• Nenhum resultado encontrado

Vista do Gestão escolar e conselho tutelar. Uma parceria necessária baseada no Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Vista do Gestão escolar e conselho tutelar. Uma parceria necessária baseada no Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

289

Gestão escolar e conselho tutelar: uma parceria

necessária baseada no estatuto da criança e do

adolescente (ECA)

Mariana Ramos Machado

Centro Universitário Teresa D’Àvila - UNIFATEA

Luciani Vieira Gomes Alvareli

Centro Universitário Teresa D’Àvila – UNIFATEA, Fatec Cruzeiro - Prof.Waldomiro May

Resumo

A educação tem como foco maior a formação de um indivíduo crítico, capaz de atuar na sociedade em que vive. Para que uma educação de qualidade aconteça, é necessário que todos os sujeitos envolvidos participem de maneira eficiente e desempenhem bem as suas funções. O Gestor Escolar é responsável por uma equipe inteira, e deve planejar e zelar pelas ações dessa equipe e solucionar problemas dentro do âmbito escolar. Quando algum caso foge de seu limite de atuação, ele deve encaminhá-lo ao Conselho Tutelar, órgão responsável pelo cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na sociedade. É nesse momento que se constitui uma relação que pode ser marcada pela qualidade ou pelo fracasso. O sucesso alcançado na resolução de um caso específico pode transformar a vida do aluno em sua totalidade: na escola, na família, na comunidade e em todos os segmentos da sociedade em que ele viva. Da mesma forma, o fracasso afeta todas essas áreas e pode gerar consequências para uma vida inteira. Muitos profissionais, independente do papel que desempenhem, não têm consciência acerca da importância da sua função e do quanto podem interferir no destino de um aluno. Esta pesquisa visa mostrar que um estreitamento de laços na ação colaborativa entre escola e o Conselho Tutelar pode gerar um trabalho em equipe que valoriza o diálogo, a compreensão, a parceria, os prazos burocráticos e, principalmente a compreensão dos limites até onde se pode chegar no cumprimento de funções ou papéis, a fim de conscientizar os sujeitos envolvidos em uma relação como essa. Os resultados obtidos mostram o sucesso de um caso resolvido com agilidade e compromisso em contraste com outro em que o fracasso comprometeu um ano de vida escolar de um aluno.

Palavras-chave

Educação; Gestão Escolar; Conselho Tutelar; Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Abstract

Education has as its focus the formation of a critical individual, capable of acting in the society in which he lives. For a quality education to take place, it is necessary that all the involved people participate efficiently and perform their duties well. The School Manager is responsible for an entire team and should plan and care for the team's actions and solve problems within the school environment. When a case falls outside its limits, he must refer it to the Tutelary Council, which is responsible for compliance with the Statute of the Child and Adolescent (ECA) in the society. It is at that moment that a relationship is formed and can be marked by quality or failure. The achieved success in solving a specific case can transform the life of the student in its entirety: at school, in the family, in the community and in all segments of the society in which he lives. Likewise, failure affects all these areas and can have consequences for a lifetime. Many professionals, regardless of their role, are not aware of the importance of their role and how much they can interfere with a student's destiny. This research aims to show that a closer attitude in collaborative action between school and the Tutelary Council can generate teamwork that values dialogue, understanding, partnership, bureaucratic deadlines and, especially, understanding the limits as far as possible in the fulfillment of functions or roles, to raise the awareness of the subjects involved in a relationship like this. The results obtained show the success of a case solved with agility and commitment in contrast to another in which failure has compromised a student's school year.

(2)

290

Key words

Education; School Management; Tutelary Council; Statute of the Child and Adolescent (ECA).

1. Introdução

Todos os cidadãos têm direito à educação, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Uma educação de qualidade exige que todos os sujeitos nela envolvidos participem de maneira eficiente e desempenhem bem suas funções. A escola, como espaço social heterogêneo, recebe, e deve acolher, alunos de diferentes realidades, com características diferenciadas de personalidades, conhecimentos e vida familiar.

No contexto escolar, observando de uma maneira geral, existem várias situações pedagógicas, disciplinares, administrativas, financeiras e sociais, que exigem grande dedicação do Gestor Escolar e de sua Equipe na resolução de conflitos. O gestor escolar é o profissional responsável pela gestão da escola como organização. Com o passar dos anos e, considerando as exigências sociais no que concernem educação com qualidade de vida para todos, o gestor escolar amplia suas funções que vão além da administração centralizadora e técnica, por meio do desenvolvimento de novas competências. Nesse sentido, o gestor escolar “liderar a atuação integrada e cooperativa de todos os participantes da escola, na promoção de um ambiente educativo e de aprendizagem, orientado por elevadas expectativas, estabelecidas coletivamente e amplamente compartilhadas.” (HONORATO, 2012).

No que diz respeito aos alunos, também cabe ao Gestor Escolar tentar solucionar os conflitos, empasses, desentendimentos e etc. que surjam dentro do seu limite escolar. Se isso não for possível, os casos devem ser encaminhados ao órgão responsável pelo cumprimento dos direitos e deveres das crianças e dos adolescentes: o Conselho Tutelar

O Conselho Tutelar tem como base e instrumento de trabalho o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Estatuto da Criança e do Adolescente é a lei que cria condições de exigibilidade para os direitos da criança e do adolescente definidos no artigo 227 da Constituição Federal (BRASIL, 1998) que diz:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao lazer e à profissionalização, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência crueldade e opressão.

De acordo com o artigo 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990): atualização.

Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Na relação Gestor Escolar/Conselho Tutelar, deve haver uma harmonia de diálogo em favor de soluções rápidas e eficazes para o desenvolvimento do indivíduo como cidadão. Se essa parceria é de qualidade, várias situações de conflitos podem ser estudadas e resolvidas em pequeno espaço de tempo e com qualidade para a formação do indivíduo e harmonia dos sujeitos envolvidos. É fundamental se considerar sempre de que o sujeito de maior importância e que deve estar em foco é o educando: a criança ou o adolescente.

(3)

291 Esta pesquisa visa mostrar que um estreitamento de laços no trabalho colaborativo entre o Gestor Escolar e o Conselho Tutelar pode gerar um trabalho em equipe que valoriza o diálogo, a compreensão, a parceria, os prazos burocráticos e, principalmente a compreensão dos limites até onde se pode chegar no cumprimento de funções ou papéis. Trata-se de uma pesquisa qualitativa na forma de um estudo de caso que apresenta uma visão geral sobre a relação Gestão Escolar – Conselho Tutelar, mostrando uma comparação entre dois casos em que essa relação necessária aconteceu de modo diferente e como isso afetou diretamente o educando.

2. Fundamentação Teórica

A responsabilidade da educação não é restrita a apenas um sujeito. É errado dizer também que a educação acontece somente em um ambiente específico. A educação é algo muito maior, não abrangendo somente conhecimentos técnicos ou teóricos.

O artigo 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) preconiza que:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Nesse sentido, a Educação Integral do aluno tornou-se uma concepção contemporânea que tem norteado o trabalho de inúmeras Instituições de Ensino, tanto privadas como públicas, que compreendem a educação como garantia do desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural, constituindo-se como projeto coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades locais.

Todo esse movimento confirma que a educação tem alcance que extrapola os muros da escola e que, muitas vezes, não são considerados ou imaginados como forma de transformar realidades. Ela acontece na família, na roda de amigos, na sociedade, na instituição religiosa e em todos os lugares onde haja as mais diversas formas de convivência social.

No âmbito escolar, existem várias funções e cada uma delas tem a sua importância no processo educativo. Os colaboradores que trabalham na limpeza, nos serviços gerais, na secretaria, os professores, coordenadores, gestores, todos têm uma parcela de contribuição para a formação de um ser humano crítico, criativo e mais bem preparado para o mercado de trabalho. É necessário que todos sejam preparados e estejam sempre cientes da relevância de suas funções para que aconteça uma educação de qualidade.

Para que haja sintonia entre toda essa equipe, faz-se indispensável a presença de um gestor, capaz de motivar iniciativas que promovam um clima organizacional favorável às relações interpessoais na sua equipe, ao trabalho coletivo, à elaboração de planos diários e de longo prazo, visando à harmonia entre toda uma comunidade escolar. Além de gerenciar os recursos financeiros e humanos, é função do gestor assegurar a participação da escola na comunidade e da comunidade na escola, identificar as necessidades da instituição e do entorno escolar, buscar e propor soluções. Por diversas vezes, tais soluções que surgem no ambiente escolar precisam estar alinhadas com ações que envolvem o Conselho Tutelar.

O Artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (BRASIL, 1990), que trata dos direitos fundamentais, estabelece o vínculo na relação Gestor Escolar/Conselho

(4)

292 Tutelar:

Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:

I - maus-tratos envolvendo seus alunos;

II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares;

III - elevados níveis de repetência.

Ao Conselho Tutelar foi designado zelar pelo bem-estar da criança e do adolescente em âmbito municipal. Ele se caracteriza como um órgão autônomo permanente, criado por lei municipal, sendo uma entidade pública com funções jurídico-administrativas.

Segundo o Artigo 131 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), o Conselho Tutelar (Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990) é: “Um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, (...).”

O Artigo 132 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) esclarece que:

Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.

Os requisitos exigidos para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, bem como suas atribuições, são artigos encontrados no Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990). O Artigo 133 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) define:

Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:

I - reconhecida idoneidade moral; II - idade superior a vinte e um anos; III - residir no município.

O processo de escolha dos Conselheiros é definido no Artigo 139 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990):

O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.

§ 1º O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.

§ 2º A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.

§ 3º No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor.

(5)

293 O Conselho Tutelar tem como atribuições o que lhe é definido no Artigo 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990):

São atribuições do Conselho Tutelar:

I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;

II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;

III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;

b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.

IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

VII - expedir notificações;

VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;

IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;

XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural.

XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.

Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

O Conselho Tutelar deve ser um aliado da Escola para garantir os direitos da Criança e do Adolescente, visando sempre uma Educação Integral de qualidade.

3. Metodologia

Esta é uma pesquisa de cunho qualitativo, em que buscou-se compreender melhor um fenômeno a partir da análise interpretativa de duas situações. Trata-se, portanto, de um estudo de caso. Um estudo de caso é um método de investigação qualitativo em que se deseja descrever uma situação, a fim de compreender e explorar contextos envolvendo diversos fatores. A característica que o diferencia está na investigação detalhada e aprofundada de um caso ou objeto de estudo bem definido, sendo “considerado representativo de um conjunto de casos análogos, por ele significativamente representativo”. (SEVERINO, 2016).

A utilização do estudo de caso se mostrou mais adequada para esta pesquisa por se poder analisar o como e o porquê de um conjunto de eventos contemporâneos. Em outras

(6)

294 palavras, entende-se nesta pesquisa que o estudo de caso é uma investigação empírica que permite a observação de um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real (YIN, 2005).

Yin (2005) assevera que a pesquisa na forma de estudo de caso pode se caracterizar pelo estudo de um caso único ou casos múltiplos. A investigação por meio da comparação entre diferentes casos da mesma natureza pode tornar a investigação mais ampla e robusta. Essa metodologia “pode premiar o pesquisador com a ampliação das possibilidades de replicações teóricas e generalizações a partir de constatações e cruzamentos dos resultados dos casos.” (LIMA et al., 2012)

Os objetos de estudo que foram escolhidos para esta comparação são dois casos marcados pela relação Gestor Escolar/Conselho Tutelar. Com a riqueza das informações detalhadas, espera-se encontrar auxílio para um maior conhecimento a respeito da necessária relação entre esses “atores” para uma possível resolução de problemas relacionados ao assunto estudado.

Os estudos de caso apresentados, envolveram: alunos, professores, gestores, conselheiros tutelares e familiares. Os nomes dos sujeitos participantes são fictícios para preservar as identidades dos alunos, pais, gestores e conselheiros envolvidos. Trabalhou-se com um estudo acerca de dois casos já publicados, portanto não se fez necessária a aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa (CEP). Os casos foram tirados da publicação “CAUSOS DO ECA – HISTÓRIAS EM RETRATO - O Estatuto da Criança e do Adolescente no Cotidiano”, uma iniciativa da Fundação Telefônica.

A Fundação Telefônica era uma entidade empenhada em apoiar organizações sociais que trabalhavam com crianças e adolescentes. Sua missão se ampliou a fim de também trabalhar com as escolas, que têm papel fundamental na efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente e na garantia dos direitos desse público. De acordo com Fernando Xavier Ferreira Presidente do Grupo Telefônica no Brasil na época (2006),

(…) realização do Concurso “Causos” do ECA consolida a opção da Fundação Telefônica pela defesa desses direitos. Recebemos cerca de 130 histórias verídicas, de todas as regiões do País. Histórias que são a comprovação de que a lei efetivamente funciona e de que esta não lida somente com questões de violência ou de jovens infratores. É um instrumento muito mais amplo que aborda temas relacionados à educação, à saúde, à família, ao lazer, entre outros, com o intuito de promover melhoria na qualidade de vida das pessoas e reduzir as distâncias sociais. É justamente isso o que, por meio de seu investimento no País, o Grupo Telefônica busca promover: a transformação social, de forma sustentável, com base na informação e na conscientização da sociedade.

Considerando o grande número de “causos” disponíveis, o levantamento dos dois casos investigados se deu refletindo-se sobre o artigo 56 do ECA que dispõe sobre providências que “Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar” no que se relaciona a: “I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência” (Lei nº 8.069/1990).

Os dois casos foram escolhidos devido aos desenvolvimentos e finais diferentes. Avaliou-se os procedimentos e encaminhamentos realizados em cada um dos casos e as soluções apresentadas em cada um a fim de se refletir como a relação entre as duas instâncias, Gestão Escolar e Conselho Tutelar, pode fazer grande diferença no cotidiano da vida de uma

(7)

295 criança e ou adolescente e, especialmente, para a formação de um indivíduo.

1º CASO:

O primeiro caso é marcado pelo fracasso, em que a vida escolar do aluno foi prejudicada pela má comunicação entre a Escola e o Conselho Tutelar.

R. F. dos Reis tem 37 anos e é Conselheiro Tutelar na cidade de Porto Alegre – RS. Formado em Direito e está em seu segundo mandato. Vinicius tem 13 anos, está matriculado no 6º ano do Ensino Fundamental.

O conselheiro tutelar R. F. dos Reis recebeu uma denúncia anônima e tentou contato com a escola estadual em que o adolescente Vinícius está matriculado para ter acesso à Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente do estudante Vinicius (ficha preenchida pela escola com as informações sobre a frequência do aluno). Não conseguiu.

A gestora educacional da escola de Vinícius afirma que a ficha de acompanhamento do aluno foi feita e já deveria ter sido encaminhada. Ela só não sabia dar informações mais precisas sobre o caso, porque a orientadora educacional, responsável pelo controle das fichas, estava em licença. Tal falto não teria esse desfecho se a ficha não fosse de responsabilidade apenas de uma pessoa.

Munido de poucas informações, R. F. dos Reis resolveu ir até a casa de Vinícius, mesmo sem ter a ficha de frequência em mãos, para oferecer suporte à família na tentativa de fazer o garoto voltar a frequentar as aulas.

Ao chegar na casa, foi recebido pelos pais do menino. Disseram que Vinícius só estava achando ruim caminhar até o colégio no último mês porque tinha machucado a perna, mas garantiram que o menino voltaria a estudar no próximo semestre.

Registros de presença fornecidos pela escola mostravam que as ausências começaram bem antes do período que foi denunciado. De acordo com a secretaria da escola, o garoto tinha muitas faltas em março e mais ainda no mês seguinte. Em maio, nem apareceu. Em todo o primeiro trimestre letivo, teve apenas 40% de frequência. A gestora diz ainda que a irmã do menino também tem muitas faltas. O aluno em questão, que já tinha a idade avançada para o ano escolar em que se encontrava, foi reprovado por faltas.

Os responsáveis foram convocados para uma reunião com o Conselheiro e a Gestora da escola do filho, mas somente a mãe compareceu. A mesma assinou uma notificação. Ela se comprometeu, por meio de uma medida protetiva, a fazer a matrícula do filho e acompanhar a frequência nas aulas. Foi recomendado acompanhamento psicológico e social, para verificar possíveis fatores correlacionados à evasão.

Paralelamente, a escola foi advertida por sua negligência, já que não informou o Conselho Tutelar da infrequência do aluno. “É obrigação da escola fazer o acompanhamento sempre que constatar faltas injustificadas por cinco dias consecutivos.” – destaca o conselheiro tutelar R. F. dos Reis.

Retomando o Artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), “Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: [...] II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares”.

2º CASO:

O segundo apresenta um final em que a realidade dos alunos e a relação com o meio em que eles vivem foi transformada pelo bom relacionamento estabelecido. Especialmente, a

(8)

296 vida dos familiares se transformou a partir do momento em que foram ensinados sobre direitos e deveres e souberam/puderam desfrutar de todas as oportunidades oferecidas pelos bons serviços proporcionados pelo Estado e empoderados pelo conhecimento puderam influir, modificando a própria comunidade.

D. Batista da Silva tem 58 anos, sete filhos, mora em São José dos Campos-SP, e tem muitas histórias de superação para contar. É extrovertida e se envolve em projetos destinados à formação das pessoas, uma liderança em sua comunidade. Foi eleita pelos seus pares para representar os interesses dos usuários na instituição em que seus filhos recebem atendimento e ocupa assento no Conselho de pais e responsáveis denominado "Visão do Futuro" e no Conselho Curador, órgão deliberativo, ambos da Fundação de Atendimento a Criança e Adolescente (FUNDHAS). Sua participação é voluntária e sua próxima meta é ingressar no Ensino Superior, no curso de Serviço Social, e continuar exercitando cidadania.

“Minha história não é muito diferente de tantas outras neste imenso Brasil. Vim de uma família numerosa. Meus pais eram alcoólatras e brigavam muito. Comecei a trabalhar muito cedo e logo saí de casa, me casei. Com muito custo, compramos uma casinha em um bairro afastado do centro da cidade de São José dos Campos (SP), cidade que escolhemos para morar. Por não ter escola perto de casa para meus filhos, eles tinham que se deslocar até o centro da cidade de ônibus. Com cinco filhos na época, quando os acompanhava até a escola, eu levava todos comigo, pois não tinha com quem deixá-los.

Enquanto três estudavam, eu e os outros dois ficávamos em uma instituição religiosa, conhecida como “Casa da Praça”, que atendia pessoas carentes. Nesse lugar, eu e outras mães participávamos de palestras e aprendíamos artesanato. Meus filhos e as outras crianças ficavam com uma professora voluntária, desenvolvendo atividades lúdicas, brincavam com jogos pedagógicos e desenhavam. Foi nessa casa que comecei a aprender sobre cidadania.

Certo dia, recebi uma carta do Conselho Tutelar com data e hora marcada para meu comparecimento. No início, fiquei surpresa por não saber do que se tratava. Saí de casa com a carta na mão, perguntando a todos os meus vizinhos se sabiam de que se tratava. Cada pessoa dizia algo que me deixava mais confusa: “Você vai perder seus filhos para o juiz de menor”, “você foi denunciada por maus tratos”, “seus filhos fizeram coisas erradas e vão para a FEBEM”. Por não saber de nada, ser leiga sobre as leis e estar preocupada demais, a ponto de não dormir, liguei para meu marido, que estava trabalhando em outra cidade e lhe contei sobre a carta. Pedi que ele voltasse urgentemente, pois íamos ficar sem as nossas crianças. Meu marido pediu licença no serviço e veio para casa. Pegamos a carta e resolvemos ir até o Conselho Tutelar, sem esperar o dia marcado, e lá esperamos a metade do dia para sermos atendidos.

O conselheiro nos atendeu e foi relatando o motivo daquela carta. Disse que tinha sido uma denúncia anônima de maus tratos contra meus filhos. Nesse dia, fui apresentada ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O conselheiro leu trechos que não sei dizer quais foram, mas suas palavras “entraram” direto em mim e não as esqueço até hoje. Entre as coisas que ele nos disse, uma que me marcou muito foi que o ECA existe para garantir proteção integral a todas as crianças e adolescentes, independente de raça ou classe social, e para que eles sejam tratados com prioridade absoluta, pois são pessoas em desenvolvimento. Ele falou de direitos como o de frequentar a escola, ter assistência médica, direito à vida, à saúde, à educação, à liberdade, ao lazer, à cultura e ao esporte, à convivência familiar e comunitária.

Agradeço a Deus pela vida dos meus filhos e, também, pela da pessoa que me denunciou porque, a partir desse dia, nossa vida mudou muito, pois meus filhos tiveram seus direitos garantidos. Um deles foi matriculado na Educação Infantil, o mais novo, na creche e os três que frequentavam a escola distante de casa foram transferidos para outra mais próxima. Dois deles receberam atendimento médico especializado e começamos a receber um

(9)

297 auxílio-alimentação e leite de um programa do governo. Os que tinham mais de sete anos foram inseridos em uma Fundação de Atendimento à Criança e ao Adolescente do município de São José dos Campos (SP), para participarem de atividades complementares no período oposto ao da escola. Com isso, tiveram seus direitos fundamentais garantidos, como alimentação, saúde e educação.

A partir daí, comecei a mobilizar a minha comunidade sobre o ECA, pois queria que todos soubessem tudo a respeito dessa lei – todos tínhamos direitos e deveres. No começo, pedi que uma assistente social fizesse cópias do ECA para mim. Elas tinham o formato de uma cartilha e, assim, fui aprendendo, ensinando e também distribuindo-as a toda minha comunidade. Muitas vidas de crianças e adolescentes foram modificadas e quando percebia casos muito graves, eu também comunicava o Conselho Tutelar, com a finalidade de proteger as crianças. Já se passaram mais de quinze anos desde que conheci o ECA e, até hoje, continuo protegendo as crianças e os adolescentes, pois me transformei em multiplicadora voluntária. Participo de reuniões, cursos, palestras, conferências dos direitos, oficinas, visitas técnicas e outras atividades de fundamental importância para as crianças e adolescentes, e multiplico tudo isso na minha comunidade.

Na Fundação Hélio Augusto de Souza (FUNDHAS), onde meus filhos foram acolhidos há mais de 15 anos, participo de um conselho de pais e responsáveis chamado “Visão do Futuro”. A Fundação tem por objetivo, com respaldo no ECA, atender crianças e adolescentes de 07 a 18 anos, provenientes de classes menos favorecidas ou de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social. Dois dos meus filhos ainda recebem atendimento nesse lugar.

Hoje, eu e meus filhos somos multiplicadores de cidadania, conquistamos nossos direitos civis e políticos, transformamo-nos em referência para nossos vizinhos, amigos e comunidade em geral. Para nós, o ECA não é um bicho de sete cabeças; muito pelo contrário, é um valioso instrumento para a conquista da cidadania”.

Análise e Discussão de Resultados

Em ambos os casos apresentados nesta pesquisa, a iniciativa do Conselho Tutelar de visitar ou de chamar a família para comparecer ao órgão com a finalidade de saber se uma denúncia se mostrou procedente cumpriu com uma de suas atribuições relacionada no Artigo 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente, inciso II que versa sobre “atender e aconselhar os pais ou responsáveis, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII, de modo a garantir os direitos de crianças e adolescentes.

Nesta perspectiva, o 2º caso, de D. Batista da Silva, oriundo de São José dos Campos, interior de São Paulo, foi deveras animador. Ele combina uma denúncia anônima com a ação de um dos principais órgãos (Conselho Tutelar) de defesa de direitos de crianças e adolescentes.

De modo ainda mais significativo, nesse 2º caso, houve uma ação coletiva que gerou uma excelente resposta da família de cinco filhos, com mãe e pai tomando conhecimento sobre o Estatuto, sobre os direitos das crianças e adolescentes. A partir desse conhecimento, os pais assumiram a parte que lhes cabe na engrenagem sistêmica para a promoção, proteção e defesa de direitos humanos em parceria com a Escola e a Comunidade.

A denúncia (anônima ou não), da mesma forma, é um recurso importante de auxílio à comunidade, que deve ser utilizado para que os supostos casos de violência, abuso ou maus tratos sejam apresentados e acompanhados pelo Conselho Tutelar. Esse conselho deve proceder aos devidos estudos e encaminhamentos para cessar abusos ou restabelecer o direito

(10)

298 ameaçado ou violado.

De acordo com o que foi apresentado no 2º caso, a ação mostrou-se uma parceria capaz de mudar a realidade de uma família inteira. De forma muito significativa, a ação tomada de forma clara e objetiva, despertou muitos outros valores relacionados à cidadania sobre os quais a família não tinha a mínima noção. A denúncia contribuiu para que houvesse uma enorme mudança de vida e atitude da mãe “denunciada”, uma vez que ela e sua família passaram a conhecer melhor os direitos de todos, entender mais adequadamente os deveres de cada um, e começassem a participar de forma cidadã e colaborativa e contribuir para a melhoria de vida de sua família e de muitas pessoas por meio da participação mais ativa junto à própria comunidade, contribuindo para a transformação de uma comunidade inteira.

Já o 1º caso, marcado pela negligência da escola em informar, com antecedência e de forma responsável, ao Conselho Tutelar, sobre a infrequência do aluno Vinicius, por exemplo, gerou uma denúncia que chama a atenção pelo cumprimento do dever de um conselheiro tutelar.

Tomando como base a denúncia anônima, o Conselheiro Tutelar R. F. dos Reis, que já tem experiência em casos como esse, teve a iniciativa de visitar a família para analisar a situação com mais veracidade, mesmo sem ter em mãos os necessários documentos que uma Equipe Gestora deveria ter fornecido a ele.

A iniciativa tomada pelo conselheiro mostra que este realmente tem consciência sobre sua responsabilidade. Ele seguiu o que prescreve o Artigo 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente no que se relaciona às atribuições do Conselheiro Tutelar. Ele “atendeu a criança e os familiares”, tomou as devidas providências, chamando a atenção dos pais à consciência sobre suas responsabilidades. Fez a mãe assinar o documento que, por meio de uma medida protetiva, a obriga a fazer a matrícula do filho e acompanhar a frequência nas aulas. Recomendou o acompanhamento psicológico e social, para verificar possíveis fatores correlacionados à evasão escolar.

Do mesmo modo, o conselheiro tutelar advertiu a escola por sua negligência em informar o Conselho Tutelar sobre a infrequência do aluno. E, possivelmente, contribuiu para a melhora no procedimento da Equipe Gestora daquela escola para outros casos que possam vir a acontecer.

Uma equipe gestora, na pessoa do Gestor Escolar, tem a obrigação de organizar o trabalho colaborativo entre os membros da equipe de modo a que informações tão relevantes não fiquem a cargo de um indivíduo apenas. Todas as informações sobre alunos não podem depender das informações dadas por um único colaborador educacional. Uma forma bastante relevante de fazer com que a informação flua com mais objetividade entre uma equipe é buscar uma forma de inserir recursos tecnológicos a fim de informatizar os procedimentos e registros, por exemplo, que poderão ficar acessíveis a toda e qualquer pessoa da equipe gestora.

Em ambos os casos, ficou claro que, quando a relação Gestor Escolar/Conselho Tutelar se faz de modo rápido e eficiente, muitos casos podem ser resolvidos em curto espaço de tempo, com qualidade de ações preventivas. Esses procedimentos podem contribuir para que períodos escolares não sejam perdidos ou se constituam em períodos improdutivos para muitas crianças por simples imprudências familiares ou má gestão escolar. Ingerências e tempo perdido podem, no mínimo, comprometer um ano de vida escolar, como foi o exemplo do aluno Vinicius.

(11)

299

Considerações Finais

A necessária relação entre a Equipe Gestora de uma Unidade Escolar e os Conselheiros do Conselho Tutelar está definida em Lei. Contudo, muito além disso, deve-se zelar para que essa relação seja uma parceria, e mais ainda, uma parceria de qualidade.

O aluno, por muitas vezes, não tem uma estrutura familiar sólida, em que há pessoas que o orientem, acompanhem, e estejam sempre cientes sobre sua vida escolar e o valor que isso tem para a sua formação integral. Muitos sujeitos envolvidos com a educação e sua relação com a sociedade não têm a consciência do quanto a sua tarefa é importante e o quanto a ação de cada um pode afetar a vida de um aluno tanto positiva quanto negativamente.

Por isso, existe uma grande necessidade de se construir um processo de conscientização para que os mais diferentes profissionais se tornem mais conscientes e comprometidos com a vida de cada ser humano com o qual se relacionem. Cabe à escola buscar formas de divulgar aos pais e responsáveis o conteúdo do ECA e dos documentos que protegem a vida das crianças e adolescentes, sobre as funções do Conselho Tutelar, não como órgão punitivo, mas como entidade que, trabalhando de forma colaborativa, pode auxiliar pais, responsáveis e escola na adequada construção colaborativa de conhecimento e amparo às crianças e adolescentes para a harmonização da vida.

Espera-se, com esta pesquisa, contribuir para que a consciência sobre a importância da participação de cada um no que se relaciona aos direitos das crianças e adolescentes e aos deveres e responsabilidades dos responsáveis esteja sempre presente nos mais diversos espaços e situações sociais.

A atuação conjunta do Gestor Escolar e do Conselho Tutelar quando feita com qualidade é capaz de influenciar, transformar e, até mesmo, salvar a vida de um aluno. Um indivíduo acompanhado ou modificado de maneira positiva atua na sociedade com mais responsabilidade crítico-reflexiva e compromisso social.

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1998. Disponível em:

<www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 28 abr.2018 BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm> Acesso em: 28 abr.2018

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9.394/96. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm> Acesso em: 28 abr.2018.

Causos do ECA: histórias em retrato. O Estatuto da Criança e do Adolescente no cotidiano.

São Paulo : Fundação Telefônica, 2006. 128p. ISBN 978-85-60195-00-8 Disponível em:

<http://fundacaotelefonica.org.br/public_html/wp-content/themes/fundacaotelefonica/promenino/campanha/causosdoeca/pdf/7_concurso_livro_ causos.pdf> Acesso em: 29 abr.2018.

Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em:

(12)

300 abr.2018.

HONORATO, Hércules Guimarães. O gestor escolar e suas competências: a liderança em

discussão. ANPED. 2012. Disponível em:

<http://www.anped.org.br/app/webroot/34reuniao/images/trabalhos/GT14/GT14-. 965%20int.pdf>. Acesso em 28 abr.2018.

LIMA, João Paulo Cavalcante; ANTUNES, Maria Thereza Pompa; MENDONÇA NETO, Octavio Ribeiro de; PELEIAS, Ivam Ricardo. Estudos de caso e sua aplicação: proposta de um esquema teórico para pesquisas no campo da contabilidade. Revista de Contabilidade e Organizações, vol. 6 n. 14 (2012) p. 127-144. Disponivel em: < https://www.revistas.usp.br/rco/article/viewFile/45403/49015> Acesso em: 29 abr.2018. LÜCK, Heloisa. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo, 2009.

O que é Educação Integral? CENTRO de Referência em Educação Integral. Disponível em: < http://educacaointegral.org.br/conceito/> Acesso em: 16 fev.2017.

O que é o ECA? Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Alagoas – CEDCA. Disponível em: <http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/2013/marco/o-que-e-o-eca> Acesso em: 19 fev.2017.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24. Ed. Rev. E atual. – São Paulo: Cortez, 2016. ISBN 978-85-249-2448-4.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 212 p.

Referências

Documentos relacionados

com o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

ambiente e na repressão de atitudes conturbadas e turbulentas (normalmente classificadas pela escola de indisciplina). No entanto, as atitudes impositivas da escola

Lück (2009) também traz importantes reflexões sobre a cultura e o clima organizacional ao afirmar que escolas possuem personalidades diferentes, embora possam

A Escola Estadual Médio Solimões (EEMS), objeto deste estudo, é considerada uma escola de médio porte, segundo a classificação estabelecida pela Secretaria de

De fato, na escola estudada, o projeto foi desenvolvido nos moldes da presença policial na escola quando necessária e palestras para os alunos durante o bimestre,

Na apropriação do PROEB em três anos consecutivos na Escola Estadual JF, foi possível notar que o trabalho ora realizado naquele local foi mais voltado à

Pensar a formação continuada como uma das possibilidades de desenvolvimento profissional e pessoal é refletir também sobre a diversidade encontrada diante

O pesquisador, licenciado em Estudos Sociais com Habilitação Plena em História, pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF), concluiu, ainda, o curso de