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A IMPORTÂNCIA DA METROLOGIA NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

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A IMPORTÂNCIA DA

METROLOGIA NO SISTEMA DE

GESTÃO DA QUALIDADE

ESTE MATERIAL É EXCLUSIVO PARA USO EM TREINAMENTOS / CURSOS DA ESTATICA. CÓPIAS SOMENTE COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR.

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METROLOGIA

“Ciência da medição e suas aplicações.”

NOTA: A metrologia engloba todos os aspectos teóricos e práticos da

medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de

aplicação.

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CALIBRAÇÃO

“Operação que estabelece, numa primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre os valores e as

incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas;

numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando à obtenção de um resultado de medição

a partir de uma indicação.”

NOTA: Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição, freqüentemente denominado de maneira imprópria de “auto-calibração”, nem com a verificação da calibração.

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CALIBRAÇÃO

CURIOSIDADE: VOCÊ SABIA QUE O TERMO “AFERIÇÃO

FOI ABOLIDO DO VOCABULÁRIO METROLÓGICO DESDE A

EDIÇÃO ANTERIOR DO VIM (VOCABULÁRIO

INTERNACIONAL DE METROLOGIA) EM 1995?

Tal medida foi adotada, para evitar a ambigüidade entre a atividade de calibração de um instrumento e a de verificação periódica que é realizada pelos institutos de metrologia legal de cada estado (IPEM ou IMETRO). Anteriormente os institutos usavam o termo “AFERIDO” nas etiquetas afixadas nos instrumentos, o que gerava esta confusão!

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AJUSTE

Ajuste de um sistema de medição:

“Conjunto de operações efetuadas em um sistema de

medição, de modo que ele forneça indicações prescritas

correspondentes a determinados valores de uma grandeza a

ser medida.”

NOTA: O ajuste de um sistema de medição não deve ser confundido com calibração, a qual é um pré-requisito para o ajuste.

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POR QUE CALIBRAR?

a) Garantir a confiabilidade dos resultados obtidos;

b) Prevenir / evitar reclamações dos clientes; c) Melhorar a qualidade do produto / serviço; d) Atender a legislação metrológica vigente;

e) Certificar sua empresa em uma norma de gestão;

f) Garantir a segurança de determinados produtos / setores críticos ao consumidor final;

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AS NORMAS ISO:

As normas da ISO sejam elas para sistemas de gestão da qualidade (ISO 9001:2008), laboratórios de calibração e ensaio (ISO 17025:2005) ou ambiental (ISO 14001:2004), estabelecem em ao menos um de seus capítulos o “Controle de equipamentos de medição e monitoramento.”.

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NBR ISO 9001:2008:

7.6 Controle de equipamento de monitoramento e medição “A organização deve determinar o monitoramento e a medição a serem realizados e o equipamento de monitoramento e medição necessário para fornecer evidências da conformidade do produto com os requisitos determinados.”

Todo o processo produtivo deve ser monitorado, desde seu início até o expedição do produto. Assim deve haver um plano de controle conhecido como plano de calibração.

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NBR ISO 9001:2008:

No plano de calibração devem constar no mínimo as seguintes informações:

• Nº Metrológico (Identificação do instrumento) • Descrição

• Modelo • Nº Série • Fabricante

• Faixa de Indicação (Escala) • Menor Divisão (Resolução) • Faixa de Uso

• Critério de Aceitação

• Última e Próxima Calibração

Nota: Dados adicionais podem constar, como: tolerância do processo, endereço,

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Nº METROLÓGICO

É uma forma empregada para identificação dos instrumentos cadastrados no plano de calibração.

Geralmente, criam-se códigos alfanuméricos, para diferenciar também os tipos de instrumentos e utilizam-se números após as letras para agregar uma seqüencia de instrumentos.

Ex.: “BL” para balança, “CT” para controlador, “PQ” para paquímetro, “MC” para micrômetro, etc.

Assim se tivermos 20 paquímetros a numeração ficará: PQ 001, PQ 002, ..., PQ 019 e PQ 020.

O número metrológico não pode ser utilizado mais de uma vez. Ou seja, caso o instrumento esteja danificado, o número morre e deve ser utilizado outro número em seu lugar.

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Nº METROLÓGICO

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NBR ISO 9001:2008:

“A organização deve estabelecer processos para assegurar que o monitoramento e a medição possam ser realizados e sejam executados de maneira consistente com os requisitos de monitoramento e medição.”

As medições devem ser efetuadas com equipamentos adequados que atendam o processo e por colaboradores habilitados para tal.

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NBR ISO 9001:2008:

“Quando necessário para assegurar resultados válidos, o equipamento de medição deve:

a) ser calibrado ou verificado, ou ambos, antes do uso, contra padrões de medição rastreáveis a padrões de medição internacionais ou nacionais; quando esse padrão não existir, a base usada para calibração ou verificação deve ser registrada,

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NBR ISO 9001:2008:

c) ter identificação para determinar sua situação da calibração,

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STATUS

Identificação da situação de calibração de um equipamento. Nesta geralmente constam: nome da empresa executante, número do certificado, data da última e data da próxima calibração e número metrológico.

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NBR ISO 9001:2008:

d) ser protegido contra ajustes que invalidariam o resultado da

medição, e

Lacrado em seus pontos de ajuste

e) ser protegido contra dano e deterioração durante o manuseio, manutenção e armazenamento.

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LACRE

É a forma empregada para prevenir a adulteração da calibração por pessoas não autorizadas. O lacre pode ser feito com etiqueta autocolante, tinta ou sinete de plástico com arame trançado.

NOTA: Uma vez que o lacre foi adulterado / rompido, o instrumento deverá ser recalibrado!!!

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NBR ISO 9001:2008:

“Adicionalmente, a organização deve avaliar e registrar a validade dos resultados de medições anteriores quando constatar que o equipamento não está conforme com os requisitos. A organização deve tomar ação apropriada no equipamento e em qualquer produto afetado.”

Se o resultado obtido na calibração estiver fora do critério de aceitação estabelecido no plano abrir um relatório de não conformidade e traçar plano de ação!

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NBR ISO 9001:2008:

“Quando programa de computador for usado no monitoramento e medição de requisitos especificados, deve ser confirmada a capacidade para atender à aplicação pretendida. Isto deve ser feito antes do uso inicial e reconfirmado, se necessário.”

Nota: A confirmação da capacidade do programa de computador para atender à aplicação pretendida incluiria, tipicamente, sua verificação e gestão da configuração para manter sua adequação ao uso.

Todo e qualquer software empregado para gerar um resultado seja ele para coleta de dados diretamente no instrumento ou tratamento de dados (inserção manual) deve ser validado antes do uso e/ou sempre que houver uma alteração.

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RASTREABILIDADE:

Propriedade de um resultado de medição pela qual tal resultado

pode ser relacionado a uma referência através de uma cadeia

ininterrupta e documentada de calibrações, cada uma

contribuindo para a incerteza de medição.

(Vim 2009, 2.41)

Ex.: Nacionais: INMETRO, RBC, RBLE.

Internacionais: UKAS, DKD, IAJapan, A2LA, etc. Maiores detalhes ver documento DOQ-CGCRE-007 (INMETRO)

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RASTREABILIDADE:

No Brasil, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é o provedor de rastreabilidades dos padrões do BIPM (Bureal International of Poinds and Measures) e detentor do poder de acreditação de laboratórios da rede nacional de metrologia (RBC) e ensaios (RBLE).

Além do organismo nacional de metrologia, cada país possui uma rede nacional de laboratórios acreditados para calibração e ensaio segundo a norma ISO 17025:2005. Os laboratórios que integram estas redes são assim avaliados pelo organismo nacional de metrologia que comprova sua competência técnica para realização das calibrações e/ou ensaios constantes no escopo acreditado.

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RASTREABILIDADE:

Assim, se a calibração de seu instrumento for realizada por uma empresa acreditada (RBC), a mesma não precisa fornecer cópia dos padrões rastreáveis para esta calibração, pois já foram avaliados e aceitos pelo INMETRO!

Caso você opte por serviços de uma empresa que não é integrante da RBC, esta deverá fornecer as cópias dos padrões que a mesma utilizou na calibração, e os mesmos devem ter sido calibrados por um laboratório integrante da RBC, pelo INMETRO ou um organismo internacional reconhecido pelo INMETRO.

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CERTIFICADO:

O certificado de calibração / relatório de medição deve possuir no mínimo as seguintes informações:

• Um título “Certificado de Calibração” ou “Relatório de Medição”; • Local onde a calibração / medição foi realizada;

• Número do “Certificado de Calibração” ou “Relatório de Medição”; • Nome e endereço do cliente;

• Número da página e número total de páginas;

• Descrição das características e identificação do instrumento; • Procedimento de calibração / medição utilizado;

• Data de realização da calibração / medição;

• Padrões utilizados (Com a validade, Nº Certificado e quem executou a calibração); • Resultados obtidos antes e após ajuste (quando aplicável);

• Unidade das medidas; • Condições ambientais; • Incerteza da medição;

• A declaração: “Este certificado é valido somente para o instrumento em questão, não sendo aplicado à quaisquer outros, mesmo que similares. A xxxxxxxxxxxx autoriza a reprodução deste certificado, desde que de forma integral e sem alteração do conteúdo original.”;

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QUALIFICAÇÃO:

O fornecedor de calibração deve ser avaliado por meio dos seguintes requisitos: a) Deve possuir todos os seus padrões calibrados por organismos nacionais ou

internacionais reconhecidos (INMETRO, RBC, RBLE, NIST, DKD, UKAS, etc); b) Deve possuir procedimento de calibração de cada item que executa;

c) Os técnicos devem ser treinados para execução da atividade;

d) Seus padrões devem estar protegidos contra danos, adulteração e manuseio incorreto (Lacre);

e) Exigir que o fornecedor fixe lacre salva guarda, identificação e status da calibração em seus instrumentos;

f) É recomendável também que o fornecedor tenha no mínimo uma política de tratamento de não conformidades e reclamações.

Obs.: Um laboratório acreditado (RBC) possui todas as qualificações acima descritas e tal avaliação é realizada pelo INMETRO.

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO (C.A.)?

O critério de aceitação corresponde aos limites máximo e mínimo na qual a somatória do erro / tendência de um equipamento e sua incerteza de medição estão adequados para uso no processo.

O critério de aceitação geralmente equivale a uma relação de 1/3 a 1/10 do valor da tolerância do processo. Assim, C.A. = T.P. 3 ou C.A. = T.P. 10

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

EXEMPLOS:

1) Em uma usinagem é utilizado um paquímetro de “0 à 200 mm” para medir o comprimento de uma peça que tem como especificação 115,00 mm +/- 0,05 mm. O paquímetro foi calibrado e determinou-se que sua tendência é de + 0,01 mm e a incerteza de medição é de +/- 0,01 mm.

Considerando a margem de tolerância (+/- 0,05 mm), o valor para efeito de distribuição ao critério de aceitação será de 0,10 mm.

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

Levando em conta a regra de definição do critério de aceitação, podemos ter duas situações distintas, sendo:

Situação 1: C.A. = T.P. = 0,10 = +/- 0,033 mm 3 3 Situação 2: C.A. = T.P. = 0,10 = +/- 0,01 mm 10 10

(42)

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

Considerando que o critério de aceitação é a soma da tendência do instrumento com sua incerteza de medição teremos:

C.A. = Td + U C.A. = 0,01 + 0,01 C.A. = 0,02 mm

Caso a empresa tenha optado por usar a relação de 1/3 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: APROVADO!

Isto porque 0,02 mm  0,033 mm

Caso contrário, ou seja, a empresa tenha optado por usar a relação de 1/10 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será:

REPROVADO!

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

EXEMPLOS:

2) Em uma usina de cimento, a especificação da saca de cimento é de 25,00 kg +/- 1% (+/- 0,25 kg). A balança utilizada foi calibrada e apresentou uma tendência de + 0,10 kg e uma incerteza de +/- 0,03 kg.

Considerando a margem de tolerância (+/- 0,25 kg), o valor para efeito de distribuição ao critério de aceitação será de 0,50 kg.

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

Levando em conta a regra de definição do critério de aceitação, podemos ter duas situações distintas, sendo:

Situação 1: C.A. = T.P. = 0,50 = +/- 0,167 kg 3 3 Situação 2: C.A. = T.P. = 0,50 = +/- 0,05 kg 10 10

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CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO:

Considerando que o critério de aceitação é a soma da tendência do instrumento com sua incerteza de medição teremos:

C.A. = Td + U C.A. = 0,10 + 0,03 C.A. = 0,13 kg

Caso a empresa tenha optado por usar a relação de 1/3 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será: APROVADO!

Isto porque 0,13 kg  0,167 kg

Caso contrário, ou seja, a empresa tenha optado por usar a relação de 1/10 do valor da tolerância, então o resultado da calibração do instrumento será:

REPROVADO!

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QUANDO CALIBRAR?

Antes de colocar em uso novos equipamentos

Caso desconfie dos resultados apresentados durante a medição Sempre após a realização de manutenção no equipamento

Se detectar mau funcionamento, ter ocorrido quedas, sobrecarga ou mau uso

Periodicamente em intervalos pré-definidos visando assegurar a qualidade das medições

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REFERÊNCIAS:

VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2008). Disponível em www.inmetro.gov.br

SI – Sistema Internacional de Unidades. Oitava Edição. 2007. Disponível em www.inmetro.gov.br

ABNT NBR ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos. ABNT NBR ISO 10012:2004 – Sistemas de Gestão da Medição – Requisitos para os processos de medição e equipamento de medição.

ABNT NBR ISO / IEC 17025:2005 – Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração.

RM 71 – ORIENTAÇÕES PARA OBTENÇÃO DE RASTREABILIDADE EM

ENSAIOS E CALIBRAÇÃO. Disponível em:

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CONTATOS:

E-mail: metrologia@estatica-metrologia.com.br

luciano@estatica-metrologia.com.br

Site: www.estatica-metrologia.com.br

Fone / Fax: (48) 3465-2802

(48) 9149-7557

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

BOA NOITE!

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