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IRURGIA CARDÍACA As cirurgias cardíacas são acontecimentos
recentes;
Na Europa e Brasil, até fins do século XIX não
eram realizados procedimentos cirúrgicos na cardiologia;
Com o avanço tecnológico na área médica, a
recuperação do cliente se dá de forma cada vez mais rápida, seqüelas aparecem com menor freqüência e o cliente enfrenta melhor os procedimentos cirúrgicos.
Com esse avanço , métodos foram criados para
facilitar e explorar melhor o coração e facilitar manuseio e tratamento desse órgão.
A circulação extracorpórea consiste num sistema
de tubos de plástico, oxigenador artificial e bombas, que permite que o sangue circule e seja oxigenado sem passar pelo coração e pulmões.
Dessa forma o coração poderá ser
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IRURGIA DER
EVASCULARIZAÇÃO DOM
IOCÁRDIO É um procedimento cirúrgico no coração que visa
restabelecer a oferta de sangue ao coração que apresenta uma ou mais artérias obstruídas.
Atualmente, mais de 800 mil cirurgias de
revascularização do miocárdio são realizadas em todo o mundo.
São utilizados enxertos provenientes do nosso
próprio corpo (veia safena, artéria mamária interna, artéria radial etc.) que funcionarão como uma ponte, levando o sangue à parte da artéria coronária depois da obstrução.
Qual o melhor enxerto (ponte) para se
utilizar?
Existem vários tipos de enxerto que o cirurgião
pode optar.
O enxerto pode ser de veia ou de uma artéria.
No caso do enxerto de veia, utiliza-se uma veia da
perna, chamada de safena magna.
Dos enxertos arteriais, dispomos das seguintes
1
- Artéria torácica interna ou artéria
mamária interna:
Esta artéria irriga a parede do tórax e é
uma ótima opção para a cirurgia, pois
além de ter uma durabilidade maior que a
safena, por estar perto do coração, não
precisa ser retirada por completo, apenas
a sua parte final, que será implantada na
artéria coronária
2-
Artéria radial:
Esta artéria irriga o antebraço e é uma
ótima opção para ser utilizada como
enxerto.
A outra artéria que se
localiza no antebraço
é a artéria ulnar
que, na ausência da
artéria radial, fica
responsável por toda
a irrigação da mão.
3- Artéria gastroepiplóica:
Artéria responsável por irrigar parte
do estômago e que, por estar abaixo
do coração, pode ser utilizada como
enxerto.
4-Artéria epigástrica inferior:
Artéria responsável por irrigar a
parede abdominal.
COMO É A PREPARAÇÃO PARA UMA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO?
Depende da urgência do procedimento.
Se o procedimento for eletivo, o paciente poderá fazer os exames pré-operatórios sem estar internado e internar na véspera ou no dia da cirurgia.
Normalmente, suspendem-se as drogas que possam influenciar a coagulação, como aspirina, clopidogrel e anticoagulantes.
Quando se trata de um procedimento de urgência, o paciente é preparado durante a própria internação.
PROCEDIMENTOS PRÉ-OPERATÓRIOS
O paciente deve estar em jejum de pelo menos 12horas.
Antes da cirurgia, recebe a visita do anestesista
que, além de um questionário, prescreve uma medicação pré-anestésica momentos antes de ser encaminhado ao centro cirúrgico, visando diminuir um pouco o estresse que antecede o procedimento.
O paciente também é submetido a uma ampla
tricotomia (raspagem dos pelos do corpo) momentos antes da cirurgia e medicado com antibiótico, visando facilitar o ato cirúrgico e evitar infecções.
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OMO É O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO?
A cirurgia de revascularização do miocárdio dura
entre 4 a 6 horas, dependendo do número de pontes a realizar.
Após a chegada do paciente no Centro Cirúrgico,
seguem-se os seguintes passos:
Colocação do tubo para o respirador, sonda para
controle da diurese, acesso venoso para a infusão de drogas e fluidos durante a cirurgia;
Assepsia (limpeza) de todo o campo cirúrgico; Abertura do tórax e preparação dos enxertos;
Início da circulação extracorpórea quando
Realização das pontes (tempo principal); Saída da circulação extracorpórea;
Fechamento do tórax e pele; Fim da cirurgia.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO
C.C.
o A equipe de enfermagem do C.C. é
composta pelo enfermeiro responsável pelo serviço, pelo enfermeiro assistencial e pelos técnicos e auxiliares de enfermagem;
o Também pode fazer parte da equipe o instrumentador cirúrgico (técnico de
enfermagem com formação em instrumentação).
A equipe de enfermagem deve
estar devidamente preparada e capacitada para atuar numa cirurgia cardíaca.
o A equipe cirúrgica é composta
de: anestesista, cirurgião, auxiliares do cirurgião,
instrumentador e perfusionista (profissional responsável pela circulação extracorpórea).
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OMO É O PÓS-
OPERATÓRIO?
Na grande parte dos casos, o paciente chega à
UTI sedado com o uso do respirador, devendo acordar em torno de duas horas de UTI.
Em alguns serviços de cirurgia, o paciente já
chega à UTI acordado sem o uso do respirador.
Até a retirada do tubo para respirar, não é
possível falar, devendo se comunicar apenas por gestos.
Ao acordar, o paciente se depara com uma série
Admissão do paciente na UTI
Seminarcose
Respiração assistida /aspiração TOT
Abaixar o frasco de drenagens torácica e fazer
ordenha após retirar as pinças .
Montar o PIA e PVC, além de colocar soros e
sangue no suporte
SNG em sifonagem Sonda vesical aberta
Sinais vitais a cada 15 ‘ na primeira hora.
Pesquisar sangramentos ( curativos e punções
veias profundas)
Observação rigorosa de sinais e sintomas de
anormalidades ( nível de consciência cianose, palidez hipotensão arritmias,sangramentos, conforto do doente)
Dieta zero ate acordar e liberar pelo médico Coletar sangue para dosagem de K , Na+ ,
hemogramas etc.
Fazer ECG
Balanço hídrico RX
o Dreno mediastinal e torácico: tubos colocados no tórax para retirar o sangue coletado depois da cirurgia.
o Geralmente é retirado entre o primeiro e segundo dia de pós-operatório;
Cateter venoso central: acesso venoso instalado no ato da cirurgia, geralmente na região do pescoço, utilizado para a infusão de drogas, soros e registrar a pressão dentro do sistema venoso.
Retirado normalmente quando não se tem mais necessidade de medicações endovenosas;
Sonda vesical: sonda para controle da diurese que geralmente fica até o segundo dia de pós-operatório; Monitorização cardiológica: fios conectados à pele do tórax por adesivos e que registram os batimentos cardíacos;
oximetria digital: adesivo colocado nos dedos, com a
finalidade de registrar a quantidade de oxigênio no sangue;
pressão arterial média: cateter instalado numa
artéria do braço para registrar continuamente a pressão arterial;
fios de marcapasso: fios implantados
provisoriamente no coração e exteriorizados para o tórax. Servem caso ocorra uma eventual queda de frequência cardíaca (bradicardia) transitória no pós-operatório
Intercorrências Potenciais:
O estresse da cirurgia cardíaca iminente pode precipitar complicações que precisam do
tratamento em colaboração com o médico.
As complicações que podem se desenvolver incluem:
Angina ou equivalente à dor da angina;
Ansiedade grave que requer um medicamento
ansiolítico;
Parada cardíaca; Hipertensão.
O paciente recebe alta para unidade cardiológica
semi-intensiva no primeiro dia de pós-operatório e em torno do segundo dia é transferido para apartamento comum.
Caso não ocorra nenhuma intercorrência maior, o paciente recebe alta hospitalar entre o quinto e sexto dias de pós-operatório.
A dieta pode ser liberada logo nas primeiras horas,
após a retirada do tubo para respirar (geralmente à base de líquidos), progredindo-se em sua consistência até a alta hospitalar.
Desde a chegada à UTI até à alta hospitalar, são
realizadas sessões de fisioterapia respiratória, visando expandir os pulmões que tendem a se colabar após a cirurgia.
Cuidados com drenos torácicos:
Finalidade : Tirar o liquido , ar e sangue
acumulado durante a cirurgia pois ele prejudica a expansão pulmonar adequada.
Montagem do sistema
Selo d’água .A ponta do dreno devera ficar
submerso no soro fisiológico em torno de 3 dedos)
Não deixar entrar ar , nem deixar o dreno acima
do nível da cama, ou acima do tórax.
Deixar pinças próximo para q a medição seja
segura.
Devera ter no local um medidor de quantidades (
Assistência de enfermagem no Pós
Operatório
Cuidados de biosegurança e infecção do paciente Mudança de decúbito
Exercício respiratório /Tosse Alimentação
Sinais vitais
Monitoramento cardíaco Balanço hídrico
o Infusão de líquido
o Densidade urinaria _ urodensímetro
o Oxigênioterapia o Higiêne o Drenos o Sondas o Curativos o TOT e SNG o Terapêutica medicamentosa
o Atenta a qualquer mudança de comportamento e sintoma de dor
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REPARANDO PARA ALTA HOSPITALAR Orientações para atender as necessidades
individuais, incentivando ao auto-cuidado.
Orientar o cliente e seus familiares a respeito da
higiene corporal; dos curativos, da importância da continuidade do uso de medicamentos após alta;
Fazer aprazamento da medicação prescrita pelo
médico;
Orientar o cliente para retorno para consulta
médica/revisão;
Ensinar e mostrar a importância do controle da
Prestar orientações sobre a dieta;
Orientar o cliente a respeito de atividade física
(evitar fazer esforços físicos e carregar peso e exercícios que movimentem os braços em excesso);
Recomendar que evite aborrecimentos e situações
de estresse, locais de aglomeração e sono no mínimo 8 h por noite;
Explicar que é proibido fumar, pois o cigarro
danifica irreversivelmente o tecido pulmonar, causando aumento da PA, além de constrição vascular das artérias;