O Acesso Aberto ao Conhecimento
Científico e as Politicas Open Access
da União Europeia
Universidade de Coimbra 29 de Junho de 2011
Eloy Rodrigues –
Agenda
I
ntrodução ao Acesso Aberto:
–
O que é?
–Porquê?
–
Como?
A
evolução recente do Acesso Aberto
A
s políticas de Open Access da União Europeia
Acesso Aberto:
O que é o Acesso
Aberto?
Open Access, "Acesso Livre" (ou “Acesso Aberto”)
significa a disponibilização livre na Internet de cópias gratuitas, online, de artigos de revistas científicas revistos por pares (peer-reviewed), e outros tipos de publicações científicas como comunicações em conferências, bem como relatórios técnicos, teses e documentos de trabalho.
O que é o Acesso
Aberto?
“Open-access (OA) literature is
digital, online, free of charge, and
free of most copyright and licensing
restrictions”
Problemas e contradições no sistema
de comunicação da ciência
S
egunda metade do século XX:
Crescimento acentuado do volume da
literatura científica;
“Comercialização” e perda de controlo
académico do sistema de comunicação
da ciência;
A função essencial das revistas –
divulgação dos resultados da
investigação – foi obscurecida e
A emergência do movimento Open
Access
Causas:
consciência das limitações e contradições do
actual sistema de comunicação científica
possibilidades tecnológicas
Objectivos:
Maximizar o impacto da investigação,
maximizando o acesso aos seus resultados
Reassumir o controlo do sistema de
As Declarações OA – os 3
B’s
Budapest Open Access Initiative –
Dezembro 2001
Bethesda Statement on Open
Access Publishing – Junho 2003
Declaração de Berlim sobre o
Acesso Livre ao Conhecimento nas
Ciências e Humanidades– Outubro
Acesso Livre a quê?
Essencial:
Aos cerca de 2 milhões de artigos publicados por ano, a nível mundial, em cerca de 25,000 revistas com peer-review em todas as disciplinas académicas e cientificas.Opcional:
A comunicações, teses e dissertações, relatórios, working papers, artigos não revistos (preprints); monografias; dados científicos; etc.
Não Aplicável:
O Acesso Livre não se aplica a livros sobre os quais os autores pretendam obter
receitas ou textos não académicos, como notícias ou ficção.
Aumentar a visibilidade, o acesso, a
utilização e o impacto dos resultados
da investigação.
Acelerar e tornar mais eficiente o
progresso da ciência.
Melhorar a monitorização, avaliação
e gestão da actividade científica.
Acesso Livre
porquê?
Acesso Livre –
Porquê?
Ao contrário de outros autores, os investigadores e
académicos publicam os resultados do seu trabalho
não para obterem rendimentos (direitos de autor, royalties, etc.), mas para obterem outro tipo de recompensa: impacto da publicação.
Os investigadores são recompensados (progressão na carreira, financiamento dos seus projectos, prémios
científicos, etc.), pela sua produtividade científica, que é avaliada não apenas pela sua dimensão (quantidade), mas sobretudo pelo seu impacto (qualidade).
Impacto dos resultados de
investigação…
Amplitude = 36%-250%
(Dados: Brody&Harnad 2004; Hajjem et al. 2005) Adaptação de gráfico cedido por: Alma Swan – Key Perspectives Ltd
Um exemplo
recente…
Gargouri Y, Hajjem C, Larivière V, Gingras Y, Carr L, et al. 2010 Self-Selected or Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLoS ONE 5(10):
e13636. doi:10.1371/journal.pone.0013636
Um exemplo
recente…
Gargouri Y, Hajjem C, Larivière V, Gingras Y, Carr L, et al. 2010 Self-Selected or
Mandated, Open Access Increases Citation Impact for Higher Quality Research. PLoS ONE 5(10): e13636. doi:10.1371/journal.pone.0013636
Um exemplo
recente…
Estudos sobre o impacto do
Acesso Aberto
Já existe uma bibliografia sobre este
assunto: The
effect of open access and
downloads ('hits') on citation
impact: a bibliography of studies
http://opcit.eprints.org/oacitation
–
biblio.html
Acelerar e tornar mais
eficiente o progresso da
ciência
Time taken to be cited for articles in the arXiv database
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 -6 3 12 21 30 39 48 57 66 75 84 93 Months from publication
N u m b e r o f a rt ic le s 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003
Acelerar e tornar mais
eficiente o progresso da
ciência
Melhorar a monitorização, avaliação e
gestão da actividade científica
(algumashipóteses)
Avaliação de investigadores e centros de investigação baseada na análise de citações de artigos individuais (e não no factor de impacto de revistas);
Registo e acompanhamento dos downloads, citações e padrões de uso;
Desenvolvime nto de um “CitationRank” semelhante ao algoritmo “PageRank” do Google;
Latência e longevidade da investigação
Avaliação do grau de endogamia/exogamia dos investigadores e unidades de
investigação
Detecção de autores/trabalhos não citados/ignorados e detecção de plágio por análise semântica
Duas vias para o Acesso
Aberto
Óptima (dourada): Publicar os artigos em revistas
de acesso livre sempre que existam revistas adequadas para o efeito (presentemente mais de
6500, ≃ 26% - ver www.doaj.org)
Boa (verde): Publicar os restantes artigos nas
revistas comerciais habituais (presentemente cerca
de 19000, 74≃ %) e auto-arquivá-los em repositórios
da própria instituição (actualmente mais de 1900 – ver www.opendoar.org e http://roar.eprints.org/).
Evolução recente do
Acesso Aberto
Evolução recente do Acesso
Aberto
Cresci mento do número de repositórios, e do número de documentos neles depositados
Cresci mento do número de revistas em acesso livre
Polític as e mandatos de Open Access de universidades e organismos financiadores
Evolução recente do Acesso
Aberto
ROARMAP (Registry of OA Repository Mandates): http://www.eprints.org/openaccess/policysignup/
Políticas e mandatos OA em
Portugal
Instituição Ano Universidade do Minho 2005 ISCTE 2007 Universidade do Porto 2008 Universidade Aberta 2010Instituto Politécnico de Bragança 2010
Universidade de Coimbra 2010
Hospitais da Universidade de
Coimbra 2011
Políticas de Acesso Livre da
UC
23 de Setembro de 2010
Política de Acesso Livre da Universidade de Coimbra
http://www.uc.pt/sibuc/openaccess /mandato
Junho 2011
Seg. Ter. Qua. Qui. Sex. Sáb. Dom.
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Uma iniciativa recente
É
apresentado o Roadmap towards Open Access da League of European Research Universities
The LERU Roadmap towards Open Access represents a conscious decision by the League of European Research Universities to investigate new models for scholarly communication and the dissemination of research outputs emanating from LERU universities (...).
Mais informação em:
As políticas de Open
As políticas europeias de
Open Access
A Comissão Europeia e o Conselho Europeu de Investigação pretendem:
proporcionar ampla difusão e acessibilidade aos resultados publicados da investigação investigação
financiada
financiada.
Conselho Europeu de Investigação
Dezembro de 2007
Dezembro de 2007
Requer aos investigadores o
depósito de todas as
publicações num repositório institucional ou disciplinar
adequado:
resultantes dos projectos de investigação financiados e com revisão por pares,
disponibilizar em acesso livre num prazo de 6 meses a contar da data de publicação.
Projecto-piloto Open Access do 7º
PQ
Em Agosto de 2008
Em Agosto de 2008
Exige aos investigadores o
depósito das publicações num repositório institucional ou
disciplinar. Aplica-se a artigos que:
possuam revisão por pares; resultem de investigação
financiada numa das sete áreas
temáticas designadas: energia,
ambiente, saúde, tic, infra-estruturas de investigação, ciências na sociedade,
ciências socioeconómicas e humanidades; tenham um acordo assinado depois de Agosto de 2008 (cláusula
especial 39).
Acesso Aberto na UE
O capítulo 2.5.2. da Uma Agenda Digital para a Europa –
Impulsionar a inovação nas TIC tirando partido do mercado único – afirma que a investigação financiada com dinheiros públicos
deve ser largamente difundida através da publicação em livre acesso de dados e documentos científicos.
A Europe 2020 Flagship Initiative Innovation Union tem uma
referência semelhante ao Acesso Aberto: a Comissão irá promover o Open Access e terá como objectivo transformar o “Open
Access to publications the general principle for projects funded by the EU research Framework Programmes”.
“The question is no longer „if‟ we should
have open access. The question is about
„how‟ we should develop it further and
promote it.”
Neelie Kroes
Vice President of the European Commission for the Digital Agenda