XVI ERIC – (ISSN 2526-4230)
XVI ERIC – (ISSN 2526-4230)
CURSO DE BACHAREL EM ENFERMAGEM ISABELLE PINHEIRO DE OLIVEIRA SEGALLA
NAYRA ANTÔNIA CONSTANTINO
O USO DO NARGUILÉ ENTRE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Trabalho de Iniciação Científica do
Programa Institucional do CNPq (PIBIC), para graduação e ensino médio do Curso de Graduação em
Enfermagem da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari.
Orientador: Me. Eliete dos Reis Carvalho
MANDAGUARI/PR 2020
RESUMO
Objetivo: este estudo tem como objetivo relatar a experiência de uma ação de educação em saúde acerca dos malefícios do Narguilé. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, realizado no desenvolvimento do projeto de extensão, em uma das ações voltadas aos alunos do 6º do ensino fundamental de uma escola pública, no qual foi realizado um QUIS sobre o uso e malefícios do Narguilé a saúde. Resultado: Durante a realização do quis, os alunos do 6° ano do ensino fundamental, mostraram que de uma sala com 15 alunos apenas dois deles nunca haviam utilizado o Narguilé, alguns deles foram apresentados para esse aparelho através da família e outros pelos amigos, a maioria deles alegou que sabia dos malefícios causados pelo uso do fumo, mas ao responder as outras questões mostraram que eles realmente não sabem os reais males que o uso do tabaco faz, eles se mostraram receptivos e muito empolgados para receber as orientações, professores, coordenadores e a direção se mostraram animados e felizes com a iniciativa das pesquisadoras de intervir sobre o uso desses aparelhos que vêm sendo utilizados por jovens e adolescentes cada vez mais cedo. Conclusão: Pode-se concluir com a intervenção que os adolescentes estão sendo expostos ao vício do fumo cada vez mais cedo, é de grande importância que essas intervenções e conscientizações continuem para que os jovens e seus responsáveis saibam dos danos à saúde causados por esse vício.
1. INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase da vida em que existe uma construção sócio-histórica cujas manifestações são fortemente influenciadas pelos fatores socioeconômicos, políticos e culturais do ambiente onde o adolescente vive (MALHEIRO E ROSA, 2018).
É inerente neste período da vida a busca por novas experiências e sensações, entre elas a curiosidade pelo uso das drogas, tanto as lícitas quanto as ilícitas. Junto a isso tem-se uma fase vulnerável à aquisição de hábitos, os quais podem se tornar duradouros ao longo da vida, levando a risco aumentado para desenvolver patologias, como câncer, hipertensão arterial, doenças cardíacas, entre outras. O uso do narguilé enquadra-se entre as drogas licitas utilizadas pelos adolescentes cada vez mais precoce (MALHEIRO E ROSA, 2018).
O narguilé foi criado na Índia, no século XVII com finalidade medicinal, também conhecido popularmente como cachimbo d’água, arguile, hookah, shisha e hubble bubble, foi difundido nas demais culturas (CAROLINO, 2016).
Evidências apontam que o consumo do tabaco no mundo é bastante disseminado e presente na maioria dos países. Essa prática, em geral, inicia-se na adolescência e na juventude, no qual para a maioria dos fumantes que se encontram na fase adulta terem iniciado o uso de tabaco antes dos 20 anos (MALTA et al; 2018).
O tabagismo, incluindo a exposição passiva, é apontado por dados do estudo Carga Global de Doenças com sexta posição entre os maiores fatores de risco para a carga de doenças no mundo (GBD, 2016).
No Brasil, dados referentes ao mesmo estudo, em 2015, apontam que o tabaco correspondeu ao quarto para homes e ao quinto lugar entre as mulheres (MALTA et al, 2018).
Ações educativas que abordam a temática sobre drogas e uso do narguilé devem ser realizadas com a comunidade escolar principalmente com os alunos. A intervenção deste público para questões relativas à saúde corrobora com a Programa Saúde na Escola, resultado da integração do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, que busca promover a ampliação das ações de saúde no ambiente escolar cujas atividades são de responsabilidade de seus integrantes (FERREIRA et al, 2014).
É fundamental que os alunos e professores tirem suas dúvidas sobre doenças causadas no decorrer da vida pelo uso de substancias toxicas ao organismo. Assim, promover ações em parcerias Inter setoriais, envolvendo o ensino, serviço e a comunidade, são importantes, bem como avançar para a comunicação e educação em saúde, por meios adequados que os novos tempos exigem quando se considera, em especial, a conexão com os interesses e possibilidades apresentadas pelos adolescentes (REIS, MALTA, FURTADO e CASTRO, 2018). Diante dessa exposição este estudo tem como objetivo relatar a experiência de uma ação de educação em saúde acerca dos malefícios do Narguilé aos alunos do 6° ano de uma escola municipal da cidade de Mandaguari no interior do Paraná.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, realizado no desenvolvimento do projeto de extensão, em uma das ações voltadas aos alunos do 6º ano do ensino fundamental de uma escola pública na cidade de Mandaguari no interior do Paraná em Março no ano de 2020, no qual foi realizado um QUIS sobre o uso e malefícios do Narguilé a saúde, o quis foi realizado através de uma apresentação no Power Point 2010, para respostas foram utilizados cartões com as cores correspondentes a cada alternativa, os dados foram anotados e analisados pelas pesquisadoras que fizeram uma exposição da experiência que presenciaram.
3. RESULTADOS
Durante a realização do quis os alunos do 6° ano do ensino fundamental, mostraram que de uma sala com 13 alunos na faixa dos 10 a 15 anos de idade apenas dois deles nunca haviam utilizado o Narguilé, alguns deles foram apresentados para esse aparelho através da família e outros pelos amigos.
A maioria deles alegou que sabia dos malefícios causados pelo uso do fumo, mas ao responder as outras questões mostraram que eles realmente não sabem os reais males que o uso do tabaco pode causar, eles basearam suas respostas em sites da internet e experiência das pessoas próximas a eles, pois não haviam tido até então uma orientação vinda de profissionais da saúde.
Alguns dos alunos utilizavam o Narguilé há mais de dois anos, mostrando que a exposição às drogas lícitas vem sendo realizada desde muito cedo, os pais e responsáveis em sua maioria não sabiam da utilização por parte dos filhos, e apenas um aluno tinha seu próprio aparelho que fora dado pelos seus responsáveis.
Os alunos mostraram que alguns já tinham sinais do uso do Narguilé apresentado por sintomas como dores de cabeça e tosse após o uso, se mostraram surpresos ao saber que o hábito do fumo pode levar à morte precoce.
Eles se mostraram receptivos e muito empolgados para receber as orientações e participarem da brincadeira através do quis, professores, coordenadores e a direção se mostraram animados e felizes com a iniciativa das pesquisadoras de intervir sobre o uso desses aparelhos que vêm sendo utilizados por jovens e adolescentes cada vez mais cedo.
4. CONCLUSÃO
Após essa experiência pode-se concluir que os jovens e adolescentes vêm sendo expostos cada vez mais cedo ao hábito do fumo, as medidas de intervenção precisam ser continuadas, alunos, pais e responsáveis precisam ser alertados sobre os riscos que o Narguilé traz à própria saúde e à saúde daqueles que o rodeiam.
Ações podem ser realizadas através das equipes de saúde do município com ajuda dos professores e responsáveis, jovens e adolescentes não podem continuar sendo expostos aos vícios cada vez mais cedo.
