas, obrigatoriaoral-mente ouvindo sentada e quieta em sua carteira. A alegria pode e deve fazer parte do aprender, logo terá significado a aprendizagem, pois brincar é uma característica natural da criança que exige da mesma a atenção tão almejada pelos educadores.

Assim, a função do profissional da educação é de buscar meios para que o aluno tenha oportunidades de viver e aprender através da lin-guagem corporal, e fazendo com que o discente tenha consciência que o corpo não é o fim, mas sim um meio de expressão, como a fala e a escrita.

BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Edu-Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Edu-Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Edu-Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Edu-Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Edu-cação Física

cação Físicacação Física

cação Físicacação Física. São Paulo: Scipione. 1987.

GONÇALVES, M. A. S. SentirSentirSentirSentirSentir, pensar, pensar, pensar, agir: corpor, pensar, pensar, agir: corpor, agir: corpor, agir: corporeidade e educa-, agir: corporeidade e educa-eidade e educa-eidade e educa-eidade e educa-ção

çãoção

çãoção. Campinas: Papirus. 1994.

HASSENSTEIN, B. O especificamente humano segundo os resultados da etologia. In GADAMER; VOGLER (Org.). Nova AntropologiaNova AntropologiaNova AntropologiaNova AntropologiaNova Antropologia, v. 2, 1977.

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LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimentoO desenvolvimento psicomotor: do nascimentoO desenvolvimento psicomotor: do nascimentoO desenvolvimento psicomotor: do nascimentoO desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6 meses

até 6 meses até 6 meses até 6 meses

até 6 meses. Porto Alegre: Artes Médicas. 1988.

MATTOS, M. G.; NEIRA, M. G. Educação Física infantil: construindoEducação Física infantil: construindoEducação Física infantil: construindoEducação Física infantil: construindoEducação Física infantil: construindo o movimento na escola

o movimento na escola o movimento na escola o movimento na escola

o movimento na escola. Guarulhos: Phorte. 1999.

VAYER, P. Educação psicomotora e rEducação psicomotora e rEducação psicomotora e rEducação psicomotora e rEducação psicomotora e retaretaretaretaretardo mentaldo mentaldo mentaldo mentaldo mental. São Paulo: Manole. 1985.

VELASCO, C. G. Brincar: o despertar psicomotorBrincar: o despertar psicomotorBrincar: o despertar psicomotorBrincar: o despertar psicomotorBrincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint. 1996.

WEILL, P. Relações humanas na família e no trabalho. Relações humanas na família e no trabalho. Relações humanas na família e no trabalho. Relações humanas na família e no trabalho. Relações humanas na família e no trabalho. Petrópolis: Vozes. 1995.

Referências

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