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Síntese de Execução Orçamental. Direção-Geral do Orçamento. Contributos

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email: dgo@dgo.pt

Caixa Geral de Aposentações

Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.

Síntese de Execução Orçamental

Publicação mensal 23 de outubro de 2015

Elaborado com Informação disponível até 23 de outubro

Direção-Geral do Orçamento

Contributos

Administração Central do Sistema de Saúde – ACSS Autoridade Tributária e Aduaneira - AT

Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E.

(3)

Índice

1. Índice

Índice

I. Análise da Execução Orçamental

6

1. Síntese Global ... 8

2. Administração Central e Segurança Social ... 10

Despesa... 11

Receita ... 13

2.1. Administração Central ... 15

Despesa... 15

Receita ... 28

Saldo ... 32

2.2. Segurança Social ... 34

Despesa... 34

Receita ... 35

Saldo ... 36

3. Administração Regional ... 38

Despesa... 38

Receita ... 38

Saldo ... 39

4. Administração Local ... 41

Despesa... 41

Receita ... 41

Saldo ... 42

5. Operações com ativos financeiros ... 44

6. Outros aspetos relevantes sobre a execução orçamental ... 46

Serviço Nacional de Saúde... 46

Dívida não financeira das administrações públicas ... 47

(4)

Índice

II.

Anexos

1. Receita, despesa e saldo das Administrações Públicas ... A1

2. Conta Consolidada das Administrações Públicas ... A2

3. Execução Orçamental Consolidada da Administração Central e Segurança Social ... A4

4. Conta consolidada da Administração Central ... A5

5. Execução Orçamental do Estado ... A6

6. Execução da Receita do Estado ... A7

7. Execução Orçamental dos Serviços e Fundos Autónomos ... A8

8. Execução Orçamental das Entidades Públicas Reclassificadas ... A9

9. Execução Orçamental da Caixa Geral de Aposentações ... A10

10. Execução Orçamental da Segurança Social, por natureza ... A11

11. Execução Orçamental da Segurança Social por classificação económica ... A12

12. Execução Orçamental da Administração Regional ... A13

13. Execução Orçamental da Administração Local ... A14

14. Despesa com Ativos Financeiros do Estado ... A15

15. Execução financeira Consolidada do Serviço Nacional de Saúde... A16

16. Dívida não Financeira da Administração Pública ... A17

17. Indicadores Físicos e Financeiros do Sistema de Proteção Social da Função Pública ... A18

18. Efeitos temporários/especiais na conta da Administração Central e Segurança Social ... A20

19. Efeitos temporários/especiais na conta da Administração Local e Regional ... A22

(5)

Índice

III.

Notas Complementares

Perímetro das Administrações Públicas………. ... N1

Glossário ... N9

Lista de Acrónimos ... N19

(6)

Índice

Índice de quadros

Quadro 1 – Receita, despesa e saldo das Administrações Públicas ...8

Quadro 2 - Conta consolidada da Administração Central e da Segurança Social ...10

Quadro 3 - Despesa da Administração Central ...15

Quadro 4 – Despesa com pessoal da Administração Central ...17

Quadro 5 - Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central ...19

Quadro 6 - Despesa com juros e outros encargos da Administração Central ...20

Quadro 7 – Encargos da dívida direta do Estado por instrumento ...21

Quadro 8 – Encargos financeiros das EPR por programa orçamental ...22

Quadro 9 – Despesa com transferências correntes e de capital da Administração Central ...24

Quadro 10 – Despesa com subsídios da Administração Central ...26

Quadro 11 - Despesa relativa a investimentos da Administração Central...27

Quadro 12 - Receita da Administração Central ...28

Quadro 13 - Receita fiscal do subsetor Estado ...29

Quadro 14 - Reembolsos relativos à receita fiscal ...30

Quadro 15 – Saldo Global da Administração Central – principais explicações ...33

Quadro 16 – Execução orçamental da Segurança Social ...37

Quadro 17 – Conta da Administração Regional e ajustamentos para comparabilidade ...40

Quadro 18 – Conta da Administração Local e ajustamentos para comparabilidade ...43

Quadro 19 – Despesa com ativos financeiros do Estado ...45

Quadro 20 – Principal receita de ativos financeiros do Estado ...45

Quadro 21 – Execução Financeira do Serviço Nacional de Saúde ...46

Quadro 22 – Operações com registo diferenciado em Contas Nacionais ...48

Índice de gráficos Gráfico 1 – Despesa da Administração Central ...16

Gráfico 2 - Despesa primária da Administração Central ...16

Gráfico 3 - Despesa com pessoal da Administração Central ...17

Gráfico 4 – Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central ...18

Gráfico 5 – Despesa com transferências da Administração Central ...23

Gráfico 6 - Receita fiscal do subsetor Estado ...30

Gráfico 7 – Saldo global da Administração Central ...32

Gráfico 8 – Despesa da Segurança Social ...34

Gráfico 9 – Contribuições e quotizações e prestações sociais ...35

Gráfico 10 – Receita da Segurança Social ...36

Gráfico 11 – Saldo Global da Segurança Social ...36

Gráfico 12 – Despesa RAA ...38

Gráfico 13 – Despesa RAM ...38

Gráfico 14 – Receita RAA ...39

Gráfico 15 – Receita RAM ...39

Gráfico 16 - Saldo Global da RAA ...40

Gráfico 17 – Saldo Global da RAM ...40

Gráfico 18 – Despesa da AL ...41

Gráfico 19 – Despesa Bens e Serviços e de Capital da AL ...41

Gráfico 20 – Receita da AL ...42

Gráfico 21 – Receita Fiscal da AL ...42

Gráfico 22 – Saldo Global da Administração Local ...43

Gráfico 23 – Passivo não financeiro das Administrações Públicas – Stock em final de período ...47

(7)

1. Síntese Global

2. Administração Central e Segurança Social

2.1. Administração Central

2.2. Segurança Social

3. Administração Regional

4. Administração Local

5. Operações com ativos financeiros

(8)

1. Síntese Global

8

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

1. Síntese Global

No período de janeiro a setembro de 2015, o saldo das Administrações Públicas (AP), apurado na ótica da Contabilidade Pública (i.e., dos recebimentos e pagamentos), situou-se em -3.156,5 milhões de euros ao qual correspondeu um saldo primário de 2.460,6 milhões de euros. Considerando o universo comparável1, o saldo

global das AP registou uma melhoria face ao período homólogo de 899,9 milhões de euros, explicada pelo efeito combinado do aumento da receita e da diminuição da despesa.

A receita total aumentou 0,7%, em termos homólogos, para o qual contribuiu o aumento da receita fiscal (5,3%) parcialmente anulado pela evolução negativa das restantes componentes da receita. A redução da despesa (-0,9%) foi determinada pelo decréscimo da despesa com subsídios à formação profissional, com prestações de desemprego e com pessoal que mais do que compensou o acréscimo registado nas restantes rubricas com destaque para o investimento, a aquisição de bens e serviços e juros e encargos associados a dívida pública do Estado.

Por subsetores, a melhoria do saldo ficou a dever-se ao aumento do excedente da Administração Local e Regional (em 364,8 milhões de euros, em parte explicada pela regularização de dívidas de anos anteriores em valor inferior ao do período homólogo) e da Segurança Social (em 322,8 milhões de euros) e à melhoria do défice da Administração Central (em 212,3 milhões de euros).

Quadro 1 – Receita, despesa e saldo das Administrações Públicas

Nota: Valores na ótica de caixa (Contabilidade Pública) não consolidados de fluxos intersectoriais; divergências relativamente aos valores publicados em 2014

devem-se a atualizações de valores.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

O saldo global da Administração Central e da Segurança Social ascendeu a -3.608,7 milhões de euros2

(-4.048,4 milhões de euros no período homólogo do ano precedente), enquanto o saldo primário foi excedentário, no valor de 1.825,7 milhões de euros (+821,8 milhões de euros até ao terceiro trimestre de 2014).

1 Isto é, excluindo as novas Entidades Públicas Reclassificadas em 2015 – consultar o ponto relativo ao perímetro orçamental das Administrações Públicas em 2015, nas notas complementares da presente edição.

2 Ver quadro 2, de forma direta. No quadro 1, deverá somar-se o valor do saldo global da Administração Central e Segurança Social com o das novas EPR da Administração Central em 2015.

(9)

1. Síntese Global

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

9

Considerando o universo comparável, verificou-se um acréscimo da receita (0,3%), enquanto a despesa se contraiu em 0,7%. Por sua vez, a redução da despesa primária situou-se em 1,4%.

O saldo global do subsetor da Administração Regional e Local foi de 443,4 milhões de euros (638,8 milhões de euros na Administração Local e -195,4 milhões de euros na Administração Regional). Excluindo os efeitos da regularização de dívidas a fornecedores, no âmbito do PAEL e dos empréstimos contraídos pela RAM para o efeito, apura-se um excedente orçamental de 605,2 milhões de euros para o total do subsetor (450,2 milhões de euros no período homólogo).

(10)

2. Administração Central e Segurança Social

10

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

2. Administração Central e Segurança Social

Os saldos global e primário da Administração Central e da Segurança Social, subjacentes à execução observada até ao final do terceiro trimestre de 2015, ascenderam a -3.608,7 milhões de euros e +1.825,7 milhões de euros, respetivamente, resultados que consubstanciaram uma melhoria do saldo global e do saldo primário (em 439,7 e 1.003,9 milhões de euros, respetivamente) face ao período homólogo.

Quadro 2 - Conta consolidada da Administração Central e da Segurança Social

Fonte: Direção-Geral do Orçamento e Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P.

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015

comparável 2015

agosto setembro Execução

Acumulada

Receita corrente 49 624,9 50 060,5 1,1 0,9 0,9 50 615,7

Receita fiscal 28 584,8 30 100,4 5,5 5,3 3,0 30 101,2

Impostos diretos 13 057,1 13 443,0 2,9 3,0 0,8 13 443,0

Impostos indiretos 15 527,7 16 657,3 7,5 7,3 2,2 16 658,1

Contribuições para a Caixa Geral de

Aposentações, segurança social e ADSE 14 426,7 13 908,1 -3,3 -3,6 -1,0 13 908,1

Transferências Correntes 1 301,7 798,1 -35,8 -38,7 -1,0 904,4

Outras receitas correntes 5 258,8 5 076,8 -4,2 -3,5 -0,4 5 480,8

Diferenças de consolidação 53,0 177,2 221,3

Receita de capital 986,9 723,3 -13,5 -26,7 -0,5 827,6

Venda de bens de investimento 83,0 96,3 -1,0 16,0 0,0 146,7

Transferências de Capital 779,4 562,5 -10,3 -27,8 -0,4 612,4

Outras receitas de capital 124,1 63,3 -51,7 -49,0 -0,1 63,6

Diferenças de consolidação 0,3 1,3 4,9

Receita efetiva 50 611,8 50 783,8 0,8 0,3 51 443,3

Por memória:

Receita fiscal e contributiva 43 011,5 44 008,4 2,5 2,3 2,0 44 009,2 Receita não fiscal e não contributiva 7 600,3 6 775,4 -8,3 -10,9 -1,6 14 347,5

Despesa corrente 52 519,9 51 691,3 -0,9 -1,6 -1,5 52 216,5

Despesas com o pessoal 10 041,8 9 686,9 -1,2 -3,5 -0,6 11 697,3

Aquisição de bens e serviços 7 199,1 7 429,8 3,5 3,2 0,4 5 898,4

Juros e outros encargos 4 870,3 5 226,0 8,8 7,3 0,7 5 434,4

Transferências correntes 28 368,9 28 127,3 -0,7 -0,9 -0,4 27 946,1

Subsídios 1 302,4 722,2 -49,1 -44,5 -1,1 722,3

Outras despesas correntes 438,9 428,5 0,4 -2,4 0,0 445,6

Diferenças de consolidação 298,5 70,6 72,4

Despesa de capital 2 140,3 2 605,8 22,1 21,7 0,9 2 835,5

Investimento 1 145,9 1 622,3 39,2 41,6 0,9 1 854,3

Transferências de capital 959,9 907,0 -0,8 -5,5 -0,1 903,6

Outras despesas de capital 28,8 65,5 64,8 127,5 0,1 65,5

Diferenças de consolidação 5,8 11,0 12,1

Despesa efetiva 54 660,2 54 297,1 0,1 -0,7 55 052,0

Por memória:

Transferências correntes e de capital 29 328,8 29 034,4 -0,7 -1,0 -0,5 28 849,7 Outras despesas correntes e de capital 467,7 494,0 5,0 5,6 0,0 511,1

Saldo global -4 048,4 -3 513,3 -3 608,7 Despesa primária 49 789,9 49 071,1 -0,8 -1,4 49 617,6 Saldo corrente -2 895,0 -1 630,8 -1 600,9 Saldo de capital -1 153,5 -1 882,5 -2 007,9 Saldo primário 821,8 1 712,7 1 825,7 Execução Acumulada Contributo para VHA de setembro (em p.p.) Variação Homóloga acumulada (%)

(11)

2. Administração Central e Segurança Social

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

11

DESPESA

A despesa da Administração Central e da Segurança Social contraiu-se em 0,7% e a despesa primária em 1,4%. Estes resultados refletiram o decréscimo da despesa com subsídios à formação profissional e com prestações de desemprego, bem como da despesa com pessoal. Em sentido contrário, destacou-se o acréscimo dos encargos associados aos pagamentos da rede concessionada e subconcessionada de infraestruturas viárias, da despesa com juros e outros encargos e da despesa inerente ao financiamento da contratualização na área da saúde.

A inflexão do comportamento da despesa face ao observado até ao mês precedente (+0,1% até agosto) foi determinada, em parte, pela desaceleração da despesa com juros e outros encargos (em -1,5 p.p.). A contração da despesa primária foi mais acentuada (-0,8% até agosto), para o que contribuiu sobretudo a evolução da despesa com pessoal, influenciada por efeitos de base, bem como o agravamento do nível de contração da despesa com apoios aos setores agrícola e das pescas.

A despesa com o pessoal decresceu 3,5%, o que decorreu de diversos fatores, dos quais se destacaram: a inexistência, entre junho e setembro de 2014, de qualquer medida de redução remuneratória na Administração Pública3; a eliminação, em 2015, da contribuição das entidades públicas empregadoras para o

subsistema de saúde gerido pela ADSE, no âmbito do processo de promoção da autossustentabilidade dos sistemas públicos de saúde; e o efeito de base associado à despesa realizada no âmbito do Programa de Rescisões por Mútuo Acordo (PRMA).

A redução desta componente da despesa foi mais pronunciada relativamente ao mês precedente (-1,2% até agosto), evolução que foi atribuível: ao efeito da suspensão da redução remuneratória ao longo do período de cerca de três meses e meio em que vigorou4; e à concentração, no mês de setembro de 2014, do

pagamento de montantes devidos a título de compensação aos trabalhadores em funções públicas aderentes ao PRMA, sobretudo na área da Educação.

A taxa de variação homóloga acumulada da despesa com a aquisição de bens e serviços correntes situou-se em 3,2% (sensivelmente em linha com o resultado observado até agosto, +3,5%), continuando a ser explicada sobretudo pelo maior nível de pagamentos às entidades empresariais reclassificadas do setor da Saúde, no âmbito dos respetivos contratos-programa, em parte para acorrer aos encargos associados à reversão

3 Por força do artigo n.º 33 da Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2014), para valores de remunerações superiores a € 675 e inferiores a € 2000, aplicava-se uma taxa progressiva que variava entre os 2,5 % e os 12%, sobre o valor total das remunerações e de 12% sobre o valor total das remunerações superiores a € 2000.

Essa medida foi suspensa, em cumprimento do Acórdão n.º 413/2014 do Tribunal Constitucional, de 30 de maio, que declarou inconstitucional a redução remuneratória prevista na Lei do Orçamento do Estado para 2014. Recorde-se que, nesse ano, as remunerações não foram objeto de qualquer redução entre junho e setembro, mês em que foi publicada a Lei n.º 75/2014 (de 12 de setembro).

Este diploma veio a fixar uma nova redução remuneratória temporária para a parte remanescente do ano de 2014, que se traduziu na aplicação de uma redução de: 3,5% para valores de remuneração superiores a € 1.500 e inferiores a € 2.000 (1.º escalão); 3,5 % sobre o valor de € 2.000, acrescido de 16% sobre o valor da remuneração total que exceda os € 2.000, para valores de remuneração total até € 4.165 (2.º escalão); e 10 % sobre o valor total das remunerações superiores a € 4.165 (3.º escalão).

A partir de 1 de janeiro de 2015, foi revertido, nos termos do mesmo diploma, o valor de 20% da redução remuneratória descrita.

4 Para além disso, é de referir que, embora a referida Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro, tenha entrado em vigor no dia seguinte ao da sua publicação, o efeito da nova medida de redução nas remunerações relativo à parte do mês de setembro que a ela esteve sujeita apenas se concretizou aquando do processamento de vencimentos e abonos relativos a outubro.

(12)

2. Administração Central e Segurança Social

12

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

parcial, a partir de 2015, da medida de redução remuneratória; e, ainda, pelo diferente perfil de pagamentos de encargos com saúdea cargo do subsistema público de saúde gerido pela ADSE5.

A despesa com juros e outros encargos cresceu 7,3%, efeito atribuível sobretudo à concentração, nos meses de fevereiro e de abril, do pagamento do primeiro cupão de algumas das séries de Obrigações do Tesouro emitidas em 2014. Foi ainda relevante o acréscimo da despesa com juros relativos a empréstimos contraídos no âmbito do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro, em particular por intermédio do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) e junto do Fundo Monetário Internacional.

A desaceleração desta rubrica de despesa (+8,8% até agosto) foi justificada pela diluição dos efeitos descritos.

As transferências observaram uma diminuição de 1%6, a qual foi atribuível sobretudo à redução da despesa

com prestações de desemprego (-21,8%); com impacto contrário, relevou o comportamento da despesa com pensões do regime de proteção social convergente gerido pela Caixa Geral de Aposentações, I.P. (+2,4%)7.

As transferências contraíram-se a um nível mais pronunciado relativamente ao observado até ao mês precedente (-0,7% até agosto), o que se deveu à redução dos apoios aos setores agrícola e das pescas, em parte devido ao efeito de base associado à conclusão do anterior quadro financeiro plurianual da União Europeia.

A despesa com subsídios registou uma redução de 44,5%, sobretudo por via da diminuição dos montantes relativos aos apoios à formação profissional atribuídos pela Segurança Social registados em despesa orçamental8

-

a evolução desta componente determinou o andamento da despesa com subsídios no seu

conjunto face ao observado até ao mês anterior (-49,1% até agosto) - e, embora em menor grau, dos atribuídos no âmbito das medidas de emprego e formação profissional pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, I.P..

A variação da despesa de investimento (+41,6%, sensivelmente em linha com o resultado observado até agosto (+39,2%), decorreu sobretudo do perfil infra-anual dos pagamentos realizados no âmbito dos contratos de concessão e subconcessão de infraestruturas rodoviárias, bem como pelo facto de, em 2015, ter havido lugar a pagamentos de reconciliação 9 10.

5 Esteve em causa a antecipação de pagamentos ocorrida em dezembro de 2013, bem ainda como a regularização, no início de 2015, de despesas desta natureza transitadas de 2014.

6 Esta taxa de variação encontra-se influenciada pela alteração do tratamento contabilístico dos fluxos financeiros destinados a financiar o regime de pensão unificada. Com efeito, em 2015, as transferências da Segurança Social para a Caixa Geral de Aposentações, I.P. (CGA IP) com esta finalidade foram reclassificadas de “outras transferências – pensões” para “transferências – Administrações Públicas”. Até ao terceiro trimestre de 2014, a despesa desta natureza ascendeu a 388,3 milhões de euros.

7 As pensões pagas pelo regime geral de segurança social, que decresceram 1,5%, encontram-se influenciadas pelo efeito descrito na nota anterior. Na ausência deste efeito, esta despesa teria registado um aumento.

8 Esta despesa tem vindo a ser financiada por recurso à figura, prevista na Lei do Orçamento do Estado para 2015 (artigo 124.º), de adiantamentos de tesouraria do orçamento da segurança socialpor conta das transferências da União Europeia.

9 Consulte-se a nota de rodapé n.º 35, na página 26.

(13)

2. Administração Central e Segurança Social

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

13

RECEITA

A receita da Administração Central e da Segurança Social aumentou 0,3% até ao terceiro trimestre, sendo de destacar o contributo da receita fiscal, em 3 p.p., para este resultado - em particular, pela evolução da receita do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que cresceu 8,4% -, parcialmente anulado pelo contributo da receita não fiscal e não contributiva (-1,6 p.p.) e da receita contributiva (-1 p.p.). De referir que a evolução deste último agregado de receita está influenciada, no sentido da redução, pela alteração ocorrida, a partir do ano em curso, no tratamento contabilístico dado aos fluxos financeiros entre a Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações, I.P., destinados ao financiamento do regime de pensão unificada da responsabilidade de cada um destes sistemas de pensões11.

A desaceleração da receita (0,8% até agosto) deveu-se ao facto de a contração da receita proveniente do orçamento da União Europeia se ter acentuado no período em análise face ao mês precedente.

O acréscimo da receita fiscal (+5,3%)12 foi justificado, em maior medida, pelo aumento da receita de

impostos indiretos (+7,3%), e, embora em menor grau, pelo acréscimo da receita dos impostos diretos (+3%). A desaceleração da receita fiscal (+5,5% até agosto) foi determinada pela evolução da receita do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

O acréscimo da receita de impostos diretos (+3%, em linha com o resultado observado até agosto, +2,9%) foi atribuível ao comportamento da receita do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) (+12,6%) e da contribuição sobre o setor bancário (+13,7%), bem como ao diferente perfil de cobrança da contribuição sobre o setor energético13. A receita do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

(IRS) observou uma ligeira redução (-0,9%), em parte decorrente do efeito base associado à suspensão das reduções sobre as remunerações nas Administrações Públicas.

O desempenho da receita de IRC, não obstante a redução da taxa de imposto a partir de 2015, resultou da melhoria da atividade económica, bem como do alargamento da base de tributação decorrente da implementação do sistema e-fatura, do maior controlo dos inventários das empresas e dos reembolsos indevidos em sede de IRC.

A taxa de variação homóloga acumulada da receita dos impostos indiretos (+7,3%) refletiu sobretudo o comportamento da receita do IVA - que continuou a evidenciar a recuperação da atividade económica e o efeito das medidas de combate à fraude e evasão fiscais, seja na perspetiva da recuperação da cobrança, seja do maior controlo dos reembolsos indevidos - e, embora em menor grau, do Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (+9,8%) e do Imposto sobre Veículos (+23,9%).

A ligeira desaceleração da cobrança de receita de impostos indiretos face ao mês precedente (+7,5% até agosto) foi atribuível à redução da taxa de variação da receita do IVA (8,8% até agosto).

11 Com efeito, estes fluxos foram, a partir de 2015, contabilizados como “transferências correntes” – agregado que se encontra incluído na receita não fiscal e não contributiva (e que são eliminados por efeito da consolidação de transferências) -, quando, em 2014, eram registados como receita de contribuições.

12 As taxas de variação da receita fiscal não devem ser diretamente comparadas com as que constam do quadro 6 - "Receita do Estado" anexo. Os dados referidos na análise reportam-se ao universo da Administração Central e da Segurança Social, que não engloba apenas o subsetor Estado (a que se refere o quadro 6 anexo).

13 Em 2014, a cobrança da contribuição extraordinária sobre o setor energético ocorreu nos últimos dois meses do ano. Consulte-se o quadro 18 anexo – “Efeitos temporários/especiais na conta da Administração Central e Segurança Social”.

(14)

2. Administração Central e Segurança Social

14

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

A receita de contribuições para os sistemas de segurança social decresceu 3,6%. Como referido, parte significativa desta redução foi explicada pela reclassificação contabilística dos fluxos entre a Caixa Geral de Aposentações, I.P. e a Segurança Social no âmbito do regime da pensão unificada14.

Para além deste efeito, a redução da receita relativa a contribuições recebidas pela CGA (-19,9%) traduziu, por um lado, ainda o impacto da evolução das aposentações no volume de quotas de subscritores deste sistema de pensões e nas contribuições das entidades públicas empregadoras e, por outro lado, a redefinição, por força da Lei do Orçamento do Estado para 2015, do âmbito de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES).

Por sua vez, a taxa de crescimento homólogo das contribuições recebidas pelo sistema do regime geral de Segurança Social manteve-se em 2,8%15, tendo contribuído para este comportamento a melhoria de

condições no mercado de trabalho e o aumento da Retribuição Mínima Mensal Garantida, não obstante a redução da receita com proveniência da CES.

O decréscimo da receita não fiscal e não contributiva (-10,9%), bem como a evolução relativamente ao mês precedente (-8,3%), decorreram sobretudo do comportamento da receita proveniente da União Europeia, em especial com origem no Fundo Social Europeu e no Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural, o que foi devido, em parte, à transição entre quadros financeiros plurianuais16.

14Em 2015, as transferências da Caixa Geral de Aposentações, I.P. para a Segurança Social destinadas a financiar o regime de pensão unificada foram reclassificadas de “contribuições” para “transferências de Administrações Públicas”. Do mesmo modo, as transferências da Segurança Social para a CGA foram objeto da mesma alteração de tratamento contabilístico. A receita desta natureza registada até ao terceiro trimestre de 2014 foi de 388,3 e 78,6 milhões de euros, respetivamente.

15 Atente-se que esta taxa de variação está negativamente influenciada pelo efeito da reclassificação descrito na nota de rodapé anterior. 16 Estes efeitos são detalhados nas seções relativas à receita da Administração Central e à receita da Segurança Social.

(15)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

15

2.1. Administração Central

DESPESA

A despesa consolidada da Administração Central, em termos comparáveis17, apresentou um acréscimo face

ao período homólogo de 2014, de 1,1%, tendo a despesa primária crescido 0,4% (2,1% e 1,3%, respetivamente, até agosto) sobretudo em resultado da evolução da despesa com investimento, associada aos contratos com parcerias público privadas rodoviárias, tendo a despesa com juros e outros encargos evidenciado uma variação relevante.

A despesa consolidada desacelerou face a agosto (1 p.p.), devido, em grande medida às despesas com o pessoal, dada a intensificação do efeito de base em setembro de 2014, relacionado com a execução do Programa de Rescisões por Mútuo Acordo, ao menor ritmo de transferências, decorrente dos apoios concedidos no âmbito do desenvolvimento rural, bem como aos encargos com juros da divida direta do Estado.

Quadro 3 - Despesa da Administração Central

Nota: O montante total da despesa primária e efetiva incorpora as diferenças de consolidação intersectoriais. Fonte: Direção-Geral do Orçamento

17 A análise da Despesa e Receita da Administração Central apresentada (incluindo os quadros) assenta em universos comparáveis, isto é, excluindo as novas Entidades Públicas Reclassificadas em 2015 – ver caixa de texto das Notas Complementares da página N1.

Período: janeiro a setembro € Milhões

Novas EPR Universo Total

2014 2015 ago set ago set

Despesas com o pessoal 9 827,0 9 495,6 -86,3 -331,4 -1,0 -3,4 -0,8 -5,7 2 010,5 11 506,0

Aquisição de bens e serviços 7 148,6 7 393,1 235,6 244,5 3,7 3,4 0,6 -0,3 1 779,8 5 861,7

Juros e outros encargos 4 867,5 5 223,9 403,5 356,4 8,8 7,3 0,8 5,6 299,6 5 432,3

Transferências 20 082,8 19 923,8 -57,4 -159,0 -0,3 -0,8 -0,4 -1,0 15,7 19 739,1 Subsídios 582,6 468,1 -56,2 -114,5 -12,1 -19,6 -0,3 -30,4 0,0 468,2 Investimento 1 133,5 1 613,4 421,7 479,8 39,9 42,3 1,1 27,3 232,0 1 845,4 Outras despesas 462,0 434,3 -15,1 -27,7 -3,9 -6,0 -0,1 129,5 17,1 451,4 Diferenças de consolidação 24,5 81,5 -3,8 57,1 3,4 84,4 Despesa primária 39 261,1 39 409,8 438,5 148,8 1,3 0,4 0,3 0,3 4 058,6 39 956,3 Despesa efectiva 44 128,5 44 633,7 842,0 505,1 2,1 1,1 0,9 4 358,2 45 388,6 Execução acumulada VH implícita ao OE (%) Natureza da Despesa Contributo VHA setembro (em p.p.) 2015 Absoluta

Variação homóloga acumulada

(%) Universo Comparável

(16)

2.1. Administração Central

16

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

Gráfico 1 – Despesa da Administração Central Gráfico 2 - Despesa primária da Administração Central

Nota: A variação homóloga de 2014 não considera os montantes de regularização de dívidas de anos anteriores do Serviço Nacional de Saúde. Fonte: Direção-Geral do Orçamento

As despesas com pessoal apresentaram um decréscimo de 3,4% face ao período homólogo, resultado dos efeitos de base de 2014 associados ao pagamento de indemnizações no âmbito do Programa de Rescisões por Mútuo Acordo – PRMA18 e à suspensão das reduções remuneratórias19 que vigoraram no período de junho

a setembro desse ano. Contribuiu, ainda, a eliminação, em 2015, da contribuição das entidades públicas empregadoras para o subsistema de saúde da ADSE20.

O aumento do decréscimo face ao mês de agosto (em -2,4 p.p.) deveu-se essencialmente à intensificação do efeito de base relativo aos pagamentos com rescisões no âmbito do PRMA, ocorrido em setembro de 2014, com particular incidência na Educação.

18 Portarias regulamentares do Programa de Rescisões por Mútuo Acordo: Portaria n.º 221-A/2013, de 8 de julho; Portaria n.º 721-A/2013, de 31 de outubro, - aplicação aos trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris do Exército; Portaria n.º 332-A/2013, de 11 de novembro - aplicação a Docentes integrados na Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário; Portaria n.º 8-A/2014 de 15 de janeiro – aplicação a técnicos superiores e Declaração de retificação 10/2014, de 15 de janeiro; Portaria n.º 69/2014, de 14 de março, prorroga até 30 de junho de 2014 o prazo previsto no n.º 1 do artigo 8.º da Portaria n.º 332-A/2013, de 11 de novembro;

19 Declaração de inconstitucionalidade do art.º 33 da Lei 83-C/2013 de 31 de dezembro, determinada no Acórdão n.º 413/2014 de 30 de maio. 20 Alínea e) do art.º 260.º da Lei n.º 82-B/2014 de 31 dezembro, que revoga o artigo 47.º-A do Decreto-Lei n.º 118/83, de 25 de fevereiro (diploma que aprova o funcionamento e esquema de benefícios da ADSE).

-6 -4 -2 0 2 4 6 8

jan fev mar abr mai jun jul ago set out no

v de z tv ha (% ) 2014 2015 comparável -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25

jan fev mar abr mai jun jul ago

se t o u t n o v d ez tv ha (% ) e tv h (% ) VH 2014 VH comparável 2015 VHA 2014 VHA comparável 2015

(17)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

17

Gráfico 3 - Despesa com pessoal da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Quadro 4 – Despesa com pessoal da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo Comparável 9.827,0 9.495,6 -86,3 -331,4 -1,0 -3,4

do qual:

Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar 3.545,8 3.394,7 -0,3 -151,1 0,0 -4,3 -1,5

Finanças e Administração Pública 430,7 385,7 -13,0 -45,0 -3,6 -10,4 -0,5

Ciência e Ensino Superior 981,4 950,4 -23,1 -31,0 -2,6 -3,2 -0,3

Saúde 769,7 747,4 -15,5 -22,3 -2,3 -2,9 -0,2

Governação e Cultura 220,0 200,1 -15,2 -19,9 -7,8 -9,0 -0,2

Agricultura e Mar 163,0 145,3 -16,4 -17,7 -11,1 -10,9 -0,2

Economia 264,0 249,7 -12,0 -14,3 -5,1 -5,4 -0,1

Novas EPR 2.010,5

do qual : Entidades de saúde EPE 1.900,0

Universo Total 9.827,0 11.506,0 1.727,5 1.679,0 20,0 17,1

Programa orçamental

Execução acumulada Variação homóloga acumulada

Contributo VHA set (em p.p)

(18)

2.1. Administração Central

18

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

A despesa com a aquisição de bens e serviços apresentou um acréscimo de 3,4% resultante essencialmente da evolução da execução do programa Saúde. Contribuiu para este resultado o incremento dos pagamentos no âmbito dos contratos programa celebrados pelo Estado com os hospitais, que se iniciou ainda em 2014, no âmbito dos quais se incluem também a cobertura da reversão da redução remuneratória e a regularização de encargos assumidos em anos anteriores21.

Refira-se também o impacto que ainda se observa nos encargos com saúde do Regime Convencionado da ADSE, desde o início do ano: i) efeito de base do menor volume de pagamentos em 2014, associado à antecipação de pagamentos ocorrida no final de 2013; ii) maior volume de pagamentos em janeiro de 2015, dada a transição de encargos do ano anterior.

Para a redução do acréscimo face a agosto (em 0,3 p.p.), concorreu sobretudo a diluição de efeitos de base, ocorridos em 2014, nomeadamente os relacionados com o diferente perfil inter-anual dos pagamentos de contratos com meios aéreos de combate a incêndios e com a antecipação de pagamentos de encargos com saúde do Regime Convencionado pela ADSE.

Gráfico 4 – Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central

Nota: No apuramento da variação homóloga de 2014 não estão considerados os montantes

de regularização de dívidas de anos anteriores do Serviço Nacional de Saúde.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

21

Por conta de saldos orçamentais de 2014 do Serviço Nacional de Saúde.

-4 -2 0 2 4 6 8 10 12 jan fev mar abr mai jun ju l ago se t o u t n o v d ez tv h a (% ) 2014 2015 comparável

(19)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

19

Quadro 5 - Despesa com aquisição de bens e serviços da Administração Central

Notas:

- Em 2014, a despesa relativa a contratos programa com os hospitais EPE está evidenciada em aquisição de bens e serviços.

- Em 2015, a despesa com aquisição de bens e serviços é consolidada devido à entrada destas entidades públicas no perímetro da Administração Central. - A Direção-Geral de Proteção Social dos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) que, em 2014, integrava o programa Finanças e Administração Pública passou a incluir-se no Programa Saúde. Para efeitos de comparabilidade, a ADSE, em 2014, está considerada no Programa Saúde.

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo Comparável 7 148,6 7 393,1 235,6 244,5 3,7 3,4

Saúde 5 483,6 5 673,8 175,1 190,2 3,6 3,5 2,7

do qual:

Serviço Nacional de Saúde 5 158,0 5 268,4 90,7 110,4 2,0 2,1 1,5

Direção-Geral Prot.Soc. Trabalhadores Funções Públicas (ADSE) 281,9 361,0 76,1 79,1 31,0 28,0 1,1

Governação e Cultura 147,3 161,9 11,6 14,6 8,9 9,9 0,2

Finanças e Administração Pública 128,5 142,0 12,8 13,5 11,3 10,5 0,2

do qual:

Autoridade Tributária e Aduaneira 86,8 93,3 8,4 6,5 11,1 7,4 0,1

Despesas Excepcionais - Direção Geral do Tesouro e Finanças 3,2 7,4 3,9 4,2 133,5 130,8 0,1

Justiça 176,0 188,1 7,6 12,1 4,7 6,9 0,2

do qual: Instituto dos Registos e do Notariado 15,9 35,5 19,6 19,6 137,8 123,3 0,3

Segurança Interna 159,9 167,1 21,5 7,2 16,7 4,5 0,1

do qual:

Autoridade Nacional de Proteção Civil 12,1 39,9 25,2 27,8 216,3 229,9 0,4

Empresa de Meios Aéreos 14,3 0,0 -5,0 -14,3 - - -0,2

Economia 277,4 286,7 5,0 9,3 2,0 3,4 0,1

Outros 775,9 773,5 2,0 -2,4 0,3 -0,3 0,0

Novas EPR 1 779,8

do qual : Entidades de saúde EPE 1 596,7

Universo Total 7 148,6 5 861,7 -1 144,9 -1 286,8 -18,2 -18,0 Contributo VHA set (em p.p.) Absoluta (%) Programa orçamental Execução acumulada

(20)

2.1. Administração Central

20

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

A despesa com juros e outros encargos da Administração Central cresceu 7,3%, em resultado do comportamento dos juros e outros encargos da dívida direta do Estado.

Quadro 6 - Despesa com juros e outros encargos da Administração Central

Nota: A despesa com juros e outros encargos encontra-se consolidada no âmbito da Administração Central. Fonte: Direção-Geral do Orçamento

A despesa com juros e encargos da dívida direta do Estado cresceu, até setembro, 5,6%22, em resultado do

efeito conjunto dos seguintes fatores:

- Crescimento dos encargos com juros relativos a Obrigações do Tesouro (OT) em virtude do pagamento do primeiro cupão da “OT3,875%Fev2030” e de emissões23 de OT corridas no final de 2014, que deram origem

ao pagamento de juros em 2015;

- Acréscimo dos juros dos “Empréstimos PAEF”, associado ao primeiro pagamento de juros relativo à 10.ª tranche do empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) ocorrido no final do primeiro trimestre de 2015, bem como aos juros pagos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em resultado do aumento do prémio que entrou em vigor em maio de 2014, da depreciação do euro e dos juros associados aos fundos recebidos no primeiro semestre de 2014;

- Decréscimo da despesa com juros referentes aos Bilhetes do Tesouro (BT), refletindo maioritariamente o efeito de taxas de juro a níveis inferiores aos observados no período homólogo nas emissões que se encontram em amortização em 2015.

Observou-se uma desaceleração no ritmo de crescimento dos juros em 0,8 p.p., face a agosto, resultante do efeito de diluição do aumento dos juros de OT e dos “Empréstimos do PAEF”, verificado no primeiro trimestre de 2015.

22 Tendo por referência o Quadro 7 - Encargos da dívida direta do Estado por instrumento (Fonte: IGCP, E.P.E.). 23 OT 5,65%Fev2024 e da OT 3,85 Abr2021

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo comparável 4.867,5 5.223,9 403,5 356,4 8,8 7,3

Juros e outros encargos da dívida pública 4.657,3 5.050,7 428,8 393,4 9,7 8,4 8,1 Juros e encargos financeiros suportados pelas EPR 196,4 166,1 -20,3 -30,4 -11,7 -15,5 -0,6

Outros 13,7 7,1 -5,0 -6,7 -50,0 -48,6 -0,1 Novas EPR 299,6 Universo Total 4.867,5 5.432,3 539,8 564,8 11,8 11,6 Execução acumulada Variação homóloga acumulada Contributo VHA set (em p.p.) Absoluta %

(21)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

21

Quadro 7 – Encargos da dívida direta do Estado por instrumento

Nota: Os valores constantes deste quadro para cada mês/trimestre traduzem os pagamentos efetivos realizados nesse período,

enquanto o quadro 6 “Despesa com juros e outros encargos da Administração Central” e anexo 5 “Execução Orçamental do Estado” evidencia as verbas disponibilizadas pelo OE para o período respetivo. No total do ano, os valores apresentados em ambos os quadros são idênticos.

Os valores apresentados no quadro não são expurgados de pagamentos a favor de entidades da Administração Central, designadamente nos instrumentos de divida relativos a CEDIC e CEDIM, bem como a Bilhetes e Obrigações do Tesouro geridos pelo IGCP relativos ao Fundo de Regularização da Divida Pública.

O valor da variação do stock da dívida direta do Estado de agosto apresentado no presente quadro difere do publicado na Síntese de Execução Orçamental de agosto em face da atualização da data da taxa de câmbio do Direito de Saque Especial24, com impacto na componente do stock

da dívida direta relativo ao saldo do empréstimo do FMI.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E

A despesa relativa a juros e encargos financeiros suportados pelas entidades públicas reclassificadas na Administração Central decresceu 15,5% até setembro, sobretudo pelo efeito de base de diversas operações efetuadas em 2014, destacando-se:

- O reembolso do financiamento obtido junto do Deutsche Bank, o pagamento de encargos associados ao empréstimo obrigacionista “Emissão Metro 2007” e o cancelamento antecipado de contrato swap, pela Metropolitano de Lisboa, E.P.E.;

- Os encargos com contratos swaps por parte da REFER, E.P.E., os quais são inexistentes em 2015;

24 Direitos de Saque Especiais (DSE) (Special Drawing Rights-SDR) são uma forma de ativos financeiros Internacionais criados e administrados pelo Fundo Monetário Internacional, sendo exclusivamente trocados entre bancos centrais, não sendo utilizados em transações comerciais. São utilizados enquanto unidade de conta internacional e o seu valor é determinado através da média ponderada das quatro principais moedas do comércio internacional.

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Juros da dívida pública 4 755,5 5 039,1 305,2 283,6 6,8 6,0 5,9

Bilhetes do Tesouro 335,9 93,5 -211,4 -242,4 -70,1 -72,2 -5,0

Obrigações do Tesouro 2 429,8 2 770,7 359,7 340,9 14,9 14,0 7,1

Empréstimos PAEF 1 568,5 1 676,4 103,0 107,9 7,3 6,9 2,2

Cerificados de Aforro e do Tesouro 265,4 371,5 94,9 106,1 40,0 40,0 2,2

CEDIC / CEDIM 27,3 18,3 -8,2 -9,1 -31,4 -33,2 -0,2

Outros 128,6 108,7 -32,9 -19,8 -26,8 -15,4 -0,4

Comissões 69,1 57,2 -8,9 -11,9 -15,1 -17,2 -0,2

Empréstimos PAEF 17,7 2,1 -15,6 -15,6 -87,9 -87,9 -0,3

Outros 51,3 55,0 6,7 3,7 16,1 7,2 0,1

Juros e outros encargos pagos 4 824,6 5 096,3 296,3 271,7 6,5 5,6

Tvh (%) -23,5 -9,8

Por memória:

Juros recebidos de aplicações -84,5 -16,6 59,8 67,9 -80,9 -80,4

Juros e outros encargos líquidos 4 740,1 5 079,7 356,0 339,7 7,9 7,2

Tvh (%) -23,3 -6,8

Stock dívida direta do Estado 220 037,1 225 723,0 6 428,8 5 685,9

%

Execução acumulada Variação homóloga acumulada Contributo VHA set (em p.p) Absoluta

(22)

2.1. Administração Central

22

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

- A amortização de contratos de empréstimos com o Deutsche Bank e com o Banco Português de Investimento, ocorrida no terceiro trimestre de 2014, celebrados pela Metro do Porto, S.A..

O resultado observado foi ainda influenciado pela reclassificação, ocorrida em 2015, de despesas relativas a contratos de locação operacional que passaram a ser relevadas como rendas de locação25, pela Metropolitano

de Lisboa E.P.E..

O decréscimo mais acentuado, em setembro comparativamente com o mês anterior (em 3,7 p.p.), decorreu sobretudo da maior expressão dos efeitos relativos à reclassificação de despesas no âmbito dos contratos de locação operacional da Metropolitano de Lisboa, EPE, em setembro de 2015, e ao pagamento de encargos com contratos swaps da PARVALOREM, S.A., em setembro de 2014, que, em 2015, não existem, bem como à evolução das taxas de juro no âmbito dos empréstimos do Banco Europeu de Investimento suportadas pela REFER, E.P.E..

Quadro 8 – Encargos financeiros das EPR por programa orçamental

Nota: A despesa com juros e outros encargos encontra-se consolidada no âmbito dos fluxos da Administração Central. Fonte: Direção-Geral do Orçamento

25 Até março de 2015 a despesa considerada como juros e outros encargos passou a ser registada como aquisição de bens e serviços.

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo Comparável 196,4 166,1 -20,3 -30,4 -11,7 -15,5

Economia 163,4 140,4 -16,1 -23,1 -11,3 -14,1 -11,8

do qual:

Metropolitano de Lisboa, E.P.E. 52,8 40,1 -8,0 -12,7 -17,3 -24,0 -6,4

REFER, EPE 77,1 71,7 -3,4 -5,4 -5,0 -7,0 -2,7

Metro do Porto, S.A. 18,6 14,1 -4,2 -4,5 -29,0 -24,4 -2,3

Finanças e Administração Pública 15,8 10,4 -2,6 -5,4 -20,2 -34,3 -2,8 do qual:

PARVALOREM, S.A 14,4 10,4 -1,2 -4,0 -10,7 -27,9 -2,1

Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar 14,0 12,5 -1,4 -1,4 -10,2 -10,2 -0,7

Governação e Cultura 3,1 2,7 0,0 -0,4 -1,3 -12,3 -0,2

Outros 0,1 0,1 0,0 0,0 -49,3 -45,2 0,0

Novas EPR 299,6

Das quais:

PARPÚBLICA - Participações Públicas, SGPS, S.A. 138,5

Fundo de Resolução 91,2

CP - Comboios de Portugal, E.P.E. 31,5

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, SA 26,7

Universo Total 196,4 465,7 206,3 269,3 119,4 137,1

%

Programa orçamental Execução acumulada

Variação homóloga acumulada Contributo VHA set (em p.p)

(23)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

23

As transferências correntes e de capital decresceram 0,8%, influenciadas pela redução do valor transferido do Orçamento do Estado para a Segurança Social, no âmbito da transferência extraordinária para compensação do défice do sistema da segurança social26, bem como pelo menor nível de apoios concedidos

no âmbito do desenvolvimento rural, pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P., decorrente do Quadro Comunitário (Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013) estar em fase de encerramento27.

Gráfico 5 – Despesa com transferências da Administração Central

Em sentido contrário, de realçar o acréscimo das transferências relativas a:

- Encargos com pensões e outros abonos da Caixa Geral de Aposentações, IP, pelo aumento de novos pensionistas de aposentação e de sobrevivência, bem como pelo efeito da reversão da redução remuneratória28. Acresce ainda o efeito, em 2015, da eliminação da aplicação da condição de recursos às

pensões de sobrevivência29;

- Contribuições sobre o setor bancário consignada ao Fundo de Resolução30, cuja transferência ocorreu no

mês de julho 201531 e ainda não se tinha concretizado no período homólogo;

26 O valor orçamentado em 2015 é inferior ao montante atribuído em 2014.

27 Acresce o facto do novo Quadro comunitário (PDR 2020 – Programa de Desenvolvimento Rural -2014-2020), numa fase inicial, ter financiamento europeu a 100%, de acordo com o regulamento FEADER, pelo que a despesa é relevada como não orçamental.

28 Lei n.º 75/2014, de 12 de setembro que estabelece os mecanismos das reduções remuneratórias temporárias e as condições da sua reversão. De acordo com o estabelecido nos estatutos dos magistrados judiciais, dos funcionários do serviço diplomático e dos magistrados do Ministério Público, os valores das respetivas pensões, subsídios e complementos são automaticamente atualizados por indexação à remuneração de trabalhadores no ativo (Estatuto dos Magistrados Judiciais - Lei n.º 21/85, de 30 de julho, estatuto profissional dos funcionários do quadro do serviço diplomático - Decreto-Lei n.º 40-A/98, de 27 de fevereiro e estatuto dos magistrados do Ministério Público - Lei n.º 60/98, de 27 de agosto).

29 Artigo 117.º da Lei n.º Lei n.º 83-C/2013 de 31 de dezembro (Lei do OE para 2014).

30 O Fundo de Resolução foi criado pelo Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de fevereiro, tendo como missão prestar apoio financeiro à aplicação de medidas de resolução adotadas pelo Banco de Portugal, no âmbito da revisão do regime de saneamento e liquidação das instituições de crédito e sociedades financeiras (alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro).

31 Em 2014, a transferência para aquele fundo da receita da contribuição sobre o setor bancário relativa aos anos de 2013 e 2014 foi prevista na 2.ª alteração à Lei do Orçamento do Estado para 2014, tendo ocorrido em novembro.

-6 -4 -2 0 2 4 6 8 jan fev mar abr mai jun ju l ago se t o u t n o v d ez tv h a (% ) 2014 2015 comparável

(24)

2.1. Administração Central

24

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

- Lei das Finanças Locais, resultado da maior dotação prevista em 2015, relativa à transferência para a Administração Local no que respeita à participação dos municípios na receita de IRS.

A intensificação do decréscimo face a agosto (em 0,5 p.p.) resultou, em grande medida, do comportamento dos apoios concedidos pelo IFAP,I.P. em resultado da concentração de pagamentos em setembro de 2014 no âmbito da execução do anterior Quadro Comunitário32.

Quadro 9 – Despesa com transferências correntes e de capital da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Caixa 1 - Transferências para o orçamento da União Europeia

Em sede do Orçamento do Estado está previsto um capítulo específico (Capítulo 70 - Ministério das Finanças) que contempla as dotações financeiras previsionais para assegurar o cumprimento dos compromissos com as transferências para o Orçamento da UE.

O Capítulo 70 do Orçamento do Estado é gerido pela Direção Geral do Orçamento e integra duas divisões que correspondem à natureza dos recursos próprios comunitários, isto é, Recursos Próprios Tradicionais que consistem nos direitos aduaneiros e quotizações no âmbito do setor do açúcar (organização comum de mercado) e Contribuição Financeira que integra o recurso próprio IVA, o recurso próprio RNB e a compensação ao Reino Unido.

32 Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013.

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo Comparável 20 082,8 19 923,8 -57,4 -159,0 -0,3 -0,8

Lei de Bases da Segurança Social 6 398,9 5 996,8 -376,8 -402,1 -6,5 -6,3 -2,0

Apoios do Instituto de Financiamento Agricultura e Pescas 557,1 377,4 -84,9 -179,7 -18,6 -32,3 -0,9

DGTF - Transferência rendimentos de titulos divida Grega 69,1 0,0 -69,1 -69,1 - - -0,3

Contribuição financeira para a União Europeia 1 274,5 1 238,4 -24,8 -36,1 -2,0 -2,8 -0,2

Contribuições e Quotizações para Organizações Internacionais 69,2 48,1 -21,1 -21,1 -30,5 -30,5 -0,1

Apoios da Fundação para a Ciência e Tecnologia 182,6 173,8 -4,2 -8,8 -2,6 -4,8 0,0

Financiamento regime substitutivo dos bancários 356,1 349,0 -6,5 -7,1 -2,0 -2,0 0,0

Transferências Direção Geral da Administração Escolar 115,4 109,9 -1,3 -5,5 -1,2 -4,7 0,0

Fundo Português de Carbono 34,6 50,0 6,6 15,5 20,6 44,8 0,1

Segurança Social - IVA Social 543,8 561,6 16,0 17,9 3,3 3,3 0,1

Lei de Finanças Regionais e Lei de Meios 318,3 349,9 31,6 31,6 9,9 9,9 0,2

Apoios Instituto de Emprego e Formação Profissional 1,4 51,0 46,8 49,5 - - 0,2

Lei de Finanças Locais 1 777,6 1 862,4 76,1 84,9 4,8 4,8 0,4

Contribuições sobre o sector bancário - Fundo Resolução 0,0 170,0 170,0 170,0 - - 0,8

Pensões e Outros Abonos - CGA 7 236,3 7 407,2 157,8 170,9 2,4 2,4 0,9

Outros 1 148,0 1 178,2 26,4 30,2 2,6 2,6 0,2

Novas EPR 15,7

Universo Total 20 082,8 19 739,1 -238,4 -343,7 -1,3 -1,7

Transferências por natureza Execução acumulada

Variação homóloga acumulada

Contributo VHA set (em p.p.)

(25)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

25

A participação de Portugal na UE implica o pagamento regular dos recursos próprios comunitários, que são basicamente de três tipos:

«Recursos próprios tradicionais» (RPT) — consistem principalmente em direitos que são cobrados nas importações de produtos provenientes de países terceiros (representam aproximadamente 11,9% das receitas totais do orçamento europeu);

O recurso baseado no imposto sobre o valor acrescentado (IVA) é uma percentagem uniforme aplicável à base tributável de IVA harmonizada de cada Estado-Membro (o recurso baseado no IVA representa cerca de 12,9% das receitas totais do orçamento europeu);

O recurso com base no rendimento nacional bruto (RNB) decorre de uma percentagem uniforme aplicada ao RNB de cada Estado-Membro. Este recurso tornou-se a fonte de receitas mais importante e corresponde atualmente a cerca de 74,0% das receitas totais do orçamento europeu.

Acresce referir que o pagamento da Contribuição Financeira é feito segundo o regime duodecimal, sendo que no 3º trimestre do ano a Comissão Europeia, solicitou 1,5 duodécimos, face a 1,7 duodécimos no período homólogo.

Pagamentos de Recursos Próprios Comunitário à Comissão Europeia

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

Importa referir que o montante transferido para a Comissão Europeia, relativo aos Recursos Próprios Tradicionais, representa 75% do valor total dos direitos aduaneiros efetivamente cobrados pela Autoridade Tributária e Aduaneira, constituindo os restantes 25% receita pública nacional (a título de despesas de cobrança), que se repartem em receita do Estado (24%) e receita do Fundo de Estabilização Aduaneira (1%).

No 3º trimestre de 2015 a despesa líquida relativa aos Recursos Próprios Tradicionais foi de 30,5 milhões de euros, representando uma variação homóloga positiva de 4,3% face ao 3º trimestre de 2014. Esta variação resulta do aumento da receita cobrada relativa aos direitos aduaneiros decorrentes da Pauta Aduaneira Comum no 3º trimestre de 2015, de cerca de 1,67 milhões de euros.

Relativamente à despesa com a Contribuição Financeira observa-se, uma variação homóloga de -13,2%. Esta variação resulta do facto de no 3º trimestre de 2015 terem sido pagos 1,5 duodécimos face ao pagamento de 1,7 duodécimos no período homólogo de 2014.

€ Milhões

2014 2015 Variação Homóloga (%)

Recursos Próprios Tradicionais 29,3 30,5 4,3%

Contribuição Financeira 217,3 188,6 -13,2%

Total 246,5 219,1 -11,1%

(26)

2.1. Administração Central

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DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

A despesa com subsídios evidenciou um decréscimo homólogo face a 2014, de 19,6%. Para este resultado contribuiu o menor nível de pagamentos, em 2015, a empresas privadas e públicas, a título de subsídios e indemnizações compensatórias33 relativas aos serviços públicos prestados pelas mesmas e em resultado do

efeito de base de 2014 associado ao pagamento à PT Comunicações, SA da compensação financeira decorrente do Acordo de Revogação do Contrato de Concessão do Serviço Público de Telecomunicações, pela Direção Geral do Tesouro e Finanças e, também, a reclassificação, em 2015, dos apoios sociais concedidos a formandos34, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.

O maior decréscimo observado em setembro face a agosto (7,5 p.p.) deve-se sobretudo aos efeitos de base, ocorridos em setembro de 2014, associados ao pagamento à PT Comunicações, SA, referido anteriormente, e à indemnização compensatória atribuída à CP - Comboios de Portugal EPE não se verificando pagamentos desta natureza, em 2015, por parte da Direção Geral do Tesouro e Finanças.

Quadro 10 – Despesa com subsídios da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

A despesa de investimento cresceu 42,3%, sobretudo pela despesa suportada no âmbito das subconconcessões rodoviárias, nomeadamente, pagamentos de reconciliação35 realizados em 2015,

respeitantes ao ano de 2014 e ao 1º semestre de 2015, decorrentes do fecho do processo negocial da subconcessão Baixo Tejo, pela Infraestruturas de Portugal, S.A.36 . Acresce o início, em 2015, o efeito dos

pagamentos de disponibilidade da subconcessão Pinhal Interior e o pagamento de indemnização à

33 Incluindo as destinadas à CP - Comboios de Portugal EPE, que, na sequência da reclassificação no perímetro da Administração Central, em 2015, passaram a ser suportadas pela Entidade Coordenadora do Programa Orçamental.

34 Em 2014 a despesa com os apoios sociais a formandos registada como subsídios passou, em 2015, a ser registada como transferências.

35 No ano em que se inicia o pagamento a subconcessionárias, os pagamentos efetuados correspondem a 80% da remuneração devida para esse ano. Os remanescentes 20% - pagamentos de reconciliação – são efetuados no ano seguinte. Assim, enquanto em 2014 foram apenas pagos os montantes correspondentes a 80% da remuneração devida, em 2015 foram pagos os restantes 20% e 80% da remuneração devida relativa ao ano corrente.

36 Empresa pública que resultou da fusão entre a Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.E. e a EP - Estradas de Portugal, S.A.

Período: janeiro a setembro € Milhões

2014 2015 ago set ago set

Universo Comparável 582,6 468,1 -56,2 -114,5 -12,1 -19,6

Solidariedade, Emprego e Segurança Social 402,6 341,7 -67,8 -61,0 -18,8 -15,1 -10,5 do qual: Instituto Emprego e Formação Profissional 375,9 324,5 -60,3 -51,4 -17,8 -13,7 -8,8

Finanças e Administração Pública 129,9 74,6 9,3 -55,4 15,7 -42,6 -9,5

do qual: Direção Geral Tesouro e Finanças 129,9 74,6 9,3 -55,4 15,7 -42,6 -9,5

Órgãos de Soberania 20,3 13,7 -6,2 -6,6 -33,2 -32,5 -1,1

do qual: Assembleia República 20,3 13,7 -6,2 -6,6 -33,2 -32,5 -1,1

Agricultura e Mar 20,9 24,1 3,7 3,2 22,5 15,5 0,6

do qual: Instituto Financiamento Agricultura e Pescas 20,9 24,1 3,7 3,2 22,6 15,4 0,6

Outros 8,8 14,1 4,9 5,2 65,5 59,1 0,9

Novas EPR 0,0

Universo Total 582,6 468,2 -56,1 -114,4 -12,1 -19,6

Absoluta (%)

Programa orçamental Execução acumulada

Variação homóloga acumulada Contributo VHA set (em p.p.)

(27)

2.1. Administração Central

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

27

concessionária Brisal–Auto-Estradas do Litoral, associado à reposição do equilíbrio financeiro37 do contrato

de concessão Litoral Centro, bem como o relativo ao investimento realizado no Túnel do Marão que, em 2014, teve início no 4º trimestre.

A variação da despesa que vem sendo explicada pelos fatores referidos, evidenciou uma aceleração face a agosto (2,4 p.p.) decorrente, sobretudo, de aquisição de imóveis ao Ministério da Defesa por parte da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Quadro 11 - Despesa relativa a investimentos da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

As outras despesas decresceram 6,0% devido, em grande medida, ao facto dos pagamentos da Secretaria Geral do Ministério da Defesa à Caixa Geral de Aposentações para cobertura dos complementos de pensão dos beneficiários do extinto Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas, terem sido objeto de reclassificação em 201538. Acresce, ainda, o diferente perfil inter anual da despesa com a concessão de avales

e garantias do Estado suportadas pela Direção Geral do Tesouro e Finanças e o menor nível de impostos pagos pela REFER. E.P.E., em resultado dos pagamentos por conta de IRC realizados no ano anterior.

37 A reposição de equilíbrio financeiro traduz-se em uma compensação financeira atribuída pelo Estado à concessionária, para a compensar de eventuais prejuízos causado por fatores terceiros.

38

Em 2015, passam a ser relevadas como despesas com o pessoal.

Período: janeiro a setembro € Milhões

Fin. Nacional Fundos Europeus Total Fin. Nacional Fundos

Europeus Total ago set ago set

Universo Comparável 1.025,2 108,3 1.133,5 1.378,3 235,1 1.613,4 421,7 479,8 39,9 42,3

Investimento Incorpóreo - Estradas de Portugal 824,6 2,9 827,5 1.048,4 52,9 1.101,3 275,0 273,8 34,0 33,1 24,2

Edifícios 51,9 43,2 95,1 90,0 80,4 170,5 45,6 75,4 53,5 79,3 6,6

dos quais

do qual:Parque Escolar 0,0 31,1 31,1 30,4 54,4 84,7 46,3 53,6 169,9 172,5 4,7

Santa Casa da Misericórdia 10,8 0,0 10,8 20,8 0,0 20,8 -6,8 10,0 -63,9 92,4 0,9

Bens de Domínio Público 17,7 23,6 41,3 50,8 40,3 91,1 35,8 49,8 99,6 120,5 4,4

Investimento Militar 36,8 0,0 36,8 54,2 0,1 54,2 13,1 17,4 85,3 47,4 1,5

Equipamento Básico 17,3 18,4 35,6 21,2 29,9 51,1 16,2 15,4 57,9 43,3 1,4

Equipamento e software informático 39,5 7,3 46,9 47,6 11,0 58,6 8,2 11,8 20,4 25,1 1,0

Outros 37,4 12,9 50,3 66,0 20,6 86,5 27,9 36,2 65,9 72,0 3,2

do qual:

Outros Investimentos - Metro do Porto, S.A. 1,8 0,0 1,8 15,3 0,0 15,3 14,1 13,5 819,0 759,7 1,2

Novas EPR 125,4 106,6 232,0 0,0

Dos quais:

EDIA - Empresa deDesenv.Infraest. Alqueva, S.A. 21,1 96,5 117,6

Entidades de saúde E.P.E. 77,5 8,6 86,0

ESTAMO - Participações Imobiliárias, S.A. 13,6 0,0 13,6

Universo Total 1.025,2 108,3 1.133,5 1.503,7 341,7 1.845,4 618,5 711,9 58,6 62,8

Investimento por natureza

Execução acumulada Variação homóloga acumulada

Contributo VHA set (em p.p)

(28)

2.1. Administração Central

28

DGO Síntese da Execução Orçamental setembro de 2015

RECEITA

A receita consolidada da administração central cresceu 1,8% face ao período homólogo, alicerçado no comportamento da receita fiscal, em especial dos impostos indiretos, bem como das taxas, multas e outras penalidades e outras receitas. Em sentido contrário, registaram-se decréscimos nas contribuições recebidas pela CGA e ADSE, rendimentos da propriedade, vendas de bens e serviços e transferências da União Europeia.

Quadro 12 - Receita da Administração Central

Fonte: Direção-Geral do Orçamento

A receita fiscal líquida do subsetor Estado ascendeu a 29.016,0 milhões de euros, o que representou um crescimento de 5,3% e correspondeu a um aumento da receita fiscal de 1.451,7 milhões de euros. Este crescimento superou o objetivo de crescimento anual da receita fiscal para o ano de 2015 (5,1%).

A receita acumulada dos impostos diretos cresceu 3,2%, impulsionada principalmente pelo crescimento do IRC. Por sua vez, a receita acumulada dos impostos indiretos aumentou 7,1%, com especial destaque para o desempenho da receita do IVA, assim como do ISV, do ISP e do IUC.

Período: janeiro a setembro € Milhões

Novas EPR Universo Total

2014 2015 ago set ago set 2015 2015

Receita fiscal 28.459,5 29.962,5 1.339,8 1.503,0 5,5 5,3 3,8 5,3 0,8 29.963,3

Impostos diretos 13.057,1 13.443,0 317,3 385,9 2,9 3,0 1,0 3,6 0,0 13.443,0

Impostos indiretos 15.402,4 16.519,5 1.022,5 1.117,1 7,5 7,3 2,8 6,8 0,8 16.520,3

Contribuições para a CGA e ADSE 4.304,8 3.507,6 -677,3 -797,2 -17,7 -18,5 -2,0 -17,1 0,0 3.507,6 Receita não fiscal 6.817,0 6.828,6 122,4 11,6 2,0 0,2 0,0 4,4 4.262,0 7.487,3

Taxas, multas e outras penalidades 1.801,4 2.082,5 239,2 281,1 15,1 15,6 0,7 5,6 60,9 2.143,4

Rendimentos de propriedade 733,3 655,1 -77,9 -78,2 -10,9 -10,7 -0,2 -18,6 99,8 662,0

Vendas de bens e serviços 1.344,4 1.220,0 -142,0 -124,4 -11,6 -9,3 -0,3 -7,4 3.670,3 1.566,9

Transferências da União Europeia 1.104,9 822,8 -76,7 -282,0 -9,0 -25,5 -0,7 1,9 111,6 934,5

Outras receitas 1.833,1 2.048,2 179,7 215,2 10,7 11,7 0,5 23,6 319,3 2.180,6

Receita efetiva 39.581,3 40.298,7 784,8 717,4 2,3 1,8 2,8 4.262,8 40.958,3

Natureza da Receita

Execução acumulada Universo Comparável

Variação homóloga acumulada

VH implícita ao OE (%) Execução Absoluta % Contributo VHA setembro (em p.p.)

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